SEMINÁRIO DE ABERTURA DO PROJETO ADaPT AC:T. Método para integração da adaptação às alterações Climáticas no Sector do Turismo
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1 SEMINÁRIO DE ABERTURA DO PROJETO ADaPT AC:T Método para integração da adaptação às alterações Climáticas no Sector do Turismo ENAAC Energia projeções e adaptação às alterações climáticas LNEC Lisboa, 4 de junho de 2015 Carla Martins Paula Gomes
2 ÍNDICE Visão da política energética Portuguesa Sistema energético Português Segurança de abastecimento e vulnerabilidades A estratégia de adaptação para o setor energético
3 VISÃO PARA O SETOR ENERGÉTICO Promoção integrada da eficiência energética e da utilização de fontes de energias renováveis; Redução do grau de dependência externa; Aposta no reforço e desenvolvimento das interligações regionais europeias.
4 A atual política energética pretende reforçar a competitividade no setor atuando nos três pilares da sustentabilidade Principais objetivos a atingir: Metas europeias para 2020; Objetivos de eficiência energética; Reduzir a dependência energética reforçando a segurança de abastecimento; Sustentabilidade dos preços; Mercados energéticos liberalizados, competitivos e sustentáveis. Competitividade económica Energia ambientalmente sustentável Segurança de abastecimento
5 Energia ambientalmente sustentável - Alterações climáticas
6 Fonte - APA Protocolo de Quioto
7 Evolução das Emissões de GEE em Portugal (Mton CO2e)
8 Metas UE 2020 e metas Portugal 2020 Metas UE 20% Redução do consumo de energia primária 20% FER no consumo de energia final 20% Redução dos gases de efeito estufa Metas Portugal 20% Redução do consumo de energia primária (2) 31% FER no consumo final bruto de energia (1) 10% FER nos transportes (1) Metas adicionais 25% Redução do consumo de energia primária (3) 30% Redução do consumo de energia do setor Estado (3) 2020
9 Metas UE 2030 Metas UE 27% de redução no consumo de energia (indicativo) Metas Portugal Metas adicionais 27% RES no consumo de energia final % de redução de GEE (base 1990) 15% de interconexões
10 Competitividade económica sistema energético português principais indicadores
11 MW Potência instalada nas centrais produtoras de energia eléctrica 25,000 20,000 15,000 10,000 Total Não Renovável Renovável 5, Anos Fonte: DGEG
12 Potência instalada nas centrais produtoras de energia eléctrica por fonte ano % 5.8% 0.6% 0.3% Hídricas Eólicas Fotovoltaicas Biomassa Biogás 42% 49% 17% 60% 23% Carvão Gás natural Petróleo Geotermia Renovável % Não Renovável % Fonte: DGEG
13 Evolução do sistema electroprodutor até trajetória base Fonte relatório de monitorização da segurança de abastecimento do SEM
14 Evolução da potência instalada das renováveis em Portugal
15 Evolução previsional da potência instalada em renováveis Fonte relatório de monitorização da segurança de abastecimento do SEM
16 Evolução dos consumos de energia primária e final em Kteps
17 Evolução do Consumo Total de Energia Primária por fonte (tep) Fonte: DGEG
18 Evolução do Consumo Total de Energia Final por fonte (tep) Consumo Total de Energia Final por setor (tep) Fonte: DGEG
19 Evolução da Dependência Energética em Portugal Fonte: DGEG Uma quebra de cerca de 9% do Saldo Importador face a 2012, em conjugação com uma elevada produção Hídrica (IPH 2013 = 1,17) e Eólica (IPE 2013 = 1,18), contribuíram para a redução da Dependência Energética.
