Alencar, os Circuitos de Produção, Difusão Literária e Sociabilidades Românticas Na Corte Imperial

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1 Alencar, os Circuitos de Produção, Difusão Literária e Sociabilidades Românticas Na Corte Imperial Valdeci Rezende Borges1 Esta Comunicação resulta do trabalho de pesquisa de doutorado realizado na PUC/SP e tem como objetivo abordar alguns aspectos das condições de produção e difusão da literatura romântica na cidade do Rio de Janeiro de meados do século XIX partindo da figura de José de Alencar. Aborda-se sua presença nos veículos da imprensa periódica, na rede dos impressores-editores-livreiros e nos espaços de sociabilidade intelectual da Corte. Os romances de Alencar receberam durante sua vida variadas edições, as quais se constituíram em pontes que possibilitaram realizar a interação entre o autor e o leitor, entre os mundos do texto e daquele que o lia. A partir de meados do ano de 1870, eles passaram a ser editados pela Casa Garnier, quando seu proprietário, o mais ilustre livreiro e editor da cidade, ofereceu ao escritor um contrato. Porém, mesmo antes desse acordo, o editor já vinha publicando alguns livros do autor como a 2ª e 3ª edição de Lucíola; a conclusão de As Minas de Prata, e Diva. Conforme Alencar, ao cabo de vinte e dois anos de gleba na imprensa, encontrara afinal um editor, que, espontaneamente, lhe ofereceu um contrato vantajoso em meados de Para ele, O Magnus Apollo da poesia moderna, o deus da inspiração e pai das musas deste século, é essa entidade que se chama editor, e o seu Parnaso uma livraria. Assim adquiria novas condições de produção e difusão de seus escritos possibilitadas pela figura do editor, como personagem do campo das letras no mundo moderno. O contrato significava a consolidação da carreira de escritor e sua consagração, pois a casa Garnier enobrecia os autores que publicava e, da exposição dos volumes nas vitrines de sua livraria, estes ganhavam o mundo; chegavam ao leitor.2 Alencar considerou vantajoso o contrato, pois, no momento de concepção de um romance e na sua feitura, não lhe turvava a mente a lembrança do tropeço material, que podia matar o livro, ou fazer dele uma larva. Clareando esse pensamento, observava que as tipografias, em geral, não tinham bons revisores, e o 1 Professor do Curso de História da Universidade Federal de Goiás, Campus de Catalão; Membro do NIESC- Núcleo Interdisciplinar de Estudos Culturais; Doutorando pela PUC/SP. 2 ALENCAR, José de. Como e Porque Sou Romancista. In:. Ficção Completa e Outros Escritos. Rio de Janeiro, Companhia Aguilar, v. 1. p ANPUH/SP- UNICAMP. Campinas, 6 a 10 de setembro de Cd-rom.

2 2 autor era o mais impróprio para esse árduo mister, uma vez que inteiramente preocupado da idéia ou do estilo, pouca atenção lhe sobrava para dar à parte ortográfica do livro. Ressaltava que muitas vezes o pensamento, profundamente gravado na memória, não deixava perceber no papel as infidelidades de sua reprodução, afora as questões relativas à falta de uniformização da escrita, a incerteza que reinava sobre a ortografia da língua portuguesa, que ainda mais concorriam para a incorreção dos livros.3 Desse modo, ao ter uma casa que editava seus livros, possuidora, inclusive, de revisores, assim como de uma das livrarias mais ilustres da Corte, Alencar passava a usufruir de uma infra-estrutura da qual até então ressentia, por sua ausência, no processo de produção editorial e distribuição de seus romances. Assim, além da facilidade referente aos trabalhos na cozinha de uma tipografia, em que se preparavam a publicação dos originais, deve-se destacar outra, que diz respeito à venda do livro na livraria, porta da publicidade e o caminho da reputação, pois, em tempo anterior, funcionava um esquema de comercialização direta dos volumes e de venda na própria tipografia. Portanto, Garnier, ao publicar Alencar, contribuía para conservar seus textos em forma de impresso, o que lhe dava publicidade e reputação, fazendo-os chegar ao público leitor, que podia achá-los