PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DO SABUGAL

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1 PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL DO SABUGAL

2 Janeiro 21 Índice Geral PARTE I ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 1 Introdução 2 Âmbito de Aplicação 3 Objectivos 4 Enquadramento Legal 5 Antecedentes do Processo de Planeamento 6 Articulação com Instrumentos de Planeamento e Ordenamento do Território 7 Activação do Plano 7.1 Competência para a activação do Plano 7.2 Critérios para a activação do Plano 8 Programa de exercícios PARTE II ORGANIZAÇÃO DE RESPOSTA 1 Conceito de actuação 1.1 Comissões de Protecção Civil 2 Execução do Plano 2.1 Fase de Emergência 2.2 Fase de reabilitação 3 Articulação e actuação de agentes, organismos e entidades 3.1 Missão dos agentes de protecção civil Fase de emergência Fase de reabilitação 3.2 Missão dos organismos e entidades de apoio PARTE III ÁREAS DE INTERVENÇÃO 1 Administração de meios e recursos 1.1. Pessoal Empenhado 1.2. Finanças 1.3. Inventários, registos e actividades não essenciais 2 Logística 2.1 Apoio Logístico às forças de intervenção Alimentação, Alojamento e Agasalhos Combustíveis e Lubrificantes Manutenção e Reparação de Material Transportes Actuação Sanitário Evacuação e Tratamento Hospitalar 2.2 Apoio Logístico às Populações Alimentação, alojamentos e agasalhos Evacuação e populações 3 Comunicações 4 Gestão da informação 5 Procedimentos de evacuação

3 6 Manutenção da ordem pública 7 Serviços médicos e transporte de vítimas 8 Socorro e salvamento 9 Serviços mortuários PARTE IV INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR Secção I 1 Organização geral da protecção civil em Portugal 1.1 Estrutura da protecção civil 1.2 Estrutura das operações 2 Mecanismo da estrutura de protecção civil 2.1 Composição, convocação e competências da Comissão de Protecção Civil 2.2 Critérios e âmbito para a declaração das situações de alerta, contingência ou calamidade 2.3 Sistema de monitorização, alerta e aviso Secção II 1 Caracterização geral 2 Caracterização física 2.1 Modelo Digital do Terreno 2.2 Declives 2.3 Exposição 2.4 Hidrografia 2.5 Geologia 2.6 Caracterização Climática Rede climatológica Temperatura Humidade Relativa do ar Precipitação Ventos Outros Hidrometeoros (Gaedas, granizo e neve) Classificação climática Ocupação do solo Povoamentos Florestais Áreas protegidas 3 Caracterização socioeconómica 3.1 População Residente por Censo e Freguesia (1981/1991/21) e Densidade Populacional Natalidade e Mortalidade Índice de Envelhecimento Índice de Envelhecimento (81/91/1) e evolução (81/1) População por sector de Actividade (%) 21 Taxa de Analfabetismo Caracterização das infra-estruturas Caracterização do risco Analise de risco Analise da vulnerabilidade

4 Estratégias para a mitigação de risco Cenários Cartografia Secção III Inventário de meios e recursos Lista de contactos Modelos de relatórios e requisições Finalidade Tipos de Relatórios Modelos de comunicados Lista de controlo de actualizações do plano Lista de registo de exercícios do plano Lista de distribuição do plano Legislação Bibliografia Glossário Anexos Lista de Controlo de Actualização do Plano Comunicado Lista de Distribuição do Plano Registo de Exercícios do Plano Modelo de Requisição Relatório de Situação Índice de Figuras Figure 1 Figure 2 Concelho do Sabugal Mapa Hipsométrico do Concelho do Sabugal

5 Figure 3 Figure 4 Figure 5 Figure 6 Figure 7 Figure 8 Figure 9 Figure 1 Figure 11 Figure 12 Figure 13 Figure 14 Figure 15 Figure 16 Figure 17 Figure 18 Figure 19 Figure 2 Figure 21 Figure 22 Figure 23 Figure 24 Figure 25 Figure 26 Figure 27 Figure 28 Figure 29 Mapa dos declives do Concelho do Sabugal Mapa de Exposições do Concelho do Sabugal Mapa Hidrográfico do Concelho do Sabugal Mapa da designação Litológica do Concelho do Sabugal Rede Climatológica do Concelho do Sabugal Mapa de Ocupação de Solo Mapa de Povoamentos Florestais Mapa das Zonas Protegidas e Rede Natura Mapa da evolução da População residente e densidade Populacional Mapa do Índice de envelhecimento e a sua evolução Mapa da População por sector de actividade Mapa da Taxa de Analfabetismo Mapa da Rede Viária Mapa da Rede Viária Florestal do Concelho do Sabugal Mapa da Rede de Pontos de Água Mapa da Rede Eléctrica Mapa dos Parques Eólicos Tipologia de Risco de Inundações Tipologia de Risco de Sismo Mapa das Áreas Ardidas Mapa de Risco de Incêndio do Concelho do Sabugal Mapa da Perigosidade do Concelho do Sabugal Zona Industrial do Sabugal Zona Industrial do Alto do Espinhal Centro Trans-Fornteiriço do Soito Tipologia de Risco de Incêndios Urbanos Organização global da resposta Incêndio Florestal (Directiva Figure 3 Figure 31 Operacional Nacional N.º 2/28) Área de Intervenção dos Bombeiros do Concelho do Sabugal Área de Intervenção dos Sapadores Florestais em conjugação com os Figure 32 Bombeiros Área de Intervenção dos Postos Territoriais da GNR

6 Índice de Quadros Quadro 1 Médias mensais da frequência e velocidade do vento no concelho do Quadro 2 Quadro 3 Quadro 4 Quadro 5 Quadro 6 Sabugal ( ) Caracterização Climática geral: período de Caracterização Climática geral: período de (cont.) Ocupação de Solo Distribuição das espécies florestais do concelho do Sabugal Evolução da população residente e variação populacional nas freguesias do concelho do Sabugal, entre 1981 e 21 e densidade 7 Quadro 7 Quadro 8 Quadro 9 Quadro 1 Quadro 11 populacional em 21. Natalidade e Mortalidade (21) Índices de evolução da estrutura etária (1991 e 21) Distribuição dos Meios Aéreos próximos do Concelho do Sabugal Declaração (extracto) nº 97/27 Associações Humanitárias do Bombeiros Voluntários do Concelho do Quadro 12 Sabugal Ambulâncias

7 Quadro 13 Quadro 14 Quadro 15 Quadro 16 Quadro 17 Quadro 18 Quadro 19 Quadro 2 Quadro 21 Quadro 22 Quadro 23 Quadro 24 Quadro 25 Quadro 26 Quadro 27 Quadro 28 Quadro 29 Viaturas de Incêndios Postos Territoriais da GNR no Concelho do Sabugal Unidades de Saúde Clínicas Médicas Posto de Recolha para Análises Farmácias Presidentes de Junta de Freguesia Instituições de Solidariedade Creches Escolas Restaurantes Meios de Abrigo de Habitação Meios de Abrigo (Grande Capacidade) Meios de Transporte Frota Câmara Municipal do Sabugal Maquinaria e Ferramentas Lista de Contactos de entidades da Comissão e outros

8 Índice de Gráficos Gráfico 1 Valores mensais da temperatura média, média máxima e valores Gráfico 2 máximo no Concelho do Sabugal Valores médios mensais da humidade do ar às 9h e 18h no Concelho do Gráfico 3 Sabugal ( ) Precipitação mensal e máxima diária no Concelho do sabugal (1961 Gráfico 4 199) Ocupação de Solo (%)

9 PARTE I ENQUADRAMENTO GERAL DO PLANO 1. Introdução O Plano Municipal de Protecção Civil para o Concelho do Sabugal, é um instrumento que os Serviços Municipais passam a dispor para o desencadeamento das operações de protecção civil, com vista a possibilitar uma unidade de direcção e controlo, para a coordenação das acções a desenvolver e gestão de meios e recursos mobilizáveis, face a um acidente grave, catástrofe ou calamidade, tendo em vista minimizar os prejuízos e perdas de vidas e o restabelecimento da normalidade. A elaboração deste documento resulta das recentes alterações ao nível da estrutura da Protecção Civil em Portugal, agora denominada por Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), e da publicação da Directiva relativa aos critérios e normas técnicas para a elaboração e operacionalização de planos de emergência de protecção civil (resolução nº 25/28, de 18 de Julho). Pretende-se que este Plano seja um documento com uma grande vertente operacional, não obstante à existência de outros documentos mais específicos e operacionais (Planos de Emergência Externos ou Planos de Emergência Especiais) que podem resultar da identificação de perigos e avaliação de riscos efectuadas neste documento. O Director do Plano é o Presidente da Câmara Municipal do Sabugal que assume a direcção das actividades de protecção civil, competindo ao Centro Municipal de Operações de Emergência de Protecção Civil (CMOEPC), através do grupo de operações assegurar a condução e coordenação das mesmas, no impedimento do Presidente da Câmara Municipal, 9

10 o seu substituto é o Vereador Substituto Legal ou quem estiver designado para esse efeito. 2. Âmbito de Aplicação O âmbito territorial de aplicação do Plano Municipal de Emergência corresponde a toda a área geográfica do Concelho do Sabugal. O Plano Municipal de Emergência do Sabugal (PMESabugal) é um plano geral, elaborado para enfrentar a generalidade das situações de emergência que se admitem possíveis de ocorrer no Concelho do Sabugal. 3. Objectivos Os principais objectivos do Plano Municipal de Emergência do Concelho do Sabugal são: Providenciar, através de uma resposta concertada, as condições e os meios indispensáveis à minimização dos efeitos adversos de um acidente grave ou catástrofe; Definir as orientações relativamente ao modo de actuação dos vários organismos, serviços e estruturas a empenhar em operações de protecção civil; Definir a unidade de direcção, coordenação e comando das acções a desenvolver; Coordenar e sistematizar as acções de apoio, promovendo maior eficácia e rapidez de intervenção das entidades intervenientes; Inventariar os meios e recursos disponíveis para acorrer a um acidente grave ou catástrofe; 1

11 Minimizar a perda de vidas e bens, atenuar ou limitar os efeitos de acidentes graves ou catástrofes e restabelecer o mais rapidamente possível, as condições mínimas de normalidade; Assegurar a criação de condições favoráveis ao empenhamento rápido, eficiente e coordenado de todos os meios e recursos disponíveis num determinado território, sempre que a gravidade e dimensão das ocorrências o justifique; Habilitar as entidades envolvidas no plano a manterem o grau de preparação e de prontidão necessário à gestão de acidentes graves ou catástrofes; Promover a informação das populações através de acções de sensibilização, tendo em vista a sua preparação, a assumpção de uma cultura de auto-protecção e o entrosamento na estrutura de resposta à emergência. 4. Enquadramento Legal Protecção Civil Portaria n.º 32/28, de 18 de Abril - Estabelece as normas de funcionamento da Comissão Nacional de Protecção Civil Lei n.º 27/26, de 3 de Julho - Aprova a lei de bases da protecção civil Dec. Lei n.º 134/26 de 25 de Julho - Cria o SIOPS Dec.Lei n.º 23/26 de 27 de Outubro - SNBPC passa a designar-se Autoridade Nacional de Protecção Civil Decreto-Lei n.º 75/27, de 29 de Março - Aprova a orgânica da Autoridade Nacional de Protecção Civil Decreto-Lei n.º 247/27, de 27 de Junho - Permite a criação das equipas de intervenção permanente (EIP) Portaria n.º 1358/27, de 15 de Outubro - Define a composição e funcionamento das EIP Lei n.º 65/27, de 12 de Novembro - Define o enquadramento institucional e operacional da protecção civil no âmbito municipal 11

12 Elaboração dos Planos Municipais de Emergência Resolução n.º 25/28, de 18 de Julho - Aprova a directiva relativa aos critérios e normas técnicas para a elaboração dos planos municipais de emergência Riscos Naturais e Tecnológicos Portaria n.º 133/95 de 25 Agosto - Riscos naturais e tecnológicos/classificação dos distritos Autarquias Dec. Lei n.º 363/88 de 14 de Outubro - Auxílio financeiro do Estado às autarquias locais Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro Lei n.º 5-A/22, de 11 de Janeiro Lei das Autarquias Estabelece o quadro de competências, assim como o regime jurídico de funcionamento, dos órgãos dos municípios e das freguesias. Barragens Decreto-Lei n.º 344/27 - Regulamento de Segurança de Barragens Acidentes Graves Decreto-lei n.º 254/27 - Regime de Prevenção de Acidente Graves 5. Antecedentes do Processo de Planeamento Ao presente Plano Municipal de Emergência do concelho do Sabugal antecedeu uma única versão aprovada em reunião do executivo municipal em 11 de Janeiro de 1999, sendo posteriormente aprovado pela Comissão Nacional de Protecção Civil em

13 6. Articulação com Instrumentos de Planeamento e Ordenamento do Território A elaboração deste Plano de Emergência teve em consideração o Plano Director Municipal (PDM), o Plano Regional de Ordenamento Florestal da Beira Interior (PROF) o Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI), e o Plano de Contingência do Vale a jusante à Barragem do Sabugal nomeadamente através da identificação das áreas de risco já identificadas nestes Planos. 7. Activação do Plano A activação do Plano Municipal de Emergência visa assegurar a colaboração das várias entidades intervenientes, garantindo a mobilização mais rápida dos meios e recursos afectos ao plano e uma maior eficácia e eficiência na execução das ordens e procedimentos previamente definidos. 7.1 Competência para a activação do Plano De acordo com o nº 2 do artigo 4º, encadeado com o nº 2 do artigo 38º, da Lei de Bases de Protecção Civil e tal como disposto no nº 3 do artigo 3º da Lei 65/27, a competência para activação do PME é da respectiva Comissão Municipal de Protecção Civil. 13

14 A publicação da activação e desactivação do plano de emergência será feita através dos órgãos de comunicação social; de mensagens sms; das páginas de Internet da Câmara Municipal do Sabugal, editais e do Serviço Municipal de Protecção Civil do Sabugal. 7.2 Critérios para a activação do Plano Os Planos de Emergência de Protecção Civil são activados, em situação de acidente grave ou catástrofe, e no caso de perigo de ocorrência destes fenómenos, são desencadeadas operações municipais de protecção civil, de harmonia com o plano municipal de emergência, previamente elaborado, com vista a possibilitar a unidade de direcção das acções a desenvolver, a coordenação técnica e operacional dos meios a empenhar e a adequação das medidas de carácter excepcional a adoptar. 8. Programa de exercícios Para verificar a operacionalidade do plano, é necessário a realização de exercícios periódicos. Os exercícios devem ser realizados no mínimo bianualmente, ou no prazo máximo de 18 dias (data de publicação em Diário da Republica), sempre que exista uma revisão e nova aprovação do Plano Municipal de Emergência. O plano de emergência deve ser regularmente treinado através de exercícios em que se simulam situações de emergência a diferentes níveis. Com o planeamento e realização destes treinos poderá, por um lado, testar-se o plano em vigor, adaptando-o e actualizando o se for caso disso, e, por outro lado, rotinarem-se os procedimentos a adoptar em situação real de emergência. Podem realizar-se diferentes tipos de exercícios, destacando-se os exercícios de Postos de Comando (Comand Post Exercise, CP) e os exercícios tipo LivEx. 14

