AULA 03 - ESTATUTO DO DESARMAMENTO LEI N /2003

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "AULA 03 - ESTATUTO DO DESARMAMENTO LEI N /2003"

Transcrição

1 AULA 03 - ESTATUTO DO DESARMAMENTO LEI N /2003 Futuros Policiais Federais!!! Com o aumento impressionante da criminalidade e, consequentemente, do crime organizado que age no nosso país, ficou premente a necessidade de se modificar e aperfeiçoar a Lei 9.437/97, já revogada, que regulamentava a posse, propriedade, porte e comércio de armas de fogo. Durante muito tempo o Congresso Nacional discutiu o assunto, bem como a sociedade civil e várias organizações não-governamentais e, finalmente, em 23 de dezembro de 2003 foi publicada a Lei n de 22 de dezembro do mesmo ano, entrando em vigor no momento de sua publicação e, reafirmando o Poder Público, sua preocupação com esta questão. A Lei ficou mais conhecida como Estatuto do Desarmamento e, para você, tem uma importância ainda mais especial, pois cai na sua prova. E será que esse tema é importante para um futuro Policial Federal? Acho que não preciso nem responder, mas, para não deixar pergunta sem resposta...claro QUE SIM!!! E MUITO!!! O Estatuto está direcionado à proteção de um bem jurídico especial, a segurança coletiva, e tem como principal propósito a diminuição da quantidade de crimes violentos em que há o emprego de arma de fogo, principalmente os roubos e homicídios. Com certeza, a nova Lei é um avanço se a compararmos com a Lei n 9.437/97 que era muito benéfica para os criminosos, estimulando a impunidade e o aumento dos crimes violentos, principalmente os praticados com arma de fogo. Assim, além de regulamentar a posse, o porte, o comércio de armas de fogo, acessórios e munições no território nacional, a Lei n /2003 tipificou uma série de crimes com o objetivo de dar efetividade às suas normas, possibilitando punir energicamente determinadas condutas graves. Dito isto, vamos começar a desbravar as particularidades da lei e dar mais um passo rumo à tão sonhada aprovação. Bons estudos! *************************************************************** Prof.: Pedro Ivo 1

2 3.1 INTRODUÇÃO O Estatuto do Desarmamento determinou regras rígidas para o comércio, aquisição, registro e porte de arma de fogo, podendo ser considerada, sem dúvida, uma das leis mais enérgicas e restritivas a respeito de armas de fogo do mundo. Foi responsável por uma grande movimentação, tanto entre os nossos políticos quanto na sociedade civil, ao proibir em todo território nacional o comércio de arma de fogo e munição, salvo exceções tipificadas no corpo da lei. Além disso, fez presente em seu art.35, 1, a obrigatoriedade de que a citada norma fosse submetida à aprovação mediante referendo popular. Observe: Art. 35. É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6 o desta Lei. 1 o Este dispositivo, para entrar em vigor, dependerá de aprovação mediante referendo popular, a ser realizado em outubro de O referendo é uma forma de consulta popular prevista no art.49, XV da Constituição Federal, em que, neste caso, o cidadão, por meio do voto, autoriza ou não a entrada em vigor de uma norma ou lei já publicada. Em 23 de outubro de 2005, o país votou na proibição ou não do comércio de arma de fogo e munição e com certeza você deve se lembrar das campanhas pesadas pelo SIM e pelo Não. Prof.: Pedro Ivo 2

3 Com a maioria contra a citado dispositivo, a norma não foi aprovada e, portanto, continuou sendo possível o comércio de arma de fogo e munição em todo território nacional. Esse resultado do plebiscito não significa que qualquer pessoa poderá comprar arma de fogo e munição. O certo é que qualquer cidadão tem o direito de adquirir esses artefatos, porém as disposições constantes no Estatuto do Desarmamento e seu regulamento precisam ser observadas. Vale ressaltar que as normas do Estatuto e de seu regulamento, no que concerne ao comércio e à aquisição de arma de fogo e munição, não mudaram depois do referendo, mantendo seu teor restritivo inicial. 3.2 ANÁLISE LEGAL Caro(a) aluno(a), a partir deste ponto da nossa aula começaremos a analisar os dispositivos da Lei nº /2003. Entretanto, para começarmos, precisamos entender que tipo de lei é o Estatuto do Desarmamento. O Estatuto do Desarmamento é uma lei específica que regula a circulação de armas, acessórios e munições, aumentando de forma rigorosa a fiscalização sobre a produção, venda e exportação, permitindo que se identifique o tráfico de armas e reduza o alto índice de homicídios causados por armas de fogo. Juridicamente, define-se lei específica como sendo a expressão alusiva à lei de espécie ordinária com a específica função de estabelecer o regime jurídico de determinada matéria, assunto, questão, situação ou fato. Do exposto, podemos afirmar que o Estatuto do Desarmamento, por ser uma lei específica, tem a função única de estabelecer o regime jurídico da utilização de armas em nosso país. Por fim, cabe ressaltar que a lei nº /03 é regulamentada pelo Decreto nº 5.123/ DO SISTEMA NACIONAL DE ARMAS O Estatuto do Desarmamento apresenta dois órgãos responsáveis pelo cadastro de todas as armas de fogo em território nacional, o SINARM e o SIGMA. Prof.: Pedro Ivo 3

4 O primeiro dispositivo da Lei apresenta o Sistema Nacional de Armas SINARM, instituído no Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, com circunscrição em todo o território nacional. Podemos definir o SINARM como um conjunto de órgãos ligado ao Ministério da Justiça, que tem por objetivo manter cadastro geral, integrado e permanente das armas de fogo importadas, produzidas e vendidas no Brasil, contando com o apoio da Polícia Federal, que atua também no policiamento das nossas fronteiras para prevenir e reprimir o contrabando de armas de fogo. Observe a disposição legal: Art. 1º O Sistema Nacional de Armas - SINARM, instituído no Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, tem circunscrição em todo o território nacional. A lei, no art. 2º, define as competências do SINARM. Vamos analisá-las: Art. 2 o Ao Sinarm compete: I - identificar as características e a propriedade de armas de fogo, mediante cadastro; As armas de fogo possuem algumas características tais como: MARCA, CALIBRE, QUANTIDADE DE CARTUCHOS, TIPO DA CORONHA, RAIAS, ETC. Compete ao SINARM manter cadastro com as principais características dos armamentos. II - cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no País; O SINARM tem o objetivo de cadastrar todas as armas de fogo em circulação no Brasil, não só as fabricadas aqui, mas também as armas importadas. Prof.: Pedro Ivo 4

5 Este cadastro pode ser feito em qualquer unidade da Policia Federal e, embora seja claro, vale lembrar que, para armas importadas, elas devem ser de calibre autorizado no Brasil. III - cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações expedidas pela Polícia Federal; A emissão de portes de arma e o cadastro das armas de fogo são feitos pela Policia Federal. O SINARM é responsável por catalogar e manter em seu banco de dados todas estas informações referentes aos proprietários de armas, tipos de armas e pessoas com porte autorizado. IV - cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto, roubo e outras ocorrências suscetíveis de alterar os dados cadastrais, inclusive as decorrentes de fechamento de empresas de segurança privada e de transporte de valores; Quaisquer ocorrências de furto, roubo, extravio e transferência de propriedade de uma arma de fogo devem imediatamente ser comunicadas às autoridades policiais para que sejam tomadas as providências cabíveis. Os proprietários de empresas de transporte de valores e segurança privada, ao desativar uma empresa, deverão comunicar às autoridades e enviar as armas de seu uso para que sejam apreendidas, pois não poderão manter as armas em seu poder com a empresa desativada. Ao SINARM cabe catalogar todas estas informações, recolhidas junto às polícias, para que se possa manter um histórico atualizado das transferências de armas de fogo em território nacional. V - identificar as modificações que alterem as características ou o funcionamento de arma de fogo; Alguns marginais fazem alterações nas armas de fogo para que elas não possam ser identificadas, como raspar o número de identificação, substituir a coronha etc. Cabe ao SINARM identificar e catalogar, quando conveniente, estas alterações. VI - integrar no cadastro os acervos policiais já existentes; Prof.: Pedro Ivo 5

6 O SINARM receberá e distribuirá periodicamente informações recebidas pelas delegacias de policia no que se refere às armas de fogo apreendidas, autorizações de porte, compra etc., para que se possa montar um banco de dados nacional sobre armas de fogo em circulação no país. VII - cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as vinculadas a procedimentos policiais e judiciais; As delegacias especializadas em armas de fogo enviarão ao SINARM, mensalmente, informações sobre toda a movimentação de armas de fogo, sejam apreensões, compras, trocas de propriedade etc. VIII - cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença para exercer a atividade; Armeiro é o profissional especializado principalmente na manutenção de armas de fogo. Estes profissionais deverão ser cadastrados no SINARM e, mensalmente, enviar relatório de todo o trabalho, seja de manutenção, de compra ou de venda de armas de fogo. IX - cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, varejistas, exportadores e importadores autorizados de armas de fogo, acessórios e munições; As empresas que trabalham com produção, venda, importação e exportação de armas de fogo deverão, além da documentação normal solicitada por órgãos estaduais e federais, solicitar um Alvará de Funcionamento para comércio de armas, portando, inclusive, Certidão de Bons Antecedentes Criminais junto à Justiça Estadual e Federal. X - cadastrar a identificação do cano da arma, as características das impressões de raiamento e de microestriamento de projétil disparado, conforme marcação e testes obrigatoriamente realizados pelo fabricante; Raiamento e Microestriamento são termos técnicos usados para descrever as informações contidas no cano da arma, que funcionam como a impressão digital de cada arma de fogo. Cada uma tem a sua, o que possibilita a identificação em um exame de balística, por exemplo. Prof.: Pedro Ivo 6

7 O SINARM deve ter o cadastro de todas as informações contidas em cada arma de fogo comercializada no Brasil. XI - informar às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal os registros e autorizações de porte de armas de fogo nos respectivos territórios, bem como manter o cadastro atualizado para consulta. Passa a ser competência do SINARM, através da Policia Federal, a emissão de autorizações de porte e registro de armas de fogo. As Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal receberão periodicamente informações das autorizações emitidas para que possa ser realizada a fiscalização em seus limites de território. Do exposto, podemos consolidar: COMPETÊNCIAS DO SINARM 1. Identificar as características e a propriedade de armas de fogo, mediante cadastro; 2. Cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no país; 3. Cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações expedidas pela Polícia Federal; 4. Cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto, roubo e outras ocorrências suscetíveis de alteração dos dados cadastrais, inclusive as decorrentes de fechamento de empresas de segurança privada e de transporte de valores; 5. Identificar as modificações que alterem as características ou o funcionamento de arma de fogo; 6. Integrar no cadastro os acervos policiais já existentes; 7. Cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as vinculadas a procedimentos policiais e judiciais; 8. Cadastrar os armeiros em atividade no país, bem como conceder licença para exercer a atividade; 9. Cadastrar, mediante registro, os produtores atacadistas, varejistas, exportadores e importadores autorizados de arma de fogo, acessórios e munições. Os dados para esse cadastro serão fornecidos pelo Comando do Exército; Prof.: Pedro Ivo 7

