CASA DE CARIDADE DE ALFENAS NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO REGIMENTO DA COMISSÃO DE RESIDÊNCIA MÉDICA
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- Manuella Dreer Sintra
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1 CASA DE CARIDADE DE ALFENAS NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO REGIMENTO DA COMISSÃO DE RESIDÊNCIA MÉDICA ÍNDICE Página CAPITULO I DAS FINALIDADES E PRINCÍPIOS GERAIS 01 CAPITULO II DA ORGANIZAÇÃO E SURPEVISÃO DA RESIDÊNCIA MÉDICA 02 - COREME Comissão de Residência Médica - SUPERVISOR DE PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA - PRECEPTOR CAPITULO III DA COMPETÊNCIA 03 - COREME Comissão de Residência Médica - SUPERVISOR DE PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA - PRECEPTOR CAPITULO IV DOS DIREITOS E DEVERES DOS MÉDICOS RESIDENTES 04 - DEVERES - DIREITOS CAPÍTULO V DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES 06 CAPITULO VI CONSIDERAÇÕES GERAIS 08
2 CAPITULO I DAS FINALIDADES E PRINCÍPIOS GERAIS Artigo 1º - Os Programas de Residência Médica (PRM) da Casa de Caridade de Alfenas Nossa Senhora do Perpétuo Socorro tem como objetivo a formação de médicos especialistas, sob modalidade de ensino de pós-graduação lato senso, caracterizada por treinamento em serviço, sob supervisão de profissionais médicos de elevada qualificação ética e profissional. Parágrafo Único - Todos os Programas de Residência Médica, assim designados por força da Lei Federal 6932/81, deverão ser credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) e os Médicos Residentes admitidos através de processo seletivo, regido pelas normas da CNRM - Comissão Nacional de Residência Médica. Artigo 2º - O Médico Residente (MR) deve cumprir o programa em regime de tempo integral, sem exigência de dedicação exclusiva, e não adquire qualquer vínculo de natureza empregatícia com a Casa de Caridade de Alfenas Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, enquadrando-se na qualidade de estudante de pós-graduação, regida pela portaria nº 1002 de 29/09/67 do MTPS, devendo ser filiado ao Regime Geral de Previdência Social RGPS como contribuinte individual conforme estabelecido na Lei nº , de 28 de Outubro de O médico Residente está submetido as normas que regulamenta a Residência Médica, por Leis, Decretos e resoluções da Comissão Nacional de Residência Médica CNRM e, ainda cláusulas e condições decorrentes de convênios celebrados entre a Casa de Caridade de Alfenas Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e universidades e/ou fundações, hospitais e serviços. Artigo 3º - A promoção do Médico Residente para o ano seguinte, bem como a obtenção do certificado de conclusão do programa, dependem de: a) cumprimento integral da carga horária do programa; b) aprovação obtida por meio do valor médio dos resultados das avaliações realizadas durante o ano, com nota mínima de 70%. Parágrafo Único - Os casos de exceção deverão ser discutidos no âmbito da Comissão de Residência Médica 1
3 CAPITULO II DA ORGANIZAÇÃO E SURPEVISÃO DA RESIDÊNCIA MÉDICA Artigo 4º - A COREME será composta pelo coordenador, pelos supervisores dos programas, 01 representante da diretoria e um representante dos médicos residentes. I Os representantes dos preceptores componentes da COREME deverão ser eleitos pelos seus pares, garantindo a representação de todos os Programas de Residência Médica PRMs, da unidade; para cada titular ser eleito um suplente; II Os representantes dos Médicos Residentes na COREME deverão ser eleitos entre os regulares nos programas, através de escrutínio direto e secreto, sendo o processo eleitoral de sua atribuição exclusiva, registrado em ata, realizado anualmente e permitindo uma reeleição. Para cada representante dos Médicos Residentes deverá ser eleito, também, um suplente, sendo o titular e suplente de preferência de exercícios diferentes. III O coordenador da Comissão de Residência Médica COREME, e eventual substituto, deverão ser eleitos pelos seus membros, excetuando os representantes dos residentes. Artigo 5º - Cada Programa de Residência Médica PRM, terá um supervisor que será indicado pela instituição e homologado pela Comissão de Residência Médica. Parágrafo Único O Coordenador da COREME e Supervisor de Programa terão mandato predeterminado de 04 (quatro) anos, podendo ser reeleito ou destituído, mediante exposição de motivos fundamentados, homologados pela Comissão de Residência Médica. As funções de coordenador da COREME e Supervisor de Programa não terão remuneração salarial, será voluntário. Artigo 6º - O quadro de preceptores, supervisores de programas e coordenador da COREME deverá ser composto por um grupo de profissionais médicos de elevada competência ética e profissional, portadores de título de especialização devidamente registrados no Conselho Federal de Medicina ou habilitado ao exercício da docência em medicina. Parágrafo único O número de preceptores deverá respeitar a proporção mínima de um (01) médico em regime de tempo integral para cada 06 médicos residentes ou 01 médico com tempo parcial (mínimo 20 horas) para cada 03 médicos residentes, devendo as atividades dos médicos residentes serem supervisionadas em período integral com presença física do preceptor. 2
