Simulação do Ciclo OTTO - Motor 4 tempos Professora: Cristiane Aparecida Martins Alunos: Nathália Matos da Silva e Alexander Minagawa

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Simulação do Ciclo OTTO - Motor 4 tempos Professora: Cristiane Aparecida Martins Alunos: Nathália Matos da Silva e Alexander Minagawa"

Transcrição

1 Simulação do Ciclo OTTO - Motor 4 tempos Professora: Cristiane Aparecida Martins Alunos: Nathália Matos da Silva e Alexander Minagawa O ciclo OTTO é um ciclo termodinâmico, o qual idealiza o funcionamento de motores de combustão interna de ignição por faísca. Para isso, o motor é de quatro tempos ou duas voltas do eixo de manivelas, pois o giro é de 720 graus, durante as quais os pistões recebem apenas um impulso motor. Os processos envolvidos no ciclo estão descritos a seguir e podem ser observados na figura 3. Processo 1-2: Compressão adiabática e reversível Processo 2-3: Combustão adiabática e volume constante Processo 3-4: Expansão adiabática e reversível Processo 4-5-6: Exaustão adiabática com os eventos de válvula ocorrendo no PMS e PMI Processo 6-1: Admissão Figura 1: Diagrama Pressão x Volume A partir da figura 3, observa-se que a pressão máxima ocorre no início da queima devido ao início da combustão em um pequeno volume Com isso, a partir do simulador de motores, foi possível analisar a variação da pressão de acordo com a mudança de alguns parâmetros do motor. Para isso, considerou alguns dados fixos, os quais estão listados na tabela 1. Escala de P Escala de T Borboleta Combustível Mistura Taxa 300 Kgf/cm o C 50% Gasolina 18:1 15:1 Tabela 1: Dados pré-estabelecidos Análise 1 A configuração do motor analisado foi de acordo com os dados da tabela Tabela 2: Motor 1 Com isso, a partir do simulador, ao término de cada etapa, verificou-se os dados da tabela 3. As pressões teórica e real máximas são e Kgf/cm 2, respectivamente. 1

2 Admissão 209 mg 121 mg 87 mg Compressão 209 mg 121 mg 87 mg Queima 209 mg 0 mg 209 mg Combustão 209 mg 0 mg 209 mg Ciclo 87 mg 0 mg 87 mg Tabela 3: Ar no motor 1 Tal processo tem como objetivo servir de referência para que seja possível a comparação com os demais processos. E assim averiguar quais são as diferenças entre eles. Figura 2: Motor sem avanço ou atraso de válvulas Análise 2 A configuração do motor analisado foi de acordo com os dados da tabela Tabela 4: Motor 2 Com isso, a partir do simulador, ao término de cada etapa, verificou-se os dados da tabela 5. Porém, As pressões teórica e real máximas são e Kgf/cm 2, respectivamente. 2

3 Admissão 139 mg 56 mg 82 mg Compressão 139 mg 56 mg 82 mg Queima 139 mg 0 mg 139 mg Combustão 139 mg 0 mg 139 mg Ciclo 139 mg 0 mg 139 mg Tabela 5: Ar no motor 2 Nesta análise, observa-se apenas o avanço da admissão. Com isso, a válvula de admissão abre com antecedência, o que aumenta o tempo de entrada, na câmara de combustão, de uma mistura de ar e combustível, enquanto o pistão se move de forma a diminuir o espaço no interior da câmara. Dessa forma, espera-se que o ar novo no cilindro aumente com o avanço da admissão, porém enquanto a válvula de admissão está abrindo, a válvula escape está ainda aberta, logo, parte do ar novo escapa. Nesse caso, o ar novo deve diminuir e, consequentemente, o ar total ta também, o que pode ser comprovado experimentalmente a partir da comparação dos dados das tabelas 3 e 5. Figura 3: Motor com avanço de admissão Análise 3 A configuração do motor analisado foi de acordo com os dados da tabela Tabela 6: Motor 3 Com isso, a partir do simulador, ao término de cada etapa, verificou-se os dados da tabela 7. Porém, As pressões teórica e real máximas são e Kgf/cm 2, respectivamente. 3

4 Admissão 295 mg 205 mg 89 mg Compressão 295 mg 205 mg 89 mg Queima 295 mg 0 mg 295 mg Combustão 295 mg 0 mg 295 mg Ciclo 89 mg 0 mg 89 mg Tabela 7: Ar no motor 3 O Atraso da Emissão significa que a válvula de admissão irá demorar mais para se fechar, desta maneira a massa de ar novo admitido será maior. Consequentemente com maior quantidade de ar novo, haverá maior massa de ar queimado na combustão. Por fim a descarga permanece com ar queimado final praticamente inalterado, pois não houve mudanças na válvula de escape. Figura 4: Motor com atraso de admissão Análise 4 A configuração do motor analisado foi de acordo com os dados da tabela Tabela 8: Motor 4 Com isso, a partir do simulador, ao término de cada etapa, verificou-se os dados da tabela 9. Porém, As pressões teórica e real máximas são e Kgf/cm 2, respectivamente. 4

5 Admissão 221 mg 120 mg 101 mg Compressão 221 mg 120 mg 101 mg Queima 221 mg 0 mg 221 mg Combustão 221 mg 0 mg 221 mg Ciclo 101 mg 0 mg 101 mg Tabela 9: Ar no motor 4 Nesta análise, verifica-se apenas o avanço da descarga. Com isso, a válvula de descarga abre com antecedência em relação ao pistão atingir o PMI, o que aumenta o tempo de escape do ar queimado. Observando as tabelas 3 e 9, verifica-se que a quantidade de ar queimado que escapa é 121mg na análise 1 Figura 5: Motor com avanço de admissão Análise 5 A configuração do motor analisado foi de acordo com os dados da tabela Tabela 10: Motor 5 Com isso, a partir do simulador, ao término de cada etapa, verificou-se os dados da tabela 11. Porém, As pressões teórica e real máximas são e Kgf/cm 2, respectivamente. 5

