PERCURSO 16 Rússia: a perda de hegemonia e a questão energética. Prof. Gabriel Rocha 9º ano - EBS

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1 PERCURSO 16 Rússia: a perda de hegemonia e a questão energética. Prof. Gabriel Rocha 9º ano - EBS

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3 1 A perda da hegemonia Durante a existência da URSS, a Rússia foi a principal república. Moscou foi o centro político, econômico e de poder do socialismo real sobre todas as demais repúblicas, e lá eram tomadas as decisões referentes às políticas interna e externa. Entre 1989 e 1990, a situação da URSS e da Rússia começou a se alterar, ocorrendo basicamente duas perdas.

4 Kremlin (Moscou)

5 A primeira perda A URSS e, portanto, a Rússia, teve seu poder enfraquecido com a libertação dos países do Leste Europeu da sua área de influência. As reformas liberalizantes na URSS, com base na glasnost e na perestroika do governo Gorbachev, levaram ao afrouxamento dos laços de dominação sobre os países da Europa Oriental, contribuindo para que se libertassem do socialismo e aderissem ao capitalismo, à democracia e à integração à Europa Ocidental, aos EUA e à OTAN.

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7 A segunda perda Com o fim da URSS em 1991, a Rússia para não perder a hegemonia sobre as ex-repúblicas soviéticas, articulou a criação da CEI. Nem todas as ex-repúblicas aderiram à CEI: Estônia, Letônia e Lituânia rejeitaram. Aos poucos foram se aproximando da Europa Ocidental. O acirramento dos conflitos territoriais e de nacionalidades nos países da CEI e a violenta repressão militar exercida pela Rússia tornaram-se ameaças para a integridade da CEI. Isso ameaça a hegemonia da Rússia nesse grande espaço geopolítico.

8 Estônia, Letônia e Lituânia não aderiram à CEI. Nos anos de 2003 e de 2004, foram admitidas na União Europeia e na OTAN, aproximando-se, assim, do Ocidente. Os três países são 100% dependentes do gás natural russo.

9 2 Rússia e uso estratégico da energia A Rússia possui as maiores reservas mundiais de hidrocarbonetos e dispões de uma grande rede de gasodutos e oleodutos que permite o fornecimento tanto para o Ocidente como para o Oriente. A Rússia é grande e poderosa fornecedora de energia mundial, sobretudo para os países europeus e para a CEI. Essa condição a tem levado a utilizar seus recursos energéticos como instrumento político.

10 Gasoduto na Rússia

11 Rússia x Belarus 2003: A Rússia suspendeu o fornecimento de gás natural pois Belarus se recusou a pagar o dobro pelo produto. 2006: A Rússia fez pressões para que Belarus vendesse sua rede de gasodutos. Em razão da negativa, os russos aumentaram o preço do gás natural e do petróleo. 2011: Belarus cedeu às pressões em troca de desconto de 60% no preço do gás natural.

12 Rússia x Ucrânia 2005: A Ucrânia rejeitou o aumento do preço do gás natural e a Rússia suspendeu o fornecimento. Isso gerou graves consequências, pois ocorreu no inverno. 2013: Por pressões do governo russo, a Ucrânia desistiu de assinar um acordo de livre comércio com a UE. A população ucraniana não aceitou, depôs o presidente e realizou novas eleições. Os desdobramentos desse episódio foram graves para a Ucrânia, pois aumentou o separatismo no leste do país.

13 Moradores de rua fazem fila para receber comida quente durante o inverno rigoroso de Kiev, na Ucrânia

14 Ativistas seguram bandeiras da Ucrânia e da UE

15 Aliados, Yanukovich cumprimenta o presidente russo, Vladimir Putin, em dezembro de 2013

16 A Europa depende do gás natural russo Em 2014, a crise Crimeia e a crise na Ucrânia provocaram protestos de governos europeus, seguidos de sanções econômicas. Em resposta, a Rússia ameaçou cortar o fornecimento de gás natural, o que criou sérios problemas à economia europeia. Há países europeus que dependem 100% do gás natural russo (Estônia, Letônia e Lituânia). O uso da energia como instrumento político pela Rússia tem levado os países europeus a procurar alternativas para o seu abastecimento. A UE tem buscado novos fornecedores, o que tem contribuído para diminuir a dependência em relação à Rússia.

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18 A Europa depende do gás natural russo

19 Gasoduto Nord Stream