Por uma definição da variante estigmatizada na concordância verbal no interior paulista: a atuação da variável gênero/sexo

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Por uma definição da variante estigmatizada na concordância verbal no interior paulista: a atuação da variável gênero/sexo"

Transcrição

1 Por uma definição da variante estigmatizada na concordância verbal no interior paulista: a atuação da variável gênero/sexo Cássio Florêncio Rubio Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas Universidade Estadual Paulista (UNESP) São José do Rio Preto Bolsista FAPESP proc. 05/ cassiorubio@yahoo.com.br, cassiorubio@hotmail.com Resumo. Buscamos, neste artigo, demonstrar que o fator sexo/gênero pode influenciar, em conjunto com outros fatores sociais e lingüísticos, a aplicação da regra de concordância verbal dos falantes do interior paulista, considerando a premissa de que falantes do sexo feminino são mais sensíveis ao significado social das variantes lingüísticas. Palavras-chave. concordância verbo-sujeito; variação lingüística; sexo/gênero Abstract. In this paper we demonstrate that the factor sex/gender can influence, together with other social and linguistic factors, the verbal agreement of the speakers from interior of São Paulo state, taking account of the premise that female speakers are more sensitive to the social meaning of the linguistic variants. Keywords. subject-verb agreement; language variation; sex/gender 0. Introdução Considerando a concordância verbal (CV, daqui em diante) como fenômeno variável do português falado brasileiro, investigamos fatores de ordem social e lingüística que influenciam a aplicação dessa regra variável, focalizando, principalmente, o comportamento lingüístico dos falantes em relação ao sexo/gênero. 1 Para procedermos a essa análise utilizamos como córpus amostras de fala pertencentes ao Banco de Dados Iboruna, constituído pelo Projeto ALIP (Amostra Lingüística do Interior Paulista), sediado na UNESP de São José do Rio Preto. As amostras de fala são provenientes da gravação de 152 informantes da região noroeste do Estado de São Paulo, mais precisamente da região de São José do Rio Preto. Ainda que o fenômeno da variação na CV já tenha sido investigado em vários outros dialetos, nossa pesquisa se justifica por não haver até então um banco de dados elaborado com rigores técnicos que permitisse o estudo do comportamento lingüístico de informantes representativos da fala riopretana. As entrevistas analisadas foram estratificadas de forma igualitária considerando o fator social sexo/gênero. Coube-nos verificar: 1. Se o apagamento de marcas formais do verbo, indicativas de concordância com o sujeito no plural correspondente, ocorre com a mesma freqüência e probabilidade para falantes do sexo masculino e feminino; 2. Se esse apagamento ocorre com as mesmas características para a 1ª pessoa do plural (1PP) e a 3ª pessoa do plural (3PP); 3. Quais fatores sociais e lingüísticos podem influenciar, Estudos Lingüísticos XXXVI(2), maio-agosto, p. 380 / 388

2 em conjunto com o fator sexo/gênero, positivamente ou negativamente os índices de aplicação da regra de CV. 1. Procedimentos metodológicos Estabelecemos, em nosso trabalho, como variável dependente a variante zero de plural nos verbos e a variante explícita de plural nos verbos, para a primeira e terceira pessoas, como mostram as ocorrências que seguem. 2 (1) eu fiz a prova... nós tava em:: em:: um uns trinta candida::to [AC-135, p.1, l.27] (2) nós namoramos já um BOM tempo (nossa) namoramos desde junho do ano passado [AC-022, p.1, l.5] (3) aí ela disse que entrou mais dois meninos... de manhã... [AC-006, p.10, l.416] (4) éh não houve assim nada de grave a não ser algumas pessoas que ficaram internadas até por alguns dias... [AC-113, p.3, l.88] Foram analisados todos os dados de CV extraídos das 10 entrevistas, que apresentam duração média de 40 minutos, perfazendo um total de 427 ocorrências. Do total de ocorrências, 359 apresentaram marcas explícitas de CV, 84% da amostra, e 68 ocorrências, 16% do total, apresentaram a variante zero de plural nos verbos. Para a verificação da correlação entre fatores lingüísticos e sociais atuantes no fenômeno em estudo, os dados foram codificados e analisados estatisticamente com o auxílio do pacote estatístico Varbrul. 2. Pressupostos teóricos Desde o estudo precursor de Fisher (1958), que estudou a influência de fatores sociais na fala de crianças de uma comunidade rural da Nova Inglaterra, Estados Unidos, sabe-se que a escolha das variantes lingüísticas é influenciada pelo sexo/ gênero. Fisher comprovou que, na variação entre o -ing e in, falantes do sexo feminino usam mais a forma de prestígio -ing que os falantes do sexo masculino, que optam com maior freqüência pela forma -in. Da mesma forma, Labov (1966) constatou que, no contexto variável de /r/ pós-vocálico, as mulheres empregam mais a forma padrão novaiorquina, a preservação do /r/, do que os homens. Em Wolfram (1969), Trudgill (1974), Laberge (1977), Sankoff & Thibault (1977), Guy (1981), Oliveira (1982), Silva (1982), é constatado que representantes do sexo feminino tem maior tendência a acompanhar as formas lingüísticas consideradas padrão em uma comunidade, ou seja, as mulheres se mostram mais preocupadas do que os homens com a norma imposta pela comunidade. Labov (1990, p ) sumariza os resultados sobre a influência do fator social sexo/gênero por meio dos seguintes princípios: Princípio I: Em uma estratificação sociolingüística estável, homens fazem uso, com maior freqüência, de formas lingüísticas não-padrão do que mulheres. Estudos Lingüísticos XXXVI(2), maio-agosto, p. 381 / 388

3 Princípio Ia: Em fenômenos variáveis, mulheres são mais receptivas às formas de prestígio do que homens. Princípio II: Nas mudanças lingüísticas que privilegiam formas prestigiadas na comunidade, mulheres são mais inovadoras. Para Chambers (2001, p.427), a generalização elaborada por Labov, a respeito da comunidade de fala, pode ser questionada, pois o comportamento de uma comunidade depende da estratificação de suas classes sociais. Nas classes de trabalhadores, por exemplo, o uso das formas lingüísticas não-padrão, por representantes do sexo masculino, está associado à orientação das normas dessa comunidade, que associam esse comportamento lingüístico à masculinidade. Romaine (1999, apud Chambers, 2001, p.353) afirma que as mulheres possuem mais consciência da pressão exercida pelas normas locais e também acerca do status social. Os estudos de Callou (1979) e Silva (1982), envolvendo o PB, comprovam que as mulheres podem ser mais inovadoras que os representantes do sexo masculinos em fenômenos de mudança para uma forma que não seja desprestigiada na comunidade lingüística. 3 Para Rodrigues (1987), as mulheres são mais conscientes e mais sensíveis ao significado social das variáveis lingüísticas, o que faz com que sejam mais conservadoras quando as mudanças lingüísticas estão operando em direção oposta à da variedade de prestígio. Quando a mudança caminha em direção a uma forma prestigiada, ainda que não obedeça à forma padrão da comunidade, as mulheres tendem a ser mais inovadoras. Os resultados apresentados pela autora sobre a influência do fator sexo/gênero na aplicação da regra de CV para a comunidade pesquisada, contudo, demonstram que os homens aplicam mais a regra de CV para a 1PP do plural do que as mulheres, fato atribuído, segundo ela, à falta de acesso das mulheres, principalmente, ao mercado de trabalho. Para a 3PP os resultados apresentados demonstraram que o fator sexo resultou inoperante, já que os números para ambos os sexos foram praticamente homogêneos. Ao elaborar uma comparação entre a concordância de 1PP e 3PP, a autora constatou que os índices de não-aplicação da regra para a 3PP superaram em muito os índices de não-aplicação para a 1PP, pois, sob o ponto de vista social, principalmente nos grandes centros urbanos, a noção de erro é mais saliente para a falta de CV de 1PP do que de 3PP, estando aquela mais associada a falantes do interior ou de zona rural. Generalizando, isso equivale a dizer que a noção de erro associada à CV de 3PP não tem o mesmo peso social que tem a CV desviante de 1PP. Uma explicação plausível, segundo Chambers (2001, p.354), para resultados como esses, seria a divisão sócio-cultural do trabalho entre homens e mulheres. Em comunidades em que a mulher possui maior mobilidade social e se insere no mercado de trabalho, a discrepância entre a fala masculina e feminina é maior do que em comunidades onde a mulher não goza das mesmas condições de participação social que os homens. Nas condições de menor desigualdade de participação na comunidade o comportamento lingüístico entre homens e mulheres tende se assemelhar. 3. Análise Conforme mencionamos anteriormente, nas comunidades urbanas do mundo ocidental, há uma tendência de que falantes do sexo feminino usem mais as formas de Estudos Lingüísticos XXXVI(2), maio-agosto, p. 382 / 388

4 prestígio que falantes do sexo masculino, ou seja, as mulheres buscam aproximar sua fala da variedade padrão. Seguindo então essa tendência, nossa hipótese era a de que os informantes do sexo feminino apresentassem um maior índice de CV do que os informantes do sexo masculino. Apesar de não ter sido selecionado como relevante, esse grupo de fatores contrariou essa nossa expectativa inicial, uma vez que, para os homens, houve um maior índice de aplicação da regra (87% /.54) do que para as mulheres (82% /.47), embora, em termos de freqüência, a distância entre eles não seja grande. A diferença desse resultado em relação à maioria das pesquisas do PB sobre o mesmo assunto pode residir no fator origem geográfica dos informantes, uma região interiorana, na qual o modo de vida familiar difere, de certa forma, do modo de vida das grandes capitais, onde a mulher está mais inserida no mercado de trabalho, ocupando posições antes reservadas aos homens. É muito comum na comunidade investigada, que a mulher, diferentemente do homem, permaneça em casa, nos afazeres domésticos, não travando um contato maior com a norma culta, presente principalmente no ambiente de trabalho. Assim, o resultado de nossa pesquisa muito se aproxima ao apresentado por Rodrigues (1987), que também demonstrou que os homens entrevistados aplicam mais a regra de CV do que as mulheres, porque se inserem no mercado de trabalho mais facilmente e, assim, se adaptam às novas normas sociais da comunidade de fala. Além disso, ela constata também que os homens, em geral, não exercem sua atividade profissional no próprio bairro, ou seja, saem de sua comunidade e travam contato com outras comunidades, que exercem sobre ele maior pressão normativa, a fim de que se iguale lingüisticamente em relação aos moradores das grandes cidades. 4 Ao observarmos o quadro 1, que traz informações a respeito da profissão dos informantes da amostra analisada, fica nítida a tendência afirmada acima, já que os informantes do sexo masculino, em sua maioria, exercem profissões fora do ambiente familiar e, ainda, profissões nas quais é imprescindível o contato com o público, o que julgamos influenciar positivamente a implementação da norma culta. Por outro lado, as mulheres que compõem a amostra exercem profissões domésticas ou no próprio ambiente do lar, o que leva a um menor contato com outras comunidades de fala. A faixa etária mais jovem, tanto de integrantes do sexo feminino quanto de integrantes do sexo masculino, possui praticamente a mesma inserção na comunidade, já que se compõe basicamente de estudantes. Logo, julgamos que a não confirmação total da hipótese inicial pode ser atribuída às diferenças de inserção social dos diferentes informantes da amostra analisada. Nº do Informante idade sexo profissão anos feminino estudante anos feminino estudante anos feminino estudante anos feminino do lar anos feminino costureira autônoma anos masculino estudante anos masculino músico anos masculino gerente de linhas anos masculino agente fiscal de vendas anos masculino agente de segurança e recepção Quadro 1: Perfil social dos informantes com a inclusão da profissão Estudos Lingüísticos XXXVI(2), maio-agosto, p. 383 / 388