6 Admissão 189 mg 142 mg 47 mg Compressão 189 mg 142 mg 47 mg Queima 189 mg 0 mg 189 mg Combustão 189 mg 0 mg 189 mg Ciclo 50 mg 0 mg 50 mg Tabela 11: Ar no motor 5 Como ocorre um atraso na descarga, a válvula de descarga ficará mais tempo aberta, o que explica a diminuição do ar queimado durante a admissão. Figura 6: Motor com atraso de descarga Análise 6 A configuração do motor analisado foi de acordo com os dados da tabela Tabela 12: Motor 6 Com isso, a partir do simulador, ao término de cada etapa, verificou-se os dados da tabela 13. Porém, As pressões teórica e real máximas são e Kgf/cm 2, respectivamente. 6

7 Admissão 197 mg 124 mg 72 mg Compressão 197 mg 124 mg 72 mg Queima 197 mg 0 mg 197 mg Combustão 197 mg 0 mg 197 mg Ciclo 72 mg 0 mg 72 mg Tabela 13: Ar no motor 6 Nesta análise, verifica-se apenas o avanço da ignição. Com isso, a ignição ocorre antes do PMS, o que provoca o início da combustão durante a compressão. Entretanto, como a velocidade da combustão é constante, o avanço de ignição deve ser tanto maior quanto maior a velocidade de rotação do motor. Figura 7: Motor com avanço de ignição Análise 7 A configuração do motor analisado foi de acordo com os dados da tabela Tabela 14: Motor 7 Com isso, a partir do simulador, ao término de cada etapa, verificou-se os dados da tabela 15. Porém, As pressões teórica e real máximas são e Kgf/cm 2, respectivamente. 7

8 Admissão 604 mg 505 mg 99 mg Compressão 604 mg 505 mg 99 mg Queima 604 mg 0 mg 604 mg Combustão 604 mg 0 mg 604 mg Ciclo 141 mg 0 mg 141 mg Tabela 15: Ar no motor 7 Situação que ocorre no início da admissão, quando as duas válvulas ficam abertas simultaneamente, devido ao avanço na abertura da válvula de admissão e o atraso da descarga. Figura 8: Motor com modificações variadas 8

Relatório PRP-38. Simulação Ciclo Otto

Relatório PRP-38. Simulação Ciclo Otto Relatório PRP-38 Simulação Ciclo Otto Alunos: João Gabriel Henriques Leite Yukari Watanabe Guerreiro Martins Professora: Cristiane Aparecida Martins São José dos Campos/SP Agosto/2016 Sumário 1 Introdução

Leia mais

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS TÉRMICOS

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS TÉRMICOS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS TÉRMICOS MOTORES ALTERNATIVOS DE COMBUSTÃO INTERNA Prof. Dr. Ramón Silva - 2015 MACI Ciclo Otto Em 1862, Beau de Rochas enunciou o ciclo de quatro tempos que, primeiramente, o alemão

Leia mais

Módulo I Motores de Combustão Interna e Ciclo Otto

Módulo I Motores de Combustão Interna e Ciclo Otto Módulo I Motores de Combustão Interna e Ciclo Otto Motores de Combustão Interna. Apesar de serem ciclos de potência como os estudados em todas as disciplinas anteriores que envolvem os conceitos de Termodinâmica

Leia mais

Máquinas Térmicas I Prof. Eduardo Loureiro. O Ciclo Ideal OTTO

Máquinas Térmicas I Prof. Eduardo Loureiro. O Ciclo Ideal OTTO O Ciclo Ideal OO Máquinas érmicas I Prof. Eduardo Loureiro Um ciclo é uma idealização do que acontece em equipamentos que os termodinamicistas chamam de máquinas térmicas (motores de combustão interna,

Leia mais

UFABC Fenômenos Térmicos Prof. Germán Lugones. Aula 11: Máquinas de combustão interna

UFABC Fenômenos Térmicos Prof. Germán Lugones. Aula 11: Máquinas de combustão interna UFABC Fenômenos Térmicos Prof. Germán Lugones Aula 11: Máquinas de combustão interna Máquinas de combustão interna O motor a gasolina usado em automóveis e em outras máquinas é um tipo familiar de máquina

Leia mais

Módulo I Motores de Combustão Interna e Ciclo Otto

Módulo I Motores de Combustão Interna e Ciclo Otto Módulo I Motores de Combustão Interna e Ciclo Otto Motores de Combustão Interna. Apesar de serem ciclos de potência como os estudados em todas as disciplinas anteriores que envolvem os conceitos de Termodinâmica

Leia mais

Simulação numérica de MCI usando AVL-BOOST

Simulação numérica de MCI usando AVL-BOOST Universidade Federal de Santa Catarina Campus Joinville Simulação numérica de MCI usando AVL-BOOST UNIDADE 1 INTRODUÇÃO Prof. Leonel R. Cancino, Dr. Eng. l.r.cancino@ufsc.br Engenharia Automotiva CTJ -

Leia mais

MOTORES ALTERNATIVOS. Francisco Luís Rodrigues Fontinha Engenharia Mecânica 2º Ano 4466 JUNHO/07

MOTORES ALTERNATIVOS. Francisco Luís Rodrigues Fontinha Engenharia Mecânica 2º Ano 4466 JUNHO/07 MOTORES ALTERNATIVOS Francisco Luís Rodrigues Fontinha Engenharia Mecânica 2º Ano 4466 JUNHO/07 2 Índice - Motores Alternativos, Pag. 3 - Motor de Explosão, Pag. 3 - Ciclo de OTTO, Pag. 4 - Motor a dois

Leia mais

(21) BR A

(21) BR A (21) BR 10 2012 023793-8 A2 111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 * B R 1 O 2 O 1 2 O 2 3 7 9 3 A 2 * Rbf}Ltb:iGo. F&:.ie~;s;\ivo; fio 8ra~~! 1-.. Fi::...,oi::-.

