Síntese Informativo Mensal do Movimento Pólen

Transcrição

1 Síntese Informativo Mensal do Movimento Pólen Jesus ia crescendo em sabedoria, tamanho e graça diante de Deus e dos homens (Lc 2,52). Novembro de 2017 / Ano XLVI

2 Editorial Queridos Polens, Na edic a o da Sińtese deste me s temos um testemunho sobre o Retiro de Adictos, que ocorreu nos dias 27,28 e 29/10, dois testemunhos sobre o dia da Família, a Palavra de Vida e um estudo sobre "Missa - Paixão e Morte do Senhor". Por enquanto é isso, Gabriel Xavier de Andrade Pinto sintese@movimentopolen.org 1

3 Palavra de Vida Outubro 2017 Jesus ia crescendo em sabedoria, tamanho e graça diante de Deus e dos homens (Lc 2, 52) Entre a infância de Jesus que o Evangelista São Lucas relata com informações comoventes e a idade adulta do Divino Mestre, o mesmo Evangelista refere-se à adolescência e à juventude de Jesus com esta palavra síntese : Jesus ia crescendo em sabedoria, tamanho e graça diante de Deus e dos homens (Lc 2,52). Quanto ao início de sua juventude São Lucas relata, quando Jesus completou doze anos, acompanhou seus pais José e Maria a Jerusalém para a festa da Páscoa. Terminada a festa Jesus desceu com seus pais para Nazaré e era obediente a eles. Sua mãe guardara todas estas coisas no coração (Lc 2,51). Estas breves informações sobre a adolescência e a juventude de Jesus sempre foram referência para a orientação dos jovens cristãos no passado e são também no tempo presente. Jesus ia crescendo em sabedoria, tamanho e graça diante de Deus e dos homens (Lc 2, 52) A Igreja se prepara para, em outubro do próximo ano, 2018, realizar um sínodo em Roma para tratar de assuntos relacionados a vida dos jovens de hoje. A Igreja entende que precisa dialogar com os jovens do mundo para melhor evangeliza-los, precisa ouvir os jovens para conhecer, a partir do jovem o que ele pensa e sente sobre a sua vida de jovem, no tocante à fé, a vocação para melhor contribuir com a humanidade. A Igreja deseja pôr-se à escuta da voz da sensibilidade, da fé e também das dúvidas e das críticas dos jovens. Jesus ia crescendo em sabedoria, tamanho e graça diante de Deus e dos homens (Lc 2, 52) O sínodo dos Bispos, em outubro de 2018 está sendo preparado com a contribuição de jovens do mundo inteiro. Não só de jovens católicos, mas também de jovens de diversas confissões cristãos, por ex. evangélicos luteranos, evangélicos pentecostais, ortodoxos e de religiões não cristãs (por ex. budistas, muçulmanos... e jovens não crentes que se professam ateus). Isto anunciou o Papa Francisco no final da sua audiência geral de quartafeira, no dia 04 de outubro de 2017, dia de São Francisco de Assis. 2

