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1 1 1. INTRODUÇÃO Análises técnico-táticas sobre judô demonstram ser cada vez mais necessárias na busca da melhora do desempenho em combates. Sua relevância provém do fato de oferecerem um suporte mais detalhista de conhecimento aos técnicos e investigadores sobre características da modalidade, o que aprimora as esferas pedagógica e competitiva. Tanto o aumento do número de investigações que buscam avaliar como os atletas de alto rendimento conseguem obter sucesso, quanto os avanços tecnológicos implicam em uma maior demanda de especificações e critérios quanto aos métodos utilizados (WEERS, 1996a; FRANCHINI e STERKOWICZ, 2003; CALMET e AHMAIDI, 2004; FRANCHINI, STERKOWICZ, MEIRA, GOMES e TANI, 2008). As metodologias adotadas para coleta de dados fornecem diversas maneiras de registrar informações captadas mediante o uso de observação sistemática. Em sua grande maioria, as análises técnico-táticas têm sido realizadas mediante registros cursivos que podem ser dificultosos, pois dependem da capacidade de lembrar e anotar todas as informações de um combate para interpretação completa em análises visuais em tempo real (e.g. LEES, 2002). Por outro lado, modalidades como o rúgbi, basquetebol e futebol utilizam amplamente programas computacionais para realizar esse tipo de mensuração. Essas análises por computador são ágeis e precisas ao registrar as ações dos atletas em diferentes contextos competitivos; podem assim ser úteis no processo de feedback imediato em treinos e competições desses mesmos sujeitos (SIROTIC, COUTTS, KNOWLES e CATTERICK, 2009; DUTHIE, PYNE e HOOPER, 2005). Adicionalmente, já no caso específico do judô, podem auxiliar na elaboração de táticas defensivas para contrapor ações realizadas pelos adversários (e.g. STERKOWICZ e FRANCHINI, 2000; FRANCHINI, 2006). Calmet e Ahmaidi (2002), na tentativa de criar aplicativos computacionais capazes de realizar análises técnico-táticas em combates, demonstraram que essas mensurações feitas em programas de computador podem gerar maior poder discriminatório e ainda apresentam maior aplicabilidade a situações práticas. Entretanto, sua investigação não apresenta critérios que indicariam como foi o processo de validação e confiança na aquisição de dados, o que parece ser crucial

2 2 dado que diferentes autores sugerem a realização de testes de objetividade para verificar a confiabilidade dos programas computacionais na aquisição dos resultados (KRUG, 2007;GILL, 1997). Em um trabalho pioneiro, Pawluk (1966), com registros cursivos sobre eficácia técnica, verificou o quanto atletas europeus de diferentes categorias de peso eram eficazes na obtenção de pontos sobre a quantidade de entradas de golpe realizadas no Campeonato Europeu Sênior de O autor naquela época já havia observado indicativos de diferenças entre categorias; seus resultados demonstraram que atletas mais leves possuíam maior frequência de ações técnicas, porém judocas mais pesados conquistavam mais pontuações. Já as investigações recentes verificaram que atletas de judô capazes de utilizar com sucesso um grande número de técnicas em diversas direções possuem maior chance de conquistar um bom desempenho, uma vez que durante a luta de judô os praticantes constantemente realizam mudanças em suas ações com o intuito de diminuir a possibilidade de reação do oponente - isto é, para projetar o adversário, é preciso surpreendê-lo (CALMET e AHMAIDI, 2004; CALMET, TREZEL e AHMAIDI, 2006; FRANCHINI et al., 2008). Para realizar a análise de combates, é essencial observar que a luta é uma tarefa aberta: ela não pode ser considerada apenas a soma dos comportamentos de dois indivíduos, mas sim um complexo sistema composto pela interação de diversos componentes, no qual os atletas estão constantemente modificando seus movimentos na tentativa de realizar estratégias e golpes capazes de adquirir pontuação. Dada a premência dessas questões, diferentes interesses e imperativos determinam a necessidade de uma análise técnico-tática de caráter abrangente. Pesquisadores e treinadores já têm objetivado, por exemplo, identificar cuidadosamente eventos críticos em competições (e.g. ADAMI e COUTURIER, 1976; NEVILL, ATKINSON e HUGHES, 2008). Nesse mérito, os principais alvos dos estudos em judô são sobre ações e direção de ataques, tipos de pegadas e a estrutura temporal dos momentos de esforço/pausa (e.g., STERKOWICZ e FRANCHINI, 2000; FRANCHINI et al., 2008; CALMET e AHMAIDI, 2004; CALMET, TREZEL e AHMAIDI, 2006; BOBER, RUTKOWASKA-KUCHARSKA e KULIG, 1982).

3 3 O judô apresenta muitas técnicas, agrupadas em (1) nague-waza (técnicas de arremesso), composta por dois subgrupos: o primeiro, tachi-waza (técnicas de projeção em pé), envolve técnicas de ashi-waza (técnicas de perna), te-waza (técnicas de braço) e koshi-waza (técnicas de quadril), enquanto o segundo subgrupo é composto por sutemi-waza (técnicas de sacrifício), dividido em yoko-sutemi-waza (técnicas de sacrifício laterais) e ma-sutemi-waza (técnicas de sacrifício frontais), e; (2) katame-waza (técnicas de controle; normalmente utilizadas no combate no solo) ossae-waza (técnicas de imobilização), shime-waza (técnicas de estrangulamento) e kansetsu-waza (técnicas de chave articular) (MATSUMOTO, 1996; FRANCHINI e STERKOWICZ, 2003). Essas técnicas são pontuadas de acordo com a projeção resultante, o tempo de imobilização ou submissão do adversário. A punição do oponente é outro meio de se obter pontuação. Desse modo, descrever a frequência de conquista de pontos através desses meios é importante para realização de estratégias de ação em combate. Nesse sentido, um dos poucos estudos que diferenciam ações técnico-táticas em função da classe de idade é o de Calmet e Ahmaidi (2004), que analisou 52 atletas da categoria pré-juvenil, 24 da categoria juvenil, 12 juniores e 20 da categoria sênior. Os autores notaram que o número de técnicas utilizadas era maior nos atletas da classe sênior (3,3 ± 0,9) quando comparados aos atletas do pré-juvenil (2,8 ± 1,3). Somado a isso, eles concluíram que os ataques eram organizados em direções diferentes, dependendo do oponente e dos objetivos definidos no sistema técnicotático do lutador durante a competição. Duas estratégias são muito empregadas nesse particular (FRANCHINI, 2006): (1) executar diferentes técnicas, partindo de um mesmo tipo de pegada, algo muito comum em sequências de golpes; (2) executar a mesma técnica, porém partindo de diferentes pegadas. Nos dois casos, e especialmente no primeiro, o oponente tem menos possibilidade de prever a ação que será desencadeada. Apesar da importância desse aspecto, existe ainda uma escassez de estudos sobre a variação técnica e de pegadas em diferentes categorias de peso, classes de idade e níveis competitivos. Desse modo, obter informações sobre a variação de direção e ações técnicas e de pegada para cada grupo

4 4 proporciona interessantes contribuições na área de estudo sobre o comportamento de atletas de judô. Nos torneios de judô oficiais, o tempo total da luta possui quatro minutos para as classes pré-juvenil e juvenil e cinco minutos para as classes júnior e sênior. Dentro desse período, os atletas realizaram diferentes ações técnicas que podem resultar em pontos (yuko e wazari) e até mesmo na vitória do combate com a pontuação máxima (ippon). Em situação de empate ao final do tempo há o tempo extra, cujo final é determinado pela ocorrência de alguma pontuação por um dos atletas ou até o final do tempo de três minutos (e.g. INTERNATIONAL JUDO FEDERATION, 2008). Essas variações de intensidade e interrupções constantes visualizadas nos combates de judô tornam a intermitência uma das principais características desse sistema dinâmico (FRANCHINI, 2001). Wicks (2006), ao analisar a temporalidade em atletas experientes da classe sênior no Torneio Commonwealth 2006, observou que cada luta possuía em média oito sequências de 30s de esforço por 14s de pausa e em cada tempo de combate ocorria de um a dois ataques; sendo que nessa competição especificamente, os lutadores permaneciam sem contato realizando tentativas de pegada durante cerca de 10s. Essas descrições de como ocorre o combate têm importantes implicações biodinâmicas, determinadas sobretudo pela relação esforço/pausa (CASTARLENAS e PLANAS, 1997). Apesar de todas as contribuições, diversas investigações sobre as características técnicas de atletas de judô (MATSUMOTO, TAKEUCHI e NAKAMURA, 1978; HEINISCH, 1997; SAGNOL e BISCIOTTI, 1997; STERKOWICZ e FRANCHINI, 2001; CALMET e AHMAIDI, 2004; CALMET et al., 2006) ainda estão limitadas em suas metodologias; já aquelas que envolvem o componente tático têm deficiências nas conceituações e nos índices utilizados (e.g. PLOSZAJ, 2007). Todavia, a grande quantidade de golpes existentes, a combinação dos diversos elementos e a variação no tempo de combate tornam a análise complexa e sugerem a ocorrência de diferenças entre níveis, grupos de classes de idade e categorias de peso. Como visto, essa união de fatores é passível de uma análise mais completa e precisa através da utilização de uma análise computacional devidamente validada, para garantir a precisão dos resultados.

5 5 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivo Geral: Este trabalho visou, em primeiro lugar, elaborar e verificar a objetividade e consistência do programa computacional FRAMI para análise de ações técnicotáticas em combates de judô. Em seguida, objetivou realizar, através do FRAMI, análises das atuações desempenhadas por atletas de judô, das classes pré-juvenil (13 e 14 anos), juvenil (15 e 16 anos), júnior (17, 18 e 19 anos) e sênior (acima de 20 anos), de cada uma das oito categorias de peso dos sexos masculino (-60 kg até +100 kg) e feminino (-44 kg até +78 kg), participantes de torneios regionais e estaduais de São Paulo do ano de Objetivos Específicos: Foram objetivos específicos do presente estudo: (1) Desenvolver e verificar a objetividade e consistência no uso de um programa computadorizado para análise de lutas de judô; (2) Identificar a variação na estrutura temporal (tempo total de luta, pausa, movimentação sem pegada, pegada, entrada da técnica e luta de solo), na execução e na orientação de técnicas de ataque; quantificar a pontuação, e; verificar o tipo e a quantidade de variação de pegada (kumi-kata), em ambos os sexos, em função da classe etária, categoria de peso e nível da competição. 3. REVISÃO DA LITERATURA 3.1. Abordagem Inicial das Análises Técnico-táticas no Judô A análise técnico-tática é um meio utilizado para compreender o modo pelo qual as habilidades esportivas são desempenhadas, o que pode fornecer informações para promover o desempenho na modalidade (LEES, 2002; BARRIS e BUTTON, 2008). Analisar o perfil de judocas é importante para entender como eles utilizam suas técnicas na tentativa de vencer uma competição (WEERS, 1996a; STERKOWICZ, 1998; FRANCHINI et al., 2008). Grande enfâse é estabelecida na habilidade do treinador em observar e analisar aspectos técnicos no desempenho competitivo. Entretanto, isso se torna