15 Por exercício de postos de comando (Comand Post Exercise, CP) entende-se aquele que se realiza em contexto de sala de operações e tem como objectivos testar o estado de prontidão e a capacidade de resposta e de mobilização de meios das diversas entidades envolvidas nas operações de emergência. Por exercício LivEx entende-se um exercício de ordem operacional, no qual se desenvolvem missões no terreno, com meios humanos e equipamento, permitindo avaliar as disponibilidades operacionais e as capacidades de execução das entidades envolvidas. PARTE II ORGANIZAÇÃO DE RESPOSTA 1. Conceito de actuação O conceito de actuação visa estabelecer os princípios orientadores a aplicar numa operação de emergência de protecção civil, definindo a missão, tarefas e responsabilidades dos diversos agentes, organismos e entidades intervenientes e identificando as respectivas regras de actuação. Em ordem a assegurar a criação de condições favoráveis ao empenhamento, rápido e eficiente, dos recursos disponíveis será também pertinente tipificar as medidas a adoptar para resolver ou atenuar os efeitos decorrentes de um acidente grave ou catástrofe. 1.1 Comissões de Protecção Civil As Comissões de Protecção Civil são os órgãos de coordenação em matéria de protecção civil, sendo compostas por elementos que auxiliam na definição e execução da política de protecção civil. As competências e a sua composição estão especificadas na Lei de Bases de Protecção Civil. O local de funcionamento da Comissão Municipal de Protecção Civil é as instalações da Câmara Municipal do Sabugal, sito Praça da Republica. A Comissão Municipal de Protecção Civil dispõe de uma mesa de reuniões, de um sistema de comunicações composto por rádios e telemóveis e de ligações, via Internet, ao sistema de gestão de frota para emergência, estando ainda, em contacto directo com as entidades envolventes. 15

16 2. Execução do Plano As operações encontram-se organizadas de acordo com o Decreto-Lei 134/26 de 25 de Julho que define, no ponto 1 do Art.º 1 que o Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro, adiante designado por SIOPS, é o conjunto de estruturas, normas e procedimentos que asseguram que todos os agentes de protecção civil actuam, no plano operacional, articuladamente sob um comando único, sem prejuízo da respectiva dependência hierárquica e funcional. 2.1 Fase de Emergência a) Tomar conhecimento da situação. b) Activar a Comissão Municipal de Protecção Civil (CMPC). c) Estabelecer prioridades, obtendo os meios e recursos necessários para o desenvolvimento das tarefas necessárias, tais como socorrer feridos, recolher mortos, restabelecer comunicações, desobstruir as vias de comunicação, combater incêndios, restabelecer as redes de abastecimento de água e energia eléctrica, alojar, alimentar e agasalhar desalojados. d) Assegurar a manutenção da lei e da ordem e garantir a circulação nas vias de acesso necessárias para a movimentação dos meios de socorro e evacuação das populações em risco. e) Informar e dar instruções ao público através da rádio, divulgando avisos e medidas preventivas de auto-protecção para as populações. 16

17 f) Manter-se permanentemente informado sobre a evolução da situação por forma a promover uma actuação eficaz das forças intervenientes g) Informar o CODIS da Guarda, relatando qual o tipo de acidente grave ou catástrofe, há quanto tempo ocorreu, as acções já tomadas, a área e o número de pessoas afectadas ou em risco, uma estimativa de perda de vidas e da extensão dos danos, o tipo e a quantidade de auxílio necessário uma vez esgotadas as capacidades próprias do Concelho. h) Coordenar todas as actividades de gestão dos recursos entre os vários Organismos de Apoio. i) Disponibilizar as verbas necessárias para o financiamento das operações de emergência. j) Promover a salvaguarda do património histórico e cultural 2.2 Fase de reabilitação a) Promover as medidas necessárias à urgente normalização da vida das populações, procedendo ao restabelecimento dos serviços públicos essenciais, nomeadamente, o abastecimento de água, energia e comunicações. b) Promover o regresso das populações e bens afectados. c) Promover a demolição, desobstrução e remoção de destroços a fim de restabelecer a circulação e evitar o perigo de desmoronamentos. d) Proceder à quantificação e análise dos danos elaborando um relatório sobre as operações realizadas. 3. Articulação e actuação de agentes, organismos e entidades De acordo com o artigo 46º. da Lei de Bases de Protecção Civil (Lei nº 27/26, de 3 de Julho), são agentes de protecção civil: a) Os corpos de bombeiros; b) As forças de segurança; c) As Forças Armadas; d) As Autoridades Marítimas e Aeronáuticas 17

18 e) O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e demais serviços de Saúde; f) Os sapadores florestais. A Cruz Vermelha Portuguesa exerce, em cooperação com os demais agentes e de harmonia com o seu estatuto próprio da intervenção, apoio, socorro e assistência sanitária e social. Os Organismos e Entidades são todos os serviços e instituições, públicos ou privados, com dever especial de cooperação com os agentes de protecção civil ou com competências específicas em domínios com interesse para a prevenção, a atenuação e o socorro às pessoas, aos bens e ao ambiente. Entre eles contam-se: Associações humanitárias de bombeiros voluntários; Serviços de segurança; Instituto Nacional de Medicina Legal; Instituições de Segurança Social; Instituições com fins de socorro e de solidariedade; Organismos responsáveis pelas florestas, conservação da natureza, indústria e energia, transportes, comunicações, recursos hídricos e ambiente; Serviços de segurança e socorro privativos das empresas públicas e privadas, dos portos e aeroportos. 3.1 Missão dos agentes de protecção civil Fase de emergência Corpos de bombeiros: desenvolvem acções relacionadas com a prevenção e o combate a incêndios, o socorro às populações em caso de incêndios, inundações, desabamentos e, de um modo geral, em todos os acidentes, o socorro a náufragos e buscas subaquáticas, e o socorro e transporte de acidentados e doentes, incluindo a urgência pré-hospitalar, no âmbito do sistema integrado de emergência médica. Forças de segurança (GNR): actuam no sentido de preservação da segurança dos cidadãos e da protecção da propriedade, isolamento de áreas, controle de tráfego rodoviário e 18

19 restrições de circulação, detecção, investigação e prevenção das actividades criminosas, operações de busca, salvamento e evacuação, operações de segurança no teatro de operações e abertura de corredores de emergência/evacuação. Forças Armadas: colabora, de acordo com os planos próprios e disponibilidade de recursos, no apoio logístico às forças de protecção e socorro, na evacuação da população, na disponibilização de infra-estruturas e meios de engenharia, nas acções de busca e salvamento e apoio sanitário, na reabilitação de infra-estruturas danificadas, na instalação de abrigos e campos de deslocados, no abastecimento de água às populações e no reforço e/ou reactivação das redes de telecomunicações. Autoridades marítimas e aeronáutica: a autoridade marítima é a entidade responsável pela execução da política de protecção civil em áreas de direito público marítimo, desempenhando funções nos domínios do alerta, aviso, intervenção, busca e salvamento, apoio e socorro; a autoridade aeronáutica (Instituto Nacional da Aviação Civil) é a entidade responsável pela promoção da segurança aeronáutica, competindo-lhe também participar nos sistemas nacionais de coordenação civil e militar em matéria de utilização do espaço aéreo, de busca e salvamento, de protecção civil, de planeamento civil de emergência e de segurança interna, bem como cooperar com a entidade responsável pela prevenção e investigação de acidentes e incidentes com aeronaves civis. INEM e demais serviços de saúde: coordena todas as actividades de saúde em ambiente pré-hospitalar, a triagem e evacuações primárias e secundárias, a referenciação e transporte para as unidades de saúde adequadas, bem como a montagem de postos médicos avançados. Cabe também ao INEM a triagem e o apoio psicológico a prestar às vítimas no local da ocorrência, com vista à sua estabilização emocional e posterior referenciação para as entidades adequadas. Sapadores Florestais: realizam actividades de prevenção dos incêndios florestais, através de acções de silvicultura preventiva. Exercem ainda funções de vigilância, primeira intervenção e apoio ao combate a incêndios florestais e às subsequentes operações de 19

20 rescaldo, sensibilização do público para as normas de conduta em matéria de acções de prevenção, do uso do fogo e da limpeza das florestas. Cruz Vermelha Portuguesa: exerce a sua intervenção no âmbito do apoio, busca e salvamento, socorro, assistência sanitária e social, colaborando na evacuação, transporte de desalojados e ilesos, na instalação de alojamentos temporários bem como na montagem de postos de triagem, no levantamento de feridos e cadáveres, no apoio psicossocial e na distribuição de roupas e alimentos às populações evacuadas Fase de reabilitação Relativamente a esta fase, verifica-se que existe uma grande uniformidade, entre os vários agentes da Protecção Civil, nos objectivos alcançar. Estes prendem-se, essencialmente, à execução de todas as medidas necessárias a fim de haver uma normalização da vida das populações e neutralização dos efeitos provocados pelo acidente no meio, nomeadamente o restabelecimento das infra-estruturas. Nesta medida, considera-se que esta fase se mantém até que todas as redes técnicas essenciais voltem próximo do normal. A curto prazo, a reabilitação trata de repor as redes técnicas vitais de apoio à vida das populações. A longo prazo que pode durar anos a reabilitação procura repor as condições existentes antes da catástrofe, tendo a preocupação de aproveitar a oportunidade para adoptar soluções que, na medida do possível, minimizem os efeitos de nova ocorrência 3.2 Missão dos organismos e entidades de apoio Os Organismos e Entidades de Apoio têm como função auxiliar numa situação de crise, tanto na emergência como na reabilitação do concelho. A fase da reabilitação cabe principalmente à Câmara Municipal do Sabugal, nomeadamente com o Departamento de Obras da Câmara Municipal do Sabugal, o Departamento de Urbanismo da Câmara 2

21 Municipal do Sabugal e o Departamento Administrativo e Financeiro da Câmara Municipal do Sabugal. Na fase de reabilitação podem intervir outras entidades de apoio, tais como: Assembleia Municipal Colabora nas acções de informação e divulgação das medidas de auto-protecção das populações. Autoridade de Saúde È responsável pela sanidade dos locais, incluindo a vacinação e, colaboração com a autarquia, promove desinfecções, desinfestações, ou incinerações; Coordena as acções de saúde pública, nomeadamente, o controlo de doenças transmissíveis; Organiza um registo das notas e informa as autoridades competentes. Bombeiros Voluntários Procedem à busca e evacuação de feridos e recolha de mortos; Coordena as acções de busca e salvamento; Coordena as actividades de combate aos incêndios; Assegura a segurança da área sinistrada. Câmara Municipal de Sabugal É responsável por todas as acções de Protecção Civil a nível municipal; Disponibiliza meios humanos e materiais, ou requisita-os, se necessário para fazer face à situação de emergência. Caminhos-de-Ferro Portugueses CP Informa o CMOEPC da operacionalidade das linhas que atravessam o concelho e disponibiliza, se necessário os meios ferroviários possíveis para a Constituição de Comboios tendo em conta a evacuação de pessoas e o transporte de roupas e alimentos; 21

22 Garante, na medida do possível a organização de comboios sanitários. Centro de Saúde Organizam e mantêm actualizadas listagens de médicos ou outros técnicos de saúde, tendo em conta as especialidades, local de residência, e todas as formas de contacto possíveis; Disponibilizam médicos, ou outros técnicos de saúde, no cumprimento das acções que lhes sejam distribuídas; Colaboram e reforçam as acções de prestação de cuidados de saúde e socorro nos postos de triagem, e nos hospitais de campanha bem como na prestação de cuidados de saúde. Divisão de Obras Assegurar a obtenção de meios de transporte destinados à superação das necessidades operacionais e logísticas coordenando a sua utilização; Assegura com pessoal e equipamento, derrube de árvores, limpeza de ruas, viatura cisterna, limpeza de detritos e outros que possam afectar a circulação e a segurança dos cidadãos; Assegura as transmissões às entidades mais directamente empenhadas nas operações; Faz executar, todas as obras que possam afectar a segurança dos cidadãos em geral e de circulação em particular, Vistoria e inspecciona construção e obras que possam afectar a segurança dos cidadãos. EDP Restabelece, logo que possível, o fornecimento de energia eléctrica, a todas as entidades e Organismos intervenientes na emergência, e estabelece a energia nos 22

23 hospitais de campanha, em campos de desalojados ou outros locais de acordo com as directrizes do CMOEPC. Escolas Promovem a segurança e evacuação ordenada da população escolar; Disponibilizam as respectivas instalações sempre que o CMOEPC as solicite. Escuteiros Prestam apoio com meios humanos e materiais, designadamente no alojamento de desalojados, na gestão de voluntários e benévolos, no isolamento de áreas, no movimento das populações, na triagem dos sinistrados, nos postos de socorro, nos hospitais de campanha e nas acções de busca e apoio aos salvamentos. Gabinete Técnico Florestal (GTF) Planeia e estuda as operações de combate a incêndios florestais; Apoia outras acções de Protecção Civil. Guarda Nacional Republicana A GNR cumpre todas as missões que legalmente lhe estão atribuídas no âmbito do da protecção e socorro, em conformidade com Directiva Operacional própria, potenciando permanentemente a sua actuação articulada no SIOPS; A GNR garante: - A manutenção da Lei e da Ordem, salvaguardando também a actuação das outras entidades e organismos; - A detecção, investigação e prevenção das actividades criminosas; - O Controlo de tráfego, restrições ou condiciona a circulação e procede à abertura de corredores de emergência/evacuação para as forças de socorro; 23

24 A GNR coordena e colabora: - No isolamento de áreas e ao estabelecimento de perímetros de segurança em zonas e períodos críticos; - Nos processos de identificação e credenciação de pessoal ligado às operações de socorro; - Na evacuação e movimentação da população, com especial atenção para escolas, lares de idosos, serviços essenciais e pessoas com mobilidade reduzida; -Na recepção e guarda dos espólios dos cadáveres; A GNR presta colaboração; - Nas acções de aviso, alerta e mobilização de pessoal envolvido nas operações de socorro, bem como no aviso e alerta às populações; - Nas acções de busca e salvamento; Instituições de Solidariedade Apoiam as acções de organização de abrigos e de bem-estar das populações, de pesquisa de desaparecimento, de gestão de campos de desalojados e na distribuição de bens, roupa, e agasalhos. Instituto Estradas de Portugal Mantêm a CMOEPC informado do estado das estradas e seus condicionamentos; Procede à desobstrução e reparação dos itinerários necessários às acções de socorro e em caso de necessidade organiza itinerários alternativos; Reforçam meios da Câmara, na sua área de acção ou em outras em que seja necessária a sua colaboração; Colaboram nas acções de aviso e alerta às populações; Colaboram no levantamento de danos e na recolha de informações par avaliação da situação. Juntas de Freguesia 24

25 Cedem as suas instalações ou promovem contactos com outras Entidades ou Organismos da Freguesia para a cedência das suas instalações para a instalação do CMOEPC, para o alojamento de desalojados para escolha de roupa, alimentos ou outros bens de apoio, para as acções de mortuária e identificação e encaminhamento de voluntários ou benévolos. Operadores privados de radiodifusão sonora Colocam à disposição do CMOEPC os meios e recursos das suas empresas para cumprimento das acções que lhes sejam atribuídas. Operadores Privados de Transporte Asseguram o transporte entre os diversos pontos do Concelho e os Concelhos Limítrofes; No caso de interrupção dos itinerários principais organiza, logo que possível, transporte por vias alternativas; Prestam apoio ao Grupo de Saúde e Evacuação Secundária no transporte de populações desalojadas. Colaboram no transporte de meios de apoio. Órgão Locais e Regionais de Comunicação Social Colaboram na divulgação do alerta às populações difundindo os comunicados emitidos pelo CMOEPC; Divulgam as medidas de auto-protecção para as populações bem como toda a informação que seja útil e que se encontra disponível; Colaboram na divulgação de instruções respeitantes à localização de postos de triagem, aos abrigos para desalojados, às zonas de concentração, aos cuidados de higiene e aos itinerários que as populações devem evitar ou que podem utilizar. Portugal Telecom.,S.A 25