5 Ao cruzarmos o grupo de fatores sexo/gênero com o grupo de fatores pessoa verbal, chegamos a um fato interessante, que permite a prevalência da hipótese inicial de que as mulheres são mais sensíveis ao significado social das variedades lingüísticas. Apesar de o índice total de CV de informantes do sexo feminino não ter superado o de informantes do sexo masculino, observamos por meio do cruzamento de fatores que, para ocorrências de 1PP, o índice de CV de informantes do sexo feminino atinge os 91%, enquanto o índice para informantes do sexo masculino é de 86%. Para ocorrências de 3PP, a situação se inverte, e os percentuais são de 87% para o sexo masculino e 79% para o sexo feminino. Vejamos a tabela 1: Tabela 1: Resultado do cruzamento entre os fatores sexo/gênero e pessoa verbal Pessoa verbal/ Sexo masculino feminino Total 1PP 86% (18/21) 91% (52/57) 90% (70/78) 3PP 87% (151/174) 79% (138/175) 83% (289/349) Total 87% (169/195) 82% (190/232) 84% (359/427) As ocorrências de 1PP sem a aplicação da regra de CV (5a) são mais estigmatizadas na comunidade de fala que as ocorrências de 3PP sem a realização da CV (5b), fato que explica uma maior preocupação de informantes do sexo feminino com realização da CV em contextos de 1PP. (5) a. Nós era tudo pequeno... ela con::ta que ela sofreu mui::to b. Os primos tudo juntos né... andava po mato [AC-135, p.2, l.59] [AC-102, p.4, l.148] Inúmeros estudos sobre a CV investigaram o fator saliência fônica (v. Lemle e Naro, 1977; Naro 1981; Scherre e Naro 1997; Monghilhott e Coelho, 2001) e verificaram que diferenciações maiores entre as formas verbais singulares e plurais de verbos tendem a ser mais marcadas do que as menos salientes, ou seja, as oposições mais salientes entre singular e plural, sendo mais perceptíveis, contribuem para a aplicação da regra. Essa tendência correlaciona-se estreitamente com o fato de que as formas mais salientes, por serem mais perceptíveis aos ouvintes e ao próprio interlocutor, sofrem maior estigmatização por parte da sociedade e, assim, é natural que tanto as mulheres quanto os falantes mais escolarizados, em geral, evitem a não concordância verbal em situações de maior saliência fônica. Nos pares verbais singular/plural, as construções de 1PP, quando realizadas sem a marcação explícita de plural, recebem sempre a forma singular de terceira pessoa e não de primeira pessoa, conforme se observa na ocorrência (1). Dessa forma, em relação ao grau de saliência fônica, a oposição singular / plural é estabelecida entre a terceira pessoa do singular e a 1PP. Para os contextos de 3PP, essa mesma oposição se dá sempre entre as terceiras pessoas do singular e do plural (v. ocorrências (3) e (4)). A saliência fônica mínima evidenciada em contextos de 1PP, considerando os critérios acima descritos, é superior à saliência fônica mínima em contextos de 3PP. Para a primeira pessoa, a menor oposição possível entre a forma singular e a forma plural nos verbos é observada pelo acréscimo de segmentos fônicos à forma singular (cante/cantemos, ir/irmos). A oposição mínima verificada entre a forma singular e a forma plural nos verbos em terceira pessoa envolve apenas mudança na qualidade da vogal na forma plural (cantava/cantavam, sabe/sabem) (v. (5b)). Observamos ainda que as construções em primeira pessoa podem exigir, na forma plural, um vocábulo Estudos Lingüísticos XXXVI(2), maio-agosto, p. 384 / 388

6 proparoxítono em verbos regulares conjugados no Pretérito Imperfeito do Indicativo ou Subjuntivo e no Futuro do Pretérito do Indicativo (falava/falávamos, fosse/fôssemos, cantaria/ cataríamos), ou seja, com alta saliência fônica (v. (5a)). Para a terceira pessoa, a alta saliência fônica somente irá ocorrer com alguns verbos irregulares (é/são). Segundo Tomanin (2003), os falantes podem recorrer, em alguns casos, a estratégias diferentes a fim de evitarem a conjugação verbal na forma plural para a primeira pessoa nos tempos e modos citados. Os falantes pouco escolarizados, de modo geral, nãoaplicam a CV, enquanto os falantes mais escolarizados e as mulheres recorrem à substituição sistemática de nós por a gente, evitando, assim, o vocábulo esdrúxulo. Constata-se, portanto, que o fator saliência fônica pode influenciar a aplicação da regra em ocorrências de 1PP, por esses casos configurarem situações em que a nãoaplicação da regra envolveria maior estigmatização social, evitada por indivíduos do sexo feminino e com maiores índices de escolaridade. Os escolarizados dos grandes centros urbanos estigmatizam a não-aplicação da regra de CV de 1PP por ser esta uma regra que identifica, principalmente, falantes do interior e da zona rural, das diferentes regiões brasileiras. Para a 3PP, a não-aplicação da regra, ainda que seja estigmatizada, sugere apenas a baixa escolarização do falante, sem denunciar sua origem geográfica (v. Rodrigues, 1987). 5 Para o grupo de fatores escolaridade, a hipótese inicial era a de que um aumento da escolaridade do informante e, conseqüentemente, um maior contato com a norma culta presente no ambiente escolar, acarretariam um maior índice de aplicação da CV. Apesar de não relevantes, os percentuais apresentados confirmaram a hipótese, já que o maior índice foi apresentado por informantes que possuíam Curso Superior (95%). Para informantes do Ensino Médio, a média de CV foi de 84%. Informantes com escolaridade variável entre o 1º e 2º ciclo do Ensino Fundamental apresentaram 82% de marcação de plural nos verbos. Ao cruzarmos os grupos de fatores escolaridade e pessoa verbal verificamos, como mostra a tabela 2, que informantes de menor grau de escolaridade (1º e 2º ciclo do EF) realizam apenas 70% de CV para a 1PP e 82,5% para a 3PP, enquanto informantes com grau médio de escolaridade (EM) realizam 93% de CV para 1PP e 78% para 3PP. Informantes de nível superior apresentam percentuais mais altos de aplicação da regra (91% para a 1PP e 96% para a 3PP). Tabela 2: Resultado do cruzamento entre os fatores escolaridade e pessoa verbal Pessoa verbal / 1º e 2º ciclo do EF Ensino Médio Ensino Superior Escolaridade 1PP 70% (6/9) 93% (54/58) 91% (10/11) 3PP 82,5% (187/229) 78% (58/74) 96% (44/46) TOTAL 6 82% (193/238) 85% (112/132) 95% (54/57) Inicialmente, a hipótese apresentada era a de que construções do tipo nós vai, nós foi sofrem grande estigmatização por parte dos falantes escolarizados da comunidade, o que ocorre com menor intensidade para construções do tipo eles canta, eles vai. Portanto, os falantes tenderiam a aplicar a regra com maior freqüência em situações de fala com utilização de verbos em 1PP em relação às situações de fala com verbos em 3PP. Estudos Lingüísticos XXXVI(2), maio-agosto, p. 385 / 388

7 Os números demonstram que informantes com grau maior de escolaridade têm maior sensibilidade à estigmatização da não-aplicação da regra de 1PP do que os informantes de graus de escolaridade mais baixos. Nota-se um aumento na CV de 1PP que acompanha o aumento na escolaridade. Interessante observarmos o baixo índice de aplicação da regra para a 3PP, por parte de informantes de nível médio de escolaridade, fato que pode ser explicado pelo menor preconceito da não concordância em verbos de 3PP. Acreditamos que, assim como as mulheres são mais sensíveis ao significado social das variáveis lingüísticas, os falantes mais escolarizados também o são e, desse modo, buscam se adequar mais à norma culta, em situações de maior preconceito lingüístico, como é o caso da não-concordância de 1PP. 4. Conclusões Recorrendo às variáveis sociais investigadas neste trabalho, foi nos possível definir, para a comunidade de fala riopretana as variantes estigmatizadas no funcionamento da regra de CV de 1PP e 3PP. No geral, contrariamente aos resultados mais freqüentes em pesquisas de natureza variacionista, os homens aplicam mais a regra de CV do que as mulheres, resultado que se mantém para a 3PP, mas não para a 1PP, regra para a qual as mulheres são mais sensíveis, restabelecendo assim a premissa inicial da sensibilidade feminina às formas prestigiadas na comunidade de fala. Também a análise do fator escolaridade confirma o resultado obtido para a variante sexo/gênero. De modo geral, quanto maior o nível de escolaridade, maior a tendência de aplicação da regra de CV, como era de se esperar, em razão da pressão normativa exercida na e pela escola. Relativamente aos contextos de 1PP, é sensível a diferença que coloca de um lado falantes dos níveis de escolaridade mais elevados (Superior e Ensino Médio) e de outro, falantes menos escolarizados (Ensino Fundamental), diferença que não se reflete de igual maneira quando se trata da CV envolvendo a 3PP. O grupo de fatores pessoa verbal se mostrou correlacionado aos fatores sociais sexo e escolaridade e ao fator lingüístico saliência fônica. Com a constatação de que a saliência fônica opera em níveis diferentes para a 1PP e 3PP, foinos possível verificar que esta constitui uma forma de confirmação de que os níveis diferentes de aplicação da regra devem ser explicados levando-se em conta tanto fatores de ordem lingüística quanto de ordem social. Diante desses resultados, é possível concluir que, na comunidade de fala do interior paulista, seguramente há uma maior estigmatização da não aplicação da regra de CV nos contextos de 1PP do que nos de 3PP. Salientamos, por fim, que a presente pesquisa foi elaborada com o intuito de angariar subsídios para um trabalho maior que possa contribuir para a descrição do português falado no interior do Estado de São Paulo, no tocante à concordância verbal. Notas 1 Segundo Cheshire (2001), o termo sexo é normalmente usado para referir-se à distinção fisiológica entre homens e mulheres, já o termo gênero refere-se, normalmente, às diferenças sociais e culturais geradas pela diferença entre o sexo, ou seja, as restrições ou papéis sociais, oportunidades e expectativas de comportamento dos indivíduos. Acrescenta a autora que o termo gênero é, portanto, mais apropriado para o tratamento de fenômenos sociais. Estudos Lingüísticos XXXVI(2), maio-agosto, p. 386 / 388