20 Em 2013 registou-se uma intensidade energética, em energia primária, de 129,2 tep/m, +2,4% face a 2012 mas -17,0% face a 2005 Evolução da Intensidade Energética da economia (tep/m ) P Fonte: DGEG, INE
21 Segurança de Abastecimento
22 Estrutura das importações
23 Investimentos significativos para o período permitirão a melhoria da segurança de abastecimento e a qualidade do serviço do sistema de Gás Natural 7 terminais GNLna Peninsula Ibérica num total de 12 existentes na Europa. Entrada para a Europa Underground Storage LNG Terminal 7,9 bcm LNG Terminal 3,6 bcm 4,4 bcm 3rd interconnection PT-SP PT 1,1 bcm Interconnection PT-SP LNG Terminal 11,8 bcm LNG Terminal Underground Storage Underground Storage LNG Terminal 7,0 bcm Underground Storage SP 1,9 bmc Interconnection SP- FR Underground Storage 5,1 bcm Interconnection SP-FR LNG Terminal 11,8 bcm FR LNG Terminal 8,8 bcm 7,2 bcm Interconnection SP- FR LNG Terminal 17,1 bcm LEGEND: Interligações existentes Novas Interligações / reforços projetados Infraestruturas existentes Infraestruturas projetadas
24 Portugal tem 2 refinarias (Sines and Matosinhos) com a capacidade de refinação combinada 330 mil barris de crude por dia, equivalente a 20% da capacidade de refinação da Peninsula Ibérica. A refinaria de Sines é a principal refinaria do país e corresponde a 70 % da capacidade de refinação em Portugal. Iniciou suas atividades em 1979 e atualmente tem uma capacidade de destilação de aproximadamente barris/dia. A sua localização costeira, numa localização estratégica, com infraestrutura portuária que faz esta infraestrutura um dos mais relevantes na Península Ibérica; A refinaria de Matosinhos iniciou atividade em 1969 e atualmente tem a capacidade de destilação de aproximadamente barris/dia; O pipeline existente tem 147 km de comprimento; Portugal tem a capacidade de armazenamento 6,6 mcm (31% crude, 23% gasóleo and gasolina 7%).
25 Quanto a setor elétrico, o reforço das interligações internacionais permitirá que Portugal aceda ao mercado europeu de electricidade, contribuindo para uma maior segurança de abastecimento, e fornecendo electricidade FER mais barata à UE. FR PT X.XXX MW MW SP (MW) 2,800 1,800 PT->ES 3,000 ES->PT 3,200 3,200 LEGEND: Novas Interligações / reforços projetados Interligações existentes
26 ENAAC (Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas) Sector Energia Relatório para uma Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas
27 Cadeia de valor do setor energético Infraestruturas fixas - produção, transformação e armazenamento de energia (petróleo e gás natural), terminais portuários Infraestruturas lineares linhas de transporte e produção de eletricidade, infraestruturas de transporte de combustíveis Fonte U.S. GAO Government Accountability Office
28 Estrutura do estudo 1. Âmbito 2. Metodologia 3. Vulnerabilidades do Setor Energético às Alterações Climáticas 4. Barreiras à Adaptação 5. Identificação de Medidas de Adaptação 6. Conclusões e Recomendações
29 Âmbito O Relatório que teve por objetivo prioritário identificar as medidas e as Ações de Adaptação, centrando-se na minimização e prevenção para as vulnerabilidades identificadas nas principais infraestruturas do setor energético, que foram agrupadas em lineares e fixas em cada setor de atividade.