4 Convocada pela secretaria geral do Sínodo dos Bispos, a iniciativa fica dentro no caminho de preparação para a próxima Assembleia de outubro de 2018 que terá como tema: Os jovens, a fé e o discernimento vocacional. Com tal caminho- explicou, a Igreja deseja pôr-se à escuta da voz, das dúvidas e críticas dos jovens. (Papa Francisco, 04 de outubro de 2017). Será uma reunião pré-sinodal aberta a fieis de outras religiões e a não crentes. As conclusões da reunião de março serão transmitidas aos padres sinodais. Com a preparação do Sínodo sobre os jovens em outubro de 2019 esperase que os jovens que forem chamados a esta missão, cresçam como Jesus, em sabedoria, tamanho, e graça diante de Deus e dos homens. (Lc 2, 52) Muitos jovens em diversas partes do mundo irão crescer em sabedoria, tamanho e graça diante de Deus e dos homens (Lc 2, 52) A JMJ no Panamá em janeiro de 2019 projetará luz, certamente, para muitos jovens; e o Sínodo dos Bispos em outubro de 2018 em Roma, também. Mas, isto não nos libera de contribuir respondendo o questionário que nos foi enviado pela secretaria do sínodo no início de Jesus ia crescendo em sabedoria, tamanho e graça diante de Deus e dos homens (Lc 2, 52) Não podemos deixar de ler os sinais dos tempos no que se refere à juventude Os Sinais dos tempos sempre existiram e fizeram parte da vida das pessoas (jovens e famílias também). Hoje, os sinais dos tempos são vistos e analisados também pelos cristãos católicos. Os sinais dos tempos, hoje, apresentam-se de forma global. A globalização é para todos: refletem, ora sinais que nos advertem, ora são sinais que nos confinam. Entre muitos sinais dos tempos atuais, salientamos: situações de guerra, imigrações forçadas, número crescente de refugiados, exploração sexual na infância, mulheres traficadas e escravizadas, expansão das drogas, muitas manifestações de homossexualismo, de divórcio, de casamentos de segunda união, de desrespeito aos idosos e aos deficientes, situações de pobreza, injustiças, corrupção desenfreada, ideologia de gênero, etc. Vivemos num tempo de mudanças, em alta velocidade e que provocam medo, desconfiança; abalam a fé cristã e os valores da moral natural e da moral cristã. Jesus ia crescendo em sabedoria, tamanho e graça diante de Deus e dos homens (Lc 2, 52) Pe. Pedro Adolino Martendal Diretor Espiritual 3

5 Participar na Missa é viver a paixão e morte redentora do Senhor Na audiência geral desta quarta-feira, o Papa deu início a uma nova série de catequese, centrada sobre a Eucaristia, pois que disse é fundamental para os cristãos compreender bem o valor e o significado da Santa Missa. Não podemos esquecer frisou o grande número de cristãos que ao longo da história da Igreja ontem e hoje resistiram e resistem até à morte para defender a Eucaristia. E deu o exemplo de um grupo de cristãos que no ano 304, no Norte de África, foram detidos porque celebravam a Missa. E à pergunta porque o faziam se era proibido, responderam que não podiam viver sem o domingo, ou seja, sem celebrar a Eucaristia. E foram mortos por isso, deixando o testemunho de que se pode renunciar à vida terrena, mas não à vida eterna. E antecipando que Eucaristia significa agradecimento a Deus, Pai, Filho e Espírito Santo que nos envolve e nos transforma na sua comunhão de amor, o Papa afirmou que nas próximas catequeses, vai debruçar-se sobre a Eucaristia e a Santa Missa, para descobrir como, através deste mistério da fé, resplandece o amor de Deus. Um dos intentos fortes do Concílio Vaticano II era levar os cristãos a compreender a grandeza da fé e a beleza do encontro com Cristo; com esse objetivo, sob a guia do Espírito Santo, deu início a uma adequada renovação da Liturgia, pois é dela que a Igreja incessantemente vive e é graças a ela que se renova. Um tema central, que os Padres Conciliares sublinham, é a formação litúrgica dos fiéis, indispensável para uma verdadeira renovação. E esta é precisamente a finalidade do ciclo de catequeses que hoje tem início: Crescer na consciência deste grande dom de Deus que nos deu a Eucaristia. A Eucaristia é um acontecimento maravilhoso no qual Jesus Cristo, nossa vida, se faz presente. Participar na Missa é viver mais uma vez a paixão e morte redentora do Senhor. É uma teofania: o Senhor se faz presente sobre o altar para ser oferecido ao Pai para a salvação do mundo. O Senhor está ali presente conosco. Acontece, porém, muitas vezes, que estamos ali a conversar, a olhar para o lado, distraídos, a achar que a Missa, ou melhor o Padre, é chato, tudo sem nos darmos conta realmente que é o Cristo que está ali. No entanto, se viesse aqui o Presidente da Republica, todos gostaríamos de aproximar dele, de o cumprimentar disse Francisco que recomendou: Não vos esqueçais: participar na Missa é viver mais uma vez a paixão e morte redentora do Senhor. O Papa convidou depois a pôr-se algumas perguntas simples como, por exemplo, porque fazemos o sinal da cruz e o ato penitencial no início da Missa. Significa que somos redimidos com a Cruz do Senhor; e as leituras, porque estão ali? Porque três leituras aos domingos e duas nos outros dias? Ou então, porque é que a dado momento o sacerdote que preside à celebração diz: Coração ao 4