8 10. Cadastrar a identificação do cano da arma, as características das impressões de raiamento e de microestriamento de projétil disparado, conforme marcação e testes obrigatoriamente realizados pelo fabricante. Norma específica da Polícia Federal disciplinará esse cadastro, ouvido o Comando do Exército, cabendo às fábricas de armas de fogo o envio de informações necessárias ao órgão responsável da Polícia Federal; 11. Informar às secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal os registros e autorizações de porte de armas de fogo nos respectivos territórios, bem como manter o cadastro atualizado para consulta. ATENÇÃO: AS DISPOSIÇÕES ACIMA NÃO ALCANÇAM AS ARMAS DE FOGO DAS FORÇAS ARMADAS E AUXILIARES E AS DEMAIS QUE CONSTEM DOS SEUS REGISTROS PRÓPRIOS, QUE SÃO DE RESPONSABILIDADE DO SISTEMA DE GERENCIAMENTO MILITAR DE ARMAS SIGMA. Mas o que é o SIGMA? CONHECER PARA ENTENDER O SIGMA é um órgão instituído no Ministério da Defesa, no âmbito do Comando do Exército. Observe o disposto no artigo 2º do Decreto n que regulamenta o Estatuto do Desarmamento: Art. 2 o. O SIGMA, instituído no Ministério da Defesa, no âmbito do Comando do Exército, com circunscrição em todo o território nacional, tem por finalidade manter cadastro geral, permanente e integrado das armas de fogo importadas, produzidas e vendidas no país, de competência do SIGMA, e das armas de fogo que constem dos registros próprios. Prof.: Pedro Ivo 8

9 3.2.2 FINALIDADES DO SINARM Caro (a) aluno (a), verificamos as competências do SINARM e, agora, trataremos especificamente das finalidades. Segundo determinação presente na lei regulamentadora do Estatuto do Desarmamento, o SINARM tem por finalidade: 1. MANTER CADASTRO GERAL, INTEGRADO E PERMANENTE DAS ARMAS DE FOGO IMPORTADAS, PRODUZIDAS E VENDIDAS NO PAÍS, DESDE QUE DE SUA COMPETÊNCIA. 2. CONTROLAR OS REGISTROS DESSAS ARMAS. Observe o disposto: Art. 1 o. O Sistema Nacional de Armas - SINARM, instituído no Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, com circunscrição em todo o território nacional e competência estabelecida pelo caput e incisos do art. 2 o da Lei n o , de 22 de dezembro de 2003, tem por finalidade manter cadastro geral, integrado e permanente das armas de fogo importadas, produzidas e vendidas no país, de competência do SINARM, e o controle dos registros dessas armas. (grifo nosso) Mas todas as armas devem ser cadastradas no SINARM? Já vimos que não, e agora vamos esmiuçar ainda mais o assunto. Serão cadastradas no SINARM: ARMAS CADASTRADAS NO SINARM I - As armas de fogo institucionais, constantes de registros próprios: Dos integrantes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícias Civis; Dos integrantes dos órgãos policiais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal; Dos integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das escoltas de presos e as guardas portuárias; Das Guardas Municipais; Prof.: Pedro Ivo 9

10 Dos órgãos públicos não mencionados acima, cujos servidores tenham autorização legal para portar arma de fogo em serviço, em razão das atividades que desempenhem; II - As armas de fogo apreendidas, que não constem dos cadastros do SINARM ou do Sistema de Gerenciamento Militar de Armas - SIGMA, inclusive as vinculadas a procedimentos policiais e judiciais, mediante comunicação das autoridades competentes à Polícia Federal; III - As armas de fogo de uso restrito dos integrantes dos órgãos, instituições e corporações mencionados no inciso II do art. 6 o da Lei n o , de 2003; Art.6 [...] II os integrantes de órgãos referidos nos incisos do caput do art. 144 da Constituição Federal; SÃO ELES: OS INTEGRANTES DA POLÍCIA FEDERAL, POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL, POLÍCIA FERROVIÁRIA FEDERAL POLÍCIAS CIVIS, POLÍCIAS MILITARES E CORPO DE BOMBEIROS MILITARES. IV - As armas de fogo de uso restrito, salvo aquelas mencionadas no inciso II, do 1 o, do art. 2 o deste Decreto. Salvo as armas de fogo dos integrantes das Forças Armadas, da Agência Brasileira de Inteligência e do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, constantes de registros próprios; Para complementar o assunto, serão cadastradas no Sigma: Prof.: Pedro Ivo 10

11 ARMAS CADASTRADAS NO SIGMA AS ARMAS DE FOGO INSTITUCIONAIS, DE PORTE E PORTÁTEIS, CONSTANTES DE REGISTROS PRÓPRIOS DAS FORÇAS ARMADAS, DAS POLÍCIAS MILITARES E CORPO DE BOMBEIROS MILITARES, DA AGÊNCIA NACIONAL DE INTELIGÊNCIA E DO GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA; AS ARMAS DE FOGO DOS INTEGRANTES DAS FORÇAS ARMADAS, DA AGÊNCIA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA E DO GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, CONSTANTES DE REGISTROS PRÓPRIOS; AS INFORMAÇÕES RELATIVAS ÀS EXPORTAÇÕES DE ARMAS DE FOGO, MUNIÇÕES E DEMAIS PRODUTOS CONTROLADOS, DEVENDO O COMANDO DO EXÉRCITO MANTER SUA ATUALIZAÇÃO; AS ARMAS DE FOGO IMPORTADAS OU ADQUIRIDAS NO PAÍS PARA FINS DE TESTES E AVALIAÇÃO TÉCNICA; AS ARMAS DE FOGO OBSOLETAS; AS ARMAS DE FOGO DE COLECIONADORES, ATIRADORES E CAÇADORES; AS ARMAS DE FOGO DAS REPRESENTAÇÕES DIPLOMÁTICAS. ATENÇÃO: TODOS OS DADOS DO SINARM E DO SIGMA SÃO INTEGRADOS E COMPARTILHADOS DA ARMA DE FOGO Caro (a) aluno (a), no decorrer de nossa aula falaremos (e já falamos) muito na palavra arma. Mas, toda arma é igual, ou melhor, classificada da mesma forma pela Lei? A resposta é negativa, pois o Estatuto do Desarmamento subdivide as armas em DOIS grandes grupos. São eles: ARMAS DE FOGO de uso permitido São aquelas cuja utilização é autorizada a pessoas físicas, bem como a pessoas jurídicas, estando de acordo com as normas do Exército e nas condições previstas no Prof.: Pedro Ivo 11

12 Estatuto. ARMAS DE FOGO de uso restrito São aquelas de uso exclusivo das Forças Armadas, de instituições de segurança pública e de pessoas físicas e jurídicas habilitadas, devidamente autorizadas pelo Comando do Exército, de acordo com legislação específica AQUISIÇÃO E REGISTRO DA ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO Toda arma de fogo tem que ser, obrigatoriamente, registrada no órgão competente, regra geral, o SINARM. Porém, as armas de fogo de uso restrito deverão ser registradas no Comando do Exército. Conforme dispõe o art.3, não se pode ter uma arma de fogo sem o devido registro. Art. 3 o. É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente. Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército, na forma do regulamento desta Lei. Mas isso quer dizer que se eu registrar minha arma posso colocá-la na cintura e sair desfilando pelo meio da rua? Claro que a resposta é negativa, e antes de começarmos a analisar as particularidades do registro da arma de fogo, precisamos aprender que o REGISTRO e o PORTE DE ARMA DE FOGO são dois institutos bem diferentes. Para você compreender, vamos analisar um exemplo bem simples: Tício, morador de uma cidadezinha do interior, ganha na loteria e compra o carro dos seus sonhos. Porém, fica muito decepcionado, pois, ao ser parado por um policial, descobre que, para conduzi-lo, não basta saber dirigir o trator da fazenda em que trabalhava, é necessário ter uma tal de carteira de habilitação. O certificado de propriedade do veículo equivale ao REGISTRO da arma de fogo. Já a carteira de habilitação equivale ao PORTE DE ARMA DE FOGO. O fato de Tício ter comprado um automóvel não lhe dá o direito de dirigi-lo até estar com a carteira de habilitação. Da mesma forma, ter o registro de uma arma não nos dá o direito de conduzi-la até que se obtenha o porte. Prof.: Pedro Ivo 12

13 O certificado de registro da arma de fogo, válido em todo território nacional, autoriza o seu titular a manter a arma exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependências desses, ou no seu local de trabalho, desde que ele seja o titular ou responsável legal pelo estabelecimento ou empresa. PARA CONHECIMENTO A RESIDÊNCIA REPRESENTA O LUGAR NO QUAL ALGUÉM HABITA COM INTENÇÃO DE ALI PERMANECER, MESMO QUE DELE SE AUSENTE POR ALGUM TEMPO. JÁ O DOMICÍLIO, É A SEDE JURÍDICA DA PESSOA, ONDE ELA SE PRESUME PRESENTE PARA EFEITOS DE DIREITO E ONDE EXERCE OU PRATICA HABITUALMENTE SEUS ATOS E NEGÓCIOS JURÍDICOS. Para as armas de uso permitido, o certificado é fornecido pela Polícia Federal e será precedido de autorização do SINARM. Ressalto: Não é o Sistema Nacional de Armas que concede o certificado de registro, mas sim a POLÍCIA FEDERAL, após a autorização do primeiro. QUEM FORNECE O CERTIFICADO DE REGISTRO É A POLÍCIA FEDERAL. O SINARM SÓ AUTORIZA EXIGÊNCIAS PARA AQUISIÇÃO DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO O legislador tratou de listar claramente os requisitos que devem ser cumpridos para que seja possível a aquisição de arma de fogo de uso permitido. Observe: Art. 4 o Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade, atender aos seguintes requisitos: I - comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar respondendo a Prof.: Pedro Ivo 13

14 inquérito policial ou a processo criminal, que poderão ser fornecidas por meios eletrônicos; II apresentação de documento comprobatório de ocupação lícita e de residência certa; III comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na forma disposta no regulamento desta Lei. O Decreto regulamentador da lei nº /03 adicionou novas exigências às já existentes, aumentando, assim, a dificuldade para se adquirir uma arma de fogo de uso permitido. Vamos esquematizar as exigências EXIGÊNCIAS PARA AQUISIÇÃO DA ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO 1. DECLARAÇÃO DE EFETIVA NECESSIDADE; 2. TER, NO MÍNIMO, 25 ANOS; 3. APRESENTAR CÓPIA AUTENTICADA DA CARTEIRA DE IDENTIDADE; 4. COMPROVAÇÃO, NO PEDIDO DE AQUISIÇÃO E EM CADA RENOVAÇÃO DO REGISTRO, DE IDONEIDADE E INEXISTÊNCIA DE INQUÉRITO POLICIAL OU PROCESSO CRIMINAL, POR MEIO DE CERTIDÕES DE ANTECEDENTES CRIMINAIS FORNECIDAS PELA JUSTIÇA FEDERAL, ESTADUAL, MILITAR E ELEITORAL; 5. APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTO COMPROBATÓRIO DE OCUPAÇÃO LÍCITA E DE RESIDÊNCIA CERTA. 6. COMPROVAÇÃO, EM SEU PEDIDO DE AQUISIÇÃO E EM CADA RENOVAÇÃO DE REGISTRO, DA CAPACIDADE TÉCNICA PARA O MANUSEIO DE ARMA DE FOGO ATESTADA POR EMPRESA DE INSTRUÇÃO DE TIRO REGISTRADA NO COMANDO DO EXÉRCITO POR INSTRUTOR DE ARMAMENTO E TIRO DAS FORÇAS ARMADAS, DAS FORÇAS AUXILIARES OU DO QUADRO DA POLÍCIA FEDERAL, OU POR ESTA HABILITADO; 7. COMPROVAR APTIDÃO PSICOLÓGICA PARA O MANUSEIO DE ARMA DE FOGO, ATESTADA EM LAUDO CONCLUSIVO FORNECIDO POR PSICÓLOGO DO QUADRO DA POLÍCIA FEDERAL OU POR ESTA HABILITADO. Muita coisa, não é??? Mas essa é a finalidade da Lei, dificultar o máximo possível para se conseguir uma arma. Exigir o maior número possível de documentos e requisitos, a fim de realmente impedir que as armas cheguem a quem não detêm capacidade de possuí-las. Prof.: Pedro Ivo 14

