MARCAÇÃO EXCEPCIONAL DE CASO: UM ESTUDO COMPARATIVO 1
|
|
- Matilde Lombardi Chaplin
- 6 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 MARCAÇÃO EXCEPCIONAL DE CASO: UM ESTUDO COMPARATIVO 1 Pedro Luiz de Moraes SIEIRO 2 Graduando em Letras Inglês/Universidade Católica de Brasília Professor de Inglês RESUMO Este artigo tem como objetivo fazer um estudo comparativo acerca do fenômeno da Marcação Excepcional de Caso (MEC) sob a perspectiva da teoria gerativa em duas línguas: o português do Brasil (PB) e o inglês. Para a formação das sentenças que foram analisadas, utilizamos a introspecção e a coleta de dados a partir da bibliografia selecionada neste artigo. Observamos que os núcleos verbais e preposicionais são responsáveis pela MEC em ambas as línguas. Constatamos que, no PB, temos o infinitivo flexionado, que é possibilitado pelo núcleo Agr; e também constatamos que as projeções CP e AgrP impedem a MEC no PB e no inglês. Na conclusão, mostramos que a Marcação Excepcional de Caso ocorre tanto no PB quanto no inglês, ainda que com algumas diferenças. Palavras-chave: Marcação Excepcional de Caso. Teoria do Caso. Análise comparativa do português brasileiro e do inglês. Infinitivo flexionado. Princípios e Parâmetros. Introdução Neste artigo, abordamos o fenômeno da Marcação Excepcional de Caso (MEC) no PB e no inglês. Para tanto, explicamos o que ele é e por quais razões ele ocorre, além de mostrar sua estrutura por meio do sistema arbóreo. Nossa intenção com a abordagem desse fenômeno é corroborar a pressuposição teórica de uma Gramática Universal constituída de princípios e parâmetros (CARNIE, 2013; KENEDY 2013; MIOTO; FIGUEIREDO SILVA; LOPES, 2016). Os estudos em gramática gerativa tiveram início na década de 50 com os trabalhos de Noam Chomsky (KENEDY, 2013; LOBATO, 1986). O objetivo dessa teoria é mapear e entender os princípios e regras que permeiam todas as línguas 1 Orientador: MSc. Wallace Soares Barboza, professor do curso de Letras Inglês da Universidade Católica de Brasília. 2 Endereço eletrônico: pedrosieiro@gmail.com 43
2 humanas, assim como descrever e explicar as particularidades estruturais de cada uma das línguas naturais. Ou seja, busca-se descrever, entender e explicar as semelhanças e diferenças entre as línguas do mundo (CHOMSKY, 1988; HAEGEMAN, 1994; KENEDY, 2013). A importância científica dessa abordagem descritivista e explicativa advém da tentativa de solucionar dois grandes problemas acerca da aquisição da linguagem que foram apontados por Chomsky (1998): A teoria da GU 3 precisa dar conta de duas condições óbvias. Por um lado, tem de ser compatível com a diversidade das gramáticas existentes (e de fato possíveis). Por outro, a GU precisa ser suficientemente restrita e restritiva em relação às opções que ela permite para que possa explicar como cada uma dessas gramáticas se desenvolve na mente utilizando-se de evidências bem limitadas. (CHOMSKY, 1988, p. 3) 45 Visando a contribuir com a tentativa de explicação do problema supracitado, este artigo possui um objetivo duplo: cabe a nós trazer tanto as características específicas quanto às similaridades entre o PB e o inglês em relação à MEC. Nossa metodologia consistiu em analisar sintaticamente algumas sentenças do PB e do inglês à luz dos princípios teóricos da sintaxe gerativa. Os dados do português foram criados por nós por meio de introspecção; já os dados do inglês foram retirados da bibliografia que utilizamos neste artigo, isto é, as mesmas frases e orações que estavam nos livros e artigos em inglês citados aqui. Fizemos isso, pois não somos falantes nativos da língua inglesa e, por essa razão, entendemos que as frases criadas por nós poderiam sofrer influência da nossa língua materna. Para a criação de árvores, utilizamos o programa TreeForm Syntax Tree Drawing. Teoria do Caso e a MEC Apresentaremos a Teoria do Caso e as suas implicações para a estrutura sintática 3 UG = Universal Grammar, traduzido em português como Gramática Universal (GU). 4 Todas as traduções neste artigo são de nossa autoria. 5 The theory of UG must meet two obvious conditions. On the one hand, it must be compatible with the diversity of existing (indeed, possible) grammars. At the same time, UG must be sufficiently constrained and restrictive so as to account for the fact that each of these grammars develops in the mind on the basis of quite limited evidence. (CHOMSKY, 1998, p. 3). 44
3 do PB e do inglês, almejando realizar uma comparação entre as duas línguas no que se refere ao fenômeno da MEC. Para sua consecução, precisamos trazer algumas definições que permearão a nossa discussão, como as de papel temático, regência e m- comando. Teoria dos papéis temáticos O papel temático é uma interpretação semântica da função que o argumento desempenha no sintagma. (KENEDY, 2013; MIOTO; FIGUEIREDO SILVA; LOPES, 2016). Por exemplo: A menina mordeu o cachorro 1 2 Nessa sentença, temos dois argumentos. O argumento 1, menina, exerce a função de agente, aquele que exerce a ação. E o 2, o cachorro, exerce a função de tema, aquele que sofre a ação. Portanto, o que os papéis temáticos estão fazendo é permitir a interpretação semântica desses itens, visto que, sem eles, a interpretação adequada não seria possível, devido ao fato de as noções de agente e tema não serem inerentes aos constituintes. Tais noções são recebidas pelos argumentos de acordo com a posição que eles ocupam na sentença. Por exemplo, se um sintagma é selecionado como argumento externo, ele será agente; se selecionado como argumento interno, tema (KENEDY, 2013) 6. da sentença: Para esclarecermos a atribuição dos papéis temáticos, podemos inverter a ordem O cachorro mordeu a menina 2 1 Agora os argumentos se invertem, pois o DP 7 2 (o cachorro) passa a ocupar a posição de argumento externo, enquanto o DP1 (a menina) ocupa a posição de argumento interno 8. Essa inversão faz com que o DP2 receba o papel temático de 6 Existem outros papéis temáticos que podem ser associados a essas posições. 7 DP significa Determiner Phrase, no PB traduzido com Sintagma Determinante, ou simplesmente SD. 8 A sentença a menina mordeu o cachorro é de nossa autoria, ainda que os pressupostos teóricos tenham sido retirados de Mioto, Figueiredo Silva e Lopes (2016) e Kenedy (2013). 45
4 agente, enquanto o DP1 passa a receber o papel temático de tema. Regência e m-comando Segundo Carnie (2001), a teoria da regência se tornou bem popular entre 1981 e Sua popularidade originou-se a partir do livro de Noam Chomsky Lectures on Government and Binding: The Pisa Lectures, publicado em A teoria da regência busca entender as relações sintáticas entre um núcleo e os termos regidos por esse núcleo. Essa noção é importante para compreendermos as relações de atribuição de Caso numa sentença, porque são essas relações, determinadas pela posição dos elementos dentro da oração, que geram qual o Caso que deverá ser atribuído (CHOMSKY, 1998). A definição de regência começou a ser desenvolvida por Chomsky (1981). Segundo Black (1998, p. 37), Chomsky observou que cada projeção máxima que domina o NP 9 que recebe Caso também domina o núcleo que atribui Caso 10. Essa foi uma observação que levou à relação estrutural de m-comando: Definição de m-comando α m-comando β se e somente se α não domina β e a primeira projeção máxima que domina α também domina β. (LEFFEL; BOUCHARD, 1991, p. 8) 11 À luz desta definição, podemos apresentar a definição de regência: Definição de Regência α rege β se e somente se: (i) α é um regente; e (ii) α m-comanda β; e (iii) não há barreiras intervindo entre α e β (HAEGEMAN,1994, p. 160). (Ver Figura 1) Aqui, cabe explicar que barreira é uma projeção máxima e um regente deve ser 9 NP significa noun phrase, traduzido para o PB como sintagma nominal. NP e DP serão utilizados alternadamente neste artigo. De acordo com Black (1998), a hipótese do DP foi introduzida por Abney (1987) e Stowell (1989). Todavia, a distinção entre DP e NP não é importante para os objetivos deste trabalho. 10 Chomsky observed that every maximal projection (=XP) that dominates the NP that receives Case also dominates the head that assigns it. (BLACK, 1998, p. 37) 11 α m-commands β iff α does not dominate β and the first maximal projection which dominates α also dominates β (LEFFEL; BOUCHARD, 1991, p. 8). 46