Leia mais

Disciplina: Motores a Combustão Interna. Ciclos e Processos Ideais de Combustão

Disciplina: Motores a Combustão Interna. Ciclos e Processos Ideais de Combustão Disciplina: Motores a Combustão Interna Ciclos e Processos Ideais de Combustão Ciclos de Potência dos Motores a Pistão Aqui serão apresentados ciclos ideais de potência a ar para ciclos onde o trabalho

Leia mais

ZÍZIMO MOREIRA FILHO VINÍCIUS RODRIGUES BORBA

ZÍZIMO MOREIRA FILHO VINÍCIUS RODRIGUES BORBA ZÍZIMO MOREIRA FILHO VINÍCIUS RODRIGUES BORBA 1680 Holandês Huygens propôs o motor movido à pólvora; 1688 Papin, físico e inventor francês, desenvolve motor à pólvora na Royal Society de Londres. O motor

Leia mais

MOTORES TÉRMICOS AULA MCI: NOMENCLATURA E CLASSIFICAÇÃO PROF.: KAIO DUTRA

MOTORES TÉRMICOS AULA MCI: NOMENCLATURA E CLASSIFICAÇÃO PROF.: KAIO DUTRA MOTORES TÉRMICOS AULA 18-19 MCI: NOMENCLATURA E CLASSIFICAÇÃO PROF.: KAIO DUTRA Motores As máquinas térmicas são dispositivos que permitem transformar calor em trabalho. A obtenção de trabalho é ocasionada

Leia mais

TRANSFORMAÇÕES TERMODINÂMICAS. Alterações das grandezas termodinâmicas.

TRANSFORMAÇÕES TERMODINÂMICAS. Alterações das grandezas termodinâmicas. CAPÍTULO 2 - CICLOS DE AR/COMBUSTÍVEL Um ciclo de A/C é definido aqui como um processo termodinâmico idealizado, assemelhando-se ao que ocorre em algum tipo particular de motor usando como meio de trabalho

Leia mais

MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA I

MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA I Departamento de Engenharia de Biossistemas ESALQ/USP MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA I LEB0332 Mecânica e Máquinas Motoras Prof. Leandro M. Gimenez 2017 TÓPICOS Motores de combustão interna I Aspectos teóricos,

Leia mais

CONHECIMENTOS TÉCNICOS DE AERONAVES MÓDULO 1

CONHECIMENTOS TÉCNICOS DE AERONAVES MÓDULO 1 CONHECIMENTOS TÉCNICOS DE AERONAVES MÓDULO 1 www.aerocurso.com MÓDULO 1 AULA 2 Aula 02 - Motores a Pistão MOTORES A COMBUSTÃO O motor de explosão, ou motor de combustão interna, é amplamente usado em aeronaves.

Leia mais

5. Verificação Numérica do Modelo

5. Verificação Numérica do Modelo 5. Verificação Numérica do Modelo 5.1 Cálculo a volume constante Os resultados apresentados nessa seção são relativos à comparação entre as simulações realizadas com o código Senkin e o IFP-C3D com o modelo

Leia mais

Disciplina: Motores a Combustão Interna. Ciclo Ideal e Real

Disciplina: Motores a Combustão Interna. Ciclo Ideal e Real Disciplina: Motores a Combustão Interna Ciclo Ideal e Real Ciclos Ideais A termodinâmica envolvida nos processos químicos reais dos motores de combustão interna é bastante complexa. Sendo assim, é útil

Leia mais

TE T R E M R O M D O I D NÂ N M Â I M CA C Prof. Rangel

TE T R E M R O M D O I D NÂ N M Â I M CA C Prof. Rangel TERMODINÂMICA Prof. Rangel Conceito de termodinâmica É a área da física que estuda as causas e os efeitos das mudanças de temperaturas (volume e pressão) em sistemas termodinâmicos. Termodinâmica Termo

Leia mais

PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA

PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA Instituto de Tecnologia - Departamento de Engenharia IT 154 Motores e Tratores PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA Carlos Alberto Alves Varella [1] [1] Professor. Universidade

Leia mais

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Unidade Curricular: Projeto FEUP Equipa: 1M06_01

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Unidade Curricular: Projeto FEUP Equipa: 1M06_01 Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Unidade Curricular: Projeto FEUP Equipa: 1M06_01 Eduardo Miranda Moreira da Silva João Diogo de Oliveira Dias Boavida Barroso Marco Samuel Carvalho Ribeiro Sara

Leia mais

2 Motor de Combustão Interna 2.1. Considerações Gerais

2 Motor de Combustão Interna 2.1. Considerações Gerais Motor de Combustão Interna.. Considerações Gerais Segundo Costa (00), O motor é a fonte de energia do automóvel. Converte a energia calorífica produzida pela combustão da gasolina em energia mecânica,

Leia mais

COMPREENDENDO O FUNCIONAMENTO DOS MOTORES A EXPLOSÃO.

COMPREENDENDO O FUNCIONAMENTO DOS MOTORES A EXPLOSÃO. COMPREENDENDO O FUNCIONAMENTO DOS MOTORES A EXPLOSÃO. Marcelo C. Chaves A FOTO MOSTRA UM MODELO DE UMA MOTOCICLETA FABRICADA EM MANAUS. AS INFORMAÇÕES TÉCNICAS A RESPEITO DESTE MODELO FORAM RETIRADAS DE

Leia mais

MOTORES TÉRMICOS AULA MCI: COMBUSTÃO EM MOTORES ALTERNATIVOS

MOTORES TÉRMICOS AULA MCI: COMBUSTÃO EM MOTORES ALTERNATIVOS MOTORES TÉRMICOS AULA 22-23 MCI: COMBUSTÃO EM MOTORES ALTERNATIVOS PROF.: KAIO DUTRA Combustão Normal Nesses tipos de motores, a mistura é comprimida e durante esse processo promove-se a vaporização e

Leia mais

PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA

PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO IT Departamento de Engenharia ÁREA DE MÁQUINAS E ENERGIA NA AGRICULTURA IT 154- MOTORES E TRATORES PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA

Leia mais

Ciclo de motor de combustão interna, que se completa em duas revoluções(rotação) da árvore de manivelas.