15 Caro (a) aluno (a), tratamos que uma das exigências para se adquirir uma arma de fogo é ter idade mínima de 25 anos. Porém, existem as exceções especificadas na Lei nº /03. São elas: OS INTEGRANTES DAS FORÇAS ARMADAS; OS INTEGRANTES DA POLICIA FEDERAL, DA POLICIA RODOVIÁRIA FEDERAL, DA POLICIA FERROVIÁRIA FEDERAL, DAS POLICIAS CIVIS E DOS POLICIAIS MILITARES E CORPOS DE BOMBEIROS MILITARES; E OS INTEGRANTES DAS GUARDAS MUNICIPAIS DAS CAPITAIS DOS ESTADOS E DOS MUNICÍPIOS COM MAIS DE (QUINHENTOS MIL) HABITANTES. Os documentos exigidos para a aquisição de arma de fogo serão analisados pelo SINARM e é esse órgão que vai autorizar ou não a aquisição. Autorizada a aquisição, a Polícia Federal vai providenciar o registro e a expedição do certificado de registro. Descrevendo de uma forma prática, para comprar uma arma você deve ir a uma loja especializada em venda de armas e munições e, após escolher a arma de sua preferência, o vendedor solicitará autorização à Polícia Federal, que verificará os antecedentes do comprador. Se não houver antecedentes criminais, o pedido de compra será encaminhado ao SINARM. Autorizado por ele, a Polícia Federal confirmará a venda, depois de emitida a nota fiscal, e expedirá o registro. A loja só liberará a arma com registro, ou seja: SÓ SE PODE ADQUIRIR UMA ARMA DE FOGO OBTENDO- SE O REGISTRO PARA ELA. ATENÇÃO: Não se pode solicitar a compra de uma arma e adquirir outra cujas características não constem na solicitação feita junto à Policia Federal. Para informar qual arma se pretende comprar, o interessado deverá comparecer à casa de armas, escolher qual lhe interessa, anotar as características no pedido e informa-las no requerimento. A autorização será expedida com base nessas informações e em posse desse documento o interessado comprará a arma. IMPORTANTE: A AUTORIZAÇÃO É PESSOAL E INTRANSFERÍVEL, NÃO PODENDO O REQUERENTE TRANSFERI-LA PARA OUTRA PESSOA, SOB PENA DE RESPONSABILIDADE CRIMINAL. Prof.: Pedro Ivo 15

16 A Lei nos dá, ainda, a hipótese da compra de arma diretamente de outra pessoa. Veja o disposto: Art.4 [...] 5º A comercialização de armas de fogo, acessórios e munições entre pessoas físicas somente será efetivada mediante autorização do SINARM. A transação da arma de fogo funciona como o automóvel que é vendido e precisa ser transferido em nome do comprador. A transferência da arma é feita com prévia autorização do SINARM através da Polícia Federal. Sendo autorizada a transação, a arma será registrada em nome do novo proprietário que não terá direito ao porte só porque adquiriu o registro da arma. Conforme já visto, cabe ao SINARM cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto, roubo e outras ocorrências suscetíveis de alterar os dados cadastrais da arma, inclusive as que são decorrentes de fechamento de empresas de segurança privada e de transporte de valores.. É POSSÍVEL MANTER EM CASA ARMA RECEBIDA COMO HERANÇA? É possível, mas para manter em casa arma de fogo, mesmo antiga, é necessário possuir o registro fornecido pelo SINARM através da Polícia Federal. No caso de herança, se a arma já era registrada deve ser requerida a transferência da propriedade ao interessado, sendo providenciado o novo registro. Se a arma não possuía registro anterior, o interessado fará uma declaração de bem de herança, reconhecerá sua firma em cartório e a enviará à Polícia Federal requerendo o registro da arma. É importante ressaltar que o registro será pessoal e intransferível porque a arma adquirida por herança não poderá ser transacionada. Prof.: Pedro Ivo 16

17 E SE A ARMA OBJETO DA HERANÇA FOR DE USO RESTRITO? Neste caso, não há como legalizar uma arma de uso restrito. Na verdade, há exceções em relação a colecionadores devidamente registrados, mas não é este o caso. Para se agir legalmente, deve-se procurar a Polícia Federal, expor a situação e entregar a arma. Neste caso, a Polícia Federal emitirá uma "guia de trânsito" para que se possa levá-la até o local de entrega. Importante: NÃO SE TRANSPORTA ARMA sem estar de posse da "Guia de Transporte", pois caso abordado na rua pode-se responder pelo crime de porte de arma de uso restrito (art. 16, Lei /2003). Aliás, a simples posse desta arma já pode trazer sérios problemas para o indivíduo. Observe a criminalização da conduta: Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa AQUISIÇÃO DE MUNIÇÃO Junto com a compra de armas, a compra de munição também passou a ter um controle rigoroso, já que ela é necessária para a arma de fogo funcionar. O art.4 2º estabelece os procedimentos para a compra de munição. Observe: Art.4 [...] 2º A aquisição de munição somente poderá ser feita no calibre correspondente à arma adquirida e na quantidade estabelecida no regulamento desta Lei. Prof.: Pedro Ivo 17

18 A aquisição de munição somente poderá ser feita no calibre correspondente à arma registrada e na quantidade estabelecida no regulamento desta Lei, ou seja, 50 unidades por ano. A exigência da munição exatamente para a arma registrada tem a finalidade de dificultar o uso de armas não autorizadas. Por exemplo, se a pessoa possuir um revólver calibre 38, não poderá comprar munição calibre 45. Na hora de vender a munição, o vendedor deverá exigir do comprador a apresentação do documento de identidade, da autorização para a compra e do registro da arma, a fim de se cientificar da legalidade da compra da munição. Se ele notar que os documentos são falsos, além de não vender a munição deverá comunicar à polícia para que sejam tomadas as providências cabíveis contra o falsário. IMPORTANTE: A NÃO COMUNICAÇÃO À POLÍCIA IMPLICARÁ NA SUA RESPONSABILIDADE PENAL PORTE DE ARMA DE FOGO O porte de arma de fogo permite que o seu titular possa levar a arma fora de sua residência e dependências. Você lembra que comparamos o porte de arma à carteira de habilitação. Você não pode dirigir sem ela, da mesma forma, para conduzir uma arma, o porte é documento obrigatório e deverá ser apresentado juntamente com o documento de identidade. Tal obrigatoriedade fica clara na disposição do caput do art. 6º: Art.6 É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos previstos em legislação própria [...] Esse documento deverá conter os seguintes dados: ABRANGÊNCIA TERRITORIAL E EFICÁCIA TEMPORAL DO PORTE; CARACTERÍSTICAS DA ARMA DE FOGO QUE PODERÁ SER PORTADA; NÚMERO DE REGISTRO DA ARMA DE FOGO NO SINARM OU NO SIGMA, CONFORME O CASO; IDENTIFICAÇÃO DO PROPRIETÁRIO DA ARMA DE FOGO; ASSINATURA, CARGO E FUNÇÃO DA AUTORIDADE CONCEDENTE. Prof.: Pedro Ivo 18

19 O porte de arma é um documento pessoal, intransferível e REVOGÁVEL a qualquer momento. Ao Ministro da Justiça cabe designar as autoridades policiais competentes no âmbito da Polícia Federal para fornecer autorização para aquisição e também conceder o porte de arma de fogo, que terá duração máxima de cinco anos. Depois desse prazo, será necessário sua renovação, com a exigência de preenchimento dos mesmos requisitos para a primeira autorização CAÇADOR DE SUBSISTÊNCIA Sabemos que na área rural muitos indivíduos dependem da caça para a sua alimentação. Será que após a instituição do Estatuto do Desarmamento todos terão que deixar de lado suas armas e aprender a utilizar lança ou arco e flecha? Claro que não, pois, segundo a lei, o morador de área rural, desde que comprove depender do emprego de arma de fogo para poder prover sua subsistência alimentar e de sua família, também receberá autorização de porte, conforme o artigo abaixo. Art.6 [...] 5º Aos residentes em áreas rurais, que comprovem depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar, será autorizado, na forma prevista no regulamento desta Lei, o porte de arma de fogo na categoria "caçador". O caçador, inicialmente, deverá ser cadastrado e registrado no IBAMA, pois ao requerer a licença para a compra da arma e o porte na modalidade caçador deverá apresentar o certificado de registro e a licença do IBAMA, além das demais documentações exigidas pelo SINARM. Dito isto, imaginemos que Tício decide comprar um belo Fuzil para realizar suas caças...pode? Segundo a lei não, pois a arma de caça é a espingarda, não podendo o caçador se utilizar de outro tipo de armamento, estando ele proibido de conduzi-la publicamente e em locais incompatíveis como igrejas, escolas e estádios. Prof.: Pedro Ivo 19

20 SUSPENSÃO E CANCELAMENTO DO PORTE DE ARMA DE FOGO Vários são os motivos para suspensão ou até cancelamento do porte de arma. Dentre eles, com importância para a sua PROVA, podemos citar: NÃO COMUNICAR MUDANÇA DE DOMICÍLIO, EXTRAVIO, FURTO OU ROUBO DA ARMA DE FOGO; CONDUZIR, OSTENSIVAMENTE, A ARMA DE FOGO EM LOCAIS COMO IGREJAS, ESCOLAS, ESTÁDIOS E OUTROS; APRESENTAR ESTADO DE EMBRIAGUEZ, ESTAR SOB EFEITO DE DROGAS OU MEDICAMENTO QUE ALTERE SEU DESEMPENHO INTELECTUAL OU MOTOR PORTANDO ARMA DE FOGO. Este terceiro item vem aparecendo bastante em prova, pois é muito importante a cassação do porte nesta hipótese. São inúmeros os delitos e acidentes praticados por pessoas sob o efeito do álcool ou drogas. Assim, quem porta arma de fogo sob efeito de qualquer substância que lhe afete a capacidade intelectual ou motora, deve ser punido com a cassação do porte e apreensão da arma devido ao perigo causado para a coletividade PORTE DE ARMA DE FOGO PERMITIDO SEM NECESSIDADE DE CUMPRIMENTO DAS EXIGÊNCIAS Existem determinados cargos que, pela natureza do trabalho, tem O PORTE de arma expressamente autorizado por lei. São eles: I - os integrantes das Forças Armadas; II - os integrantes de órgãos referidos nos incisos do caput do art. 144 da Constituição Federal; Art. 144(Constituição Federal). A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I - polícia federal; II - polícia rodoviária federal; III - polícia ferroviária federal; IV - polícias civis; V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. (grifo nosso) Prof.: Pedro Ivo 20

