OS LUGARES DE ENUNCIAÇÃO NA DESIGNAÇÃO E NA ARGUMENTAÇÃO DE MARCHA PARA OESTE E PROGRESSO

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1 OS LUGARES DE ENUNCIAÇÃO NA DESIGNAÇÃO E NA ARGUMENTAÇÃO DE MARCHA PARA OESTE E PROGRESSO ROSIMAR REGINA RODRIGUES DE OLIVEIRA Rua Francisco Moretzshon, Jardim Santana, Campinas-SP Brasil rosiregio@yahoo.com.br Resumo: Neste artigo apresentamos uma análise da designação (GUIMARÃES, 2002) da expressão marcha para Oeste na relação com as palavras progresso e moderno, considerando em que medida os sentidos de progresso e de moderno afetam os sentidos da marcha. Faz, também, parte, a análise da argumentação (DUCROT, 1981) que se produz sobre a necessidade da Marcha. Analisamos essas palavras e as relações argumentativas no artigo intitulado Para o Oeste, publicado no jornal o Estado de Mato Grosso, em 06 de abril de Palavras-chave: Designação. Argumentação. Acontecimento enunciativo. Marcha para Oeste. Progresso. Abstract: In this article we present an analysis of designation (GUIMARÃES, 2002) and argumentation (DUCROT, 1981) of the expression march to the West related to the words progress and modern, considering how much the sense of progress and modern affects the meanings of the march. We analized these words in the article named "Westward", published on the newspaper O Estado do Mato Grosso, on April 6th, Keywords: Designation. Argumentation. Enunciative event. Westward March. Progress. 1. Introdução Buscamos compreender como a marcha para o Oeste, o progresso e o moderno significam, pois consideramos que as palavras não significam sempre a mesma coisa. Elas mudam de sentido a partir das relações que estabelecem com outras palavras ou expressões nos enunciados em que ocorrem. Ou seja, as palavras produzem sentido no acontecimento de linguagem, na enunciação, que, conforme Guimarães (2002), se dá na relação do sujeito com a língua e, por isso, devem ser pensadas na relação com a história, com o social. Nessa direção, é por meio da análise de um acontecimento de linguagem que podemos compreender o sentido das palavras na conjuntura social e política em que elas funcionam, em um espaço de enunciação específico. Desse modo, a enunciação se dá pelo funcionamento da língua, enquanto acontecimento de linguagem. Acontecimento que funciona porque o seu presente projeta um futuro e, por 1

2 outro lado, tem um passado enquanto memorável, que o faz significar. Desse modo, o passado é tomado não enquanto lembrança (individual), mas enquanto rememoração de enunciações, e é considerada, na constituição do acontecimento, a sua temporalidade e ainda o real enquanto materialidade histórica. Nesse sentido, as palavras ou expressões linguísticas significam no enunciado pela relação que têm com o acontecimento em que funcionam (GUIMARÃES, 2002, p. 5), com o texto, sendo o texto compreendido, tal como conceituado por Guimarães (2011, p. 9), como uma unidade de significação e caracterizado não como composto por segmentos, mas como integrado por elementos linguísticos de diferentes níveis e que significam em virtude de integrarem esta unidade. O sentido dos enunciados é produzido por esta relação de integração (idem, p ). Conforme esse autor, a relação de integração é constituída na enunciação, acontecimento de linguagem, que significa o modo de presença do falante/locutor nos elementos linguísticos dos enunciados. Para a compreensão dessas relações, abordamos os lugares de enunciação e a argumentação. Os lugares de enunciação são apresentados, conforme Ducrot (1987), no desenvolvimento dos estudos da polifonia na linguagem e, de acordo com Guimarães (2002), na cena enunciativa. Nessa medida, a enunciação é remetida a um sujeito que, ao enunciar, se divide configurando diferentes lugares de enunciação. Esses lugares de enunciação, conforme Guimarães (idem), são configurados pelo agenciamento enunciativo. Quanto à argumentação, ela é exposta a partir dos estudos desenvolvidos por Ducrot (1981). Segundo o autor, a argumentação está na língua e se manifesta na enunciação. Para o desenvolvimento da análise argumentativa, Ducrot (1981; 2008) apresenta os conceitos de orientação argumentativa, classe argumentativa e escala argumentativa. Esses conceitos apresentados por Ducrot são utilizados também por Guimarães, que além deles considera, na argumentação, as relações com a constituição histórica dos sentidos. Esses conceitos são fundamentais para o desenvolvimento da análise argumentativa, pois eles nos possibilitam observar a orientação argumentativa presente nos textos e os lugares de enunciação ocupados pelos sujeitos ao argumentarem em relação à marcha para o oeste. Para Guimarães, a análise dos sentidos deve ser desenvolvida também considerando a designação das palavras. Conforme Guimarães (2004ª, p. 5), a designação deve ser considerada a partir da constituição do Domínio Semântico de Determinação (DSD) que é pensar as palavras nas suas relações com outras palavras, tendo como unidade de análise os enunciados em que funcionam as palavras pela enunciação. Para isso é preciso considerar que há dois procedimentos fundamentais que constituem a enunciação: a articulação e a reescrituração (GUIMARÃES, 2002, 2004, 2007). Esses procedimentos nos permitem: a articulação - observar como as palavras significam nas relações de proximidade com outras palavras no texto; e a reescrituração observar como o movimento de uma palavra (retomadas, reescriturações), no texto, afeta o sentido tanto da própria palavra como de outras palavras e do texto, de modo geral. Desse modo, para apresentar a designação da expressão marcha para o oeste e das palavras progresso e moderno, observamos as relações que elas estabelecem entre si e com outras palavras, nos acontecimentos enunciativos, estabelecendo o seu DSD. Diante do exposto, para a realização dessa análise nos apoiamos em conceitos teórico-metodológicos apresentados, em princípio, por Benveniste (1976) e Ducrot (1981), e num outro momento, já no Brasil, por Guimarães (1987, 1995, 1996, 2001, 2