8 2 No parêntese que segue cada ocorrência, está indicada a fonte de onde o dado foi extraído, com a seguinte referência: indicação da amostra (AC-XXX, que indica o número da amostra censo), o número da página da transcrição e a linha em que se encontra a ocorrência. 3 Como exemplo, podemos citar a variação entre as formas nós e a gente, que, segundo Silva & Paiva (1996), constitui um exemplo que revela que as mulheres e os jovens são responsáveis pela maior utilização da forma a gente, considerada não-padrão, apesar de não ser socialmente estigmatizada. 4 Rodrigues analisou amostras de fala de homens e mulheres analfabetos e semi-analfabetos de classe baixa, provenientes da zona rural. 5 Fenômeno semelhante pode ser observado com o chamado r retroflexo ou r caipira, fortemente estigmatizado pelos grandes centros urbanos, por denunciar a origem geográfica do falante. Observa-se freqüentemente a tentativa de alteração da fala, por parte dos indivíduos de regiões interioranas, como forma de evitar o preconceito social. 6 É de extrema relevância ressaltarmos que o percentual total não deve ser calculado por média aritmética simples entre o percentual de 1PP e o percentual de 3PP, já que há número de ocorrências diferentes. O total percentual por escolaridade é calculado levando-se em conta o número de ocorrências com aplicação de CV para o nível de escolaridade e o número total de ocorrências. Referências bibliográficas CHAMBERS, J. K. Patterns of Variation including Change. In: CHAMBERS, J. K.,TRUDGILL, P., SCHILLING-ESTES, N. The Handbook of Language Variation and Change. Oxford: British Library, CHESHIRE, J. Sex and Gender in Variationist Research. In: CHAMBERS, J. K., TRUDGILL, P., SCHILLING-ESTES, N. The Handbook of Language Variation and Change. Oxford: British Library, CALLOU, D. M. I. Variação e distribuição da vibrante na fala urbana culta do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, UFRJ, Faculdade de Letras, Tese de Doutorado, inédito. FISHER, J. L. Social influences on the choice of a linguistic variant. Word, 14: 47-56, GONÇALVES, S.C.L. O português falado na região de São José do Rio Preto: constituição de um banco de dados anotado para o seu estudo. Relatório Científico Parcial apresentado à FAPESP, GUY, G. R. Linguistic variantion in brasilian portuguese: aspects of the phonology, syntax and language history. University of Pennsylvania, Ph. D. Dissertation, mimeografado. LABERGE, S. Etudé de la variation des pronoms definis et indéfinis dans le français parlé à Montréal. Université de Montreal, Montreal, Thèse presentée à la Faculte des Études Superieures, mimeo. LABOV, W. The social stratification of English in New York city. Washington, D.C., Center for Applied Linguistics, The intersection of sex and social class in the course of lingüist change. Language variation and change, n.2, 1990, p LEMLE, M., NARO, A. J. Competências básicas do português. Relatório final de pesquisa apresentado às instituições patrocinadoras Mobral e Fundação Ford, MONGUILHOTT, I. O. S., COELHO, I. L. Um estudo da concordância verbal de terceira pessoa em Florianópolis. In: VANDRESEN, P. (org.). Variação e mudança no português falado na região sul. Pelotas: Educat, Estudos Lingüísticos XXXVI(2), maio-agosto, p. 387 / 388

9 NARO, A. J. The social and structural dimensions of a syntatic change. Language, v. 57, n. 1, p , OLIVEIRA, M. A. de. Sobre os reflexos sociais da mudança em progresso. In: VEADO, R.M.A. (org.) Ensaios de lingüística. Cadernos de lingüística e teoria da literatura. Belo Horizonte, UFMG, 7: 71-89, dez RODRIGUES, A.C.S. A concordância verbal no português popular em São Paulo. Tese de Doutorado. USP, FFLCH, São Paulo, ROMAINE, S. Communicating Gender. Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum, SANKOFF, G., THIBAULT, P. L alternance entre les auxiliaires avoir et être en français parlé à Montreal. Langue Française, 34: , SCHERRE, M. M. P., NARO, A. J. Shifting control: the use of agreement in written language. Annual Meeting of the Michigan Linguistic Society. East Lansing: Michigan State University, Department of Linguistics and Germanic, Slavic, Asina & African Languages, SILVA, G. M. O. Estudos da regularidade na variação dos possessivos no português do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, UFRJ, Faculdade de Letras, Tese de Doutorado, inédito.., PAIVA, M. C. A. Visão de conjunto das variáveis sociais. In: SILVA, G. M. O., SHERRE, M. M. P. Padrões sociolingüísticos: análise de fenômenos variáveis do português falado na cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, TOMANIN, C. R. Fotografias da fala de Alto Araguaia MT. Campinas-SP: IEL, 2003, dissertação de mestrado, inédita. TRUDGILL, P. Sociolinguistics: an introduction. Great Britain, Penguin Books, WOLFRAM, W. A. A sociolinguistic description of Detroit Negro speech. Washington, D. C., Center for Applied Linguistics Estudos Lingüísticos XXXVI(2), maio-agosto, p. 388 / 388

A CONCORDÂNCIA VERBAL DE TERCEIRA PESSOA DO PLURAL NO PORTUGUÊS POPULAR DA COMUNIDADE RURAL DE RIO DAS RÃS - BA

A CONCORDÂNCIA VERBAL DE TERCEIRA PESSOA DO PLURAL NO PORTUGUÊS POPULAR DA COMUNIDADE RURAL DE RIO DAS RÃS - BA Página 57 de 510 A CONCORDÂNCIA VERBAL DE TERCEIRA PESSOA DO PLURAL NO PORTUGUÊS POPULAR DA COMUNIDADE RURAL DE RIO DAS RÃS - BA Juscimaura Lima Cangirana (UESB) Elisângela Gonçalves (UESB) RESUMO Procura-se,

Leia mais

O PAPEL DA VARIAÇÃO DIAGENÉRICA NA CONCORDÂNCIA VERBAL DA REGIÃO NOROESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO

O PAPEL DA VARIAÇÃO DIAGENÉRICA NA CONCORDÂNCIA VERBAL DA REGIÃO NOROESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO O PAPEL DA VARIAÇÃO DIAGENÉRICA NA CONCORDÂNCIA VERBAL DA REGIÃO NOROESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO Cássio Florêncio Rubio UNESP SJRP Resumo: Considerando que inúmeras pesquisas sociolinguísticas realizadas

Leia mais

A REALIZAÇÃO DO SUJEITO PRONOMINAL DE REFERÊNCIA ARBITRÁRIA NA COMUNIDADE LINGUÍSTICA DE VITÓRIA DA CONQUISTA *

A REALIZAÇÃO DO SUJEITO PRONOMINAL DE REFERÊNCIA ARBITRÁRIA NA COMUNIDADE LINGUÍSTICA DE VITÓRIA DA CONQUISTA * 249 de 298 A REALIZAÇÃO DO SUJEITO PRONOMINAL DE REFERÊNCIA ARBITRÁRIA NA COMUNIDADE LINGUÍSTICA DE VITÓRIA DA CONQUISTA * Daiane Gomes Bahia ** Elisângela Gonçalves *** Paula Barreto Silva **** RESUMO

Leia mais

A VARIAÇÃO DO MODO SUBJUNTIVO: UMA RELAÇÃO COM O PROCESSO DE EXPRESSÃO DE MODALIDADES

A VARIAÇÃO DO MODO SUBJUNTIVO: UMA RELAÇÃO COM O PROCESSO DE EXPRESSÃO DE MODALIDADES 477 de 663 A VARIAÇÃO DO MODO SUBJUNTIVO: UMA RELAÇÃO COM O PROCESSO DE EXPRESSÃO DE MODALIDADES Vânia Raquel Santos Amorim 148 (UESB) Valéria Viana Sousa 149 (UESB) Jorge Augusto Alves da Silva 150 (UESB)

Leia mais

A CONCORDÂNCIA VERBAL: A RELEVÂNCIA DAS VARIÁVEIS LINGÜÍSTICAS E NÃO LINGÜÍSTICAS

A CONCORDÂNCIA VERBAL: A RELEVÂNCIA DAS VARIÁVEIS LINGÜÍSTICAS E NÃO LINGÜÍSTICAS 543 A CONCORDÂNCIA VERBAL: A RELEVÂNCIA DAS VARIÁVEIS LINGÜÍSTICAS E NÃO LINGÜÍSTICAS Constância Maria Borges de Souza * Introdução Os estudos da Concordância Verbal têm demonstrado que os falantes de

Leia mais

VARIAÇÃO PRONOMINAL EM CONCÓRDIA SC. Lucelene T. FRANCESCHINI Universidade Federal do Paraná

VARIAÇÃO PRONOMINAL EM CONCÓRDIA SC. Lucelene T. FRANCESCHINI Universidade Federal do Paraná VARIAÇÃO PRONOMINAL EM CONCÓRDIA SC Lucelene T. FRANCESCHINI Universidade Federal do Paraná lterezaf@hotmail.com Resumo: Este trabalho analisa a variação pronominal nós/a gente e tu/você na posição de

Leia mais

Regularidades no fenômeno da concordância verbal em variedades do português brasileiro: estudo sociolinguístico comparativo

