GRAMÁTICA DESCRITIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA - ANDRÉ PEREIRA JUSTINIANO 1ª EDIÇÃO
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- Leila Castilhos Varejão
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3 APRESENTAÇÃO Caro leitor, este livro o guiará através da gramática da língua portuguesa. Procurarei explicar de uma maneira simples e com exemplos. Lembrando que esta é apenas a primeira edição, e inúmeras melhorias serão feitas futuramente. Este livro foi escrito com carinho pelo futuro linguista André Pereira Justiniano. Dedico este trabalho ao ilustre professor de espanhol Lucan Moreno que me ajudou durante o meu caminho e tornou possível a realização deste trabalho. Este livro irá focar nas 10 classes gramaticais, e a sintaxe será discutida em um futuro trabalho. 3
4 INTRODUÇÃO À GRAMÁTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA Afinal de contas o que é gramática? A gramática é um conjunto de regras de um determinado idioma para o uso correto da língua. A língua portuguesa, assim como qualquer outro idioma, possui uma gramática que possui regras para a correta utilização do idioma. Um idioma não é simplesmente um amontoado de palavras! Um idioma possui várias partes importantes que em conjunto compõem o idioma (tais como morfologia, sintaxe, fonologia, semântica, pragmática etc.). Este livro explicará a você a gramática da língua portuguesa de uma maneira que seja de fácil compreensão até mesmo para os que não conhecem nada ou pouco sobre gramática. 4
5 O QUE SÃO CLASSES DE PALAVRAS? As classes de palavras são grupos ou classes nos quais as palavras com características semelhantes são agrupadas. Há 10 classes de palavras na língua portuguesa e cada uma delas possui uma função específica: Substantivos (nomeiam coisas); Artigos (definem ou indefinem um substantivo); Adjetivos (qualificam ou caracterizam um substantivo); Pronomes (referem-se às três pessoas do discurso); Numerais (indicam quantidade); Verbos (expressam uma ação, estado ou fenômenos da natureza); Advérbios (modificam verbos, adjetivos, advérbios ou orações); Preposições (expressam relações de sentido entre vocábulos); Conjunções (unem orações e estabelecem relações de sentido entre elas); Interjeições (expressam a atitude do falante); 5
6 SUBSTANTIVOS Os substantivos são uma classe de palavras que nomeiam objetos, pessoas, lugares etc. São classificados em 7 tipos: primitivos, derivados, concretos, abstratos, coletivos, simples e compostos. Vejamos cada um deles abaixo: SUBSTANTIVOS PRIMITIVOS Os substantivos primitivos são aqueles que não são derivados de outros substantivos. Por exemplo: casa, árvore, cozinha e lápis. SUBSTANTIVOS DERIVADOS Os substantivos derivados são aqueles que são derivados a partir de outros substantivos. Por exemplo: casarão, arvoredo, cozinheiro e lapiseira. As palavras compostas são formadas desta maneira: prefixos+raíz+sufixos. A palavra casarão, por exemplo, é formada a partir do radical cas- mais a vogal temática -a- e então adiciona-se o sufixo aumentativo -rão, obtendo-se casarão. SUBSTANTIVOS CONCRETOS Os substantivos concretos são termos que designam seres, objetos etc. que possuem existência própria e que podem ser vistos ou tocados. Alguns exemplos de substantivos concretos: casa, lápis, cidade e ônibus. SUBSTANTIVOS ABSTRATOS Os substantivos abstratos designam coisas que têm existência dependente. Alegria, beijo, amor, raiva e ódio são exemplos de substantivos abstratos, pois só existem em outro ser (ou seja, possuem existência dependente) e não podem ser vistos nem tocados. SUBSTANTIVOS COLETIVOS Os substantivos coletivos são termos usados no singular que se referem a um conjunto de seres ou coisas da mesma espécie. Na língua portuguesa, há vários substantivos coletivos, e veremos alguns deles abaixo: 6