21 III - os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios com mais de (quinhentos mil) habitantes, nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei; Esta medida busca coibir o uso da arma de fogo em pequenas cidades, cujo efetivo da Guarda Municipal destaca-se apenas para proteção dos bens públicos municipais. IV - os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de (duzentos e cinqüenta mil) e menos de (quinhentos mil) habitantes, quando em serviço; A fim de que os municípios menores não ficassem desamparados, estabeleceuse que os integrantes das Guardas Municipais dos municípios com população demográfica acima de 50 mil habitantes podem portar arma quando em serviço. V - os agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência e os agentes do Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República; A Agência Brasileira de Inteligência é o órgão integrante da estrutura do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e atua junto ao Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Seus agentes atuam com autonomia funcional e têm o livre porte de arma, quer em serviço quer de folga. VI - os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da Constituição Federal; O texto legal refere-se à polícia da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, cujos integrantes têm o direito de portar arma independente de autorização. VII - os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das escoltas de presos e as guardas portuárias; Prof.: Pedro Ivo 21

22 A Guarda Portuária atua nos portos marítimos. Agentes e guardas prisionais são os que atuam no serviço de segurança dos presídios estaduais e federais, casa de detenção, penitenciária e centros de ressocialização onde os reclusos cumprem suas penas. Integrantes das escoltas de presos são os mesmos agentes de segurança que trabalham nos estabelecimentos prisionais. VIII - as empresas de segurança privada e de transporte de valores constituídas, nos termos desta Lei; As empresas de segurança privada e as de transporte de valores têm o direito de possuir armas devido ao risco que correm em suas atividades. Seus agentes não podem portar arma fora do serviço. As armas que utilizam pertencem exclusivamente às empresas, sendo todas registradas em nome delas. O extravio e a perda de arma da empresa devem ser comunicados pela diretoria ou gerência das empresas à Polícia Federal, que enviará as informações ao SINARM a fim de que sejam tomadas as providências cabíveis. A omissão na comunicação lhes acarretará responsabilidade penal. IX - para os integrantes das entidades de desporto legalmente constituídas, cujas atividades esportivas demandem o uso de armas de fogo, na forma do regulamento desta Lei, observando-se, no que couber, a legislação ambiental. O texto trata dos integrantes de Clubes de Tiro, nos quais estes, habilitados de todos os pressupostos básicos para manejo de arma de fogo, possuem autorização para, no interior do estabelecimento, utilizá-la. X - integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributário. É a mais recente alteração inserida no texto pela Lei nº / DOS CRIMES E DAS PENAS Antes do Estatuto do Desarmamento, os crimes eram definidos pela lei 9.437/97 e as penas aplicadas aos crimes de posse e porte eram brandas se comparadas a crimes equivalentes. Prof.: Pedro Ivo 22

23 Com o advento do Estatuto do Desarmamento, penalizações mais severas foram inseridas no nosso ordenamento jurídico. Nos crimes de posse de arma de fogo de uso permitido, a pena foi aumentada, porém continuou sendo de detenção, enquanto nos crimes de posse e porte de arma de fogo de uso restrito e porte de arma de fogo de uso permitido, a pena foi aumentada, continuando a ser de reclusão. Vamos analisar os tipos legais: POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa: Pena detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. O legislador, com a finalidade de punir de forma diferenciada quem, de forma irregular, possui ou mantém arma de fogo de uso permitido dentro de sua casa, dependência desta ou no seu local de trabalho, criou o supra-exposto dispositivo; Tal delito é considerado um crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa, inclusive por funcionário púbico quando possuir ou mantiver sob sua guarda arma de fogo, acessório, munição de uso permitido, mas em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta ou ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa. É considerado um crime doloso, pois ninguém, por negligência, imperícia ou imprudência, faz surgir por um passe de mágica uma arma dentro de casa. A Lei considera esse crime quando o agente possuir ou tiver sob sua guarda. Possuir significa ser o proprietário ou o possuidor do objeto material. Não confundir com portar, que tem o sentido de estar com o objeto material consigo. Ter sob sua guarda significa reter o objeto material consigo em nome de terceiro. O sujeito não é o proprietário nem o possuidor do objeto, mas, por algum motivo, guarda-o para o seu verdadeiro proprietário. Prof.: Pedro Ivo 23

24 Para finalizar os aspectos pertinentes a este crime cabe um importante questionamento: O crime obrigatoriamente estará caracterizado caso haja erro formal (erro nos dados) no registro da arma? A resposta é negativa e sobre o tema se pronunciou o STF no HC /SP de 10/06/2010. Pela importância do assunto, reproduzo parte do Informativo 590 de junho de 2010: HC /SP, rel. Min. Dias Toffoli, Ante a atipicidade da conduta, o Tribunal, por maioria, concedeu habeas corpus para trancar ação penal instaurada contra desembargador federal, denunciado pela suposta prática do delito previsto no art. 16 da Lei /2003 (posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito). Na espécie, no curso de investigação procedida pela Polícia Federal, fora apreendida na residência do paciente caneta-revólver de origem taiwanesa a qual não constaria do rol de registro no Ministério da Defesa. Reconheceu-se que a aludida caneta-revólver, de fato, estaria regularmente registrada perante o órgão competente, e que teria havido mero equívoco no que toca à menção de sua procedência, indevidamente consignada como de origem norte-americana, no certificado de registro de colecionador expedido em favor do paciente. Observou-se que esse erro material, inclusive, fora posteriormente corrigido pelo Ministério da Defesa. Concluiu-se que a mera divergência quanto à origem da fabricação da arma não seria suficiente para caracterizar o crime em questão, máxime não tendo sido localizado outro equipamento similar de origem diversa. Vencido o Min. Marco Aurélio que denegava a ordem OMISSÃO DE CAUTELA Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade: Pena detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato. Prof.: Pedro Ivo 24

25 A finalidade do supracitado artigo é o de prevenir a ocorrência de acidentes envolvendo o emprego de arma de fogo por crianças e adolescentes ou ainda pessoas portadoras de deficiência mental. Trata-se de crime culposo na modalidade de negligência ou imprudência que se consumará no momento em que o menor de dezoito anos ou o deficiente mental se apoderarem da arma. Se a arma estiver carregada e disparar, ferindo ou matando o menor ou pessoa portadora de deficiência, o proprietário da arma que negligenciou a sua guarda ou agiu com imprudência entregando-a a uma dessas pessoas responderá pelo crime. Obviamente, caso ocorra como resultado a morte, devido à aplicação do princípio da consunção, o indivíduo responderá pelo delito mais grave, pois este (o homicídio) absorve o menos grave (omissão de cautela) PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO O art. 14 da lei nº /03 tem por finalidade coibir que armas de fogo sejam livremente portadas e comercializadas. Observe o tipo legal: Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. CASO PRÁTICO Suponha que um indivíduo perceba que um familiar está sendo vítima de um seqüestro e possua uma arma de fogo legalmente registrada em seu domicílio. Caso o sujeito saia de sua residência portando a arma para defender seu familiar contra o seqüestrador, será responsabilizado pelo porte ilegal de arma? Não, pois estará agindo em legítima defesa, ou seja, estará utilizando os meios de que dispunha para repelir injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. E se, nesse caso, a arma de fogo não estivesse legalizada regularmente? O sujeito não será processado pelo porte ilegal, mas subsistirá o crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido, delito este que já existia antes de seu porte. Prof.: Pedro Ivo 25

26 INCOSTITUCIONALIDADE DO PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 14 O parágrafo único do artigo 14 define que o delito é inafiançável. Observe: Art.14 [...] Parágrafo único: O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do agente. Mas, a banca cobrou em PROVA: CAIU EM PROVA! (CESPE / TJ-TO / 2009) No que concerne às leis penais especiais, segundo entendimento do STF, é inconstitucional a vedação de fiança, legalmente prevista, nos crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. Gabarito: CORRETA Como pode existir este aparente conflito? Vamos elucidar: De acordo com o informativo 465 do STF (ADIN 3112), o Tribunal, por maioria, julgou procedente, em parte, pedido formulado em várias ações diretas ajuizadas pelo Partido Trabalhista Brasileiro - PTB e outros para declarar a inconstitucionalidade dos parágrafos únicos dos artigos 14 e 15 e do art. 21 da Lei / Estatuto do Desarmamento. Ainda de acordo com o referido informativo "... relativamente aos parágrafos únicos dos artigos 14 e 15 da Lei /2003, que proíbem o estabelecimento de fiança, respectivamente, para os crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e de disparo de arma de fogo, considerou-se desarrazoada a vedação, ao fundamento de que tais delitos não poderiam ser equiparados a terrorismo, prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes ou crimes hediondos (CF, art. 5º, XLIII). Asseverou-se, ademais, cuidar-se, na verdade, de crimes de mera conduta que, embora impliquem redução no nível de segurança coletiva, não podem ser Prof.: Pedro Ivo 26

27 igualados aos crimes que acarretam lesão ou ameaça de lesão à vida ou à propriedade". Portanto, de acordo com a decisão do STF foram considerados inconstitucionais os parágrafos únicos dos artigos 14 e 15 da Lei /2003 e, portanto, sendo possível a fiança. Mas, PROFESOOOORR!!! Na última prova da PF apareceu uma questão sobre este tema e a banca considerou correta. Bom, vamos analisar. A questão é a seguinte: (CESPE / Polícia Federal / 2009) Segundo expressa disposição da lei pertinente ao assunto, o crime de porte de arma de fogo de uso permitido é inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do agente. Analisando a literalidade da questão, realmente ela está correta, pois a declaração de inconstitucionalidade do STF não alterou diretamente a lei. Entretanto, a própria banca rendeu-se ao entendimento jurisprudencial e ANULOU a questão. Assim, para a sua PROVA, leve o entendimento de que a inafiançabilidade é INCONSTITUCIONAL DISPARO DE ARMA DE FOGO Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável. Trata-se de um crime de extrema gravidade, principalmente quando pensamos em como é comum, nos noticiários de hoje, as mortes causadas por balas perdidas INCOSTITUCIONALIDADE DO PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 15 Prof.: Pedro Ivo 27

28 Aqui valem as mesmas regras já analisadas quando tratamos do parágrafo único do art POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. O porte ilegal de arma de fogo já é uma conduta nociva à segurança da sociedade e a situação ainda é mais grave quando a arma é de uso restrito, pois, regra geral, esses objetos possuem poder ofensivo superior ao de uso permitido. As modalidades possuir, deter, portar, ter em depósito, guardar e ocultar constituem crime permanente, eis que a ação permanece no tempo, só cessando quando o agente for preso e o objeto for apreendido. As modalidades adquirir, fornecer, receber, transportar e ceder, constituem crime instantâneo porque se consumam de imediato. Art.16 [...] Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem: I Suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou artefato; O simples fato de o agente raspar o número, emblema ou qualquer sinal de identificação da arma para torná-la irreconhecível caracteriza o crime doloso que se consuma de imediato, isto é, delito instantâneo. II Modificar as características de arma de fogo, de forma a tornála equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz; Prof.: Pedro Ivo 28