expostos nas vitrines de sua livraria, na mais sofisticada rua da Corte, a do Ouvidor. No que se refere à tiragem dessas impressões produzidas pela Garnier, pode-se supor que eram de exemplares, pois esse número parece ter sido norma no momento. Alencar indicou que isso ocorreu com a 1ª edição de O Guarani e de Lucíola, sendo que o último, publicado por sua conta, esgotou-se em um ano. Já as 2ª e 3ª edições foram vendidas a Garnier, que, possivelmente, manteve a tiragem.4 No entanto, não era apenas por meio de um editor que um escritor conseguia publicar suas obras e chegar ao público leitor. Alencar também registrou suas impressões sobre o processo de publicação de seus escritos nos vários anos que antecederam seu contrato com Garnier, como o recurso do folhetim e das edições custeadas pelo próprio autor. Em fins de 1856, como redator-chefe do Diário do Rio de Janeiro, vendo findar o ano, houve idéia de oferecer aos assinantes da folha um mimo de festa ; publicou seu primeiro romance, Cinco Minutos, que fora escrito em meia dúzia de folhetins que iam saindo na folha dia por dia, e que foram depois tirados em avulso sem nome do autor. Alencar, indicava que o folhetim funcionava como um 3 Ibid., p. 120.; Id., Pós-Escrito [à 2.a edição de Iracema], 1965, v. II, p ALENCAR, Como e Porque Sou Romancista, 1965, p

3 3 chamariz de público para ampliar as tiragens dos periódicos e que a propaganda tinha papel relevante na venda de romances e novelas.5 De acordo com o autor, logo após a esse primeiro ensaio, veio A Viuvinha, do qual tinha toda a primeira parte escrita e que foi saindo também em folhetim, até ser interrompido devido a um descuido seu, ao permitir que seu irmão publicasse noutro veículo, a revista semanal Livro do Domingo, um fragmento já escrito, que era a continuação do romance. Só três anos depois, 1860, quando quis publicar uma segunda edição de Cinco Minutos, escreveu o final d A Viuvinha que faz parte do mesmo volume desde então e já em 1874, estava na sua 4ª edição, realizada pela Garnier e impressa em Paris.6 Conforme Alencar, o desgosto de ter truncado o segundo romance levou seu pensamento para um terceiro, porém este já de maior fôlego. Foi O Guarani, que escrevera dia por dia para o folhetim do Diário, sendo produzido no meio das labutações do jornalismo, oberado não somente com a redação de uma folha diária, mas com a administração da empresa. Após concluída a publicação em folhetim, que obteve grande sucesso junto ao público leitor, recebeu uma edição avulsa, por conta do autor, a qual foi comprada pela livraria do Brandão, por um conto e quatrocentos mil-réis. A tiragem foi de mil exemplares, mas trezentos ficaram para serem vendidos à formiga na tipografia e saía o exemplar a 2$000. Já dois anos depois, comprava-se o exemplar a 5$000 e mais, nos belchiores que o tinham a cavalo do cordel, em baixo dos arcos do Paço, donde os tirou o Xavier Pinto para a sua livraria da Rua dos Ciganos. Para o autor foi a recepção, com sua indiferença pública e o pretensioso desdém da roda literária que o tinha deixado cair nas pocilgas dos alfarrabistas, sem qualquer elogio, crítica ou simples notícia do romance na imprensa. Mas já em 1873, andava a obra na sexta edição.7 Buscando, de outra forma, o reconhecimento esperado, mas negado pela imprensa, o escritor, voltou sua atenção para a produção teatral, embora frente as decepções colhidas devido sua perspectiva realista aí implementada, em 1862, tenha retornado ao romance, escrevendo Lucíola. Sobre isto declarou: Outros romances é de crer que sucedessem a O Guarani no folhetim do Diário, se meu gosto não se voltasse então para o teatro. Mas quando Lucíola veio à luz, foi sob o pseudônimo de G. M, iniciais de uma senhora e editado por sua conta e com o maior sigilo, pois já inserido no mundo da política que desqualificava aquele da literatura. Ponderou que 5 Ibid., p Ibid., p. 116.; BRAGANÇA, Aníbal. Uma Introdução à história Editorial Brasileira. Cultura. Lisboa, n.14, p ALENCAR, Como e Porque Sou Romancista, 1965, p.116, 118.