Ciclo de motor de combustão interna, que se completa em duas revoluções(rotação) da árvore de manivelas. 1 3.0 Descrição do Funcionamento dos Motores O conjunto de processo sofrido pelo fluido ativo que se repete periodicamente é chamado de ciclo. Este ciclo pode acontecer em 2 ou 4 tempos. Figura 3: Nomenclatura

Leia mais

CONCURSO PÚBLICO / Professor Efetivo - Campus Juiz de Fora - IF SUDESTE MG

CONCURSO PÚBLICO / Professor Efetivo - Campus Juiz de Fora - IF SUDESTE MG Dados do Num. Inscrição 00002 Num. Recurso 1 Assunto questao 09 Anexo DANIEL DE ALMEIDA E SOUZA Data/Hora Envio 04/02/2014-21:28:08 Dados da Segundo o livro indicado no edital para bibliografia Motores

Leia mais

Injeção eletrônica de combustíveis

Injeção eletrônica de combustíveis Injeção eletrônica de combustíveis É um sistema de dosagem de combustível nos motores ciclo Otto com o objetivo de controlar a relação estequiométrica (ar/combustível) de forma que a mesma seja sempre

Leia mais

Motores alternativos de combustão interna. Parte 1

Motores alternativos de combustão interna. Parte 1 Motores alternativos de combustão interna Parte 1 Introdução Sistemas de potência utilizando gás: Turbinas a gás Motores alternativos (ICE, ICO) Ciclos a gás modelam estes sist. Embora não trabalhem realmente

Leia mais

27/Fev/2013 Aula 5 Segunda lei da termodinâmica Máquinas térmicas; eficiência. Formulação de Kelvin

27/Fev/2013 Aula 5 Segunda lei da termodinâmica Máquinas térmicas; eficiência. Formulação de Kelvin 7/Fev/03 ula 5 Segunda lei da termodinâmica Máquinas térmicas; eficiência. Formulação de Kelvin Máquinas frigoríficas (e bombas de calor): princípio de funcionamento e eficiência Formulação de lausius

Leia mais

Centrais de cogeração em edifícios: o caso da Sonae Sierra

Centrais de cogeração em edifícios: o caso da Sonae Sierra Centrais de cogeração em edifícios: o caso da Sonae Sierra Miguel Gil Mata 29 Maio 2009 FEUP Semana da Energia e Ambiente 1 Centrais de Cogeração em edifícios o caso da Sonae Sierra 1. O conceito de Cogeração

Leia mais

Mecanização Agrícola e Máquinas Máquinas, implementos e ferramentas

Mecanização Agrícola e Máquinas Máquinas, implementos e ferramentas Mecanização Agrícola e Máquinas Máquinas, implementos e ferramentas Eng. Agr. Me. Andre Gustavo Battistus E-mail: andregustavo@udc.edu.br E-mail alternativo: andre_battistus@hotmail.com Terminologia Mecanização

Leia mais

Eficiência Volumétrica Definição e propostas

Eficiência Volumétrica Definição e propostas SUBSISTEMA MOTOR Eficiência Volumétrica Definição e propostas Autor: Rodrigo Martinuzzi Índice 1. Introdução Parâmetros essenciais 2. Sistema de admissão Requisitos do sistema de admissão Caracterização

Leia mais

ESTUDO NUMÉRICO DA IMPORTÂNCIA DAS TUBULAÇÕES DE ADMISSÃO E ESCAPE DO MOTOR DE COMBUSTÃO INTERNA

ESTUDO NUMÉRICO DA IMPORTÂNCIA DAS TUBULAÇÕES DE ADMISSÃO E ESCAPE DO MOTOR DE COMBUSTÃO INTERNA ESTUDO NUMÉRICO DA IMPORTÂNCIA DAS TUBULAÇÕES DE ADMISSÃO E ESCAPE DO MOTOR DE COMBUSTÃO INTERNA Juliana Aparecida Botelho Dutra 1 Elianfrancis Silveira de Souza 2 Leonardo da Silva Ignácio 3 Tiago Alceu

Leia mais

Máquinas térmicas. Máquina térmica Dispositivo que converte calor em energia mecânica (trabalho) Reservatório a alta temperatura T H

Máquinas térmicas. Máquina térmica Dispositivo que converte calor em energia mecânica (trabalho) Reservatório a alta temperatura T H 9/Mar/208 ula 5 Segunda lei da termodinâmica Máquinas térmicas; eficiência. Formulação de Kelvin Máquinas frigoríficas (e bombas de calor): princípio de funcionamento e eficiência Formulação de lausius

Leia mais

Revisão Prova 1º Bim

Revisão Prova 1º Bim Motores de Combustão Interna Revisão Prova 1º Bim Bibliografia Básica: MARTINS, Jorge, Motores de combustão interna, 4ª edição, Publindústria - 2013, 480pgs, ISBN 978-989-723-033. Prof. Msc. Eng. Carlos

Leia mais

Termodinâmica 12. Alexandre Diehl. Departamento de Física - UFPel

Termodinâmica 12. Alexandre Diehl. Departamento de Física - UFPel Termodinâmica 12 Alexandre Diehl Departamento de Física - UFPel Ciclo termodinâmico Definição Sequência de processos termodinâmicos aplicados sobre um sistema, tal que o mesmo é levado desde o seu estado

Leia mais

LABORATÓRIO DE TÉRMICA TRANSFERÊNCIA DE CALOR NOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA

LABORATÓRIO DE TÉRMICA TRANSFERÊNCIA DE CALOR NOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA TRANSFERÊNCIA DE CALOR NOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA Prof. José Eduardo Mautone Barros Agosto/2011 MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA Ciclo OTTO, ignição por centelha; Ciclo DIESEL, ignição por compressão.

Leia mais

Lista de Exercícios - Máquinas Térmicas

Lista de Exercícios - Máquinas Térmicas DISCIPLINA: MÁQUINAS TÉRMICAS - 2017/02 PROF.: MARCELO COLAÇO PREPARADO POR GABRIEL ROMERO (GAROMERO@POLI.UFRJ.BR) 4. Motores de combustão interna: Os calores específicos são constantes para todos os exercícios

Leia mais

Motores de Combustão Interna Parte I

Motores de Combustão Interna Parte I ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS LER332 Mecânica e Máquinas Motoras Motores de Combustão Interna Parte I Prof. Thiago Romanelli romanelli@usp.br

Leia mais

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA PROF. RAMÓN SILVA Engenharia de Energia Dourados MS - 2013 MÁQUINAS TÉRMICAS MOTORES A PISTÃO Também conhecido como motor alternativo, por causa do tipo de movimento do pistão.