6 6 bastante complexo durante o combate de judô, na medida em que os atletas mudam constantemente seus movimentos, na tentativa de aumentar a imprevisibilidade de suas ações, com o objetivo de dificultar o planejamento e execução de resposta efetiva por parte do oponente (ADAMS e CARTER, 1988; SCHMIDT, 1991; CALMET e AHMAIDI, 2004; CALMET et al., 2006; FRANCHINI et al., 2008). Observar detalhes nessas habilidades abertas se torna necessário para verificar a capacidade com a qual o executante adapta seu comportamento a mudanças no combate. Entretanto, muitas vezes essa adaptação pode ser extremamente rápida e o executante eficaz pode apresentar várias opções de resposta para um mesmo estímulo (MAGILL, 1989; SCHMIDT, 1991; FRANCHINI et. al., 2008). Mensurações técnico-táticas de ações em combates de judô têm sido realizadas há muitas décadas, incorporando cada vez mais princípios científicos (e.g. PAWLUK, 1966; ŁAKSA e SIEWIOR, 1972; BRANCO, 1979; BOBER, RUTKOWASKA-KUCHARSKA e KULIG, 1982; WEERS, 1996a; FRANCHINI et al., 2008). Como descrito, há mais de 40 anos, Pawluk (1966), através de registros cursivos, quantificou a frequência de entradas de golpe e projeções em dois grupos de categorias no Campeonato Europeu Sênior de Os resultados demonstraram que atletas mais pesados utilizaram um total de 15 variações técnicas e que judocas mais leves realizaram 13 variações. Entretanto, quando contabilizado o total de golpes aplicados, o grupo leve perfez 638, uma maior atividade quando confrontado com os mais pesados, com 440 entradas. Apesar disso, o número de pontuações foi maior para o último grupo, com 21 projeções, comparado aos mais leves - com 16, o que sugere uma eficácia técnica maior para atletas mais pesados. Apesar da coleta do autor ser apenas direcionada para observação dos golpes, registros cursivos podem ser dificultosos, pois dependem da capacidade de lembrar e anotar todas as informações de um combate para interpretação completa em análises visuais em tempo real (LEES, 2002). A evolução tecnológica possibilitou realizar mensurações mais cuidadosas e permitiu a comparação em diferentes dimensões de eventos distintos. Hoje, o uso de equipamentos, como câmeras de filmagem e programas computacionais para observação de ações realizadas em competições, oferece descrições de elementos

7 7 que possibilitam incrementar o processo de treinamento dos atletas e realizar inferências estatísticas sobre modelações e diferenciações do aspecto técnico-tático na modalidade (CALMET, 2009; BARRIS e BUTTON, 2008; NEVILL, ATKINSON e HUGHES, 2008). Calmet e Ahmaidi (2002) exemplificam como a utilização da tecnologia é crucial para a observação de ações em atletas de alto rendimento. O uso de programas computacionais garante a especificidade dos resultados com estabelecimento de critérios, o que pode gerar poder discriminatório e ainda demonstrar aplicabilidade a situações práticas. As análises computadorizadas dão suporte para a seleção de informações qualitativas e quantitativas, pois reduzem o erro de medida e aumentam a autenticidade científica, revelando maior fidedignidade dos resultados - incluindo objetividade e maior validade no processo de análise (CALMET 2009; MIARKA, CALMET e FRANCHINI, 2008). Em aspectos práticos, apesar de ainda ser pouco utilizado no judô em decorrência da falta de instrumentos específicos, esse tipo de análise notacional por computador viabiliza aumento do número de análises pela economia de tempo e maior padronização na análise técnico-tática. Além disso, essa instrumentalização permite o desenvolvimento de bancos de dados e a promoção de feedback rápido (CALMET 2009; MIARKA, CALMET e FRANCHINI, 2008). A construção de bancos de dados permite o acesso a conjuntos de registros dispostos em estrutura regular sobre os combates de judô, o que possibilita a reorganização dos mesmos e a produção de informação sobre como os lutadores agem e interagem em função das variáveis existentes. Na Alemanha foram registradas informações referentes aos países, categorias de peso e atletas individuais no que diz respeito aos aspectos técnicos e táticos, classificação e características tipológicas. Esses dados são parte de um banco de informações que foi alimentado desde os Jogos Olímpicos de 1988 até o Campeonato Europeu de Existiam análises de gravações de 2768 lutas pertencentes a 1728 atletas de várias partes do mundo (HEINISCH, 1997; FRANCHINI e STERKOWICZ, 2003). Essas análises sobre como lutadores atuam em diferentes situações podem ser úteis no treinamento técnicotático dos mesmos, visando à elaboração de estratégias para causar perturbação e

8 8 contrapor as principais ações realizadas pelos oponentes (ADAMS e CARTER, 1988; FRANCHINI, 2001) Análise Técnico-tática no Judô Por Programas Computacionais Programas computacionais facilitam a realização de análises em níveis mais elaborados e permitem a observação de um maior número de variáveis. Porém, os sistemas mais sofisticados são complexos de serem desenvolvidos, pois dependem da precisão nos resultados. Isso demanda sistemas rigorosos, reduzindo a probabilidade de ocorrência de erro de medida (HUGHES e FRANKS, 1997). Dominguez e Molinuevo (2002) demonstraram como realizar a utilização de programas computacionais para análise de desempenho técnico-tático em equipes de futsal de forma contextualizada. Com um sistema desenvolvido em Visual Basic 6.0, o registro dos dados era realizado ao clicar na opção da variável correspondente com as dimensões da análise. Entretanto, a investigação não apresenta critérios que indicariam como foi o processo de aquisição de dados, o que vai de encontro a diferentes autores que sugerem a realização de testes para verificar a efetividade dos programas computacionais na aquisição dos resultados (GILL, 1997; KRUG, 2007). Essas características são essenciais em analises técnico-táticas; sem elas poucos créditos podem ser atestados na coleta de dados. Ainda existe uma escassez de estudos técnico-táticos no judô que estabeleçam critérios para aquisição de dados com a aplicação de programas computacionais, verificando a objetividade das análises. Além disso, outro importante elemento na construção e desenvolvimento de instrumentos para análise notacional, é a realização de testes no programa computacional, pois isso verifica condições, como operabilidade, facilidade de visualização dos resultados, capacidade de decomposição e a estabilidade do programa. Para analisar esses fatores, três tipos de testes complementares são utilizados durante a construção do programa: funcional, estrutural e baseado em falhas. A diferença entre esses testes está na origem da informação utilizada para criar os dados (KRUG, 2007). Adicionalmente, o objetivo da avaliação do sistema é revelar falhas de especificação e codificação, verificando a qualidade do programa. De acordo com os parâmetros técnicos utilizados para avaliação de programa computacional, o foco está na verificação dos

9 9 resultados. Desse modo, uma importante característica para a consistência de resultados é a replicabilidade das análises com medidas repetidas (HOPKINS, 2000). A verificação da objetividade dos resultados em análises técnico-táticas não é novidade. Métodos descritos por Hopkins (2000) para apurar erros de medida e a concordância intra-avaliador e inter-avaliador são largamente utilizados. King, Jenkins e Gabbett (2009), para avaliar esses fatores e observar se os dados obtidos em análises da estrutura temporal e de diferentes ações nas competições de rúgbi eram confiáveis, realizaram três retestes com os mesmos vídeos de forma randomizada e verificaram uma média de 17,73% de limite de concordância para os resultados com um coeficiente de confiança igual a 95%. Resultados similares são encontrados em estudos prévios com a mesma metodologia em análise técnicotáticas do basquete (MCINNES, CARLSON, JONES e MCKENNA, 1995) e de rúgbi (DUTHIE, PYNE e HOPPER, 2003) Quantificação Temporal em Combates de Judô A análise temporal permite obter informações que revelam inferências sobre o esforço específico requerido em combate. Isso auxilia tanto o planejamento de treinamento quanto o desenvolvimento de avaliações com ações motoras e solicitação metabólica análogas às do combate em relação aos componentes anaeróbio e aeróbio do atleta (GOROSTIAGA, 1988; STERKOWICZ, 1995), bem como sobre as possíveis demandas de processamento de informação (FRANCHINI, 2006) e transmissão de informações técnicas por parte do treinador. O tempo total da luta de judô é de quatro minutos para as classes de idade pré-juvenil e juvenil e cinco minutos para as classes júnior e sênior, que pode ser complementado por um tempo extra de três minutos ou até um dos atletas obter uma pontuação; o que ocorrer primeiro (INTERNATIONAL JUDO FEDERATION, 2008). Castarlenas e Planas (1997) observaram a estrutura temporal em 144 lutas do Campeonato Mundial de 1991 e demonstraram existir 11 sequências de esforço/10 sequências de pausa (cerca de 15 a 30 segundos de trabalho intervalados por 10 segundos de pausa). O tempo médio observado nos combates foi de 2min52s ± 1min28s. Desse total, o tempo de luta em pé foi 2min5s ± 1min10s, enquanto no solo

10 10 a média temporal foi 54s ± 38s. Quanto ao período de pausa, foram observados 1min41s ± 1min9s. Essa e outras investigações confirmam que as sequências de combate apresentam duração estimada de 15 a 30 segundos, com intervalos próximos a 10 segundos (CASTARLENAS e PLANAS, 1997; MONTEIRO, 1997; SIKORSKI, MICKIEWICZ, MAJLE e LAKSA, 1987; STERKOWICZ e MASLEJ, 1998; VAN MALDEREN, JACOBS; RAMON, ZINZEN, DERIEMAEKER e CLARYS, 2006; FRANCHINI, 2001), como mostra a TABELA 1. TABELA 1 - Estrutura temporal da luta de judô. Autor(es) Competição(ões) Analisada(s) Atividade (s) Pausa (s) Castarlenas e Planas (1997) Campeonato Mundial Sênior de 1991 e Jogos Olímpicos de Barcelona ,0 ± 8,5 12,4 ± 4,1 Monteiro (1995) Campeonato Europeu Júnior de o min de luta 2 o min de luta 3 o min de luta 4 o min de luta 5 o min de luta 25,8 ± 7,8 27,0 ± 9,0 27,0 ± 9,7 22,4 ± 9,3 18,9 ± 10,4 9,5 ± 3,2 10,4 ± 4,5 13,4 ± 7,6 13,2 ± 7,3 13,9 ± 9,0 Sikorski et al. (1987) Copa Matsumae de 1986 e Campeonato Europeu de ,0 13,0 Sterkowicz e Maslej (1998) Campeonato Polonês de ,1 10,3 Wicks (2006) Campeonato Commonwealth 30,0 10,0 Van Malderen et al. (2006) García & Torres (2007) Rosa, Del Vecchio, Santos, Chacon-Mikahil e Oliveira (2008) Os valores são média ± desvio padrão. Campeonato Belga de 2004 Feminino Masculino Campeonato Espanhol Sub 23 de 2006 Feminino Masculino Primeira Seletiva Nacional de 2003 Grupo com Golden score Grupo sem Golden score 19,9 ± 7,3 18,8 ± 9,0 14,0 ± 2,0 23,0 ± 6,0 28,4 ± 17,8 30,4 ± 20,7 7,5 ± 6,2 9,13 ± 5,1 12,0 ± 4,0 7,0 ± 2,0 8,0 ± 6,0 7,4 ± 5,2