5 um núcleo lexical N, V, A, P, e INFL/[ +Agr] (RAPOSO, 1998, p. 363). Segundo Raposo (1998), é o elemento Infl/[+Agr] presente na flexão finita I que atribui o Caso NOM. Por isso, também usaremos o termo flexão finita I ou núcleo I para justificar uma das formas de atribuição de Caso, já que todo I finito terá o elemento [+ Agr] nas línguas que estamos abordando neste artigo. Figura 1- Representação de regência Fonte: Nossa autoria. Vamos analisar quais são as relações de regência entre as três palavras na sentença: O núcleo V rege DP2, porque o m-comanda e também não há barreiras entre eles. DP2 não rege nenhum outro elemento, pois ele não é um núcleo. A flexão finita I rege DP1 e VP porque ela m-comanda esses dois elementos e não há barreiras entre eles. DP1 não rege nenhum outro elemento, devido à mesma razão já apresentada para DP2. No mais, vale ressaltar que I não rege DP2 porque há uma barreira entre eles: o VP, que é uma projeção máxima. A definição de regência será importante mais à frente quando formos demonstrar a atribuição de Caso nas sentenças do PB e do inglês. Teoria do Caso É necessária uma explicação da definição de caso que pretendemos estudar, uma vez que na Linguística o termo caso é utilizado para descrever fenômenos diferentes. Segundo Mioto, Figueiredo Silva e Lopes (2016), devemos distinguir a noção de Caso 47
6 abstrato de caso morfológico, que, por ser bem similar ao Caso abstrato e por ainda estar presente em alguns dos pronomes pessoais do PB e do inglês, merece destaque. Conforme Pesetsky (2003), o caso morfológico é usado por línguas que precisam dele para indicar a função gramatical dos sintagmas nominais na sentença. Esse tipo de língua possui morfemas que são afixados aos sintagmas nominais para poderem representar os casos. De acordo com Raposo (1998), o latim, que é um exemplo de língua com caso morfológico, possuía seis casos morfológicos distintos, que marcavam diferentes funções na sentença. Eram eles o nominativo, o vocativo, o genitivo, o acusativo, o dativo e o ablativo. Para ilustrar como dois desses casos exerciam papéis distintos na língua latina, trouxemos as seguintes sentenças retiradas de Rónai (2012, p. 23): (i) Servae amant dominam As escravas estimam a senhora (ii) Domina amat servas A senhora estima as escravas Para Raposo (1998), a ordem das palavras em latim é relativamente livre, uma vez que a função dos constituintes na sentença é determinada pelos morfemas presentes nas palavras, já que são eles que determinarão suas respectivas funções 12. Os morfemas -a e -ae marcam o nominativo, isto é, o sujeito da sentença. Enquanto os morfemas -am e -as marcam o caso acusativo, que corresponde ao objeto direto da sentença. Em (i) a palavra servae está no nominativo. Em (ii) domina se encontra no nominativo. Por sua vez, o acusativo é indicado em (i) e (ii) pelos morfemas -am e - as presentes nas palavras dominam e servas, respectivamente. Isso significa que a ordem das palavras é quase irrelevante para a interpretação das funções sintáticas dos nominais da sentença, pois o que marca as funções de sujeito e de objeto direto são os morfemas de caso morfológico. Dessa forma, à luz da noção de caso morfológico, passamos à noção de Caso abstrato, que é a de maior importância para este artigo, para, então, explicar a MEC. 12 No entanto, Raposo (1998) explica que a ordem pode ser importante para outros propósitos, como para funções discursivas ou pragmáticas. 48
7 Caso abstrato De acordo com Mioto, Figueiredo Silva e Lopes (2016), ao Caso abstrato cabe indicar qual o papel temático do DP. As línguas que possuem caso morfológico utilizam-se de morfemas para isso; entretanto, todas as línguas possuem Caso abstrato, mesmo aquelas com marcação morfológica de Caso, porque só por meio dele é possível a determinação do papel temático do DP. A partir dessa afirmação, depreende-se o Filtro de Caso: DP 13 é agramatical se DP for pronunciado e não possuir Caso 14 Conforme Carnie (2001), em inglês, todos os sintagmas nominais recebem Caso, ainda que nós não possamos ver essa marcação de forma explícita, por isso chamamos de Caso abstrato. Pesetsky (2003) corrobora essa ideia, afirmando que, em inglês, a morfologia de caso é fonologicamente nula. Por essa razão, para Carnie (2001), normalmente se escreve a palavra caso com C maiúsculo para distingui-la de caso morfológico. Contudo, segundo Black (1998), em inglês também há algumas marcas de caso morfológico. Essas marcas, presentes de forma explícita nos pronomes, servem para corroborar a ideia de que o inglês é marcado por Caso abstrato. No português, também existe essa marcação morfológica nos pronomes (RAPOSO, 1998). Exemplos de alguns desses pronomes: (i) She, they, I marcam o nominativo. (ii) her, them, me marcam o acusativo. (BLACK, 1998, p. 36) (iii) Eu, tu, ele 15 marcam o nominativo. (iv) Lhe, o marcam o acusativo. (RAPOSO, 1998, p. 350) Como já havíamos dito ao introduzirmos a noção de regência, a estrutura da sentença é importante para a atribuição de Caso abstrato. Sendo assim, Os DPs recebem Caso se e somente se eles aparecem em posições específicas da sentença 13 Chomsky (1988) e Haegeman (1994) referem-se a NP e não DP. 14 (CHOMSKY, 1988; HAEGEMAN 1994; RAPOSO, 1998). 15 Contudo, no português, alguns desses pronomes, como o pronome ele, também são utilizados na função de objeto (Caso acusativo). 49
8 (CARNIE, 2013, p. 337) 16. Portanto, devido à sua relevância na sentença, podemos dizer que o Caso abstrato possui valor sintático e que cada tipo de Caso será atribuído em posições diferentes. Passamos, agora, a demonstrar a atribuição do Caso nominativo e do acusativo tanto em PB quanto em inglês. Para nos auxiliar em nossa explicação, apresentamos abaixo uma tabela que traz as posições responsáveis pela atribuição dos Casos nominativo e acusativo. Caso Atribuidor Posição a que se atribui Nominativo I [+Finito] Especificador de IP finito Acusativo V transitivo Irmão de V transitivo (CARNIE, 2013, p. 337, com adaptações). A partir do que foi postulado por Carnie (2013), criamos os seguintes exemplos 17, referentes ao PB e ao inglês: (i) She is beautiful (ii) He loves her (iii) Ela é bonita (iiii) Ele a ama Em (i), o pronome she recebe o Caso nominativo, pois ele se encontra na posição de especificador de IP. Em (ii), her recebe o Caso acusativo, porque ele se encontra na posição de irmão de V transitivo. Os pronomes do PB, em (iii) e (iiii), ela e a, encontram-se nas mesmas posições dos pronomes do inglês; tais posições são de sujeito, marcado pelo Caso nominativo; e de objeto direto, marcado pelo Caso acusativo. Além dessas posições comuns às duas línguas, ainda há outra específica do PB: o especificador de AgrP 18, onde o Caso nominativo é atribuído nos casos de orações no infinitivo flexionado (MIOTO; FIGUEIREDO SILVA; LOPES, 2016; RAPOSO, 1998). Todas essas atribuições supracitadas são de marcação canônica de Caso. 16 DPs are given Case if and only if they appear in specific positions in the sentence. 17 As frases são todas de nossa autoria, inclusive as do inglês, sendo essas as únicas exceções. 18 A projeção agreement (AgrP) contém o núcleo Agr, que é responsável pela concordância (CHOMSKY, 1981). Agreement significa concordância em inglês. 50
9 Passamos agora à MEC. Marcação Excepcional de Caso Esse fenômeno acontece quando o núcleo atribuidor de Caso atribui Caso a um DP que não se encontra na mesma oração em que este núcleo está. Ou seja, ao invés de o DP receber Caso do núcleo atribuidor que se encontra na mesma oração dele, o DP recebe Caso de um núcleo atribuidor de outra oração. Por isso, damos a esse fenômeno o nome de MEC, porque é uma exceção à estratégia canônica de se atribuir Caso, a qual ocorre dentro da oração em que se encontra o DP (FREIDIN, 1994; KENEDY, 2013). A marcação de Caso ocorre sob regência, conforme já explicado neste artigo. Destarte, em todas as relações estruturais apresentadas adiante, onde ocorrer ou não a MEC, teremos núcleos regendo DPs e a eles atribuindo Caso abstrato. A MEC no PB A MEC por núcleo preposicional O PB possui a estrutura na qual um sintagma infinitivo é introduzido por uma preposição para. Ex: [sentença matriz Meu pai disse [sentença encaixada para mim estudar]]. Temos, na sentença infinitiva encaixada, o pronome mim recebendo Caso oblíquo 19 da preposição para, apesar de esse pronome estar na posição de sujeito de outro núcleo, nomeadamente, do infinitivo do verbo estudar. Segundo Mioto, Figueiredo Silva e Lopes (2016), isso é uma excepcionalidade, visto que, na marcação canônica de Caso, um núcleo atribui Caso para o seu argumento. Nessa situação, há um núcleo atribuindo Caso a um argumento de outro núcleo. Nas palavras dos autores, a ECM 20 se distingue da marcação canônica por envolver um núcleo que atribui Caso a argumentos de outro núcleo (MIOTO; FIGUEIREDO SILVA; LOPES, 2016, p. 180). De acordo com Mioto, Figueiredo Silva e Lopes (2016), no PB, só temos MEC 19 O Caso oblíquo é atribuído por preposições (RAPOSO, 1998). 20 ECM é o mesmo que MEC. ECM vem do inglês Exceptional Case Marking (RAPOSO, 1998). 51
