Aula 26: Arquiteturas RISC vs. CISC

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1 Aula 26: Arquiteturas RISC vs CISC Diego Passos Universidade Federal Fluminense Fundamentos de Arquiteturas de Computadores Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 1 / 33

2 Revisão Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 2 / 33

3 Nas Aulas Anteriores Discutimos o sistema de E/S O que é Exemplos de dispositivos Barramentos Também falamos sobre métodos de acesso e mapeamento dos dispositivos de E/S Mapeamento em memória, mapeamento por porta E/S programada, por interrupções, DMA Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 3 / 33

4 Na Aula de Hoje Última aula (de conteúdo novo) do período Vamos encerrar a disciplina discutindo duas abordagens para projetos de arquiteturas: RISC e CISC Discutiremos: O que são Motivações históricas Principais características Exemplos Vantagens e desvantagens Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 4 / 33

5 Contexto Histórico Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 5 / 33

6 O Gap Semântico Evolução de hardware dos computadores foi muito rápida Processadores cada vez mais rápidos Incorporando técnicas cada vez mais complexas Simultaneamente, surgiam as linguagens de alto nível Mais fáceis de programar Comandos complexos Faziam muito, em poucas linhas de código Gap Semântico: Grande diferença de expressividade das linguagens de alto nível e montagem Dificuldade no processo de tradução Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 6 / 33

7 Hardware vs Software O que é mais eficiente: Implementar um dado algoritmo em software? Ou criar uma implementação em hardware do mesmo? Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 7 / 33

8 Hardware vs Software O que é mais eficiente: Implementar um dado algoritmo em software? Ou criar uma implementação em hardware do mesmo? Uma implementação especializada em hardware é normalmente mais rápida Não há o overhead do software eg, decodificação de instruções Conclusão: Programas rodam mais rápido se tarefas complexas são implementadas em hardware Na forma de instruções Mas isso é realmente verdade? Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 7 / 33

9 Redução no Uso de Memória Relembrando: Memória Principal = Gargalo de von Neumann Memória é lenta e também tem capacidade limitada Especialmente até a década de 1980 Idealmente, queremos minimizar os acessos à memória E também reduzir o tamanho dos programas armazenados na MP Com instruções mais complexas, podemos atingir ambos os objetivos: Uma única instrução substitui sequência de n Menos instruções armazenadas na MP Um único acesso vs n Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 8 / 33

10 Redução no Uso de Memória: Exemplo Exemplo de multiplicação em duas arquiteturas hipotéticas Dados armazenados na MP Na arquitetura A, há apenas a instrução PROD que opera sobre registradores Na arquitetura B, há a instrução MULT, que opera diretamente sobre a MP Dados ainda são trazidos para registradores, mas de forma transparente Arquitetura A LOAD $1, 0x10 LOAD $2, 0x14 PROD $1, $2 STORE 0x10, $1 Arquitetura B MULT 0x10, 0x14 Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 9 / 33

11 Consequências Projetos de processadores se tornavam cada vez mais complexos Grande número de instruções Instruções complexas Inúmeros modos de endereçamento Implementação em hardware de comandos/estruturas de linguagens de alto nível Instruções específicas para manipulação de estruturas de dados complexas Instruções de tamanhos e tempos de execução variados Circuitos complexos Esperava-se fechar o Gap Semântico elevando o conjunto de instruções para o nível das linguagens de alto nível Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 10 / 33

12 A Filosofia RISC Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 11 / 33

13 Surgimento RISC: Reduced Instruction Set Computer Vários projetos surgiram no final da década de 1970 Stanford Daria origem ao MIPS Berkeley Daria origem ao SPARC IBM Daria origem ao Power PC Ideia básica: Simplificar o conjunto de instruções Instruções simples podem ser implementadas de forma mais eficiente, barata Economia pode ser direcionada a outras partes do processador eg, mais registradores Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 12 / 33

14 Características Instruções mais simples Não necessariamente menos instruções Mas instruções que façam menos eg, no máximo um acesso à MP Instruções com formato uniforme eg, tamanho fixo Mais fáceis de serem decodificadas Poucos modos de endereçamento Reduzem complexidade da busca de operandos Instruções lidam apenas com dados de tipos primitivos eg, não há instruções para strings Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 13 / 33

15 Características (II) Registradores de propósito geral equivalentes Certas arquiteturas conferem significados especiais a determinados registradores de propósito geral eg, contadores em instruções de loop Na filosofia RISC, todos são equivalentes Mais registradores de propósito geral Lógica de controle mais simples permite alocar mais recursos em outras áreas Com mais registradores, espera-se menos acesso à memória para acessar dados Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 14 / 33

16 RISC vs CISC Com o advento da filosofia RISC, convencionou-se chamar as alternativas de arquiteturas CISC CISC: Complex Instruction Set Computer A filosofia CISC, portanto, consiste em: Empregar conjuntos de instruções complexas Permitir instruções em formatos variados Trazer funcionalidades de alto nível para o hardware Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 15 / 33

17 RISC: Compiladores Ao restringir o conjunto de instruções a instruções simples, processadores RISC se distanciam das linguagens de alto nível Aumentam o Gap Semântico Isto impõe mais pressão aos compiladores Tarefas de tradução e otimização do código se tornam mais difíceis Por outro lado, compilador tem mais registradores à disposição Pode manter mais dados na CPU com menos esforço Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 16 / 33

18 RISC: Número de Instruções Como já explicado, o termo reduzido diz respeito a instruções mais simples Não necessariamente a menos instruções Mas um número menor de instruções é uma consequência comum em vários processadores com arquiteturas RISC Exemplos: Característica CISC RISC Modelo IBM 370/168 VAX 11/780 Intel SPARC MIPS R4000 Ano Instruções Registradores Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 17 / 33