7 Cacho, arquipélago, constelação, quadrilha, rebanho, multidão, acervo, elenco, vocabulário, frota, atlas, cardume, tropa, alcateia etc. SUBSTANTIVOS SIMPLES Os substantivos simples são aqueles que são formados por apenas uma palavra. Borracha, árvore, caderno, planta e roupa são exemplos de substantivos simples. SUBSTANTIVOS COMPOSTOS Os substantivos compostos são formados pela união de duas ou mais palavras. Couve-flor, malmequer, guarda-noturno, arco-íris, bem-te-vi, pontapé, aeromoça e ferrovia são exemplos de substantivos compostos. FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS Os substantivos na língua portuguesa, assim como em outras línguas românicas, flexionam-se por número (singular e plural) e gênero (masculino e feminino). FLEXÃO DE GÊNERO A língua portuguesa possui dois gêneros: o masculino que é marcado pelo morfema zero - e o feminino que é marcado pelo sufixo -a. Tenha em mente que nem sempre o gênero gramatical de um substantivo corresponde ao seu sexo na realidade. Por exemplo, o substantivo a cadeira é classificado gramaticalmente como um substantivo feminino, porém na realidade, cadeira é um ser inanimado e não possui sexo. Quanto ao gênero, os substantivos podem ser classificados em uniformes e biformes. Substantivos uniformes são aqueles que apresentam somente uma forma para ambos os gêneros. Exemplos: o jornalista, a jornalista; o estudante, a estudante. Substantivos biformes são aqueles que apresentam formas diferentes para cada gênero: o professor, a professora; o juiz, a juíza; o gato, a gata. 7
8 FLEXÃO DE NÚMERO Na língua portuguesa, os substantivos podem estar no singular ou no plural. O singular é marcado pelo morfema zero - e o plural é marcado pelo sufixo -s, porém às vezes também ocorrem alterações no radical da palavra. Vejamos algumas regras da formação do plural: Terminados em Sufixo do plural Exemplos vogal -s rua ruas dia dias -r, -s, -z -es aprendiz aprendizes flor flores gás gases -al, -el, -ol, -ul -l -is varal varais anel anéis sol sóis -il com última sílaba tônica -il com penúltima sílaba tônica -l -s barril barris funil funis -l -eis míssil mísseis projétil projéteis -ão -ão -ãos, -ães ou -ões irmão irmãos cão cães feijão feijões -m -m -ns ordem ordens trem trens -n -s abdômen abdomens íon íons -x - tórax tórax -s com penúltima sílaba tônica lápis lápis Observações: 8
9 *Alguns substantivos sofrem metafonia, isto é, a mudança da vogal fechada /o/ para a vogal aberta /ɔ/ no plural. Exemplos: Jogo jogos /jógos/ Olho olhos /ólhos/ Fornos fornos /fórnos/ Ovo ovos /óvos/ *Há alguns substantivos que permitem somente a forma plural: óculos, férias, parabéns etc. *Alguns substantivos possuem sentidos diferentes quando usados no singular e no plural. Exemplos: A féria (o lucro do dia) As férias (período de descanso) O bem (aquilo que é bom) Os bens (as propriedades) FLEXÃO DE GRAU Diminutivo: é um grau do substantivo que indica diminuição. Exemplos: mulherzinha, mãezinha, criancinha, livrinho etc. Aumentativo é um grau do substantivo que indica aumento. Exemplos: mulherona, mãezona, criançona, livrão etc. ARTIGOS Os artigos são partículas que antecedem os substantivos. Os artigos concordam com os substantivos em gênero e número. O artigo particulariza (o, a, os, as) ou generaliza (um, uma, uns, umas) um substantivo. ARTIGOS DEFINIDOS Os artigos definidos indicam de maneira precisa aquilo que o substantivo nomeia. Por exemplo: o cavalo, o menino, o fazendeiro, a história, a flor. Eles são usados quando se trata de um ser ou coisa já conhecidos. Devido a sua 9
10 função de determinar um substantivo, eles também são utilizados para separar um elemento de seu conjunto. Os artigos definidos são os seguintes: - Singular Plural Masculino o os Feminino a as Analisemos as seguintes frases: Roubaram uma bicicleta do meu avô Roubaram a bicicleta do meu avô Na primeira frase, tem-se a ideia de que o irmão tinha mais de uma bicicleta. Já na segunda, tem-se a ideia de que o irmão tinha apenas uma bicicleta, a que foi roubada. ARTIGOS INDEFINIDOS Os artigos indefinidos indicam de forma imprecisa e vaga o que o substantivo nomeia. Por exemplo: um homem, uma menina, um cavalo. Eles são geralmente usados quando se trata de um ser ou coisa em geral. Os artigos indefinidos são os seguintes: - Singular Plural Masculino um uns Feminino uma umas CONTRAÇÕES DE ARTIGOS Além de serem flexionados, eles também podem se unir a outras palavras. Veja abaixo algumas contrações: em+a = na em+o = no 10
11 em+um = num em+uma = numa de+a = da por+o = pelo por+a = pela a+a = à* em+as = nas em+os = nos em+uns = nuns em+umas = numas de+as = das de+os = dos por+os = pelos por+as = elas a+o = ao Os artigos também podem se unir a certos pronomes: em+a+aquele = naquele de+a+aquele = daquele a+a+aquela = àquela *A crase é um acento grave (`) colocado sobre a vogal a para indicar a fusão de duas vogais idênticas e ocorre quando o artigo definido feminino singular a se funde com a preposição a. Por exemplo, ao invés de dizermos Eu vou a a Bahia, dizemos Eu vou à Bahia (embora na linguagem coloquial a preposição para ao invés da preposição a seja mais utilizada). ADJETIVOS Os adjetivos são palavras que modificam os substantivos, atribuindo-lhes qualidades e características. ADJETIVOS PRIMITIVOS Os adjetivos primitivos são aqueles que não são derivados de outras palavras. Por exemplo: elegante, frio, amplo, esquisito. 11