11 11 Durante os Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, foi observada uma média geral do tempo dos combates do sexo masculino de 3min6s (62% do tempo máximo) e 2min54s para mulheres (72,5% do tempo máximo) (STERKOWICZ, 1998). Sterkowicz e Maslej (1998) encontraram dados similares a esses na Competição Nacional Polonesa de 1996, com uma média de 2min55s ± 1min50s (58% do tempo total), dos quais 2min11s ± 1min28s eram de luta em pé; (c) 43 ± 42s pertencentes à luta de solo, e; (d) o tempo médio da pausa de 10 ± 59s. A sequência temporal luta em pé/luta de solo/pausa possuiu tempos médios de respecitivamente 19s, 16s e 10s, similares aos encontrados por Castarlenas e Planas (1997). Na tentativa de diferenciar a temporalidade das fases de competição, Del Vecchio, Franchini e Souza (2004) analisaram atletas finalistas nas diferentes fases do Campeonato Mundial de Judô de Os resultados demonstraram o efeito da fase da competição sobre o tempo de luta, com diferenças ocorrendo entre a fase semi-final, com 4min50s ± 1min20s e final, com 2min20s ± 1min17s. Entretanto, os autores não observaram diferenças entre campeões e vice-campeões no tempo de combate. Apesar de fornecerem informações importantes da estrutura temporal em esforço e pausa nesses estudos, não foram observados os critérios estabelecidos que determinem com exatidão como foi analisada a dinâmica de luta. Em estudo mais recente, Wicks (2006), ao analisar a temporalidade no Torneio Commonwealth 2006, observou que cada combate possuía aproximadamente 4min, intervalados por oito sequências de 30s de esforço/14s de pausa, e em cada tempo de esforço ocorria de um a dois ataques - sendo que nessa competição especificamente, os atletas permaneciam sem contato realizando tentativas de pegada durante cerca de 10s. Marcon, Franchini, Vieira e Barros (2007) diferenciaram ações dentro do tempo de esforço, analisando três combates simulados. Esse estudo dividiu a temporalidade em: (i) tempo de preparação; (ii) tempo de pegada, (iii) tempo de entrada de golpe em pé, e; (iv) tempo de luta de solo. Os autores não encontraram diferenças estatísticas na estrutura das três lutas analisadas e os resultados dessa análise revelaram tempo de preparação de 4 ± 1s, tempo médio de pegada de 17 ± 3s, seguido por tempo de entrada de golpes de projeção de 1,5 ± 0,5s, tempo de pausa ou intervalo de 7 ± 1s, e tempo de luta de solo 18 ± 13s. Apesar da limitação

12 12 desse trabalho no número reduzido e na falta de descrição amostral, cabe salientar a inovação de fragmentar o tempo de trabalho nos combates, o que traz importantes implicações para a compreensão das demandas específicas de esforço em combate associadas à utilização do metabolismo anaeróbio e aeróbio. Além disso, esses dados possuem importância para a dimensão técnica e tática da luta, pois podem ser utilizados como referencial para modulação de ações de combate em função da estrutura temporal Quantificação de Ações em Combates de Judô Pausa e movimentação sem pegada No decorrer do combate de judô as interrupções ocorrem de forma intermitente e variada. Atualmente, sugere-se que a duração dos intervalos entre um período de esforço e outro pode variar em função do minuto da luta (MONTEIRO, 1995). Durante as pausas, a restauração da amplitude funcional do atleta de judô não opera com velocidade constante; primeiro, que esta velocidade é muito rápida. Ela diminui depois de um certo período, o que pode interferir no tempo de movimentação sem pegada que se segue ao período de pausa. Em termos gerais, do início da movimentação até o primeiro contato existe uma intensidade menor e o tempo de permanência nessa fase pode variar em relação ao nível atlético e à categoria de peso. Calmet (2009) sugere que quanto maior o nível competitivo, maior é o tempo sem contato entre os combatentes, decorrente do fato de que atletas de alto rendimento realizam golpes eficazes mesmo sem conquistar a pegada. Apesar de esse conhecimento ser consensual, existe uma escassez de estudos que observem ações técnicas nessa fase do combate. Taticamente, o que se verifica nessa fase de combate é a sua utilização em maior escala pelo lutador que já pontuou e que busca esgotar o tempo total de luta rapidamente para, desse modo, evitar pontuação do oponente (MONTEIRO, 1995; CALMET, 2009) Domínio da luta e tipos de pegadas O domínio da pegada possibilita um controle maior sobre a realização do desequilíbrio adversário (kuzushi), tanto para colocar o oponente em posição de

13 13 desequilíbrio para em seguida ser realizada a aplicação da técnica, empurrando ou puxando, quanto para aproveitar o momento de desequilíbrio do adversário, posicionando-o para as fases subsequentes de golpe (FRANCHINI, 2001; GOMES, 2007). Atletas de maior nível, sabem que essa fase é muito importante para obter controle sobre o oponente, por isso, despendem mais tempo em tentativa de conseguir a pegada em posição vantajosa, tanto quanto em tentativas de evitar que o adversário realize a pegada. Nesse sentido, a relação observada em diferentes níveis competitivos até agora indica que é inversa ao apresentado na fase sem contato - ou seja, quanto maior o nível competitivo, menor é o tempo de pegada. (CALMET e AHMAIDI, 2004; FRANCHINI et al., 2008; CALMET, 2009). Adami e Couturier (1976) observaram, no Campeonato de Montreal de 1976, que a pegada é um dos fatores que garantem o domínio da luta e de sua trajetória (shintai) sobre a área de competição (shiai-jo). Além disso, no contexto de combate, os atletas alternam ações, sendo a pegada o principal instrumento utilizado na interação entre eles e no controle do espaço inter-lutador para realização de fintas e manobras de ataque. Decorrente dessa característica, um aspecto importante na luta é a habilidade em conquistar pegadas cuja configuração permita a realização de ataques efetivos rapidamente, assim como defesas eficazes (WEERS, 1996b; CALMET e AHMAIDI, 2004; CALMET et al., 2006; FRANCHINI et al., 2008). Foram analisadas cerca de 549 situações em combates de finalistas do Campeonato Japonês de 1987, medalhistas do Campeonato Mundial de 1985 e medalhistas do Torneio Europeu de O pesquisador observou que judocas de alto nível são caracterizados pela capacidade de retirar a pegada adversária e rapidamente realizar a própria. Além disso, das 549 observações, 278 foram realizadas do lado direito, sendo que as outras 271 situações de pegadas foram realizadas do lado esquerdo. Entretanto, apenas 10% dos lutadores são efetivamente canhotos. Essa postura contrária à realizada pelo adversário (Kenka-yotsu) é adotada frequentemente com objetivos defensivos (WEERS, 1996b). Estudos com análises de Competições Estaduais (n=498) e Internacionais (n=549) observaram alta frequência de alternância entre momentos sem contato e de pegada nos combates (WEERS, 1996b, MIARKA, CALMET e FRANCHINI, 2008). De

14 14 fato, já é consensual que atletas de alto rendimento possuem maior habilidade de se opor ao adversário com o bloqueio da tentativa de pegada e de remover a mão do oponente do próprio judogui (WEERS, 1996b; CALMET, 2009). Além desse aspecto, esses estudos sugerem que a variação das configurações dos tipos de pegada é um dos principais aspectos a determinar o bom desempenho, dado que durante a luta de judô os praticantes necessitam realizar mudanças em suas ações constantemente com o intuito de diminuir a possibilidade de reação do oponente (CALMET e AHMAIDI, 2004; CALMET et al., 2006). Em uma análise dos Jogos Olímpicos de Atlanta (1996) foram observadas 261 lutas de todas as categorias do grupo masculino e feminino com o objetivo de catalogar as configurações de pegadas e determinar a frequência de distribuição das mesmas. Tal estudo procurou verificar se atletas de elite (medalhistas olímpicos) utilizavam diferentes estratégias de pegada. Apenas quatro tipos de pegadas foram observados (WEERS, 1996a): (1) mesma pegada os dois atletas seguram ou de direita ou de esquerda; (2) pegadas opostas (kenka-yotsu) os atletas adotam pegadas contrárias (direita contra esquerda); (3) controle do final da manga o lutador com domínio segura o final das duas mangas (o que pode gerar punição se o ataque não ocorrer rapidamente); (4) pegada sem forma o lutador com domínio não permite que o oponente faça a pegada e também não faz a sua, a menos que esteja entrando um golpe. A TABELA 2 apresenta a distribuição das configurações de pegadas observadas: TABELA 2 - Configuração das pegadas utilizadas (%) por atletas nos Jogos Olímpicos de Atlanta 1996 (Adaptado de Weers, 1996a). Grupo Mesmo lado Lado oposto Final da manga Sem forma Total Masculino Feminino Media geral

15 15 Weers (1996a) dividiu a utilização das pegadas por fase competitiva. Nas fases eliminatórias, 10% dos participantes utilizavam o mesmo lado, 49% o lado oposto, 3% final da manga e 38% das pegadas eram sem forma. Na repescagem, a utilização de lado oposto aumentou para 54%, assim como aumentou o uso do final da manga para 7%, as pegadas do mesmo lado permaneceram com 10% e as pegadas sem forma reduziram para 29%. Quando analisadas as lutas com disputa de medalha, somente 2% delas ocorriam do mesmo lado, seguido por 2% de pegada no final da manga, 33% de pegada oposta e 63% das pegadas sem forma. Sugerese que duas estratégias são muito empregadas quando relacionadas à pegada com a possibilidade de obter sucesso em entradas de golpe (WEERS, 1996a; FRANCHINI et al., 2008): na primeira, são realizadas diferentes técnicas, partindo de um mesmo tipo de pegada, algo muito comum em sequências de golpes. Na segunda, se executa a mesma técnica, porém partindo de diferentes pegadas (FRANCHINI et al, 2008). Com o objetivo de verificar a variação do uso de diferentes tipos de pegadas realizados na Competição de São Paulo de 2008, em função do sexo, Miarka, Calmet e Franchini (2009) analisaram 498 combates definindo a temporalidade de permanência em 14 configurações de pegada: Gola Esquerda (GE), Gola Direita (GD), Manga Esquerda (ME), Manga Direita (MD), Dorsal Direito (DD), Dorsal Esquerdo (DE) e suas combinações; a taxiologia utilizada teve como critério estabelecido as repartições do judogui, como mostra a FIGURA 1.

16 16

17 17 Os resultados desse estudo estão expostos na TABELA 3. TABELA 3 - Tipos de pegadas realizados por homens e mulheres em competição estadual (Adaptado de Miarka, Calmet e Franchini, 2009). Tipos de pegadas Mulheres µ (dp) Homens µ (dp) GE * 12,6 (23,7) 4,8 (9,9) DE * 1,6 (10,1) 0,3 (1,8) MD * 3,2 (07,7) 1,6 (4,8) GE+MD 27,2 (40,4) 28,7 (36,7) DE+MD 8,7 (24,1) 9,8 (30,0) GE+ME 0,2 (01,7) 0,3 (2,0) DD+ME 3,2 (10,1) 3,3 (9,5) GD * 11,1 (22,4) 4,2 (10,4) DD 0,4 (02,4) 0,3 (2,0) ME 1,7 (05,6) 1,1 (3,4) GD+ME 18,3 (33,1) 13,9 (31,1) GD+GE 5,7 (17,1) 2,9 (10,3) ME+MD 6,3 (14,0) 6,9 (14,4) GD+MD* 1,0 (8,3) 1,3 (14,6) Sem Contato 51,6 (38,4) 59,7 (49,6) *diferenças entre grupos (p<0.05) Esses resultados indicam uma alta quantidade de tempo sem contato. Quando observados, os resultados sugerem que as mulheres possuem maior tempo de pegada em um lado, ou seja, com uma das mãos, quando comparadas aos homens, que também utilizam mais as duas mangas em lutas estaduais (MIARKA, CALMET e FRANCHINI, 2009). Essas características são indicativas de que homens e mulheres estabelecem estratégias diferentes para realização do controle sobre o oponente