Regularidades no fenômeno da concordância verbal em variedades do português brasileiro: estudo sociolinguístico comparativo Regularidades no fenômeno da concordância verbal em variedades do português brasileiro: estudo sociolinguístico comparativo (Regularities in the verbal agreement phenomenon in varieties of Brazilian portuguese:

Leia mais

A harmonização vocálica nas vogais médias pretônicas dos verbos na

A harmonização vocálica nas vogais médias pretônicas dos verbos na A harmonização vocálica nas vogais médias pretônicas dos verbos na variedade do interior paulista Márcia Cristina do Carmo (FAPESP 06/59141-9) Orientadora: Profa. Dra. Luciani Ester Tenani UNESP Câmpus

Leia mais

UMA ANÁLISE SOCIOFUNCIONALISTA DA DUPLA NEGAÇÃO NO SERTÃO DA RESSACA

UMA ANÁLISE SOCIOFUNCIONALISTA DA DUPLA NEGAÇÃO NO SERTÃO DA RESSACA Página 143 de 511 UMA ANÁLISE SOCIOFUNCIONALISTA DA DUPLA NEGAÇÃO NO SERTÃO DA RESSACA Savanna Souza de Castro Julinara Silva Vieira Valéria Viana Sousa Jorge Augusto Alves Silva RESUMO A negação é um

Leia mais

CONCORDÂNCIA NOMINAL: ANÁLISE DA VARIAÇÃO EM MACEIÓ

CONCORDÂNCIA NOMINAL: ANÁLISE DA VARIAÇÃO EM MACEIÓ CONCORDÂNCIA NOMINAL: ANÁLISE DA VARIAÇÃO EM MACEIÓ Andressa Kaline Luna de Oliveira Marques (UFAL) andressakalineluna@hotmail.com A Sociolinguística Variacionista tem como expoente William Labov (2008)

Leia mais

A ELISÃO DA VOGAL /o/ EM FLORIANÓPOLIS-SC RESULTADOS PRELIMINARES

A ELISÃO DA VOGAL /o/ EM FLORIANÓPOLIS-SC RESULTADOS PRELIMINARES A ELISÃO DA VOGAL /o/ EM FLORIANÓPOLIS-SC RESULTADOS PRELIMINARES Letícia Cotosck Vargas (PUCRS/PIBIC- CNPq 1 ) 1. INTRODUÇÃO Esta pesquisa tem por objetivo examinar um dos processos de sândi externo verificados

Leia mais

CRIAÇÃO LEXICAL: O USO DE NEOLOGISMOS NO PORTUGUÊS FALADO EM DOURADOS

CRIAÇÃO LEXICAL: O USO DE NEOLOGISMOS NO PORTUGUÊS FALADO EM DOURADOS CRIAÇÃO LEXICAL: O USO DE NEOLOGISMOS NO PORTUGUÊS FALADO EM DOURADOS Paulo Gerson Rodrigues Stefanello ¹; Elza Sabino da Silva Bueno². ¹Aluno do 4º ano do Curso de Letras Português/Espanhol. Bolsista

Leia mais

A FLEXÃO PORTUGUESA: ELEMENTOS QUE DESMISTIFICAM O CONCEITO DE QUE FLEXÃO E CONCORDÂNCIA SÃO CATEGORIAS SINTÁTICAS DEPENDENTES 27

A FLEXÃO PORTUGUESA: ELEMENTOS QUE DESMISTIFICAM O CONCEITO DE QUE FLEXÃO E CONCORDÂNCIA SÃO CATEGORIAS SINTÁTICAS DEPENDENTES 27 Página 75 de 315 A FLEXÃO PORTUGUESA: ELEMENTOS QUE DESMISTIFICAM O CONCEITO DE QUE FLEXÃO E CONCORDÂNCIA SÃO CATEGORIAS SINTÁTICAS DEPENDENTES 27 Iany França Pereira 28 (UESB) Cristiane Namiuti Temponi

Leia mais

LHEÍSMO NO PORTUGÛES BRASILEIRO: EXAMINANDO O PORTUGÛES FALADO EM FEIRA DE SANTANA Deyse Edberg 1 ; Norma Lucia Almeida 2

LHEÍSMO NO PORTUGÛES BRASILEIRO: EXAMINANDO O PORTUGÛES FALADO EM FEIRA DE SANTANA Deyse Edberg 1 ; Norma Lucia Almeida 2 359 LHEÍSMO NO PORTUGÛES BRASILEIRO: EXAMINANDO O PORTUGÛES FALADO EM FEIRA DE SANTANA Deyse Edberg 1 ; Norma Lucia Almeida 2 1. Bolsista FAPESB, Graduanda em Letras Vernáculas pela Universidade Estadual

Leia mais

O APAGAMENTO DO RÓTICO EM POSIÇÃO DE CODA SILÁBICA: INDICADORES LINGUÍSTICOS E SOCIAIS

O APAGAMENTO DO RÓTICO EM POSIÇÃO DE CODA SILÁBICA: INDICADORES LINGUÍSTICOS E SOCIAIS O APAGAMENTO DO RÓTICO EM POSIÇÃO DE CODA SILÁBICA: INDICADORES LINGUÍSTICOS E SOCIAIS INTRODUÇÃO Vitor Caldas (PIBIC/UFRJ) vitor_caldas@hotmail.com Dinah Callou (UFRJ/CNPq) dcallou@gmail.com Neste trabalho,

Leia mais

VARIAÇÃO DITONGO/HIATO

VARIAÇÃO DITONGO/HIATO VARIAÇÃO DITONGO/HIATO Viviane Sampaio 1 1 Introdução Este estudo é parte integrante do projeto Epêntese Consonantal Regular e Irregular da prof. Dr. Leda Bisol 2 que trata das consoantes e do glide. Contudo,

Leia mais

A VARIAÇÃO/ESTRATIFICAÇÃO DO SUBJUNTIVO EM ORAÇÕES PARENTÉTICAS

A VARIAÇÃO/ESTRATIFICAÇÃO DO SUBJUNTIVO EM ORAÇÕES PARENTÉTICAS Página 109 de 511 A VARIAÇÃO/ESTRATIFICAÇÃO DO SUBJUNTIVO EM ORAÇÕES PARENTÉTICAS Vânia Raquel Santos Amorim (UESB) Valéria Viana Sousa (UESB) Jorge Augusto Alves da Silva (UESB) RESUMO Neste trabalho,

Leia mais

CONCORDÂNCIA DE NÚMERO NOS PREDICATIVOS ADJETIVOS E PARTICÍPIOS PASSIVOS DO PORTUGUÊS FALADO EM MACEIÓ: UM ESTUDO VARIACIONISTA

CONCORDÂNCIA DE NÚMERO NOS PREDICATIVOS ADJETIVOS E PARTICÍPIOS PASSIVOS DO PORTUGUÊS FALADO EM MACEIÓ: UM ESTUDO VARIACIONISTA CONCORDÂNCIA DE NÚMERO NOS PREDICATIVOS ADJETIVOS E PARTICÍPIOS PASSIVOS DO PORTUGUÊS FALADO EM MACEIÓ: UM ESTUDO VARIACIONISTA Solyany Soares Salgado (autora bolsista), Renata Lívia de Araújo Santos (co

Leia mais

Realizações do sujeito expletivo em construções com o verbo ter existencial na fala alagoana

Realizações do sujeito expletivo em construções com o verbo ter existencial na fala alagoana Realizações do sujeito expletivo em construções com o verbo ter existencial na fala alagoana ELYNE GISELLE DE SANTANA LIMA AGUIAR VITÓRIO Doutoranda em Linguística pelo Programa de Pós-Graduação em Letras

Leia mais

ESTARÁ O PORTUGUÊS BRASILEIRO DEIXANDO DE SER LÍNGUA DE SUJEITO-PREDICADO? *

ESTARÁ O PORTUGUÊS BRASILEIRO DEIXANDO DE SER LÍNGUA DE SUJEITO-PREDICADO? * 255 de 298 ESTARÁ O PORTUGUÊS BRASILEIRO DEIXANDO DE SER LÍNGUA DE SUJEITO-PREDICADO? * Elisângela Gonçalves ** Daiane Gomes Bahia *** Paula Barreto Silva **** RESUMO Este trabalho consiste em um recorte

Leia mais

Variação na concordância verbal de terceira pessoa do plural em Vitória da Conquista

Variação na concordância verbal de terceira pessoa do plural em Vitória da Conquista Variação na concordância verbal de terceira pessoa do plural em Vitória da Conquista Marian dos Santos Oliveira 1 1 Departamento de Estudos Básicos e Instrumentais - Universidade Estadual do Sudoeste da

Leia mais

Variação pronominal e escolaridade

Variação pronominal e escolaridade 78 Entrepalavras - ISSN 2237-6321 Variação pronominal e escolaridade Lucelene Teresinha FRANCESCHINI 1 Resumo: Neste artigo analisamos a influência da variável escolaridade no uso dos pronomes pessoais

Leia mais

A DISTRIBUIÇÃO DO PROCESSO DE APAGAMENTO DO RÓTICO NAS QUATRO ÚLTIMAS DÉCADAS: TRÊS CAPITAIS EM CONFRONTO

A DISTRIBUIÇÃO DO PROCESSO DE APAGAMENTO DO RÓTICO NAS QUATRO ÚLTIMAS DÉCADAS: TRÊS CAPITAIS EM CONFRONTO A DISTRIBUIÇÃO DO PROCESSO DE APAGAMENTO DO RÓTICO NAS QUATRO ÚLTIMAS DÉCADAS: TRÊS CAPITAIS EM CONFRONTO Aline de Jesus Farias Oliveira (UFRJ/IC-FAPERJ)) Dinah Maria Isensee Callou (UFRJ/CNPq) dcallou@gmail.com

Leia mais

A VARIAÇÃO NÓS/ A GENTE NO PORTUGUÊS FALADO DE FEIRA DE SANTANA: COMPARAÇÃO ENTRE FALARES DO PB

A VARIAÇÃO NÓS/ A GENTE NO PORTUGUÊS FALADO DE FEIRA DE SANTANA: COMPARAÇÃO ENTRE FALARES DO PB Página 63 de 510 A VARIAÇÃO NÓS/ A GENTE NO PORTUGUÊS FALADO DE FEIRA DE SANTANA: COMPARAÇÃO ENTRE FALARES DO PB Josany Maria de Jesus Silva (CAPES/UESB/PPGLin) Cristiane Namiuti Temponi (UESB/PPGLin)