12 ADJETIVOS DERIVADOS Os adjetivos derivados são aqueles que se originam a partir de outros termos. Exemplos: cheiroso (cheiro-), amarelado (amarel-), perigoso (perigo-). ADJETIVOS SIMPLES Os adjetivos simples são aqueles que são formados por uma só palavra. Exemplos: alto, vermelho, feio, sincero. ADJETIVOS COMPOSTOS Os adjetivos compostos são aqueles que são formados por duas ou mais palavras. Exemplos: surdo-mudo, hiper-resistente, luso-brasileiro. ADJETIVOS PÁTRIOS Os adjetivos pátrios são aqueles que indicam o local de origem, o gentílico. Exemplos: brasileiro, português, europeu, paulista, carioca. *Os adjetivos podem pertencer a mais de uma categoria: brasileiro: derivado, simples, pátrio puro: primitivo, simples LOCUÇÃO ADJETIVA Uma locução adjetiva é um conjunto de palavras que possuem o valor de um adjetivo. Geralmente são formadas por uma expressão contendo dois termos. Exemplos: gesto de desespero, água do rio, rugidos de raiva. Há algumas locuções adjetivas que podem ser substituídas por um adjetivo correspondente: amor de mãe amor materno água do rio água fluvial 12
13 SUBSTANTIVAÇÃO Em alguns casos, o adjetivo pode ser usado como se fosse um substantivo. A esse processo, dá-se o nome de substantivação. O que determinará se o termo é um substantivo ou um adjetivo é o contexto da frase. A posição do adjetivo em relação ao substantivo (antes ou depois) pode fazer com que o seu significado varie. FLEXÃO DOS ADJETIVOS Os adjetivos na língua portuguesa flexionam-se por número, gênero e grau. FLEXÃO DE GÊNERO A maioria dos adjetivos que são biformes, ou, seja, possuem formas distintas para cada gênero, concorda com o substantivo que eles modificam em gênero e número. Os adjetivos biformes geralmente possuem o feminino terminado em -a e o masculino terminado em um morfema zero -. Estes devem concordar com o gênero do substantivo. Exemplo: o govern o brasileir o a nação brasileir a A maioria dos adjetivos formam o gênero feminino pelo acréscimo do sufixo -a, como podemos ver abaixo chinês chines a frio fri a encantador encantador a Para os adjetivos compostos, geralmente a flexão de gênero é marcada apenas no último elemento, como podemos ver a seguir: luso-brasileiro luso-brasileira verde-escuro verde-escura 13
14 Além dos adjetivos biformes, há também adjetivos uniformes que possuem somente uma forma para ambos os gêneros: feliz, triste, emocionante, difícil FLEXÃO DE NÚMERO As regras para a flexão de número é simples. Os adjetivos seguem as mesmas regras do plural dos substantivos. curto curtos amarelo amarelos português portugueses feliz felizes mundial mundiais jovem jovens sensível sensíveis espanhol espanhóis azul azúis civil civis útil úteis GRAUS DE COMPARAÇÃO Na língua portuguesa, os adjetivos possuem dois graus: comparativo e superlativo. Veremos os tipos de comparativo que existem abaixo: Comparativo de superioridade: Ana é mais bela que eu. Comparativo de igualdade: Ana é tão bela quanto eu. Comparativo de inferioridade: Ana é menos bela que eu. SUPERLATIVO O grau superlativo expressa qualidades em um grau muito elevado ou em grau máximo. Pode ser classificado em relativo ou absoluto. 14
15 SUPERLATIVO ABSOLUTO O superlativo absoluto ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada, sem relação com outros seres. SUPERLATIVO ABSOLUTO ANALÍTICO O superlativo absoluto analítico é formado com advérbios de intensidade. Por exemplo: Ana é muito inteligente. SUPERLATIVO ABSOLUTO SINTÉTICO O superlativo absoluto analítico é formado com sufixos. Por exemplo: Ana é inteligentíssima. SUPERLATIVO RELATIVO O superlativo relativo é quando a qualidade de um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa relação se apresenta sob duas formas: SUPERLATIVO RELATIVO DE SUPERIORIDADE Exemplo: Ana é a mais bela da sala. SUPERLATIVO RELATIVO DE INFERIORIDADE Exemplo: Clara é a menos bela da sala. * O Superlativo absoluto analítico é expresso por meio dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente etc. *O superlativo absoluto sintético pode ser formado tanto por meio dos sufixos latinos -íssimo, -imo ou -érrimo quanto por uma construção vernácula que é formada pelo sufixo -íssimo. PRONOMES Qualquer ato de comunicação envolve três participantes, chamados de pessoas do discurso: quem fala, com quem se fala e do que ou de quem se fala. A classe de palavras que substitui um nome e se refere às pessoas do discurso é chamada de pronome. Os pronomes são classificados em seis tipos: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e relativos. 15