4 4 talvez não se animasse a esse cometimento, se a venda da segunda e terceira edição ao Sr. Garnier, não alentasse sua confiança, provendo-lhe de recursos para os gastos da impressão. Esse livreiro-editor, comprando as edições aos autores, fornecia-lhes os capitais necessários para a impressão, ainda que esse não fosse um procedimento geral. Para seu lançamento, seguiu a etiqueta [...] em voga, dos anúncios e remessas de exemplares à redação dos jornais, que o recebeu com indiferença. No entanto, ainda assim, Apesar do desdém da crítica de barrete; Lucíola conquistou seu público, e não somente fez caminho como ganhou popularidade. Em um ano esgotou-se a primeira edição de mil exemplares, e Garnier comprou-lhe a 2ª, propondo ainda tomar em iguais condições outro perfil de mulher, que então gizava. Em 1872, o romance recebia sua 3ª edição, revista e impressa em Paris.8 Ainda em 1862, Alencar iniciou a escrita e publicou alguns capítulos do primeiro volume, num tomo desgarrado, da obra As Minas de Prata, fazendo parte da coleção Biblioteca Brasileira, criada por Quintino Bocaiúva. Esse procedimento induziu o Sr. Garnier a editar a conclusão ou a obra completa, entre , em 6 tomos. O exemplar era vendido, em brochura, a 12$000 e, em 1877, recebia sua 2ª edição, em 3 volumes, também impressa em Paris. Em 1863, escreveu Diva, que saiu a lume no ano seguinte, editada pelo Sr. Garnier, com o pseudônimo de G. M., e do qual a 2ª edição foi de Nesta foi acrescido um pós-escrito discutindo questões de ordem literária e lingüística levantadas pela crítica em relação a Lucíola. Diva, de acordo com o escritor, foi dos seus romances _ e já andava no quinto, não contando o volume d As Minas de Prata _ o primeiro que recebeu hospedagem da imprensa diária, mas com cumprimentos banais da cortesia jornalística. Em três meses, entre 1864 e 65, Alencar ocupou-se da composição dos cinco últimos volumes d As Minas de Prata, cuja demorada impressão estorvou-o em um ano em conseqüência da do atraso da nossa arte tipográfica. 9 Já ao referir-se à publicação de Iracema, em 1865, escreveu que foi obrigado a editá-lo por sua conta e que não andou mal inspirado, pois antes de dois anos a edição extinguiu-se. A 2ª edição, revista pelo autor, foi de 1870, saindo pela Garnier e recebeu também, de acréscimo, um pós-escrito no qual discutia ainda questões literárias e lingüísticas, refutando as críticas de Pinheiro Chagas publicadas na imprensa de Lisboa. De acordo com o escritor, de todos os seus trabalhos deste gênero, esse foi o mais bem recebido pela confraria literária, a imprensa e a crítica. Em 1868, Alencar fora arrebatado pela alta política ocupando o cargo de Ministro da 8 Ibid., p. 119.; HALLEWELL, L. O Livro no Brasil( sua História). São Paulo: EDUSP, p. 125.; BRAGANÇA, 2002, p ALENCAR, Como e Porque Sou Romancista, 1965, p

5 5 Justiça e só restituído às letras em 1870, ano em que achou afinal um editor. Pela casa Ganier publicou seus novos trabalhos como A Pata da Gazela(1870), O Gaúcho(1870), O Tronco do Ipê(1871), Til(1872), Sonhos D ouro(1872), Alfarrábios(1873), Guerra dos Mascates( ), Ubirajara(1874), Senhora(1875) e O Sertanejo(1875). A maioria deles assinados com o pseudônimo de Sênio, que indica sua velhice literária, com exceção de Til, Alfarrábios, Ubirajara e O Sertanejo, em que aparece J. de Alencar, e Senhora, assinado novamente por G. M. Em 1870, quando editado, o exemplar de A Pata da Gazela era vendido a 2$000 e, dois anos após, Til, em quatro tomos, custava 4$000 em brochura e 6$000 encadernado.10 Portanto, nas décadas de 1860 e 1870, pode-se observar, pela experiência de Alencar, a existência de alguns espaços e instituições, que compunham uma rede da cultura escrita, por meio da qual o texto podia tornar-se impresso, chegar ao leitor e ser lido, na qual teve destaque o folhetim, à edição custeada pelo autor, a figura do editor, a livraria e os alfarrabistas. Assim Alencar, em seus escritos autobiográficos, remeteu-se à arena da imprensa periódica e a indicou como espaço permeado pela literatura. Mesmo não intentando escrever sua história no periodismo, o que pensava em fazer noutra ocasião, apontou alguns aspectos de sua passagem na imprensa, chamando atenção sobre ela e suas ligações com o campo literário e político. Observou que