30 Metodologia Caracterização das áreas de risco e vulnerabilidade das infraestruturas do setor energético Identificação dos impactes de curto, médio e longo prazo das infraestruturas Ações e medidas de adaptação para os riscos das infraestruturas Sinergias entre os trabalhos desenvolvidos Recomendações das medidas de adaptação e implementação
31 VULNERABILIDADES DO SETOR ENERGÉTICO ÀS ALTERAÇOES CLIMÁTICAS Variáveis climáticas críticas associadas às vulnerabilidades principais identificadas nas infraestruturas lineares 1/2 Variáveis climáticas críticas Vulnerabilidades Impactes Infraestruturas lineares: transporte e distribuição de eletricidade Temperatura Aumento de temperatura, com aumento da frequência de incêndios florestais Aumento de eventos de precipitação intensa que originem inundações imprevisíveis e deslizamento de terras Redução da precipitação Efeitos diretos nas linhas aéreas, aumento da flecha dos condutores, avarias de equipamentos sensíveis em subestações, entre outros, podendo as linhas sair de serviço Aumento das perdas e a redução da capacidade de transporte. Falta de sustentação dos apoios, podendo ocorrer em situações extremas a queda de linhas aéreas e, em alguns casos, suscitar a sua saída de serviço A alteração do padrão de precipitação traduz-se também por períodos secos mais longos capazes de originar deposição de poeiras e resíduos capazes de facilitar contornamentos. Precipitação Aumento de frequência e intensidade de nevões fortes, podendo causar queda de árvores, bem como esforços anormais nas linhas Pode causar queda de árvores fora ou dentro da faixa de proteção e consequentes danos nas linhas, obstrução de acessos que atrasam as tarefas de reparação, podendo ocorrer a saída de serviço das linhas Associados à neve (em especial neve acumulada), as geadas fortes e as baixas temperaturas podem causar esforços anormais face às condições de cálculo do projeto das linhas aéreas, postes e postos de transformação aéreos, bem como danos nestas estruturas, podendo também colocar as linhas fora de serviço Vento Aumento de frequência e intensidade de ventos ciclónicos, podendo originar danos diversos nas linhas, torres, antenas de rádio e suportes de comunicação para Sistemas de Comando e Controlo da rede elétrica Ventos de intensidade excecional (muito superiores a 125 km/h), podem originar danos diretos nas linhas aéreas e noutras infraestruturas Ventos de intensidade excecional (superiores a 125 km/h), podendo originar queda de árvores sobre os condutores, podendo ocasionar saídas de serviço prolongadas (afeta fundamentalmente as redes de distribuição).
32 VULNERABILIDADES DO SETOR ENERGÉTICO ÀS ALTERAÇOES CLIMÁTICAS Variáveis climáticas críticas associadas às vulnerabilidades principais identificadas nas infraestruturas lineares Variáveis climáticas críticas Vulnerabilidades Impactes Infraestruturas lineares: transporte de combustíveis Precipitação Aumento da frequência e severidade dos períodos de seca, podendo causar a contração do solo a longo prazo Aumento da frequência de eventos de precipitação intensa que originem deslizamento de terras/derrocadas do meio de suporte Aumento da frequência de eventos de precipitação intensa 2/2 A ocorrência de secas e a consequente contração do solo pode provocar danos estruturais em gasodutos/oleodutos, podendo pôr em causa a integridade física dos mesmos, assim como o transporte de produtos petrolíferos e gás natural O deslizamento de terras pode causar danos estruturais em gasodutos/oleodutos. Para além da ameaça da integridade física da infraestrutura, este tipo de evento pode também dificultar o acesso e/ou atuação em caso de emergência Danificação de vias de comunicação que impeçam o transporte de combustíveis e que possam impedir o funcionamento de centrais termoelétricas, com vulnerabilidade maior para as centrais a biomassa e para centrais a carvão Rotura da tubagem, falha no abastecimento Queda intensa de neve ( nevão ) Em fase de construção poderá provocar atraso das obras/entrada em exploração. Pode causar limitação do acesso; falta de manutenção/reparação e cessação doabastecimento Vento Ventos fortes Em fase de construção poderá provocar atraso das obras/entrada em exploração. Pode causar queda de objetos/equipamentos/estruturas; acidentes com trabalhadores; danos na tubagem, falhas de abastecimento
