MINUTA DOCUMENTO EM EXAME

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1 Regulamenta a remoção com lotação provisória e a permuta entre membros no âmbito do Ministério Público Federal. O PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe conferem o art. 26, inc. XIII, e o art. 49, incisos XII, alínea a, e XX, da Lei Complementar nº 75, de 20/5/1993, e tendo em vista o disposto na Lei nº , de 26/8/2014, e no Ato Conjunto PGR/CASMPU nº 01/2014, resolve: Art. 1º Os procedimentos inerentes à remoção com lotação provisória e à permuta de membros no âmbito do Ministério Público Federal ficam regidos por esta Portaria. CAPÍTULO I DA REMOÇÃO COM LOTAÇÃO PROVISÓRIA Art. 2º A remoção com lotação provisória poderá ocorrer nas seguintes hipóteses: I - por conveniência do serviço, mediante decisão fundamentada do Procurador-Geral da República, precedida de publicação de edital para habilitação dos interessados; II - por conversão da licença para acompanhamento de cônjuge ou companheiro, na forma desta Portaria; III - por conversão da licença para tratamento da saúde pessoal ou por motivo de doença em pessoa da família, precedida de exame por junta médica oficial; IV - por conversão do afastamento para frequentar cursos de aperfeiçoamento e estudos; V a pedido da Corregedoria, ouvido o Conselho Superior do Ministério Público Federal Emenda supressiva da forma como proposta, fere a inamovibilidade VI para exercício de cargo em comissão, para atuação como membro auxiliar, nesse caso observada regulamentação própria, ou para atuação conjunta em ofício ou em regime de força tarefa, precedida de designação formal e condicionada à anuência do interessado. 1º Nos casos dos incisos I a V, a remoção com lotação provisória fica condicionada à existência de ofício vago na unidade de destino, devendo ser sumariamente indeferido o requerimento que deixar de apontá-lo. 2º Os ofícios vagos, ainda que ocupados provisoriamente por membros em lotação provisória, poderão ser livremente oferecidos nos futuros concursos de remoção. Emenda modificativa 2º Os ofícios vagos, ainda que ocupados provisoriamente por membros em lotação provisória, deverão ser livremente oferecidos nos futuros concursos de remoção, desde que considerados prioritários pelo CSMPF. 3º No caso de membros do Ministério Público Federal casados entre si, por força da simetria constitucional de regimes com a Resolução PRESI do TRF1, o ofício de origem poderá ser deslocado

2 provisoriamente para o de destino, após decisão do Procurador-Geral da República, vedada a utilização de cargos vagos destinados ordinariamente ao concurso de remoção por antiguidade, não se aplicando o parágrafo 2 o do art 2 o desta Resolução. Art. 3º Havendo mais de um requerimento de lotação provisória destinado ao mesmo ofício vago, terá prioridade o requerente com maior antiguidade, conforme a lista divulgada pelo Conselho Superior do MPF, desde que apresente o seu pedido até o encerramento do prazo para oposição de impugnação ao primeiro requerimento. Parágrafo único. Decorrido o prazo de oposição de impugnação sem apresentação, por outro membro do MPF, de requerimento de lotação provisória para o mesmo local, será atribuída prioridade de deferimento ao primeiro requerente. Art. 4º O membro do Ministério Público Federal em lotação provisória terá os mesmos direitos e responsabilidades dos demais procuradores lotados na unidade em que exerça as suas atribuições. Art. 5º O requerimento de concessão de lotação provisória será apresentado pelo interessado ao Procurador-Geral da República com os documentos comprobatórios pertinentes e será instruído pela Secretaria Geral, observadas as seguintes etapas: I - estando em termos o requerimento, e não encontrando razões para o seu arquivamento sumário, deverá o Secretário-Geral publicar aviso no Diário do Ministério Público Federal Eletrônico (DMPFe), assinalando prazo de dez dias para eventual oposição de impugnação ao pedido por qualquer membro do Ministério Público Federal; Emenda modificativa I - estando em termos o requerimento, e não encontrando razões para o seu arquivamento sumário, deverá o Secretário-Geral publicar aviso no Diário do Ministério Público Federal Eletrônico (DMPFe), bem como encaminhar mensagem ao correio eletrônico funcional dos Membros, assinalando prazo de dez dias para eventual oposição de impugnação ao pedido por qualquer membro do Ministério Público Federal; II - as informações dos Procuradores-Chefes das unidades envolvidas e as eventuais impugnações serão juntadas aos autos do requerimento principal, abrindo-se vista ao requerente para resposta, no prazo de dez dias, se for o caso; III - se determinada de ofício ou deferida a solicitação de produção de novas provas, serão finalmente intimados o requerente e os impugnantes para alegações finais, no prazo comum de dez dias; IV - encerrada a fase instrutória, o processo receberá parecer no âmbito da Secretaria Geral, após o que será encaminhado para decisão do Procurador-Geral da República. 1º As comunicações oficiais serão publicadas no DMPF-e e encaminhadas somente via correio eletrônico funcional ao requerente e aos impugnantes. 2º A portaria de lotação provisória será publicada no Diário Oficial da União. 3º O pedido de reconsideração poderá receber efeito suspensivo, verificados a verossimilhança das alegações e o perigo na demora. 4º No caso de lotação provisória por motivo de saúde, somente serão divulgados, para fins de impugnação, o aviso correspondente, o nome do solicitante e a ata da Junta Médica Oficial, sem nenhuma informação de caráter pessoal ou reservado, somente se admitindo impugnação baseada na inexistência de ofício vago da unidade de destino ou na maior antiguidade de outro requerente. 5º A Secretaria Geral manterá, até a preclusão da decisão final, cópia digitalizada e atual do inteiro teor dos autos, para encaminhamento aos interessados, mediante solicitação, no prazo de quarenta e oito horas, observado o disposto no 4º deste artigo. Art. 6º A lotação provisória será revogada:

