COLÉGIO ESTADUAL HELENA KOLODY E.M.P. TERRA BOA - PARANÁ

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1 COLÉGIO ESTADUAL HELENA KOLODY E.M.P. TERRA BOA - PARANÁ Pág. 27 Professora Leonilda Brandão da Silva leonildabrandaosilva@gmail.com

2 PROBLEMATIZAÇÃO A que reino pertencem as bactérias? Por quê? Quantas células possuem uma bactéria? Como é o corpo de uma bactéria? Qual o tamanho? As bactérias são mocinhas ou vilãs? Que doenças elas causam ao ser humano? Por que elas são importantes para o ambiente? Elas produzem alguma substância útil ao homem? Onde podemos encontrar as bactérias? Tem bactéria no corpo humano? Que remédio tomamos para matar bactérias nocivas? Como elas obtém energia? São autótrofas?

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4 -Bactérias -Cianobactérias -Arqueas

5 3 No sistema de 5 reinos as bactérias fazem parte do reino Monera. No sistema de 3 Domínios, eles pertencem ao domínio Bacteria e as arqueas fazem parte do domínio Archaea.

6 Várias espécies de bactérias vivem associadas a outros organismos causando-lhes doenças, são parasitas. Outras bactérias, porém, associam-se a outros seres vivos e obtêm alimento sem lhes causar prejuízo: comensalismo. É o caso de muitas bactérias que vivem sobre a nossa pele e em nosso sistema digestório: nosso corpo abriga trilhões de bactérias, um nº maior que o total de células do próprio organismo. Há também associações que trazem benefícios a ambos os organismos envolvidos. Algumas bactérias que vivem em nosso intestino, por exemplo, ingerem parte de nosso alimento, mas produzem vitaminas do complexo B e vitamina K: mutualismo.

7 É provável que as bactérias primitivas tenham sido os primeiros seres vivos do planeta e pode-se afirmar que, sem elas, talvez a vida na Terra não existisse. Elas promovem, com os fungos, a reciclagem da matéria na natureza, realizando a decomposição da matéria orgânica de fezes, organismos mortos, etc. Essa matéria orgânica é decomposta em gás carbônico, água e sais minerais, que podem ser reaproveitados pelas plantas na produção de substâncias orgânicas. O ser humano utiliza algumas bactérias (do gênero Lactobacillus) na produção de iogurtes, queijos e coalhadas. Há também aquelas que são empregadas pela engenharia genética, na produção de medicamentos e de outros produtos. Bioinseticidas: contra pragas que atacam plantações;

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10 5 São unicelulares, microscópicos e PROCARIOTAS. Menores organismos do planeta (10x menor que as células eucarióticas). Quase todas possuem parede celular de peptidoglicano (exceto as micoplasmas: causa pneumonia no homem). No citoplasma possuem apenas: DNA circular, ribossomos e grãos de glicogênio (reserva energética). Alguns possuem moléculas de DNA menores, os plasmídeos (resistência aos antibióticos). Muitas possuem flagelos (locomoção). Pode haver também os pelos ou fímbrias, que atuam na conjugação (troca de material genético entre 2 bactérias) e ajudam na adesão da bactéria e a célula hospedeira (ex. na formação da placa bacteriana).

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12 Cocos: forma esférica. Bacilos: forma de bastonetes reto. Vibrião: forma de bastonete curvo. Espirilos : forma em hélice e com uma célula rígida.

13 Agrupamentos bacterianos Diplococos: 2 cocos unidos. Sarcinas: 8 cocos formando um cubo. Estreptococos: cocos alinhados formando colares. Estafilococos: cocos reunidos em forma de cacho de uva.

14 Maioria heterotrófica por absorção: retira moléculas orgânicas já digeridas do ambiente ou de seres parasitados. Algumas são autotróficas por fotossíntese (usam a energia luminosa) ou quimiossíntese (usam energia química). As cianobactérias possuem clorofila = a das plantas, mas as outras bactérias fotossintéticas possuem bacterioclorofila (bactérias sulfurosas). Algumas bactérias conseguem utilizar o nitrogênio atmosférico fazendo-o reagir com hidrogênio para produzir amônia. Esse processo é chamado fixação do nitrogênio e feito por bactérias do gênero Rhizobium e cianobactérias, entre outras.