datava de 1846 e 1847 uma das páginas mais agitadas da sua adolescência, em que tiveram lugar as primeiras raízes de jornalista, inclusive, fundando com os primeiranistas da Faculdade de Direito, em São Paulo, uma revista semanal sob o título _ Ensaios Literários, na qual publicou seus primeiros trabalhos desse gênero, como O Estilo na Literatura Brasileira, de No entanto foi na década seguinte que ocorreu o início de sua carreira de escritor no periodismo da Corte, ao estrear, em 1853, como colaborador do Correio Mercantil e entrar, em 1854, para sua redação escrevendo os folhetins semanais Ao Correr da Pena. Em 1855, passou a assumir a administração e chefia de redação do Diário do Rio, no qual publicou também suas crônicas sob o mesmo título e, em 1856, iniciou na esfera da crítica, ao demolir a obra de Gonçalves de Magalhães, A Confederação dos Tamoios, inaugurando a primeira polêmica literária do século ao atacar a ausência de cor local e a forma do poema. Poucos meses depois de terminado o acalorado debate, o crítico estreou como romancista, com Cinco Minutos, nos folhetins do Diário. O romancista referiu-se ainda à revista semanal Livro do Domingo, da qual seu irmão Leonel de Alencar era encarregado e em que publicou, de 10 Ibid., p. 120.; NOTA da Editora. In: ALENCAR, J. de. O Guarani. Rio de Janeiro: José Olympio, 1951.p ALENCAR, Como e Porque Sou Romancista, 1965, p. 112.

6 6 modo equívoco, uma parte de A Viuvinha. Mas, além desses órgãos da imprensa, outros, mais tarde, levaram o texto de Alencar ao leitor, por meio de seus folhetins, como o Diário Popular e a Folha Nova, em que saiu Encarnação, em 1877, e o jornal A República, pelo qual publicou Til, em Mas existiram aqueles veículos que ele criou: O Dezesseis de Julho, em 1869 e O Protesto: Jornal de Três, em1876. Já nos folhetins de O Globo, travou a polêmica com Joaquim Nabuco, em Portanto, a imprensa teve papel relevante na sua vida de escritor e político, contribuindo para atingir seu público.12 Foram várias as tipografias às quais recorreu para imprimir seus escritos, fosse seus jornais, cartas ou livros, tanto antes de possuir um editor, quando tinha ele mesmo que contratar o impressor, quanto depois de firmar contrato com o livreiroeditor Garnier, quando ainda revia as provas. Portanto, a figura do impressor nem sempre eqüivalia à do editor, assim como aquela do livreiro e a do editor. Garnier era um livreiro-editor não um simples tipógrafo, embora oferecesse aos autores serviços gráficos e editoriais mandando imprimir as obras em estabelecimentos franceses com o selo de sua casa, chegando, por cálculo, a publicar 665 obras de escritores brasileiros. Dentre as casas impressoras da Corte a que Alencar recorreu, podem-se citar algumas como: a Empresa Tipográfica do Diário a qual imprimiu obras como O Guarani e A Noite de São João(teatro) ; a Tipografia Viana & Filhos, que compôs Iracema; a Tipografia de Melo, onde imprimiu as Cartas ao Imperador; a Tipografia de Pinheiro & Companhia, que realizou a impressão de várias cartas políticas e discursos como Voto de Graças; a Tipografia de Santos Cardoso & Irmão, que fez a composição de O Gaúcho; a Tipografia e Litografia Imparcial de Felix Ferreira & Companhia, que imprimiu O Tronco do Ipê; a Tipografia da República, que fez a impressão de Til; a Tipografia Franco-Americana, que compôs O Garatuja; a Tipografia Perseverança que estampou Guerra dos Mascates. Já impressas em Paris pela Garnier, o que era visto como sinal de prestígio, foram: O Demônio Familiar( teatro), em 1864; A Viuvinha e Cinco Minutos, em 1874 ou 1875, e As Minas de Prata, A presença e o aumento do número tipografias e livrarias apontam para a difusão das práticas da leitura, pois eram eles elos dos circuitos de comunicação das obras, uma vez que esses segmentos, eram encarregados da produção e distribuição do textos impressos, fossem como livros, jornais e revistas, que eram lidos na Corte. No ano de 1849 existiam na cidade 14 livreiros, 17, em 1859, 16, em 1864, 18, em 1872 e 21, em Durante a década de 1870, as principais livrarias anunciadas no 12 Ibid., p MENEZES, Raimundo de. José de Alencar: literato e político. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, p. 118, 161, 218, 222, 279, 280, 296, 315, 318.; BRAGANÇA, 2002, p. 61, 71-2.