Leia mais

VARIAÇÃO NO USO DAS PREPOSIÇÕES EM E PARA/A COM VERBOS DE MOVIMENTO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO

VARIAÇÃO NO USO DAS PREPOSIÇÕES EM E PARA/A COM VERBOS DE MOVIMENTO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO Página 93 de 510 VARIAÇÃO NO USO DAS PREPOSIÇÕES EM E PARA/A COM VERBOS DE MOVIMENTO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO Rodrigo Barreto de Sousa (UESB) Elisângela Gonçalves (PPGLin/UESB) RESUMO É previsto que, no

Leia mais

ANÁLISE DA ELEVAÇÃO DAS VOGAIS MÉDIAS PRETÔNICAS SEM MOTIVAÇÃO APARENTE 1. INTRODUÇÃO

ANÁLISE DA ELEVAÇÃO DAS VOGAIS MÉDIAS PRETÔNICAS SEM MOTIVAÇÃO APARENTE 1. INTRODUÇÃO ANÁLISE DA ELEVAÇÃO DAS VOGAIS MÉDIAS PRETÔNICAS SEM MOTIVAÇÃO APARENTE DÉBORAH VIEIRA PINTO AGUIAR 1 ; MARIA JOSÉ BLASKOVSKI VIEIRA 2 1 Universidade Federal de Pelotas ddeborahvieira@gmail.com 1 2 Universidade

Leia mais

CONCORDÂNCIA VERBAL COM O PRONOME DE SEGUNDA PESSOA DO SINGULAR NA FALA DE MORADORES DE FLORIANÓPOLIS

CONCORDÂNCIA VERBAL COM O PRONOME DE SEGUNDA PESSOA DO SINGULAR NA FALA DE MORADORES DE FLORIANÓPOLIS Página117 CONCORDÂNCIA VERBAL COM O PRONOME DE SEGUNDA PESSOA DO SINGULAR NA FALA DE MORADORES DE FLORIANÓPOLIS Juliana Flores 1 Letícia Cortellete 2 RESUMO: Este artigo faz uma análise do fenômeno da

Leia mais

Opções metodológicas no estudo de fenômenos variáveis relacionados à primeira pessoa do discurso no plural

Opções metodológicas no estudo de fenômenos variáveis relacionados à primeira pessoa do discurso no plural Opções metodológicas no estudo de fenômenos variáveis relacionados à primeira pessoa do discurso no plural Cássio Florêncio Rubio Sebastião Carlos Leite Gonçalves Resumo Neste trabalho, apresentamos metodologia

Leia mais

ANÁLISE DA OCORRÊNCIA DE ARTIGOS DEFINIDOS DIANTE DE POSSESSIVOS PRÉ-NOMINAIS E ANTROPÔNIMOS EM DADOS DE FALA* 1

ANÁLISE DA OCORRÊNCIA DE ARTIGOS DEFINIDOS DIANTE DE POSSESSIVOS PRÉ-NOMINAIS E ANTROPÔNIMOS EM DADOS DE FALA* 1 ANÁLISE DA OCORRÊNCIA DE ARTIGOS DEFINIDOS DIANTE DE POSSESSIVOS PRÉ-NOMINAIS E ANTROPÔNIMOS EM DADOS DE FALA* 1 Alane Luma Santana Siqueira (UFRPE/UAST) alane.siqueira@gmail.com 1. Introdução O Português

Leia mais

GRAMATICALIZAÇÃO DO PRONOME PESSOAL DE TERCEIRA PESSOA NA FUNÇÃO ACUSATIVA

GRAMATICALIZAÇÃO DO PRONOME PESSOAL DE TERCEIRA PESSOA NA FUNÇÃO ACUSATIVA Página 133 de 511 GRAMATICALIZAÇÃO DO PRONOME PESSOAL DE TERCEIRA PESSOA NA FUNÇÃO ACUSATIVA Elizane de Souza Teles Silva Jodalmara Oliveira Rocha Teixeira Jorge Augusto Alves da Silva Valéria Viana Sousa

Leia mais

REFLEXÕES SOBRE O APAGAMENTO DO RÓTICO EM CODA SILÁBICA NA ESCRITA

REFLEXÕES SOBRE O APAGAMENTO DO RÓTICO EM CODA SILÁBICA NA ESCRITA 79 de 368 REFLEXÕES SOBRE O APAGAMENTO DO RÓTICO EM CODA SILÁBICA NA ESCRITA Geisa Borges da Costa * (UFBA) RESUMO O presente trabalho objetiva investigar os aspectos relacionados ao apagamento do rótico

Leia mais

O USO DOS PRONOMES PESSOAIS NÓS/ A GENTE EM CONCÓRDIA SC

O USO DOS PRONOMES PESSOAIS NÓS/ A GENTE EM CONCÓRDIA SC O USO DOS PRONOMES PESSOAIS NÓS/ A GENTE EM CONCÓRDIA SC Introdução Lucelene Franceschini - UFPR Este trabalho analisa o uso das formas pronominais de primeira pessoa do plural nós / a gente em Concórdia

Leia mais

PARÂMETROS SOCIOLINGUÍSTICOS DO PORTUGUÊS DE NATAL. Palavras-chave: variação lingüística; sociedade; conectores coordenativos

PARÂMETROS SOCIOLINGUÍSTICOS DO PORTUGUÊS DE NATAL. Palavras-chave: variação lingüística; sociedade; conectores coordenativos 27 PARÂMETROS SOCIOLINGUÍSTICOS DO PORTUGUÊS DE NATAL Simone Queiroz Mendonça Resumo A partir de uma reflexão sobre a formação da língua portuguesa tendo como base o aparato teórico-metodológico da sociolingüística

Leia mais

O PAPEL DO GÊNERO/SEXO NOS ESTUDOS SOCIOLINGÜÍSTICOS DE VARIAÇÃO/MUDANÇA

O PAPEL DO GÊNERO/SEXO NOS ESTUDOS SOCIOLINGÜÍSTICOS DE VARIAÇÃO/MUDANÇA O PAPEL DO GÊNERO/SEXO NOS ESTUDOS SOCIOLINGÜÍSTICOS DE VARIAÇÃO/MUDANÇA Cristine Gorski Severo - Doutoranda em Lingüística (UFSC) E-mail: crisgorski2@hotmail.com Resumo: Trata-se, neste artigo, de analisar

Leia mais

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos A SUBSTITUIÇÃO DE NÓS POR A GENTE NA FALA DE NOVA IGUAÇU Stêphanie Rocha Vieira Elexias (UFRRJ) fanyrve@gmail.com Juliana Barbosa de Segadas Vianna (UFRRJ) julianasegadas@gmail.com RESUMO A investigação

Leia mais

Nós versus a gente no português falado no noroeste paulista

Nós versus a gente no português falado no noroeste paulista versus a gente no português falado no noroeste paulista (We versus the people in the Portuguese spoken in the Northwest region of São Paulo State) Cássio Florêncio Rubio 1 1 Instituto de Biociências, Letras

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS, LETRAS E CIÊNCIAS EXATAS CÂMPUS DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO CÁSSIO FLORÊNCIO RUBIO A CONCORDÂNCIA VERBAL NA LÍNGUA FALADA NA REGIÃO NOROESTE DO ESTADO

Leia mais

Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder. Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008

Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder. Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008 Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008 Questões teórico-metodológicas nos estudos sociolingüísticos da relação entre linguagem e gênero Cristine Gorski

Leia mais

Concordância nominal e verbal em Belo Horizonte: análise comparativa das variáveis saliência fônica e escolaridade

Concordância nominal e verbal em Belo Horizonte: análise comparativa das variáveis saliência fônica e escolaridade Concordância nominal e verbal em Belo Horizonte: análise comparativa das variáveis saliência fônica e escolaridade Ludmila Reis Pinheiro Nicolle Veronick Moreira de Faria Pontifícia Universidade Católica

Leia mais

REALIZAÇÕES DAS VOGAIS MÉDIAS ABERTAS NO DIALETO DE VITÓRIA DA CONQUISTA BA

REALIZAÇÕES DAS VOGAIS MÉDIAS ABERTAS NO DIALETO DE VITÓRIA DA CONQUISTA BA 19 de 107 REALIZAÇÕES DAS VOGAIS MÉDIAS ABERTAS NO DIALETO DE VITÓRIA DA CONQUISTA BA Juscélia Silva Novais Oliveira * (Uesb) Priscila de Jesus Ribeiro ** (UESB) Vera Pacheco *** (Uesb) RESUMO O PB, segundo

Leia mais

Os aspectos da marcação de concordância verbal na língua falada em Serra Talhada - PE

Os aspectos da marcação de concordância verbal na língua falada em Serra Talhada - PE Os aspectos da marcação de concordância verbal na língua falada em Serra Talhada - PE Renata Lívia de Araújo Santos 1 Juliana da Silva 2 Resumo Este artigo propõe-se a discutir o perfil sociolinguístico

Leia mais

A sobreposição de fatores na análise da variação pronominal nós/a gente. Overlapping factors in the analysis of the pronominal variation nós/a gente

A sobreposição de fatores na análise da variação pronominal nós/a gente. Overlapping factors in the analysis of the pronominal variation nós/a gente A sobreposição de fatores na análise da variação pronominal nós/a gente Overlapping factors in the analysis of the pronominal variation nós/a gente Lucelene Teresinha Franceschini 1 Loremi Loregian-Penkal

Leia mais

OS PRONOMES PESSOAIS-SUJEITO NO PORTUGUÊS DO BRASIL: NÓS E A GENTE SEGUNDO OS DADOS DO PROJETO ATLAS LINGÜÍSTICO DO BRASIL

OS PRONOMES PESSOAIS-SUJEITO NO PORTUGUÊS DO BRASIL: NÓS E A GENTE SEGUNDO OS DADOS DO PROJETO ATLAS LINGÜÍSTICO DO BRASIL 167 de 297 OS PRONOMES PESSOAIS-SUJEITO NO PORTUGUÊS DO BRASIL: NÓS E A GENTE SEGUNDO OS DADOS DO PROJETO ATLAS LINGÜÍSTICO DO BRASIL Viviane de Jesus Ferreira (UFBA) Suzana Alice Marcelino da Silva Cardoso