3 2002, 2004, 2004ª, 2006, 2007, 2011), de acordo com a teoria da Semântica Histórica da Enunciação, ou Semântica do Acontecimento. Além das relações teórico-metodológicas apresentadas acima, é preciso esclarecer que o artigo que estamos analisando foi publicado em um momento da marcha para o Oeste considerado como um movimento Político de colonização proposto pelo presidente Getúlio Vargas. Esse movimento, conforme Villas Bôas e Villas Bôas (1994), consistia em um impulso expansionista liderado pelo próprio governo, com o propósito de desbravar o sertão do Brasil Central, que se apresentava como um verdadeiro mundo ignorado que abrangia toda a região central do território brasileiro (ibidem, p. 41). Essas considerações nos permitem observar como ao dizer da marcha para o oeste, do moderno e do progresso os sentidos dessas palavras são afetados, nesse acontecimento, por um memorável e por uma projeção de futuro que os faz significar a partir do real enquanto materialidade histórica, e ainda pela direção da argumentação que produz sentido juntamente com a designação das palavras, no acontecimento. 2. A constituição da Cena Enunciativa Neste acontecimento a cena enunciativa apresenta um Locutor (L) que está sendo agenciado do lugar social de locutor-político (lx). Este lugar é marcado por uma indicação, logo abaixo do título do texto, que evidencia o nome de quem o assina e a posição ocupada por ele: DE MANUEL DUARTE, ex-presidente do Estado do Rio. Essa indicação mostra que Manuel Duarte ocupou uma posição na política brasileira. Desse modo, esse Locutor, ao ser agenciado a falar da marcha para o oeste, está autorizado a tratá-la como um tema já muito abordado no meio político, mas que se apresenta como uma proposta não realizada e cuja realização é necessária. Além dessa indicação, esse lugar social de locutor-político está marcado também por alguns enunciados presentes no texto, em que o locutor, ao falar do lugar de locutorpolítico, apoia e sustenta a posição do governo e se inclui nessa posição, como por exemplo (onde o de fato significa a assunção da posição do governo pelo Locutor): o chefe do Estado, indicando esse caminho às ambições econômicas e à sedução dos homens, não o fez por simples palpite nem por considerações sentimentais de indianista ou sertanista. Fê-lo porque esse é, de fato, o sentido da brasilidade, porque aí é que está o coração da Pátria, o seu futuro, o seu desenvolvimento. [...] O caminho para Oeste é a marcha que se impõe à nossa cultura, à nossa economia e ao nosso progresso, porque é aí que encontramos, de par com uma raça nacional, os elementos naturais para podermos fazer uma vida autônoma e inteiramente nossa. E mais adiante em (quando o como bem disse o Presidente, faz o mesmo): 3