19 RISC e CISC: Adoção Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 18 / 33

20 Adoção do Princípio CISC em Processadores Atuais Principal exemplo: arquiteturas x86 e x86-64 Instruções de tamanho variado Instruções com tempos de execução variados Vários modos de endereçamento Diversas variações da mesma instrução Há ainda outros exemplos, como o Motorola Arquitetura menos popular que a x86, mas ainda usada em certos dispositivos Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 19 / 33

21 Adoção do Princípio RISC em Processadores Atuais Mais exemplos que para o CISC: ARM MIPS PowerPC Atmel AVR Muito encontrados hoje em dispositivos embarcados Principalmente os alimentados por bateria Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 20 / 33

22 Micro-Arquiteturas Um princípio de projeto comum hoje Hardware do processador implementa um conjunto de instruções bastante simples e reduzido As micro-instruções Memória não-volátil interna ao processador guarda um micro-programa Interpretador das macro-instruções Ciclo de execução implementado em software Programas executados no processador são escritos em macro-instruções Interpretadas pelo micro-programa Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 21 / 33

23 Micro-Arquiteturas (II) Micro-arquiteturas geralmente se caracterizam como RISC Instruções simples Sempre mesmo tamanho Sempre mesmo tempo de execução E são utilizadas mesmo quando a macro-arquitetura é CISC eg, processadores atuais da Intel baseados em x86 ou x86-64 Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 22 / 33

24 RISC e CISC: Comparações Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 23 / 33

25 Ciclo de Clock Instruções mais simples podem ser executadas mais rapidamente Comprimento do ciclo de clock é determinado pelo tempo da tarefa mais longa Logo, uma arquitetura com instruções mais simples pode operar com ciclos de clock mais curtos Conclusão: Teoricamente, arquiteturas RISC podem ter ciclos de clock menores Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 24 / 33

26 Densidade de Código Medida do quão compacta é a representação dos programas em memória Maior densidade menor código Arquiteturas CISC têm instruções mais complexas Fazem mais Podem substituir sequências de várias instruções mais simples Conclusão: Arquiteturas CISC tendem a resultar em maior densidade de código Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 25 / 33

27 Número de Registradores Arquiteturas RISC têm uma lógica interna mais simples Menos componentes Menor custo Recursos economizados geralmente são investidos na forma de mais memória interna ao processador eg, registradores Conclusão: Arquiteturas RISC geralmente possuem mais registradores Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 26 / 33

28 Eficiência Energética Uma lógica interna mais simples permite implementação mais simples ie, circuitos menores Com menos componentes Isto tende a se refletir em economia de energia Conclusão: Arquiteturas RISC tendem a ser mais eficientes energeticamente Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 27 / 33

29 Escalabilidade Neste contexto, escalabilidade é a capacidade de combinar múltiplos processadores em um único computador Multiprocessamento Há vários fatores que limitam ou dificultam esta escalabilidade Entre eles: Consumo energético Complexidade de projeto Custo Por serem mais simples e mais eficientes energeticamente, processadores RISC tendem a ser mais escaláveis Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 28 / 33

30 Compiladores Máquinas RISC têm instruções mais simples, básicas Mais distantes das linguagens de alto nível Dificulta o processo de tradução Máquinas CISC tendem a ter um número maior de instruções Mais variações de uma mesma operação básica Mais modos de endereçamento Compiladores são capazes de tirar proveito disso? Outra diferença é o ônus de certas otimizações, como mudanças de ordem de execução e soluções para conflitos de pipeline Alguns processadores RISC deixam isso a cargo do compilador Processadores CISC geralmente lidam com isso em hardware Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 29 / 33

31 Na Prática Comparações práticas de desempenho entre processadores RISC e CISC são difíceis Mercados diferentes Capacidades diferentes Tecnologias de fabricação diferentes Compiladores diferentes Sem comparações práticas justas, é difícil apontar um vencedor Há ainda muita controvérsia sobre qual abordagem é superior Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 30 / 33

32 Na Prática (II) Mas arquiteturas RISC vêm ganhando popularidade Dominam mercado de dispositivos embarcados Começam a entrar no mercado de grandes servidores Mesmo em processadores baseados em conjuntos de instrução CISC, é comum a implementação de uma micro-arquitetura RISC Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 31 / 33

33 Outra Forma de Comparação: TOP500 TOP500: projeto que lista 500 computadores mais poderosos do mundo Atualizada a cada 6 meses Segundo a lista atual (Novembro de 2014): 80% da lista é composta por computadores baseados em x86 Mas pode contabilizar vários fortemente baseados em GPUs Por outro lado, dos 10 mais rápidos, 5 são baseados em processadores RISC Power e SPARC Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 32 / 33

34 RISC e CISC: Aproximação Nos últimos anos, as diferenças entre processadores RISC e CISC têm diminuído Processadores RISC têm incorporado funcionalidades complexas, como execução fora de ordem Processadores CISC têm adotado implementações baseadas em micro-arquiteturas RISC A definição mais precisa hoje para diferenciar as duas abordagens é em relação ao acesso à MP Arquiteturas RISC só acessam a memória em instruções do tipo load ou store Arquiteturas CISC possuem instruções que executam operações lógicas/aritméticas sobre valores que estão na MP ie, instruções implicitamente trazem valores da MP para registradores Diego Passos (UFF) Arquiteturas RISC vs CISC FAC 33 / 33

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