15 Aeróbias: dependem de O 2 para conseguir energia e não sobrevivem sem O 2. Anaeróbia facultativas: podem viver com ou sem O 2. Na presença de O 2 realiza respiração aeróbia na ausência, anaeróbica (fermentação). Ex.lactobacilos Anaeróbias obrigatórias ou estritas: morrem em presença de determinada concentração de O 2. Ex. Tétano. No caso dessas bactérias anaeróbias estritas, a fermentação é o único processo de liberação de energia.

16 A principal forma de reprodução das bactérias é a ASSEXUADA, por DIVISÃO BINÁRIA ou bipartição: a célula aumenta de tamanho e o DNA se duplica; em seguida a célula se divide formando clones.

17 CONJUGAÇÃO: Duas bactérias se ligam pelas fímbrias e ocorre a transferência do plasmídeo de uma para outra. Como uma das bactérias recebeu novos genes ao se dividir serão produzidas bactérias diferentes dela. Isso aumenta a variabilidade genética. A conjugação ajuda a espalhar a resistência a antibióticos entre as bactérias. Isso acontece quando um plasmídeo, com um gene que confere resistência a um antibiótico, é transferido. IMPORTANTE: o gene que confere resistência à bactéria surge por mutação e não por causa do antibiótico. O que o antibiótico faz é eliminar as sensíveis, e com isso as resistentes ficam livres para se reproduzir e aumentar de número.

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20 Vivem isoladas ou em colônias. Maioria na água doce, algumas no mar, no solo úmido ou agregadas aos fungos formando os liquens. São autotróficas, além de clorofila possuem ficocianina (azul) e às vezes ficoeritrina (vermelho). Algumas colônias apresentam heterocistos células nas quais se realiza a fixação do nitrogênio. A reprodução das cianobactérias ocorre de forma assexuada.

21 6 DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS - p.30 As bactérias patogênicas podem ser transmitidas de diversas maneiras: gotículas de saliva dos doentes (tuberculose, lepra, difteria, coqueluche, escarlatina, pneumonia, meningite), por contato com alimento, água ou objeto contaminado (disenteria bacilar, cólera, febre tifoide, botulismo) ou por contato sexual (gonorreia e sífilis). Ao contrário dos vírus as bactérias são sensíveis a antibióticos. Além destes, há vacinas e soros contra alguns tipos de bactérias. ATENÇÃO: Tomar antibiótico sem receita médica é perigoso. Pode levar à seleção de bactérias resistentes ao medicamento. Isso significa que o antibiótico pode não fazer mais efeito numa 2 a utilização.

22 1. Hanseníase 2. Tuberculose 3. Meningite meningocócita 4. Leptospirose 5. Cólera 6. Tétano 7. Infecções por clamídia 8. Gonorreia 9. Sífilis 10.Botulismo 11.Sinusite 12.Cancro mole 13. Difteria 14. Coqueluche 15. Escarlatina 16. Pneumonia 17. Disenteria bacilar 18. Febre tifoide 19. Tracoma 20. Bronquite 21. Carbúnculo 22. Cárie 23. Terçol

23 Hanseníase Transmitida pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae), causa lesões na pele, nas mucosas e nos nervos, o que provoca falta de sensibilidade na pele. Quando o tratamento é feito a tempo, a recuperação é total.

24 Tuberculose p. 31 Em geral a tuberculose compromete os pulmões, mas outros órgãos também podem ser afetados. O doente apresenta tosse persistente, emagrecimento, febre, fadiga e, nos casos mais avançados, hemoptise (expectoração com sangue). A infecção pode ocorrer pela inalação de gotículas contendo bacilos expelidos pela tosse, fala ou espirro de pessoas doentes. As medidas preventivas incluem vacinação das crianças a vacina é a BCG (bacilo de CalmetGuérin) e melhorias dos padrões de vida das populações mais pobres. O tratamento é feito com antibióticos.

25 Meningite meningocócica Trata-se de uma infecção das membranas que envolvem o cérebro e a medula, as meninges, causada pelo meningococo (Neisseria meningitidis), embora também existam alguns vírus que provocam meningite. Os sintomas iniciais são febre alta, náuseas, vômitos e rigidez dos músculos da nuca (o doente não consegue encostar o queixo no peito). A hospitalização deve ser imediata, pois a doença pode ser fatal. Como a bactéria é transmitida por espirro, tosse ou fala, também é importante notificar à escola, caso algum aluno a contraia. O tratamento é feito à base de antibióticos, mas alguns tipos de meningite podem ser prevenidos com o uso de vacinas.