4 o caminho do Oeste, como bem disse o Presidente Getúlio Vargas, é o caminho do Brasil, o grande tronco que formará o eixo da civilização brasileira e por onde se expandirá em grandes conquistas, o gênio comercial, industrial, econômico, enfim, da raça. Como se vê, esse locutor, ao falar do lugar da política brasileira e sustentar a posição do governo, o faz de um lugar social autorizado, como autoridade na política brasileira e/ou no governo. O Locutor, ao enunciar, constitui para o texto o lugar do Alocutário. Esse lugar constituído na enunciação está marcado pelo emprego do nós, que produz uma equivocidade, pois marca a inclusão do Locutor entre os Alocutários, e não define tais Alocutários. Isso porque as relações apresentadas nos permitem dizer que ao enunciar o Locutor, enquanto locutor-político, estabelece, nesse acontecimento, o lugar de um duplo alocutário. Podemos observar, por exemplo, que ao dizer que precisamos nos abrasileirarmos, a marcha para Oeste é, assim, a marcha significativa da nossa verdadeira independência econômica, o caminho natural em que deveremos fazer o percurso histórico que nos está destinado, o Locutor estabelece uma identidade brasileira, que pode marcar o lugar de um alocutário-povo brasileiro; e, ao dizer é nesse trilho que construiremos o fundo territorial econômico que dará assento às grandes formações demográficas, o Locutor pode estar estabelecendo o lugar de uma classe brasileira que tem uma ação política, podendo ser um alocutário-político, que seria o responsável pelo desenvolvimento de meios para se assentar a população que se dirigirá ao oeste. Nessas relações observamos que em alguns momentos o Locutor se dirige a um grupo mais restrito de Alocutários, outras vezes se dirige a todos, ao falar de modo mais geral. Nessa medida, a enunciação desse texto pode estar sendo apresentada como ocorrendo do lugar do político para o político e do lugar do político para o povo brasileiro, mas, especialmente, do lugar de um Locutor que se coloca nas duas categorias de Alocutário. Isso significa uma igualdade entre Locutor e Alocutário, o que pode ser observado, nos enunciados ao longo de todo o texto que é marcado pelo emprego do pronome pessoal, sempre na primeira pessoa do plural, nós. Desse modo temos: Locutor locutor-político alocutário-povo brasileiro Alocutário alocutário-político Alocutário Nessa direção, o locutor-político sustenta a importância do alocutário-político brasileiro desenvolver/criar condições para que a civilização brasileira possa se dirigir ao oeste e realizar a marcha para oeste ; e que é necessário que o alocutário-povo brasileiro se dirija para o oeste realizando a marcha para oeste. 4

5 3. O DSD de marcha para Oeste e progresso O acontecimento que estamos analisando apresenta como destaque a expressão Para o Oeste. Essa expressão traz a indicação de uma direção a ser seguida, em sentido oeste. Pelas relações observadas neste acontecimento enunciativo, essa expressão para o Oeste é uma reescrituração, por condensação, de marcha para oeste. A expressão marcha para oeste ocorre reescriturada diversas vezes ao longo do texto, por repetição: A marcha para Oeste, para Oeste (repetição por redução); por especificação: O caminho para Oeste, O caminho do Oeste, o caminho do Brasil, para o progresso e a civilização; por expansão: marcha significativa da nossa verdadeira independência econômica, o caminho natural em que deveremos fazer o percurso histórico que nos está destinado; por substituição: nesse trilho, para o Oeste brasileiro. Nessas relações, a marcha para oeste é apresentada, várias vezes, como sinônimo de caminho e predicada pelas vantagens que a exploração desse caminho possibilitará: o progresso e a civilização. São muitas as reescriturações de marcha para oeste nesse texto que estamos analisando, mas escolhemos apenas algumas, que acreditamos serem suficientes, para compreendermos o sentido dessa marcha presente no texto. Segue abaixo os recortes selecionados: 1. O caminho para Oeste é a marcha que se impõe à nossa cultura, à nossa economia e ao nosso progresso porque é aí que encontramos, de par com uma raça nacional, os elementos naturais para podermos fazer uma vida autônoma e inteiramente nossa. 2. A marcha para Oeste é o povoamento econômico do solo, o inteligente traçado da linha de penetração que terá de desbravar os recônditos desvãos da nossa terra ao homem nacional. 3. A marcha para Oeste é, assim, a marcha significativa da nossa verdadeira independência econômica, o caminho natural em que deveremos fazer o percurso histórico que nos está destinado. 4. O caminho do Oeste, como bem disse o Presidente Getúlio Vargas, é o caminho do Brasil, o grande tronco que formará o eixo da civilização brasileira e por onde se expandirá em grandes conquistas, o gênio comercial, industrial, econômico, enfim, da raça. 5. Marchemos, pois, para o Oeste brasileiro, porque desse modo marcharemos para o progresso e a civilização. 5