29 Imagine que Tício adquira uma arma de uso permitido, mas, por ser um experiente armeiro, modifica completamente o equipamento, tornando-a uma arma muito mais potente, equivalente a uma arma de uso proibido. Entretanto, a fim de tentar evitar futuros problemas, mantêm a aparência original da arma, a fim de impedir o reconhecimento por autoridades. Neste caso, claramente, poderá ser enquadrado no inciso II do artigo 16. Realmente, a arma descaracterizada torna difícil a correta identificação e, consequentemente, poderá induzir ao erro a autoridade policial, o perito e o juiz. O crime é instantâneo, punido a título de dolo, não admitindo a modalidade de culpa. III Possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar; Possuir e deter são modalidades de crime permanente porque a ação se prolonga no tempo. Fabricar e empregar caracterizam delito instantâneo porque ocorre a consumação de imediato. Se após fabricar o agente mantém o artefato em depósito para uso futuro ou comercialização, caso não tenha licença e autorização, configurará um crime permanente enquanto o objeto estiver na posse do agente. O crime é inafiançável. IV Portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado; Portar, adquirir, transportar e fornecer são crimes instantâneos. Possuir caracteriza crime permanente. São crimes dolosos, não admitindo a modalidade de culpa. V Vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente; A criança e o adolescente são amparados pela Lei nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente). Quem vende, entrega ou fornece, ainda que gratuitamente, arma de fogo, munição ou explosivo a criança ou adolescente, além de cometer essas modalidades de crime, comete também o crime de corrupção de menores, previsto na Lei nº 2.252/54. Prof.: Pedro Ivo 29

30 É um crime punido a título de dolo, de ação pública incondicionada e inafiançável. VI Produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo. A autorização para produzir, recarregar, reciclar munição ou explosivo tem que ser requerida ao Comando do Exército, que tem a missão de fiscalizar sobre material bélico, seja qual for sua natureza. Atente para o fato de que o explosivo que configurará o delito é aquele efetivamente perigoso, que possa causar perigo à coletividade. Desta forma, caro aluno, não precisa ter medo de soltar um rojão em uma festa junina e nem proíba seu filho de brincar com bombinhas e estalinhos. OBS: Não precisa ter medo de ser preso, mas quanto ao fato de perder um ou dois dedos... Não é culpa minha!!! Tratam-se de modalidades de crime instantâneo, punível a título de dolo e inafiançável. O crime é de ação pública incondicionada COMÉRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. (grifo nosso) Este, juntamente com o tráfico internacional de arma de fogo, é o delito mais rigorosamente punido pelo Estatuto. É um crime praticado por pessoas que exercem ilegalmente o comércio ou indústria de armas de fogo, acessórios e munições, sendo, portanto, um crime próprio, pois o sujeito deverá estar no exercício de atividade comercial ou industrial, mesmo que informalmente. A Lei considera equiparado à atividade comercial e industrial qualquer forma de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em residência. Exemplo: O armeiro que conserta e comercializa armas sem autorização vai ser penalizado com pena de reclusão de 4 a 8 anos e multa. Prof.: Pedro Ivo 30

31 A penalização para o tráfico foi um avanço trazido pela Lei em questão, pois antes ele era punido como simples porte ilegal de arma de fogo TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente: Pena - reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. Este item é outra grande inovação no nosso ordenamento jurídico, já que até então tal delito era tratado como contrabando ou facilitação de contrabando nos termos dos artigos 334 e 318 do Código Penal, respectivamente. Observe: Art. 334 Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria: Pena reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos. Art.318 Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho: Pena reclusão de 3 (três) a 8 (oito) anos. Essa ação ilícita é a grande responsável pelo elevado número de armas de fogo de uso proibido e restrito que circulam nas mãos dos criminosos em nosso país e o legislador viu-se obrigado a definir severas penas para estes crimes. Reparem que pelo Estatuto a pena para esse ilícito ficou mais rígida que a anteriormente definida no Código Penal AUMENTO DE PENA Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito. Tanto o comércio ilegal como o tráfico internacional de armas de fogo terão suas penas aumentadas da metade se a arma de fogo, acessórios ou munição forem de uso proibido ou restrito. Prof.: Pedro Ivo 31

32 Além deste caso a lei prevê outra possibilidade de aumento de pena. Veja: Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade se forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6 o, 7 o e 8 o desta Lei. Podemos resumir: TAMBÉM TERÃO A PENA AUMENTADA DA METADE OS AGENTES DAS CATEGORIAS QUE TÊM O PORTE DE ARMA AUTORIZADO EM DETERMINADOS CASOS E INCIDEM NAS SEGUINTES CONDUTAS TÍPICAS: 1. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO; 2. DISPARO DE ARMA DE FOGO; 3. PORTE OU POSSE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO E EQUIPARADOS; 4. COMÉRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO; 5. TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO LIBERDADE PROVISÓRIA Observe o dispositivo que trata da liberdade provisória: Art.21 Os crimes previstos nos arts. 16,17 e18 são insuscetíveis de liberdade provisória. Tal artigo foi declarado inconstitucional pelo STF. Observe o elucidativo Habeas Corpus julgado pelo STJ: Prof.: Pedro Ivo 32

33 PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS IMPETRADO CONTRA INDEFERIMENTO DE LIMINAR EM WRIT IMPETRADO NA ORIGEM. JULGAMENTO SUPERVENIENTE. CONHECIMENTO. POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO. INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 21 DA LEI /03 DECLARADA PELO STF. PRISÃO EM FLAGRANTE. INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE LIBERDADE PROVISÓRIA. MOTIVAÇÃO INIDÔNEA PARA RESPALDAR A CUSTÓDIA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. ORDEM CONCEDIDA. 1. A jurisprudência deste Tribunal firmou-se no sentido de que não cabe habeas corpus contra indeferimento de pedido liminar, porquanto configura indevida supressão de instância. Contudo, o posterior julgamento do writ impetrado originariamente pelo órgão colegiado autoriza o conhecimento do habeas corpus como substitutivo de recurso ordinário. 2. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao julgar a ADIN n.º 3112/DF, em 2/5/07, declarou a inconstitucionalidade do art. 21 da Lei /03, motivo pelo qual não subsiste o argumento da existência de vedação legal à concessão de liberdade provisória aos acusados da prática do crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo (Informativo 465/STF). 3. A gravidade do delito, dissociada de elementos concretos, não constitui fundamento idôneo para obstar a concessão de liberdade provisória, sendo indispensável a demonstração de ao menos um dos pressupostos autorizadores da prisão preventiva, além da prova da materialidade e dos indícios de autoria, nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal. 4. Ordem concedida para determinar a expedição de alvará de soltura ao paciente, caso não se encontre preso por outro motivo. ********************************************************************** Futuro Policial, Aqui encerramos a parte referente aos crimes. Mas professor... É muito crime!!! Tem como dar uma resumida? Claro que sim!!! Vamos esquematizar: Prof.: Pedro Ivo 33

34 CONDUTA DESCRIÇÃO PENALIZAÇÃO POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO: Quando a arma, acessório ou munição está sob a guarda, no interior da residência ou dependência desta, ou no seu local de trabalho. Detenção de 1 a 3 anos e multa. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO É crime portar, deter, adquirir, fornecer, ter em depósito, transportar, ceder, emprestar, remeter, ocultar, manter arma de fogo, acessório ou munição sem autorização ou em desacordo com a lei. Reclusão de 2 a 4 anos e multa. OMISSÃO DE CAUTELA Descuido que permite que o menor de 18 anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo. Detenção de 1 a 2 anos e multa. Incorrem nas mesmas penas o proprietário ou responsável que deixar de registrar ocorrência policial em 24 horas após ocorrido o fato. DISPARO DE ARMA DE FOGO Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime. Reclusão 2 a 4 anos e multa. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO É crime portar, deter, adquirir, fornecer, ter em depósito, transportar, ceder, emprestar, remeter, ocultar, manter arma de fogo, acessório ou munição sem autorização ou em desacordo com a lei. Reclusão de 3 a 6 anos e multa. COMÉRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma Reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito) anos e multa. Prof.: Pedro Ivo 34

35 utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente. Reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito) anos e multa. 3.4 DISPOSIÇÕES GERAIS ARMAS DE BRINQUEDO Temos conhecimento, na sociedade, de vários casos em que marginais entraram em casas de família ou realizaram roubos portando armas de brinquedo que pareciam verdadeiras. Visando dificultar este tipo de ação, o Estatuto do Desarmamento definiu que as armas de brinquedo são expressamente proibidas. Além disso, vedou a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de brinquedos, réplicas ou simulacros de armas de fogo que com essas possam ser confundidas. Art. 26. São vedadas a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de brinquedos, réplicas e simulacros de armas de fogo, que com estas se possam confundir. Assim, caro aluno, se cair na sua prova que a comercialização e a importação de brinquedos, réplicas e simulacros de armas de fogo SEMPRE serão proibidas no nosso país, você responderá que está??? ERRADO, pois, como quase tudo no direito, este também não é um conceito absoluto. A exceção vem no próprio artigo 26, parágrafo único, que dispõe ser possível nos casos destinados à instrução, ao adestramento ou à coleção de usuário autorizado. Prof.: Pedro Ivo 35

36 Observe: Art. 26 [...] Parágrafo único. Excetuam-se da proibição as réplicas e os simulacros destinados à instrução, ao adestramento, ou à coleção de usuário autorizado, nas condições fixadas pelo Comando do Exército. Até agora falamos da proibição, mas qual a penalização cabível neste caso? Perceba que a lei define uma conduta, mas não atribui penalização. Assim, se um indivíduo estiver com uma arma de brinquedo, vai poder ser punido? A resposta é negativa, caracterizando fato atípico. ATENÇÃO: O SIMPLES PORTE DE ARMA DE BRINQUEDO É FATO ATÍPICO PENAL. Observação: Embora óbvio, faz-se importante citar que quando falamos de armas de brinquedo não estamos tratando de algo do tipo Playstation, mas de um equipamento realmente parecido com uma arma verdadeira ENTREGA DE ARMAS DE FOGO Com a finalidade de desestimular a posse de arma de fogo, o Estatuto determinou que os possuidores e proprietários de arma de fogo registrada, ou seja, adquirida regularmente, que não a querem mais, poderão entregá-la, a qualquer tempo, recebendo recibo dado pela PF e indenização. Art. 31. Os possuidores e proprietários de armas de fogo adquiridas regularmente poderão, a qualquer tempo, entregá-las à Polícia Federal, mediante recibo e indenização, nos termos do regulamento desta Lei. Da mesma forma, aquele que possui arma de fogo não registrada também poderá entregá-la na Polícia Federal e, presumindo-se boa-fé do proprietário da mesma, ficará extinta a punibilidade de eventual posse irregular da referida arma. Prof.: Pedro Ivo 36

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale ESTATUTO DO DESARMAMENTO (CRIMES) A Lei 10.826/03 trata do Estatuto do Desarmamento Além de todas as regras referentes a armas (quem concede licenças, quem pode portar,

Leia mais

ESTATUTO DO DESARMAMENTO

ESTATUTO DO DESARMAMENTO Atenção! ESTATUTO DO DESARMAMENTO A Lei n. 10.826/2003 revogou uma antiga lei de armas, a Lei n. 9.437/1997. Até 1997, o porte ilegal de arma e demais questões relativas ao disparo de arma de fogo, exposição

Leia mais

- ESTATUTO DO DESARMAMENTO -

- ESTATUTO DO DESARMAMENTO - - ESTATUTO DO DESARMAMENTO - Edital Câmara 2014 (Polícia) item 10 - Professor: Marcos Girão - marcospascho@gmail.com Marcos Girão CONCEITOS INICIAIS DIFERENÇAS E OBJETIVOS PARA O ESTATUTO FORÇAS ARMADAS

Leia mais

LEI N /03 ESTATUTO DO DESAMAMENTO (CADASTRO ARCERVO PORTE APREENSÃO LICENÇA) AUTORIZAÇÃO PELO SINARM (EXPEDIDO PELA PF)

LEI N /03 ESTATUTO DO DESAMAMENTO (CADASTRO ARCERVO PORTE APREENSÃO LICENÇA) AUTORIZAÇÃO PELO SINARM (EXPEDIDO PELA PF) LEI N. 10.826/03 ESTATUTO DO DESAMAMENTO (CADASTRO ARCERVO PORTE APREENSÃO LICENÇA) SISTEMA NACIONAL DE ARMAS SINARM (INSTITUIDO PELO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA NO ÂMBITO DA PF) I identificar as características

Leia mais

PROJETO DE LEI. O CONGRESSO NACIONAL decreta:

PROJETO DE LEI. O CONGRESSO NACIONAL decreta: PROJETO DE LEI Altera a Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas - Sinarm e define crimes.