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27 Leptospirose p. 32 Doença causada pela Leptospira interrogans, que é transmitida por água, alimentos e objetos contaminados por urina de ratos, cães e outros animais portadores da bactéria. O doente apresenta febre alta, calafrios, dores de cabeça, musculares e articulares. É necessário atendimento médico para evitar complicações renais e hepáticas. Existe grande risco de se contrair leptospirose nas enchentes que atingem as cidades, pois a água misturase à urina dos ratos que vivem nos esgotos. Como prevenção, deve-se controlar o número de ratos e melhorar o saneamento básico e as galerias pluviais.

28 Cólera p. 32 É causada pelo Vibrio cholerae (vibrião colérico). Transmitida pela ingestão de água ou alimentos contaminados, crus ou malcozidos, uma vez que a bactéria morre em água fervida e em alimentos cozidos. O vibrião se instala e se multiplica na parede do intestino delgado, produzindo substâncias tóxicas e provocando forte diarreia, o que pode causar desidratação, apresentar sede, cãibras, olhos encovados e pele seca, azulada e enrugada. As fezes são aquosas e esbranquiçadas (parecem água de arroz), sem muco ou sangue. Cólicas abdominais, dores no corpo, náuseas e vômitos também são comuns. Esse quadro pode causar insuficiência renal e morte em 24 horas ou menos. Portanto, é preciso procurar atendimento médico. Para se prevenir contra a cólera e outras doenças transmitidas pela água, deve-se evitar beber água que não tenha sido tratada, isto é, ingerir somente água filtrada e fervida; lavar frutas, verduras e legumes que serão consumidos crus e deixá-los de molho em água com produtos à base de cloro; ferver o leite; lavar as mãos antes de preparar ou consumir alimentos.

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30 7 Fazem parte do domínio Archaea seres unicelulares autotróficas e procariontes que compartilham algumas características com as bactérias, outras com eucariotas, e, ainda, possuem algumas características únicas desse grupo. As arqueas não possuem peptidoglicanos em sua parede celular e os lipídios de sua membrana são diferentes dos de outros seres vivos. Além disso, análises do RNA indicaram que esses seres são mais aparentados com os eucariontes do que com as bactérias. Muitas vivem em condições extremas de temperatura, de salinidade ou de ph, sendo, por isso, chamadas extremófilas.

31 As termófilas extremas podem ser encontradas nas fontes hidrotermais no fundo dos oceanos, sobrevivendo em temperaturas de cerca de 100 C, e em fontes de água sulfurosa. Já as halobactérias ou halófilas extremas, vivem em regiões de alta salinidade, como o mar Morto, em Israel, ou o Grande Lago Salgado, nos Estados Unidos. Há também as arqueas metanogênicas grupo que vive em ambientes sem oxigênio livre, como a lama dos pântanos e o intestino dos animais herbívoros. Como as enzimas de algumas arqueas funcionam bem em temperaturas e condições que destruiriam as enzimas dos outros organismos, elas podem ser aproveitadas na produção de detergentes, em técnicas que aceleram o isolamento de DNA, na limpeza de água contaminada por petróleo e na produção de gás combustível a partir da matéria orgânica dos esgotos.

32 PROBLEMATIZAÇÃO A que reino pertencem as bactérias? Por quê? Quantas células possuem uma bactéria? Como é o corpo de uma bactéria? Qual o tamanho? As bactérias são mocinhas ou vilãs? Que doenças elas causam ao ser humano? Por que elas são importantes para o ambiente? Elas produzem alguma substância útil ao homem? Onde podemos encontrar as bactérias? Tem bactéria no corpo humano? Que remédio tomamos para matar bactérias nocivas? Como elas obtém energia? São autótrofas?

33 1. Quais as principais características das bactérias? (2) 2. Por que elas são importantes para o ambiente? (3) 3. Por que elas são importantes para o ser humano? (3) 4. Desenhe uma bactéria anotando sua estrutura. (4) 5. Que formas apresentam as bactérias? Desenhe-as.(4)

34 6. Apresente doenças causadas por bactérias que são transmitidas por: a) Gotículas de saliva dos doentes: (2) b) Contato com alimento, água ou objeto contaminados: (2) c) Contato sexual: (1) ****************** Responder as questões 1, 2, 3, 4, 6, 12, 14, 15, 16 e 18 (p. 21 e 32)

35 REFERÊNCIA LINHARES, S.; GEWANDSZNADER, F. Biologia Hoje - Os seres vivos. 3ª ed. São Paulo: Ática, v.2, 2017.