Endereço: Data: Telefone: PARA QUEM CURSA A 1.a SÉRIE DO ENSINO MÉDIO EM Disciplina: PORTUGUÊS
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- Wilson Ximenes Cortês
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1 Nome: N.º: Endereço: Data: Telefone: Colégio PARA QUEM CURSA A 1.a SÉRIE DO ENSINO MÉDIO EM 2018 Disciplina: Prova: PORTUGUÊS DESAFIO NOTA: Texto para a questão 1. (Disponível em: Acesso em: 3 fev ) 1 PORTUGUÊS DESAFIO 1.a SÉRIE
2 QUESTÃO 1 Quanto ao gênero, à finalidade e ao assunto, pode-se afirmar que o texto é a) uma campanha educativa, para conscientizar os motoristas sobre as responsabilidades ao volante. b) um anúncio publicitário, para apresentar às pessoas novos modelos de placas de trânsito. c) um cartaz publicitário, para divulgar ao cidadão os telefones da Alerj. d) um folheto, para instruir os motoristas a como agir em caso de acidentes de trânsito. e) um encarte de jornal, para mostrar o alto índice de acidentes de trânsito. O texto é uma campanha educativa e tem por objetivo conscientizar os motoristas sobre as suas responsabilidades ao volante. Resposta: A Texto para as questões de 2 a 11. BRASILEIRO, HOMEM DO AMANHÃ Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar. A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso. Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã) não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira. Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada). Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem. Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. 2
3 Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil. Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: Se eu morresse amanhã!. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis. Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida. O brasileiro adia, logo existe. A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico: DES MOTS Hier: ontem Aujourd hui: hoje Demain: amanhã A única palavra importante é amanhã. Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem. (Paulo Mendes Campos. Colunista do Morro. Editora do autor, 1965.) QUESTÃO 2 No primeiro parágrafo, ao mencionar colunas da brasilidade, o autor quer dizer que a) os brasileiros são mais constantes e exagerados do que outros povos. b) os brasileiros orgulham-se de suas características e de sua nacionalidade. c) os brasileiros possuem virtudes que são vistas como defeitos pelos outros povos. d) só os brasileiros conhecem as suas características mais marcantes. e) as capacidades de adiar e de dar um jeito são tipicamente brasileiras. As duas constantes a que o autor se refere no primeiro parágrafo, que designa como colunas da brasilidade, ou seja, como marcas distintivas do brasileiro e do Brasil, são as capacidades de adiar e dar um jeito. Resposta: E 3
4 QUESTÃO 3 No trecho: Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo., as palavras destacadas, mantendo a correção gramatical e ortográfica da frase, poderiam ser substituídas por a) Existe; leva. b) Existe; obriga. c) Existem; levam. d) Existem; enganam. e) Existem; obriga. Na frase, o verbo induzir foi empregado no sentido de incitar, instigar, levar a [fazer algo]. O sujeito de existir e de levar é o sintagma (expressão) plural duas constantes (na segunda oração retomada pelo pronome que); por isso, os verbos são flexionados na 3ª pessoa do plural. Na frase original, o verbo haver, no sentido de existir, é impessoal (só se usa na 3ª pessoa do singular), ou seja, ele não tem sujeito, sendo duas constantes o seu objeto. Resposta: C QUESTÃO 4 No primeiro parágrafo há verbos que estão no presente do modo indicativo porque se trata de a) ação praticada no momento em que se fala. b) verdade geral válida em qualquer tempo. c) ação passada que se narra no presente. d) ação praticada até o momento da declaração. e) acontecimento a ocorrer num futuro próximo. No primeiro parágrafo do texto, o presente do indicativo foi usado em seu valor atemporal, uma vez que se pretende falar de algo sem limitação temporal. Em geral, o presente atemporal indica ideias válidas em todos os tempos e lugares. Resposta: B QUESTÃO 5 Em... as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar., a palavra em destaque foi empregada com o mesmo significado com que foi empregada em a) Não tive jeito de lhe dar a notícia do acidente. b) Ela caminha com jeito muito gracioso. c) Mariana sempre teve jeito para as artes cênicas. d) Pedro sempre dá um jeito de entrar sem ser convidado. e) Esse garoto não tem jeito! 4
5 Tanto na frase do enunciado como na frase da alternativa d, a palavra jeito, na locução dar um jeito, foi usada no sentido de arranjo, saída, solução nem sempre lícita e ética. Resposta: D QUESTÃO 6 No trecho... já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso., a locução conjuntiva sem que é a) causal, podendo ser substituída por porque: porque, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribui para isso. b) aditiva, podendo ser substituída por mas também: mas também, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso. c) final, podendo ser substituída por para que: para que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso. d) concessiva, podendo ser substituída por embora: embora, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático não contribua para isso. e) condicional, podendo ser substituída por desde que: desde que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso. A locução é concessiva porque constitui uma oposição ao fato anterior sem, no entanto, invalidá-lo. Resposta: D QUESTÃO 7 A afirmação dos ingleses Oscar Wilde e Mark Twain pode ser considerada humorística porque a) inverte o sentido de um famoso ditado popular. b) Na Inglaterra as pessoas não têm o hábito de adiar. c) É um conselho difícil de ser aceito. d) Trata com seriedade um assunto tão banal. e) Retrata muito bem o que acontece no Brasil. A afirmação dos ingleses Oscar Wild e Mark Twain inverte o sentido do ditado popular Nunca deixe para amanhã o que pode fazer hoje. Resposta: A 5