18 18 pela pegada, e ainda, do tipo de ataque a ser realizado nas diferentes configurações de kumi-kata Execução de técnicas de ataque A aplicação efetiva e o controle de ações essenciais no combate é um dos fatores determinantes para o êxito no judô. Além disso, o combate não pode ser considerado apenas uma soma de comportamentos de dois oponentes, mas um complexo sistema composto pela interação desses atletas. Em essência, a luta de judô é classificada como tarefa aberta e complexa, na qual os atletas modificam continuamente as ações como estratégia para realizar projeções e controle do oponente no solo (JANJAQUE, 2003; HANCOCK e HIGASHI, 2005; FRANCHINI et al., 2008). Nessa modalidade, os primeiros estudos conhecidos sobre ações técnicas e táticas em competições foram elaborados na Polônia (PAWLUK, 1966; ŁAKSA e SIEWIOR, 1972). Em seguida, foram publicados estudos no Japão e em Portugal (MATSUMOTO et al., 1978 e BRANCO, 1979). Matsumoto et al. (1978) analisaram os Campeonatos Japoneses (All Japan Judo Championship Tournament) de 1970 e Um dos objetivos do estudo era determinar as técnicas mais empregadas, sendo averiguada a predominância das técnicas de perna (78 e 77%, respectivamente), seguidas pelas técnicas de braço (13% para os dois anos), sacrifício (4 e 5%, respectivamente) e quadril (4 e 3%, respectivamente). Esses resultados vão ao encontro daqueles obtidos na investigação de Branco (1979): ao analisar os judocas participantes do Campeonato Português, Branco observou que as técnicas mais utilizadas foram o seoi-nague; o harai-goshi; o o-soto-gari; o de-ashi-barai; o o-uchi-gari e o ko-uchi-gari. Em ambas as pesquisas, pode-se notar a predominância dos golpes de perna (ashi-waza). Mesmo nos anos 1970, quando as regras eram diferentes das atuais, constatou-se o fato de que as técnicas de solo obtinham alta probabilidade de sucesso no que se refere à conquista de pontuações. Apesar de o judô manter características fortemente arraigadas às propostas iniciais de Jigoro Kano, profundas diferenças técnico-táticas são observadas em competições quando comparados os primeiros estudos sobre combates com os

19 19 atuais. Exemplos desse processo de mudança são as várias modificações técnicotáticas, alterações nas regras oficiais e a introdução de novos golpes vindos de outras formas de combate similares (SIKORSKI, 2005; MARQUES; MIARKA, INTERDONATO e LUIZ, 2008). A Federação Internacional de Judô (FIJ) e a Kodokan reconhecem, nas regras oficiais de 2008, 66 golpes de projeção (nague-waza) e 29 técnicas de solo (ne-waza), das quais nove são imobilizações (ossae-waza), onze são estrangulamentos (shime-waza) e nove são chaves de braço (kansetsu-waza). O nague-waza é composto por dois grupos: o primeiro, tachi-waza, envolve golpes que objetivam projetar o oponente em pé. O tachi-waza possui três classificações para as técnicas: ashi-waza, traduzido como golpes de pé, te-waza, técnicas de mão e koshiwaza, golpes de quadril. O segundo grupo do nague-waza é o sutemi-waza, que abarca golpes de sacrifício em que o atleta necessita sacrificar seu equilíbrio e se projetar para realizar a projeção do oponente (BROUSSE e MATSUMOTO, 1999; FRANCHINI e STERKOWICZ, 2003; GOMES, 2007). As técnicas que haviam sido introduzidas em caráter não-oficial até o ano de 2008 são consideradas variações de técnicas de te-waza, denominadas pick-ups, e variações de técnicas de quadril, koshi-waza, denominadas twist-down (WEERS, 1996a). A origem dessas técnicas pode ser traçada diretamente pela influência do wrestling e do sambo, introduzidas a partir da expansão do judô na antiga URSS e na Ásia Central (SIKORSKI, 2005). Com o passar dos anos, as modificações oficiais das regras de pontuação introduzidas pela FIJ, por outro lado, também foram responsáveis pelas adaptações de golpes e introdução de variações nas ações de ataque (FRANCHINI, 2006; MARQUES et al., 2008). Sendo assim, nos tempos mais recentes Sterkowicz e Maslej (1999) objetivaram caracterizar mudanças na estrutura técnico-tática de combates de judô. Para isso, utilizaram o Campeonato Nacional Polonês de 1996 e o Torneio de Bytom do mesmo ano, sendo que a amostra foi composta por 92 gravações de combates. Os autores observaram que ocorreram 819 ataques, com cerca de 798 (97%) compostos por técnicas de tachi-waza e somente 21 (<3%) em ne-waza (17 imobilizações, dois estrangulamentos e uma chave de braço). Contudo, estes últimos ataques demonstraram ser bastantes efetivos. Quanto às tentativas de projeção, 349

20 20 ataques realizados pertenciam ao grupo te-waza, seguido por 326 técnicas de ashiwaza. Aparentemente, existe uma tendência na aplicação dessas técnicas para o lado esquerdo (57%); em contrapartida, quando observadas as técnicas de koshiwaza, verificou-se que as técnicas ocorrem, na maioria das vezes, para o lado direito, como mostra a FIGURA Lado esquerdo Lado direito te waza ashi waza koshi waza ma sutemi yoko sutemi waza waza outros FIGURA 2 Gráfico da contagem da distribuição de técnicas realizadas em competições polonesas em 1996 (Adaptado de Sterkowicz e Maslej, 1999).

21 21 As técnicas mais populares encontradas foram o seoi-nague (18% de todos os ataques) e o uchi-mata (15%). Heinisch (1997), ao analisar as Competições Olímpicas e os Torneios Europeus entre 1988 e 1995, observou uma predileção dos atletas de alto rendimento pelas entradas de ashi-waza, mais especificamente a técnica uchi-mata, seguida pelo golpe de mão, seoi-nague, o golpe de sacrifício taniotoshi e o golpe de pé novamente ko-soto-gari. Sterkowicz e Franchini (2000), em investigação sobre o perfil de atletas de alto rendimento, observaram ações dos campeonatos mundiais (1995, 1997 e 1999) e os Jogos Olímpicos de Atlanta (1996). Os autores observaram existir predominância de técnicas de ashi-waza (37% do total), seguidas por te-waza (29%), sutemi-waza (14,5%) e ossae-waza (7,7%). Resultados similares foram encontrados por Franchini, Takito e Bertuzzi (2005), que registraram ações técnicas e táticas de 13 atletas de alto rendimento e observaram que esses judocas de elite executavam uma média de 12 ± 2 sequências de tachi waza, com elevado predomínio das técnicas de ashi-waza e 6 ± 3 de ne-waza. Havia, ainda, um número médio de 15 ± 5 ataques por luta, em geral, a partir de 8 ± 3 técnicas diferentes. Essa variabilidade é uma característica importante para a obtenção de sucesso no combate, por dificultar a tomada de decisões pelo adversário (SCHMIDT, 1991; FRANCHINI e STERKOWICZ, 2003). Boguszewski e Boguszewska (2006) analisaram as finais do Campeonato Europeu de 2005, em 150 ações de ataque realizadas. Apenas 18 entradas de golpe resultaram em pontuações; porém, quando comparados vencedores e perdedores, os valores demonstram grandes diferenças: 21% dos ataques apresentam efetividade em ganhadores, enquanto apenas 2% dos ataques dos perdedores foram efetivos. Franchini e Sterkowicz (1999) compararam dois grupos, o primeiro formado por campeões olímpicos e mundiais e o segundo composto por atletas medalhistas prata e bronze dos olímpicos e mundiais quanto à utilização das técnicas. Os autores observaram significativas diferenças na quantidade de técnicas de ashi-waza utilizadas pelos campeões - cerca de 46% do total de entradas de golpes, quando comparados com os demais medalhistas, com aproximadamente 36% das entras compostas por golpes de pé. Em contrapartida, campeões utilizaram somente 8% de técnicas de sacrifício, diferentemente dos demais medalhistas, cuja utilização de

22 22 sutemi-waza foi da ordem de 49%. Esses resultados demonstram diferenças na utilização de tipos de golpes por atletas com diferentes classificações competitivas. Outro componente que pode diferenciar em atletas elite e não-elite é a orientação do golpe, pois a especialização em ataques somente em poucas direções torna evidente a limitação para obter sucesso em combates. Diante desse fato, atletas com apenas uma indução de desequilíbrio são mais fáceis de serem controlados nas ações de ataque (CALMET et al., 2006). Com duas direções de ataque os atletas podem induzir desequilíbrio linear, mas ainda existe facilidade em controlar isso. Com mais de três direções de ataque, ou seja, em forma triangular, controlar esses ataques já se torna mais dificultoso; desse modo, o domínio de técnicas em mais de três direções se torna necessário para criar incerteza no adversário. Entretanto, os estudos que observam e quantificam a orientação dos ataques realizados em combate em diferentes níveis competitivos e idades ainda são escassos (CALMET e AHMAIDI, 2004). Um estudo pioneiro que demonstra a importância na direção das projeções é o de Franceschi, Leberre e Thabot (1982). Estes autores observaram 30 lutadores de judô de alto rendimento em combate, revelando que esses atletas possuem mais de três direções de ataque. Os pesquisadores sugerem que a utilização de mais de três direções aumentou a eficácia do sistema de ataque, pois isso possibilitou maior desequilíbrio do adversário, como descrito anteriormente. Outro estudo mais recente de Weers (1996a), com análise de competições mundiais e olímpicas, observou que atletas campeões utilizam em média seis golpes de projeção, sendo um deles o kouchi-gari e duas técnicas de solo, sendo uma delas técnica de imobilização. Os golpes mais utilizados nessa análise foram: ossae-waza (85%); ko-uchi-gari (72%), variações de golpes de te-waza, chamados pick-ups (59%), com princípio no agarre em uma ou ambas as pernas para realizar a projeção (morote-gari, kuchikitaoshi, kibisu-gaeshi e sukui-nague), seoi-nague (56%), variações de golpes de koshi-waza, chamados twist-down ( 56%), e variações dos golpes uki-otoshi e uchi-mata (51%), seguido do o-uchi-gari (49%). Esses resultados demonstram, além da especialização em alguns tipos de técnicas, a modificação dos golpes de judô pela influência de diferentes métodos de combate.

23 23 Poucos são os estudos sobre a caracterização do perfil técnico-tático em atletas do sexo feminino de alto rendimento. Husnija, Izet e Safet (2007) analisaram o desempenho de mulheres em três diferentes níveis competitivos: 119 lutas da Competição Nacional da Bósnia-Herzegovina; 95 combates dos Bálcãs e da região da Bósnia-Herzegovina de 2006, e 180 combates do Campeonato Europeu de A análise observou uma diferença estatística e resultados numericamente superiores do grupo do Campeonato Europeu de 2004 sobre duas variáveis: eficácia das técnicas e quantidade de entradas realizadas. Porém, a preferência sobre golpes de ashi-waza (uchi-mata, ouchi-gari) foi clara nos três grupos. Em seguida, os resultados apresentam diferença entre os grupos regional e nacional, quando comparados com o internacional. As atletas internacionais tiveram predileção em segundo lugar pela técnica sukui-nague. Os outros dois grupos optaram por utilizar, em segundo lugar, a técnica de imobilização kesa-gatame. Tanto para atletas internacionais como para as nacionais, o seoi-nague foi o terceiro golpe mais utilizado, enquanto que o grupo regional optou pelo tani-otoshi. Franchini e Sterkowicz (2003) compararam combates de Competições Olímpicas e Mundiais entre 1995 e 2001 de ambos os sexos e verificaram que tanto homens (em média 12 ± 4 técnicas), quando mulheres (em média 11 ± 5 técnicas), procuravam variar a entrada de técnicas no combate. Além disso, a maioria dos competidores possuía mais de quatro direções de ataque. Isso auxilia no aumento do tempo de antecipação adversária, pois a partir dessa situação é possível prever diferentes alternativas de defesa, assim como suas possíveis consequências, de modo que a probabilidade de serem bem sucedidas se torna um processo de planificação extenso diante da rapidez de ação no ataque passível de ocorrência. Já para diferenciar ações técnico-táticas em função da classe de idade e da graduação, Calmet e Ahmaidi (2004) analisaram 108 atletas, 52 da categoria préjuvenil, 24 da categoria juvenil, 12 juniores e 20 da categoria sênior. Os autores notaram que o número de técnicas utilizadas era maior nos atletas da classe sênior (3,3 ± 0,9) quando comparados aos atletas do pré-juvenil (2,8 ± 1,3). Somado a isso, eles concluíram que os ataques eram organizados em direções diferentes, dependendo do oponente e dos objetivos definidos no sistema técnico-tático do