3 I - pelo provimento do ofício provisoriamente ocupado, em decorrência de remoção a pedido ou de ofício; II - pela extinção do ofício provisoriamente ocupado ou por sua redistribuição, quando importar em deslocamento para outra sede; III - pela insubsistência dos motivos ensejadores de sua concessão. IV - por razão superveniente, grave e fundamentada, reconhecida por ato do Procurador-Geral da República. 1º Ressalvadas as hipóteses dos incisos V e VI do art. 2º, cujo prazo poderá ser livremente determinado, a lotação provisória poderá ser fixada pelo prazo de até um ano, sem prejuízo de sua revogação anterior em decorrência do disposto neste artigo, e poderá ser prorrogada enquanto subsistirem os requisitos autorizadores de sua concessão. 2º Revogada a lotação provisória, será mantida a licença ou o afastamento, quando o caso, se presentes os requisitos de sua concessão e a critério do beneficiário. Art. 7º A concessão de lotação provisória e a sua revogação não ensejam a percepção de ajuda de custo e transporte, ressalvada a hipótese do inciso VI e observada a regulamentação específica. CAPÍTULO II DISPOSIÇÕES ESPECIAIS DA LICENÇA POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DO CÔNJUGE OU COMPANHEIRO Art. 8º São requisitos para a concessão da licença por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro: I - haver sido o cônjuge ou companheiro, servidor público ou não, deslocado a qualquer título para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo; II - preexistência e atualidade de convivência familiar na mesma cidade, na mesma região metropolitana ou em municípios limítrofes, desde que a distância entre as habitações não descaracterize a unidade do núcleo familiar. 1º O deslocamento do cônjuge ou companheiro por ato próprio e de interesse exclusivamente pessoal impossibilita a concessão da licença de que trata este artigo. Emenda supressiva restrição não prevista em lei e conceito aberto gerando insegurança jurídica exclusivamente pessoal 2º A licença de que trata este artigo será deferida, em ato vinculado, por prazo indeterminado e sem remuneração. Art. 9º Converter-se-á a licença por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro em remoção com lotação provisória, presentes os seguintes requisitos: I - existência de ofício vago na unidade de destino; e II - conveniência e oportunidade, especialmente quanto à inocorrência de prejuízo grave à atividade institucional na unidade de origem, a juízo do Procurador-Geral da República, observado o rito do art. 5º. 1º Não se aplica o requisito do inciso II nos casos em que a remoção do cônjuge ou companheiro servidor público se dê no interesse da Administração, ou nos casos em que o cônjuge ou

4 companheiro, alcançado pelo princípio da inamovibilidade, seja deslocado em decorrência de participação em concurso de remoção ou de promoção. 2º Em caso de remoção simultânea, por concurso de remoção, de cônjuges ou companheiros, ambos membros do Ministério Público Federal, eventual lotação provisória somente poderá ser deferida para a localidade de lotação do mais moderno, observados os requisitos desta Portaria. 3º No caso do 2º, a opção do cônjuge ou companheiro mais moderno de não participar do concurso de remoção impossibilita o deferimento de lotação provisória para a sede de lotação do mais antigo. CAPÍTULO III DA PERMUTA Art. 10. A permuta entre membros do Ministério Público Federal será concedida, atendendo à necessidade do serviço, mediante requerimento dos interessados, observada a antiguidade no cargo. Parágrafo unico. É vedada a permuta envolvendo ofício vago. 2º. A permuta poderá envolver dois ou mais membros, mediante requerimento ao Procurador- Geral da República, indicando os envolvidos, respectivas lotações e antiguidades na carreira. Art. 11. O requerimento de permuta observará, quanto à sua tramitação, o rito do art. 5º. Art. 12. A impugnação da permuta poderá se fundar: I na antiguidade do impugnante, caso se trate de membro com lotação em uma das unidades envolvidas no requerimento de permuta; II em ocorrência de violação de normas legais ou regulamentares, razão de interesse público, desvio de finalidade ou abuso de direito, caso o impugnante não seja lotado em uma das unidades envolvidas. Art. 13. Não será deferida a permuta do solicitante: I - inscrito em edital de remoção; II - para localidade para a qual, no último concurso de remoção, já pudesse haver logrado movimentação, pelo critério da antiguidade. Emenda supressiva há possibilidade de surgimento de fatos supervenientes a ensejar o interesse posterior na localidade específica Parágrafo único. A remoção por permuta torna vedada a remoção a pedido para a localidade de lotação anterior pelo prazo de um ano. Art. 14. Fica sem efeito a permuta realizada no período de um ano antes da vacância por aposentadoria voluntária ou compulsória, exoneração ou posse em outro cargo inacumulável de qualquer dos permutantes. Parágrafo único. Será ainda anulada, no prazo de dois anos, a permuta ocorrida em abuso de direito ou com desvio de finalidade. Art. 15. A permuta não enseja a percepção de ajuda de custo e transporte. CAPÍTULO IV DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

5 Art. 16: As lotações provisórias deferidas com base nos fundamentos estabelecidos no art. 2º, incisos I a IV, que estejam em vigência na data de entrada em vigor desta portaria, serão objeto de reanálise, ficando sua prorrogação condicionada à observância do rito previsto no art. 5º. Parágrafo único: Fica estabelecido o prazo de 30 dias a contar da entrada em vigor desta portaria para a instauração, pela Administração, do procedimento de reanálise previsto no caput. Art. 17. Compete ao Secretário-Geral do MPF dirimir as dúvidas suscitadas no disposto desta Portaria, sendo os casos omissos resolvidos pelo Procurador-Geral da República. contrário. Art. 18. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em