26 Estabelece as comunicações necessárias, de acordo com as directivas do CMOEPC, garante prioridades de comunicação aos serviços e entidades intervenientes e informa, sempre que possível, das soluções alternativas. Radioamadores Prestam apoio com meios humanos e materiais no cumprimento de instruções do CMOEPC bem como no apoio em comunicações alternativas entre o CMOEPC, as juntas de freguesia, os campos de desalojados, os centros de acolhimento ou outros locais que se considerem necessários. Santa Casa da Misericórdia Colabora com o grupo de abastecimento e abrigo. Serviços Municipais de Protecção Civil Garante o funcionamento da CMOEPC no âmbito do planeamento operacional e da informação pública; Coordena as acções de avaliação da situação; Coordena e matem em funcionamento o centro de operações. 26

27 PARTE III ÁREAS DE INTERVENÇÃO 1. Administração de meios e recursos 1.1 Pessoal Empenhado O pessoal da Administração Pública Local é nomeado e remunerado pelos organismos a que pertence. O pessoal integrado nas entidades e organismos previstos no PME é remunerado por essas mesmas entidades e organismos. O pessoal voluntário cuja colaboração seja aceite, a título benévolo, deve apresentar-se nas Juntas de Freguesia e nos Quartéis de Bombeiros Voluntário, que constituem Pólos Locais de recenseamento de voluntários, se outros não forem divulgados. 1.2 Finanças 27

28 A aquisição de bens e serviços será feita nos termos legais por requisição do CMOEPC, e a liquidação das despesas resultantes será proposta ao SMPC, segundo as normas da Contabilidade Pública. São da responsabilidade das Entidades e Organismos envolvidos as despesas realizadas em operações de Protecção Civil. Eventuais comparticipações serão determinadas de acordo com o que vier a ser estabelecido superiormente. No caso de uma determinada área do Município ser declarada em situação de calamidade pública os auxílios serão concedidos de acordo com a legislação em vigor. 1.3 Inventários, registos e actividades não essenciais Os departamentos e gabinetes da Câmara Municipal, bem como os agentes, as entidades e as organizações de apoio, mantêm permanentemente actualizados os inventários e bases de dados relativos ao respectivo pessoal, instalações e equipamentos susceptíveis de disponibilizar nas operações de protecção civil. Estes, são responsáveis pelo registo da identificação, hora de chegada / saída, duração da tarefa, e demais informações pertinentes relativas ao pessoal e equipamentos que foram empregues nas operações de protecção civil que, para efeitos de apoio, serão validados pela CMPC. O Presidente da Câmara Municipal pode determinar a suspensão temporária das actividades administrativas e técnicas não essenciais exercidas pelos departamentos e gabinetes da Câmara Municipal e das empresas municipais, com o fim de reforçar os serviços mais directamente empenhados nas operações de socorro, salvamento e restabelecimento da normalidade, da protecção civil. 28

29 2. Logística Neste ponto estão definidos os procedimentos e instruções relativos ao apoio logístico, quer no que às forças de intervenção diz respeito, quer às populações mais carenciadas de bens essenciais de sobrevivência. 2.1 Apoio Logístico às forças de intervenção Compete ao Governador Civil, como representante máximo do Estado a nível distrital, através da Comissão Distrital da Protecção Civil, as orientações no apoio logístico, nas áreas sinistradas Alimentação, Alojamento e Agasalhos A alimentação e alojamento do pessoal das Entidades e organismos do estado intervenientes nas operações, são a cargo destas. A alimentação do pessoal voluntário, que o deseje, será a cargo do SMPC. A alimentação, abrigos provisórios e agasalhos das populações evacuadas, será a cargo do SMPC através de verbas disponibilizadas superiormente para o efeito. A alimentação e alojamento dos delegados ao CMOEPC será da responsabilidade do SMPC, quando outro procedimento não for determinado pelo Presidente do CMOEPC. O grupo de abastecimento e armazéns estabelecerá os procedimentos para a requisição e mobilização dos meios e recursos Combustíveis e Lubrificantes 29

30 São obtidos no mercado local pelas Entidades e organismos Intervenientes, através de guia de fornecimento, Estas serão liquidadas posteriormente, pelo SMPC, através de verbas consignadas para o efeito. Por proposta do Grupo de abastecimento e armazéns estabelecerá os procedimentos de combustíveis e lubrificantes Manutenção e Reparação de Material As despesas de manutenção e reparação de material são encargos dos utentes. No caso de haver despesas extraordinárias estas serão liquidadas pelo SMPC, através de verbas destinadas para o efeito Transportes Por proposta do Grupo de transporte e vias de comunicação serão estabelecidos procedimentos para requisição e mobilização de meios e funcionamento dos transportes Actuação Sanitário Este material está a cargo das Entidades e Organismos próprios intervenientes no acidente ou catástrofe. Poderão ser constituídos nas instalações dos Centros de Saúde e das forças socorro, postos de fornecimento de material sanitário através de requisição, devendo os pedidos dar entrada no CMOEPC Evacuação e Tratamento Hospitalar Será utilizado o Centro de Saúde do Sabugal e o Hospital Sousa Martins, reforçado eventualmente, com postos de socorro e um hospital de campanha montado pelas Forças Armadas, Cruz Vermelha ou Instituto Nacional de Emergência Médica. 2.2 Apoio Logístico às Populações Alimentação, alojamentos e agasalhos 3

31 A alimentação, abrigo provisório e agasalho das populações afectadas ou evacuadas, será encargo do SMPC através de verbas disponibilizadas superiormente para o efeito. Durante a fase de emergência deverão ser fornecidas diariamente aos desalojados, no mínimo, duas refeições com um prato quente; aos feridos, doentes e crianças três refeições com um prato quente. Os desalojados são identificados em ficha individual, sendo encaminhados para acampamentos (alojamentos) de emergência procurando-se manter juntos os agregados familiares Evacuação e populações As normas de evacuação das populações serão estabelecidas pelo Grupo de manutenção da lei e da ordem e de movimentação das populações. Em termos de infra-estruturas de alojamento da população em acaso de necessidade de evacuação, são vários os edifícios que poderão ser utilizados para esse efeito, como por exemplo largos de feiras, pavilhões polidesportivos, igrejas, entre outros. 3. Comunicações O acesso à Rede Estratégica de Protecção Civil por parte dos serviços municipais de protecção civil, agentes de protecção civil, organismos e entidades de apoio está regulado pela Norma de Execução Permanente (NEP) nº 42 de 27JUN26, da Autoridade Nacional de Protecção Civil. Os corpos de bombeiros, as forças de segurança, o Instituto Nacional de Emergência Médica e as Forças Armadas, entre outros, possuem redes de telecomunicações privativas. Compete ao comandante das operações de socorro estabelecer o plano de comunicações para o teatro de operações que inclui as zonas de sinistro, de apoio e de concentração e reserva tendo em conta o estipulado na NEP acima referida. Nesta actividade, devem ser tidos em conta os procedimentos necessários para que se mantenham as comunicações com os centros operacionais ou equivalente dos agentes de protecção civil, organismos e 31

32 entidades de apoio, incluindo, no caso do nível municipal, com o respectivo Comando Distrital de Operações de Socorro. No caso dos centros de alojamento, as comunicações podem ser estabelecidas via telefone ou, em caso de necessidade, através da rede das forças de segurança destacadas nesses locais. As telecomunicações de uso público a utilizar agrupam-se em: Rede do serviço telefónico; Rede do serviço de Fax. As telecomunicações privativas a utilizar agrupam-se em: Serviço de radiocomunicações do Sistema Nacional de Telecomunicações de Protecção Civil; Serviço de radiocomunicações privativas; Rede radioamadores. As entidades e organizações públicas e privadas deverão em situação de emergência ou de exercício integrar-se no Plano de Telecomunicações Emergência, a elaborar pelo SMPC. Os radioamadores colaboram no sistema de telecomunicações de emergência, reforçando as redes existentes ou substituindo as inoperativas de acordo com o plano telecomunicações de emergência. As transmissões serão feitas através das Redes fixas da PT Portugal Telecom ou outros operadores, e móveis da Vodafone, TMN ou Optimus e da rede rádio da Protecção Civil As forças intervenientes utilizam os meios próprios de telecomunicações. 4. Gestão da informação A gestão da informação de emergência divide-se em três grandes componentes 32

33 Gestão de informação entre as entidades actuantes nas operações; Gestão da informação às entidades actuantes nas operações; Informação pública Quanto à gestão de informação entre as entidades actuantes nas operações, a recolha da informação é efectuada com base nos relatórios imediatos de situação ou nos relatórios de situação geral. O tipo de informação recolhida é relativa a: Pontos de situação e perspectivas de evolução futura; Cenários e resultados de modelos de previsão; Danos ambientais e sociais; Outras informações. De modo a que se assegurem os níveis de prontidão e envolvimento, a gestão da informação às entidades intervenientes do plano, o director do plano ou qualquer entidade interveniente solicita relatórios de situação especiais com o objectivo de se esclarecerem pontos específicos ou sectoriais da situação. Com o intuito de que a população possa adoptar as instruções das autoridades e as medidas de autoprotecção mais convenientes, a informação pública garante o aviso e a manutenção da informação durante a ocorrência, através da difusão de comunicados a levar a cabo pelo director do plano ou seu representante, sendo designada, no seio da Comissão Municipal de Protecção Civil, uma pessoa para esse efeito. Esses comunicados destinam-se à divulgação pública de avisos e medidas de autoprotecção, quer directamente à população (membros das unidades locais de protecção civil ou dos voluntários), quer através dos órgãos de comunicação social, devendo informar quanto: Ao ponto de situação; As acções em curso; As áreas de acesso restrito; As medidas de autoprotecção, Os locais de reunião, de acolhimento provisório ou de assistência; Os números de telefone e locais de contacto para obtenção de informação; 33

34 Recepção de donativos, Inscrição para o serviço voluntário; As instruções para o regresso da população evacuada. Como apoio para difusão sonora dos avisos serão utilizadas: As sirenes dos quartéis dos Bombeiros Voluntários do Sabugal e do Soito; Os altifalantes dos veículos das forças de segurança e dos bombeiros. Na fase de pré-emergência terá que haver a promoção dos sinais de aviso junto da população através de campanhas de informação e sensibilização e da realização de exercícios em que se simulam situações de emergência. 5. Procedimentos de evacuação Compete à GNR a tarefa de evacuar e orientar a movimentação das populações em áreas afectadas por sinistro, quer seja de áreas, de localidades ou de edificações, através do Grupo de Manutenção da Lei e da Ordem e da Movimentação das Populações. Compete também à GNR, após a identificação das zonas de sinistro e de apoio, reencaminhar o tráfego rodoviário em redor do teatro de operações, de modo a não interferir com a movimentação das populações a evacuar, nem com a mobilidade das forças de intervenção, assegurando assim o controlo do tráfego rodoviário e a abertura de corredores de circulação. 34

35 A evacuação das populações será efectuada para locais de concentração, amplos, de fácil acesso e perto do local da ocorrência, designados por Zonas de Concentração Local (ZCL) como exemplo Campos de Futebol, praças públicas. Posteriormente as populações são encaminhas para Zonas de Reunião e Irradiação (ZRI), através do Itinerários Principais de Evacuação, sendo que no percurso entre a zona de sinistro e os locais de concentração deverá ser erguida pelo menos uma barreira de encaminhamento de tráfego e um ponto de controlo que se destinam a prestar assistência aos evacuados e a manter o fluxo da movimentação em áreas de concentração. O regresso das populações às áreas anteriormente evacuadas deve ser controlado pela GNR, tendo em vista a manutenção das condições de tráfego. 6. Manutenção da ordem pública Sendo a manutenção da ordem pública uma competência típica das forças de segurança, o estabelecimento de procedimentos e instruções de coordenação, bem como a identificação dos meios e das responsabilidades dos serviços, agentes de protecção civil, organismos e entidades de apoio, quanto à segurança de pessoas e bens e ao controlo do tráfego, é essencial para a prossecução dos objectivos desta actividade. Nesse sentido, o acesso às zonas de sinistro e de apoio deve ser limitado às forças de intervenção, organismos e entidades de apoio, através da criação de barreiras por parte da GNR, devendo esta força contar com o apoio dos serviços e entidades especializadas. A segurança das instalações sensíveis ou indispensáveis às operações de Protecção Civil (escolas, Instalações dos agentes de protecção civil e instalações do Serviço Municipal de Protecção Civil) deve ser assegurada pela GNR através do destacamento de efectivos. Para a manutenção da ordem pública em estabelecimentos industriais e comerciais deve adoptarse o recurso a empresas privadas da especialidade, cujos vigilantes se devem apresentar uniformizados, à responsabilidade dos respectivos empresários. 7. Serviços médicos e transporte de vítimas 35

36 Nos serviços médicos e transporte de vítimas, identificam-se os procedimentos e instruções de coordenação, bem como os meios e as responsabilidades dos serviços, agentes de protecção civil, organismos e entidades de apoio, quanto às actividades de saúde e evacuação secundária, face a um elevado número de vítimas. Face a uma emergência médica com elevado número de vítimas, as primeiras equipas a prestar socorro poderão ser encarregadas, também, das tarefas de evacuação primária para os postos de triagem que forem estabelecidos. Neste contexto, compete ao comandante das operações de socorro identificar e informar a direcção do plano relativamente à quantidade previsível de meios complementares necessários para a triagem, assistência pré-hospitalar e evacuação secundária das vítimas. Compete à direcção do plano a identificação dos meios a solicitar e, em coordenação com o Instituto Nacional de Emergência Medica, o estabelecimento da ligação aos hospitais de evacuação, prestando informações pertinentes relativamente ao tipo de ocorrência e ao número potencial de vítimas. O INEM, através de meios próprios enviados para o local, pode montar e gerir postos de triagem, de assistência pré-hospitalar e de evacuação secundária, em estreita articulação com a direcção do plano. Compete à Autoridade Concelhia de Saúde a direcção das acções de controlo ambiental, de controlo de doenças e da qualidade dos bens essenciais. 8. Socorro e salvamento As intervenções iniciais face a um acidente grave ou catástrofe cabem, prioritariamente, às forças mais próximas do local da ocorrência ou que apresentem missão específica mais adequada. De acordo com a legislação aplicável, o chefe da primeira equipa de intervenção assume a função de comandante das operações de socorro. De imediato, deve avaliar a situação e identificar o tipo de ocorrência, o local e a extensão, o número potencial de vítimas e os meios de reforço necessários. As informações recolhidas devem ser comunicadas aos seus centros de operações e ter em conta o disposto na tabela de gravidade que consta na Directiva Operacional Nacional 36

37 nº1/anpc/27 (Estado de alerta para as organizações integrantes do Sistema Integrado de operações de Protecção e Socorro), em que o grau de gravidade das ocorrências é tipificado por uma escala de intensidades (residual; reduzida; moderada; acentuada; crítica) Compete ao comandante operacional municipal decidir o momento em que a fase de emergência estabilizou, decisão essa que deve ser tomada em estreita articulação com o director do plano. Á medida que o teatro de operações amplia ou contrai, quando o incidente se torna mais ou menos complexo, quando a responsabilidade primária de gestão do incidente muda entre entidades ou quando existe normal rotatividade entre pessoas, devem prever-se os mecanismos para a transferência de comando. Sempre que haja transferência de comando deverá ocorrer um briefing para o próximo comandante e uma notificação a todo o pessoal informando que uma mudança de comando está a ter lugar. 9. Serviços mortuários Em cenários com elevado número de vítimas, a recolha e o depósito de cadáveres são tarefas muito sensíveis que devem ser levadas a cabo através de rigorosos procedimentos, devido à sua enorme importância nos aspectos que se prendem com a investigação forense, quando, face ao tipo de ocorrência, haja necessidade de a realizar. Esta tarefa deve ser controlada pela GNR que, para tal, colabora com a Autoridade de Saúde. A recolha dos cadáveres deve ser feita para as casas mortuárias existentes no município e em caso de necessidade para pavilhões desportivos. 37