24 24 lutador durante a competição, observando que os atletas de alto rendimento utilizaram 4,7 ± 0,8 direções de ataque. Sterkowicz e Franchini (2003) objetivaram verificar a ocorrência de técnicas diferentes no último combate dos medalhistas, comparando com outros combates da mesma competição. Os autores identificaram que 28,6% dos finalistas utilizavam técnicas não aplicadas nas fases eliminatórias e cerca de 10% dos medalhistas de bronze realizavam o mesmo. Esse e os demais estudos podem auxiliar em possibilidades de mapeamento de golpes para verificar a frequência de realização de técnica e a previsibilidade de ações efetivas Execução de técnicas de contra-ataque Em esportes situacionais como o judô, a antecipação da ação do adversário é uma tomada de decisão eminentemente cognitiva e está diretamente relacionada à realização de contra-ataques (SAGNOL e BISCIOTTI, 1997). Weers (1996d) analisou a utilização de contra-ataques em atletas de elite nas 225 ações técnicas empregadas. A analise indicou que a maioria dos contra-ataques realizados surgiram da posição estática do adversário, e em seguida, da posição de desequilíbrio. A principal situação de contra-ataque (42,6%) ocorre em situação de defesa de um ataque do oponente, o que incorre na necessidade do atleta em possuir uma habilidade exata de timing. Primordialmente, as técnicas defensivas já chamavam a atenção nos Campeonatos Japoneses na década de 70. Matsumoto et al. (1978) observaram ações mais defensivas com a utilização do peso corporal, realizando o bloqueio do ataque, sendo o seu uso predominante em atletas de categorias mais pesadas (66%). Para atletas mais leves, esquivas são mais frequentes (tae-sabaki), perfazendo 50% das ocorrências. Apesar da utilização de contra-ataque ser restrita, entre 11 e 12% sobre o total, vale destacar que, diferentemente do bloqueio com peso corporal e do tae-sabaki, ela pode gerar pontuação e, consecutivamente, levar à vitória. Por fim, na análise do Campeonato Polonês, Sterkowicz e Maslej (1999) observaram que os contra-ataques constituíam cerca de 5% das técnicas aplicadas, e a eficácia dessas ações perfazia 46% do total dos resultados nas pontuações dos atletas que realizavam contra-ataques.

25 Transição da luta de pé ao solo Saber quais são os momentos de vulnerabilidade é vantajoso na dinâmica de organização e controle do combate de judô. Estudos identificaram um período de transição entre a luta em pé (tachi-waza) e a luta de solo (ne-waza) onde podem ocorrer ataques com maior possibilidade de adquirir pontuação. Em análise do Campeonato Mundial de Moscou, em 1983, Weers (1996c) observou 178 situações em que ocorria a transição. Desse total, 54 vezes eram controladas pelo atleta que estava no solo, enquanto que a grande maioria estava no controle do defensor, e 73 incidentes terminaram com um dos atletas estabelecendo o controle da luta no solo - ou seja, acabavam em imobilização, estrangulamento ou chave-de-braço. Roux (1990) observou quais as consequências do momento de transição de acordo com as ações de combate. O autor analisou 221 situações de 29 lutadores de judô de oito locais diferentes (Copa Kano de 1982, Jogos Olímpicos de 1984, Campeonato Mundial de 1985, Campeonato Mundial de 1987, Campeonato Japonês de 1987, Torneio Europeu de 1987, Campeonato Mundial de 1988 e Jogos Olímpicos de 1988). O autor verificou que 50,7% das transições ocorriam a partir de bloqueios de técnicas, seguido por 28,4% de fugas, 18% de projeções e 2,8% de contraataques Técnicas de solo As técnicas de controle (katame-waza) são feitas principalmente no solo e demonstram grande eficácia quando realizadas. Franchini e Sterkowicz (1999), em estudo formado por campeões olímpicos e mundiais e por atletas medalhistas prata e bronze dos olímpicos e mundiais, observaram uma alta incidência dos golpes realizados no solo. O grupo dos campeões realizou 16% do total de técnicas nessa condição, enquanto que os demais medalhistas realizaram 45% das técnicas do katame-waza. Os atletas do segundo grupo também apresentaram número prevalente de golpes de sutemi-waza, cerca de 50% quando comparados ao primeiro grupo, que exibia 8%. Essas observações em competições sugerem que estrategicamente atletas de judô com maior frequência de entradas de golpes de

26 26 sacrifício, sutemi-waza, utilizam-nas para conduzir o adversário a uma posição de desvantagem no solo, onde possam ocorrer imobilizações, chaves-de-braço e estrangulamentos (TAKAHASHI, 2005). Em análise dos Jogos Olímpicos de 1996, Weers (1997b) observou 261 combates, nos quais ocorriam 603 situações de luta no solo. Desse total, apenas 9,6% resultaram em pontuação, sendo que 27,6% das situações de conquista foram em consequência de uma projeção ou técnica realizada em pé. As demais pontuações (72,4%) foram obtidas contra um oponente em posição defensiva no solo, ou seja, em seis apoios ou em posição de decúbito ventral. Aparentemente, a especialização em passagens técnicas que possibilitam a realização da técnica de solo pode ser interessante para o aproveitamento das situações de posição defensiva do oponente (WEERS, 1997a). Essas pesquisas demonstram que realizar análises técnico-táticas sobre judô auxiliam na observação de momentos de combate e no estabelecimento de referenciais para modulação da luta. Por sua vez, são essenciais para desenvolver métodos capazes de aprimorar os aspectos pedagógicos de praticantes da modalidade. Além disso, possuem relevância na caracterização do combate oferecendo detalhes de conhecimento sobre ações ou padrões de ações ligadas à conquista de vitória. Entretanto, apesar de relevantes, é importante notar que todos os estudos mencionados acima, e em especial os mais recentes, não explicitaram em suas metodologias o uso de programas computacionais para realizar suas análises. Considerando-se que a utilização desse recurso possibilita uma maior precisão e menor erro de medida, pode-se direcionar uma nova metodologia para a aquisição de dados em análises notacionais no judô, tal como se propõe neste estudo.

27 27 4. MÉTODOS O estudo foi dividido em dois momentos: o primeiro foi composto pela elaboração e verificação da objetividade do Programa Computacional FRAMI, e o segundo envolveu a análise técnico-tática em diferentes classes, categorias e níveis competitivos Primeiro Estudo Desenvolvimento, Teste e Verificação da Objetividade do programa computacional FRAMI Materiais para as intervenções e alocação O equipamento utilizado nessa etapa da pesquisa foi disponibilizado pelo Laboratório de Pedagogia do Movimento Humano da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE-USP). O material utilizado para o desenvolvimento do programa foi composto de um microcomputador da marca Acer, com 3GB de memória RAM Desenvolvimento do programa computacional para análise de combates O programa computacional foi desenvolvido e alocado na EEFE-USP. Para isso, foi utilizada a linguagem Delphi, da Borland Software Corporation. A escolha dessa linguagem foi feita porque boa parte do código dos comandos declarados são gerados automaticamente no próprio Delphi. Esse código gerado também pode ser visualizado e alterado a partir do Editor de Código. Nesse item foram introduzidos procedimentos e funções, em linguagem Object Pascal, necessária para o processamento interno da aplicação. Após essa etapa, foram agrupados de forma ordenada os diversos componentes adicionados à aplicação. Cada paleta de componentes continha um conjunto de controles, que desempenhava funções semelhantes. Antes da chamada efetiva dentro do programa, foram definidos os procedimentos, ou seja, as rotinas desenvolvidas. Também foram declaradas as variáveis antes de utilizá-las. Na declaração, as variáveis foram nomeadas e foram especificados os tipo de dados que elas armazenariam, o que permitiu gerar o código para a locação do espaço de memória necessário. Para o desenvolvimento da aplicação de banco de dados foi configurado o Borland Database Engine, responsável pela centralização e controle das operações de acesso à base de dados.

28 28 Nesse item, para criar as tabelas e índices da base de dados, visualizar e editar as informações dos registros da análise, foi utilizada a ferramenta Database Desktop. A definição da base de dados foi realizada através da observação de quatro itens principais: a análise das variáveis envolvidas no estudo que se desejava investigar; a definição das estruturas das tabelas de dados; a criação da base de dados, e; o desenvolvimento do aplicativo e a execução de testes. O princípio básico de concepção do programa computacional foi assumir o controle da análise técnico-tática de combates de judô; o programa foi desenvolvido para ambiente computacional Windows ou Linux, operando em módulos independentes. Isso permitiria uma melhor análise das variáveis, reduzindo erros de medida, e também garantiria maior autenticidade científica, decorrente da fidedignidade dos dados e da padronização da análise. Somado a isso, buscou-se uma otimização temporal na pesquisa. Duas versões foram criadas nessa linguagem. A primeira foi desenvolvida entre fevereiro e maio de 2008 (MIARKA, CALMET e FRANCHINI, 2008), com testes realizados a partir de gravações de combates dos Torneios Europeus de 2006 e da Competição Mundial de Judô de Entretanto, essa versão necessitava de ajustes para que houvesse a possibilidade de analisar todas as variáveis pretendidas em tomada única. Por isso, uma segunda versão foi desenvolvida na mesma linguagem, porém funcionando com outra formulação. Essa segunda versão, o FRAMI 2.0, foi composto de um banco de dados, que permite o acesso fácil às filmagens armazenadas. Além de armazenamento próprio, ele salva os dados em uma planilha do Excel, para posterior tabulação na forma desejada. Somado a isso, ele permite a especificidade da análise por possibilitar a modificação da velocidade da análise: o avaliador pode parar ou até mesmo retornar lances da luta na medida

29 29 em que surge a necessidade de discriminação, de acordo com os critérios colocados nesse estudo, entre as variáveis analisadas. Os combates foram analisados e armazenados individualmente, com salvamento automático do programa para cada disputa. O cadastro das lutas e a coleta de dados técnico-táticos, por sua vez, foram feitos por meio de duas tabelas de uma mesma sessão, como pode ser exemplificado na FIGURA 3. FIGURA 3 - Tela de cadastro do programa computacional FRAMI 2.0, para análise de ações em lutas. Na FIGURA 3, observa-se o nome da planilha Cadastro e os campos para serem preenchidos. O primeiro campo, nomeado Id, é um número controle que possui preenchimento automático pelo programa, em que cada luta cadastrada recebe um novo número. Em seguida existe o campo Evento, no qual o próprio

30 30 avaliador insere o nome do evento a ser analisado. O campo Nível se refere ao nível da competição a ser analisada (e.g. regional, estadual, nacional ou internacional). Em seguida existe o campo Categoria, no qual se cadastra a categoria de peso do atleta que será analisado; o campo Classe corresponde à classe de idade, seguido pelos campos Sexo, Local, Data, Fase da Competição, o nome do Combatente A, no qual deve ser cadastrado o atleta de azul, seguido por um campo chamado Origem A em que pode ser cadastrado o país, estado ou cidade do analisado. O mesmo procedimento é feito para o Combatente B, no qual deve ser cadastrado o atleta de branco, e para Origem B. Todos os campos possuem atalho pela tecla Tab. Para inserir o vídeo que se pretende analisar, basta clicar duas vezes com o botão direito do mouse sobre o campo Vídeo e logo aparecerá uma janela que permite o acesso às pastas do computador e consequentemente aos vídeos, como mostra a FIGURA 4. FIGURA 4 - Demonstração de inserção de vídeo no FRAMI 2.0 para análise dos dados.