6 alto? Não diz: Ao alto os nossos telemóveis para tirar fotos, eh!, Não, é uma coisa feia, eh! E digo que a mim dá tanta tristeza quando celebro aqui na Praça ou na Basílica e vejo tantos telemóveis elevados não só dos fieis, mas também de alguns padres e mesmo bispos. Mas, por favor! A Missa não é um espetáculo: é ir ao encontro da paixão, da ressurreição do Senhor. Por isso é que o sacerdote diz: Ao alto os nossos corações. O que quer dizer isto? Recordai-vos, nada de telemóveis O objetivo do Papa é levar os fieis a redescobrir o que é essencial, através do que se vê e se toca na celebração dos Sacramentos. A este respeito recordou que a exigência posta pelo Apóstolo São Tomé para crer em Jesus ressuscitado ou seja, ver e tocar as chagas no corpo de Jesus nasce do nosso desejo de poder, de algum modo, «tocar» Deus para crer n Ele. O que São Tomé pede ao Senhor é aquilo de que todos nós sentimos necessidade: vê-lo e tocar n Ele, para O reconhecermos. Os Sacramentos são a resposta de Deus a esta necessidade humana. Sinais do amor de Deus, os Sacramentos, e de forma particular a Celebração Eucarística, são caminhos privilegiados para nos encontrarmos com Ele. Para viver cada vez mais plenamente a nossa relação com Deus é fundamental compreender bem o valor e o significado da Santa Missa rematou o Papa pedindo a Nossa Senhora para nos acompanhar neste novo troço da caminhada em direção à redescoberta da beleza que se esconde na celebração eucarística e que, uma vez, desvendada, dá sentido pleno à vida de cada um de nós. r paix%c3%a3o morte_redentora senhor/

7 Testemunhos Testemunho sobre o Dia da Família: João Daniel da etapa de Renovação, Comunidade Luz da Esperança O dia dá família foi na Apaer dia 22/10 e uma experiência diferente pois não havia ocorrido algo assim antes, foi ótimo para unir os polens e conhecer melhor as famílias dos que entraram agora muito divertido e único, com uma grande variedade de brincadeiras para facilitar essa interação e para mostrar melhor o jeito pólen de ser. Varias pessoas participaram das atividades de diferentes etapas e familiares delas mostrando grande representatividade de diferentes polens que se integraram para conhecer melhor nesse maravilhoso dia. Testemunho sobre o Dia da Família: Elisa Castro da etapa de Renovação, Comunidade Santos de Calças Jeans No dia 22 de outubro teve o dia da família que tinha como objetivo unir a fraternidade do pólen e os nossos entes queridos, além de proporcionar momentos de espiritualidade e diversão. Já que sou de São Paulo, não pude trazer minha mãe e meus irmãos para o evento, mas trouxe meus dois irmãos que moram aqui no estado. Como tenho um sobrinho de dois e anos e meio, que adorou o espaço recreativo, posso dizer que o evento tinha um local bom para as crianças brincarem, tinha pula-pula, brinquedos e campo de futebol. Para os adultos, as atividades eram diferentes: show do milhão, futebol vendado, jogo de completar as músicas, perguntas e respostas, brincadeiras ao ar livre e jogos de cartas. Foi um dia muito divertido, sem falar na comida deliciosa que foi servida : strogonoff de carne, com arroz e batata palha. Com certeza o evento proporcionou uma união entre a família pólen e as pessoas que mais convivem conosco, e nos sorrisos pudemos sentir a presença de Jesus, que sempre se reunia com seus amigos para evangelizar e os fazerem felizes. Pois onde um ou mais amigos estão juntos em nome Dele, Ele está no meio deles, e nos dará forças para sermos pessoas virtuosas e bondosas. A equipe de membros do pólen sempre nos ajuda a sermos alguém melhor pra Deus e pros outros, sendo instrumentos do Senhor. Obrigada a todos envolvidos na organização e execução do Dia da Família, foi incrível! 6