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº 041, DE 2018 (Do Sr. Isaac Simas)

PROJETO DE LEI Nº 041, DE 2018 (Do Sr. Isaac Simas) PROJETO DE LEI Nº 041, DE 2018 (Do Sr. Isaac Simas) Dispõe sobre a permissão aos civis a posse e o porte de armas de fogo, mediante aprovação da Polícia Federal e outras condições e revoga a Lei nº 10.826,

Leia mais

Sumário. Introdução, 1. 1 Sistema Nacional de Armas (SINARM), 3 2 Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (SIGMA), 5

Sumário. Introdução, 1. 1 Sistema Nacional de Armas (SINARM), 3 2 Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (SIGMA), 5 Sumário Introdução, 1 1 Do Sistema Nacional de Armas, 3 1 Sistema Nacional de Armas (SINARM), 3 2 Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (SIGMA), 5 2 Do Registro, 7 1 Requisitos legais para adquirir

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO PENAL E PROCESSO PENAL Legislação e Prática aula 7. Professor: Rodrigo J. Capobianco

PÓS GRADUAÇÃO PENAL E PROCESSO PENAL Legislação e Prática aula 7. Professor: Rodrigo J. Capobianco PÓS GRADUAÇÃO PENAL E PROCESSO PENAL Legislação e Prática aula 7 Professor: Rodrigo J. Capobianco ESTATUTO DO DESARMAMENTO (CRIMES) A Lei 10.826/03 trata do Estatuto do Desarmamento Além de todas as regras

Leia mais

SUMÁRIO. Capítulo I - Generalidades.

SUMÁRIO. Capítulo I - Generalidades. STJ00056864 SUMÁRIO Apresentação....... IX Capítulo I - Generalidades. I Capítulo 11 Princípios Fundamentais do Direito Penal 3 Capítulo III - Do Crime................. 7 Capítulo IV Conflito Aparente

Leia mais

LEIS ESPECIAIS PROFº MARCELO DAEMON LEIS ESPECIAIS PROFº MARCELO DAEMON 1

LEIS ESPECIAIS PROFº MARCELO DAEMON LEIS ESPECIAIS PROFº MARCELO DAEMON   1 LEIS ESPECIAIS PROFº MARCELO DAEMON WWW.CONCURSOVIRTUAL.COM.BR 1 LEI 10.826/03 ESTATUTO DO DESARMAMENTO Decreto - R105 Art. 3o Para os efeitos deste Regulamento e sua adequada aplicação, são adotadas as

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI N o 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte

Leia mais

LEI N o , DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003.

LEI N o , DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003. LEI N o 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003. DOU DE 23-12-03 Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas Sinarm, define crimes e dá outras

Leia mais

ESTATUTO DO DESARMAMENTO

ESTATUTO DO DESARMAMENTO ESTATUTO DO DESARMAMENTO Principais reflexos para as Forças Armadas e seus integrantes, decorrentes da aprovação do Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, regulamentada pelo

Leia mais

Estatuto do Desarmamento (Lei /03)

Estatuto do Desarmamento (Lei /03) Legislação Penal Extravagante Professor Samuel Silva Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03) Olá futuro(a) Policial Militar do Estado de Goiás, tudo bem? Iniciamos hoje a nossa primeira Aula de Legislação

Leia mais

Direito Penal. Estatuto do desarmamento. Lei /2003 Parte 1. Prof.ª Maria Cristina

Direito Penal. Estatuto do desarmamento. Lei /2003 Parte 1. Prof.ª Maria Cristina Direito Penal Estatuto do desarmamento. Lei 10.826/2003 Parte 1. Prof.ª Maria Cristina Lei 10.826/2003 Dispõe sobre o registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional

Leia mais

Direito Penal. Código de Trânsito

Direito Penal. Código de Trânsito Direito Penal Código de Trânsito Código de Trânsito Lei n. 9.503/97 CTB traz diversos dispositivos, na grande maioria, de natureza extrapenal. Regulamenta o trânsito, normas, infrações administrativas,

Leia mais

ESTATUTO DO DESARMAMENTO COMENTADO LEI Nº 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003.

ESTATUTO DO DESARMAMENTO COMENTADO LEI Nº 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003. ESTATUTO DO DESARMAMENTO COMENTADO LEI Nº 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003. Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas - SINARM, define

Leia mais

Estatuto do Desarmamento

Estatuto do Desarmamento SENADO FEDERAL SECRETARIA ESPECIAL DE EDITORAÇÃO E PUBLICAÇÕES SUBSECRETARIA DE EDIÇÕES TÉCNICAS Estatuto do Desarmamento a 2 EDIÇÃO - BRASÍLIA - 2004 Lei n o 10.826 de 22 de dezembro de 2003 LEI N

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI N o 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003. Texto compilado Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição,

Leia mais

ESTATUTO DO DESARMAMENTO (* regulamentado pelo decreto nº de 01 de julho de 2004)

ESTATUTO DO DESARMAMENTO (* regulamentado pelo decreto nº de 01 de julho de 2004) ESTATUTO DO DESARMAMENTO (* regulamentado pelo decreto nº 5.123 de 01 de julho de 2004) LEI Nº 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Dispõe sobre registro, posse e comercialização

Leia mais

Legislação sobre Porte de Armas REQUISITOS PARA OBTENÇÃO DE PORTE FEDERAL DE ARMA

Legislação sobre Porte de Armas REQUISITOS PARA OBTENÇÃO DE PORTE FEDERAL DE ARMA Legislação sobre Porte de Armas Aquisição de Porte de Arma Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2004. Decreto nº 5.123, de 1º de julho de 2004. REQUISITOS PARA OBTENÇÃO DE PORTE FEDERAL DE ARMA 1. Idade

Leia mais

LEI /2003 ESTATUTO DO DESARMAMENTO

LEI /2003 ESTATUTO DO DESARMAMENTO LEI 10.826/2003 ESTATUTO DO DESARMAMENTO Marcelo Fioravante Juiz Sumariante do I Tribunal do Júri 1 Comarca de Belo Horizonte - MG ART. 5º CAPUT DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL Todos são iguais perante a lei,

Leia mais

DECRETO 01, DE 2017.

DECRETO 01, DE 2017. DECRETO 01, DE 2017. Altera o Decreto nº 5.123, de 1º de julho de 2004, que regulamenta a Lei nº 10.826, de 2003, de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI N o 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003. Texto compilado Regulamento Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 11.706, DE 19 JUNHO DE 2008. Mensagem de veto Conversão da Medida Provisória nº 417, de 2008 Altera e acresce dispositivos à

Leia mais

Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos 1 de 14 19/10/2009 13:53 Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI N o 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003. Texto compilado Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição,

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI N o 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte

Leia mais

Estatuto do Desarmamento wiltonmoreira.com.br

Estatuto do Desarmamento wiltonmoreira.com.br Estatuto do Desarmamento 2 Lei n. 10.826, de 22 de dezembro de 2003. Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas Sinarm, define crimes e

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI N o 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003. Texto compilado Regulamento Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Página 1 de 14 Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI N o 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003. Texto compilado Regulamento Dispõe sobre registro, posse e comercialização

Leia mais

Legislação Penal ECA E. do Desarmamento E. Idoso E. do Torcedor

Legislação Penal ECA E. do Desarmamento E. Idoso E. do Torcedor Direito Penal Legislação Penal ECA E. do Desarmamento E. Idoso E. do Torcedor E. do Desarmamento Lei 10.826/03 Art 12: Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido,

Leia mais

III - apresentar original e cópia, ou cópia autenticada, de documento de identificação pessoal;

III - apresentar original e cópia, ou cópia autenticada, de documento de identificação pessoal; Decreto nº 6.715 (DOU de 29/12/08) Obs.: Ed.Extra Altera o Decreto nº 5.123, de 1º/07/04, que regulamenta a Lei nº 10.826, de 22/12/03, que dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo

Leia mais

ESTATUTO DO DESARMAMENTO ATUALIZADO ATÉ A MEDIDA PROVISÓRIA Nº 394 / ESTATUTO DO DESARMAMENTO

ESTATUTO DO DESARMAMENTO ATUALIZADO ATÉ A MEDIDA PROVISÓRIA Nº 394 / ESTATUTO DO DESARMAMENTO ESTATUTO DO DESARMAMENTO ATUALIZADO ATÉ A MEDIDA PROVISÓRIA Nº 394 / 20.09.2007 ESTATUTO DO DESARMAMENTO www.soleis.adv.br DEC. Nº 5.123/1º.07.2004 (Regulamentação) LEI N 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003

Leia mais

Lei /03 Desarmamento

Lei /03 Desarmamento 1. Ano: 2016 Banca: MPE-SC Órgão: MPE-SC Prova: Promotor de Justiça - Matutina O tipo penal do art. 15 da Lei n. 10.826/03 (Estatuto do Desarmamento) prevê pena de reclusão e multa para a conduta de disparar

Leia mais

Prof. Marco Albuquerque SUMÁRIO. I. ESTATUTO DO DESARMAMENTO (Lei nº /2003) Dec. nº 5.123/ Questões de Concurso da PF...

Prof. Marco Albuquerque SUMÁRIO. I. ESTATUTO DO DESARMAMENTO (Lei nº /2003) Dec. nº 5.123/ Questões de Concurso da PF... SUMÁRIO I. ESTATUTO DO DESARMAMENTO (Lei nº 10.826/2003)... 02 Dec. nº 5.123/2004... 13 Questões de Concurso da PF... 24 II. TORTURA (Lei nº 9.455/97)... 25 Questões de Concurso da PF... 26 III. DROGAS

Leia mais

PORTE DE TRÂNSITO PARA ATIRADOR DESPORTIVO É LEI

PORTE DE TRÂNSITO PARA ATIRADOR DESPORTIVO É LEI PORTE DE TRÂNSITO PARA ATIRADOR DESPORTIVO É LEI 1 F I C A AUTORIZADO O T R A N S P O R T E D E U M A A R M A D E P O R T E, D O A C E R V O DE T I R O D E S P O R T I V O, MUNICIADA P O R T A R I A N

Leia mais

Decreto nº xxxxxxxxxx de xx de janeiro de 2019

Decreto nº xxxxxxxxxx de xx de janeiro de 2019 Decreto nº xxxxxxxxxx de xx de janeiro de 2019 Altera o Decreto n o 5.123, de 1 o de julho de 2004, que regulamenta a Lei n o 10.826, de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre registro, posse e comercialização

Leia mais

Lei nº , de 22 de dezembro de 2003 Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas

Lei nº , de 22 de dezembro de 2003 Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003 Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas Sinarm, define crimes e dá outras providências. O PRESIDENTE

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI N o 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003. Texto compilado Regulamento Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo

Leia mais

Legislação Aplicada à Polícia Federal Prof. Joerberth Nunes

Legislação Aplicada à Polícia Federal Prof. Joerberth Nunes Agente Administrativo Legislação Aplicada à Polícia Federal Prof. Joerberth Nunes Legislação Aplicada à Polícia Federal Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Edital LEGISLAÇÃO APLICADA

Leia mais

Direito Penal. Lei do Desarmamento (Lei nº /03) Professor Joerberth Nunes.