6 Entre esses recortes, nos primeiros quatro, a marcha para oeste está sempre numa relação de predicação. Nessas relações ela é apontada como uma direção que se impõe e que é necessário seguir. Conforme podemos observar no primeiro recorte, a marcha para oeste está sendo reescrita por o caminho para oeste e definida por é a marcha que se impõe à nossa cultura, à nossa economia e ao nosso progresso. 1. O caminho para Oeste é a marcha que se impõe à nossa cultura, à nossa economia e ao nosso progresso porque é aí que encontramos, de par com uma raça nacional, os elementos naturais para podermos fazer uma vida autônoma e inteiramente nossa. Nessas relações, se a marcha reescreve por especificação o caminho, então para Oeste está sendo reescrito por que se impõe à nossa cultura, à nossa economia e ao nosso progresso. Desse modo, ir para oeste é algo que se impõe à cultura, à economia e ao progresso do Brasil. Nesse sentido, essas relações indicam a necessidade de realização da marcha para oeste. Por essas relações há, em (1), um Locutor que se divide nos seguintes enunciadores: E. Individual (1a) Marchar para o oeste é necessário para a nossa cultura, a nossa economia e o nosso progresso. E. Genérico (1b) É no oeste que encontramos, juntamente com os primitivos, os elementos naturais para podermos fazer uma vida autônoma e inteiramente nossa. Ao enunciar enquanto enunciador Individual, em (1a), o Locutor aponta a marcha para oeste como necessária; e enquanto enunciador Genérico (1b), o Locutor apresenta como razão para a realização da marcha para oeste a união entre a raça nacional/primitiva e a civilização brasílica/brasileira. Nesse recorte, a marcha para oeste é reescrita por substituição (GUIMARÃES, 2009) por o caminho para Oeste e, o caminho para Oeste é reescrito por expansão (GUIMARÃES, ibidem) por é a marcha que se impõe à nossa cultura, à nossa economia e ao nosso progresso. Nesses casos, temos na substituição a produção do sentido de uma especificação (GUIMARÃES, ibidem), em que dizer o caminho para oeste especifica a marcha para oeste ; e no segundo caso, na expansão, temos uma definição (GUIMARÃES, ibidem), desse modo a marcha para oeste é determinada pela cultura, pela economia e pelo progresso do Brasil. Então temos a seguinte relação de determinação: cultura Marcha para o oeste o caminho para oeste economia 6

7 progresso No recorte (2) ocorrem outras duas reescrituras da marcha para oeste. A primeira, por repetição, a marcha para oeste ; e a segunda por expansão, é o povoamento econômico do solo. Essa expansão aponta uma nova definição para a marcha, que se trata de um povoamento econômico, a partir da predicação apresentada pelo verbo ser, como segue: 2. A marcha para Oeste é o povoamento econômico do solo, o inteligente traçado da linha de penetração que terá de desbravar os recônditos desvãos da nossa terra ao homem nacional. Nessa direção, o oeste é despovoado e a marcha é a responsável por povoá-lo e de modo econômico. Logo a marcha está determinada por povoamento econômico, conforme representamos no DSD a seguir: Povoamento econômico Marcha para o oeste No recorte (3) interessa-nos observar a reescritura da marcha para oeste que ocorre por expansão em é [...] a marcha significativa da nossa verdadeira independência econômica. 3. A marcha para Oeste é, assim, a marcha significativa da nossa verdadeira independência econômica, o caminho natural em que deveremos fazer o percurso histórico que nos está destinado. Desse modo, temos como sentido uma definição em que a marcha para oeste está sendo determinada por independência econômica. Independência econômica Marcha para o oeste Desse modo, o Brasil não é independente economicamente e a marcha para oeste é importante para a conquista dessa independência. Nessa direção, assim como foi 7