8 Testemunho sobre o Retiro de Adictos: Arthur Guedes da etapa de Renovação, Comunidade Cruz Sagrada de São Bento Nos dias 27, 28 e 29 de outubro participei, junto com outros membros do Movimento Pólen, do Retiro de Adictos, na Fazenda Santo Agostinho, em Angelina. Para quem ainda não sabe, o Retiro de Adictos é sempre um momento muito aguardado do Calendário Pólen e quem já foi sempre guarda um carinho especial por ele. Isso se dá por uma série de fatores: o local é muito bonito, a gente sempre é muito bem acolhido tanto pelos retirantes quanto pelas pessoas que administram o local, a maneira com que nos comunicamos com os retirantes é diferenciada resumindo, ele tem um carisma próprio. Mas algo tem me chamado a atenção ultimamente: este é um retiro que mostra ao pólen mais do que nunca a necessidade de se ter uma fé convicta. Por que digo isso? Este foi meu quarto Retiro de Adictos. Em todos eles, sempre havia algum retirante que já estava em algum dos retiros anteriores. E o curioso é que eles não estavam em uma situação melhor, comparado ao último retiro em que eles participaram. E se formos fazer um levantamento mais aprofundado de todos os adictos que um dia participaram deste retiro, poucos devem ter sido os que se salvaram da adicção. Vários hoje devem estar de volta às ruas, vários devem estar mortos devido por causa das drogas, é até capaz que alguns deles estejam aos arredores da Catedral. E qual é a conclusão que podemos ter disso tudo, se formos tê-la de maneira fria e puramente técnica (ou seja, sem fé)? Talvez, a de que o Retiro de Adictos é um retiro inútil. Mas então devíamos fazer diferente, não? E se tentássemos mostrar avanços medicinais, mensagens motivacionais e outras coisas? Não podemos, porque se fizermos isso estaremos menosprezando o poder que a droga tem, e isso é um perigo. Um objeto cujo valor é calculado em gramas e é capaz de destruir carreiras, famílias e até vidas não é uma simples coisinha. Nestes quatro retiros que eu fui, nunca vi nenhum retirante me dizer eu devia ter usado com moderação ou eu devia ter usado as drogas mais leves. O único conselho que eles nos dão é: fique longe das drogas. Então seria irresponsabilidade nossa chegarmos no retiro, darmos um tapinha nas costas e dizer: você é mais forte que isso, bola pra frente. Isso é mentira. Nossa missão não é essa. E qual é a nossa missão? É mostrar ao retirante que a droga é forte, sim. Mas existe. Alguém neste mundo que é muito mais forte. E nessa luta diária que eles enfrentam, esse Alguém está do lado deles. Mas para isso, precisamos de fé. E, curiosamente, nós podemos encontrar essa fé no próprio retiro (Divina Providência, talvez?). Pois vários se perderam no meio do caminho da recuperação, mas não foram todos. E esses que se salvaram, em determinado momento, precisaram de força (que, para largar a droga, não deve ser pouca). E suspeito dizer que eles conseguiram essa força justamente no momento em que eles admitiram suas fraquezas e souberam que precisavam de ajuda (creio eu que é preciso muita força para poder dizer eu preciso de ajuda depois de ter abandonado a tudo e a todos). Mas para quem 7

9 eles poderiam ter pedido ajuda? Pros amigos? Pra família, aquela que eles abandonaram? Pra lei, também abandonada por eles? Pra droga? Só pode ter sido Ele. E quando ninguém mais já saberia diferenciar aquele ser humano de qualquer outro animal, ainda assim Ele estendeu-o a mão. Que possamos ter sempre a fé no Cristo que vive para continuar nossa missão, fazendo como Ele e estendendo nossas mãos também a nossos irmãos adictos. 8

10 Calendário Pólen Novembro 04 - Missa Mensal 06 - Reunião Central - Adoração 11 - Missa Jovem 18 - Missa Jovem 25 - Missa Jovem Dezembro 01 - Conselho Geral - Adoração 02 - Missa Mensal 02 - Novena de Natal 04 - Conselho Geral 09 - Missa Jovem 16 - Missa Jovem 16 - Natal Pólen 16 - Novena de Natal 30 - Missa Jovem 31 - Missa no Asilo 9