38 PARTE IV INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR Secção I 1. Organização geral da protecção civil em Portugal 1.1 Estrutura da protecção civil 38

39 De acordo com a Lei n.º 27/26, de 3 de Julho Lei de Bases da Protecção Civil em vigor, existem três níveis de organização da protecção civil no que respeita à estrutura de protecção civil, sendo eles: Nacional, Regional e Municipal. 1.2 Estrutura das operações De acordo com o Decreto-Lei n.º 134/26 de 25 de Julho, existem três níveis territoriais de organização da protecção civil no que respeita à estrutura das operações, sendo eles: Nacional, Distrital e Municipal, de acordo com o mesmo Decreto-Lei existe, ainda três instituições de comando operacional e duas instituições de coordenação institucional. 39

40 2. Mecanismo da estrutura de protecção civil 2.1 Composição, convocação e competências da Comissão de Protecção Civil De acordo com o ponto 1 do Art.º 3 da Lei n.º 65/27 de 12 de Novembro, em cada município existe uma Comissão Municipal de Protecção Civil, que é o organismo que assegura que todas as entidades e instituições de âmbito municipal imprescindíveis às operações de protecção e socorro, emergência e assistência previsíveis ou decorrentes de acidente grave ou catástrofe se articulem entre si, garantindo os meios considerados adequados à gestão da ocorrência em cada caso concreto. Integram a comissão municipal de protecção civil: a) O presidente da câmara municipal, como responsável municipal da política de protecção civil, que preside; b) O comandante operacional municipal; c) Um elemento do comando de cada corpo de bombeiros existente no município; d) Um elemento de cada uma das forças de segurança presentes no município; e) A autoridade de saúde do município; f) O dirigente máximo da unidade de saúde local ou o director do centro de saúde e o director do hospital da área de influência do município, designados pelo director-geral da Saúde; g) Um representante dos serviços de segurança social e solidariedade; 4

41 h) Representantes de outras entidades e serviços, implantados no município, cujas actividades e áreas funcionais possam, de acordo com os riscos existentes e as características da região, contribuir para as acções de protecção civil. De acordo com o ponto 3 do Art.º 3 da Lei n.º65/27, de 12 de Novembro, são competências das Comissões Municipais de Protecção Civil as atribuídas por leias comissões distritais de protecção civil que se revelem adequadas à realidade e dimensão do município, designadamente as seguintes: a) Accionar a elaboração do plano municipal de emergência e remetê-lo para aprovação pela Comissão Nacional de Protecção Civil e acompanhar a sua execução; b) Acompanhar as políticas directamente ligadas ao sistema de protecção civil que sejam desenvolvidas por agentes públicos; c) Determinar o accionamento dos planos, quando tal se justifique; d) Garantir que as entidades e instituições que integram a CMPC accionam, ao nível municipal, no âmbito da sua estrutura orgânica e das suas atribuições, os meios necessários ao desenvolvimento das acções de protecção civil; e) Difundir comunicados e avisos às populações e às entidades e instituições, incluindo os órgãos de comunicação social. A activação do Plano Municipal de Emergência dispõe sobre a obrigatoriedade de convocação dos membros da Comissão Municipal de Protecção Civil, sendo estes convocados pelo Presidente da Câmara Municipal do Sabugal, ou na sua ausência ou impedimento por quem for por ele designado. 2.2 Critérios e âmbito para a declaração das situações de alerta, contingência ou calamidade As declarações de situações de alerta, contingência ou calamidade são mecanismos à disposição das autoridades políticas de protecção civil para potenciar a adopção de medidas 41

42 preventivas ou reactivas a desencadear na iminência ou ocorrência de um acidente grave ou catástrofe. Tal declaração é realizada de acordo com a natureza dos acontecimentos a prevenir ou enfrentar e a gravidade e extensão dos seus efeitos actuais ou potenciais. Serão descritos quais os critérios, âmbito e circunstâncias fundamentadores para a declaração de uma situação de alerta, contingência ou calamidade, através de transposição de um excerto da Lei n.º 27/26, de 3 de Julho. De acordo com o Art.º 9 da Lei 27/26, a situação de alerta pode ser declarada quando, face à ocorrência ou iminência de ocorrência de algum ou alguns dos acontecimentos referidos no Art.º 3, é reconhecida a necessidade de adoptar medidas preventivas e ou medidas especiais de reacção. Ao nível municipal, a competência para a declaração de alerta, cabe, de acordo com o art.º 13 da Lei n.º 27/26, ao Presidente da Câmara Municipal. De acordo com o art.º 14 da Lei n.º 27/ de Novembro, o acto que declara a situação de alerta menciona expressamente: a) A natureza do acontecimento que originou a situação declarada; b) O âmbito temporal e territorial; c) A estrutura de coordenação e controlo dos meios e recursos a disponibilizar. E, no que respeita ao âmbito material de declaração de alerta, de acordo com o Art.º 15 da Lei n.º 27/26, 12 de Novembro, para além das medidas especialmente determinadas pela natureza da ocorrência, a declaração de situação de alerta dispõe expressamente sobre: a) A obrigatoriedade de convocação, consoante o âmbito, das comissões municipais, distritais ou nacional de protecção civil; b) O estabelecimento dos procedimentos adequados à coordenação técnica e operacional dos serviços e agentes de protecção civil, bem como dos recursos a utilizar; c) O estabelecimento das orientações relativas aos procedimentos de coordenação da intervenção das forças e serviços de segurança; d) A adopção de medidas preventivas adequadas à ocorrência. 42

43 A declaração da situação de alerta determina uma obrigação especial de colaboração dos meios de comunicação social, em particular das rádios e das televisões, visando a divulgação das informações relevantes relativas à situação. 2.3 Sistema de monitorização, alerta e aviso Existem diversos sistemas de monitorização em uso para diferentes tipologias de risco: Sistema de avisos meteorológicos do Instituto de meteorologia (situações metrológicas adversas) Sistemas de Vigilância e Alerta de Recursos Hídricos do Instituto da Água (cheias) Índice Ícaro (ondas de calor) Sistema de Vigilância de Emergência Radiológicas da Agencia portuguesa do Ambiente (emergência radiológicas). No que respeita aos sistemas de aviso, existem diversos dispositivos para o efeito (sirenes, telefones, viaturas com megafones, estações de rádio locais, televisão, etc) pelo que a decisão do meio a adoptar terá que ser baseada na extensão da zona afectada, no tipo, dimensão e dispersão geográfica da população a avisar (pequenas povoações rurais, grandes aglomerados urbanos, quintas dispersas, etc.), na proximidade geográfica dos agentes de protecção civil e nos meios e recursos disponíveis. Deve ainda ser tomado em atenção que uma situação pode ocorrer durante o dia útil de trabalho, à noite ou durante os fins-desemana, o que não só faz variar a localização da população aquando de um possível acidente, mas também a forma de poderem receber o aviso, pelo que diferentes procedimentos de aviso devem ser contemplados para diferentes períodos do dia e da semana. Para populações de pequena dimensão pode utilizar-se o aviso automático através da rede telefónica, o que requer que listas de residências e empregos com a respectiva localização e números de telefones sejam elaboradas e mantidas actualizadas. Porém, haverá que considerar formas de aviso (por exemplo, emissão de mensagens escritas ou difusão celular 43

44 para telemóveis) para a população em movimento que não está nas suas residências ou nos seus locais de emprego. É de referir que, para o caso do risco de roturas de barragens, está definido que as sirenes serão os equipamentos preferenciais de suporte à emissão dos avisos, conforme estipulado nas Normas para a Concepção do Sistema de Alerta e Aviso no Âmbito dos PEI de Barragens. Outro meio de aviso à população é o uso de megafones, em que a utilização de carros auxilia à cobertura de maiores áreas num menor espaço de tempo. Estações de rádio locais, ou mesmo de televisão, podem também ser utilizadas para uma rápida difusão do aviso. Dado que o aviso à população é uma acção crucial para minorar o número de vítimas, e que é difícil que qualquer dos meios seleccionados abranja toda a população potencialmente afectada, deverá ser prevista a redundância de meios de aviso. Secção II 1. Caracterização geral O concelho do Sabugal está integrado na Região Centro e na sub-região da Beira Interior Norte, da qual fazem parte os concelhos de Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Guarda, Manteigas, Mêda, Pinhel e Trancoso. Os habitantes 44

45 deste conjunto de concelhos distribuíam-se em 21, pelos 469 km 2, conduzindo a um valor de densidade populacional realmente baixo (28,3 hab/km 2) quando comparado com a média nacional (112,4 hab/km2) e consideravelmente inferior à densidade populacional da Região Centro, que, à mesma data, era aproximadamente 75,3 hab/km2. Pertence ainda ao Distrito da Guarda, os concelhos de Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Guarda, Gouveia, Manteigas, Mêda, Pinhel, Seia, Trancoso e Vila Nova de Foz Côa. A sua localização no sudeste do distrito da Guarda fá-lo ter fronteira com os concelhos de Guarda, de Almeida, Belmonte, Fundão e Penamacor (Figura 1). No que respeita especificamente ao concelho do Sabugal, os habitantes, residentes no concelho em 21, distribuídos pelos seus 826,7 km2 representavam uma densidade populacional de 17,9 hab/km2, o que tanto no contexto nacional, como no da Região Centro, é um valor significativamente baixo. A área ocupada pelo concelho do Sabugal (826,7 km 2) equivale a cerca de 2,3% da área total da sub-região da Beira Interior Norte e 3,5% da Região Centro, sendo constituído por 4 freguesias. 45

46 Figure 1 - Concelho do Sabugal Águas Belas Aldeia do Bispo Aldeia da Ponte Aldeia da Ribeira Aldeia de Sto António Aldeia Velha Alfaiates Badamalos Baraçal Bendada Bismula Casteleiro Cerdeira do Côa Fóios Forcalhos Lageosa da Raia Lomba Malcata Moita Nave Area total (ha) Penalobo Pousafoles Quadrazais Quinta S. Bartolomeu Rapoula do Côa Rebolosa Rendo Ruivós Ruvina Sabugal Santo Estevão Seixo do Côa Sortelha Soito Vale das Éguas Vale de Espinho Valongo do Côa Vila Boa Vila do Touro Vilar Maior Area total (ha)

47 2. Caracterização física 2.1. Modelo Digital do Terreno Em termos hipsométricos verificam-se grandes oscilações que vão desde altitudes inferiores a 5 metros até superiores a 11 metros. As altitudes máximas ocorrem na Serra do Homem de Pedra, 1152 metros, e no alto da Serra das Mesas, com 1259 metros. Esta situação irá influenciar e modificar o ambiente em termos paisagísticos e de ocupação do solo. Poder-se-ão diferenciar três zonas: a parte Ocidental do Concelho a que correspondem as altitudes mais baixas mas onde se encontram as encostas mais declivosas (declives superiores a 3%), o Vale do Côa que ocupa mais de dois terços da área do Concelho e onde a diferença de altitude não ultrapassa os 2 metros e, finalmente, a zona próxima da Serra da Malcata, a Leste do Concelho, com encostas mais ou menos suaves onde as altitudes ascendem aos 11 metros A análise da orografia do terreno permite identificar situações limitantes, tais como a existência de risco de erosão, de alagamento ou a exposição a ventos fortes (Figura 2). Figure 2 - Mapa Hipsométrico do Concelho do Sabugal 47

48 2.2 Declives Figure 3 - Mapa dos declives do Concelho do Sabugal O declive exerce uma influência considerável sobre a velocidade de propagação do fogo, sobretudo durante os primeiros estados de um incêndio. As correntes de vento ascendente e a inclinação natural das chamas sobre os combustíveis facilitam a transferência de energia por radiação e convecção na frente do fogo. No entanto a influência do declive no comportamento do fogo é variável consoante o complexo de combustível. O declive está também directamente relacionado com o risco de erosão e com a possibilidade de mecanização das operações florestais. Nas áreas envolventes das linhas de água o risco de erosão é frequentemente muito elevado, uma vez que se trata de áreas de concentração do escoamento de águas pluviais. Nestas faixas deve ser feita uma rigorosa prevenção dos fenómenos erosivos, pelo que é fundamental a adopção de medidas que visem a sua protecção, de entre as quais se destacam, pela sua particular conveniência, a manutenção da totalidade ou de uma parte significativa da vegetação espontânea e a não realização de quaisquer mobilizações do solo, com excepção das localizadas em declives muito acentuados (superiores a 3 35 %), por norma são usadas operações manuais e 48

49 motomanuais, tendo em conta que se torna difícil ou impossível o uso de meios mecanizados (Figura 3). 2.3 Exposição Figure 4 - Mapa de Exposições do Concelho do Sabugal O Concelho do Sabugal apresenta-se como um maciço com várias linhas principais de cumes, orientados na direcção NE-SW. No seu aspecto geral é, de vertentes íngremes e linhas de água encaixadas no fundo de barrancos apertados e pedregosos. As variações em altitude, a forma e orientação do relevo, bem como a exposição das encostas contribuem decisivamente para acentuar a existência de uma diversidade de situações micro climáticas que se reflectem no coberto vegetal de cada loca (Figura 4). 49

50 2.4 Hidrografia Figure 5 - Mapa Hidrográfico do Concelho do Sabugal Todo o território concelhio é recortado por uma rede hidrográfica relativamente densa. Como principais linhas de água temos o Rio Côa, a albufeira do Sabugal, de Alfaiates e das Batocas. O Rio Côa nasce na Serra das Mesas a Sul dos Fóios, este e os seus afluentes, invadem todo o quadrante Este. A zona ocidental é percorrida por afluentes do Zêzere que correm em vales rectilíneos, ao longo dos quais se encontram depósitos de aluvião (Figura 5). Afluentes do Rio Côa: Rio Cesarão Ribeira do Bezerrinho Rio Noemi Ribeira do Boi Ribeira da Nave Ribeira do Freixal Ribeira da Paiã Ribeira do Homem Ribeira da Porqueira Ribeira dos Forcalhos Ribeira de Aldeia Velha Ribeira de Alfaiates Afluentes do Rio Zêzere: Ribeira da Bendada Ribeira da Quarta-feira Ribeira das Inguias Ribeira de Valverdinho Ribeira do Casteleiro Ribeira das Amoreiras Ribeira do Lagar do Ribeira Negro dos Muros 5

51 2.5 Geologia Figure 6 - Mapa da designação Litológica do Concelho do Sabugal Do ponto de vista geológico o Concelho é constituído por terrenos graníticos e xistosos. Os graníticos, caracterizadores das altas altitudes originam escarpas vivas com ângulos bem marcados na base, os xistosos menos resistentes à erosão, originam contornos mais suaves com passagem gradual da montanha para a plena planície. Observam-se também numerosos filões sobretudo de quartzo, localizados especialmente em terrenos agrícolas, relativamente aos aluviões estes encontram-se ao longo do Rio Côa e seus afluentes, assim como nos afluentes do Rio Zêzere. As áreas de depósitos mais finos são avidamente aproveitadas para terrenos agrícolas. Pequenos retalhos aluviares são observados a sul e a sudeste do Concelho constituído por calhaus rolados de tamanhos diversos de xisto, corneana, quartzo e granito, soltos ou acimentados por matéria argilosa (Figura 6). 51