8 apontado na relação de determinação do recorte (1), o sentido da marcha está determinado pela economia do Brasil. Assim como nos recortes anteriores, no (4) também são apresentas duas reescrituras para a marcha para oeste. 4. O caminho do Oeste, como bem disse o Presidente Getúlio Vargas, é o caminho do Brasil, o grande tronco que formará o eixo da civilização brasileira e por onde se expandirá em grandes conquistas, o gênio comercial, industrial, econômico, enfim, da raça. Ambas as reescrituras da marcha ocorrem por especificação, a primeira por o caminho do oeste e a segunda por é o caminho do Brasil. Nessas relações ao se referir a o caminho do oeste, o Locutor está se referindo à marcha para oeste por um efeito de sinonímia; e ao predicar a marcha por é o caminho do Brasil é produzida uma nova definição em que temos uma determinação da seguinte forma: o caminho do Brasil o caminho do oeste marcha para oeste Nessas relações, a marcha é ainda predicada como lugar de suporte futuro para a civilização brasileira e para a evolução econômica e humana. Desse modo, está sendo marcado, nesse acontecimento, que o oeste é um espaço povoado apenas por primitivos. Já no recorte (5), a marcha para oeste deixa de ser apresentada como nome e, passa a ser empregada como um verbo no modo imperativo: marchemos. Desse modo, podemos observar que, se ao longo do texto está sendo dito o que é a marcha para o oeste e que é preciso marchar para oeste, nesse momento é apresentada uma convocação marchemos : 5. Marchemos, pois, para o Oeste brasileiro, porque desse modo marcharemos para o progresso e a civilização. Desse modo, é importante observarmos que a expressão Marchemos [...] para o Oeste brasileiro está reescrita por substituição por marcharemos para o progresso e a 8

9 civilização. Por essas relações, marchar para o oeste é determinado por marchar para o progresso e a civilização. Essas relações apontam a seguinte determinação: marchar para o progresso e a civilização marchar para o oeste As relações apresentadas nesse acontecimento apontam para a marcha para oeste uma relação em que a marcha é determinada por caminho, povoamento, independência econômica, civilização e progresso. Podendo já ser observada uma oposição entre o oeste (primitivo) e a civilização do litoral (civilização oceânica). Diante dessas considerações, podemos apresentar o seguinte DSD, no qual o sentido da marcha para o oeste aparece num domínio de antonímia relativamente ao Oeste: o caminho do Brasil povoamento econômico a marcha para oeste o caminho do oeste civilização independência econômica progresso oeste povoado por primitivos (despovoado) 4. A construção da argumentação para é preciso marchar para oeste Analisaremos, no mesmo acontecimento enunciativo, como vai se constituindo uma orientação argumentativa em torno da marcha para oeste e de que modo essa argumentação se relaciona ao sentido da marcha apresentado na designação acima. Para a análise dessa argumentação consideraremos, no agenciamento enunciativo, como ao falar do lugar social de locutor-político se argumenta para o alocutário-povo brasileiro em relação à necessidade de marchar para oeste e, para tanto, argumenta-se para o alocutário-político em relação ao que é preciso criar/construir para dar assento às grandes formações demográficas que se constituirão no Oeste. 9