16 PRONOMES PESSOAIS Os pronomes pessoais são a única classe de palavras que possuem declinação por caso. Os pronomes pessoais, os substantivos e os adjetivos em latim possuíam 6-7 casos gramaticais (nominativo, genitivo, acusativo, dativo, vocativo e ablativo) que no português só os pronomes pessoais mantém dois casos: o reto e o oblíquo que pode ser átono (acusativo) ou tônico (dativo). Os pronomes pessoais se referem a cada uma das três pessoas do discurso e são mostrados abaixo: Pessoa/número Reto Oblíquo Acusativo (átonos) Dativo (tônicos) Instrumental Reflexivo 1ª do singular eu me mim comigo me 2ª do singular tu te ti contigo te 3ª do singular ele/ela/você o, a, lhe, si consigo se 1ª do plural nós nos conosco nos 2ª do plural vós vos convosco vos 3ª do plural eles/elas/vocês os, as, lhes, si consigo se Os pronomes da 3ª pessoa se flexionam para acompanhar o substantivo com o qual se relacionam. Os pronomes o, as, os, as sofrem alterações quando vêm após o verbo. Exemplos: levar+as levá-las venderam+as venderam-nas trazer+o trazê-lo 16
17 PRONOMES POSSESSIVOS Os pronomes possessivos indicam posse em relação às três pessoas do discurso. O pronome possessivo concorda em gênero e número com o substantivo que indica o objeto possuído. Pessoa SINGULAR PLURAL Masculino Feminino Masculino Feminino Singular Plural Singular Plural Singular Plural Singular Plural 1ª meu meus minha minhas nosso nossos nossa nossas 2ª teu teus tua tuas vosso vossos vossa vossas 3ª seu seus sua suas seu seus sua suas Os pronomes possessivos de terceira pessoa podem causar ambiguidade. Para eliminar esse problema, podemos usar os possessivos dele, deles, dela, delas. Marta perguntou ao pai onde estavam seus óculos (frase ambígua) Marta perguntou ao pai onde estavam os óculos dela PRONOMES DEMONSTRATIVOS Os pronomes demonstrativos situam seres e coisas em relação a uma das pessoas do discurso. Os pronomes demonstrativos concordam em gênero e número com o substantivo ao qual se referem. Pessoas Masculino Feminino - Singular Plural Singular Plural 1ª este estes esta estas isto 2ª esse esses essa essas isso 3ª aquele aqueles aquela aquelas aquilo Alguns pronomes demonstrativos podem se contrair com outras palavras: 17
18 de+este = deste de+aqueles = daqueles em+isso = nisso em+esse = nesse PRONOMES INDEFINIDOS Os pronomes indefinidos referem-se a 3ª pessoa de maneira vaga e indeterminada. Os pronomes definidos podem ser variáveis ou invariáveis. PRONOMES INDEFINIDOS VARIÁVEIS Os pronomes indefinidos variáveis sofrem flexão de gênero e número e concordam com o substantivo. Os pronomes indefinidos variáveis são: Masculino Feminino Singular Plural Singular Plural algum alguns alguma algumas nenhum nenhuns nenhuma nenhumas todo todos toda todas outro outros outra outras muito muitos muita muitas pouco poucos pouca poucas certo certos certa certas vário vários vária várias tanto tantos tanta tantas qualquer quaisquer qualquer quaisquer PRONOMES INDEFINIDOS INVARIÁVEIS Os pronomes indefinidos invariáveis não sofrem flexão, ou seja, possuem somente uma forma. Os pronomes indefinidos variáveis são: alguém, ninguém, tudo, outrem, nada, cada, algo. 18
19 PRONOMES INTERROGATIVOS Os pronomes interrogativos referem-se a pessoa ou coisa desconhecida em perguntas diretas ou indiretas. Os pronomes que e quem são invariáveis e também podem ser pronomes relativos, como veremos mais adiante. Os pronomes interrogativos variáveis são: Masculino Feminino Singular Plural Singular Plural qual quais qual quais quanto quantos quanta quantas Os pronomes interrogativos invariáveis são: que, quem e quando. PRONOMES DE TRATAMENTO Os pronomes de tratamento são pronomes de 3ª pessoa que são usados para referir-se formalmente a uma pessoa mais velha, uma pessoa importante ou uma autoridade. Pronome Abreviatura Uso senhor, senhora sr.,sra. pessoas mais velhas ou desconhecidas Vossa Senhoria V.Sª. autoridades em geral, funcionários graduados Vossa Excelência V.Ex.ª altas autoridades Vossa Alteza V.A. príncipes, duques, arquiduques Vossa Majestade V.M. reis, imperadores Vossa Santidade V.S Papa Vossa Magnificência V.Magª. reitores de universidade 19