Direito Penal. Lei do Desarmamento (Lei nº /03) Professor Joerberth Nunes. Direito Penal Lei do Desarmamento (Lei nº 10.826/03) Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal LEI DO DESARMAMENTO (LEI Nº 10.826/03) O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que

Leia mais

Concurso Público 2017

Concurso Público 2017 Concurso Público 2017 Conteúdo Lei nº 10.826/2003 e alterações (Estatuto do Desarmamento). Lei nº 7.716/1989 e alterações (crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor). Lei nº 5.553/1968 (apresentação

Leia mais

Saiba Mais. Perguntas frequentes 15/

Saiba Mais. Perguntas frequentes 15/ Saiba Mais Perguntas frequentes 15/08 2015 1) O que é o recadastramento das armas de fogo? A Lei 10.826/2003, conhecida como o Estatuto do Desarmamento, prevê em seu art. 5º, 3º que o proprietário de arma

Leia mais

TESTE RÁPIDO LEGISLAÇÃO APLICADA A POLÍCIA FEDERAL

TESTE RÁPIDO LEGISLAÇÃO APLICADA A POLÍCIA FEDERAL TESTE RÁPIDO LEGISLAÇÃO APLICADA A POLÍCIA FEDERAL Lei 6.815/80 (Estatuto do Estrangeiro) 1- (PF/2013/Escrivão) Julgue o item abaixo, a respeito da deportação de estrangeiro prevista na Lei n.º 6.815/1980.

Leia mais

Presidência da República Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Subchefia para Assuntos Jurídicos 1 Presidência da República Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO Nº 2.222, DE 8 DE MAIO DE 1997. Regulamenta a Lei nº 9.437, de 20 de fevereiro de 1997, que "institui o Sistema Nacional de Armas -

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO Projeto de Lei n º 2.787, de 1.997 Dispõe sobre o porte de armas, venda e comercialização de material bélico, define crimes e dá outras providências. O CONGRESSO

Leia mais

26/09/2018 LEI DE CRIMES HEDIONDOS ESQUEMATIZADA LEI N DE 25 DE JULHO DE 1990 PROF. MARCOS GIRÃO

26/09/2018 LEI DE CRIMES HEDIONDOS ESQUEMATIZADA LEI N DE 25 DE JULHO DE 1990 PROF. MARCOS GIRÃO LEI DE CRIMES HEDIONDOS ESQUEMATIZADA LEI N 8.072 DE 25 DE JULHO DE 1990 PROF. MARCOS GIRÃO 1 CRIMES HEDIONDOS Legislação Penal Especial Prof. Marcos Girão O crime HEDIONDO não é aquele que no caso concreto,

Leia mais

Estatuto do DESARMAMENTO

Estatuto do DESARMAMENTO Legislação Câmara dos Deputados Estatuto do DESARMAMENTO 3 a edição Brasília 2009 Legislação Estatuto do Desarmamento 3ª edição Apresentação Ao publicar a 3ª edição do Estatuto do Desarmamento, a Câmara

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI N o 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003. Regulamento Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre

Leia mais

Lei núm , de 22 de dezembro de 2003

Lei núm , de 22 de dezembro de 2003 LEI 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003 Lei núm. 10826, de 22 de dezembro de 2003 (DOU 23.12.2003) LGL\2003\663 Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema

Leia mais

22/10/2018 ESTATUTO DO DESARMAMENTO ESQUEMATIZADO LEI N DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003 PROF. MARCOS GIRÃO

22/10/2018 ESTATUTO DO DESARMAMENTO ESQUEMATIZADO LEI N DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003 PROF. MARCOS GIRÃO ESTATUTO DO DESARMAMENTO ESQUEMATIZADO LEI N 10.826 DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003 PROF. MARCOS GIRÃO 1 CONCEITOS INICIAIS ESTATUTO DO DESARMAMENTO Prof. Marcos Girão FORÇAS ARMADAS ORGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA

Leia mais

Mini Simulado GRATUITO de Legislação Penal Extravagante. TEMA: Estatuto do Desarmamento (Lei nº /03) e Lei Maria da Penha (Lei nº 11.

Mini Simulado GRATUITO de Legislação Penal Extravagante. TEMA: Estatuto do Desarmamento (Lei nº /03) e Lei Maria da Penha (Lei nº 11. Mini Simulado GRATUITO de Legislação Penal Extravagante TEMA: Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/03) e Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06) 1. O agente encontrado portando arma de uso permitido com

Leia mais

ESTATUTO DO DESARMAMENTO (LEI / 03)

ESTATUTO DO DESARMAMENTO (LEI / 03) ESTATUTO DO DESARMAMENTO (LEI 10.826/ 03) 1. HISTÓRICO: Até 1997, as condutas envolvendo armas de fogo eram meras contravenções penais. A Lei n. 9.437/97 Lei de Arma de Fogo as contravenções tornaram-se

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI N o 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003. Texto compilado Regulamento Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo

Leia mais

Estatuto do Desarmamento. 4 a Edição

Estatuto do Desarmamento. 4 a Edição Estatuto do Desarmamento 4 a Edição Estatuto do Desarmamento Senado Federal MESA Biênio 2013/2014 Senador Renan Calheiros PRESIDENTE Senador Jorge Viana 1 o VICE-PRESIDENTE Senador Romero Jucá 2 o VICE-PRESIDENTE

Leia mais

A segurança pública e a incolumidade pública.

A segurança pública e a incolumidade pública. resumos GráFicOs De Leis penais especiais DOs crimes e Das penas posse irregular de arma de fogo de uso permitido art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido,

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL DECISÃO Nº 454/2010 MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL CLASSE 02100 PROCESSO Nº 55168-55.2010.4.01.3400 IMPTE: MARCELO DE CASTRO CHAVES IMPDO: GENERAL COMANDANTE DO DFPC DEPARTAMENTO DE FISCALIZAÇÃO DE PRODUTOS

Leia mais

Estatuto do Desarmamento

Estatuto do Desarmamento Estatuto do Desarmamento 1. Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: MPU Prova: Técnico - Segurança Institucional - Com referência ao Estatuto do Desarmamento, julgue o item subsecutivo. Se uma pessoa for flagrada

Leia mais

BB +BACEN + CEF. Teoria e Noções de Segurança Estatuto do Desarmamento. Prof. Marco Albuquerque

BB +BACEN + CEF. Teoria e Noções de Segurança Estatuto do Desarmamento. Prof. Marco Albuquerque ESTATUTO DO DESARMAMENTO LEI No 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003. Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas Sinarm, define crimes e dá

Leia mais

2ª REGIÃO MILITAR "REGIÃO DAS BANDEIRAS"

2ª REGIÃO MILITAR REGIÃO DAS BANDEIRAS 2ª REGIÃO MILITAR "REGIÃO DAS BANDEIRAS" OBJETIVOS Apresentar os trabalhos desenvolvidos pela Subseção de Armamento (S Seç Armt) do SFPC2; Nivelar conhecimento com integrantes da Rede FPC; Apresentar os

Leia mais

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO Publicado em: 22/05/2019 Edição: 97 Seção: 1 Página: 2 Órgão: Atos do Poder Executivo RETIFICAÇÃO DECRETO Nº 9.785, DE 7 DE MAIO DE 2019 Regulamenta a Lei nº 10.826, de 22 de dezembro

Leia mais

PORTARIA Nº COLOG, DE 26 DE AGOSTO DE 2009

PORTARIA Nº COLOG, DE 26 DE AGOSTO DE 2009 MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO COMANDO LOGÍSTICO PORTARIA Nº 012 - COLOG, DE 26 DE AGOSTO DE 2009 Regulamenta os art. 2º e 4º da Portaria Normativa nº 1.811/MD, de 18 de dezembro de 2006, sobre

Leia mais

Apostila para Candidatos Teste MEAF CETTAS - Carabina Tipo Puma / Winchester 92/94 Calibres. 38 Spl ou 44/40

Apostila para Candidatos Teste MEAF CETTAS - Carabina Tipo Puma / Winchester 92/94 Calibres. 38 Spl ou 44/40 Apostila para Candidatos Teste MEAF CETTAS - Carabina Tipo Puma / Winchester 92/94 Calibres. 38 Spl ou 44/40 NORMAS DE SEGURANÇA: 1. Somente aponte sua arma, carregada ou não, para onde pretenda atirar;

Leia mais

MINISTÉRIO DO EXÉRCITO COMANDO LOGÍSTICO

MINISTÉRIO DO EXÉRCITO COMANDO LOGÍSTICO MINISTÉRIO DO EXÉRCITO COMANDO LOGÍSTICO PORTARIA N o 02 - COLOG, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2010. Regulamenta o art. 26 da Lei nº 10.826/03 e do art. 50, IV, do Decreto nº 5.123/04, sobre réplicas e simulacros

Leia mais

ESTATUTO DO DESARMAMENTO

ESTATUTO DO DESARMAMENTO Competência: Justiça Estadual, salvo se o crime atingir interesse direto e específico da União. Observações: tráfico internacional de armas é crime de competência da Justiça Federal (STJ); porte ilegal

Leia mais

CÂMARA DOS DEPUTADOS ESTATUTO DO DESARMAMENTO

CÂMARA DOS DEPUTADOS ESTATUTO DO DESARMAMENTO CÂMARA DOS DEPUTADOS ESTATUTO DO DESARMAMENTO Brasília 2004 M E S A D A CÂMARA DOS DEPUTADOS 52 a Legislatura 2 a Sessão Legislativa 2004 Presidente: Primeiro-Vice-Presidente: Segundo-Vice-Presidente:

Leia mais

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Analista Técnico-Administrativo

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Analista Técnico-Administrativo ADENDO A1-AM173 8/7/2009 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Analista Técnico-Administrativo Direito Penal Brasília 2009 2009 Vestcon Editora Ltda. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela

Leia mais

NORMAS QUE REGULAM AS ATIVIDADES DOS ATIRADORES

NORMAS QUE REGULAM AS ATIVIDADES DOS ATIRADORES PORTARIA Nº 004 - D LOG, DE 08 DE MARÇO DE 2001 Aprova as Normas que Regulam as Atividades dos Atiradores. O CHEFE DO DEPARTAMENTO LOGÍSTICO, no uso das atribuições previstas no inciso XV do art. 27 e

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RESOLUÇÃO STJ/GP N. 2 DE 3 DE MARÇO DE 2016. Regulamenta o porte de arma de fogo para os servidores que exercem funções de segurança no Superior Tribunal de Justiça. O PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE

Leia mais

Prof. Leandro Igrejas.

Prof. Leandro Igrejas. Olá! A prova de legislação especial para PRF veio do jeito que esperávamos. Alguns enunciados, contudo, merecem ressalva, conforme nossos breves comentários a seguir. Forte abraço, Prof. Leandro Igrejas.