10 em dois tipos de oração: nas pequenas e nas infinitivas impessoais (não flexionadas). No infinitivo impessoal, há a ocorrência de MEC, dado que neste tipo de oração não existe uma projeção AgrP capaz de atribuir Caso nominativo ao DP sujeito da oração encaixada. Por não haver essa projeção, a preposição para fica em relação local com o DP, atribuindo o Caso oblíquo a ele: [Sentença matriz Meu pai disse [sentença encaixada para mim estudar 21 ] VTD OBL InfP Figura 2- Árvore sintática mostrando a MEC. Fonte: Nossa autoria Observamos que, aqui, existem duas orações, com dois predicados. O primeiro é o verbo flexionado disse, que se encontra no núcleo I. O segundo é o verbo infinitivo não flexionado estudar, que se encontra no núcleo Inf. De acordo com o Filtro de Caso já apresentado, um DP é agramatical se for pronunciado e não possuir Caso. Segundo a tabela que adaptamos de Carnie (2013, p. 337), é o núcleo I finito que atribui o Caso nominativo 22. Na sentença encaixada para 21 A sentença é de nossa autoria. 22 Pois ele possui o elemento [+ Agr]. 52
11 mim estudar, o núcleo atribuidor de Caso é um núcleo infinitivo não flexionado 23. Por isso, conforme Mioto, Figueiredo Silva e Lopes (2016), o núcleo Inf (não flexionado) não é capaz de atribuir Caso nominativo ao seu argumento externo e, como todo DP precisa de Caso, é o núcleo P do sintagma preposicional logo acima que atribui o Caso oblíquo ao DP mim, ocorrendo, assim, a MEC. Comparemos essa sentença com outra na qual ocorre a marcação canônica de Caso: [sentença matriz Meu pai disse [sentença encaixada para eu estudar 24 ]] Figura 3- Árvore sintática mostrando a marcação canônica de Caso. Fonte: Nossa autoria. Uma análise estrutural das duas árvores revela que na árvore onde ocorre a MEC não há a presença de dois sintagmas que existem na árvore da marcação canônica, são 23 Não possuidor do elemento [+ Agr]. 24 A sentença é de nossa autoria. 53
12 eles CP 25 e AgrP. A postulação desses sintagmas é necessária para se explicar a marcação canônica, uma vez que o sintagma AgrP 26 é responsável pela flexão do infinitivo pessoal e pela possibilidade de atribuição de Caso nominativo ao sujeito da oração encaixada, já que seu núcleo Agr é um dos núcleos atribuidores de Caso mencionados neste artigo (RAPOSO, 1998). A postulação da projeção CP existe por outras razões, como se observa na sentença a seguir: O presidente passou as reformas por [ CP teremi [ AgrP os deputados ti falhado no controle da inflação]] (MIOTO; FIGUEIREDO SILVA; LOPES, 2016, p. 181) Nessa sentença, há a necessidade de uma projeção CP, pois é no núcleo C que o verbo infinitivo flexionado se aloja. Isso ocorre porque, se o DP os deputados está na posição de especificador de AgrP, então o verbo só pode estar mais acima, isto é, no núcleo de CP. Logo, precisamos postular um CP encaixado nesses casos (MIOTO; FIGUEIREDO SILVA; LOPES, 2016). A ocorrência de MEC apresentada até agora se deu por meio da atribuição de Caso oblíquo por um núcleo preposicional. Segundo Mioto, Figueiredo Silva e Lopes (2016), no PB, é somente a preposição para, dentre as outras preposições, que atribui Caso oblíquo excepcionalmente. A MEC no PB por núcleo verbal Além da preposição, alguns tipos de verbos atribuem Caso de forma excepcional no PB, são eles os verbos de percepção ou causativos (MIOTO; FIGUEIREDO SILVA; LOPES, 2016). [sentença matriz A Maria viu [ sentença encaixada nos rir 27 ]] 25 CP= Complementizer Phrase, traduzido em português como sintagma complementizador. A função de CP é possibilitar o encaixe de um IP finito (MIOTO; FIGUEIREDO SILVA; LOPES, 2016, p. 63) 26 Segundo Mioto, Figueiredo Silva e Lopes (2016), a flexão do verbo pode ser marcada por um morfema zero. Ou seja, ainda que a flexão não seja foneticamente perceptível, podemos considerar que de fato o verbo está flexionado. Portanto, havendo também um núcleo Agr. 27 Construção gramatical pertencente à norma-padrão. 54
13 Figura 4 - Árvore sintática de MEC por núcleo V Fonte: MIOTO, FIGUEIREDO SILVA E LOPES (2016, p. 185) Podemos observar que o atribuidor de Caso é o núcleo V da oração principal, que confere Caso acusativo ao DP da oração infinitiva. Assim como na MEC por núcleo P, não há CP ou AgrP entre o núcleo V e o DP nos/os, visto que, se tivéssemos CP, este agiria como barreira; e, se tivéssemos AgrP, este atribuiria Caso nominativo ao sujeito da oração infinitiva. Para aprofundarmos a análise, tratamos agora da MEC em outro tipo de estrutura oracional do PB, as mini-orações. A MEC em mini-orações As mini-orações (doravante MOs) são construídas a partir de um sintagma sujeito e um sintagma predicado (MIOTO; FIGUEIREDO SILVA; LOPES, 2016): A Maria sentiu [SC 28 [DP as pernas] [AP 29 bambas]] 30 Nessa sentença, existe uma MO constituída pelo DP as pernas, exercendo a função de sujeito, e o AP bambas, exercendo a função de predicado. A MEC ocorre porque ao DP sujeito não é possível conferir Caso dentro da MO, já que não há elementos que possam fazê-lo. Por isso, para que o DP não fique sem Caso e a oração não seja agramatical, faz-se necessário que a atribuição ocorra por meio de outro núcleo fora da MO (HAEGEMAN, 1994). Assim, na sentença acima, o núcleo atribuidor é o 28 SC = Small Clause, traduzido em PB como mini-oração. 29 AP= Adjectival Phrase, traduzido em português como Sintagma Adjetivo. 30 (MIOTO; FIGUEIREDO SILVA; LOPES, 2016, 186). 55
14 verbo flexionado sentiu, que atribui o Caso acusativo para o DP as pernas. Novamente percebemos que não existe um CP entre o verbo matriz e a MO, porque, se houvesse, este agiria como barreira, impedindo a MEC (MIOTO; FIGUEIREDO SILVA; LOPES, 2016). A MEC no inglês A MEC em inglês por núcleo preposicional Freidin (1994) aponta que um pronome sujeito de uma oração finita encaixada ocorre com Caso nominativo, enquanto o mesmo tipo de pronome, exercendo a mesma função sintática, ocorre com Caso acusativo quando a sentença encaixada for infinitiva. Para nos auxiliar nessa observação, utilizamos pronomes pessoais, dado que, no inglês, esses pronomes são marcados com caso morfológico (FREIDIN, 1994): (i) It is odd [that he 31 is arriving on time] 32. (FREIDIN, 1994, p. 181). (ii) It is odd [for him 33 to be arriving on time] 34. (FREIDIN, 1994, p. 181). Em (i), temos o pronome he sendo marcado com o Caso nominativo pelo núcleo Agr. Em inglês, o Caso nominativo em construções finitas ocorrerá porque há uma projeção AgrP com núcleo Agr 35. Vimos, neste artigo, que o mesmo ocorre no PB, quando tanto uma sentença finita quanto um infinitivo flexionado permitem que seu sujeito tenha Caso nominativo. No PB, uma sentença no infinitivo não flexionado não o faz, pois ela não possui a projeção AgrP. Por conseguinte, conclui-se que tanto em inglês quanto em português o núcleo Agr é capaz de atribuir Caso nominativo (FREIDIN, 1998, p. 185). Na sentença (ii) acima é a preposição for que está atribuindo Caso acusativo ao sujeito da oração infinitiva. No inglês, além desse tipo de marcação feita por um núcleo P, temos aquela realizada por verbos. A MEC em inglês por núcleo verbal 31 He possui a marcação morfológica de NOM (nominativo). 32 /pro é estranho que ele é chegando na hora/ É estranho que ela esteja chegando na hora 33 Him possui a marcação morfológica de ACC (acusativo). 34 /pro é estranho para ele(acc) estar chegando na hora/ É estranho que ela esteja chegando na hora. 35 O núcleo Agr faz parte de IP. 56
15 We very much want [him to be there] 36 (FREIDIN, 1994, p. 194) We sincerely believe [him to be telling the truth] 37 (FREIDIN, 1994, p. 196) Aqui temos os pronomes pessoais em sua forma acusativa, evidenciando que os verbos atribuem Caso acusativo aos DPs. Isso implica dizer que um DP não pronominal também está no Caso acusativo: John believes him (ACC) to be a liar 38 (HAEGEMAN, 1994, p. 170) I believe this story (ACC) 39 (HAEGEMAN, 1994, p. 170) Projeção CP como barreira Freidin (1994) traz a ideia de apagamento da projeção CP, pois ela agiria como barreira, como se observa na seguinte sentença: [ CP whoi doesj [ IP Adam ej want [ CP ei C [ IP us to visit ei]]] (FREIDIN, 1994, p.195) Nessa frase, ocorre o movimento do objeto do verbo to visit (visitar) para o SPEC de CP da sentença matriz. Para respeitarmos o Princípio de Subjacência 40, precisamos argumentar que o constituinte deve se mover para o SPEC do CP mais próximo que o está c-comandando. Isso mostra por que é necessário postular a projeção CP encaixada, dado que é lá que o constituinte objeto do verbo to visit irá se alojar em seu movimento até chegar no SPEC do CP matriz (FREIDIN, 1994, p. 195). Contudo, assumir a existência dessa projeção CP causaria um problema para a atribuição de Caso, visto que ela agiria como barreira. Esse problema seria solucionado se propuséssemos que o CP é apagado, por conseguinte, não agindo mais como uma barreira: [ CP whoi doesj [ IP Adam ej want [ IP 41 us to visit ei]]] (FREIDIN, 1994, p.195) Se considerarmos que a projeção CP realmente foi apagada, teremos o Caso acusativo sendo atribuído ao pronome us. 36 /nós muito queremos ele(acc) estar lá/ Nós queremos muito que ele esteja lá. 37 /nós sinceramente acreditamos ele(acc) estar falando a verdade/ nós acreditamos sinceramente que ele esteja falando a verdade. 38 /John acredita ele(acc) ser um mentiroso/ John acredita que ele é um mentiroso. 39 /eu acredito esta estória/ Eu acredito nesta estória. 40 O movimento de um constituinte por Mover a não pode atravessar mais do que um nó-fronteira. Os nós-fronteira são DPs e IPs (RAPOSO, 1998, p. 398). 41 Freidin (1998) usa a nomenclatura IP para se referir tanto à projeção finita quanto à projeção infinitiva que aqui estamos representando como InfP, seguindo a representação de Mioto, Silva e Lopes (2016). 57