20 Vossa Reverência V.Revª. religiosos Vossa Eminência V.Emª. cardeais *Quando nos dirigimos à pessoa, usamos o pronome Vossa antes do título, mas quando estamos falando sobre essa pessoa, usamos Sua antes do título. PRONOMES RELATIVOS Os pronomes relativos iniciam e retomam um termo da oração anterior, substituindo-o. Eles são classificados em variáveis e invariáveis. Os pronomes relativos são: que, quem, onde, o qual, a qual, os quais, as quais. QUE O pronome relativo que pode ou não ser precedido de preposição. Exemplos: Nantes é a cidade em (preposição) que (pronome relativo) Júlio Verne nasceu (v.t.i - nascer em). Vinte mil léguas submarinas foi o primeiro livro de ficção científica que (preposição) li (v.t.d). QUEM O pronome relativo quem é sempre precedido de preposição. Caso não seja, não será pronome relativo. Exemplo: O ator Will Smith, de (preposição) quem (pronome relativo) lhe falei, foi destaque no filme Eu, robô. 20
21 ONDE O pronome relativo onde só pode ser empregado para indicar local concreto. Por isso, atua como um adjunto adverbial de lugar. Para indicar situação, deve-se empregar em que. Exemplos: Conheceu a escola (lugar físico) onde vai estudar. Foi ao congresso (situação) em que se discutiram autores de ficção científica. *O advérbio aonde deve ser empregado somente para verbos de movimento, tais como chegar, ir, levar etc. Aonde equivale a a que lugar, para que lugar. O lugar aonde (=para que lugar) ele vai (verbo de movimento) ainda não sabemos. PRONOMES RELATIVOS VARIÁVEIS: O QUAL, A QUAL, OS QUAIS, AS QUAIS Os pronomes relativos o qual, a qual, os quais, as quais referem-se a uma pessoa ou coisa. O seu uso é necessário para que sejam evitadas as frases ambíguas. Para eliminar a ambiguidade, o pronome relativo QUE pode ser substituído por a qual, o qual, as quais ou os quais. NUMERAIS Um numeral é uma palavra que indica a quantidade ou ordem. Há quatro tipos de numeral: NÚMEROS CARDINAIS Os números cardinais são aqueles que expressam quantidade: Arábicos Romanos Cardinais 1 I um 21
22 2 II dois 3 III três 4 IV quatro 5 V cinco 6 VI seis 7 VII sete 8 VIII oito 9 IX nove 10 X dez 11 XI onze 12 XII doze 13 XIII treze 14 XIV quatorze ou catorze 15 XV quinze 16 XVI dezesseis 17 XVII dezessete 18 XVIII dezoito 19 XIX dezenove 20 XX vinte 21 XXI vinte e um 30 XXX trinta 40 XL quarenta 50 L cinquenta 60 LX sessenta 70 LXX setenta 22
23 80 LXXX oitenta 90 XC noventa 100 C cem 200 CC duzentos 300 CCC trezentos 400 CD quatrocentos 500 D quinhentos 600 DC seiscentos 700 DCC setecentos 800 DCCC oitocentos 900 CM novecentos 1000 M mil NÚMEROS ORDINAIS Os números ordinais expressam ordem, posição. 1º primeiro 2º segundo 3º terceiro 4º quarto 5º quinto 6º sexto 7º sétimo 8º oitavo 9º nono 10º décimo 11º décimo primeiro 12º décimo segundo 13º décimo terceiro 14º décimo quarto 23
24 15º décimo quinto 16º décimo sexto 17º décimo sétimo 18º décimo oitavo 19º décimo nono 20º vigésimo 21º vigésimo primeiro 22º vigésimo segundo 30º trigésimo 40º quadragésimo 50º quinquagésimo 60º sexagésimo 70º septuagésimo 80º octogésimo 90º nonagésimo 100º centésimo 200º ducentésimo 300º tricentésimo 400º quadringentésimo 500º quingentésimo 600º sexcentésimo 700º septingentésimo 800º octingentésimo 900º noningentésimo 1000º milésimo NÚMEROS MULTIPLICATIVOS Indicam o número de vezes. Exemplos: dobro, triplo, quádruplo etc. NÚMEROS FRACIONÁRIOS Indicam partes de um todo. Exemplos: metade, terço, quinto, doze avos etc. 24
25 VERBOS Os verbos são termos que expressam ação, estado ou fenômenos da natureza. A palavra verbo deriva do vocábulo latino verbum que significa palavra, e isso demonstra o quão importante o verbo é para uma língua. Eles são uma classe de palavras variáveis e um único verbo pode conter várias informações sobre a ação, tais como quem a realizou, o tempo em que foi realizada, se está completa ou não, quantas pessoas a realizaram, a atitude do falante etc. Para isso, existem as flexões de pessoa, tempo, modo, aspecto, voz, número etc., embora elas estejam bastante reduzidas no português brasileiro coloquial. FLEXÃO DE PESSOA Os verbos são palavras variáveis. Os verbos flexionam-se para indicar a pessoa do discurso a qual eles se referem. Veja um exemplo abaixo: eu tu ele nós vós eles fiquei ficaste ficou ficamos ficastes ficaram FLEXÃO DE TEMPO Os verbos na língua portuguesa flexionam-se para indicar quando a ação ocorreu. Há três tempos verbais: pretérito, presente e futuro. FLEXÃO DE MODO Os verbos também são flexionados para indicar a atitude de quem fala. Há três modos verbais: indicativo, subjuntivo e imperativo. 25