31 31 Ao inserir o vídeo, o programa irá gravá-lo automaticamente em uma pasta dentro dos arquivos pertencentes a ele com o número de Id correspondente. Em seguida, para realizar a análise, basta clicar sobre o nome da segunda planilha Vídeo e aparecerá outra tela correspondente ao local de análise, como demonstra a FIGURA 5. FIGURA 5 - Local de análise dos combates de judô no FRAMI 2.0. Os comandos utilizados para realização das análises obedecem a atalhos criados no teclado: F2 inicia a luta, F3 para o vídeo, F4 pausa. Logo abaixo desses comandos, ao lado esquerdo, pode-se observar um cronômetro aberto dos tempos parcial e total da luta. Esse cronômetro permite a visualização do tempo de luta em segundos e também possibilita que o combate seja passado vagarosamente ou velozmente, dependendo de como o analista deseja. Abaixo existe o campo Lutador. Nesse local existe opção dicotômica de escolha do atleta que se pretende analisar, se é A (azul) ou B (branco). Ao lado dele existe o campo chamado Grupo,

32 32 ou de forma mais completa, Grupo de variáveis, no qual o próprio analisador insere os grupos de variáveis ou as próprias variáveis em função do tipo de modalidade que se pretende observar. O mesmo foi feito para o campo Elementos que estão em um dos conjuntos do Grupo, como mostra a FIGURA 6. FIGURA 6 - Inserção de grupos de variáveis correspondentes ao tipo de luta que se pretende analisar. Esse programa possibilita a captação da frequência de ocorrência das variáveis da luta, bem como de sua temporalidade, com início e término apresentados no momento da análise, como demonstrado na FIGURA 5. A pontuação também pode ser registrada. Todos os campos da análise possuem atalhos. Por exemplo, para captar uma ação realizada pelo atleta A, basta acionara tecla F8, e o mesmo ocorre para B quando acionada a tecla F9. Em seguida, para mudar para o campo Grupo e escolher a variável que se pretende analisar, basta apertar Tab e movimentar o captador para cima ou para baixo, mais um Tab para o campo elementos e assim consecutivamente. Para fechar o tempo daquela determinada observação, aciona-se F11; se houver pontuação, anota-se da mesma

33 33 forma; e por fim, aciona-se F12 para confirmar e gravar na planilha do Excel o código do atleta, o grupo de ação que foi analisado e a variável que foi observada com início e término do período. Somente após a alocação de todas as variáveis envolvidas nessa pesquisa e pertencentes ao combate de judô é que foram realizadas as análises correspondentes à objetividade da determinação das variáveis proporcionadas pelo uso do programa Teste do programa computacional para análise de combates A realização de teste objetivou examinar o comportamento do programa através de sua execução. O teste envolveu quatro etapas: 1) Planejamento; 2) Projeto de casos de teste; 3) Execução; e, 4) Avaliação dos resultados. Essa organização da atividade de testes objetivou revelar o maior número de erros e correções. Os testes realizados foram classificados em três divisões: funcional, estrutural e baseado em falhas, como sugerido pela literatura (KRUG, 2007; GILL, 1997). No teste funcional, um conjunto de dados foi selecionado a fim de verificar as funções do sistema. Os vetores foram injetados através das entradas do sistema e a identificação dos erros foi feita a partir da comparação das saídas com os valores previamente esperados. Assim, foram identificadas as funções para as quais o sistema foi criado. Após isso, foram criados vetores com especificações para testar e avaliar essas funções. Já no teste estrutural o objetivo foi verificar a estrutura interna do programa. Com isso, foram analisados os fluxos de controle e de dados dos módulos do programa. Nesse teste utilizou-se como técnica a estrutura do controle do programa (sentenças, desvios e caminhos do teste). Cada sentença foi executada três vezes durante o teste. Para o teste de desvio, cada controle de decisão foi executado de forma verdadeira e falsa três vezes no teste.

34 34 Em seguida, foi realizado o teste baseado em falhas, a partir do qual foram gerados conjuntos de programas semelhantes ao FRAMI, chamados de mutantes. Os programas mutantes possuem algumas modificações sintáticas entre eles e o FRAMI. Após a criação dos mutantes, foram gerados vetores de teste que fossem capazes de provocar diferenças de comportamento entre o FRAMI e seus mutantes. No teste de mutação, o programa computacional foi mutado em diversas cópias, cada uma alterada em um caminho pra representar um provável erro de programação. Esse teste ocorreu em quatro etapas: 1) geração de mutantes, 2) execução do programa a partir de um conjunto de vetores de teste; 3) execução dos mutantes com o mesmo conjunto de vetores do teste; e 4) análise de mutantes. O processo realizado pela análise de mutantes ocorreu da seguinte forma: se um mutante apresentasse resultados diferentes aos do programa FRAMI, ele seria tido como ausente, pois o conjunto de dados do teste identificou erro. Porém, se os dados do teste apresentassem os mesmos resultados no mutante do programa original, ele se enquadraria como presente. Isso pode ocorrer com programas equivalentes que desempenham a mesma função, nos quais os erros não pudessem ser detectados - para esse tipo de caso foram gerados novos vetores de teste. Desse modo, quando todos os mutantes foram tidos como ausentes, o conjunto de dados foi considerado adequado, o que indica o funcionamento apropriado do programa. Isso indica que os resultados das análises poderiam sofrer interferência apenas do analista e não do sistema Objetividade do software para análise de combates Para avaliar a objetividade dos resultados do programa, foram realizadas análises mestres utilizando o programa computacional por três experts. Os experts eram professores de Educação Física com mais de dez anos de prática da modalidade e possuíam experiências tanto competitivas quanto como treinadores e árbitros. Cada avaliador realizou 20 análises de combate, sendo que o último dos avaliadores analisou as mesmas 20 por três vezes seguidas (1 expert, n= 20; 2 expert n= 20, e; 3 expert n= 60). No último caso, o avaliador executou as três medidas em dias diferentes com intervalo mínimo de 20 horas entre as análises,

35 35 decorrente da necessidade de verificação da fidedignidade absoluta conforme definido e sugerido por Hopkins, Schabort e Hawley (2001), Brand e Altman (2007), Barnhart, Haber e Lin (2007) e Currell e Jeukendrup (2008). Esses procedimentos permitiram verificar se existia objetividade nas análises inter-avaliador e intra-avaliador; ou seja, se ocorriam diferenças significativas na precisão do instrumento e se existia erro sistemático. Como isso poderia gerar imprecisão de valores, existiu acurácia em observar a diferença entre a medida de um valor verdadeiro, que seria próximo da média das três mensurações dos experts, e a avaliação de um único expert, verificando assim, se existia a consistência interna e estabilidade na análise. Além disso, pôde-se verificar se haveria objetividade relativa inter-avaliador (HOPKINS et al., 2001; CURRELL e JEUKENDRUP, 2008). Os experts receberam treinamento de cinco a 10 horas, correspondente à aprendizagem dos procedimentos já descritos e dos atalhos dos controles das ações do programa. A determinação dos vídeos para a análise foi feita pelo primeiro avaliador de forma randomizada. O total de vídeos disponibilizados para sorteio foi de 573, com diferentes categorias, classes, níveis competitivos e sexos. Após a identificação dos vídeos a serem analisados, os mesmos foram separados em outra pasta, para que o segundo e o terceiro avaliadores realizassem o sorteio e a análise de forma randomizada, dentre os vídeos analisados pelo primeiro avaliador. A ordem de análise dos três avaliadores, assim como das três avaliações realizadas pelo mesmo avaliador foram aleatorizadas, para garantir que não houvesse tendenciosidade no processo de avaliação da objetividade do instrumento (HOPKINS et al., 2001; CURRELL e JEUKENDRUP, 2008) Análise estatística Na análise estatística da objetividade do programa FRAMI 2.0, os dados foram analisados utilizando o programa Statistical Package for Social Sciences 14.0 (SPSS). Para a estatística descritiva foram realizados cálculos das médias e desvios padrão. Na análise de variância entre as avaliações realizadas pelos experts foi utilizado o método Bootstrap, em que a amostra de tamanho 20 foi denominada amostra-mestre. A partir dessa amostra foram realizadas 1000 reamostragens. Essa

36 36 reamostragem foi feita com reposição, utilizando a geração de números aleatórios a partir da distribuição discreta pré-estabelecida. Para verificar a correlação entre as medidas obtidas de cada expert foi utilizado o Coeficiente de Correlação de Concordância (CCC), no qual eram relacionadas as médias de cada avaliador e também uma média geral. Para as variáveis temporais, ou seja, contínuas, eram realizadas relativizações do tempo em cada fase, analisado pelo tempo de combate. Após isso, foram realizadas a análise da concordância (BARNHART, HABER e LIN, 2010). Os critérios para verificar se existia concordância foram formados a partir do quantil nessa ordem: concordância forte q 30%; moderada 30% < q 60%; e fraca q > 60% (HESTERBERG MOORE, MONAGHAN, CLIPSON e EPSTEIN, 2003; CURRELL e JEUKENDRUP, 2008; NEVILL et al., 2008; SILVA, MACIEL, GIAMPAOLI e AUBIN, 2009). Essas análises estatísticas foram conduzidas pelo Centro de Estatística Aplicada do Instituto de Matemática da Universidade de São Paulo (SILVA et al., 2009) Segundo Estudo Análise Técnico-tática em Diferentes Classes, Categorias e Níveis Competitivos Essa etapa do estudo se caracteriza como descritivo-comparacional e exploratória (THOMAS, NELSON e SILVERMAN, 2007). O uso desse método tem como objetivo observar, registrar, analisar, descrever e correlacionar ações técnicotáticas existentes em combates, procurando descobrir com precisão a frequência com que essas ações ocorrem e suas relações com classes de idade, categorias de peso, o sexo, a fase da competição e o nível competitivo. Somado a isso, essa pesquisa se torna exploratória na medida em que realiza a familiarização com os aspectos envolvidos, obtendo uma nova percepção a respeito das variáveis estudadas e descobrindo, assim, inovações em relação ao objeto de estudo e ao método de análise. Para isso, foram filmadas todas as lutas dos atletas participantes do Circuito Paulistano e das Competições Estaduais de São Paulo, no ano de 2008, com 56 grupos de combates de atletas de judô (masculino e feminino, de quatro classes etárias e de oito categorias de peso). O número de atletas analisados em cada faixa etária, sexo, categoria de peso e nível da competição pode ser visualizado na TABELA 4.

37 37 TABELA 4 Número de atletas analisados por faixa etária, sexo, categoria de peso e nível da competição. Classe Pré Juvenil Juvenil Júnior Sênior Nível da competição Categoria M F M F M F M F leve médio pesado leve médio pesado Obs.: Quanto às caselas com zero, não existiram atletas inscritas/ ou não havia em número suficiente (i.e., 1 atleta) para que ocorressem combates. Todos os atletas assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido e participaram voluntariamente do estudo (ANEXO II). As lutas dos torneios foram registradas em vídeo, que foram analisados visando à avaliação do desempenho técnico-tático. Todos os procedimentos deste estudo foram aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola da Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (CEP/ /EEFE/ , ANEXO I) Materiais para as intervenções e alocação A maioria dos equipamentos utilizados na pesquisa foi disponibilizada pela Escola de Educação Física e Esporte (EEFE-USP), sobretudo por meio do Laboratório de Pedagogia do Movimento Humano (LAPEM), exceto os mini-dvds.

38 38 DVDs e programas computacionais. O conjunto dos materiais necessários à coleta e análise de dados foi composto de: Quatro câmeras da marca Sony DCR-DVD508, com uma bateria reserva, para filmagem dos combates de judô nos campeonatos oficiais, de modo que cada uma delas captasse a imagem de duas áreas; Quatro tripés WT3550, 1,80m, para fixação das filmadoras. 210 mini-dvds da marca Sony, para gravação dos combates; 150 DVDs da marca JVC, para gravação da conversão dos combates; 5m; Três extensões, das quais, duas com 20m de comprimento e uma com Um microcomputador da marca Acer, com 3GB de memória RAM. No primeiro momento, o equipamento foi utilizado para tratamento e fragmentação das gravações e para análise das variáveis técnicas e táticas; Programa computacional AoA DVD Ripper, para conversão da formatação da filmagem de VOB para AVI; Programa computacional VirtualDub 1.8.6(2): para fragmentar e editar imagens, e para preparar os vídeos para a análise no programa computacional desenvolvido, e; Programa computacional FRAMI 2.0, para análise de combates Delineamentos do estudo e procedimentos Filmagem e tratamento dos vídeos para análise Para esse estudo sobre a caracterização tática entre judocas de nível regional e estadual, foi realizada, em primeiro momento, (a) a filmagem dos combates nas competições e dos atletas previamente citados e a identificação dos participantes. Em um segundo momento, foram feitas (b) conversões dos formatos dos DVDs e as devidas fragmentações entre lutas, a fim de facilitar a organização e a análise dos combates.