16 Segundo Mioto, Figueiredo Silva e Lopes (2016), no PB, também há a exigência de um CP vazio para que ocorra a MEC, como observamos no contraste entre as árvores sintáticas das Figuras 2 e 3. Tal contraste mostra que, na árvore da Figura 3, existe a projeção CP, enquanto, na da Figura 2, não existe essa projeção. A MEC em inglês nas mini-orações Em inglês, assim como no PB, temos a MEC nas MOs: (i) I consider [ DP the taxi driver] [ AP entirely innocent] (ii) I consider [ DP him] [ AP entirely innocent] (HAEGEMAN, 1994, p.172) Não há elemento dentro da MO que possa atribuir Caso aos DPs sujeitos das duas mini-orações acima. Além disso, a OP parece não funcionar como barreira, uma vez que, se o fizesse, o Caso não poderia ter sido atribuído ao sujeito da OP. E como o pronome him possui marcação explícita de Caso acusativo, existe uma evidência de que a mini-oração, de fato, não funciona como barreira (HAEGEMAN, 1994). Considerações finais Como já foi dito, nosso objetivo foi identificar as semelhanças e diferenças entre elas. Portanto, observamos que os núcleos V são igualmente responsáveis pela MEC em ambas as línguas. Ademais, constatamos que, no PB, temos o infinitivo flexionado, que é possibilitado pelo núcleo Agr, o qual, apesar de não possuir marcas temporais, possui marcas de concordância. Tais marcas de concordância são responsáveis pela atribuição de Caso nominativo ao sujeito de uma oração. Por sua vez, o inglês não possui a estrutura chamada de infinitivo flexionado, evidenciando uma diferença paramétrica 45 entre essas duas línguas. Vimos que essa diferença faz com que a projeção AgrP impeça 42 /eu considero o taxista inteiramente inocente/ Eu considero que o taxista seja totalmente inocente 43 /eu considero-o inteiramente inocente/ Eu o considero totalmente inocente 44 As sentenças foram retiradas de Haegeman (1994). Todavia, para tornar as sentenças mais didáticas, acrescentamos alguns dados, como a nomenclatura de cada sintagma. Além disso, a sentença (ii) não foi escrita em Haegeman (1994), mas por ela sugerida Witness the fact that if we replace the small clause subject by a pronoun it will have the ACCUSATIVE form traduzida para o PB como Perceba que se substituirmos o sujeito da oração pequena por um pronome, este terá a forma acusativa (HAEGEMAN, 1994, p.173). 45 (ROTHMAN, 2009) 58
17 a MEC no infinitivo flexionado do PB. No inglês, o qual não possui essa projeção em orações infinitivas, ocorre a MEC. Assim, nosso trabalho apresenta uma contribuição para uma visão da linguagem humana na qual se postula que todas as línguas naturais possuem uma gramática internalizada composta de regras capazes de derivar as suas sentenças. Essas regras seriam organizadas em princípios universais a todas as línguas e parâmetros específicos a cada língua natural. Acreditamos que o presente trabalho colabora para o entendimento desses pressupostos, uma vez que foi capaz de identificar alguns desses princípios no PB e no inglês e apontar uma diferença paramétrica entre as duas línguas. Além disso, acreditamos ter elucidado o que é a MEC e como ela ocorre no PB e no inglês. Para futuras pesquisas, pensamos que seria interessante entender qual a influência do léxico sobre a MEC nas duas línguas. Ademais, seria oportuno compreender a razão pela qual no PB temos o infinitivo flexionado, enquanto no inglês tal estrutura não existe 46. Referências BLACK, Cheryl A. A step-by-step introduction to the Government and Binding theory of syntax. Cidade do México: Instituto Linguístico de Verano, p. CARNIE, Andrew. Syntax. Oxford: Blackwell Publishers, p. CARNIE, Andrew. Syntax: A Generative Introduction. 3ª. ed. West Sussex: Blackwell Publishing, p. CHOMSKY, Noam. Lectures on Government and Binding. 5ª. ed. Dordrecht: Foris Publications, p. DEARMOND, Richard C. Case Theory Disponível em: < Acesso em: 11 abr FREIDIN, Robert. Foundations of Generative Syntax. 2ª. ed. New Baskerville: Mit Press, p. LEFFEL, Katherine; BOUCHARD, Denis. Views on Phrase Structure. [s.l]: Springer Netherlands, p. HAEGEMAN, Liliane. Introduction to Government and Binding Theory. 2ª. ed. Oxford: 46 (ROTHMAN, 2009) 59
18 Blackwell Publishers, p. KENEDY, Eduardo. Curso básico de linguística gerativa. São Paulo: Contexto, p. LOBATO, Lúcia Maria Pinheiro. Sintaxe Gerativa do Português. Belo Horizonte: Editora Vigília, p. MIOTO, Carlos; SILVA, Maria Cristina Figueiredo; LOPES, Ruth. Novo Manual de Sintaxe. São Paulo: Contexto, p. PESETSKY, David. Language and its Structure II: Syntax Disponível em: < Acesso em: 11 abr RAPOSO, Eduardo Paiva. Teoria da Gramática: A Faculdade da Linguagem. 2ª. ed. Lisboa: Caminho, p. RÓNAI, Paulo. Curso básico de Latim: Gradus Primus. 22ª. ed. São Paulo: Cultrix, p. ROTHMAN, John. Knowledge of A/A -dependencies on subject extraction with two types of infinitives in non-native Portuguese adult Bilingualism Disponível em: < dependencies_on_subject_extraction_with_two_types_of_infinitives_in_nonnative_portuguese_adult_bilingualism>. Acesso em: 25 abr EXCEPTIONAL CASE MARKING: A COMPARATIVE STUDY ABSTRACT The goal of this article is to do a comparative study on the Exceptional Case Marking (ECM) phenomenon under the framework of generative syntax in two languages, namely Brazilian Portuguese and English. The methodology we used was our introspection and the gathering of data from the bibliography utilized in this article. We have observed that verbal and prepositional heads are responsible for the ECM in both languages. We have verified that, in BP, there is the inflected infinitive, which is made possible by the Agr head; and we have also verified that the CP and AgrP projections prevent the ECM in BP and English. In the conclusion, we have shown that the Exceptional Case Marking occurs in both BP and English, in spite of some differences. Keywords: Exceptional Case Marking. Case theory. Comparative analysis of Brazilian Portuguese and English. Inflected infinitive. Principles and Parameters. Envio: junho/2017 Aceito para publicação: junho/
Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos
OBSERVAÇÕES SOBRE MOVIMENTO Nataniel dos Santos Gomes (CiFEFiL/UFRJ/UNAM/UniverCidade/UNESA) INTRODUÇÃO O objetivo do presente artigo é de fazer algumas observações sobre Movimento, que parecer algo por
OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO EM UM LIVRO DIDÁTICO: GRAMÁTICA NORMATIVA VS. GRAMÁTICA EXPLICATIVA/GERATIVA
OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO EM UM LIVRO DIDÁTICO: GRAMÁTICA NORMATIVA VS. GRAMÁTICA EXPLICATIVA/GERATIVA Jessé Pantoja SERRÃO (G-UFPA) Antônia Fernanda de Souza NOGUEIRA (UFPA) 120 Resumo Este artigo
Um dos principais filtros impostos pela estrutura de superfície é o filtro de Caso. O filtro de Caso pode ser expresso da seguinte maneira:
Sétima semana do curso de Linguística III Professor Alessandro Boechat de Medeiros Departamento de Linguística e Filologia Sobre os movimentos Vimos logo no início do curso que as línguas naturais apresentam
Considerações acerca das estruturas denominadas small clauses
Considerações acerca das estruturas denominadas small clauses Andréia Rutiquewiski Gomes Universidade Estadual do Centro-Oeste Irati - PR Resumo: Este artigo discute pressupostos teóricos acerca das small
Funções gramaticais: Objeto direto e indireto. Luiz Arthur Pagani (UFPR)
Funções gramaticais: Objeto direto e indireto (UFPR) 1 1 Tradição gramatical termos essenciais, mas condicionados ao verbo: Objeto direto é o complemento transitivo direto, ou seja, o complemento que normalmente
Vimos que os movimentos deixam vestígios. Mas o que são vestígios?