26 CONJUGAÇÕES VERBAIS Os verbos são agrupados em três grandes grupos de conjugação que são determinados pela terminação dos seus infinitivos. Conjugação Terminação Exemplos 1ª -ar amar 2ª -er correr 3ª -ir abrir TEMPOS VERBAIS Os tempos verbais indicam quando e como uma determinada ação ocorreu. Vejamos cada um dos tempos verbais presentes no português: Presente Indica um fato que acontece no momento da fala. Pode ser usado coloquialmente para indicar um fato futuro. Pode indicar um fato passado, e é chamado de presente histórico. Pretérito Pretérito perfeito: indica um fato passado que já se concluiu. Pretérito imperfeito: indica um fato contínuo ou habitual que não foi concluído. Pretérito plusquamperfecto(mais-que-perfeito): indica uma ação anterior a outra ação passada. Na linguagem coloquial, é substituído pelo uso dos verbos haver/ter e o particípio do verbo. Também pode ser usado para indicar um desejo. Futuro Futuro do presente: indica um fato que irá ocorrer num tempo futuro em relação ao tempo presente. Futuro do pretérito: indica um fato futuro em relação a uma referência no passado, uma condição ou um pedido de forma polida. 26
27 PARADIGMAS VERBAIS Abaixo serão mostrados os paradigmas de conjugação para cada conjugação (1ª, 2ª ou 3ª). Na linguagem coloquial, esse paradigma foi radicalmente reduzido. Para saber mais sobre isso, veja minha obra Conhecendo a Língua Portuguesa: Paradigma Verbal no Português Brasileiro. VERBOS TERMINADOS EM -AR 1ª CONJUGAÇÃO Os verbos pertencentes à primeira conjugação possui o infinitivo impessoal terminado em -ar. MODO INDICATIVO O modo indicativo exprime certeza. Presente do Indicativo Eu estudo Tu estudas Ele estuda Nós estudamos Vós estudais Eles estudam Pretérito imperfeito do Indicativo Eu estudava Tu estudavas Ele estudava Nós estudávamos Vós estudáveis Eles estudavam Pretérito perfeito do Indicativo Eu estudei Tu estudaste Ele estudou Nós estudamos Vós estudantes Eles estudaram Pretérito plusquamperfecto do Indicativo 27
28 Eu estudara Tu estudaras Ele estudara Nós estudáramos Vós estudáreis Eles estudaram Futuro do Indicativo Eu estudarei Tu estudadas Ele estudará Nós estudaremos Vós estudareis Eles estudarão Futuro do pretérito Eu estudaria Tu estudarias Ele estudaria Nós estudaríamos Vós estudaríeis Eles estudariam MODO SUBJUNTIVO O modo subjuntivo expressa dúvida, incerteza, probabilidade, desejo etc. Presente do Subjuntivo Eu estude Tu Estudes Ele estude Nós estudemos Vós estudeis Eles estudem Pretérito imperfeito do Subjuntivo Eu estudasse Tu estudasses Ele estudasse Nós estudássemos Vós estudásseis 28
29 Eles estudassem Futuro do Subjuntivo Eu estudar Tu estudares Ele estudar Nós estudarmos Vós estudardes Eles estudarem MODO IMPERATIVO O modo imperativo expressa uma ordem, um desejo ou um comando. É formado a partir do presente do indicativo e do subjuntivo. Afirmativo Estuda (tu) Estude (você) Estudemos (nós) Estudai (vós) Estudem (vocês) Negativo Não estudes (tu) Não estude (você) Não estudemos (nós) Não estudeis (vós) Não estudem (eles) VERBOS TERMINADOS EM -ER 2ª CONJUGAÇÃO MODO INDICATIVO Presente do Indicativo Eu vendo Tu vendes Ele vende Nós vendemos Vós vendeis Eles vendem Pretérito imperfeito do Indicativo 29
30 Eu vendia Tu vendias Ele vendia Nós vendíamos Vós vendíeis Eles vendiam Pretérito Perfeito do Indicativo Eu vendi Tu vendeste Ele vendeu Nós vendemos Vós vendestes Eles venderam Pretérito plusquamperfecto do Indicativo Eu vendera Tu venderas Ele vendera Nós vendêramos Vós vendêreis Eles venderam Futuro do Presente do Indicativo Eu venderei Tu venderás Ele venderá Nós venderemos Vós vendereis Eles venderão Futuro do Pretérito Eu venderia Tu venderias Ele venderia Nós venderíamos Vos venderíeis Eles venderiam 30
31 MODO SUBJUNTIVO Presente do Subjuntivo Eu venda Tu vendas Ele venda Nós vendamos Vós vendais Eles vendam Pretérito do Subjuntivo Eu vendesse Tu vendesses Ele vendesse Nós vendêssemos Vós vendêsseis Eles vendessem Futuro do Subjuntivo Eu vender Tu venderes Ele vender Nós vendermos Vós venderdes Eles venderem MODO IMPERATIVO Afirmativo Vende (tu) Venda (você) Vendamos (nós) Vendei (vós) Vendam (vocês) Negativo Não vendas (tu) Não venda (você) Não vendamos (nós) Não vendais (vós) 31