33 VULNERABILIDADES DO SETOR ENERGÉTICO ÀS ALTERAÇOES CLIMÁTICAS Variáveis climáticas críticas associadas às vulnerabilidades principais identificadas nas infraestruturas de produção de eletricidade infraestruturas fixas Tecnologia Pequenas centrais de produção de eletricidade Centrais de produção de eletricidade Centrais hidroelétricas Variáveis climáticas críticas Precipitação Precipitação Precipitação Vulnerabilidades Aumento da frequência de eventos de precipitação intensa Aumento da frequência de eventos de precipitação intensa Aumento do caudal que origine arrasto de grandes quantidades de materiais diversos nos cursos de água. Impactes Inundação em centrais hídricas ou térmicas, causando a saída de serviço de centrais Caudal elevado dos rios poderá provocar o bloqueio dos filtros das bombas de captação de água Aumento da frequência das operações de remoção destes materiais junto de barragens e eventuais problemas de funcionamento de centrais termoelétricas por colmatação dos sistemas de adução dos circuitos de refrigeração. Aumento da frequência de eventos de precipitação intensa, associado à incapacidade Redução do valor da queda útil, traduzindo-se no limite, na saída de serviço de retenção pelos aproveitamentos hidráulicos das centrais hídricas. a montante Aumento da frequência de eventos de precipitação intensa Aumento de temperatura que pode causar ondas de calor 1/2 Obriga à intervenção das centrais hídricas na laminagem de cheias, com a deslocação da produção para horas de menor rentabilidade Aquecimento da fonte fria das centrais térmicas, originando a redução da sua eficiência, com a consequente diminuição da capacidade de geração Centrais termoelétricas Temperatura Precipitação Vento Aumento de temperatura que pode causar ondas de calor Aumento de temperatura que pode causar ondas de calor Aumento da severidade das secas, com diminuição dos níveis freáticos, aumentando o risco de intrusão salina Deterioração da qualidade da água dos cursos de água que servem os sistemas de abastecimento das centrais térmicas, que podem ficar fora de serviço Aumento da temperatura da água, podendo causar um crescimento anómalo de algas que perturbe o funcionamento do circuito de refrigeração, podendo obrigar à saída de serviço Problemas acrescidos de manutenção, na sequência do aumento dos níveis de corrosão dos equipamentos e dos problemas de segurança de processos e equipamentos que lhes estão associados Aumento da frequência e severidade dos Insuficiente caudal para funcionamento do sistema de refrigeração e para períodos de seca, com grandes diminuições de abastecimento de água, podendo originar paragem em centrais térmicas caudal nas linhas de água Aumento de frequência e intensidade dos ventos originando maior ondulação Libertação de algas que perturba o funcionamento do circuito de refrigeração de centrais térmicas refrigeradas com água do mar, podendo obrigar à saída de serviço
34 VULNERABILIDADES DO SETOR ENERGÉTICO ÀS ALTERAÇOES CLIMÁTICAS Variáveis climáticas críticas associadas às vulnerabilidades principais identificadas nas infraestruturas de produção de eletricidade infraestruturas fixas Tecnologia Variáveis climáticas críticas Vulnerabilidades Impactes 2/2 Centrais termoelétricas a biomassa Eólica Solar Fotovoltaico Temperatura Ação conjunta de vários agentes climáticos Precipitação Vento Temperatura Precipitação Vento Aumento da temperatura, com aumento da probabilidade de incêndios nas áreas de armazenagem de matéria-prima Produtividade e distribuição geográfica das espécies florestais, degradação de ecossistemas Profusão de agentes bióticos (invasoras, pragas e doenças), como por exemplo o nemátodo do pinheiro Aumento da frequência e intensidade de nevões fortes, podendo prejudicar o funcionamento dos aerogeradores Aumento de frequência e intensidade de ventos fortes, podendo obrigar à paragem dos aerogeradores Aumento dafrequência de vagas de calor Aumento da frequência de eventos de precipitação intensa Aumento da intensidade e frequência da queda