Leia mais

Departamento de Agronomia. Introdução ao estudo dos motores alternativos UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

Departamento de Agronomia. Introdução ao estudo dos motores alternativos UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO Introdução ao estudo dos motores alternativos Conceitos fundamentais Os motores térmicos são máquinas que têm por objetivo transformar a energia calórica em energia mecânica utilizável. Pode-se dizer que

Leia mais

oeixo de Comando de Válvulas

oeixo de Comando de Válvulas oeixo de Comando de Válvulas 1 Detalhes técnicos Do eixo de comando de válvulas depende grande parte das principais características e comportamento de funcionamento do motor. É o comando de válvulas quem

Leia mais

Ciclos de Potência a Gás

Ciclos de Potência a Gás Ciclos de Potência a Gás Máquinas Térmicas e Motores Térmicos Dispositivos que operam segundo um dado ciclo de potência Ciclos de Potência: Ciclos termodinâmicos para conversão de calor em trabalho Ciclo

Leia mais

FICHA DE TRABALHO Nº5. Nome: Turma: Nº: Domínio de Referência 2 Contexto Profissional Equipamentos Profissionais

FICHA DE TRABALHO Nº5. Nome: Turma: Nº: Domínio de Referência 2 Contexto Profissional Equipamentos Profissionais ESCOLA SECUNDÁRIA COM 2º E 3º CICLOS ANSELMO DE ANDRADE Curso de Educação e Formação de Adultos (nível secundário) FICHA DE TRABALHO Nº5 Área: Sociedade, Tecnologia e Ciência NÚCLEO GERADOR 1: EQUIPAMENTOS

Leia mais

Motores de Combustão Interna Parte I

Motores de Combustão Interna Parte I ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS LEB332 Mecânica e Máquinas Motoras Motores de Combustão Interna Parte I Prof. Thiago Romanelli romanelli@usp.br

Leia mais

Energy in Transports Fuel consumption and emissions from road vehicles. Tiago Lopes Farias

Energy in Transports Fuel consumption and emissions from road vehicles. Tiago Lopes Farias Energy in Transports Fuel consumption and emissions from road vehicles Tiago Lopes Farias Instituto Superior Técnico Otto Engine: : 4 stroke cycle ADMISSÃO COMPRESSÃO EXPANSÃO ESCAPE Main variables curso

Leia mais

Motor de combustão de quatro tempos

Motor de combustão de quatro tempos Força motriz Ao produzir-se a combustão (explosão) da mistura de gasolina e ar, os pistões impulsionados pela expansão dos gases originam a força motriz do motor. Num automóvel de dimensões médias, quando

Leia mais

Parâmetros de performance dos motores:

Parâmetros de performance dos motores: Parâmetros de performance dos motores: Os parâmetros práticos de interesse de performance dos motores de combustão interna são: Potência, P Torque,T Consumo específico de combustível. Os dois primeiros

Leia mais

a) pressão máxima do ciclo; b) rendimento térmico; c) pressão média

a) pressão máxima do ciclo; b) rendimento térmico; c) pressão média Lista 1 de Motores de Combustão Interna 1. Para alguns motores Diesel é adequada a representação do ciclo motor segundo um ciclo dual, no qual parte do processo de combustão ocorre a volume constante e

Leia mais

Funcionamento de um motor CAPITULO 11. Curvas características de um motor - Influencia dos parâmetros de regulagem, de uso e concepção

Funcionamento de um motor CAPITULO 11. Curvas características de um motor - Influencia dos parâmetros de regulagem, de uso e concepção CAPITULO 11 Curvas características de um motor - Influencia dos parâmetros de regulagem, de uso e concepção Curvas características de um motor - Influencia dos parâmetros de regulagem, de uso e concepção

Leia mais

Relatório Projecto Feup

Relatório Projecto Feup Relatório Projecto Feup Realizado por: Equipa 506 Índice 1. Introdução... 3 2. Principais constituintes do motor de combustão interna... 4 3. Motor de explosão... 7 3.1 Evolução do motor de explosão...

Leia mais

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Aula 12 Ciclo Otto e Ciclo Diesel

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Aula 12 Ciclo Otto e Ciclo Diesel Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Aula 12 Ciclo Otto e Ciclo Diesel Ciclo de Potência dos Motores Alternativos Deslocamento de todos cilindros: V desl =N ciclo (V max V min )=N ciclo A ciclo

Leia mais

Motores de Combustão Interna Parte III - SISTEMAS COMPLEMENTARES

Motores de Combustão Interna Parte III - SISTEMAS COMPLEMENTARES ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS LEB332 Mecânica e Máquinas Motoras Motores de Combustão Interna Parte III - SISTEMAS COMPLEMENTARES Prof. Thiago

Leia mais

Motores Térmicos. Problemas das Aulas Práticas

Motores Térmicos. Problemas das Aulas Práticas Motores Térmicos Problemas das Aulas Práticas Resolva (ou tente resolver) os seguintes problemas antes da aula prática respectiva, e vá preparado para os discutir na aula. Note que é importante ter em

Leia mais

ESTUDO DA COMBUSTÃO DA OPERAÇÃO BICOMBUSTÍVEL DIESEL-ETANOL NUMA MÁQUINA DE COMPRESSÃO RÁPIDA

ESTUDO DA COMBUSTÃO DA OPERAÇÃO BICOMBUSTÍVEL DIESEL-ETANOL NUMA MÁQUINA DE COMPRESSÃO RÁPIDA ESTUDO DA COMBUSTÃO DA OPERAÇÃO BICOMBUSTÍVEL DIESEL-ETANOL NUMA MÁQUINA DE COMPRESSÃO RÁPIDA Aluno: Pedro Delbons Duarte de Oliveira Orientador: Carlos Valois Maciel Braga Introdução Em virtude da frequente

Leia mais

Aula 5 Energia e trabalho: Ciclos de Gás

Aula 5 Energia e trabalho: Ciclos de Gás Universidade Federal do ABC P O S M E C Aula 5 Energia e trabalho: Ciclos de Gás MEC202 Ciclo termodinâmicos Ciclos termodinâmicos podem ser divididos em duas categorias gerais: ciclos de energia e ciclos