Oitava semana do curso de Linguística III Professor Alessandro Boechat de Medeiros Departamento de Linguística e Filologia Sobre fantasmas Na aula passada vimos que a maneira da Gramática Gerativa de lidar
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS A AQUISIÇÃO DO CASO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO Julieane Pohlmann Bulla Dr Ana Maria Tramunt Ibaños
Introdução a uma abordagem formal da sintaxe Teoria X-barra, II
Universidade de São Paulo Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Letras Clássicas e Vernáculas Sintaxe do Português I FLC0277 Maria Clara Paixão de Sousa Introdução a uma abordagem formal da
Uma proposta de arquitetura
Terceira semana do curso de Linguística III Professor Alessandro Boechat de Medeiros Departamento de Linguística e Filologia Uma proposta de arquitetura A teoria gerativa dominante dos anos oitenta foi
Sexta semana do curso de Linguística III Professor Alessandro Boechat de Medeiros Departamento de Linguística e Filologia.
Sexta semana do curso de Linguística III Professor Alessandro Boechat de Medeiros Departamento de Linguística e Filologia Adjunção Há tipos de constituintes que entram na estrutura sintagmática sem que
Diagramas em árvore. Luiz Arthur Pagani (UFPR)
Diagramas em árvore (UFPR) 1 1 Introdução Uma árvore representa três tipos de informação: Estrutura de constituintes (ramos da árvore) Categoria dos constituintes (rótulos nos nós da árvore) Ordenamento
A SELEÇÃO ARGUMENTAL NA AQUISIÇÃO DE PORTUGUÊS ESCRITO POR SURDOS
179 de 666 A SELEÇÃO ARGUMENTAL NA AQUISIÇÃO DE PORTUGUÊS ESCRITO POR SURDOS Joyce Maria Sandes da Silva 47 (UESB) Adriana Stella Cardoso Lessa de Oliveira 48 (UESB) RESUMO Esse estudo objetiva, a partir
MODIFICAÇÕES NA ESTRUTURA ARGUMENTAL DOS VERBOS E O PB (MODIFICATIONS OF THE ARGUMENTATIVE STRUCTURE OF VERBS AND THE PB)
MODIFICAÇÕES NA ESTRUTURA ARGUMENTAL DOS VERBOS E O PB (MODIFICATIONS OF THE ARGUMENTATIVE STRUCTURE OF VERBS AND THE PB) Thaïs Raposo do Amaral Pinto CHAVES (PG - USP) ABSTRACT: This paper presents some
(2) SN N (SP)/(Adj) {gerando por exemplo: SN = N-livro SP-de chocolate; SN = N-rabo Adj-amarelo]
Universidade de São Paulo Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Letras Clássicas e Vernáculas Sintaxe do Português I FLC0277 Maria Clara Paixão de Sousa Aula 10: Constituência e Estrutura da
ESTRUTURA DE CONSTITUINTES FUNDAMENTOS DE SINTAXE APOIO PEDAGÓGICO 02/05/2018 SAULO SANTOS
ESTRUTURA DE CONSTITUINTES FUNDAMENTOS DE SINTAXE APOIO PEDAGÓGICO 02/05/2018 SAULO SANTOS PROGRAMA DA AULA 1. O que é um sintagma? 2. Estrutura de constituintes 3. Evidências para a estrutura de constituintes
TÓPICO III: INTRODUÇÃO A UMA ABORDAGEM FORMAL DA GRAMÁTICA 1. Teoria X-barra (ou: dos Constituintes Sintáticos)
Universidade de São Paulo Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Letras Clássicas e Vernáculas Sintaxe do Português I FLC0277 Maria Clara Paixão de Sousa TÓPICO III: INTRODUÇÃO A UMA ABORDAGEM
O SISTEMA DE CASOS: INTERFACE ENTRE A MORFOLOGIA E A SINTAXE Dimar Silva de Deus (Unipaulistana)
O SISTEMA DE CASOS: INTERFACE ENTRE A MORFOLOGIA E A SINTAXE Dimar Silva de Deus (Unipaulistana) dimmar@gmail.com O SISTEMA DE CASOS Quando se estudam línguas que comportam morfemas de caso, como o latim,
TIPOS DE SINTAGMAS E REPRESENTAÇÕES ARBÓREAS FUNDAMENTOS DE SINTAXE APOIO PEDAGÓGICO 23/05/2018 SAULO SANTOS
TIPOS DE SINTAGMAS E REPRESENTAÇÕES ARBÓREAS FUNDAMENTOS DE SINTAXE APOIO PEDAGÓGICO 23/05/2018 SAULO SANTOS PROGRAMA DA AULA 1. Tipos de sintagma 2. Sintagmas lexicais 3. Representações arbóreas de sintagmas
PAOLA JUNQUEIRA PINTO DOS SANTOS ORAÇÕES INFINITIVAS: DA SELEÇÃO AO CONTROLE PORTO ALEGRE 2009
1 PAOLA JUNQUEIRA PINTO DOS SANTOS ORAÇÕES INFINITIVAS: DA SELEÇÃO AO CONTROLE PORTO ALEGRE 2009 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS ÁREA:
O Programa Minimalista, PRO e Caso
ARTIGO Letrônica v. 4, n. 1, p. 2, julho 2011 O Programa Minimalista, PRO e Caso Monica Stedile Monawar 1 O presente artigo teve por motivação promover uma breve discussão acerca de um tópico que há muito
Linguística O Gerativismo de Chomsky
Linguística O Gerativismo de Chomsky Profª. Sandra Moreira Conteúdo Programático A Gramática Gerativa Inatismo versus Behaviorismo Competência e Desempenho Estrutura Profunda e Estrutura Superficial Objetivos
1 Introdução. 1 Neste estudo, será utilizando tanto o termo em inglês parsing, como o termo traduzido análise
1 Introdução Este estudo enfoca o desenvolvimento da percepção de elementos de classe fechada, particularmente de afixos verbais e sua representação morfofonológica, assim como o parsing 1 (análise sintática)
Apresentação 11 Lista de abreviações 13. Parte I: NATUREZA, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA LINGUAGEM
Sumário Apresentação 11 Lista de abreviações 13 Parte I: NATUREZA, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA LINGUAGEM O homem, a linguagem e o conhecimento ( 1-6) O processo da comunicação humana ( 7-11) Funções da
O Caso default no português do Brasil: revisitando o Caso dos inacusativos
O Caso default no português do Brasil: revisitando o Caso dos inacusativos Evani Viotti USP Abstract The goal of this paper is to investigate the contexts in Brazilian Portuguese in which DPs are marked
Gramática de Montague
Gramática de Montague Apresentação Inicial Luiz Arthur Pagani 1 There is in my opinion no important theoretical dierence between natural languages and the articial languages of logicians; indeed I consider
A ORDEM DE AQUISIÇÃO DOS PRONOMES SUJEITO E OBJETO: UM ESTUDO COMPARATIVO 10
107 de 297 A ORDEM DE AQUISIÇÃO DOS PRONOMES SUJEITO E OBJETO: UM ESTUDO COMPARATIVO 10 Tatiane Macedo Costa * (UESB) Telma Moreira Vianna Magalhães (UESB) RESUMO Várias pesquisas têm investigado o uso
O VP ORACIONAL E A GENERALIZAÇÃO DE BURZIO 1
O VP ORACIONAL E A GENERALIZAÇÃO DE BURZIO 1 Silvia Helena Lovato do NASCIMENTO (UFSM) 2 RESUMO: Este trabalho interpreta a generalização de Burzio (Burzio, 1986) em termos da hipótese do VP oracional
Considerações sobre a estrutura sintática das construções com verbos psicológicos
Considerações sobre das construções com Rozana Reigota Naves* T Abstract he aim of this paper is to analyze a well defined aspect of psychological verbs the fact that only certain psychological predicates
Guião 1 Anexo (v1.0) 2. Do léxico à frase 2.1. Classes de palavras e critérios para a sua identificação
F a c u l d a d e d e L e t r a s d a U n i v e r s i d a d e d e L i s b o a D e p a r t a m e n t o d e L i n g u í s t i c a G e r a l e R o m â n i c a E s t r u t u r a d a s F r a s e s e m P o r
2. Morfologia Flexional Derivação: criar novos itens lexicais Flexão: Afixação determinada sintaticamente
1. DERIVAÇ Ã O E FLEXÃ O DERIVAÇ Ã O FLEXÃ O pode mudar a categoria lexical de base + - admite a ordem oposta de dois afixos presos + - é um processo bastante produtivo - + é paradigmática - + muda o sentido
(1) A análise dos resultados experimentais indicaram um efeito principal de número do núcleo interveniente no processamento da concordância.