de granizo, podendo causar quebra de vidros dos painéis Aumento de frequência e intensidade de ventos fortes, podendo causar quebra de vidros dos painéis Perigo do incêndio se alastrar para as infraestruturas circundantes, paragem de operação da central quer devido a possíveis danos causados por incêndio como por indisponibilidade de matéria-prima Diminuição da disponibilidade de matéria-prima (biomassa), o que pode levar à dificuldade de operação das centrais por falta de recurso No caso do aproveitamento energético da biomassa, a morte de espécies florestais poderá levar ao aumento da disponibilidade de matériaprima para queima A acumulação de gelo/neve nas pás pode condicionar a boa exploração dos aerogeradores, podendo levar à saída de serviço Eventual paragem dos aerogeradores por motivos de segurança, com perda de tempo de produção Podem originar problemas nos sistemas de controlo e consequente saída de serviço Pode originar inundações imprevisíveis que causem infiltrações nos painéis por encharcamento e consequente saída de serviço Pode ocasionar a quebra do vidro dos painéis solares fotovoltaicos, levando à saída de serviço Pode ocasionar a quebra do vidro dos painéis solares fotovoltaicos, levando à saída de serviço
35 VULNERABILIDADES DO SETOR ENERGÉTICO ÀS ALTERAÇOES CLIMÁTICAS Variáveis climáticas críticas associadas às vulnerabilidades principais identificadas nas atividades de produção, armazenamento e abastecimento de matérias-primas e expedição de produtos petrolíferos acabados e gás natural infraestruturas fixas 1/1 Variáveis climáticas críticas Vulnerabilidades Impactes Temperatura Precipitação Vento Vento e Altura significativa das ondas Subida do nível médio da água do mar Aumento de temperatura que pode causar ondas de calor Aumento da frequência de eventos de precipitação intensa que originem inundações Diminuição da frequência de eventos de precipitação que originem seca extrema Aumento de frequência e intensidade de ventos fortes Agravamento das situações de temporal que cause forte agitação marítima e consequente erosão costeira Sobrelevação efetiva do mar, projetada a longo prazo Afetação das características das matérias-primas e produtos petrolíferos acabados e gás natural Diminuição do desempenho das torres de refrigeração de refinarias, por operação a temperaturas mais elevadas que os valores médios diários no período de referência Incapacidade de escoamento e tratamento de efluentes líquidos gerados e sobrenchimento das bacias de contenção presentes nas refinarias Escassez de água de refrigeração Aumento de pressão do reservatório, libertação de gás para a atmosfera e inflamação Afetação da segurança das infraestruturas de produção de produtos petrolíferos com unidades e/ou estruturas em altura Possível afetação da estabilidade das infraestruturas portuárias, devido a inundações, intensificação de erosão costeira. Afetação da estabilidade e das condições de segurança nas operações de carga e descarga de navios/monobóia (dependente do tipo de navio e do tipo de cais). Impactes que carecem de melhor estudo (no entanto, existe a possibilidade de afetação das infraestruturas, da estabilidade e das condições de segurança nas operações de carga e descarga de navios/monobóia)
36 IDENTIFICAÇÃO DE MEDIDAS DE ADAPTAÇÃO Principais medidas de adaptação identificadas para as infraestruturas lineares transporte e distribuição de eletricidade 1/1 Variáveis climáticas críticas / Vulnerabilidades Temperatura / Aumento da temperatura Precipitação / Precipitação intensa, inundações Temperatura / Aumento da temperatura Precipitação / Precipitação intensa, inundações e subida do nível médio da água do mar Temperatura / Aumento da temperatura Precipitação / Precipitação intensa, inundações e subida do nível médio de água do mar Medidas de adaptação Identificação dos principais pontos fracos do sistema e realizar de estudos complementares para avaliar a possível expansão do sistema em termos da sua resiliência, nomeadamente através de sistemas em anel ou de interligações. Identificação das instalações sujeitas a riscos de inundação; Avaliação técnico-económica de eventuais investimentos a realizar nestas instalações