10 Nessa direção, observamos que todo esse texto aponta para a direção de uma única conclusão (r), de que é preciso marchar para oeste agora/imediatamente. A orientação das articulações argumentativas é constituída pelas afirmações apresentadas pelo Locutor e marcadas pela presença dos operadores argumentativos: porque, assim, pois, que apresentam uma explicação ou razão para uma conclusão. Esses argumentos se relacionam da seguinte forma: X é Y, porque Z; X é, assim, Z; X é Y, porque W; X, pois, Y, porque Z. E toda a argumentatividade destas articulações acaba por sustentar a conclusão da necessidade de Marcha. Nessas afirmações analisaremos os argumentos e a forma como eles se articulam nesses enunciados. Desse modo, temos o enunciado (1): 1. O caminho para Oeste é a marcha que se impõe à nossa cultura, à nossa economia e ao nosso progresso porque é aí que encontramos, de par com uma raça nacional, os elementos naturais para podermos fazer uma vida autônoma e inteiramente nossa. Podemos parafrasear esse recorte da seguinte forma: (1a) É no oeste que encontramos os elementos naturais para podermos fazer uma vida autônoma e inteiramente nossa, de par com uma raça nacional. (1b) Sem marchar para oeste não encontramos os elementos naturais para podermos fazer uma vida autônoma e inteiramente nossa, de par com uma raça nacional. (1c) Marchar para o oeste é necessário para podermos fazer uma vida autônoma e inteiramente nossa, de par com uma raça nacional. Essas relações, observadas no enunciado (1), apontam que marchar para oeste é necessário. Diante dessa afirmação é apresentado um argumento colocado pelo porque que incide sobre essa afirmação e a justifica: porque é aí [no oeste] que encontramos [...] os elementos naturais para podermos fazer uma vida autônoma e inteiramente nossa. Desse modo, ao incidir sobre o enunciado (1), o porque argumenta para é preciso marchar para oeste. Nessa relação temos um Enunciador Individual que diz da marcha para oeste e um enunciador Genérico que argumenta em relação à importância dessa marcha, à necessidade de realizá-la. Nessa mesma direção temos o enunciado (3), que diz: 3. A marcha para Oeste é, assim, a marcha significativa da nossa verdadeira independência econômica, o caminho natural em que deveremos fazer o percurso histórico que nos está destinado. Nesse enunciado temos a presença da conclusiva assim que incide sobre os enunciados anteriores (reescriturados por a Marcha para Oeste) que afirmam a necessidade de penetrar o ínvio sertão onde mora a raça primitiva e de criar uma 10

11 base territorial para a civilização brasileira. Nessa medida, o oeste é o sertão habitado por primitivos e para onde a civilização brasileira deve penetrar. Essas relações apontam a oposição entre o oeste habitado por primitivos e o litoral habitado pela civilização 1. Essa oposição é observada nas relações de sentido analisadas na designação da marcha para o oeste apresentada no DSD acima. Nessas relações, se o argumento é a marcha para oeste, este argumento significa pela designação desta expressão, conforme apresentada no DSD acima. Assim, esse argumento inclui caminho, povoamento, independência econômica, civilização e progresso. Esses enunciados trazem o argumento de que é preciso que a civilização adentre o sertão, mas que é preciso, primeiramente, criar uma base territorial para a civilização. Ainda conforme o enunciado (3), a marcha para oeste é significativa e predeterminada, ou seja, independente da vontade humana em algum momento ela ocorrerá. Nesse caso o que este acontecimento propõe é a realização imediata da marcha para oeste. Na sequência, temos o enunciado (4.1) que podemos representar da seguinte forma: X é Y porque Z. 4.1 a marcha para Oeste é o de que precisamos, porque, sem cortar a ligação natural com a civilização da orla marítima, teremos o contato da terra virgem que nos dará e firmará a personalidade patriótica e nos inspirará o sentido cívico da nossa civilização. Nesse enunciado o Locutor apresenta a marcha como necessidade, a partir do Enunciador-Individual que diz que a marcha para Oeste é o de que precisamos. Ele apresenta um argumento para a realização dessa marcha, porque teremos o contato da terra virgem que nos dará e firmará a personalidade patriótica e nos inspirará o sentido cívico da nossa civilização e um segundo argumento que é sem cortar a ligação natural com a civilização da orla marítima. Nesse enunciado (4.1), como nos anteriores, sustenta-se uma razão para a necessidade da marcha para oeste. Esta razão é introduzida pelo operador argumentativo porque que apresenta como argumento o contato da terra virgem que é acrescentado ao da civilização ; sendo a terra virgem a responsável por firmar a personalidade patriótica e inspirar o sentido cívico da nossa civilização. Nessas relações é apresentada como conclusão que é preciso marchar para oeste, pois marchar para oeste é aproximar/ligar o sertão e a civilização. Enfim, temos o enunciado (5), em que a necessidade da marcha é apresentada como razão para o imperativo marchemos. 5. Marchemos, pois, para o Oeste brasileiro, porque desse modo marcharemos para o progresso e a civilização. 1 Essa relação também aparece nas análises 1 e 2 desta tese. 11