1 Introdução A presente tese tem como tema o processamento da concordância de número entre sujeito e verbo na produção de sentenças e está vinculada ao Projeto Explorando relações de interface língua-sistemas
ORAÇÕES INFINITIVAS NO PORTUGUÊS DO BRASIL
HELOISA MARIA MOREIRA LIMA SALLES Universidade de Brasília ORAÇÕES INFINITIVAS NO PORTUGUÊS DO BRASIL Sabe-se que o português do Brasil apresenta inúmeros aspectos que o distinguem de outras variedades
DETERMINANTES E SENTENÇAS RELATIVAS NA LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA (LSB): DESCRIÇÃO E VERIFICAÇÃO DE HIPÓTESES
Página 241 de 508 DETERMINANTES E SENTENÇAS RELATIVAS NA LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA (LSB): DESCRIÇÃO E VERIFICAÇÃO DE HIPÓTESES Lizandra Caires do Prado (UnB/PPGL/CAPES) Rozana Reigota Naves (UnB/PPGL)
Resolução de anáfora no contexto do sluicing: O caso do Português Brasileiro
Ludmila Pimenta Salles Milhorance Resolução de anáfora no contexto do sluicing: O caso do Português Brasileiro Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Estudos da
1. Teoria X-barra (ou: dos Constituintes Sintáticos)
TÓPICO III: INTRODUÇÃO A UMA ABORDAGEM FORMAL DA GRAMÁTICA 1. Teoria X-barra (ou: dos Constituintes Sintáticos) Objetivos desta seção Introduzir a noção de constituinte sintático segundo a gramática gerativa
OS SINTAGMAS ADVERBIAIS NA ARQUITETURA DA SENTENÇA DAS LÍNGUAS NATURAIS: DUAS PERSPECTIVAS FORMALISTAS DE ANÁLISE LINGUÍSTICA
Página 87 de 315 OS SINTAGMAS ADVERBIAIS NA ARQUITETURA DA SENTENÇA DAS LÍNGUAS NATURAIS: DUAS PERSPECTIVAS FORMALISTAS DE ANÁLISE LINGUÍSTICA Paulo Roberto Pereira Santos 34 (UESB/CAPES) RESUMO Neste
Oferta de optativas área de Linguística e Língua Portuguesa
Código HL 133 Análise do Discurso I quarta: 10:30h às 12:30h; sexta: 10:30h às 12:30h Gesualda dos Santos Rasia A concepção de texto em perspectiva discursiva. A mobilização do aparato teórico-metodológico
CTCH DEPARTAMENTO DE LETRAS
CTCH DEPARTAMENTO DE LETRAS CATEGORIAS FUNCIONAIS NO DESENVOLVIMENTO LINGUÍSTICO E NO QUADRO DE DEL (DÉFICIT ESPECIFICAMENTE LINGUÍSTICO): EXPLORANDO SEMELHANÇAS E DISTINÇÕES ENTRE DEL E DÉFICIT DE APRENDIZAGEM
Funções gramaticais: Complemento e adjunto. Luiz Arthur Pagani (UFPR)
Funções gramaticais: Complemento e adjunto (UFPR) 1 1 Tradição gramatical termos essenciais termos acidentais: intaxe: um adjunto é um `elemento opcional', enquanto um complemento é um `elemento obrigatório'.[2,
Aula 6 GERATIVISMO. MARTELOTTA, Mário Eduardo. Manual de Linguística. São Paulo: Contexto, 2012, p
Aula 6 GERATIVISMO MARTELOTTA, Mário Eduardo. Manual de Linguística. São Paulo: Contexto, 2012, p. 113-126 Prof. Cecília Toledo- cissa.valle@hotmail.com Linguística Gerativa Gerativismo Gramática Gerativa
A REALIZAÇÃO DO SUJEITO PRONOMINAL DE REFERÊNCIA ARBITRÁRIA NA COMUNIDADE LINGUÍSTICA DE VITÓRIA DA CONQUISTA *
249 de 298 A REALIZAÇÃO DO SUJEITO PRONOMINAL DE REFERÊNCIA ARBITRÁRIA NA COMUNIDADE LINGUÍSTICA DE VITÓRIA DA CONQUISTA * Daiane Gomes Bahia ** Elisângela Gonçalves *** Paula Barreto Silva **** RESUMO
Aula- conferência ministrada por: Francisco João Lopes Doutorando DLCV- FFLCH- USP Sob orientação: Profª Drª Márcia Oliveira
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO / USP - FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS / FFLCH DEPARTAMENTO DE LETRAS CLÁSSICAS E VERNÁCULAS / DLCV, ÁREA DE FILOLOGIA E LÍNGUA PORTUGUESA / AFLP Disciplina:
1.1 Qual a relevância do sistema pronominal para uma teoria da aquisição da linguagem? Por que os complementos pronominais?
1 Introdução Nesta dissertação, o problema da aquisição do sistema pronominal, no que concerne aos complementos acusativos de terceira pessoa, é investigado em função de um contraste entre o sistema pronominal
A FLEXÃO PORTUGUESA: ELEMENTOS QUE DESMISTIFICAM O CONCEITO DE QUE FLEXÃO E CONCORDÂNCIA SÃO CATEGORIAS SINTÁTICAS DEPENDENTES 27
Página 75 de 315 A FLEXÃO PORTUGUESA: ELEMENTOS QUE DESMISTIFICAM O CONCEITO DE QUE FLEXÃO E CONCORDÂNCIA SÃO CATEGORIAS SINTÁTICAS DEPENDENTES 27 Iany França Pereira 28 (UESB) Cristiane Namiuti Temponi
A categorização semântica dos compostos nominais técnicos em língua inglesa e os resultados tradutórios em português
Paula Santos Diniz A categorização semântica dos compostos nominais técnicos em língua inglesa e os resultados tradutórios em português Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada como requisito parcial
SOBRE A NATUREZA DO SINTAGMA NOMINAL NA ORDEM V DP (ABOUT THE NATURE OF THE POSTVERBAL SYNTAGMA IN THE ORDER V DP)
SOBRE A NATUREZA DO SINTAGMA NOMINAL NA ORDEM V DP (ABOUT THE NATURE OF THE POSTVERBAL SYNTAGMA IN THE ORDER V DP) Izete Lehmkuhl COELHO (Universidade Federal de Santa Catarina) ABSTRACT: The purpose of
REFLEXÕES SOBRE A FUNÇÃO SINTÁTICA DE ATRIBUTO Antônio Sérgio Cavalcante da Cunha (UERJ; UNESA)
DEPARTAMENTO DE LETRAS REFLEXÕES SOBRE A FUNÇÃO SINTÁTICA DE ATRIBUTO Antônio Sérgio Cavalcante da Cunha (UERJ; UNESA) sergio03@ism.com.br INTRODUÇÃO O presente artigo pretende fazer uma reflexão sobre
A CHECAGEM DE TRAÇOS FORMAIS E A ESTRUTURA DP: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE O PORTUGUÊS BRASILEIRO, O INGLÊS E O ITALIANO
A CHECAGEM DE TRAÇOS FORMAIS E A ESTRUTURA DP: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE O PORTUGUÊS BRASILEIRO, O INGLÊS E O ITALIANO The checking of formal features and structure DP: a comparative study of Brazilian
Avaliar o comportamento das crianças DEL no que concerne ao valor dado à informação de pessoa em Dmax e no afixo verbal;
164 9 Conclusão Este estudo focalizou a aquisição de pessoa como traço formal no Português Brasileiro (PB) com o objetivo de caracterizar a manifestação de pessoa no curso normal do desenvolvimento lingüístico
Morfologia, Sintaxe e Morfossintaxe substantivo, verbo, Morfologia. Morfologia classes gramaticais
Língua Portuguesa Nesta bimestral você aprendeu sobre diversos conceitos como Morfologia, Sintaxe e Morfossintaxe, e partir desses conceitos vamos revisar os principais assuntos estudados. Quando falamos
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS MESTRADO EM LINGUÍSTICA ELISETE PONCIO AIRES
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS MESTRADO EM LINGUÍSTICA ELISETE PONCIO AIRES A CONSTRUÇÃO QUE: UMA AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE CHINESES APRENDIZES
Sintaxe Denição inicial. Luiz Arthur Pagani (UFPR)
Sintaxe Denição inicial (UFPR) 1 1 Introdução primeira denição: língua: A sintaxe é o estudo dos princípios e dos processos por meio dos quais as sentenças são construídas em línguas partuculares. O estudo