Leia mais

A VARIAÇÃO DE PLURALIDADE NO SN E O ENSINO DA VARIEDADE PADRÃO (THE VARIATION OF PLURALITY IN THE SN AND THE TEACHING OF THE STANDARD VARIATION)

A VARIAÇÃO DE PLURALIDADE NO SN E O ENSINO DA VARIEDADE PADRÃO (THE VARIATION OF PLURALITY IN THE SN AND THE TEACHING OF THE STANDARD VARIATION) A VARIAÇÃO DE PLURALIDADE NO SN E O ENSINO DA VARIEDADE PADRÃO (THE VARIATION OF PLURALITY IN THE SN AND THE TEACHING OF THE STANDARD VARIATION) Ana Luzia Videira PARISOTTO (PG UNESP) ABSTRACT: This study

Leia mais

o BAnco de dados fala-natal:

o BAnco de dados fala-natal: TAVARES, Maria Alice; MARTINS, Marco Antonio. "O BANCO DE DADOS FALA-NATAL: UMA AGENDA DE TRABALHO", p.71-78. In Raquel Meister Ko. Freitag (Organizadora). Metodologia de Coleta e Manipulação de Dados

Leia mais

AQUISIÇÃO DAS RELATIVAS PADRÃO EM PB DURANTE A ESCOLARIZAÇÃO

AQUISIÇÃO DAS RELATIVAS PADRÃO EM PB DURANTE A ESCOLARIZAÇÃO 113 de 297 AQUISIÇÃO DAS RELATIVAS PADRÃO EM PB DURANTE A ESCOLARIZAÇÃO Letícia Souza Araújo * (UESB) Adriana S. C. Lessa-de-Oliveira ** (UESB) RESUMO Esta pesquisa focaliza a aquisição da estratégia de

Leia mais

A MARCAÇÃO DE NÚMERO NO SINTAGMA NOMINAL NOS FALANTES BREVENSES: UM EXERCÍCIO VARIACIONISTA

A MARCAÇÃO DE NÚMERO NO SINTAGMA NOMINAL NOS FALANTES BREVENSES: UM EXERCÍCIO VARIACIONISTA 19 A MARCAÇÃO DE NÚMERO NO SINTAGMA NOMINAL NOS FALANTES BREVENSES: UM EXERCÍCIO VARIACIONISTA Alan Gonçalves MIRANDA (G-UFPA) Celso FRANCÊS JÚNIOR RESUMO Diversos estudos sociolinguísticos já comprovaram

Leia mais

VARIAÇÃO NA CONCORDÂNCIA VERBAL COM A GENTE NO PORTUGUÊS EUROPEU

VARIAÇÃO NA CONCORDÂNCIA VERBAL COM A GENTE NO PORTUGUÊS EUROPEU Fórum Linguístico, Florianópolis, v. 11, n. 2, p. 164-177, abr./jun. 2014...http://dx.doi.org/10.5007/1984-8412.2014v11n2p164 VARIAÇÃO NA CONCORDÂNCIA VERBAL COM A GENTE NO PORTUGUÊS EUROPEU VARIACIÓN

Leia mais

ATUAÇÃO DE FATORES SOCIAIS SOBRE A VARIAÇÃO NA CONCORDÂNCIA VERBAL NO FALAR BRASILEIRO

ATUAÇÃO DE FATORES SOCIAIS SOBRE A VARIAÇÃO NA CONCORDÂNCIA VERBAL NO FALAR BRASILEIRO ATUAÇÃO DE FATORES SOCIAIS SOBRE A VARIAÇÃO NA CONCORDÂNCIA VERBAL NO FALAR BRASILEIRO THE ROLE OF SOCIAL FACTORS UPON THE VARIATION ON THE VERBAL AGREEMENT IN THE BRAZILIAN SPEECH Maria Lidiane de Sousa

Leia mais

A QUESTÃO FLUENTE VERSUS DISFLUENTE NO CONTEXTO DAS AFASIAS

A QUESTÃO FLUENTE VERSUS DISFLUENTE NO CONTEXTO DAS AFASIAS 141 de 368 A QUESTÃO FLUENTE VERSUS DISFLUENTE NO CONTEXTO DAS AFASIAS Rita de Cássia Silva-Tagliaferre * (Uesb) RESUMO Este estudo tem como objetivo apresentar algumas discussões sobre a noção de fluência/disfluência

Leia mais

DOMÍNIOS DE Revista Eletrônica de Lingüística Ano 1, nº1 1º Semestre de 2007 ISSN

DOMÍNIOS DE Revista Eletrônica de Lingüística Ano 1, nº1 1º Semestre de 2007 ISSN ESTUDO EM TEMPO APARENTE E EM TEMPO REAL DO USO DO SUJEITO NULO NA FALA DE BELO HORIZONTE Nasle Maria Cabana RESUMO Neste artigo, analisa-se o comportamento do sujeito pronominal lexical e sujeito pronominal

Leia mais

XI COLÓQUIO DO MUSEU PEDAGÓGICO 14 a 16 de outubro de Maria Zélia Alves Nogueira (UESB) Jorge Augusto Alves da Silva (UESB)

XI COLÓQUIO DO MUSEU PEDAGÓGICO 14 a 16 de outubro de Maria Zélia Alves Nogueira (UESB) Jorge Augusto Alves da Silva (UESB) CONCORDÂNCIA VERBAL EM P6 NO INTERIOR DO ESTADO DA BAHIA: DUAS NORMAS EM DEBATE Maria Zélia Alves Nogueira (UESB) Jorge Augusto Alves da Silva (UESB) Valéria Viana Sousa ********************* (UESB) RESUMO

Leia mais

VARIAÇÃO NÓS E A GENTE NA FALA CULTA DA CIDADE DE MACEIÓ/AL

VARIAÇÃO NÓS E A GENTE NA FALA CULTA DA CIDADE DE MACEIÓ/AL VARIAÇÃO NÓS E A GENTE NA FALA CULTA DA CIDADE DE MACEIÓ/AL Elyne Giselle de Santana Lima Aguiar Vitório 1 RESUMO Analisamos a variação nós e a gente na posição de sujeito na fala culta da cidade de Maceió.

Leia mais

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos A AUSÊNCIA DO FATOR LINGUÍSTICO CONCORDÂNCIA VERBAL NA FALA DE INDIVÍDUOS COM BAIXA OU NULA ESCOLARIDADE Ana Claudia Rocha Amaral Figueiredo (UEMS) anaamaralfigueiredo@hotmail.com Natalina Sierra Assencio

Leia mais

Variação pronominal tu/você em Concórdia-SC: o papel dos

Variação pronominal tu/você em Concórdia-SC: o papel dos 10.5216/sig.v27i2.30825 Variação pronominal tu/você em Concórdia-SC: o papel dos fatores sociais Lucelene Teresinha FRANCESCHINI * Resumo Neste artigo analisamos a influência dos fatores sociais, faixa

Leia mais

A VARIAÇÃO DA CONCORDÂNCIA NOMINAL NUM DIALETO RURAL

A VARIAÇÃO DA CONCORDÂNCIA NOMINAL NUM DIALETO RURAL 5 CAPÍTULO A VARIAÇÃO DA CONCORDÂNCIA NOMINAL NUM DIALETO RURAL 1. INTRODUÇÃO 1 EVANILDA MARINS ALMEIDA 1 A pesquisa, cujos resultados se discutem, teve por objetivo analisar o comportamento do -s marcador

Leia mais

APRESENTAÇÃO: ENCONTRO COMEMORATIVO DO PROJETO VARSUL: VARSUL 30 ANOS

APRESENTAÇÃO: ENCONTRO COMEMORATIVO DO PROJETO VARSUL: VARSUL 30 ANOS BRESCANCINI, C.; MONARETTO, V. Apresentação: Encontro Comemorativo do Projeto VARSUL: VARSUL 30 anos. ReVEL, edição especial n. 13, 2016. [www.revel.inf.br]. APRESENTAÇÃO: ENCONTRO COMEMORATIVO DO PROJETO

Leia mais

1 Introdução. (1) a. A placa dos automóveis está amassada. b. O álbum das fotos ficou rasgado.

1 Introdução. (1) a. A placa dos automóveis está amassada. b. O álbum das fotos ficou rasgado. 17 1 Introdução A concordância, nas mais diversas línguas, é um fenômeno pesquisado em várias áreas, desde diferentes áreas de análise que envolvem o estudo da linguagem, tais como: morfologia, sintaxe,

Leia mais

Adriana Gibbon (Universidade Federal de Santa Catarina)

Adriana Gibbon (Universidade Federal de Santa Catarina) A EXPRESSÃO DO TEMPO FUTURO NA LÌNGUA FALADA DE FLORIANÓPOLIS: VARIAÇÃO (THE EXPRESSION OF FUTURE TIME IN THE SPOKEN LANGUAGE OF FLORIANÓPOLIS: VARIATION) Adriana Gibbon (Universidade Federal de Santa

Leia mais

A VARIAÇÃO NÓS E A GENTE NO PORTUGUÊS CULTO CARIOCA

A VARIAÇÃO NÓS E A GENTE NO PORTUGUÊS CULTO CARIOCA Revista do GELNE, Piauí, v. 12, n.1, 2010. A VARIAÇÃO NÓS E A GENTE NO PORTUGUÊS CULTO CARIOCA Caio Cesar Castro da Silva* Resumo Pretende-se observar a distribuição entre as variantes de primeira pessoa

Leia mais

UM ESTUDO VARIACIONISTA SOBRE O PREENCHIMENTO DA POSIÇÃO DO SUJEITO EM DADOS DE FALA

UM ESTUDO VARIACIONISTA SOBRE O PREENCHIMENTO DA POSIÇÃO DO SUJEITO EM DADOS DE FALA UM ESTUDO VARIACIONISTA SOBRE O PREENCHIMENTO DA POSIÇÃO DO SUJEITO EM DADOS DE FALA Renata Lívia de Araújo Santos UFRPE 1 RESUMO: Este trabalho tem como objetivo principal investigar a realização do preenchimento

Leia mais

A DITONGAÇÃO VARIÁVEL EM SÍLABAS TÔNICAS FINAIS TRAVADAS POR /S/

A DITONGAÇÃO VARIÁVEL EM SÍLABAS TÔNICAS FINAIS TRAVADAS POR /S/ A DITONGAÇÃO VARIÁVEL EM SÍLABAS TÔNICAS FINAIS TRAVADAS POR /S/ Lúcia Lovato Leiria RESUMO: This paper aims at presenting a quantitative study of diphthongization resulting from anterior glide insertion