4 CAPITULO III DA COMPETÊNCIA Artigo 7º - São competências da Comissão de Residência Médica COREME: I Definir as Diretrizes para a Residência Médica da instituição respeitando as Leis, Decretos e Resoluções da Comissão Nacional de Residência Médica CNRM; II Realizar Processo Seletivo, com elaboração do edital dentro das normas vigentes da CNRM, para entrada de novos Médicos Residentes; III Garantir condições para a devida estruturação e organização dos Programas de Residência Médica PRMs; IV Manter entendimentos com a Comissão Estadual de Residência Médica - CEREM e com a Comissão Nacional de Residência Médica CNRM; V Supervisionar as atividades dos Médicos Residentes, aprovar a aplicação de medidas disciplinares que se fizerem necessárias e estabelecer critérios de avaliação de freqüência e rendimento dos Médicos Residentes nos diversos Programas de Residência Médica; VI Representar-se através do seu coordenador na Comissão Estadual de Residência Médica CEREM-MG, e junto à direção da instituição, ou em outras instâncias quando se fizer necessário; VII Reunir-se ordinariamente uma vez por semestre, ou extraordinariamente quando convocado pelo Coordenador da COREME, ou pela maioria de seus membros, com pautas divulgadas com antecedência mínima de 48 horas. VIII Definir Calendário anual de reuniões; PREVER OS CRITÉRIOS PARA A REALIZAÇÃO DE REUNIÕES EXTRAORDINÁRIAS; IX Avaliar e coordenar o corpo de preceptores; X Aprovar em primeira instância novos PRMs que venham a ser solicitados pela instituição; XI Solicitar o credenciamento dos programas no mesmo ano em que vence a validade do credenciamento, acompanhando e realizando o preenchimento da solicitação no sistema CNRM; XII Cadastrar os MRs no Sistema da CNRM e atualizar a situação destes quando for o caso; 3
5 XIII Emitir o Certificado de Conclusão do PRM. Artigo 8º - São Competências do Supervisor de Programa: I Elaborar anteprojeto da programação das atividades que deverá ser discutido e aprovado pela Comissão de Residência Médica COREME; II Representar o Programa de Residência Médica e Comissão de Residência Médica COREME e qualquer outra instância que se fizer necessário; III Zelar pelo fiel cumprimento do Programa de Residência Médica PRM, suas normas técnicas, administrativas, disciplinares, organizando escala de atividades e férias do Médico Residente e Preceptores, compatibilizando as diversas atividades do Programa de Residência Médica PRM e aplicando eventuais medidas disciplinares; IV Avaliar com regularidade e continuidade os Médicos Residentes, apresentando relatórios trimestrais à COREME. Avaliar anualmente os preceptores e as diversas atividades do Programa de Residência Médica PRM, apresentando conclusões à COREME. Artigo 9º - Compete aos preceptores: I Orientar e supervisionar o médico residente em todas as atividades, avaliálo de forma continuada e estimular seu desenvolvimento técnico-profissional e ético; II Colaborar com a programação e execução das atividades teóricas do Programa de Residência Médica PRM; III Participar das reuniões a que forem convocados pelo Supervisor do Programa de Residência Médica ou pela Comissão de Residência Médica COREME, contribuir para o bom andamento dos programas, em harmonia com as normas técnicas, administrativas e disciplinares da instituição; CAPITULO IV DOS DIREITOS E DEVERES DOS MÉDICOS RESIDENTES Artigo 10º - São DEVERES dos Médicos Residentes: I Cumprir o regulamento da Comissão de Residência Médica COREME; II Obedecer às normas internas da instituição ou outra unidade hospitalar ou serviço onde estiver estagiando; 4
6 III Cumprir com pontualidade as atividades assistenciais ou teórico-científicas previstas no respectivo Programa de Residência Médica PRM, ou decididos pela Comissão de Residência Médica COREME IV Justificar junto à sua supervisão e/ou Comissão de Residência Médica COREME eventuais faltas; V Completar a carga horária total prevista, em caso de interrupção do Programa de Residência Médica por qualquer causa, justificada ou não. VI Eleger anualmente seus representantes junto a Comissão de Residência Médica - COREME Artigo 11º - São DIREITOS dos Médicos Residentes: I Receber bolsa de estudos mensal conforme definido pela legislação vigente; II Possuir condições adequadas para repouso e higiene pessoal durante os plantões; III Alimentação; IV Ter carga horária de atividade de 60 (sessenta) horas semanais, nelas incluindo um máximo de 24 (vinte e quatro) horas de plantão; e atividades teórico práticas, sob forma de sessões de atualização, seminários, correlações clínico-patológicas ou outras, compreendendo um mínimo de 10% e um máximo de 20% do total; V Ter folga pelo período mínimo de 6 horas, após período de plantão noturno de 12 horas; VI Não realizar plantão de sobreaviso; VII Licenças: a) Licença-paternidade de 5 (cinco) dias ou à licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias, podendo esta ser prorrogada por 180 dias por solicitação da médica residente; b) Licença para casamento, mediante apresentação da certidão de casamento, pelo período de 08 (oito) dias corridos; c) Licença por nojo de parentes de até segundo grau, mediante apresentação de atestado de óbito, pelo período de 08 dias corridos; d) Licença para prestação de serviço militar pelo período de 01 ano; e) Licença para realização do Programa de Valorização da Atenção Básica PROVAB pelo período de 01 ano; f) Licença para tratamento de saúde mediante atestado médico; 5