39 39 Anteriormente à realização das filmagens nas competições oficiais, foi feita a familiarização com o material e com os procedimentos para filmagem na Seletiva Centenário da Imigração Japonesa, dia 15/03/2008, para então iniciar a coleta de dados. (a) Filmagem e identificação A identificação dos participantes para posterior adequação aos grupos de categorias de peso, sexo e classe de idade foi realizada a partir do controle na entrada para a área de competição. Isso era possível porque o acesso à arena de combate era único em todos os torneios. Nesse local, duas avaliadoras anotavam o nome do participante, a cor do judogi e o número da área do combate desses atletas. As lutas eram todas numeradas para facilitar a identificação com a chave das lutas, também adquiridas para controle, em seguida, com os vídeos. Para viabilizar as gravações com segurança, foi feito o mapeamento da área dos eventos dias antes das competições. Pretendeu-se, com isso, aumentar o controle sobre a coleta das filmagens. No dia da competição as câmeras eram alocadas duas horas antes do início dos combates, e também foi verificada a sequência de programação das lutas das classes e categorias de acordo com a súmula elaborada pela organização. Cada câmera filmava duas áreas. Para organização das gravações, as câmeras eram numeradas de acordo com as áreas correspondentes. Os mini-dvds também foram numerados, de acordo com a ordem que eram utilizados para a filmagem. O tempo de gravação médio de um dia de competição foi de 3h nas competições I e II do Circuito Paulistano Pré-Juvenil, ao passo que nas demais variaram entre 5h e 7h de filmagem. Os combates envolvidos na análise foram gravados nas competições oficiais no Estado de São Paulo, de acordo com o calendário da Federação Paulista de Judô de 2008, conforme apresentado na TABELA 5.

40 40 TABELA 5 Calendário Competitivo da Federação Paulista de Judô em Data Competição 12/04 I Paulistano Juvenil, Júnior e Sênior 19/04 II Paulistano Juvenil, Júnior e Sênior 24/04 III Paulistano Juvenil, Júnior e Sênior 03/05 I Paulistano Pré-Juvenil 17/05 Campeonato Paulista Júnior 31/05 Campeonato Paulista Juvenil 14/06 II Paulistano Pré-Juvenil 28/06 Campeonato Paulista Pré-Juveni 21/09 Campeonato Paulista Sênior 19/04 II Paulistano Juvenil, Júnior e Sênior 24/04 III Paulistano Juvenil, Júnior e Sênior 03/05 I Paulistano Pré-Juvenil 17/05 Campeonato Paulista Júnior 31/05 Campeonato Paulista Juvenil 14/06 II Paulistano Pré-Juvenil 28/06 Campeonato Paulista Pré-Juvenil 21/09 Campeonato Paulista Sênior 19/04 II Paulistano Juvenil, Júnior e Sênior 24/04 III Paulistano Juvenil, Júnior e Sênior I, II e III, representam a primeira, segunda e terceira fases, respectivamente. (b) Conversões dos DVDs e fragmentações simultaneamente à finalização das filmagens, foi iniciado o processo de tratamento das gravações. Para realizar a análise dos combates foi necessário converter o formato das gravações de VOB para AVI, uma forma mais leve que permite a manipulação do vídeo com maior flexibilidade. Para isso, foi utilizado o programa computacional AoA Ripper. Em seguida, foi realizada a fragmentação luta por luta e a compactação dos vídeos com o codec DivX no programa computacional VirtualDub (2) Análise e registro dos dados Para a realização da análise técnico-tática, a primeira etapa realizada foi a seleção dos critérios do que se pretendia observar. Isso envolvia a tentativa de reduzir erro de medida, e estava relacionado a aspectos práticos da análise, baseando-se principalmente na lógica do combate e nos problemas implícitos que pudessem ocorrer no processo. Da mesma forma, pretendeu-se optar por critérios com realização viável, como, por exemplo, os recursos disponíveis em equipamentos, analistas e tempo hábil para realizar o estudo. Quanto às variáveis

41 41 técnico-táticas analisadas neste estudo, foram considerados os seguintes aspectos (HOPKINS et al., 2001; CURRELL e JEUKENDRUP, 2008): i) Padronização das ações que seriam analisadas em lutas; ii) iii) iv) Garantia dos critérios de contabilização dessas variáveis; Forma de cronometragem das estruturas temporais; Número de repetições ou frequência de ocorrência; combate); e v) Duração do tempo de cada análise (15min de análise para 5min de vi) Poder discriminatório de um critério de análise em relação aos outros. Nos próximos tópicos são apresentados as ações analisadas e os critérios estabelecidos Estrutura temporal da luta Foi Dividida em: a) Tempo Total de Combate: para essa variável, teve-se como critério de identificação do tempo de combate o período entre o comando do árbitro para iniciar o combate (hajime) e o comando para terminar a luta (soremade), como sugere o protocolo utilizado em estudo da análise da estrutura temporal de luta de Gorostiaga (1988). Foi analisado em segundos, tal como realizado por Franchini e Sterkowicz (2003). b) Tempo Total de Combate Efetivo (Sem Pausa): para essa variável, teve-se como critério de identificação o tempo total de combate (isto é, a somatória de todos os períodos entre hajime e matte, desde o primeiro comando para iniciar a luta até sua finalização soremade; os comandos sono mama e yoshi, paralisação da luta e reinício, respectivamente, também foram considerados como interrupção), descontados os períodos de interrupção (tempo compreendido entre os diversos comandos de matte e hajime) como sugere o protocolo utilizado em estudo da análise da estrutura temporal de luta de Gorostiaga (1988). Foi analisado em segundos, tal como realizado por Franchini e Sterkowicz (2003).

42 42 c) Tempo de Pausa: o tempo de recuperação compreende o período entre o sinal de interrupção de combate (matte) e o sinal de reinício do combate (voz de comando hajime). Os comandos para paralisação da luta (sono mama) e reinício (yoshi) também foram computados como recuperação, seguindo o protocolo de Gorostiaga (1988). Foi analisado em segundos e em percentual sobre o tempo de combate, como realizado por Franchini e Sterkowicz (2003). c) Tempo de Luta em Pé: compreende o período em que um ou ambos os lutadores caracterizaram o trabalho de técnicas de projeção ao solo (nague-waza) previsto pela regra. Foi analisado em segundos e em percentual de tempo de confronto, como realizado por Franchini e Sterkowicz (2003). d) Tempo de Luta de Solo: compreende o período em que um ou ambos os lutadores caracterizaram o trabalho de técnicas de solo (ne-waza), previsto pela regra, a partir do protocolo utilizado por Gorostiaga (1988). Foi analisado em segundos e em percentual de tempo de confronto, como realizado por Franchini e Sterkowicz (2003). e) Tempo de Movimentação Livre, Sem Contato: o tempo de movimentação sem contato para luta compreende o tempo entre o primeiro passo dado pelos atletas após o sinal de início de combate (hajime) dado pelo árbitro e a realização da pegada (kumi-kata). Foi analisado em segundos e em percentual do tempo de confronto (MARCON et al., 2007). f) Tempo de Entrada de Golpe: compreende o tempo entre a preparação (tsukuri) e a projeção (kake). Foi analisado em segundos e em percentual do tempo de combate total (MARCON et al., 2007) Quantificação de pontuações e punições recebidas e aplicadas ao adversário e respectivas pontuações em pé (tachi-waza) e no solo (ne-waza) Quantificadas a partir das regras vigentes em 2008, partindo da sinalização do árbitro, podem ser: I) Projeção Completa, Chave-de-braço ou Estrangulamento (ippon)

43 43 II) (wazari) III) IV) Projeção de Costas Incompleta ou Imobilização entre 20 e 24 segundos Projeção Lateral ou Imobilização entre 15 e 19 segundos (yuko) Projeção Sentado ou Imobilização entre 10 e 14 segundos (koka) V) Penalização leve (Shidô) VI) Penalização grave (Hansoku-makê) Execução de técnicas de ataque As técnicas foram divididas e analisadas de acordo com a técnica de projeção e sua orientação, que pode ocorrer em oito direções, correspondentes aos pontos cardeais e colaterais de uma bússola. Quanto à luta de solo, verificaram-se as técnicas de imobilização, estrangulamento e chave-de-braço (MATSUMOTO et al.,1978). i) Execução de técnicas de projeção (nague-waza): a análise desse item diz respeito à frequência de golpes realizados e compreende a execução de golpes com o objetivo de projetar o oponente ou com a meta de fintar. O critério para esse item foi a execução clara do ataque com encaixe do golpe. Portanto, isso foi medido independentemente da ação de projeção (MATSUMOTO et al.,1978). ii) Frequência de projeções e pontuações quanto à projeção: compreende a quantidade de projeções conquistadas e suas respectivas pontuações, sinalizadas pelo árbitro (MATSUMOTO et al.,1978). As técnicas de nague-waza, foram divididas quanto ao nome, bem como classificadas em dois grupos: o de sutemi-waza, técnicas de sacrifício; e o de tachi-waza, referente a golpes realizados em pé, o último contemplando três subgrupos: ashi-waza, técnicas de perna; te-waza, golpes de braço; e koshi-waza, técnicas de quadril (MATSUMOTO et al.,1978). iii) Técnicas de imobilização (Ossae-waza): compreendem o tipo e a quantidade de ossae-komi conquistados durante a luta e suas respectivas pontuações, sinalizadas pelo árbitro (MATSUMOTO et al.,1978; KASHIWAZAKI, 2004).

44 44 iv) Técnica de estrangulamento (shime-waza): pontuam-se como shimewaza todas as técnicas cujo objetivo é pressionar a artéria carótida e/ou comprimir a traquéia (OHLEMKAMP, 1996), desde que regularizadas de acordo com as regras e pontuadas pela sinalização do árbitro (MATSUMOTO et al.,1978). v) Técnicas de chave-de-braço (Kansetu-waza): compreendem as técnicas cujo objetivo seja imprimir um torque no cotovelo do oponente, a fim de causar a desistência do adversário ou impossibilitá-lo de lutar por possibilidade lógica de fratura, luxações e outras lesões, sejam articulares, musculares, tendíneas ou ligamentosas. O kansetsu-waza foi pontuado de acordo com a sinalização do árbitro (MATSUMOTO et al.,1978) Caracterização do tipo de pegada Realizou-se também a quantificação da variação da pegada realizada. Para tal marcação, foi estabelecida como critério a permanência em determinada ação em um mínimo de 1s. A taxonomia dos tipos de pegada foi realizada a partir da localização da mesma no judogui do oponente. Como critério de localização lateral, foi utilizado o plano sagital, para definir os lados direito e esquerdo a divisão pela linha, a saber: i) Pegada na gola esquerda (GE) corresponde ao agarre do atleta com uma das mãos em alguma parte da gola do judogui do lado esquerdo do corpo do oponente. ii) Pegada na gola direita (GD)- é o inverso da GE, em que o agarre ocorre na gola do lado direito do corpo do oponente. iii) Pegada na manga esquerda (ME) corresponde ao agarre em qualquer parte da manga esquerda do oponente. A manga é definida pela área do judogui que recobre o membro superior. iv) Pegada na manga direita (MD) corresponde ao inverso da ME, ou seja, o agarre na manga direita, com o mesmo critério para definir manga, ou seja, a área do judogui que recobre o braço.