1 Introdução. (1) a. A placa dos automóveis está amassada. b. O álbum das fotos ficou rasgado.
17 1 Introdução A concordância, nas mais diversas línguas, é um fenômeno pesquisado em várias áreas, desde diferentes áreas de análise que envolvem o estudo da linguagem, tais como: morfologia, sintaxe,
MOVIMENTO OU DEPENDÊNCIAS DESCONTÍNUAS: UMA REFLEXÃO INTRODUTÓRIA SOBRE ABORDAGENS DE INTERROGATIVAS-QU NO PORTUGUÊS BRASILEIRO
MOVIMENTO OU DEPENDÊNCIAS DESCONTÍNUAS: UMA REFLEXÃO INTRODUTÓRIA SOBRE ABORDAGENS DE INTERROGATIVAS-QU NO PORTUGUÊS BRASILEIRO André da Luz Pereira RESUMO: Tendo por base a perspectiva gerativista, que
Verbos de controle e de alçamento em Xirhonga: ambiente sintático para o fenômeno da reestruturação 1
Verbos de controle e de alçamento em Xirhonga: ambiente sintático para o fenômeno da reestruturação 1 Quesler Fagundes Camargos 2 (UFMG) Ernesto Mário Dimante 3 (UEM) Ricardo Campos Castro 4 (UFMG) 1.
Curso: Letras Português/Espanhol. Disciplina: Linguística. Docente: Profa. Me. Viviane G. de Deus
Curso: Letras Português/Espanhol Disciplina: Linguística Docente: Profa. Me. Viviane G. de Deus AULA 2 1ª PARTE: Tema 2 - Principais teóricos e teorias da Linguística moderna Formalismo x Funcionalismo
Aula10 OUTRAS ESTRUTURAS ORACIONAIS POR SUBORDINAÇÃO
Aula10 OUTRAS ESTRUTURAS ORACIONAIS POR SUBORDINAÇÃO META Apresentar construções oracionais subordinadas por infinitivo, gerúndio, subjuntivo e indicativo. OBJETIVOS Ao final desta aula, o aluno deverá:
sintaticamente relevante para a língua e sobre os quais o sistema computacional opera. O resultado da computação lingüística, que é interno ao
1 Introdução A presente dissertação tem como tema a aquisição do modo verbal no Português Brasileiro (PB). Tal pesquisa foi conduzida, primeiramente, por meio de um estudo dos dados da produção espontânea
Investigação em morfologia: uma opção teórica e práticas de trabalho
Investigação em morfologia: uma opção teórica e práticas de trabalho Alina Villalva Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa Conferência apresentada na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
Lições de Português pela análise sintática
Evanildo Bechara Professor Titular e Emérito da Universidade do Estado do Riy'deJãneÍro;(tJERj) e da Universidade Federal Fluminense (UFF) Membro da A caciemia 'Brasileira de Letras e da Academia Brasileira
Funções gramaticais: Exercícios. Luiz Arthur Pagani (UFPR)
Funções gramaticais: Exercícios (UFPR) 1 1. Justique como podemos classicar Maria e cantou, na sentença Maria cantou, respectivamente como substantivo (nome) e verbo. A sentença Maria cantou é uma das
Sintaxe. Prof. Dr. Felipe Venâncio Barbosa
Sintaxe Prof. Dr. Felipe Venâncio Barbosa Categorias gramaticais! A competência linguística e a intuição sobre as propriedades dos itens lexicais. cair chorou brinquedo berço querer mesa comi mamãe Categorias
Língua Portuguesa. Professoras: Fernanda e Danúzia
Língua Portuguesa Professoras: Fernanda e Danúzia Nesta bimestral você aprendeu sobre diversos conceitos como Morfologia, Sintaxe e Morfossintaxe, e partir desses conceitos vamos revisar os principais
Nona semana do curso de Linguística III Professor Alessandro Boechat de Medeiros Departamento de Linguística e Filologia. A Teoria da Ligação
Nona semana do curso de Linguística III Professor Alessandro Boechat de Medeiros Departamento de Linguística e Filologia A Teoria da Ligação A teoria da Ligação é uma das subteorias da arquitetura da gramática
A CATEGORIA VERBAL DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS- LIBRAS
195 de 667 A CATEGORIA VERBAL DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS- LIBRAS Ione Barbosa de Oliveira Silva (UESB) 51 Adriana Stella Cardoso Lessa-de-Oliveira (UESB) 52 RESUMO Apresentamos resultados parciais
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ COORDENADORIA DE CONCURSOS CCV. Evento: Concurso Público para Provimento de Cargos Técnico-Administrativos em Educação
Língua Portuguesa Questão 01 A questão 01 trata de sinonímia, item 4.1 do Programa. É correta a alternativa D. A palavra "intermitente" (linha 07), conforme Houaiss, significa descontínuo, ou seja, algo
Capítulo1. Capítulo2. Índice A LÍNGUA E A LINGUAGEM O PORTUGUÊS: uma língua, muitas variedades... 15
Capítulo1 Capítulo2 A LÍNGUA E A LINGUAGEM............................................. 9 Linguagem: aptidão inata.............................................. 10 Funções.............................................................
Linguagem: produtividade e sistematicidade
Linguagem: produtividade e sistematicidade Referências: Chomsky, Noam, Syntactic Structures, The Hague, Mouton, 1957. Chomsky, Noam, Aspects of the Theory of Syntax, Cambridge (Mas.), The MIT Press, 1965.
SUMÁRIO APRESENTAÇÃO...9. O ESTUDO DO SIGNIFICADO NO NÍVEL DA SENTENÇA...13 Objetivos gerais do capítulo...13 Objetivos de cada seção...
SUMÁRIO APRESENTAÇÃO...9 O ESTUDO DO SIGNIFICADO NO NÍVEL DA SENTENÇA...13 Objetivos gerais do capítulo...13 Objetivos de cada seção...13 1. O objeto da Semântica...14 2. Anomalia, ambiguidade e interface
ELEMENTOS ANAFÓRICOS NA COORDENAÇÃO 1
47 de 368 ELEMENTOS ANAFÓRICOS NA COORDENAÇÃO 1 Jaqueline Feitoza Santos * (Uesb) Adriana Stella Cardoso Lessa-de-Oliveira (Uesb) RESUMO O presente trabalho focaliza os aspectos elipse de constituintes
Palavras-Chave: número gramatical, concordância, gramática gerativa.