7 1º: O período máximo de licença permitindo será de 01 ano. Independente da causa se o período ultrapassar a um ano o médico residente será automaticamente desligado do programa; 2º: Independente do período e da causa do afastamento o médico residente deverá cumprir o mesmo período e as atividades perdidas no final do programa; O pagamento da bolsa será pago no período de reposição somente no caso de licença maternidade e nos casos de afastamento por motivo de doença pelo mesmo período em que a bolsa foi paga pelo INSS; VIII Fazer jus a 01 (um) dia de folga semanal e a 30 (trinta) dias consecutivos de férias, por ano de atividade; IX Participar de congresso, estágios, cursos, seminários ou outras atividades de interesse científico e/ou representação de classe desde que submetida à análise do Supervisor e da Comissão de Residência Médica COREME, e sem prejuízo para as atividades do Programa de Residência Médica; X Avaliar anualmente o corpo docente e a Residência Médica como um todo em reuniões regulares coordenadas pelos seus representantes e apresentar as conclusões à supervisão e à Comissão de Residência Médica COREME; CAPÍTULO V DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES Artigo 12 o - Serão consideradas infrações todas as situações de desrespeito a este Regimento.. Artigo 13 o - As transgressões disciplinares serão comunicadas pelo chefe do Serviço de RM a COREME, que poderá propor a abertura de processo sumário, sendo previstas as penalidades de acordo com este Regimento. Artigo 14º - Será passível de punição o residente cuja conduta esteja em desacordo com o preceituado neste Regimento e no Código de Ética Médica. 1º - As penalidades obedecerão à seguinte graduação: a) Advertência verbal, nos casos de indisciplina, de insubordinação ou de desídia, desde que reconhecida sua mínima gravidade; 6
8 b) Advertência escrita, nos casos de reincidência ou nos mencionados no item anterior, desde que reconhecida à falta como de média gravidade; c) Suspensão, nos casos de reincidência de falta já punida com advertência escrita e todas as vezes que a transgressão disciplinar ou funcional se revestir de maior gravidade; d) Exclusão ou desligamento nos casos em que for demonstrado ter o Residente praticado falta considerada grave. 2º - A ordem acima poderá ser alterada de acordo com a gravidade da falta cometida em relação ao Código de Ética Médica. Artigo 15 o - Nas faltas não éticas, consideradas como menores pela COREME, o infrator será advertido sigilosamente pelo chefe da Residência Médica. Nas faltas não éticas, consideradas graves pela COREME, a penalidade será imposta pela Comissão completa e poderá se constituir em advertência sigilosa ou pública e até mesmo, suspensão temporária ou definitiva das atividades do residente neste Hospital. Artigo 16 o - A interrupção do PRM por parte do médico residente que implique em afastamento de suas atividades, seja qual for à causa, justificada ou não, não exime da obrigação de, posteriormente completar a carga horária total das atividades prevista para o aprendizado, da maneira que a COREME julgar ser o melhor para o medico residente e para o serviço. Artigo 17 o hipóteses: - A Exclusão ou desligamento do residente ocorrerá nas seguintes 1. A pedido do mesmo; 2. Ao término da Residência; 3. Por faltas, sem motivo justificado, por mais de 01 (uma) semana; 4. Por faltas mesmo que justificadas por mais de 01 (um) ano, isentando a Instituição de qualquer responsabilidade; 5. Quando comprovadas dificuldades não superáveis no relacionamento com pacientes, residentes, corpo clínico, enfermagem e/ou funcionários; 6. Quando comprovada evidente falta de interesse para com as atividades prático-assistenciais e/ou teórico-didáticas da PRM; 7
9 7. Quando comprovada a falta de aproveitamento ou rendimento através das avaliações; 8. Pelo descumprimento do respectivo Termo de Compromisso. 1º - O desligamento ocorrerá quando, em função dos itens acima, for formulada proposta escrita pelo chefe ou por um preceptor a COREME. 2º - Falta ao plantão será considerada infração gravíssima sendo passível de desligamento sumário. Artigo 18 o - Em caso de infração ética, a COREME comunicará o fato ao Conselho de Ética da Instituição. CAPITULO VI CONSIDERAÇÕES GERAIS Artigo 19º - Este Regulamento respeita a legislação específica sobre a Residência Médica e portarias e pareceres da CNRM. Em caso de contrariar as normatizações referidas acima, sempre prevalecerá a legislação da CNRM. Artigo 20º - Os casos omissos serão julgados pela COREME que poderá dar decisão terminativa ou solicitar avaliação da CEREM/MG e Parecer final da CNRM. Alfenas, 11 de abril de
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