52 2.6 Caracterização Climática Rede climatológica Figure 7 - Rede Climatológica do Concelho do Sabugal O Concelho do Sabugal localiza-se na Região Centro, na sub-região da Beira Interior Norte e faz parte das terras altas do Maciço antigo. O Concelho do Sabugal tem um clima húmido e pouco húmido na zona ocidental e interior, respectivamente, e sub-húmido seco na zona ocidental. É Mesotérmico e com deficiência de água na Verão, especialmente na parte leste do Concelho e uma eficácia térmica moderada no Verão. As características climáticas do Concelho, amplitude térmica, distribuição das chuvas, direcção e intensidade do vento e outras, vão estar relacionadas com uma série de factores de que se destaca o seu posicionamento geográfico, a altitude e a latitude assim como a influencia de massas de ar oceânicas, o relevo e a continentalidade. 52

53 2.6.2 Temperatura Valores mensais da temperatura média, média máxima e valores máximos no Concelho do Sabugal ºC Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média Mensal 4,1 4,7 6,2 7,8 11,6 15,7 19,1 18,9 16,7 11,7 7,1 4,3 Média das Máximas 6,7 7,5 9,7 11,6 15,9 2,4 24,5 24,3 21,3 15,1 9,8 6,8 Valores Máximos 15,2 17,6 21,9 23, ,4 34,2 34, ,6 21,6 17,1 Gráfico 1 Valores mensais da temperatura média, média máxima e valores máximo no Concelho do Sabugal Para a Caracterização Climática do Concelho foram considerados os dados climatológicos do Instituto de Meteorologia observados na Estação Climatológica da Guarda, com influência na área em estudo, a qual foi determinada tendo por base a proximidade, localização e a altitude em relação à área em estudo. O Concelho do Sabugal apresenta valores de temperatura média anual de 1.7 ºC, em termos mensais, a variação é gradual ao longo dos meses do ano. Atingindo os valores mais baixos de Dezembro a Fevereiro, a temperatura média mensal vai aumentando e atingindo o seu máximo em Julho (19.1ºC). Nos meses mais frios (Novembro a Abril) a diferença das temperaturas médias mensais (não ultrapassando 1ºC), relativamente aos meses mais quentes (que chega a atingir diferenças superiores a 3 ºC). A continentalidade, ao implicar a influência de ar de características mais secas (logo sujeita a variações térmicas mais bruscas) determina o forte arrefecimento invernal nos planaltos da região da Beira. A altitude também influencia os regimes térmicos, no sentido da descida das temperaturas, devido ao efeito do gradiente térmico vertical. No Verão, pelo contrario, a altitude e a continentalidade actuam em sentido contrario o primeiro factor impede a subida acentuada 53

54 da temperatura pelo motivo já exposto o gradiente térmico vertical -, o segundo, ao determinar a influencia, nas áreas planálticas, de ar quente e seco conduz à subida significativa dos valores de temperatura média mensal (Gráfico 1) Humidade Relativa do ar Valores médios mensais da humidade relativa do ar às 9h e 18h no Cocelho do Sabugal ( ) % 4 2 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 9h h Gráfico 2 Valores médios mensais da humidade do ar às 9h e 18h no Concelho do Sabugal ( ) Trata-se de uma região cuja humidade relativa do ar se apresenta 71% às 18 horas e 77% às 9 horas, o que poderá considerar-se elevada. Vai diminuindo até Agosto, aumentando sempre gradualmente até Dezembro atingindo cerca de 9% nos dois primeiros meses do ano. Este aumento de humidade relativa contribui para explicar as maiores precipitações ocorridas no Inverno, uma vez que as massas de ar atingem com maior frequência o ponto de saturação (humidade relativa 1%). 54

55 2.6.4 Precipitação Precipitação mensal e máxima diária no Concelho do Sabugal ( ) (mm) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 18,5 115,3 62,6 79,5 68,3 44,4 15,4 1,1 44,6 92,3 114,8 18,6 Máx.(diaria) 83,7 67,8 5, , ,5 75,1 81,2 Gráfico 3 Precipitação mensal e máxima diária no Concelho do sabugal ( ) O relevo e a continentalidade vão ter influência na distribuição da chuva. Assim as zonas de maior altitude, correspondem também às de maiores precipitações as quais poderão diminuir à medida que se caminha para o interior. Este facto pode ser observado através da carta higrométricas. NO tempo, a variação da precipitação é acentuada. Ao longo do ano, a precipitação concentra-se num semestre húmido (Outubro a Março) na qual a chuva caída é da ordem dos 75% da precipitação anual. A importância do estudo dos valores da precipitação máxima diária relaciona-se com o determinar das possibilidades de ocorrência de cheia que, por vezes, acarretam consequências graves nos domínios agrícolas e habitacionais e consequentemente económicos. 55

56 2.6.5 Ventos Quadro 1 Médias mensais da frequência e velocidade do vento no concelho do Sabugal ( ) N Meses NE E SE S SW W NW C f v f v f v f v f v f v f v f v f Janeiro 11,6 17,2 1,3 15,3 8,7 14,2 2,7 13,5 3,5 22,3 5,6 15,4 11,1 17,8 19,4 21,3,1 Fevereiro 13,1 16,2 12, 15,4 14,1 17,3 3,7 17,9 1,9 21,5 3,7 16, 1,3 2,7 22,1 21,2,2 Março 14,8 18,2 12,7 16,3 11,6 14,4 5, 16,7 19,2 18,4 3,6 18,5 11,6 17,5 21, 2,,5 Abril 19,8 15,1 13,2 14,6 9,4 15, 2, 1,2 21,1 19,7 1,6 12,3 1,4 15, 22,5 18,5, Maio 16,3 15,5 8,8 13,5 1,6 17,1 2, 12,9 23,2 2,4 3,4 16,8 12,5 16,2 23, 18,2, Junho 17,7 13, 11,9 13,3 11,8 13,2 2,5 11,4 18,8 15,1 2,5 15,2 9,6 15, 24,4 17,8,5 Julho 19,7 13,8 12,3 13,4 6, 1,2 2,3 13, 16,7 15,4 2,1 14,1 7,9 14,9 33, 17,5, Agosto 2,1 13,5 12,1 14,6 8,2 11,9 3,5 11,4 14,3 15,8 2,3 13,3 9,5 14,5 29,8 17,5,1 Setembro 17,1 13,6 9,8 11,6 6,9 1,3 2,3 1,6 21,9 16,5 4,3 12,4 1,4 12,7 26,8 16,8,4 Outubro 13,6 13,5 8,9 13,8 7,2 11,7 3,9 18,6 34, 18,1 5,9 12,4 9,5 15,1 16,9 18,4,1 Novembro 12,2 16, 12,1 14,7 6,9 14,6 2, 18,6 31,9 19,6 5,9 17,5 1,2 15,4 18,5 21,7,3 Dezembro 13,6 17,2 13,7 17,3 12,6 14,8, 5,1 17,6 22,8 2,8 6,3 15,6 8,9 17,4 17, 22,1,1 f = frequência média (%) e v =velocidade média do vento (Km/h) c = situação em que não há movimento apreciável do ar, a velocidade não ultrapassa 1 Km/h Os rumos mais importantes tomados pelo vento são do quadrante Norte (especialmente os de NE e NW) e SW. Enquanto na direcção NW e S o vento sopra com as maiores velocidades 19,25 e 18,6 Km/h respectivamente, e do quadrante S que se observa as maiores frequências, isto é, o maior numero de vezes que o vento sopra. É no Inverno que os ventos deste último rumo e em termos de frequência atingem o seu máximo. Não é de estranhar a importância assumida pelos quadrantes NE e SW uma vez que o Vale do Côa tem orientação NNE-SSW 56

57 2.6.6 Outros Hidrometeoros (Gaedas, granizo e neve) No Concelho do Sabugal a duração das geadas atinge sete meses por ano, de Outubro a Abril. A sua ocorrência relaciona-se com a continentalidade e consequente acentuado arrefecimento nocturno devido, à permanência durante vários dias, de situações meteorológicas caracterizadas por uma atmosfera límpida e seca, geradora de grandes descidas térmicas Classificação climática Para a Caracterização Climática do Concelho foram considerados os dados climatológicos do Instituto de Meteorologia observados na Estação Climatológica da Guarda, com influência na área em estudo, a qual foi determinada tendo por base a proximidade, localização e a altitude em relação à área em estudo. De referir que para os efeitos da caracterização climática, utilizaram-se os registos referentes ao período de (INMG, 1991). Os principais factores climáticos são apresentados seguidamente no Quadro 1e 2. Quadro 2 Caracterização Climática geral: período de Localização Temperatura Média Anual Lat. (º) Long. (º) Alt. (m) Min. Med. Max. 4º32'N 7º16'W 119 6,8 14,2 14,2 I.A.T. 7,4 E.T.A. (mm) 1361,6 Fonte: INMG (1991) Legenda: Lat. Latitude; Long. Longitude; Alt. Altitude; Min. Mínimo; Med. Média; Max. Máxima; I.A.T. Intervalo Anual de Temperatura; E.T.A. Evaporação Total Anual. 57

58 Quadro 3 - Caracterização Climática geral: período de (cont.) Ndn H (%) 112,6 78 Geada (n.º V (V.d.) dias/ano) 48,9 (%, km/h e rumo) 23,1 2,2/NE Fonte: INMG (1991) Legenda: Ndn N.º de dias de nevoeiro por ano; H Humidade relativa do ar às 9 horas (média anual); V. (V.d.) Velocidade do Vento (Ventos Dominantes). A temperatura média verificada na estação climática considerada, para o período de , varia entre 3,8 ºC (Janeiro) e 18,8 ºC (Julho). Quanto aos restantes factores, podemos referir que: Temperatura média anual 1,4 ºC Temperatura média do mês mais quente 18,8 ºC (Julho) Temperatura média do mês mais frio 3,8 ºC (Janeiro) Segundo a classificação climática de Köppen (1936, cit. por Peixoto, 1987), o clima é do tipo Csb (Clima temperado com Verão seco quente mas extenso). O significado dos símbolos é o seguinte: C Temperatura do mês mais frio é entre 18 ºC (3,8 ºC); s A estação seca é no verão; b Temperatura do mês mais quente é inferior a 22 ºC (18,8 ºC), havendo mais de 4 meses cuja temperatura média é superior a 1 ºC (Maio a Outubro). Elevadas temperaturas e baixas precipitações durante o período de estio levam à formação de condições favoráveis à ocorrência de focos de incêndio durante este período do ano. 58

59 2.6.8 Ocupação do solo Figure 8 - Mapa de Ocupação de Solo Ao nível da ocupação do solo as áreas florestais são as mais representativas tanto em termos globais como as que apresentam extensões mais significativas. Estas manchas florestais distribuem-se essencialmente a Sul e Este do concelho e ao longo do rio Côa. Em relação às espécies predominantes o carvalho negral aparece salpicado com pequenas bolsas de pinheiro bravo e disseminado um pouco por todo o Concelho, com maior relevância na zona da Raia. As áreas com aptidão e ocupação agrícola encontram-se dispersas pelo concelho em especial ao longo dos vales, junto das linhas de água associadas a terrenos de aluviões e na envolvente dos aglomerados populacionais. Apesar do concelho do Sabugal ter uma elevada tradição em termos agrícolas com a perda de mão-de-obra devido às fortes emigrações ocorridas na década de 6, muitas das tradicionais culturas anuais foram desaparecendo do concelho, nomeadamente o centeio e o trigo. Por sua vez as áreas ardidas e o abandono da actividade agrícola têm contribuído em grande escala para o aumento da superfície de matos e incultos. Estas extensas áreas de matos e 59

60 incultos vão aumentando à custa dos grandes incêndios ocorridos sobretudo no Verão e do sucessivo abandono dos terrenos devido à forte emigração que ocorreu na década de 6. A extensão destas manchas de matos e incultos no território do Concelho, associado a um estudo das cartas de aptidão do solo, leva a admitir que existe uma grande possibilidade de (re)utilizar essas áreas para uso florestal (Figura 8). Ocupação do solo (ha) Áreas Freguesia sociais Águas Belas Aldeia do Bispo Aldeia da Ponte Aldeia da Ribeira 2,34 2,38 26,69 18,31 28,64 5,27 27,35 9,2 12,36 2,32 13,54 19,24 12,7 24,18 9,4 21,33 5,47 18,39 7,47 19,68 9,2 2,74 4,19 16,84 12,9 13,7 29,92 4,66 9,91 98,52 12,92 18,47 34,52 Aldeia de Santo António Aldeia Velha Alfaiates Badamalos Baraçal Bendada Bismula Casteleiro Cerdeira Fóios Forcalhos Lageosa Lomba Malcata Moita Nave Penalobo Pousafoles do Bispo Quadrazais Quintas de São Rapoula do Côa Bartolomeu Rebolosa Rendo Ruivós Ruvina Sabugal Santo Estêvão Seixo do Côa Sortelha Agricultura Floresta 135,81 248,4 1541,62 186,69 725,7 551, ,36 421,75 543,81 975,68 626,1 1364,34 675,8 682,91 52,99 714,32 125,25 49,22 38,4 1235,22 264,7 69, ,13 268,3 27,68 43,22 181,4 193,17 23, ,37 717,82 76,33 829, ,54 619,74 112,17 126, , ,9 1274,79 399,78 652,31 755,9 783,67 136,21 163,3 993,43 44,56 512,21 172,89 134,5 186,16 741,96 79, , ,34 363,88 362,5 232,11 617,43 367,55 379,45 871,49 924,28 57,29 851,13 Improdutivo s 187,48 17,91 41,15 35,4 53,12 53,99 11,29 1,28 1,2 594,24 17,26 36,15 17,21 56,34,53 8,65 12,23 14,29 18,8 13,16,2 11,2 7, 2,37 33,73 462,54 Incultos 331,11 4,78 951,1 646,8 672, 335,6 637,65 652,5 379, ,3 472, ,86 572,52 167,74 243,48 4,82 79,22 384,3 262,39 73,55 27,44 163,6 822,7 39,86 147,54 222,22 399,4 11,6 185,87 633,15 388,32 63, ,76 Superfícies aquáticas 16, 9,64 14,7 1,28,8 8,96 39,54 1,67 1,33 12,56 41,66 6

61 Ocupação do solo (ha) Áreas Freguesia sociais 6,13 5,54 24,47 11,52 15,14 19,99 14,84 TOTAL 812,94 Quadro 4 Ocupação de Solo Soito Vale das Éguas Vale de Espinho Valongo do Côa Vila Boa Vila do Touro Vilar Maior Agricultura Floresta 1448,61 78, ,68 165,84 51,86 594,99 65, ,9 768,27 254,78 147,16 38,31 247,61 753,1 837, ,7 Improdutivo s 2,92 39,76 1,41 96,27 2,49 24,3 Incultos 528,94 12,38 512,68 143,87 87,92 866,36 856,7 2112,2 Superfícies aquáticas 1,25 166,76 Ocupação de Solo Superfícies aquáticas % Áreas sociais 1% Incultos 26% Agricultura 33% Improdutivos 2% Floresta 38% Áreas sociais Agricultura Floresta Improdutivos Incultos Superfícies aquáticas Gráfico 4 Ocupação de Solo (%) 61