45 45 v) Pegada na região dorsal esquerda (DE) corresponde ao judogui do lado esquerdo da região dorsal do oponente. A região dorsal é definida como a área que o judogui recobre a região posterior do tronco do oponente, exceto a gola. vi) Pegada na região dorsal direita (DD) corresponde ao judogui do lado direito da região dorsal do oponente, com os mesmo critérios para definição de área apresentados anteriormente. vii) Pegadas que o estudo se propõe analisar a partir das combinações: a) GE; b) GD; c) ME; d) MD; e) DE;f) DD; g) GE + GD; h) GE + ME; i) GE + MD; j) GD + ME; k) GD + MD; l) MD + ME; m) DE + MD; e n) DD + ME Análise estatística Os dados foram analisados utilizando o programa Statistical Package for Social Sciences 17.0 (SPSS). Para estatística descritiva foram realizados cálculos da média e desvios padrão (DP) das variáveis dependentes em função do nível, classe e categoria de peso. Optou-se por dividir a análise entre os sexos masculino e feminino pela diferença no número de observações. Para verificar em cada sexo o efeito das categorias, classes e níveis de competição foi realizada a Análise de Variância com três fatores. Para verificar os efeitos que cada um dos fatores teriam na análise, foram realizados ajustes para que ao menos um dos fatores fosse quantitativo. Ajustado o modelo, testou-se o efeito de interação de terceira ordem. Em seguida, o modelo foi reduzido para segunda ordem, no qual foi testado e eliminado se p > 0,05. Os resultados estatísticos percentuais, descritivos e de frequências são apresentados no Anexo III. Adicionalmente, foram construídos intervalos de confiança simultâneos de Tukey com coeficiente de confiança global de 95%. Em todas as análises foi considerado como nível de significância o valor de 5% (p < 0,05) (NETER, KUTNER, NACHTSHEIM & WASSERMAN, 1996). Essas análises estatísticas foram realizadas pelo Centro de Estatística Aplicada do Instituto de Matemática da Universidade de São Paulo (BOTTER et al., 2009).

46 46 5. RESULTADOS 5.1. Estudo 1 - Objetividade do Programa Computacional FRAMI As TABELAS de 6 a 10 apresentam os índices e classificações das análises de concordância inter-expert e intra-expert para as diferentes variáveis estudadas. TABELA 6 - Índice e classificação da análise de concordância para estrutura temporal inter-expert e intra-expert. Estrutura Temporal Inter-expert Intra-expert Índice Classificação Índice classificação Tempo total da luta 0,990 Forte 0,999 Forte Tempo de luta em pé 0,890 Forte 0,993 Forte Tempo de pausa 0,912 Forte 0,986 Forte Tempo de luta solo 0,838 Forte 0,999 Forte Tempo de movimento livre 0,895 Forte 0,992 Forte Tempo de transição 0,879 Forte 0,975 Forte Tempo de pegada 0,838 Forte 0,991 Forte Tempo do golpe 0,848 Forte 0,974 Forte Para as mensurações visualizadas na TABELA 6, sobre a estrutura temporal do combate, as análises estatísticas demonstraram uma classificação forte, com resultados do índice de concordância entre 0,974 e 0,999 para todas as medidas de um mesmo avaliador e entre 0,838 e 0,990 para todas as comparações entre diferentes observadores.

47 47 TABELA 7- Índice e classificação da análise de concordância para grupos de técnicas inter-expert e intra-expert. Grupos de técnicas Inter-expert Intra-expert Ashi-waza (golpes de pé) Índice classificação Índice Classificação 0,972 Forte 1 Absoluta Koshi-waza (golpes de quadril) Te-waza (golpes de mão) Sutemi-waza (golpes de sacrifício) Ossae-waza (imobilizações) Kansetsu-waza (chaves-de-braço) 1 Absoluta 1 Absoluta 0,754 Moderado 1 Absoluta 0,958 Forte 0,957 Forte Não observado 1 Absoluta 1 Absoluta Shime-waza (estrangulamentos) Não observado Na TABELA 7, pode-se visualizar a análise estatística para as variáveis dos grupos de entradas de golpes, que revelou concordância absoluta para quatro de cinco variáveis e uma classificação forte com índice de 0,957, sobre todos os grupos de golpes feitas por um único avaliador. A análise das mensurações inter-experts também mostrou duas concordâncias absolutas, duas fortes, com índice de 0,972 e 0,958, respectivamente, e apenas uma classificação moderada, com 0,754 de índice.

48 48 TABELA 8 - Índice e classificação da análise de concordância para direções de técnicas inter-expert e intra-expert. Direções das técnicas Inter-expert Intra-expert Índice classificação Índice Classificação Atrás 1 Absoluta 1 Absoluta Atrás esquerda 0,121 Fraca 1 Absoluta Esquerda -0,314 Fraca 1 Absoluta Frontal para esquerda 0,824 Forte 1 Absoluta Frontal 0,891 Forte 1 Absoluta Frontal para direita 0,915 Forte 0,915 Forte Direita 1 Absoluta 1 Absoluta Atrás e direita 1 Absoluta 1 Absoluta Na TABELA 8, as análises estatísticas sobre as observações das direções dos golpes demonstraram concordância absoluta para sete de oito variáveis e uma classificação forte com índice de 0,915, sobre todos os grupos de golpes feitas por um único avaliador. A análise das mensurações inter-experts também mostrou três concordâncias absolutas, três fortes, com índice de 0,824, 0,891 e 0,915 para frontal esquerda, frontal e frontal direita, respectivamente, e duas classificações fracas, com 0,121 e -0,312 de índice nas orientações atrás esquerda e esquerda.

49 49 TABELA 9 - Índice e classificação da análise de concordância para tempo de pegada inter-expert e intra-expert. Tempo de pegada Inter-expert Intra-expert Índice classificação Índice Classificação Gola esquerda 0,979 Forte 0,994 Forte Manga direita 0,633 Moderado 0,974 Forte Gola esquerda e 0,958 Forte 0,995 Forte manga direita Dorsal esquerdo e 0,800 Forte 0,914 Forte manga direita Gola direita e manga 0,965 Forte 0,997 Forte esquerda Manga esquerda 0,875 Forte 0,787 Moderado Gola direita e manga esquerda Dorsal direita e manga esquerda Manga direita e manga esquerda Gola direita e gola esquerda Gola direita e manga esquerda Gola esquerda e manga esquerda 0,909 Forte 0,982 Forte 0,020 Fraca 0,939 Forte 0,941 Forte 0,994 Forte Não observado Não observado Não observado As análises estatísticas contidas na TABELA 9, sobre as observações das pegadas realizadas nos combates, demonstraram forte concordância para oito de doze variáveis com índice entre 0,914 e 0,997, e apenas a variável Manga esquerda obteve moderada concordância, com 0,787 de índice. Três tipos de pegadas não foram observadas, a saber: Gola direita e gola esquerda, Gola direita e manga esquerda e Gola esquerda e manga esquerda. A análise das mensurações inter-

50 50 expert também mostrou sete concordâncias fortes, com índice entre 0,800 e 0,979, uma classificação moderada para Manga direita, com 0,633 e uma concordância fraca, com 0,020 de índice para Dorsal direita e manga esquerda. TABELA 10 - Índice e classificação da análise de concordância para estrutura frequência de ocorrências inter-expert e intra-expert. Frequência de ocorrências Inter-expert intra-expert Índice Classificação Índice Classificação Pausas 0,996 Forte 1 Absoluta Movimento livre 0,993 Forte 1 Absoluta Luta de solo 1 Absoluta 1 Absoluta Transição 0,958 Forte 1 Absoluta Técnica 0,974 Forte 0,997 Forte Pontos 1 Absoluta 1 Absoluta Penalidades Não observado As análises estatísticas contidas na TABELA 10, sobre a quantidade de frequência de ocorrência de diferentes ações e situações em combate, revelaram absoluta concordância para cinco das análises feitas por um mesmo expert e uma forte concordância para técnicas, com 0,997 de índice. A variável penalidade não foi observada durante os combates, tanto nas análises intra-expert quanto inter-expert. Do mesmo modo, a análise das observações inter-expert também mostraram duas concordâncias absolutas e as outras três com forte concordância, com valores entre 0,958 e 0,996 de índice. Em seguida, os resultados descritivos da comparação interavaliador da análise das variáveis de estrutura temporal de combates podem ser visualizados na TABELA 11.

51 51 TABELA 11 - Medidas descritivas do grupo de variáveis relacionadas à temporalidade (em segundos) da luta. Variável Avaliador N Média Mediana Desvio Padrão Tempo de Luta Total Tempo de Pausa Total Tempo de Luta em Pé Tempo de Luta no Solo Tempo de Movimentação Livre Tempo de Entrada de Golpe Total Total Total Total Tempo de Transição Total Tempo de Pegada Total Obs.: As variáveis que apresentam valores menores do que 20 não ocorreram em todas as lutas. Desse modo, as comparações foram realizadas a partir do número de observações realizadas.

52 52 Para cada avaliador, foram extraídas as principais medidas descritivas (Média, Mediana e Desvio Padrão) das variáveis do grupo temporalidade. No entanto, nesta etapa do estudo não há interesse nos valores específicos de cada uma destas medidas, uma vez que, para a validação do programa computacional, o objetivo foi verificar se as observações entre avaliadores seriam semelhantes. Na TABELA 11 pode-se observar valores muito semelhantes das medidas de todos os avaliadores. Com relação à análise estatística, todas as medidas apresentadas no grupo de variáveis temporais obtiveram correlação forte. A seguir, a TABELA 12 demonstra os resultados das análises realizadas pelos três avaliadores no tempo de realização de cada tipo de pegada feita pelos atletas nos combates e a FIGURA 7 demonstra as análises realizadas pelos avaliadores em cada tipo de pegada realizada pelos atletas analisados. TABELA 12 Observações em segundos da utilização de pegada, separadas por tipo. Tempo em cada Avaliador 1 Avaliador 2 Avaliador 3 tipo de pegada Gola esquerda Dorsal esquerda Manga direita Gola esquerda e manga direita Dorsal esquerdo e manga direita Gola direita e manga esquerda Gola direita Dorsal direita Manga esquerda Gola direita e manga esquerda Dorsal direita e manga esquerda manga direita e manga esquerda Gola direita e gola esquerda Gola esquerda e manga esquerda 0 0 0

53 53 Significado das siglas para os tipos de pegada: GE Gola esquerda; MD Manga direita; GEMD Gola esquerda e Manga direita; DEMD Dorsal esquerdo e Manga direita; GD Gola direita; ME Manga esquerda; GDME Gola direita e Manga esquerda, e; MEMD Manga esquerda e Manga direita. FIGURA 7 Gráfico de Boxplot comparando os resultados das análises do grupo de variáveis tipo de pegada, realizadas pelos três experts. Para o grupo tempo em cada tipo de pegada, duas variáveis Dorsal Direita (DD) e Gola Direita e Manga Direita (GDMD) não apresentaram nenhuma observação, de forma que foram excluídas da análise. Sete de dez variáveis associadas ao grupo tempo em cada tipo de pegada obtiveram correlação forte, a variável tempo de Pegada Dorsal Esquerda (DE) obteve uma correlação moderada e as outras duas (Tempo de Pegada Dorsal Direita e Manga Esquerda e Tempo de Pegada na Manga Direita) tiveram correlações fracas. Muitas das variáveis para Tempo em Cada Tipo de Pegada tiveram poucas observações. Em seguida a TABELA 13 apresenta os valores das variáveis do grupo relacionadas à frequência em que são apresentados os valores observados para cada atleta.

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