para a redução dos riscos, como a colocação de muros, a instalação de bombas, a colocação de equipamentos a cota superior, entre outros. Identificação dos principais pontos fracos do sistema e realização de estudos complementares para avaliar a expansão do sistema em termos da sua resiliência. Para linhas novas, reformulação dos parâmetros de cálculo Identificação das infraestruturas sujeitas a riscos de inundação; Avaliação técnico-económica de eventuais investimentos a realizar nestas instalações para a redução dos riscos, nomeadamente soluções diferentes de traçado das redes, utilização de cabos submarinos, etc. Eventuais modificações nas linhas aéreas como por exemplo, alteamento dos condutores, utilização de outro tipo de condutores, etc. Identificação das infraestruturas sujeitas a riscos de inundação; Avaliação técnico-económica de eventuais investimentos a realizar nestas instalações para a redução dos riscos, nomeadamente soluções diferentes de traçado das redes, utilização de cabos submarinos, etc. Temperatura, Vento, Precipitação/ Aumento temperatura; Precipitação intensa, inundações e subida do nível médio de água do mar Necessidade de executar mais estudos, designadamente na avaliação das restrições para a gestão da rede. Definição e implementação Plano de Emergência. Formação e treino para gestão de situações de crise.
37 IDENTIFICAÇÃO DE MEDIDAS DE ADAPTAÇÃO Medidas de adaptação identificadas para as infraestruturas lineares transporte de produtos petrolíferos Variáveis climáticas críticas / Vulnerabilidades Precipitação / Aumento de períodos de seca e de precipitação intensa Medidas de adaptação Análise de testes de stress ao oleoduto para aferir a probabilidade e a dimensão de uma possível afetação estrutural Análise técnica e económica das ações de fortalecimento do oleoduto Armazenagem e reencaminhamento temporário de matérias-primas e produtos petrolíferos. Melhorias no planeamento e gestão de stock de produtos petrolíferos, prevendo falhas ou interrupções do serviço prestado Formação de colaboradores e parceiros da empresa para a ocorrência de situações de operação anormal e de atuação extraordinárias de emergência; Medidas de adaptação identificadas para as infraestruturas lineares transporte de gás Variáveis climáticas críticas/ Vulnerabilidades Vento/ Ventos fortes Precipitação / Cheia causada por chuva intensa Vento/ Ventos fortes Medidas de adaptação Formação e sensibilização dos responsáveis sobre a segurança em obra Cumprimento das medidas de segurança aplicáveis e exigíveis em obra Construção de muros de proteção Evitar construção em zonas de inundação Formação e sensibilização dos responsáveis sobre a segurança em obra Cumprimento das medidas de segurança aplicáveis e exigíveis em obra
38 IDENTIFICAÇÃO DE MEDIDAS DE ADAPTAÇÃO Medidas de adaptação identificadas para as infraestruturas fixas eletricidade, abastecimento de matérias-primas e produção e expedição de produtos petrolíferos acabados e gás 1/3 Variáveis climáticas críticas / Vulnerabilidades Medidas de adaptação Centrais hídricas (CH); Centrais térmicas (CT); Parques eólicos (PE); Postos de redução de pressão de gás natural (PRGN); Refinarias/armazenagem e/ou distribuição de produtos petrolíferos (PP); Postos de redução e medida de gás (PR/MG); Unidades Autónomas de regaseificação de gás natural liquefeito (UA) Precipitação e vento /Eventos climatéricos extremos tempestades aumento em frequência e em intensidade Uso generalizado de sistemas de previsão Planos de Emergência internos e externos Planos de continuidade de negócio Manutenção preventiva das turbinas eólicas, para que estejam sempre operacionais os sistemas de controlo de excesso de velocidade das pás Nos PRGN: implementação de estruturas em anel Necessidade de desenvolver trabalhos complementares para corroborar a significância destes impactes. Nos PE: existência de equipas no terreno, formadas por operadores e supervisores, com capacidade de intervenção em poucas horas Verificação de critérios de dimensionamento de infraestruturas em altura. Formação e sensibilização dos responsáveis sobre segurança em obra Cumprimento das medidas de segurança aplicáveis e exigíveis em obra.