7 7 Jornal do Comércio eram: a Garnier, a Enciclopédica, a Laemmert, a Cruz Coutinho, a Casa de uma Porta Só, a Luso-Brasileira, a Dupont e Mendonça, a Clássica, a Econômica e a Correia de Melo. Já os tipógrafos eram 22, em 1849, 28, em 1859, 35, em 1864, 41, em 1872 e 50, em O crescimento dessas atividades indicam a ampliação das publicações e do público consumidor desses bens. 14 Além do universo do periodismo, das casas tipográficas, da produção e venda de livros novos, Alencar remeteu-se àqueles dos sebos, como os que existiam debaixo do passadiço do largo do Paço, que vendiam volumes baratos voltados para leitores mais populares. Nesses belchiores foi que, em 1859, O Guarani era vendido a 5$000 o exemplar. Eles vendiam em geral obras já usadas, livros em segunda mão, e portanto baratíssimos, como Albino Jordão.15 Mas, o acesso aos livros podia ainda se dar por meio de bibliotecas e outras instituições como as sociedades de leitura e clubes do livro. Os gabinetes de leituras eram uma boa via de acesso, como informa Alencar, que, em 1848, quando regressou de Olinda à Corte, de férias, dedicou-se à literatura amena de obras obtidas em um gabinete. Com suas bem parcas sobras tomara assinatura em um gabinete que então havia à Rua da Alfândega, e que possuía copiosa coleção das melhores novelas e romances até então saídos dos prelos franceses e belgas. Por essa época, devorou os romances marítimos de Walter Scott, Cooper, Capitão Marryat, e a quantos se tinham escrito desse gênero, além do que lhe faltava de Alexandre Dumas e Balzac, o que encontrou de Arlincourt, Frederico Soulié, Eugenio Sue e outros.16 Por outro lado, retornando ao universos dos livreiros, é oportuno apontar que, afora de pontos de venda de livros, suas casas eram verdadeiros espaços de encontro da intelectualidade, onde desenvolvia vasta sociabilidade mediada pela conversação. As livrarias constituíram-se em pólos de atração para o círculo de leitores, que, tendo familiaridade com o livro, buscavam não só leituras, mas todo tipo de novidade, fazendo delas clubes e espaços de convívio. Isso ocorria com a livraria de Mongie, na rua do Ouvidor, por entre 1832 a 1853, que era preciosa fonte de civilização, sendo freqüentada pelos homens de letras, e pelos cultivadores das ciências, que achavam nela os melhores livros de publicação recente, e o gozo da conversação 14 SCHAPOCHNIK, N. Contextos de Leitura no Rio de Janeiro do século XIX: salões, Gabinetes literários e Bibliotecas. In: BRESCIANI, Stella (org.) Imagens da Cidade séculos XIX e XX. São Paulo: Marco Zero, p. 149.; FERREIRA, T. M. T. B. da Cruz. Palácios de destinos Cruzados: bibliotecas, homens e livro no Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, p ALENCAR, Como e Porque Sou Romancista,1965, p ; MACEDO, Joaquim Manuel de. Memórias da Rua do Ouvidor. São Paulo: Saraiva, p. 141, 178, ALENCAR, Como e Porque Sou Romancista, 1965, p

8 8 ilustrada e espirituosa com o livreiro. Nessa rua, existiu grande concentração de estabelecimentos voltados para a difusão da cultura letrada, escrita e impressa, que se constituíram em locais de mercado e sociabilidade do círculo de leitores, que, mesmo restrito, era bastante ativo. Nela, embora nem sempre coexistissem no mesmo período temporal, houvera várias livrarias, desde a do precursor João Albino, que antecedeu a Livraria Universal dos irmãos Laemmert, como a de Villeneuve, a de Garnier, a de Cremière, a de Firmim Didot e a de Luis Mongie, dentre outras. Além delas, existiam diversas instituições voltadas para a produção e difusão cultural, como a Tipografia Plancher e os importantes Jornal do Comércio e Diário do Rio de Janeiro, além de diversos gabinetes de leitura, como o de Mongie, o de Dujardim, o de Mme Edet e o de Mad Breton, que anunciavam nos jornais e em catálogos as novidades trazidas pelos últimos