6 QUESTÃO 8 Ao afirmar que Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso, o autor quer dizer que adiamos de uma maneira a) cautelosa e preventiva. b) instintiva e impensada. c) racional e refletida. d) premeditada e ardilosa. e) brusca e agressiva. A expressão estímulo inibitório e a comparação do seu significado com o ato reflexo de proteger os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso indicam que o brasileiro adia de maneira não refletida, agindo como se fosse por instinto. Resposta: B QUESTÃO 9 No parágrafo Sim, adiamos por força dum... a gravata mais colorida, o autor a) exalta a característica marcante de cada povo, inclusive do brasileiro. b) demonstra que apenas alguns povos, como os citados, têm características marcantes. c) critica o comportamento de outros povos, insinuando que o brasileiro é superior. d) demonstra, com exemplos, que cada povo tem seus comportamentos característicos. e) evidencia a superioridade de outros povos com relação ao povo brasileiro. O autor enumera comportamentos pretensamente recorrentes de pessoas de diferentes nacionalidades para demonstrar que características identificadoras não são exclusivas dos brasileiros. Resposta: D QUESTÃO 10 A mesma regra justifica o uso do acento em diplomático e a) espontânea. b) aniversário. c) estatísticas. d) remédio. e) culinárias. Diplomático e estatísticas recebem acento gráfico por serem palavras proparoxítonas. Espontânea, aniversário, remédio e culinárias acentuam-se por serem paroxítonas terminadas em ditongo. Resposta: C 6
7 QUESTÃO 11 Considere os trechos: I. Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. II. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. As palavras mas e mais indicam, nos respectivos contextos em que foram empregadas, ideia de a) adição e adversidade. b) intensidade e proposição. c) intensidade e oposição. d) oposição e finalidade. e) oposição e intensidade. Em I, o conectivo mas é uma conjunção coordenativa adversativa e introduz uma oração que mantém com a anterior relação de oposição, adversidade. Em II, a palavra mais é um advérbio que indica intensidade. Resposta: E QUESTÃO 12 Considere o trecho: De bicicleta, algumas pessoas levam o mesmo tempo que levavam de carro para percorrer o trajeto até o trabalho mas saudavelmente evitam o estresse de ficar paradas no trânsito. Os pronomes estão adequadamente colocados e substituem, respectivamente e de acordo com a norma culta, os termos em destaque, na alternativa: a) percorrê-lo... o evitam. b) percorrê-lo... evitam-lhe. c) percorrer-lo... evitam-o. d) percorrer-lhe... o evitam. e) percorrer-lhe... evitam-no. O verbo percorrer (infinitivo) perde a consoante r e acrescenta-se-lhe o pronome oblíquo o em posição enclítica (lo). Na associação com o verbo evitar, o pronome oblíquo o fica em posição proclítica, atraído pelo advérbio saudavelmente. Resposta: A 7
8 Texto para a questão 13. (Disponível em: Acesso em: 3. fev ) QUESTÃO 13 No segundo quadrinho, deduz-se pela fala das personagens que não a) se deve acreditar em cartomantes. b) há segredos para um casamento perfeito. c) existem maridos perfeitos. d) existem homens infelizes. e) há mulheres felizes. Por meio da fala case com um homem morto, pode-se deduzir que, para as personagens, não há nenhum marido vivo que seja perfeito. Resposta: C Nas questões 14 e 15, assinale a alternativa que complete corretamente as lacunas das frases. QUESTÃO 14 I. muitas discussões sobre o assunto. II. Assegure -se de que condições de manter os bens. III. haver alguns interessados no assunto. IV. Os pais nunca discutido o assunto com os filhos. a) I. Houvera; II. haverá; III. Devem; IV. haviam. b) I. Houveram; II. haverá; III. Deve; IV. haviam. c) I. Houveram; II. haverá; III. Devem; IV. havia. d) I. Houve; II. haverá; III. Deve; IV. haviam. e) I. Houve; II. haverá; III. Devem; IV. havia. 8
9 Em I e II, haver é impessoal, sendo, portanto, conjugado na terceira pessoa do singular; em III, haver é impessoal, e está acompanhado de verbo auxiliar (dever), que permanece na terceira pessoal do singular; em IV, o verbo haver deve concordar com o sujeito a que se refere (Os pais), estando corretamente flexionado, portanto, no plural. Resposta: D QUESTÃO 15 I. Perguntei a data para anotar em minha agenda. II. anos que não o encontramos. III. de mentiras perigosas. IV. árvores em áreas de preservação ambiental. a) I. eu; II. fazem; III. trata-se; IV. derrubam-se. b) I. eu; II. faz; III. trata-se; IV. derrubam-se. c) I. eu; II. fazem; III. tratam-se; IV. derruba-se. d) I. mim; II. faz; III. tratam-se; IV. derruba-se. e) I. mim; II. fazem; III. trata-se; IV. derrubam-se. Em I, deve ser empregado o pronome pessoal do caso reto eu, por ser sujeito de anotar; mim não se justifica, pois, no contexto, o pronome não é regido pela preposição para, que aparece apenas associando perguntei e anotar; em II, o verbo fazer, por estar indicando tempo decorrido, é impessoal, estando, portanto, corretamente conjugado na terceira pessoa do singular; em III, o se, indicando indeterminação do sujeito, é empregado com o verbo na terceira pessoal do singular; em IV, o se é pronome apassivador, e a frase na voz passiva sintética exige a flexão do verbo no plural, uma vez que ele deve concordar com o sujeito árvores. Resposta: B 9
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