39 IDENTIFICAÇÃO DE MEDIDAS DE ADAPTAÇÃO Medidas de adaptação identificadas para as infraestruturas fixas eletricidade, abastecimento de matérias-primas e produção e expedição de produtos petrolíferos acabados e gás 2/3 Variáveis climáticas críticas / Vulnerabilidades Medidas de adaptação Centrais térmicas (CT); Refinarias/armazenagem e/ou distribuição de produtos petrolíferos (PP) Temperatura /Eventos climatéricos extremos alteração das condições físicas e biológicas do meio hídrico Instalação de sistemas adicionais de limpeza na adução de centrais para evitar o problema da formação de quantidade excessiva de algas Centrais hídricas (CH); Centrais térmicas (CT); Parques eólicos (PE); Postos de redução de pressão de gás natural (PRGN); Refinarias/armazenagem e/ou distribuição de produtos petrolíferos (PP); Postos de redução e medida de gás (PR/MG); Unidades Autónomas de regaseificação de gás natural liquefeito (UA) Precipitação / Precipitação intensa e inundações Uso generalizado de sistemas de previsão Planos de Emergência internos e externos Planos de continuidade de negócio Colocação dos sistemas auxiliares, como por exemplo bombas a cotas mais elevadas Instalação de sistemas de bombagem em zonas de inundação Construção de muros de proteção Duplicação dos circuitos de alimentação aos descarregadores de superfície e instalação de grupos diesel para uso exclusivo dos descarregadores Verificação hidráulica e critérios de dimensionamento de sistemas de drenagem, tratamento de efluentes líquidos (águas pluviais e residuais) e bacias de contenção de matérias-primas e produtos petrolíferos acabados Verificação de critérios de dimensionamento de infraestruturas em altura Evitar construção em zonas de inundação Eventual construção de zonas de retenção de cheias, dimensionadas com base no historial de risco da zona onde está colocada a infraestrutura Centrais hídricas (CH); Centrais térmicas (CT); Parques eólicos (PE); Postos de redução de pressão de gás natural (PRGN); Refinarias/armazenagem Precipitação / Secas frequentes e mais prolongadas e/ou distribuição de produtos petrolíferos (PP); Postos de GPL (PGPL) Recurso a fornecimento externo de água desmineralizada (para compensação do circuito água-vapor), através do recurso a furos externos e abastecimento público Quando possível, seleção de Grupos reversíveis em novos projetos que permitem a produção de eletricidade mesmo em situações de seca Instalação de torres de refrigeração nas novas centrais em vez de sistemas de refrigeração direto aos condensadores, sempre que se justifique.