62 2.6.9 Povoamentos Florestais No concelho do Sabugal são os carvalhos a espécie com maior presença, um pouco por todo o território mas fundamentalmente a nordeste, sendo o pinheiro-bravo a espécie que se lhe segue, com uma ocupação muito reduzida ou inexistente nas freguesias de Moita, Santo Estêvão, Quintas de São Bartolomeu, Penalobo, Rendo, Vale das Éguas e Forcalhos (Figura 9). Podemos encontrar quatro situações-tipo de ocupação florestal do solo: 1 Carvalho negral conduzido em povoamentos puros, provenientes da regeneração natural ocorrida após os incêndios florestais ou do abandono das propriedades, conduzido em alto fuste irregulares com idades até aos 15 anos e densidades muito variáveis, em muitas situações com o sub bosque, arbustivo e herbáceo, muito denso, onde dominam as giestas, os fetos, os tojos e as silvas. 2 Carvalho em povoamentos puros, conduzido em alto fuste regular, com idades superiores aos 2 anos, baixas densidades onde se verifica o uso múltiplo, como o pastoreio sob coberto, daí o sub bosque ser sobretudo arbustivo e de ralo a regular. 3 Carvalho de bordadura, com a actividade agrícola presente (nomeadamente cereal e pastoreio), a localização dos indivíduos restringe-se aos limites das propriedades, onde têm varias funções, como a protecção dos ventos, sebe, de sombra, Geralmente são indivíduos conduzidos em alto fuste regular. 4 Pinhal adulto, povoamentos puros em alto fuste jardinados, sobretudo com idades superiores a 3 anos e em muitos casos já em início de decrepitude (mais de 6 anos). São pequenas manchas sobreviventes aos incêndios florestais que vão salpicando a zona. 62

63 Figure 9 - Mapa de Povoamentos Florestais Quadro 5 - Distribuição das espécies florestais do concelho do Sabugal Freguesia Águas Belas Aldeia do Bispo Aldeia da Ponte Aldeia da Ribeira Aldeia de Santo António Aldeia Velha Alfaiates Badamalos Baraçal Bendada Bismula Casteleiro Cerdeira Fóios Forcalhos Lageosa Lomba Malcata Moita Nave Carvalho 35,61 69,26 864,32 978,53 299,99 594,36 945,19 298,9 247,87 125,7 483,3 217,52 449,6 97,73 339,45 173,67 51,7 257,58 93,23 458,78 Castanheiro 87,49 59,81 3,33 6,69 211,69 85,93 31,88 13,33 4,2 1,37,8 3,37 22,99 138,9 2,1 31,43 4,4 3,2 25,93 Folhosas 1,33 28,2 13,95 7,81 12,16 21,39 36,34 17,71,25 8,95 11,45 17,47 2,91 11,97 4,43 4,2 1,79 Pinheiro 1128,9 bravo 446,21 175,99 2,78 65,78 44,39 261,36 7,64 364,15 619,1 289,7 995, 566,75 752,51 99,94 295,12 117,38 138,36 89,68 255,44 Eucalipto Azinheira 16,66 44,56 13,19 2,26 78,84 2,17 1,16 63

64 Freguesia Penalobo Pousafoles do Bispo Quadrazais Quintas de São Rapoula do Côa Bartolomeu Rebolosa Rendo Ruivós Ruvina Sabugal Santo Estêvão Seixo do Côa Sortelha Soito Vale das Éguas Vale de Espinho Valongo do Côa Vila Boa Vila do Touro Vilar Maior TOTAL Carvalho 65,2 141, ,25 47,14 252,6 169,19 38,9 274,3 159,9 558,41 358,52 286,37 469,68 418,63 197,26 326,37 154,76 42,2 21,23 753, ,56 Castanheiro 165,73 13,86 147,23 86,7 28,68 55,63 16,8 8,57 4,19 93,83 1,8 2,72 2,4 5, ,9 Outras Folhosas 7,67 6,9 6,7 15,18 6,3 15,7 7,9 27,1 21,77 6,4 2,57 2,11 11,96 19,54 11,96 37,36 Pinheiro 725,74 bravo 888,7 474,82 163,43 94,25 566,11 135,55 93,24 163,43 23,42 49,95 19,56 374,42 249,4 54,94 978,15 138,85 23,35 517,5 72, ,36 Eucalipto Azinheira 2,81 161, Áreas protegidas A Reserva Natural Parcial da Serra da Malcata (RNSM) foi criada pelo Decreto-lei n.º 294/81 de 16 de Outubro, e reclassificada, mantendo o mesmo estatuto mas passando a designar-se somente Reserva Natural, através do Decreto Regulamentar n.º 28/99 de 3 de Novembro, com o objectivo principal de defender os valores florísticos e faunísticos encontrados no seu território, nomeadamente o emblemático lince. Segundo este Decretolei n.º 294/81: A Serra da Malcata constitui um dos últimos refúgios naturais do território português guardando no seu interior valores botânicos e faunísticos que a fazem num ecossistema privilegiado e especialmente importante. Com efeito, ali se encontra uma vegetação extraordinariamente rica e variada, designadamente ao longo das linhas de água, e uma fauna variada que inclui o javali, o gato-bravo, o lobo e as aves de rapina (ainda que pouco frequentes), para além do linceibérico, hoje em perigo de extinção. A RNSM encontra-se inserida em diversas Redes 64

65 Internacionais de Conservação: Rede Europeia de Reservas Biogenéticas, Zona de Protecção Especial para a Avifauna (ZPE) e Sítio de Importância Comunitária proposto para integrar a Rede Ecológica Europeia de Zonas Especiais de Conservação. Em 1993, através da Portaria n.º 874/93 de 14 de Setembro, é criada uma zona interdita ao exercício da caça em áreas da Reserva, pela extrema importância dos valores faunísticos, e consequentemente, pela necessidade de definir um regime cinegético adequado às especificidades desta área, garantindo a salvaguarda de um património natural tão importante. A Reserva Natural da Serra da Malcata com uma área aproximada de ha, ocupa a zona Sul/Sudoeste do concelho e abrange ainda o concelho de Penamacor e as freguesias de Penamacor, Meimoa, Meimão, Malcata, Quadrazais, Vale de Espinho e Fóios, localizandose junto à fronteira com as províncias espanholas de Estremadura e Castilla y Leon, entre as latitudes Norte 4º e 4º 19 4 e longitude Oeste 6º 54 1 e 7º A Serra da Malcata é uma área de bosques de carvalho-negral, azinhais, sobreirais e também de matos. As áreas de mosaico com pastagens e matos são o suporte de habitat do coelho, presa principal do lince-ibérico que é o mamífero mais ameaçado do país e da Europa. Observando a matriz de habitats é notório o peso das áreas florestais, com particular destaque para os carvalhais bem como para as áreas de agricultura extensiva e pastagens. A Malcata é a zona mais a sul em termos de ocorrência frequente de lobo (Canis lupus). Os incêndios florestais, a degradação da qualidade da água e das galerias ripícolas, a intensificação da agricultura, parâmetro que reflecte o abandono das práticas agrícolas tradicionais, a pressão da caça e a perturbação provocada pelas actividades humanas têm um peso muito significativo em Malcata. Da análise da zonagem da probabilidade de ocorrência de incêndios florestais em Portugal Continental, efectuada pela Direcção Geral dos Recursos Florestais, em 24, verifica-se 65

66 que grande parte da Reserva apresenta uma taxa de Risco Muito Alta e Alta, sendo a restante área classificada como de risco médio. Factores como a elevada carga de combustível, a reduzida rede viária e divisional, a homogeneidade da paisagem e a exposição sul contribuíram para esta classificação. A área de intervenção é considerada uma Zona Crítica Zona Crítica da Serra da Malcata segundo a Portaria n.º 156/24 de 19 de Agosto. Realizando uma abordagem global poder-se-ão enumerar alguns grandes grupos de ameaças: - Diminuição da área dos povoamentos florestais com folhosas de crescimento lento, com particular ênfase para os carvalhais de folha caduca e persistente; - Perda de habitats pelo abandono da agricultura tradicional; - Perturbação devido a actividades humanas, sobretudo durante os períodos de nidificação; - Degradação das linhas de água e das galerias ripícolas; - Incêndios florestais. Em relação à Rede Natura 2, esta resulta de duas directivas comunitárias: a Directiva 79/49/CEE, relativa à protecção das aves selvagens Directiva das Aves, e a Directiva n.º 92/43/CEE de 21 de Maio, relativa à preservação dos habitats naturais, da fauna e da flora selvagens Directiva Habitats. Em Portugal, a transposição para a ordem jurídica interna foi inicialmente efectuada pelo Decreto-lei n.º 226/97 de 27 de Agosto, que estabelecia a criação de ZEC Zonas Especiais de Conservação (baseado nos sítios de importância comunitária SIC) e as ZPE Zonas de Protecção Especial. Seguidamente, procedeu-se à aprovação da lista nacional de sítios (1ª fase SIC), através da Resolução de Conselho de Ministros n.º 142/97 de 28 de Agosto. Posteriormente, com o Decreto-lei n.º 14/99 de 24 de Abril, essa transposição para a ordem jurídica interna da Directiva das Aves e da Directiva Habitats foi revista, visando a regulamentação, num único diploma, das disposições emergentes dessas directivas. 66

67 Por fim, surgiu a 2ª lista nacional de sítios, com a Resolução do Conselho de Ministros n.º76/2 de 5 de Julho e o estabelecimento de Zonas de Protecção Especial ZPE para o Continente com o Decreto-lei n.º 384-B/99 de 23 de Setembro. O planeamento e ordenamento da Rede Natura 2 estão sujeitos ao disposto nos n.º 2 a 6 do art.º 7º do Decreto-lei n.º 14/99 de 24 de Abril. No caso concreto das áreas abrangidas pelo concelho do Sabugal é à Reserva Natural que compete essa gestão. O concelho do Sabugal é abrangido por um Sítio de Importância Comunitária: Malcata (79 79 ha) Sítio n.º PTCON4 Na Figura 1 está representado o Mapa das Áreas Protegidas do concelho do Sabugal, Rede Natura 2 e Regime Florestal. Figure 1 - Mapa das Zonas Protegidas e Rede Natura 67

68 3. Caracterização socio-económica 3.1 População Residente por Censo e Freguesia (1981/1991/21) e Densidade Populacional De acordo com o Recenseamento Geral da População de 21 (INE), residem no Concelho do Sabugal habitantes. Tendo em conta que a população residente no Concelho em 1981 era de habitantes pode conferir-se que esta sofreu uma variação negativa. Verifica-se ainda que 24,11 % da população (3 586 habitantes) está concentrada na cidade do Sabugal e na vila do Soito. Figure 11 - Mapa da evolução da População residente e densidade Populacional 68

69 Quadro 6. Evolução da população residente e variação populacional nas freguesias do concelho do Sabugal, entre 1981 e 21 e densidade populacional em 21 Freguesia Águas Belas Aldeia do Bispo Aldeia da Ponte Aldeia da Ribeira Aldeia de Santo António Aldeia Velha Alfaiates Badamalos Baraçal Bendada Bismula Casteleiro Cerdeira Fóios Forcalhos Lageosa da Raia Lomba Malcata Moita Nave Penalobo Pousafoles do Bispo Quadrazais Quintas de São Rapoula do Côa Bartolomeu Rebolosa Rendo Ruivós Ruvina Sabugal Santo Estêvão Seixo do Côa Sortelha Soito Vale das Éguas Vale de Espinho Valongo do Côa Vila Boa Vila do Touro Vilar Maior TOTAL População Residente Variação populacional Populacional (%) (hab/km2) 21-36,4 2,6-36,2-36,5 22, -24,3-19,3-54,2-29,2-28,6-33,6-29, -31,4-13, -47,8-23,9-35,7-29,8-33,7-33,9-32,4-34,5-33,3-32,2-25, -36,5-38,9-23,6 7,6 -,3-25,5-37,4-3,5 17,5-46,1-3,1-56,7-19,5-25,8-27,3-21,4 1,7 3,1 9,3 6,6 29,9 23,5 13,3 6,6 15,1 19,6 1,4 11,6 11,2 14,5 8,7 15,6 19,3 16,4 2,4 1,1 12, 17,3 8,2 2,4 31,4 22,8 15,9 1, 15,7 72,5 17,4 12,4 14,6 5,5 13,7 34,1 1,8 38,3 12,8 7,1 Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE) Portugal, Censos

70 Numa primeira abordagem, a análise do quadro anterior e do Figura 11 permite concluir que o concelho tem vindo a sofrer um acentuado decréscimo demográfico, tendo perdido, entre 1981 e 21, mais de 2% da sua população (4 56 habitantes). Entre 1981 e 21, trinta e três das quarenta freguesias sofreram decréscimos populacionais superiores a 15%. As únicas excepções ao decréscimo generalizado na população residente foram as freguesias de Aldeia do Bispo (2,6%), Aldeia de Santo António (22,%), Ruvina (7,6%) e Soito (17,5%). Fazendo o cômputo dos 2 anos ( ), conclui-se que as freguesias de Badamalos, Forcalhos, Vale das Éguas e Valongo do Côa perderam mais de 45% da sua população (um total de 346 habitantes), tendo esta última registado um assustador decréscimo de quase 57% (o que corresponde a 89 habitantes). Em conclusão, pode-se afirmar que a perda de população se tem estendido a quase todas as freguesias do concelho, embora seja marcadamente mais acentuada e preocupante numas que noutras. Além disso, a situação tem-se agravado nos anos mais recentes, tendo-se registado perdas mais acentuadas. Em relação à densidade populacional (21) o concelho apresenta um valor de 17,9 hab/km2, ou seja, é fracamente povoado. No concelho esse parâmetro varia entre os 68,9 hab/km2, na freguesia do Sabugal, e os 5,9 hab/km 2, na freguesia de Forcalhos, encontrando-se, na maior parte dos casos, densidades populacionais baixas. Deste fraco povoamento resulta uma menor vigilância da área florestal levando a que pequenos focos de incêndio se transformem em grandes incêndios sem a intervenção pronta da população. 3.2 Natalidade e Mortalidade De acordo com os Resultados Definitivos dos Censos 21, a taxa de crescimento natural que relaciona a diferença entre o número de nascimentos e o número de óbitos com o total da população, era para o concelho do Sabugal, de 13,9%, constituindo assim uma preocupação já que este era o valor mais baixo da sub-região da Beira Interior Norte (que apresentava uma média de -6%). Na mesma altura, a taxa de crescimento migratório que relaciona a diferença entre o número de entradas e o número de saídas era de 2,8%, o que 7

71 representa um valor superior ao da sub-região da Beira Interior Norte (2,1%), e vem minimizar a perda de população do concelho causada pela componente natural. O quadro seguinte permite constatar que, em 21, a taxa de natalidade do concelho do Sabugal (6%) era inferior à média dos concelhos da Beira Interior Norte (7,9 %), e da Região Centro (9,4 %). Já no que diz respeito à taxa de mortalidade, em 21, o Sabugal, ficava mais uma vez em desvantagem quando comparado com sua sub-região (19,9% contra 13,9%, respectivamente), e com a totalidade da região Centro (11,4%). Quadro 7 Natalidade e Mortalidade (21) Unidade Territorial Região Centro Sub-Região da Beira Interior Norte Sabugal Taxa de Taxa de Natalidade (%) 9,4 7,9 6, Mortalidade (%) 11,4 13,9 19,9 3.3 Índice de Envelhecimento Da análise do quadro seguinte destaca-se, pela sua clara evidência, o aumento do índice de envelhecimento em todos os concelhos da sub-região da Beira Interior Norte. No caso específico do Sabugal, este indicador situava-se, em 21, nos 378,2%, constituindo o valor mais elevado da globalidade dos concelhos da sub-região, em 21, mais de 2 idosos para cada 1 jovens. Quadro 8 - Índices de evolução da estrutura etária (1991 e 21) 71