Leia mais

Motores Térmicos. Programa

Motores Térmicos. Programa Motores Térmicos Programa I Introdução aos diversos tipos de motores IV Combustão e câmaras de combustão em motores de Explosão II 1 Generalidades 2 Funcionamento dos motores de Explosão 3 Funcionamento

Leia mais

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RN CAMPUS: CURSO: ALUNO: Lista de exercícios 20

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RN CAMPUS: CURSO: ALUNO: Lista de exercícios 20 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RN CAMPUS: CURSO: ALUNO: DISCIPLINA: FÍSICA I PROFESSOR: EDSON JOSÉ Lista de exercícios 20 1. Numa transformação sob pressão constante de 800 N/m

Leia mais

Componente curricular: Mecanização Agrícola. Curso: Técnico em Agroecologia Professor: Janice Regina Gmach Bortoli

Componente curricular: Mecanização Agrícola. Curso: Técnico em Agroecologia Professor: Janice Regina Gmach Bortoli Componente curricular: Mecanização Agrícola Curso: Técnico em Agroecologia Professor: Janice Regina Gmach Bortoli Mecanização agrícola. 1. Motores agrícola. Agricultura moderna: uso dos tratores agrícolas.

Leia mais

Motores Térmicos. 8º Semestre 4º ano. Prof. Jorge Nhambiu

Motores Térmicos. 8º Semestre 4º ano. Prof. Jorge Nhambiu Motores Térmicos 8º Semestre 4º ano Aula 2 - Tópicos Definição Objectivo e Divisão dos Motores de Combustão Interna; Motor Wankel; Motor de êmbolo; Bases utilizadas para a classificação dos motores; Valores

Leia mais

Primeira Lei da Termodinâmica

Primeira Lei da Termodinâmica Físico-Química I Profa. Dra. Carla Dalmolin Primeira Lei da Termodinâmica Definição de energia, calor e trabalho Trabalho de expansão Trocas térmicas Entalpia Termodinâmica Estudo das transformações de

Leia mais

Geração Elétrica Centrais Termoelétricas

Geração Elétrica Centrais Termoelétricas Geração Elétrica Centrais Termoelétricas Prof. Dr. Eng. Paulo Cícero Fritzen 1 GERAÇÃO TERMOELÉTRICA Introdução O processo fundamental de funcionamento das centrais termelétricas baseia-se na conversão

Leia mais

Motores Térmicos. Programa

Motores Térmicos. Programa Motores Térmicos Programa I II Introdução aos diversos tipos de motores 1 Generalidades 2 Funcionamento dos motores de Explosão 3 Funcionamento dos motores Diesel 4 Funcionamento dos motores a Dois Tempos

Leia mais

MECÂNICA APLICADA CARACTERÍSTICAS DIMENSIONAIS DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA PROFº RUI CASARIN. Características Dimensionais dos Motores

MECÂNICA APLICADA CARACTERÍSTICAS DIMENSIONAIS DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA PROFº RUI CASARIN. Características Dimensionais dos Motores MECÂNICA APLICADA CARACTERÍSTICAS DIMENSIONAIS DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA PROFº RUI CASARIN DIÂMETRO DO CILINDRO (D) SERÁ REPRESENTADO PELA LETRA D. NORMALMENTE É APRESENTADO NOS MANUAIS DE FABRICANTES

Leia mais

REFRAÇÃO DA LUZ: LENTES 413EE TEORIA

REFRAÇÃO DA LUZ: LENTES 413EE TEORIA 1 TEORIA 1. POTÊNCIA DE UMA FONTE DE CALOR Como o calor é uma forma de energia, podemos dizer que as fontes de calor são corpos ou sistemas termodinâmicos (como o Sol) capazes de transferir calor para

Leia mais

Motores de Combustão Interna MCI

Motores de Combustão Interna MCI Motores de Combustão Interna MCI Aula 3 - Estudo da Combustão Componentes Básicos dos MCI Combustão Combustão ou queima é uma reação química exotérmica entre um substância (combustível) e um gás (comburente),

Leia mais

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO 64 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os ensaios para determinação dos parâmetros de desempenho e de combustão foram executados conforme o procedimento apresentado no Capítulo 5. 6.1. INCERTEZAS DE MEDIÇÃO No Apêndice

Leia mais

O SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DOS MOTORES A QUATRO TEMPOS UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

O SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DOS MOTORES A QUATRO TEMPOS UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO O SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DOS MOTORES A QUATRO TEMPOS Introdução O funcionamento dos motores de combustão interna baseia-se na pressão resultante da combustão de um fluído no interior de um cilindro que,

Leia mais

Física 20 Questões [Fácil]

Física 20 Questões [Fácil] Física 20 Questões [Fácil] 01 - (ITA SP) Uma máquina térmica reversível opera entre dois reservatórios térmicos de temperaturas 100 C e 127 C, respectivamente, gerando gases aquecidos para acionar uma

Leia mais

FUNDAMENTOS DO FUNCIONAMENTO DE MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA

FUNDAMENTOS DO FUNCIONAMENTO DE MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA CAPÍTULO 1 FUNDAMENTOS DO FUNCIONAMENTO DE MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA INTRODUÇÃO O motor é a fonte de potência de veículos. A potência do veículo lhe dá movimentação, e lhe permite o transporte de cargas

Leia mais

Reservatório a alta temperatura T H. Ciclos reversíveis

Reservatório a alta temperatura T H. Ciclos reversíveis 15/Mar/017 Aula 6 Ciclos termodinâmicos reversíveis Diagrama P e eficiência do Ciclo de Carnot Ciclo de Otto (motores a gasolina): processos e eficiência Ciclo de Diesel: processos, eficiência e trabalho

Leia mais

Motores Térmicos. Objectivos

Motores Térmicos. Objectivos Motores Térmicos Objectivos Objectivo de ordem geral: sendo uma cadeira de cúpula, pretende-se que os alunos apliquem, de uma forma integrada, conhecimentos adquiridos (termodinâmica, mecânica de fluidos,

Leia mais

Reservatório a alta temperatura T H. Ciclos reversíveis

Reservatório a alta temperatura T H. Ciclos reversíveis 9/Mar/016 Aula 6 Ciclos termodinâmicos reversíveis Diagrama P e eficiência do Ciclo de Carnot Ciclo de Otto (motores a gasolina): processos e eficiência Ciclo de Diesel: processos, eficiência e trabalho