1 Evolução Histórica do Tratamento do Número Gramatical e da Concordância de Número na Linguística Gerativa José Ferrari Neto Doutor em Estudos da Linguagem (PUC/RJ) Professor Adjunto de Linguística da
PLANO DE ENSINO SEMESTRE: 2016_1
PLANO DE ENSINO SEMESTRE: 2016_1 CÓDIGO DA DISCIPLINA : LSB 7052 NOME DA DISCIPLINA : Estudos Linguísticos II TURMAS : T. 05440 (Lic) e T. 05441 (Bel) HORAS/AULA SEMANAL.: 4h HORÁRIO: 2ª feira (08:20 11:50)
CATEGORIAS LEXICAIS EM LIBRAS
665 de 682 CATEGORIAS LEXICAIS EM LIBRAS Adriana Stella C. Lessa-de-Oliveira (UESB) Letícia Matos Santos Da Silva (UESB) Jéssica Caroline Souza Aguiar (UESB) RESUMO Este trabalho objetiva verificar características
Lingüística Código HL808 (turma A) Nome da disciplina Leitura Orientada em Sintaxe terça: 10h30h 12h10h
Lingüística Código HL808 (turma A) Nome da disciplina Leitura Orientada em Sintaxe terça: 10h30h 12h10h Luiz Arthur Pagani Programa resumido Analisadores gramaticais são procedimentos para se executar
A AQUISIÇÃO DE SUJEITO NULO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO (PB): UM ESTUDO COMPARATIVO 1
101 de 297 A AQUISIÇÃO DE SUJEITO NULO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO (PB): UM ESTUDO COMPARATIVO 1 Samile Santos Pinto * (UESB) Telma Moreira Vianna Magalhães * (UESB) RESUMO Este trabalho é um estudo comparativo
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS/LINGÜÍSTICA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS/LINGÜÍSTICA SENTENÇAS GENITIVAS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO ROSANGELA TERESINHA CALZA Dissertação de
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS FACULDADE DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS E LINGUÍSTICA A SINTAXE DO CLÍTICO LHE NO PORTUGUÊS BRASILEIRO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS FACULDADE DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS E LINGUÍSTICA A SINTAXE DO CLÍTICO LHE NO PORTUGUÊS BRASILEIRO Maria Edna Porangaba do Nascimento Maceió 2010 MARIA
GISELA GERTRUDES JONCK. ESTAR Uma proposta de análise inacusativa
GISELA GERTRUDES JONCK ESTAR Uma proposta de análise inacusativa FLORIANOPOLIS 2002 GISELA GERTRUDES JÖNCK ESTAR - UMA PROPOSTA DE ANÁLISE INACUSATIVA Dissertação apresentada ao Curso de Pós- Graduação
1 Introdução. de gramática tradicional, em que esse termo engloba a noção de substantivo e adjetivo.
1 Introdução No presente estudo, focaliza-se a delimitação da categoria adjetivo por crianças em torno de seu segundo ano de vida adquirindo o Português Brasileiro (PB) como língua materna. Investiga-se,
PARA VS. QUE EM ORAÇÕES ENCAIXADAS NO PB * Palavras-chave: Preposição; complementizador; infinitivo; subjuntivo; duplicação
PARA VS. QUE EM ORAÇÕES ENCAIXADAS NO PB * Danniel Carvalho Universidade Federal de Alagoas Resumo: Este trabalho discute alguns problemas gerados pela assunção tradicional de para como complementizador
V SEMINÁRIO DE PESQUISA E ESTUDOS LINGUÍSTICOS
Página 93 de 315 A AGRAMATICALIDADE DE PRONOMES PLENOS DE TERCEIRA PESSOA COMO RESUMPTIVOS EM POSIÇÃO DE OBJETO DIRETO: RESTRIÇÃO DA GRAMÁTICA NUCLEAR OU INTERFERÊNCIA DA ESCOLARIZAÇÃO? Sinval Araújo de
Sumarizando: o que é uma língua. Métodos para seu estudo...44
sumário APRESENTAÇÃO...13 1. O que se entende por língua Estudando a língua portuguesa...17 1.1 O Vocabulário: nascimento e morte das palavras. Consultando um dicionário...20 1.2 A Semântica: o sentido
More Structural Analogies between Pronouns and Tenses
More Structural Analogies between Pronouns and Tenses Angelika Kratzer (1998) SALT 8, MIT Jéssica Viana Mendes 1 de Novembro de 2018 Semântica de Eventos Partee (1973) Tempos verbais como operadores temporais
Funções gramaticais: Sujeito e predicado. Luiz Arthur Pagani (UFPR)
Funções gramaticais: Sujeito e predicado (UFPR) 1 1 Tradição gramatical termos essenciais: São termos essenciais da oração o sujeito e o predicado. [2, p. 119] As orações de estrutura favorita em português
UM ESTUDO DE COMPLEMENTOS DO TIPO SMALL CLAUSE EM ORAÇÕES COPULARES. Ednalvo Apóstolo Campos 1 Larissa da Costa Arrais 2
DOI: 10.18468/letras.2017v7n2.p49-66 UM ESTUDO DE COMPLEMENTOS DO TIPO SMALL CLAUSE EM ORAÇÕES COPULARES Ednalvo Apóstolo Campos 1 Larissa da Costa Arrais 2 Resumo: Neste artigo, abordamos os complementos
ANA MÁRCIA MARTINS DA SILVA AS VOZES VERBAIS SOB A PERSPECTIVA DA TEORIA DA REGÊNCIA E LIGAÇÃO: UMA ANÁLISE DE MANUAIS DE ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA
ANA MÁRCIA MARTINS DA SILVA AS VOZES VERBAIS SOB A PERSPECTIVA DA TEORIA DA REGÊNCIA E LIGAÇÃO: UMA ANÁLISE DE MANUAIS DE ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA Dissertação apresentada como requisito para obtenção
Small Clause complemento: caracterização e seleção
Small Clause complemento: caracterização e seleção Complement Small Clause: properties and selection Andréia de Fátima Rutiquewiski Gomes Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Maria José Foltran
(2) Alteração no papel temático do sujeito a depender da semântica do argumento: matou dez pessoas matou dez pessoas
Aula 7 Parte ii - Hierarquia temática, constituência, e estrutura da sentença DUARTE, I. & BRITO, A. M (2003). Predicação e classes de predicadores verbais. In M.H.M. Mateus et al, Gramática da língua
(2) Alteração no papel temático do sujeito a depender da semântica do argumento: matou dez pessoas matou dez pessoas
Aula 8 Hierarquia temática, constituência e estrutura da sentença DUARTE, I. & BRITO, A. M (2003). Predicação e classes de predicadores verbais. In M.H.M. Mateus et al, Gramática da língua portuguesa.
Disciplinas Optativas
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Linguística e Filologia Relação de Disciplinas Optativas Disciplinas Optativas LEF001 LINGUÍSTICA B Trabalho de campo nas áreas da fonologia, morfologia,
1. A Teoria do Caso e o Caso do Sujeito no PB
Universidade de São Paulo Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Letras Clássicas e Vernáculas TÓPICO II: INTRODUÇÃO A UMA ABORDAGEM FORMAL DA GRAMÁTICA & TÓPICO III: ASPECTOS DA GRAMÁTICA DO
Língua Portuguesa A MORFOSSINTAXE. Profª. Fernanda Machado
Língua Portuguesa A MORFOSSINTAXE Profª. Fernanda Machado Nesta bimestral você está aprendendo sobre diversos conceitos como Morfologia e Sintaxe, e partir desses conceitos vamos revisar os principais
Básico I Sentenças e questões iniciadas com Wh- utilizando o verbo ser/estar Questões afirmativas e negativas e respostas curtas com o verbo
Iniciante I Adjetivos possessivos Verbo ser/estar: sentenças afirmativas e contrações Artigos Questões afirmativas, negativas e de lugar com o verbo ser/estar Preposições de lugar Verbo ser/estar: respostas
RESUMO DE DISSERTAÇÃO O SUBJUNTIVO EM PORTUGUÊS E INGLÊS: UMA ABORDAGEM GERATIVA
RESUMO DE DISSERTAÇÃO O SUBJUNTIVO EM PORTUGUÊS E INGLÊS: UMA ABORDAGEM GERATIVA Mestrado em Letras Estudos Linguísticos Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul Unidade Universitária de Campo Grande-MS
FUNÇÕES SINTÁTICAS NA ORAÇÃO FUNDAMENTOS DE SINTAXE APOIO PEDAGÓGICO 11/05/2018 SAULO SANTOS
FUNÇÕES SINTÁTICAS NA ORAÇÃO FUNDAMENTOS DE SINTAXE APOIO PEDAGÓGICO 11/05/2018 SAULO SANTOS PROGRAMA DA AULA 1. Definição formal das funções 2. A hierarquia dos constituintes 3. Predicado e Núcleo do
Professora Patrícia Lopes
Professora Patrícia Lopes É a junção entre a morfologia e a sintaxe. Trata-se de duas partes da gramática que apesar de estarem envolvidas entre si, constituem-se de particularidades distintas. A morfologia
LÍNGUA PORTUGUESA. Professora Rosane Reis. MÓDULO 11 Sintaxe IV
LÍNGUA PORTUGUESA Professora Rosane Reis MÓDULO 11 Sintaxe IV CONCORDÂNCIA VERBAL REGRA GERAL O verbo concorda em número e pessoa com o sujeito. Com sujeito simples e singular ou substantivo coletivo,
A SINTAXE DOS VERBOS MODAIS: UM PANORAMA DE ABORDAGENS
A SINTAXE DOS VERBOS MODAIS: UM PANORAMA DE ABORDAGENS Maurício Sartori Resende (UFPR)1 Dra. Maria Cristina Figueiredo Silva (Orientadora) 2 RESUMO: Este trabalho visa apresentar algumas das principais
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA MODERNA
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DA EDITORA MODERNA Professor, nós, da Editora Moderna, temos como propósito uma educação de qualidade, que respeita as particularidades de todo o país. Desta maneira, o apoio ao