72 Índice de Unidade Territorial Envelhecimento (%) Região Centro Sub-Região da Beira Interior Norte Sabugal Índice de Índice de Dependência Dependência Índice de Dependência total , ,9 Idosos (%) ,9 29,9 Jovens (%) ,7 22, ,5 (%) 21 52,7 123,4 188,7 35,7 41,5 28,9 22, 64,7 63,5 215,7 378,2 54,6 71,6 25,3 18,9 79,9 9,6 Fonte: INE Portugal, Recenseamentos Gerais da População, 21; Cálculos próprios (%) Em consequência do envelhecimento da população, o índice de dependência de idosos aumentou em todos os concelhos da sub-região da Beira Interior Norte, registando um valor de 71,6% no Sabugal, bastante superior à média sub-regional (41,5%). Por seu turno, a descida das taxas de natalidade, associada à saída de população do concelho, é um dos factores que se reflecte directamente no decrescimento do índice de dependência de jovens situação que entre 1991 e 21, mais uma vez se verifica em todos os concelhos da Beira Interior Norte, sendo que o Sabugal apresentou um dos valores mais baixos deste índice (18,9%) em 21, o que indicia um peso menor da população do concelho jovem face aos restantes concelhos. Consequentemente, o índice de dependência total que relaciona a população das faixas etárias dependentes (ou seja que não produzem riqueza, nomeadamente os idosos e as crianças e jovens não activos) com a população activa sofreu um aumento considerável, entre 1991 e 21, tendo passado dos 79,9% para os 9,6%. Assim, em 21, no Sabugal existiam cerca de 9 indivíduos dependentes por cada 1 indivíduos activos. Relativamente à evolução da distribuição e à própria distribuição da população por grupos etários, é de destacar o facto do concelho do Sabugal, tanto a nível do grupo etário mais jovem (população dos aos 14 anos), como do grupo etário mais idoso (população com mais de 65 anos), assumir o pior cenário na sub-região da Beira Interior Norte. Assinale-se ainda o facto de, em 21, todos os concelhos (incluindo o Sabugal) apresentarem uma percentagem de idosos (população com mais de 65 anos) superior à percentagem de jovens (população com menos de 14 anos), ao passo que, em 1991, além da diferença relativa entre estes dois grupos etários assumir um menor valor, existiam dois concelhos onde a percentagem de jovens era superior à de idosos - Guarda e Manteigas - o que mais uma vez 72

73 demonstra o claro envelhecimento da população sentido durante a década de 9. Assiste-se assim a um duplo envelhecimento da população que associa a perda de importância dos estratos da população jovem, ao crescimento da população idosa. 3.4 Índice de Envelhecimento (81/91/1) e evolução (81/1) Figure 12 - Mapa do Índice de envelhecimento e a sua evolução A grande maioria das freguesias apresenta uma estrutura etária envelhecida, em que mais de 3% da população tem mais de 65 anos. Em freguesias como Aldeia da Ponte, Lageosa, Quadrazais e Vila do Touro, esse valor ultrapassa os 55%. No que respeita à população jovem, a situação é a oposta, pois as freguesias apresentam valores muito baixos, destacando-se a freguesia de Vale das Éguas que não regista qualquer indivíduo neste grupo funcional. De facto, a freguesia de Vale das Éguas, mas também Badamalos, Lomba, Ruivós e Valongo, são das freguesias mais fragilizadas do concelho, pois, em termos de população residente, não chegam a ultrapassar os 1 habitantes. No que respeita à estrutura etária, o Sabugal encontra-se num processo de envelhecimento, pela base, em que a população jovem diminui (em 1991, o peso da população com menos de 15 anos era de 14,1% descendo, em 21, para 9,9%), e pelo topo, em que as faixas 73

74 etárias superiores a 65 anos aumentam o seu peso no total da população (em 1991, o peso da população com mais de 65 anos era de 3,3% e, em 21, essa percentagem ascende a 37,6%), prevendo-se que a curto/médio prazo (5 a 1 anos) a tendência se agrave, pois a população com idades compreendidas entre os 6 e os 74 anos, em 21, corresponde a mais de um terço (36,6%) do total da população residente. Encontrando-se o concelho desvitalizado, não é de admirar que o índice de envelhecimento tenha atingido valores de 216%, em 1991, e de 378%, em 21, isto é, existem 378 idosos para cada 1 jovens (Figura 12). 3.5 População por sector de Actividade (%) 21 74

75 Figure 13 - Mapa da População por sector de actividade As actividades primárias são as que ocupam menor percentagem dos activos, 19%, tendo deixado de ser o principal sector empregador do concelho do Sabugal. Já as actividades afectas ao sector secundário são responsáveis por cerca de 33% do emprego, tendo inclusivamente, registado um aumento nos últimos 1 anos (em 1991 representavam 26,2% e em 21 32,2%). Em relação às actividades terciárias verifica-se no concelho uma afectação de 48%, sendo estas predominantes na freguesia do Sabugal, como seria de esperar pelas suas funções de sede de concelho. Esta distribuição da população por sector de actividade também se verifica tanto na NUT III Beira Interior Norte como na Região Centro. Em traços gerais, a estrutura económica do concelho está assente no sector terciário, situação que está associada ao fenómeno de terciarização da economia, extensivo à generalidade do país. Mas, de um modo geral, o concelho do Sabugal carece de uma diversificação e qualificação neste sector, uma vez que a actividade terciária se concentra em torno de um comércio tradicional que incide, particularmente, nos bens alimentares. 75

76 Associado ao sector primário existem acções de prevenção fundamentais como a manutenção de caminhos, a roça de matos para utilização na agricultura, o pastoreio de gados e a recolha de lenhas para combustível. Ocorrendo a diminuição da população neste sector, estas acções de prevenção diminuem, levando à acumulação de biomassa favoráveis à ocorrência de focos de incêndio (Figura 13). 3.6 Taxa de Analfabetismo Figure 14 - Mapa da Taxa de Analfabetismo Apesar de se registar uma diminuição, a taxa de analfabetismo continua a ser elevada, influenciada principalmente pelo peso dos idosos no concelho, mas que, mesmo assim, não deixa de ser preocupante. A população sem nenhum grau de ensino atingia cerca de 23,2% em 21. Por outro lado, observa-se que 62,2% da população apenas cumpriu o ensino básico, valor muito próximo do apresentado pela sub-região da Beira Interior Norte. Assim, mais de 8% da população do Sabugal apenas tem a escolaridade obrigatória ou não possui qualquer grau de ensino. Entre 1991 e 21 houve um aumento no ensino secundário e superior, sendo que este último ainda tem pouca expressão no concelho (4,6%). 76

77 O grau de qualificação e as habilitações literárias são um factor primordial no arranque e na sustentação de processos de desenvolvimento. Entre 1991 e 21, o concelho do Sabugal assistiu à diminuição da sua taxa de analfabetismo que passou dos 24% para os 2,8%. (Figura 14). 77

78 4. Caracterização das infra-estruturas A rede rodoviária do Município é constituída por (Figura 15): Figure 15 - Mapa da Rede Viária A EN233, atravessa o Concelho longitudinalmente, estabelecendo a ligação à cidade da Guarda (Sede de Distrito), à A23 (Nó da Guarda Sul) e, consequentemente à Região Norte através da A25 (SCUT da Beira Litoral e Alta). Na direcção Sul, esta via desempenha funções de menor relevância em termos de acessibilidades de âmbito regional e nacional, servindo essencialmente a acessibilidade local ao concelho de Penamacor, sendo apenas de salientar a ligação internacional estabelecida através da Fronteira de Termas de Monfortinho (IC31/EN239), no Concelho de Idanha-a-Nova. A ER18-3 (troço Caria Moita/EN233) constitui a principal ligação exterior na direcção poente, desenvolvendo-se a partir da EN233 (Terreiro das Bruxas), servindo acessibilidades de nível local à sub-região da Cova da Beira Belmonte, Covilhã e Fundão e, pela sua articulação com a A23 através do Nó de Caria (via EN345), constitui, actualmente a 78

79 alternativa mais favorável nas ligações de âmbito nacional e regional de maior extensão, nomeadamente às regiões do Alentejo e de Lisboa e Vale do Tejo (via IP6/A23 e IP1/A1). Tendo por referência a localização geográfica da Sede de Concelho, saliente-se, ainda, a importância assumida pelo eixo formado pela EN233-3 (Sabugal Aldeia da Ponte) e pela EN332 (Almendra Figueira de Castelo Rodrigo Almeida Vilar Formoso Aldeia da Ponte), que se desenvolve ao longo da região nascente de território (integrando, em conjunto com a EN233, a designada Estrada da Raia ), e que estabelece a ligação ao Concelho de Almeida, constituindo a alternativa mais favorável de acesso a Espanha, através da Fronteira de Vilar Formoso. Por fim, desenvolvendo-se na direcção Norte, a partir da EN233 (nas proximidades do Sabugal), a ER324 (Alto do Leomil /A25 Cerdeira Sabugal/EN233) serve a ligação mais directa a Almeida a à Região Raiana situada a Norte (Figueira de Castelo Rodrigo), constituindo igualmente uma alternativa bastante razoável de acesso à A25 através do Nó do Alto do Leomil, sobretudo no que diz respeito às deslocações com destino para nascente. Ao nível do transporte ferroviário, o Concelho é servido pela Linha da Beira Alta (Figueira da Foz / Vilar Formoso), que se desenvolve ao longo da zona Norte do território concelhio, existindo apenas uma estação em Cerdeira do Côa (a 22 km do Sabugal). Rede Viária Municipal (Estradas Municipais, Caminhos Municipais e Caminhos Vicinais) Estradas Municipais E.M.53 E.M.532 E.M E.M.537 E.M E.M E.M.563 E.M Caminhos Municipais C.M.153 C.M.163 C.M.1188 C.M.1189 C.M.1195 C.M.1196 E.M E.M. 538 E.M E.M E.M.534 E.M E.M.543 E.M.567 E.M E.M.539 E.M.549 E.M. 535 E.M.54 E.M.55 E.M.536 E.M.542 E.M.562 C.M.1182 C.M. 119 C.M.1197 C.M.1183 C.M C.M.1199 C.M.1187 C.M C.M.12 C.M C.M.1193 C.M.12-1 C.M C.M

80 Caminhos florestais de grande importância: - Liga Fóios, Soito e Aldeia Velha através da Serra do Homem de Pedra - Liga Alfaiates à Rebolosa - Liga Vilar Maior ao Caminho Municipal 1189 (caminho rural) - Liga Quadrazais a Malcata - Liga Cardeal a Pouca Farinha - Liga Rendo à Estrada Regional 324 Estradas Importantes (sem numeração), que poderão servir de desvio: - Liga Aldeia da Ponte a Espanha facilitando o acesso a Cidade Rodrigo - Liga Soito a Quadrazais - Liga Azenha (anexa de Sortelha) à Bendada - Liga Lageosa aos Forcalhos - Liga Rendo à Ruvina - Liga Lameiras, Bacelos, Semideiro e Quinta de São Domingos - Liga Vale Nicolau a Penalobo - Liga Quinta de Santo António à Quinta do Monteiro Figure 16 - Mapa da Rede Viária Florestal do Concelho do Sabugal 8

81 As funções dos pontos de água são as seguintes: Garantir o reabastecimento dos equipamentos de luta (meios terrestres e aéreos); Garantir o funcionamento de faixas de humedecimento; Fomentar a biodiversidade, a correcção torrencial, o regadio, o abastecimento de água potável, etc. Foi definida uma rede de pontos de água na totalidade da área abrangida pelo concelho. Quanto à acessibilidade para abastecimento dos meios de combate constatamos a existência de pontos de água acessíveis só a meios terrestres e pontos mistos, que permitem simultaneamente o acesso a meios terrestres e aéreos (Figura 17). Figure 17 - Mapa da Rede de Pontos de Água No que concerne à rede eléctrica, verifica-se a existência de duas linhas de alta tensão, uma na freguesia da Cerdeira do Côa e outra que atravessa as freguesias de Santo Estêvão Moita e Casteleiro. A nível da instalação das linhas de média tensão, estas encontram-se distribuídas pelo município, embora com maior incidência nos aglomerados populacionais (Figura 18). 81

82 Figure 18 - Mapa da Rede Eléctrica Figure 19 - Mapa dos Parques Eólicos 82

83 5. Caracterização do risco 5.1 Analise de risco Riscos de Origem Natural Podem ser de diversa natureza e no âmbito do plano, sem nos alhearmos das muito diversas causas, consideraremos aqueles que pelas suas características são mais susceptíveis de afectar o Concelho do Sabugal: - Cheias e Inundações - Trovoadas e Tempestades - Sismos - Incêndios Florestais - Deslizamento, Desabamentos - Seca Cheias e Inundações Podem traduzir-se no Concelho do Sabugal, pela incapacidade de encaixe hídrico dos leitos de água aquando de precipitações elevadas e repentinas nas áreas das suas bacias hidrográficas. As zonas ameaçadas pelas cheias definem-se como as áreas contíguas à margem de um curso de água que se estendem até à linha alcançada pela maior cheia que se produza no período de um século ou pela maior cheia conhecida. No Concelho estes riscos poderão afectar zonas das bacias hidrográficas do Rio Côa e do Rio Zêzere em condições anormais de pluviosidade. 83

84 Figure 2 Tipologia de Risco de Inundações Trovoadas e Tempestades Apesar da relativa amenidade do nosso clima, a ocorrência inevitável e às vezes súbita de alterações meteorológicas pode afectar mais ou menos gravemente pessoas e bens. Para prevenir e minimizar os efeitos desta situação, mantenha-se sempre informado sobre a previsão do estado do tempo e cumpra as medidas de auto-protecção que se recomendam. Uma ou mais descargas eléctricas bruscas que se manifestam por um clarão breve e forte (Relâmpago) e um ruído seco ou ribombar surdo (Trovão). Se contar menos de 5 segundos entre o relâmpago e o trovão, está perto do perigo, há que proteger-se. 84

85 Sismos Portugal encontra-se implantado na aba da placa tectónica Euro-Asiática e próximo da falha activa que a separa da Placa Africana, situando-se assim numa área de média actividade sísmica. Nos termos da Carta de Isossistas de Intensidades Máximas o Concelho do Sabugal situa-se numa zona de intensidade VI da Escala de Mercalli modificada (máximo II), correspondendo ao grau 5 de Richter (magnitude)(máximo ), distribuindo-se o território continental entre os níveis de intensidade V e da Escala de Mercalli. Em tal ocorrência (Intensidade VI) há que considerar a possibilidade de pânico geral, pois será de percepção geral, verificando-se leves prejuízos em edifícios e deslocamentos dos móveis nas habitações. Numa maior magnitude sísmica há que considerar consequências de destruição de estruturas básicas, como instalações e redes de abastecimento/saneamento. Figure 21 Tipologia de Risco de Sismo 85

86 Incêndios Florestais Os incêndios florestais são considerados catástrofes naturais, mais pelo facto de se desenvolverem na Natureza e por a sua possibilidade de ocorrência e características de propagação dependerem fortemente de factores naturais, do que por serem causados por fenómenos naturais. A intervenção humana pode desempenhar um papel decisivo na sua origem e na limitação do seu desenvolvimento. A importância da acção humana neste fenómeno distingue os incêndios florestais das restantes catástrofes naturais. São das catástrofes naturais mais graves em Portugal, tanto pela elevada frequência com que ocorrem e extensão que alcançam, como pelos efeitos destrutivos que causam. Sendo diversificadas as causas dos incêndios florestais (causas estruturais e causas imediatas), elas são denominadas catástrofes naturais, as que poderão causar grande impacto no Concelho, dada a extensão da área Florestal ( ha) e a vulnerabilidade das espécies ao risco de incêndio. Dentro da cartografia de risco, o Concelho situa-se em área sensível. Figure 22 Mapa das Áreas Ardidas 86