Leia mais

MOTORES TÉRMICOS AULA 27: MCI - SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO DE AR E EXAUSTÃO

MOTORES TÉRMICOS AULA 27: MCI - SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO DE AR E EXAUSTÃO MOTORES TÉRMICOS AULA 27: MCI - SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO DE AR E EXAUSTÃO PROF.: KAIO DUTRA O sistema de alimentação de ar possui o objetivo de suprir o motor de ar limpo em quantidade adequada. Este sistema

Leia mais

Conteúdo. 1 Introdução e Comentários Preliminares, Propriedades de uma Substância Pura, 53

Conteúdo. 1 Introdução e Comentários Preliminares, Propriedades de uma Substância Pura, 53 Conteúdo 13 Conteúdo 1 Introdução e Comentários Preliminares, 21 1.1 O Sistema Termodinâmico e o Volume de Controle, 23 1.2 Pontos de Vista Macroscópico e Microscópico, 24 1.3 Estado e Propriedades de

Leia mais

Aula 4 Conhecimentos Técnicos sobre Aviões

Aula 4 Conhecimentos Técnicos sobre Aviões Universidade Federal do ABC Aula 4 Conhecimentos Técnicos sobre Aviões AESTS002 AERONÁUTICA I-A Suporte ao aluno Site do prof. Annibal: https://sites.google.com/site/annibalhetem/aes ts002-aeronautica-i-a

Leia mais

Motores Térmicos. Objectivos

Motores Térmicos. Objectivos Motores Térmicos Objectivos Objectivo de ordem geral: sendo uma cadeira de cúpula, pretende-se que os alunos apliquem, de uma forma integrada, conhecimentos adquiridos (termodinâmica, mecânica de fluidos,

Leia mais

Sistema de Ignição e Elétrico do Motor - SEL. Prof. Ribeiro

Sistema de Ignição e Elétrico do Motor - SEL. Prof. Ribeiro Sistema de Ignição e Elétrico do Motor - SEL Prof. Ribeiro aero_ribeiro@hotmail.com http://eletricidade-no-ar.webnode.com Regras do jogo Carga horária de 8 aulas; Conteúdo elaborado ou/indicado pelo professor;

Leia mais

FUNCIONAMENTO DOS MOTORES DE CILINDROS MÚLTIPLOS

FUNCIONAMENTO DOS MOTORES DE CILINDROS MÚLTIPLOS Instituto de Tecnologia - Departamento de Engenharia FUNCIONAMENTO DOS MOTORES DE CILINDROS MÚLTIPLOS IT154- MOTORES E TRATORES Carlos Alberto Alves Varella varella@ufrrj.br Ordem de ignição Sequência

Leia mais

MOTORES TÉRMICOS AULA 28 LUBRIFICAÇÃO PROF.: KAIO DUTRA

MOTORES TÉRMICOS AULA 28 LUBRIFICAÇÃO PROF.: KAIO DUTRA MOTORES TÉRMICOS AULA 28 LUBRIFICAÇÃO PROF.: KAIO DUTRA Lubrificação As principais funções do Sistemas de lubrificação são: Diminuir o atrito entre as peças com movimento relativo; Impedir o contato direto

Leia mais

BC 0303: Fenômenos Térmicos 2 a Lista de Exercícios

BC 0303: Fenômenos Térmicos 2 a Lista de Exercícios BC 33: Fenômenos Térmicos a Lista de Exercícios ** Onde for necessário adote a constante universal dos gases R = 8,3 J/mol K e o número de Avogadro N A = 6,. 3 ** Caminho Livre Médio. Em um dado experimento,

Leia mais

6. Comparação entre os resultados experimentais e de modelagem

6. Comparação entre os resultados experimentais e de modelagem 6. Comparação entre os resultados experimentais e de modelagem 6.1. Resultados comparativos Na Figura 40 encontram-se representados os sinais da rotação do motor calculados e adquiridos a bordo. A simulação

Leia mais

UNIDADE 1 DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E APLICAÇÕES TÍPICAS DE MCI 1.1 Generalidades 1.2 Perspectiva histórica. 1.3 Motores alternativos e rotativos.

UNIDADE 1 DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E APLICAÇÕES TÍPICAS DE MCI 1.1 Generalidades 1.2 Perspectiva histórica. 1.3 Motores alternativos e rotativos. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CAMPUS JOINVILLE CENTRO DE ENGENHARIAS DA MOBILIDADE CURSO BACHARELADO EM ENGENHARIA DA MOBILIDADE SEMESTRE 2013/2 I. IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA Código: EMB 5304

Leia mais

Ciclos de operação. Motores alternativos: Razão de compressão. Máquinas Térmicas I Prof. Eduardo Loureiro

Ciclos de operação. Motores alternativos: Razão de compressão. Máquinas Térmicas I Prof. Eduardo Loureiro Ciclos de operação Motores alternativos: O pistão move-se pra frente e pra trás no interior de um cilindro transmitindo força para girar um eixo (o virabrequim) por meio de um sistema de biela e manivela.

Leia mais

Descrever o princípio de funcionamento dos motores Ciclo Otto Identificar os componentes básicos do motor.

Descrever o princípio de funcionamento dos motores Ciclo Otto Identificar os componentes básicos do motor. Objetivos Descrever o princípio de funcionamento dos motores Ciclo Otto Identificar os componentes básicos do motor. Descrição Neste módulo são abordados os princípios de funcionamento do motor Ciclo Otto,

Leia mais

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA TERMODINÂMICA

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA TERMODINÂMICA PRINCÍPIOS BÁSICOS DA TERMODINÂMICA... 1 1.1 Variáveis e Transformações Termodinâmicas... 1 1.2 Primeiro Princípio da Termodinâmica... 1 1.3 Segundo Princípio da Termodinâmica... 2 1.4 Expressões das Variáveis

Leia mais

NT PowerBox. Dispositivo eletrônico de fácil instalação que aumenta a potência do motor, diminui a emissão de gases tóxicos e protege o óleo.