Leia mais

Cadernos do CNLF, Vol. XIII, Nº 04

Cadernos do CNLF, Vol. XIII, Nº 04 O PROCESSO DE GRAMATICALIZAÇÃO DO ELEMENTO DE REPENTE Aline Pontes Márcia Peterson (UFRJ) marciapetufrj@hotmail.com INTRODUÇÃO Este estudo tem por objetivo focalizar o processo de gramaticalização das

Leia mais

Minas Gerais pertence à área de falar baiano, à área de falar sulista, à área de falar fluminense e à área de falar mineiro, conforme Nascentes (1953)

Minas Gerais pertence à área de falar baiano, à área de falar sulista, à área de falar fluminense e à área de falar mineiro, conforme Nascentes (1953) VARIAÇÃO DAS VOGAIS MÉDIAS PRÉ-TÔNICAS NO FALAR DE BELO HORIZONTE: UM ESTUDO EM TEMPO APARENTE Amanda Felicori de Carvalho e Maria do Carmo Viegas Minas Gerais pertence à área de falar baiano, à área de

Leia mais

VARIAÇÃO NO USO DAS VOGAIS PRETÔNICAS [e] E [o] E DO PLURAL METAFÔNICO NO PORTUGUÊS FALADO EM DOURADOS

VARIAÇÃO NO USO DAS VOGAIS PRETÔNICAS [e] E [o] E DO PLURAL METAFÔNICO NO PORTUGUÊS FALADO EM DOURADOS VARIAÇÃO NO USO DAS VOGAIS PRETÔNICAS [e] E [o] E DO PLURAL METAFÔNICO NO PORTUGUÊS FALADO EM DOURADOS Márcio Palácios de Carvalho¹; Elza Sabino da Silva Bueno². ¹Aluno do 4º ano do Curso de Letras Português/Espanhol.

Leia mais

A INFLUÊNCIA DE FATORES EXTRALINGUÍSTICOS NA SUPRESSÃO DAS SEMIVOGAIS DOS DITONGOS EI E OU NA ESCRITA INFANTIL 1. INTRODUÇÃO

A INFLUÊNCIA DE FATORES EXTRALINGUÍSTICOS NA SUPRESSÃO DAS SEMIVOGAIS DOS DITONGOS EI E OU NA ESCRITA INFANTIL 1. INTRODUÇÃO A INFLUÊNCIA DE FATORES EXTRALINGUÍSTICOS NA SUPRESSÃO DAS SEMIVOGAIS DOS DITONGOS EI E OU NA ESCRITA INFANTIL ADAMOLI, Marco Antônio 1 ; MIRANDA, Ana Ruth Moresco 2 1 Faculdade de Educação PPGE/UFPel

Leia mais

ANÁLISE DA AVALIAÇÃO NEGATIVA DO USO DE GÍRIAS MASCULINAS POR MULHERES HOMOSSEXUAIS

ANÁLISE DA AVALIAÇÃO NEGATIVA DO USO DE GÍRIAS MASCULINAS POR MULHERES HOMOSSEXUAIS Página 75 de 510 ANÁLISE DA AVALIAÇÃO NEGATIVA DO USO DE GÍRIAS MASCULINAS POR MULHERES HOMOSSEXUAIS Anderson Alves Chaves Córdula Júlia Cunegundes da Rocha Elisângela Gonçalves da Silva RESUMO Baseando-nos

Leia mais

A Variável Sexo/Gênero e o Uso de Tu/Você no Sul do Brasil

A Variável Sexo/Gênero e o Uso de Tu/Você no Sul do Brasil DOI: 10.5433/2237-4876.2015v18n1p182 A Variável Sexo/Gênero e o Uso de Tu/Você no Sul do Brasil SEX/GENDER VARIABLE AND THE USE OF TU/VOCÊ IN SOUTHERN BRAZIL Lucelene Teresinha FRANCESCHINI * Loremi LOREGIAN-PENKAL

Leia mais

VARIAÇÃO NA CONCORDÂNCIA VERBAL NO FALAR BRASILEIRO: APONTAMENTOS ACERCA DA ATUAÇÃO DE FATORES LINGUÍSTICOS E SOCIAIS

VARIAÇÃO NA CONCORDÂNCIA VERBAL NO FALAR BRASILEIRO: APONTAMENTOS ACERCA DA ATUAÇÃO DE FATORES LINGUÍSTICOS E SOCIAIS Página212 VARIAÇÃO NA CONCORDÂNCIA VERBAL NO FALAR BRASILEIRO: APONTAMENTOS ACERCA DA ATUAÇÃO DE FATORES LINGUÍSTICOS E SOCIAIS Maria Lidiane de Sousa Pereira 1 RESUMO: Este trabalho trata da variação

Leia mais

A VARIAÇÃO NÓS E A GENTE NA POSIÇÃO DE SUJEITO NA FALA DE CRIANÇAS DA CIDADE DE MACEIÓ/AL

A VARIAÇÃO NÓS E A GENTE NA POSIÇÃO DE SUJEITO NA FALA DE CRIANÇAS DA CIDADE DE MACEIÓ/AL A VARIAÇÃO NÓS E A GENTE NA POSIÇÃO DE SUJEITO NA FALA DE CRIANÇAS DA CIDADE DE MACEIÓ/AL Elyne Giselle de Santana Lima Aguiar Vitório Resumo: Descrevemos e analisamos as realizações dos pronomes nós e

Leia mais

IV Seminário de Iniciação Científica

IV Seminário de Iniciação Científica A VARIAÇÃO DE NÚMERO NA FORMA VERBAL E NA ANÁFORA PRONOMINAL COM SUJEITO COLETIVO Shirley Eliany Rocha Mattos 1 ; André Marques do Nascimento 2 RESUMO: Esta pesquisa trata de demonstrar uma sistematicidade

Leia mais

A CONCORDÂNCIA VERBAL DE 3ª PESSOA DO PLURAL EM PELOTAS/RS 1 THE VERBAL AGREEMENT OF 3RD PERSON PLURAL IN PELOTAS/RS

A CONCORDÂNCIA VERBAL DE 3ª PESSOA DO PLURAL EM PELOTAS/RS 1 THE VERBAL AGREEMENT OF 3RD PERSON PLURAL IN PELOTAS/RS 374 A CONCORDÂNCIA VERBAL DE 3ª PESSOA DO PLURAL EM PELOTAS/RS 1 THE VERBAL AGREEMENT OF 3RD PERSON PLURAL IN PELOTAS/RS Dirce Welchen 2 RESUMO: O artigo analisa a concordância verbal de 3ª pessoa do plural

Leia mais

Apagamento do /r/ em final de palavras: um estudo comparativo entre falantes do nível culto e do nível popular

Apagamento do /r/ em final de palavras: um estudo comparativo entre falantes do nível culto e do nível popular Anais do CELSUL 28 Apagamento do /r/ em final de palavras: um estudo comparativo entre falantes do nível culto e do nível popular Anay Batista de Barros Linares, Camila Rigon Peixoto 2, Tiago Moreira 3

Leia mais

A indeterminação do sujeito no português rural de Bananal e Barra dos Negros BA

A indeterminação do sujeito no português rural de Bananal e Barra dos Negros BA A indeterminação do sujeito no português rural de Bananal e Barra dos Negros BA Neila Maria Oliveira Santana Universidade Federal da Bahia (UFBA) Universidade do Estado da Bahia (UNEB) neila.santana@ig.com.br

Leia mais

Concordância verbal, variação e ensino

Concordância verbal, variação e ensino Concordância verbal, variação e ensino RENATA LÍVIA DE ARAÚJO SANTOS Doutoranda em Linguística pelo Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da Universidade Federal de Alagoas. Resumo: Este trabalho

Leia mais

A ORDEM DE AQUISIÇÃO DOS PRONOMES SUJEITO E OBJETO: UM ESTUDO COMPARATIVO 10

A ORDEM DE AQUISIÇÃO DOS PRONOMES SUJEITO E OBJETO: UM ESTUDO COMPARATIVO 10 107 de 297 A ORDEM DE AQUISIÇÃO DOS PRONOMES SUJEITO E OBJETO: UM ESTUDO COMPARATIVO 10 Tatiane Macedo Costa * (UESB) Telma Moreira Vianna Magalhães (UESB) RESUMO Várias pesquisas têm investigado o uso

Leia mais

Formas variantes LOIRA ~ LOURA ~ LORA no português falado em Belo Horizonte

Formas variantes LOIRA ~ LOURA ~ LORA no português falado em Belo Horizonte Revele n. 8 maio/2015 1 Formas variantes LOIRA ~ LOURA ~ LORA no português falado em Belo Horizonte Variant Forms of LOIRA ~ LOURA ~ LORA in the Brazilian Portuguese spoken in Belo Horizonte Patrícia de

Leia mais

APAGAMENTO DO PLURAL NA CONCORDÂNCIA NOMINAL DO FALANTE DE MACEIÓ

APAGAMENTO DO PLURAL NA CONCORDÂNCIA NOMINAL DO FALANTE DE MACEIÓ APAGAMENTO DO PLURAL NA CONCORDÂNCIA NOMINAL DO FALANTE DE MACEIÓ Neilton Farias Lins Mestre em Linguística pela UFAL, Professor de Língua Português de Instituto Federal de Alagoas Santana do Ipanema -

Leia mais

Denise Porto Cardoso CAPÍTULO

Denise Porto Cardoso CAPÍTULO Denise Porto Cardoso Cardoso, Denise Porto; "Conclusão", p. 115-120. In: Atitudes Linguísticas e Avaliações Subjetivas de Alguns Dialetos Brasileiros. São Paulo: Blucher, 2015. ISBN: 978-85-8039-099-5,

Leia mais

A influência da escolaridade no processo de variação de concordância verbal na língua usada em Serra Talhada

A influência da escolaridade no processo de variação de concordância verbal na língua usada em Serra Talhada Revista Digital dos Programas de Pós-Graduação do Departamento de Letras e Artes da UEFS Feira de Santana, v. 19, n. Especial, http://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/index http://dx.doi.org/10.13102/cl.v19i4%20especial.2863