40 IDENTIFICAÇÃO DE MEDIDAS DE ADAPTAÇÃO Medidas de adaptação identificadas para as infraestruturas fixas eletricidade, abastecimento de matérias-primas e produção e expedição de produtos petrolíferos acabados e gás Variáveis climáticas críticas / Vulnerabilidades Medidas de adaptação Centrais hídricas (CH); Centrais térmicas (CT); Parques eólicos (PE); Postos de redução de pressão de gás natural (PRGN); Refinarias/armazenagem e/ou distribuição de produtos petrolíferos (PP); CT Biomassa Temperatura / Reforço/revisão do planeamento do uso da água armazenada nas albufeiras Aumento da temperatura global Necessidade de verificação das janelas de operação de equipamentos de contenção primária (linhas de transporte e equipamentos de armazenagem, etc.) Necessidade de desenvolver trabalhos complementares para corroborar a significância destes impactes no desempenho no setor da refinação, a curto prazo decorrentes de ondas de calor, e a longo prazo, sob o aumento efetivo da temperatura. CT Biomassa - Alteração nas condições de armazenagem de matéria-prima e biomassa, minimizando o risco de incêndio Refinarias/armazenagem e/ou distribuição de produtos petrolíferos (PP) Vento e altura significativa das ondas; Subida do nível médio da água Verificação de janelas de operação de carga e descarga dos navios do mar/ Verificação das condições estruturais das estruturas potencialmente afetadas, em Situações de temporal, agitação marítima, erosão costeira e unidades processuais existentes e novas unidades em implementação Sobrelevação do mar Construção ou remodelação de proteções costeiras, nomeadamente transversais para melhorar o acesso do navio ao porto, ou perpendiculares como quebra-mar Necessidade de desenvolver trabalhos complementares para corroborar a significância destes impactes. CT Biomassa Conjugação de diversos agentes climáticos Medidas de adaptação da floresta, atual e do futuro, e da sociedade (que será quem implementará a adaptação) de modo a fazer face às perspetivas Apesar do impacte relacionado com as pragas afetar positivamente a produção de eletricidade em centrais termoelétricas a biomassa, terá outras consequências muito mais gravosas, pelo que deverá ser mitigado, através de criação de mecanismos de monitorização e do controlo do risco de entrada de novos agentes bióticos através das importações e da promoção de uma gestão florestal ativa e a promoção da investigação e desenvolvimento para o desenvolvimento de novas (e mais eficazes) medidas de combate às pragas florestais 3/3
41 BARREIRAS À ADAPTAÇÃO Foram identificadas as principais barreiras à adoção de Medidas de Adaptação às Alterações Climáticas: Fraca sensibilização e diminuta aceitação da necessidade da implementação de medidas de adaptação e respetivos sobrecustos por parte de vários agentes; falta de articulação entre as Autoridades Governamentais, Oficiais, Autarquias, Proteção Civil e Entidades Reguladoras; Falta de adequação dos recursos humanos e financeiros das empresas à nova realidade criada pelas alterações climáticas; Padrões de consumo de energia e novos conceitos de rede de transporte e distribuição de eletricidade em permanente mudança;
42 Conclusões e recomendações A implementação de uma Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas potencia o conhecimento disponível, promove a interface entre setores estratégicos e permite uma melhor utilização dos recursos disponíveis; No setor da energia, as grandes empresas já empreenderam um conjunto de medidas relevantes, com investimentos avultados e que visaram diminuir o impacte das alterações climáticas. Foram, contudo, identificadas ações, que deverão ser empreendidas num futuro próximo, de modo a permitir uma melhor Adaptação às Alterações Climáticas.
43 Conclusões e recomendações Ações Propostas Lacunas de conhecimentonecessidades de investigação - Definição do modelo de governação para a adaptação às alterações climáticas; - Integração nos instrumentos de gestão territorial das medidas identificadas nas contribuições setoriais; - Introdução da abordagem de adaptação às alterações climáticas nos planos de emergência internos; - Sempre que a dimensão social ou económica o justifique, devem ser elaborados planos de continuidade de negócio, que contemplem o efeito das alterações climáticas; - Disponibilização de toda a informação sobre as alterações climáticas num sítio de internet de acesso público. - Desenvolvimento de cenários climáticos de curto e longo prazo; - Análise global do impacte das alterações climáticas nos mercados de energia; - Estudo das taxas de retorno para investimentos em adaptação; - Elaboração e publicação de metodologia de análise de investimentos relativos a medidas de adaptação; - Revisão, sempre que necessário, dos critérios de dimensionamento das infraestruturas do setor energético para aumentar a sua resiliência às alterações climáticas; - Estudo do impacte das alterações climáticas em termos do binómio água / energia; - Caracterização das vulnerabilidades no sentido de determinar as frequências associadas aos impactes identificados.
44 Obrigada pela vossa atenção!
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