NT PowerBox. Dispositivo eletrônico de fácil instalação que aumenta a potência do motor, diminui a emissão de gases tóxicos e protege o óleo. NT PowerBox Dispositivo eletrônico de fácil instalação que aumenta a potência do motor, diminui a emissão de gases tóxicos e protege o óleo. SEU MOTOR TEM BAIXA PERFORMANCE? DÊ UMA DOSE DE NT POWERBOX

Leia mais

CADERNO DE EXERCÍCIOS 3D

CADERNO DE EXERCÍCIOS 3D CADERNO DE EXERCÍCIOS 3D Ensino Fundamental Ciências da Natureza Questão Conteúdo Habilidade da Matriz da EJA/FB 1 Materiais Isolantes Térmicos H55, H56 2 Processos de Troca de Calor H55 3 Transformação

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CAMPUS JOINVILLE DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS DA MOBILIDADE ENGENHARIA AUTOMOTIVA SEMESTRE 2016.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CAMPUS JOINVILLE DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS DA MOBILIDADE ENGENHARIA AUTOMOTIVA SEMESTRE 2016. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CAMPUS JOINVILLE DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS DA MOBILIDADE ENGENHARIA AUTOMOTIVA SEMESTRE 2016.1 I. IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA Código: EMB 5304 Nome: Motores de

Leia mais

Termodinâmica. Lucy V. C. Assali

Termodinâmica. Lucy V. C. Assali Termodinâmica Segunda Lei Física II 2016 - IO A Segunda Lei da Termodinâmica 1 a Lei da Termodinâmica: incorpora ao princípio de conservação de energia o calor como forma de energia: du = dq - dw (qualquer

Leia mais

MOTORES TÉRMICOS AULA MCI: CICLOS E CURVAS

MOTORES TÉRMICOS AULA MCI: CICLOS E CURVAS MOTORES TÉRMICOS AULA 20-21 MCI: CICLOS E CURVAS PROF.: KAIO DUTRA Diagrama P-v Ciclo Otto 4T Os aspectos qualitativos de um diagrama p-v real de um motor ciclo Otto está representado ao lado. Esse diagrama

Leia mais

3 Regime Permanente de Turbinas a Gás

3 Regime Permanente de Turbinas a Gás 3 Regime Permanente de Turbinas a Gás 3.1. Desempenho de Turbinas a Gás em Ponto de Projeto 3.1.1. Introdução O primeiro passo no projeto de uma turbina a gás é o cálculo termodinâmico do ponto de projeto,

Leia mais

TERMODINÂMICA. Prof. Rangel

TERMODINÂMICA. Prof. Rangel TERMODINÂMICA Prof. Rangel GÁS Gás é um estado físico da matéria onde as moléculas tem maior energia e grau de liberdade. Características: o O volume é igual ao do recipiente que o contem. o Alta compressibilidade;

Leia mais

c Deixe o sistema de escapamento esfriar antes de remover os componentes para manutenção, caso contrário estará sujeito a graves queimaduras.

c Deixe o sistema de escapamento esfriar antes de remover os componentes para manutenção, caso contrário estará sujeito a graves queimaduras. 6. SISTEMA DE ESCAPE INFORMAÇÕES DE SERVIÇO 6-1 DIAGNÓSTICO DE DEFEITOS 6-1 DESCRIÇÃO DO SISTEMA 6-2 INFORMAÇÕES DE SERVIÇO c Deixe o sistema de escapamento esfriar antes de remover os componentes para

Leia mais

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL. PROFESSOR Daut Couras CARGA.HORARIA SEMANAL 04 PRE-REQUI5ITO

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL. PROFESSOR Daut Couras CARGA.HORARIA SEMANAL 04 PRE-REQUI5ITO SERVÇO PÚBLCO FEDERAL AMB0674 Má uinas Térmicas PROFESSOR Daut Couras.i;,.i CARGA.HORARA SEMANAL N"ºDE' i.h TEORCAtJ!i1PQATlCA lit;teq.rlqa-p,tatlcaj;is TQJ'Aa.; ~ CRÉDTOS)~!; M'. ~;;*~~;;~ L". 'r a 04

Leia mais

2º Lei da Termodinâmica. Introdução Enunciado da 2º lei Rendimento de uma máquina térmica Ciclo de Carnot

2º Lei da Termodinâmica. Introdução Enunciado da 2º lei Rendimento de uma máquina térmica Ciclo de Carnot 2º Lei da Termodinâmica Introdução Enunciado da 2º lei Rendimento de uma máquina térmica Ciclo de Carnot Introdução Chamamos, genericamente, de máquina a qualquer dispositivo que tenha por finalidade transferir

Leia mais

2ª Lei da Termodinâmica Máquinas Térmicas Refrigeradores

2ª Lei da Termodinâmica Máquinas Térmicas Refrigeradores 2ª Lei da Termodinâmica Máquinas Térmicas 2 a Lei da Termodinâmica 2 a Lei da Termodinâmica O que determina o sentido de certos fenômenos da natureza? Exemplo: Sistema organizado Sistema desorganizado

Leia mais

CAPITULO 11. Curvas características de um motor - Influencia dos parâmetros de regulagem, de uso e concepção

CAPITULO 11. Curvas características de um motor - Influencia dos parâmetros de regulagem, de uso e concepção CAPITULO 11 Curvas características de um motor - Influencia dos parâmetros de regulagem, de uso e concepção Curvas características de um motor - Influencia dos parâmetros de regulagem, de uso e concepção

Leia mais

PREVISÃO DE COEFICIENTES DE WIEBE PARA UM MOTOR SI BASEADO EM

PREVISÃO DE COEFICIENTES DE WIEBE PARA UM MOTOR SI BASEADO EM Blucher Engineering Proceedings Agosto de 2014, Número 2, Volume 1 PREVISÃO DE COEFICIENTES DE WIEBE PARA UM MOTOR SI BASEADO EM VARIÁVEIS DE CONTROLE Thomaz Ernesto de Sousa Savio 1.2, Luis Henrique Ferrari

Leia mais

Fuel controller. Observações do FC

Fuel controller. Observações do FC Observações do FC O Fuel Controller é parte integrante de uma preparação feita. Toda a preparação se compõe do conjunto de troca de peças, o FC é uma das partes necessárias para aumento de potência no

Leia mais