32 Não vendam (vocês) VERBOS TERMINADOS EM -IR 3ª CONJUGAÇÃO MODO INDICATIVO Presente do Indicativo Eu parto Tu partes Ele parte Nós partimos Vós partis Eles partem Pretérito Perfeito do Indicativo Eu parti Tu partiste Ele partiu Nós partimos Vós partistes Eles partiram Pretérito plusquamperfecto do Indicativo Eu partira Tu partiras Ele partira Nós partíramos Vós partíreis Eles partiram Pretérito Imperfeito Eu partia Tu partias Ele partia Nós partíamos Vós partíeis Eles partiam Futuro simples Eu partirei Tu partirás 32
33 Ele partirá Nós partiremos Vós partireis Eles partirão Futuro do Pretérito Eu partiria Tu partirias Ele partiria Nós partiríamos Vós partiríeis Eles partiriam MODO SUBJUNTIVO Presente do Subjuntivo Eu parta Tu partas Ele parta Nós partamos Vós partais Eles partam Pretérito Imperfeito do Subjuntivo Eu partisse Tu partisses Ele partisse Nós partíssemos Vós partísseis Eles partissem Futuro do Subjuntivo Eu partir Tu partires Ele partir Nós partirmos Vós partirdes Eles partirem 33
34 MODO IMPERATIVO Imperativo Afirmativo Parte (tu) Parta (você) Partamos (nós) Parti (vós) Partam (vocês) Imperativo Negativo Não partas (tu) Não parta (você) Não partamos (nós) Não partais (vós) Não partam (vocês) VOZES VERBAIS As vozes verbais expressam a maneira que a ação foi realizada. Na Língua Portuguesa, há três vozes verbais: ativa, passiva, reflexiva. VOZ ATIVA A voz ativa ocorre quando a ação expressa pelo verbo é praticada pelo sujeito. Exemplo: Marina (sujeito agente) cortou (voz ativa) o dedo VOZ PASSIVA A voz passiva ocorre quando a ação expressa pelo verbo é recebida pelo sujeito. Exemplo: Os livros (sujeito paciente) foram escritos (voz passiva) pelos autores (agente da passiva) 34
35 AGENTE DA PASSIVA O agente da passiva é o termo da oração correspondente ao que realiza a ação recebida pelo sujeito. Esse termo é sempre introduzido pelas preposições per e derivados ou de. VOZ PASSIVA ANALÍTICA A voz passiva analítica é formada pelos verbos ser ou estar + particípio do verbo principal + agente da passiva. Exemplo: As obras (sujeito paciente) foram traduzidas (voz passiva) por Larissa (per+agente da passiva) VOZ PASSIVA SINTÉTICA A voz passiva sintética é formada por um verbo transitivo direto na 3ª pessoa + partícula ou pronome apassivador se + sujeito paciente. Exemplo: Traduziram-se (v.t.d + se) os livros (sujeito paciente) para outros idiomas. VOZ REFLEXIVA A voz reflexiva expressa uma ação que é praticada e recebida pelo sujeito ao mesmo tempo. É formada por sujeito agente-paciente + verbo intransitivo + pronomes reflexivos (me, te, se, nos, vos, se). Exemplo: O menino (sujeito agente-paciente) cortou-se (v.i + pron.reflex.) OBSERVAÇÕES A flexão de voz aplica-se somente a verbos transitivos diretos ou bitransitivos (v.t.d.i). Nunca ocorre o agente da passiva na voz passiva sintética. O verbo concorda com o sujeito paciente. 35
36 VERBOS ANÔMALOS Na Língua Portuguesa, há dois verbos anômalos que possuem mais de um radical na conjugação: ser e ir. Algumas partes dos seus paradigmas são derivadas dos verbos essere e vadere respectivamente. Veja abaixo: Modo Indicativo Presente Pretérito Perfeito Pretérito Imperf. Pretérito M.Q.P. Futuro eu sou vou fui era ia fora serei irei tu és vais foste eras ias foras serás irás ele é vai foi era ia fora será irá nós som os vamos fomos éramos íamos fôramos seremos iremos vós sois vades/ ides fostes éreis íeis fôreis sereis ireis eles são vão foram eram iam foram serão irão Modo Indicativo Modo Subjuntivo Futuro do pret. Present Pretérito Futuro eu seria iria seja vá fosse for tu serias irias sejas vás fosses fores ele seria iria seja vá fosse for nós seríamos iríamos sejamos vamos fôssemos formos vós seríeis iríeis sejais vades fôsseis fordes eles seriam iriam sejam vão fossem forem 36
37 Modo Imperativo tu sê não sejas vai não vás você seja não seja vá não vá nós sejamos não sejamos vamos não vamos vós sede não sejais ide não vades vocês sejam não sejam vão não vão ADVÉRBIOS Os advérbios são palavras que modificam um verbo, um advérbio, um adjetivo ou até mesmo uma oração. Eles expressam as circunstâncias (tempo, modo, lugar, causa) de uma ação verbal. Às vezes um grupo contendo duas ou mais palavras possuem a função de advérbio e esse grupo é chamado de locução adverbial. Por exemplo, a expressão na porta é uma locução adverbial e pode também ter a função de adjunto adverbial de lugar. Vejamos abaixo os principais advérbios: Tempo Lugar Modo Intensidade Afirmação Negação Dúvida ontem, hoje, amanhã, antes, depois, cedo, tarde, nunca, sempre, agora, logo etc. aqui, lá, acolá, ali, na rua, em cima, embaixo etc. rapidamente, facilmente, silenciosamente, devagar, bem etc. muito, pouco, mais, menos, tão etc. sim, certamente, realmente etc. não, nem, tampouco, jamais, nunca etc. talvez, provavelmente, quiçás, acaso etc. 37