Leia mais

VOGAIS NASAIS EM AMBIENTES NÃO NASAIS EM ALGUNS DIALETOS BAIANOS: DADOS PRELIMINARES 1

VOGAIS NASAIS EM AMBIENTES NÃO NASAIS EM ALGUNS DIALETOS BAIANOS: DADOS PRELIMINARES 1 39 de 107 VOGAIS NASAIS EM AMBIENTES NÃO NASAIS EM ALGUNS DIALETOS BAIANOS: DADOS PRELIMINARES 1 Cirlene de Jesus Alves * (Uesb) Layane Dias Cavalcante * (Uesb) Vera Pacheco ** (Uesb) RESUMO Esse trabalho

Leia mais

VARIAÇÃO PRONOMINAL NÓS/A GENTE EM CONCÓRDIA - SC: O PAPEL DOS FATORES LINGUÍSTICOS E SOCIAIS

VARIAÇÃO PRONOMINAL NÓS/A GENTE EM CONCÓRDIA - SC: O PAPEL DOS FATORES LINGUÍSTICOS E SOCIAIS VARIAÇÃO PRONOMINAL NÓS/A GENTE EM CONCÓRDIA - SC: O PAPEL DOS FATORES LINGUÍSTICOS E SOCIAIS Lucelene Teresinha Franceschini 1 * Resumo: O presente estudo tem por objetivo apresentar uma análise da variação

Leia mais

O paralelismo clausal na região central do estado de São Paulo Natália Cristina de Oliveira *

O paralelismo clausal na região central do estado de São Paulo Natália Cristina de Oliveira * O paralelismo clausal na região central do estado de São Paulo Natália Cristina de Oliveira * Introdução O caráter social dos fatos linguísticos e a percepção da variabilidade na qual a língua está submetida

Leia mais

Variação linguística e ensino de Língua Portuguesa: aspectos inovadores na escrita escolar

Variação linguística e ensino de Língua Portuguesa: aspectos inovadores na escrita escolar Variação linguística e ensino de Língua Portuguesa: aspectos inovadores na escrita escolar Linguistic variation and teaching portuguese language: innovative aspects in school writing Elyne Giselle de Santana

Leia mais

A marcação de pluralidade no SN em contexto predicativo do noroeste paulista

A marcação de pluralidade no SN em contexto predicativo do noroeste paulista A marcação de pluralidade no SN em contexto predicativo do noroeste paulista (The plural NP in predicative position in northwestern São Paulo) Mircia Hermenegildo Salomão¹ ¹Instituto de Biociências, Letras

Leia mais

O USO CORRENTE DA VARIEDADE NÃO-PADRÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA: UM ESTUDO DE CASO DA COMUNIDADE DA DERRADEIRA MUNICÍPIO DE VALENÇA

O USO CORRENTE DA VARIEDADE NÃO-PADRÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA: UM ESTUDO DE CASO DA COMUNIDADE DA DERRADEIRA MUNICÍPIO DE VALENÇA 73 de 368 O USO CORRENTE DA VARIEDADE NÃO-PADRÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA: UM ESTUDO DE CASO DA COMUNIDADE DA DERRADEIRA MUNICÍPIO DE VALENÇA Taylane Santos do Nascimento * (Uneb) RESUMO Este artigo tece considerações

Leia mais

Objetivos. aula4 VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NO PB: INFLUÊNCIA DE FATORES EXTRALINGUÍSTICOS. Ao final desta aula, você deverá:

Objetivos. aula4 VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NO PB: INFLUÊNCIA DE FATORES EXTRALINGUÍSTICOS. Ao final desta aula, você deverá: aula4 VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NO PB: INFLUÊNCIA DE FATORES EXTRALINGUÍSTICOS Objetivos Ao final desta aula, você deverá: perceber o reflexo de fatores sociais nos usos das estruturas linguísticas; verificar

Leia mais

Juçá Fialho Vazzata Dias Marisa Fernandes

Juçá Fialho Vazzata Dias Marisa Fernandes A INTER-RELAÇÃO DA CONCORDÂNCIA NOMINAL E DA CONCORDÂNCIA NOS PREDICATIVOS/PARTICÍPIOS PASSIVOS, SOB O ENFOQUE DA TEORIA DA VARIAÇÃO E MUDANÇA LINGÜÍSTICA Juçá Fialho Vazzata Dias Marisa Fernandes RESUMO:

Leia mais

UM CASO DE ESTABILIDADE FONOLÓGICA COMPROVADO EM TEMPO APARENTE E EM TEMPO REAL

UM CASO DE ESTABILIDADE FONOLÓGICA COMPROVADO EM TEMPO APARENTE E EM TEMPO REAL UM CASO DE ESTABILIDADE FONOLÓGICA COMPROVADO EM TEMPO APARENTE E EM TEMPO REAL Maria Cecília de Magalhães Mollica* Camille de Miranda Fernandez 1 Resumo Este texto reúne resultados de estudo sobre o uso

Leia mais

AS LÍNGUAS DE CABO VERDE

AS LÍNGUAS DE CABO VERDE UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE LETRAS DEPARTAMENTO DE LINGUÍSTICA GERAL E ROMÂNICA AS LÍNGUAS DE CABO VERDE UMA RADIOGRAFIA SOCIOLINGUÍSTICA Anexo 14: Tabela Análise Linguística Tese orientada pela

Leia mais

INTERAÇÃO ENTRE SEXO/GÊNERO E CLASSE SOCIAL NO USO VARIÁVEL DA CONCORDÂNCIA VERBAL

INTERAÇÃO ENTRE SEXO/GÊNERO E CLASSE SOCIAL NO USO VARIÁVEL DA CONCORDÂNCIA VERBAL 6 CAPÍTULO INTERAÇÃO ENTRE SEXO/GÊNERO E CLASSE SOCIAL NO USO VARIÁVEL DA CONCORDÂNCIA VERBAL Livia Oushiro INTRODUÇÃO Numerosos estudos sociolinguísticos, que se basearam em amostras balanceadas quanto

Leia mais

Anais do XVII Encontro Nacional da ANPOLL

Anais do XVII Encontro Nacional da ANPOLL 1 LOPES, C. R. S., CALLOU, D. M. I., OMENA, N., MOLLICA, M. C. Variação e mudança lingüística em tempo real e tempo aparente In: XVII Encontro NACIONAL DA ANPOLL, 2002, Gramado. Anais do XVII Encontro

Leia mais

DO ANTIGO AO NOVO: DA MUDANÇA DA TEORIA LINGUÍSTICA À MUDANÇA DA LÍNGUA

DO ANTIGO AO NOVO: DA MUDANÇA DA TEORIA LINGUÍSTICA À MUDANÇA DA LÍNGUA 471 de 663 DO ANTIGO AO NOVO: DA MUDANÇA DA TEORIA LINGUÍSTICA À MUDANÇA DA LÍNGUA Sivonei Ribeiro Rocha 146 (UESB) Jorge Augusto Alves da Silva 147 (UESB) RESUMO Este trabalho compara o conceito de mudança

Leia mais

O DIASSISTEMA LINGUÍSTICA COMPARADA APOIO PEDAGÓGICO 04/05/2018 SAULO SANTOS

O DIASSISTEMA LINGUÍSTICA COMPARADA APOIO PEDAGÓGICO 04/05/2018 SAULO SANTOS O DIASSISTEMA LINGUÍSTICA COMPARADA APOIO PEDAGÓGICO 04/05/2018 SAULO SANTOS PROGRAMA DA AULA 1. O diassistema 1.1. Diamesia 1.2. Diafasia 1.3. Diastratia 1.4. Diatopia 2. Exercício com exemplos de corpora

Leia mais

SOBRE SALVADOR: RESULTADOS DE TRÊS ESTUDOS VARIACIONISTAS

SOBRE SALVADOR: RESULTADOS DE TRÊS ESTUDOS VARIACIONISTAS SOBRE SALVADOR: RESULTADOS DE TRÊS ESTUDOS VARIACIONISTAS Norma da Silva Lopes (UNEB) 1 (nlopes58@gmail.com) Lorena Cristina Nascimento (UNEB) 2 (lcristinarn@yahoo.com.br) Marli Pereira Batista (UNEB)

Leia mais

O BANCO DE DADOS FALA-NATAL: UMA AGENDA DE TRABALHO

O BANCO DE DADOS FALA-NATAL: UMA AGENDA DE TRABALHO O BANCO DE DADOS FALA-NATAL: UMA AGENDA DE TRABALHO Maria Alice Tavares Universidade Federal do Rio Grande do Norte/CNPq Marco Antonio Martins Universidade Federal do Rio Grande do Norte Introdução Estudos

Leia mais

A INSERÇÃO DOS NEGROS NOS MERCADOS DE TRABALHO METROPOLITANOS

A INSERÇÃO DOS NEGROS NOS MERCADOS DE TRABALHO METROPOLITANOS OS NEGROS NOS MERCADOS DE TRABALHO METROPOLITANOS NOVEMBRO DE 2012 A INSERÇÃO DOS NEGROS NOS MERCADOS DE TRABALHO METROPOLITANOS A sociedade brasileira comemora, no próximo dia 20 de novembro, o Dia da

Leia mais

Liderança feminina na difusão social: implicações para a gramaticalização de AÍ como conector

Liderança feminina na difusão social: implicações para a gramaticalização de AÍ como conector PublICa IV (2008) 29-36 Liderança feminina na difusão social: implicações para a gramaticalização de AÍ como conector Simone de Queiroz Mendonça 1, Maria Alice Tavares 2 1 Aluna bolsista CNPq/PIBIC, 2

Leia mais

A CONCORDÂNCIA NOMINAL DE NÚMERO NO PORTUGUÊS AFRO-BRASILEIRO

A CONCORDÂNCIA NOMINAL DE NÚMERO NO PORTUGUÊS AFRO-BRASILEIRO 2075 A CONCORDÂNCIA NOMINAL DE NÚMERO NO PORTUGUÊS AFRO-BRASILEIRO Patrícia Ribeiro de Andrade * O presente estudo dá continuidade à pesquisa realizada sobre a concordância nominal de número no dialeto

Leia mais

PADRÃO FORMÂNTICA DA VOGAL [A] REALIZADA POR CONQUISTENSES: UM ESTUDO COMPARATIVO

PADRÃO FORMÂNTICA DA VOGAL [A] REALIZADA POR CONQUISTENSES: UM ESTUDO COMPARATIVO Página 47 de 315 PADRÃO FORMÂNTICA DA VOGAL [A] REALIZADA POR CONQUISTENSES: UM ESTUDO COMPARATIVO Tássia da Silva Coelho 13 (UESB) Vera Pacheco 14 (UESB) RESUMO Este trabalho visou a avaliar a configuração

Leia mais