Leia mais

Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos 1 de 20 19/10/2009 13:55 Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO Nº 5.123, DE 1º DE JULHO DE 2004. Regulamenta a Lei n o 10.826, de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre registro, posse

Leia mais

GOVERNO DO ESTADO DO ACRE POLÍCIA MILITAR DO ACRE DIVISÃO DE PATRIMÔNIO

GOVERNO DO ESTADO DO ACRE POLÍCIA MILITAR DO ACRE DIVISÃO DE PATRIMÔNIO GOVERNO DO ESTADO DO ACRE POLÍCIA MILITAR DO ACRE DIVISÃO DE PATRIMÔNIO PORTARIA N 003/DP/2010 Dispõe sobre a carga pessoal de armas de fogo, munições e coletes balísticos pertencentes ao patrimônio da

Leia mais

ESTATUTO DO DESARMAMENTO CARREIRAS POLICIAS LEI Nº /2003 CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS PÚBLICOS

ESTATUTO DO DESARMAMENTO CARREIRAS POLICIAS LEI Nº /2003 CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS PÚBLICOS CARREIRAS POLICIAS LEI Nº 10.826/2003 CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS PÚBLICOS Professor Edvaldo Sampaio Email:edconcursos@hotmail.com.br Contato: 9 9669 9337 Av. Rio Branco, nº 109, 1º andar, ao lado

Leia mais

Estatuto do Desarmamento 2ª Edição

Estatuto do Desarmamento 2ª Edição Legislação Estatuto do Desarmamento 2ª Edição Apresentação O Estatuto do Desarmamento é fruto de debate no Congresso Nacional, com a participação de diversos segmentos da sociedade. Aprovado no final de

Leia mais

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Dos crimes praticados contra crianças e adolescentes Arts. 225 a 244-B, ECA. Atenção para os delitos dos arts. 240 a 241 (A, B, C, D e E), bem como 244-B. Est. do Desarmamento

Leia mais

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 224, DE 2010

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 224, DE 2010 SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 224, DE 2010 Altera o art. 14 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, para determinar como causa de aumento de pena do crime de porte ilegal de arma de fogo

Leia mais

NOTA INFORMATIVA Nº 2.290, DE 2019

NOTA INFORMATIVA Nº 2.290, DE 2019 Consultoria Legislativa NOTA INFORMATIVA Nº 2.290, DE 2019 Referente à STC nº 2019-05425, do Gabinete da Liderança do Rede Sustentabilidade, que requer análise do Decreto nº 9.785, de 7 de maio de 2019,

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO PENAL E PROCESSO PENAL Legislação e Prática. Professor: Rodrigo J. Capobianco

PÓS GRADUAÇÃO PENAL E PROCESSO PENAL Legislação e Prática. Professor: Rodrigo J. Capobianco PÓS GRADUAÇÃO PENAL E PROCESSO PENAL Legislação e Prática Professor: Rodrigo J. Capobianco LEGISLAÇÃO ESPECIAL LEI DE DROGAS * A Lei 11.343/06 trata do assunto drogas ilícitas A mencionada lei pode ser

Leia mais

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO Publicado em: 25/06/2019 Edição: 120-A Seção: 1 - Extra Página: 6 Órgão: Atos do Poder Executivo DECRETO Nº 9.845, DE 25 DE JUNHO DE 2019 Regulamenta a Lei nº 10.826, de 22 de dezembro

Leia mais

SÉRGIO BAUTZER LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE

SÉRGIO BAUTZER LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE SÉRGIO BAUTZER LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE 1. Quem vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente, segundo o Estatuto do Desarmamento,

Leia mais

DECRETO Nº 5.123, DE 1º DE JULHO DE 2004.

DECRETO Nº 5.123, DE 1º DE JULHO DE 2004. DECRETO Nº 5.123, DE 1º DE JULHO DE 2004. Regulamenta a Lei n o 10.826, de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 128, DE 2005

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 128, DE 2005 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 128, DE 2005 Estabelece normas para o funcionamento de empresas privadas que exploram os serviços de vigilância comunitária de áreas residenciais. O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Leia mais

ASSUNTO: Encaminhamento de minuta de inclusão de cautela de arma de fogo aos AEVPs

ASSUNTO: Encaminhamento de minuta de inclusão de cautela de arma de fogo aos AEVPs OFÍCIO Nº 082/2014 Campinas, 12 de Agosto de 2014. AO EXMO. SENHOR DR. LOURIVAL GOMES SECRETÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO ASSUNTO: Encaminhamento de minuta de inclusão de cautela

Leia mais

Direito Penal. Lei de drogas Lei /2006. Parte 2. Prof.ª Maria Cristina

Direito Penal. Lei de drogas Lei /2006. Parte 2. Prof.ª Maria Cristina Direito Penal Lei de drogas Lei 11.343/2006. Parte 2. Prof.ª Maria Cristina DOS CRIMES E DAS PENAS Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer,

Leia mais

Direito Penal. Lei de drogas Lei /2006. Parte 3. Prof.ª Maria Cristina

Direito Penal. Lei de drogas Lei /2006. Parte 3. Prof.ª Maria Cristina Direito Penal Lei de drogas Lei 11.343/2006. Parte 3. Prof.ª Maria Cristina Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar

Leia mais

1. Questões Prova - Escrivão PC PR

1. Questões Prova - Escrivão PC PR 1. Questões Prova - Escrivão PC PR 2018... 2 Questões de Legislação Específica para a PC PR/2018 1 1. QUESTÕES PROVA - ESCRIVÃO PC PR 2018 2. [COPS/UEL ESCRIVÃO DE POLÍCIA - PC PR - 2018] Assinale a alternativa

Leia mais

RECOMENDAÇÃO N.º 01/ NCAP

RECOMENDAÇÃO N.º 01/ NCAP RECOMENDAÇÃO N.º 01/2011 - NCAP O MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS, por intermédio dos Promotores de Justiça signatários, em exercício nas Promotorias de Justiça de Controle Externo

Leia mais

Livro Eletrônico Aula 00 Legislação Penal Especial p/ Promotor de Justiça 2018 (Curso Regular)

Livro Eletrônico Aula 00 Legislação Penal Especial p/ Promotor de Justiça 2018 (Curso Regular) Livro Eletrônico Aula 00 Legislação Penal Especial p/ Promotor de Justiça 2018 (Curso Regular) Professor: Paulo Guimarães AULA 00 ESTATUTO DO DESARMAMENTO (LEI N.º 10.826/03). Sumário Sumário... 1 1 -

Leia mais

Livro Eletrônico. Aula 00. Legislação Aplicada à PF p/ Polícia Federal (Agente Administrativo) Com videoaulas

Livro Eletrônico. Aula 00. Legislação Aplicada à PF p/ Polícia Federal (Agente Administrativo) Com videoaulas Livro Eletrônico 00 Professores: Girão, Marcus Santos, Paulo Marcus Santos, Paulo 1 - Considerações Iniciais... 2 2 - Estatuto do Desarmamento (Lei n. 10.826/03)... 4 2.1 - Sistema Nacional de Armas (Sinarm)...

Leia mais

Dubiedade De Interpretação No Código Penal Artigo 251, 1º

Dubiedade De Interpretação No Código Penal Artigo 251, 1º BuscaLegis.ccj.ufsc.br Dubiedade De Interpretação No Código Penal Artigo 251, 1º Paulo Roberto Felipe Marques Estudante de Direito da Faculdade de Estudos Administrativos de Minas Gerais. Assessor de Inteligência

Leia mais

TÍTULO I DO USO DA ARMA DE FOGO

TÍTULO I DO USO DA ARMA DE FOGO DECRETO nº 510, de 22 de maio de 2015. Regulamenta o uso de arma de fogo de calibre permitido pelo Guarda Municipal de Contagem e dá outras providências. O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE CONTAGEM, no uso de

Leia mais

Livro Eletrônico Aula 00 Legislação Extravagante p/ PM-PB e CBM-PB (Soldado e Bombeiro)

Livro Eletrônico Aula 00 Legislação Extravagante p/ PM-PB e CBM-PB (Soldado e Bombeiro) Livro Eletrônico Aula 00 Legislação Extravagante p/ PM-PB e CBM-PB (Soldado e Bombeiro) Professor: Paulo Guimarães Aula 00 AULA 00 LEI Nº 10.826/03 (ESTATUTO DO DESARMAMENTO). Sumário Sumário... 1 1 -

Leia mais

COMANDO LOGÍSTICO PORTARIA N º 142-COLOG, DE 30 NOVEMBRO 2018

COMANDO LOGÍSTICO PORTARIA N º 142-COLOG, DE 30 NOVEMBRO 2018 COMANDO LOGÍSTICO PORTARIA N º 142-COLOG, DE 30 NOVEMBRO 2018 Dispõe sobre a aquisição de armas de fogo e de munições de uso restrito, na indústria, por integrantes de categorias profissionais e revoga

Leia mais

Atos do Poder Executivo DECRETO Nº 9.785, DE 7 DE MAIO DE 2019

Atos do Poder Executivo DECRETO Nº 9.785, DE 7 DE MAIO DE 2019 Atos do Poder Executivo DECRETO Nº 9.785, DE 7 DE MAIO DE 2019 Regulamenta a Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, para dispor sobre a aquisição, o cadastro, o registro, a posse, o porte e a comercialização

Leia mais

Pós Penal e Processo Penal. Legale

Pós Penal e Processo Penal. Legale Pós Penal e Processo Penal Legale LEI DE DROGAS * A Lei 11.343/06 trata do assunto drogas ilícitas A mencionada lei pode ser dividida em três partes: - Sistema de combate ao uso de drogas - Crimes - Procedimento

Leia mais

Livro Eletrônico. Aula 00. Legislação Penal Extravagante p/ PC-ES (Escrivão) Com videoaulas

Livro Eletrônico. Aula 00. Legislação Penal Extravagante p/ PC-ES (Escrivão) Com videoaulas Livro Eletrônico Professores: 1 - Considerações Iniciais... 2 2 - Estatuto do Desarmamento (Lei n. 10.826/03)... 4 2.1 - Sistema Nacional de Armas (Sinarm)... 5 2.2 - Do Registro... 8 2.3 - Do Porte...10

Leia mais

Livro Eletrônico Aula 00 Legislação Especial p/ Polícia Federal (Papiloscopista) Com videoaulas

Livro Eletrônico Aula 00 Legislação Especial p/ Polícia Federal (Papiloscopista) Com videoaulas Livro Eletrônico Aula 00 Legislação Especial p/ Polícia Federal (Papiloscopista) Com videoaulas Professor: Paulo Guimarães AULA 00 LEI Nº 10.826/2003: ESTATUTO DO DESARMAMENTO (APENAS ASPECTOS PENAIS E

Leia mais

PORTARIA Nº 28 - COLOG, DE 14 DE MARÇO DE EB: /

PORTARIA Nº 28 - COLOG, DE 14 DE MARÇO DE EB: / MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO COMANDO LOGÍSTICO DEPARTAMENTO MARECHAL FALCONIERI PORTARIA Nº 28 - COLOG, DE 14 DE MARÇO DE 2017. EB: 64474.001474/2017-31 Altera a Portaria nº 51- COLOG, de 8

Leia mais

SESSÃO DA TARDE PENAL E PROCESSO PENAL LEI DE DROGAS TRÁFICO E PORTE - DEFESAS. Prof. Rodrigo Capobianco

SESSÃO DA TARDE PENAL E PROCESSO PENAL LEI DE DROGAS TRÁFICO E PORTE - DEFESAS. Prof. Rodrigo Capobianco SESSÃO DA TARDE PENAL E PROCESSO PENAL LEI DE DROGAS TRÁFICO E PORTE - DEFESAS Prof. Rodrigo Capobianco A Lei 11.343/06 substituiu a antiga lei de drogas (Lei 6368/76) A mencionada lei pode ser dividida

Leia mais