paquetes vindos da Europa.17 Mas, além da loja de livros de Mongie, que foi a mais considerável do seu tempo, e ponto de reunião de sábios e literatos, que ali tinham por segura palestra animada, interessante e espirituosa, na qual o dono do estabelecimento era excelente e estimado companheiro, essa prática de transformar uma livraria favorita dos intelectuais num clube literário informal também ocorreu com a Sociedade Petalógica, fundada pelo livreiro e editor Paula Brito, assim como com a Garnier. Nesta última, ocorreram conversações tranqüilas entre Alencar e Machado de Assis, que estabeleciam relações literárias, tratando dos negócios de arte e poesia, de estilo e imaginação. Na Petalógica, certamente, Alencar também por lá passava, sobretudo antes de criticar A Confederação dos Tamoios, de Magalhães, que foi impressa por Paula Brito.18 Muitas outras foram as sociedade literárias existentes na Corte, a maioria de pessoas que gostava de recitar poemas e conversar sobre literatura. Dentre elas, existiam A Sociedade Literária do Rio de Janeiro, criada em 1833; o Ginásio Científico-Literário Brasileiro, em 1848; a Sociedade Ensaios Literários, de 1859; a Sociedade Phil Euterpe; o Grêmio Literário Português, de 1855; o Retiro Literário Português, de Essas associações organizavam saraus litero-musicais, animados por piano, canto, recitação e, a partir do começo da década de 1860, pela presença de algumas mulheres. As sociabilidades e lazeres masculinos e femininos, desenvolvidos ao redor da presença do livro e da cultura escrita, ocorriam, em geral, em locais 17 MACEDO, 1963, p , 132, 140-1, 177.; FERREIRA, T., 1999, p. 97, 77-8.; SCHAPOCHNIK, 1994, p MACEDO, 1963, p.178.; MACHADO DE ASSIS, J. M. A Semana. Obras Completas. Rio de Janeiro: W. Jacskon, v. 1, p ; Id., Crônicas, 1955, v. 2, p

9 9 diferentes, sendo as livrarias, sedes de jornais, bibliotecas públicas e sociedades literárias marcadas pela freqüência predominante dos homens.19 O alargamento do círculo de leitores, que todo esse movimento pressupõe e aponta, certamente, deve ser superior aos números identificados por vários pesquisadores, visto que muitos não freqüentavam bibliotecas, nem livrarias, nem gabinetes de leitura, mas possuíam acesso a livros por meio das mais diversas formas, como as leituras coletivas, em voz alta, empréstimos, folhetins, livros populares que não formavam coleções, literatura de algibeira. Variadas fontes indicam que apenas uma parcela pequena e privilegiada formava bibliotecas e as preservava. No entanto, os livros ocupavam cada vez mais espaços importantes na sociabilidade urbana, tanto em ambientes públicos quanto privados, como pode ser observado nas representações da figura do leitor nos vários romances urbanos de Alencar, como, dentre outros, em Lucíola. 20 Desta forma, o público de Alencar na Corte tomava o hábito da leitura e entrava em interação com o imaginário romântico, acessando novas idéias e experimentando sensações novas, as quais poderiam mudar suas vidas e a sociedade. Ao passo que configurava um mercado editorial e os circuitos do texto impresso, as figuras do editor, do escritor, do jornalista, do crítico, do leitor e do consumidor de textos, também se constituíam. Nesse contexto, de uma cultura escrita, de sociabilidades diversas ao redor do mundo do texto, as representações românticas alencarianas davam-se a ler e figuravam as apropriações feitas pelos leitores, como personagens, a partir da prática leitura em variados contextos, como faziam Aurélia e Seixas, em Senhora. 19 MACHADO, Ubiratan. A vida literária no Brasil durante o romantismo. Rio de Janeiro: EdUERJ, p ; MACHADO DE ASSIS, Crônicas, 1955, v. 1, p. 325.; Id., Crônicas, 1955, v.2, p. 141.; FERREIRA, T., 1999, p Ibid., p ; ALENCAR, Lucíola, v. 1, p. 229, 254.

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