87 Figure 23 Mapa de Risco de Incêndio do Concelho do Sabugal Figure 24 Mapa da Perigosidade do Concelho do Sabugal 87

88 Deslizamento e Desabamentos São riscos geomorfológico dependentes das condições geológicas e climáticas e normalmente ocorrendo num contexto de erosão. Os movimentos de terreno ao longo de vertentes por erosão dos solos podem ser causadores de prejuízos materiais e vítimas, dependendo da velocidade e da magnitude do movimento. Ao contrário de outros fenómenos os processos geomorfológico estão condicionados pelas acções humanas. A erosão dos solos é acelerada pela degradação do coberto vegetal e os movimentos de terreno facilitados pela criação de taludes artificiais (para construção de casas ou aberturas de vias de comunicação), podendo assim tais processos ser reduzidos ou evitados por intervenção humana na cobertura vegetal e pela realização de obras de engenharia. Situando-se o Município do Sabugal em área de vulnerabilidade mitigada, os acidentes geológicos ocorrerão, associados a precedentes pluviométricos anormais, em trincheiras dos vários sistemas ou por avaliações optimistas das inclinações dos taludes em construção, em áreas com determinada inclinação. Seca O Concelho do Sabugal, como todo o território português, implanta-se numa região de características genéricas do tipo mediterrânico intercalado, com períodos estivais quentes e secos, provocando eventualmente um défice entre as disponibilidades hídricas e as necessidades de água para os consumos diversos. A situação geográfica do território do Continente português é favorável à ocorrência de episódios de seca, pelo que este fenómeno não constitui propriamente uma surpresa, devendo antes ser encarado como um elemento climático de determinada frequência no sentido de que já ocorreu no passado e ocorrerá no futuro. A intensidade de uma seca mede-se não apenas pelos extremos das variáveis que caracterizam os fenómenos naturais, mas também pelos valores que medem os efeitos sobre as actividades humanas. 88

89 A severidade de uma seca é sobretudo valorizada pelos que se vêem privados de água para as suas actividades quotidianas, sejam elas alimentares, de higiene ou económicas. Portanto, a intensidade da seca é determinada, não apenas em função da quantidade de precipitação que antecedeu o momento de avaliação, mas sobretudo quando se têm em linha de conta as funções regularizadoras das origens da água, sejam elas albufeiras, lagos ou aquíferos, e que permitem satisfazer as necessidades de água das pessoas, quando a insuficiência de chuva por períodos longos o não permite. Riscos Provocados pelo Homem Acidentes Industriais A perigosidade pode revelar-se pela emissão de substâncias tóxicas, inflamáveis ou de outra forma contaminantes, bem como por incêndios ou explosões susceptíveis de desenvolvimento encadeado. No Concelho do Sabugal o tecido industrial é composto maioritariamente por pequenas/média empresas inseridas na área industrial, e outras, pelas suas características, inseridas na malha urbana, não constituindo um risco elevado. Existem ainda pontos sensíveis do comércio e serviços que constituem pontos de risco de acidente, como por exemplo os postos de abastecimento de combustíveis. 89

90 Figure 25 Zona Industrial do Sabugal Figure 26 Zona Industrial do Alto do Espinhal 9

91 Figure 27 Centro Trans-Fornteiriço do Soito Transporte de Matérias Perigosas A periculosidade pode revelar-se pela emissão de substâncias tóxicas, inflamáveis ou contaminantes do ar, água ou solo, bem como por incêndios ou explosões susceptíveis de desenvolvimento encadeado. O não controlo de um acidente desta natureza potencia ou provoca efectivamente consequências graves para os seres humanos (ferimentos, envenenamento, asfixia e morte) e ambiente (danos em culturas, outras plantas e animais, e contaminação do ar, água, e solo). Atravessando importantes aglomerados populacionais do Município, à que destacar as redes viárias da E.R.18-3 / E.R.324 / E.N.233 / E.N e a linha de caminho de ferro (Linha Ferroviária da Beira Alta), os riscos impõem previsão e planeamento de intervenção, bem como atempada informação pública e prática de evacuação. 91

92 Portugal tem consagrada legislação reguladora desta matéria. A saber: Dec. Lei n.º 77/97 de 5 de Abril Quadro Legal Portaria n.º 1196-C/97 de 24 de Novembro Regulamento Nacional de Transporte de Matérias Perigosas por Estradas (RPE) Portaria n.º 1196-B/99 de 23 de Dezembro (alterações) Dec. Lei n.º 76/2 de 9 de Maio (alteração) Legislação esta complementada com outras disposições de pormenor. O transporte de mercadorias perigosas nestas importantes vias obriga a especial atenção quanto à periculosidade inerente, correlacionada com os acidentes tecnológicos/matérias perigosas (emissão de substâncias tóxicas, inflamáveis e contaminação da água, ar e solo). Acidentes Graves de Tráfego Com a melhoria das condições de circulação de algumas vias rodoviárias do concelho, aliada às condições adversas de mau tempo devidas a gelos ou neve e nevoeiro, registam-se por vezes alguns acidentes que envolvem um elevado número simultâneo de vítimas. Merecem especial atenção os acidentes que envolvem transportes colectivos e transporte de matérias perigosas. Acidentes Ferroviários Podem ocorrer acidentes ferroviários a longo da linha da Beira Alta (Figueira da Foz / Vilar Formoso) que tem, no Concelho do Sabugal, uma extensão de 22 km existindo apenas uma estação em Cerdeira do Côa. 92

93 Acidentes Aéreos Considerando a existência de Centros de Meios Aéreos próximos do Concelho do Sabugal, e a utilização sazonal de meios aéreos no combate aos fogos florestais, permite considerar a possibilidade de ocorrências de sinistralidade relacionada com aeronaves. Quadro 9 - Distribuição dos Meios Aéreos próximos do Concelho do Sabugal Centros de Meios Aéreos Distrito Castelo Branco Guarda Localidade Tipo Castelo Branco Covilhã Aguiar da Beira Guarda Seia Heliporto Pista Heliporto Heliporto Pista Localização Latitude Longitude 39:51:13 7:27:1 4:15:48 7:28:42 4:49:3 7:32:31 4:31:5 7:15:58 4:27: 7:41: Ruptura de Barragens Embora este risco nunca se tenha verificado, pode ocorrer a ruptura de Barragens, por exemplo, na sequência de um abalo sísmico, provocando, a jusante, situações de inundação. No Concelho do Sabugal merecem especial destaque a barragem do Sabugal que serve essencialmente de armazenamento hídrico, muito importante para a região. Contudo devese ter e conta que a existência deste equipamento pode constituir um risco tecnológico. A determinação da segurança da barragem compreende a vertente da segurança estrutural da barragem, bem como a protecção das populações e bens a jusante, no caso de ocorrência de uma ruptura na estrutural e a consequente onda de água e inundação. A este nível considera-se como determinante dessa vulnerabilidade a definição das áreas inundáveis (de acordo com a capacidade de armazenamento da barragem), da proximidade à barragem, assim como são apontadas as áreas susceptíveis a esse acidente de acordo com o Plano de Contingência do Vale a Jusante à Barragem do Sabugal. Por sua vez de acordo com a Directiva Operacional Nacional nº 2/27, a barragem do Sabugal vem referenciada como local de reabastecimento (scooping) para os Aerotanques Pesados. 93

94 Incêndios Urbanos O risco de incêndios urbano é potencialmente elevado nas zonas históricas de Sabugal, Alfaiates, Vilar Maior, Vila do Touro e Sortelha. Contudo, merecem especial atenção, em todo o concelho, os edifícios de cariz público, tais como as instalações de saúde, estabelecimentos escolares, hotéis e lares de idosos. Figure 28 Tipologia de Risco de Incêndios Urbanos Acidentes com Gás Este tipo de acidente caracteriza-se normalmente tendo como inicio numa fuga de gás, resultante, por exemplo, de uma rotura. O gás libertado, poderá ou não entrar em contacto com a fonte de ignição. As entidades exploradoras, responsáveis pelo armazenamento e rede de distribuição de gás, devem ter sempre em conta, o bom estado de conservação e a conformidade com os regulamento e normas técnicas dos dispositivos inerentes a este tipo de risco. 94

95 Na sociedade actual é cada vez mais usual a utilização de gás no quotidiano do cidadão comum, o seu manuseamento em condições anormais de segurança pode-se tornar num foco de possível acidente, para ele e para os seus vizinhos. Merecem especial atenção os depósitos de gás instalados junto a habitações. 5.2 Analise da vulnerabilidade Este ponto tem como propósito identificar quais os perigos que representam uma ameaça mais significativa e que devem ser prioritários em programas de prevenção/mitigação e preparação para a fase de emergência. Neste sentido, consideramos como os maiores riscos neste município, os incêndios florestais, os acidentes rodoviários e o transporte de matérias perigosas. Os incêndios florestais destacam-se devido à sua maior probabilidade de ocorrência e às consequências dramáticas que daí advêm, não só em termos de perda de floresta mas também pela possibilidade de perda de vidas humanas e bens materiais e desalojamento das pessoas. Relativamente aos riscos tecnológicos os mais preocupantes são os acidentes rodoviários. O desrespeito das regras de trânsito aliado a condições adversas de mau tempo provocam por vezes alguns acidentes. Merecem especial atenção os acidentes que envolvem transportes colectivos e transportes de matérias perigosas, principalmente pelas consequências que daí podem advir. A ocorrência de acidentes no transporte rodoviário e ferroviário de mercadorias perigosas é susceptível de provocar efeitos negativos para o Homem e para o Ambiente, devido ao derrame, emissão, incêndio ou explosão de substâncias ou preparações, caracterizadas por elevada inflamabilidade, ecotoxicidade, corrosividade ou radioactividade. 5.3 Estratégias para a mitigação de risco 95

96 Alguns dos instrumentos que concorrem para a mitigação de riscos são os planos estratégicos plurianuais que abordem a gestão do risco globalmente considerada, incluindo as medidas de prevenção, de protecção, de inspecção e auditoria, de autoprotecção, de organização das forças de intervenção e de prontidão para o socorro. PMDFCI Plano Municipal de Defesa da floresta Contra Incêndios do Sabugal. A grande maioria dos incêndios é de origem antrópica, parte por negligência, parte intencional. Assim sendo, é necessário uma intervenção cuidada ao nível da prevenção, entendida esta como o conjunto das actividades que têm por objectivo reduzir ou anular a possibilidade de se iniciar um incêndio, diminuir a sua capacidade de desenvolvimento e mitigar os efeitos indesejáveis que o incêndio pode originar, ou seja, que actua em duas vertentes principais, o controlo das ignições e o controlo da propagação. Por forma a atingir os objectivos preconizados propõem-se medidas como, a sensibilização das populações, fiscalização e vigilância móvel, beneficiação e construção de infraestruturas florestais, protecção em zonas de interface urbano/florestal. PROF BIN - O papel deste plano relativamente à prevenção de incêndios é directo na medida em que contém os modelos de silvicultura a adoptar para a respectiva unidade de gestão, assim como a definição das operações silvícolas mínimas. Merece especial destaque o seu contributo regional para a defesa da floresta contra incêndios, através do enquadramento das zonas críticas, da necessária execução das medidas relativas à gestão de combustíveis e da infra-estruturação dos espaços florestais, mediante a implantação de redes regionais de defesa da floresta contra incêndios (RDF). Plano de Contingência Municipal da Gripe A/H1N1do Concelho do Sabugal - o presente Plano compreende um conjunto de medidas e acções que deverão se aplicadas oportunamente de modo articulado entre o Grupo de Coordenação do Plano, os Agentes de Protecção Civil e as Entidades e Organismos de Apoio, em cada fase da evolução da pandemia da Gripe A/H1N1, assegurando-se, assim, a diminuição do risco de contaminação desta doença entre os munícipes do concelho de Sabugal. 96

97 Plano de Contingência do Vale a jusante à Barragem do Sabugal é um documento formal e vinculativo, elaborado pela Autoridade Nacional de Protecção Civil / Comando Distrital de Operações de Socorro da Guarda, sob proposta da Comissão Distrital de Protecção Civil. Especifica um conjunto de medidas, normas e regras de procedimento atribuídas às entidades, agentes e organismos, públicos e privados, com responsabilidades nas acções de protecção civil em caso de acidente grave com a Barragem do Sabugal. Por outro lado, permite ao seu Director - Governador Civil do distrito da Guarda organizar um dispositivo de resposta e definir a estrutura operacional que há-de garantir a unidade de direcção e o controlo permanente da situação. O PNPOT obriga à definição para os diferentes tipos de riscos naturais, ambientais e tecnológicos, em sede de Planos Regionais de Ordenamento do Território, de Planos Municipais de Ordenamento do Território e de Planos Especiais de Ordenamento do Território e consoante os objectivos e critérios de cada tipo de plano, das áreas de perigosidade, dos usos compatíveis nessas áreas, e das medidas de prevenção e mitigação dos riscos identificados. No âmbito municipal verifica-se, ainda, a conformidade formal do PDM com as demais disposições legais e regulamentares em vigor, designadamente com as da Reserva Agrícola Nacional e Ecológica Nacional. Na aplicação prática do plano há, ainda, a observar as servidões e restrições de utilidade pública, constantes da planta de condicionantes que constitui elemento fundamental do plano. 6. Cenários 97

98 Os cenários destinam-se a descrever a progressão hipotética das circunstâncias e dos eventos, visando ilustrar as consequências dos impactos. E especialmente a concepção das decisões e das operações de emergência. Atendendo ao disposto na Directiva Operacional Nacional nº1/anpc/27 (estado de alerta para as organizações integrantes do sistema Integrado de Operações de protecção e socorro), nomeadamente no que respeita à matriz de risco que relaciona a gravidade das consequências negativas e a probabilidade das ocorrências deverá proceder-se à construção de cenários para os principais riscos existentes no município de Sabugal. Para essa matriz tem-se em conta a probabilidade que se relaciona com o registo histórico de ocorrências de determinado risco e a gravidade que se relaciona com a afectação da população, que apesar de não ocupar uma área significativa pode ser atingida. Quadro 1 Declaração (extracto) nº 97/27 Gravidade / intensidade Probalidade/Frequencia Residual Reduzida Moderada Acentuada Critica Confirmada Baixo Moderado Elevado Extremo Extremo Elevada Baixo Moderado Elevado Extremo Extremo Média-Alta Baixo Moderado Moderado Elevado Elevado Média Baixo Baixo Baixo Moderado Moderado Média-Baixa Baixo Baixo Baixo Baixo Baixo Baixa Baixo Baixo Baixo Baixo Baixo Após ser dado o alerta, os meios de intervenção entram em acção, deslocando-se até à zona de sinistro, o mais depressa possível. 98

99 Na fase de emergência os diversos Agentes de Protecção Civil e os Organismos de Apoio, garantem o empenhamento das suas estruturas em ordem a executar as missões previstas. Após a emergência é necessário organizar acções de reinserção social, de forma permanente, através de planos de intervenção específicos a elaborar pelo SMPC em articulação com os restantes Organismos e Entidades até à desactivação do PMESabugal. As Autarquias Locais, a Segurança Social, os Centros de Saúde e outras Organizações Voluntárias ficam encarregues de receber e encaminhar devidamente a população deslocada. A organização da resposta em caso de alerta processa-se da seguinte forma: Figura 29- Organização global da resposta - Incêndio Florestal (Directiva Operacional Nacional N.º 2/28) Por forma a minimizar o efeito dos incêndios é importante melhorar a eficácia e a eficiência do ataque e da gestão de incêndios. Neste contexto, em qualquer situação de perigo, deve ser dedicada a maior atenção ao combate aos incêndios nascentes, porque, só assim, se evitarão grandes incêndios. A disponibilidade de sistemas de apoio à decisão que permitam uma gestão operacional de meios e recursos de detecção, 1ª intervenção, combate e 99

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