38 Meio ou instrumento fogão a lenha, escrever a lápis, ir a pé, viajar de avião etc. PREPOSIÇÕES Na Língua Portuguesa há palavras que ligam termos e estabelecem relações de sentido entre eles. Elas são chamadas de adposições ou preposições. O sentido das preposições depende em grande parte do contexto. As preposições mais comuns são: a, ante, até, após, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás Além das preposições, há também grupos de palavras que equivalem a uma preposição e esses grupos são chamados de locuções prepositivas. As locuções prepositivas mais comuns são: abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, dentro de, embaixo de, em cima de, em frente a, em redor de, graças a, junto a, junto de, perto de, por causa de, por cima de, por trás de As preposições também podem se combinar a outras palavras. Veja abaixo alguns casos mais comuns: Preposição com artigo com pronome com pronome pessoal com advérbios em no, nos, na, nas, num, nuns, numa, numas neste, nestes, nesse, nesses, nesta, nestas, nessa, nessas, naquele, naqueles, naquela, nele, nelas, neles, nela 38
39 naquelas, naquilo de do, dos, da, das, dum, duns, duma, dumas deste, destes, desse, desses, desta, destas, dessa, dessas, daquele, daqueles, daquela, daquelas, daquilo dele, deles, dela, delas daqui, daí, dali, donde, dentre, dalém, detrás por pelo, pelos, pela, pelas a ao, aos, à, às àquele, àqueles, àquela, àquele, àquelas, àquilo aonde, adiante CONJUNÇÕES As conjunções são conectivos que conectam orações e estabelecem relações semânticas e sintáticas entre elas. As conjunções contribuem para que um texto seja coerente e coeso, e não uma sequência de palavras ou frases sem ligação umas com as outras. As conjunções podem ser classificadas em coordenativas, subordinativas e integrantes. Estudaremos mais sobre os tipos de orações quando formos estudar a sintaxe, em outra obra minha. CONJUNÇÕES COORDENATIVAS As conjunções coordenativas conectam duas orações que são sintaticamente independentes. Classificação Relação semântica Conjunções 39
40 Aditivas Adição, soma E, nem (e não) Adversativas Oposição e contraste Mas, porém, todavia, contudo Alternativas Escolha, alternância Ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer Conclusivas Conclusão Logo, pois, portanto, por isso Explicativas Explicação Que, porque, porquanto, pois CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS As conjunções ligam duas orações que são sintática e semanticamente dependentes entre si, ou seja, estão subordinadas à oração principal e estabelecem relações semânticas entre elas. Classificação Relação Semântica Principais Conjunções Causais causa, motivo porque, como, visto que, já que Comparativas comparação como, que, quanto, (mais, menos) do que Concessivas concessão embora, ainda que, se bem que, mesmo que Condicionais condição se, caso, contanto que, desde que, a menos que Conformativas conformidade conforme, segundo, como Consecutivas consequência (tal, tão, tanto) que, de modo que Finais finalidade para que, a fim de que, que Proporcionais proporção à proporção que, à medida que Temporais tempo quanto, antes que, depois que, 40
41 logo que Integrantes introduzem orações subordinadas substantivas que, se INTERJEIÇÕES As interjeições são palavras que expressam emoção, alegria, sensação, estado de espírito. As interjeições não têm um significado próprio, e por isso o sentido delas é dado pelo contexto. Algumas interjeições frequentes: Oba! Viva! Ih! Opa! Caramba! Eita! Puxa! Xi! Vixe! Hein?! Uai! Oh! Ah! Ai! Ui! Olá! Alô! Ô! Oi! Ei! Psiu! Opa! Ó! Salve! Credo! Cruzes! Socorro! Tomara! Oxalá! Quieto! Bravo! Boa! Avante! Viva! Bis! Ufa! A um conjunto de palavras que equivalem a uma interjeição, dá-se o nome de locução interjetiva. Veja as locuções interjetivas mais frequentes: Quem me dera! Que pena! Que horror! Valha-me Deus! 41
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