12 Esse enunciado se inicia com um verbo em sua forma imperativa marchemos e apresenta uma conclusão introduzida pela conclusiva pois. Essa conclusiva, mais a forma imperativa, apresenta este enunciado como a conclusão da qual não se pode escapar (realizar a marcha). Além desse operador argumentativo há ainda, nesse enunciado, a explicativa porque que justifica a importância de se marchar para o oeste, a razão apresentada pela orientação argumentativa é o progresso e a civilização. Desse modo, esses operadores apontam para a conclusão de que é preciso marchar para o Oeste brasileiro. Ao mesmo tempo, mesmo que o argumento da terra virgem tenha sido apresentado, o argumento decisivo é a civilização e o progresso. 5. Algumas considerações As relações observadas nas análises acima apontam para o DSD de marcha para oeste uma relação de sentidos em que a marcha é determinada por povoamento, economia, civilização e progresso. Esses são valores sociais que somente serão desenvolvidos com a realização da marcha para oeste, que nesse caso representa uma grande evolução para o Brasil. Além disso, as relações apresentadas nesse acontecimento estabelecem uma oposição entre a civilização oceânica (do litoral) e a raça primitiva (do sertão). Nessas relações temos, enquanto sentido, o memorável da colonização do Brasil a partir do litoral. Nessa medida, temos o litoral civilizado e o oeste primitivo, habitado por selvagens. Nessa direção, o que se projeta como futuro, nesse acontecimento é que essa oposição apresentada entre essas regiões do Brasil (Sudeste e Oeste) poderá ser desfeita quando o civilizado adentrar o sertão, o que deverá ocorrer com a realização da marcha para oeste. Desse modo, a marcha é a responsável por desfazer essa oposição. As relações observadas na análise argumentativa reafirmam a importância e a necessidade da marcha para oeste que, para ocorrer, precisa de algumas realizações como a construção de uma base territorial e de um fundo territorial econômico para receber a civilização que adentrará o oeste. Nessa direção, como vimos, o locutorpolítico, do lugar de enunciador genérico apresenta vários argumentos que apontam para o sentido da necessidade do alocutário-povo brasileiro se dirigir ao oeste, penetrar o sertão levando a civilização, ampliando a economia e produzindo progresso. Esses argumentos apontam também a oposição entre o civilizado e o primitivo e a necessidade do civilizado adentrar o sertão. Nessa medida, podemos observar que a orientação argumentativa apresenta como conclusão que todos os civilizados precisam marchar para oeste imediatamente. Referências Bibliográficas BENVENISTE, Émile. Problemas de Linguística Geral I: tradução de Maria da Glória Novak e Maria Luísa Néri: revisão do prof. Isaac Nicolau Salum 5ª edição Campinas, SP. Pontes Editores, BÔAS, Orlando Villas e Bôas, Cláudio Villas. A marcha para o Oeste. 4 ed. São Paulo, SP: Globo,

13 DUCROT, Oswald. As escalas argumentativas. In: DUCROT, O. Provar e dizer: leis lógicas e leis argumentativas. São Paulo: Global Editores, pp.. In O dizer e o dito. Trad. Eduardo Guimarães. Campinas, SP, Pontes, pp. GUIMARÃES, Eduardo. Semântica do Acontecimento: um estudo enunciativo da designação. Campinas, SP: Pontes, Análise de texto: procedimentos, análises, ensino. Campinas, SP: RG, Bairro: a especificidade de um nome abstrato. (in) MORELLO, Rosângela (org.) Giros na Cidades: saber urbano e linguagem. Campinas, SP: LABEURB/NUDECRI - UNICAMP, 2004a.. A Enumeração: Funcionamento Enunciativo e Sentido. In. GUIMARÃES, Eduardo e ZOPPI-FONTANA, Mónica G. (orgs.). Caderno de Estudos Linguísticos. Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Estudos da Linguagem Campinas, SP, nº. 1 (ago ) Publicação Semestral Domínio Semântico de Determinação (in.) GUIMARÃES, Eduardo e MOLLICA, Maria Cecília (orgs.). A palavra forma e sentido. Campinas, SP: Pontes Editores, RG Editores,

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