Palavras-chave: Morfologia; Sintaxe; Verbos Denominais; Parassíntese; Estruturas Depreposicionais.

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1 VERBOS DENOMINAIS PARASSINTÉTICOS COM PREFIXO EM-/EN- NO PORTUGUÊS DO BRASIL BASSANI, Indaiá de Santana 1 Mestrado/Universidade de São Paulo - FAPESP bassani@usp.br Resumo: Dentre a classe geral dos Verbos Denominais há uma subclasse de formações parassintéticas formada por diversos prefixos e sufixos. Dentre os parassintéticos, estão aqueles iniciados pelo prefixo em-/en- que apresenta homofonia com a preposição em que expressa, sobretudo, local e tempo em português. A pergunta que se coloca, então, é se esses prefixos carregam valores relacionais, ou seja, de preposição. No presente artigo, são analisados quatro verbos parassintéticos do português do Brasil iniciados pelo prefixo em-/en-: enfrentar, enfeitiçar, engarrafar e engavetar. Com base na análise de Hale & Keyser (2002) para estruturas location e locatum, concluímos que três desses verbos configuram estruturas verbais complexas nucleadas por uma preposição prefixal, que é responsável pela projeção da estrutura argumental desses verbos. Entretanto, o verbo enfrentar, que possui a mesma formação com o prefixo em-/en-, não apresenta comportamento de estrutura depreposicional. Para esse caso, uma outra análise deve ser sugerida. Palavras-chave: Morfologia; Sintaxe; Verbos Denominais; Parassíntese; Estruturas Depreposicionais. Introdução Neste trabalho, são analisados alguns verbos parassintéticos do português do Barsil iniciados pelo prefixo em-/en-. Com base na análise de Hale & Keyser (2002) para estruturas location e locatum do inglês, concluímos que parte desses verbos configuram estruturas verbais complexas nucleadas por uma preposição prefixal. Esta preposição em forma de prefixo é responsável pela projeção da estrutura argumental desses verbos. Entretanto, há outros verbos, que apesar de possuírem a mesma formação com o prefixo em-/en-, não apresentam comportamento de estruturas depreposicionais. 1 Departamento de Lingüística da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (DL/FFLCH-USP). Este artigo faz parte da pesquisa de mestrado em andamento intitulada Formação e Interpretação dos Verbos Denominais do Português do Brasil. FAPESP 2007/0204-6

2 1. Verbos Denominais Parassintéticos do Português do Brasil Uma palavra é denominal quando é derivada a partir de um nome, podendo ser esse nome pertencente à categoria de substantivo ou adjetivo 2. Logo, o verbo denominal (VD) é aquele que se forma a partir da junção de afixos verbalizadores a um nome. A Gramática Normativa (Bechara, 2002) aponta I e II como características gerais dos Verbos Denominais (Doravante, VDs) no Português do Brasil (PB): I. São formados por derivação sufixal (substantivo + sufixo): a. perfume + -ar > perfumar b. esquema + -izar > esquematizar c. salto + -itar > saltitar. II. São formados por derivação parassintética (prefixo + substantivo + sufixo): a. en- + tarde + -ecer > entardecer b. en- + caixote + -ar > encaixotar c. em- + pacote + -ar > empacotar. Em Bassani (em andamento), são apresentadas algumas descrições a partir de um corpus de Verbos Denominais selecionado do Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa. Vejamos parte da análise descritiva sobre a distribuição das formações morfológicas dos VDs baseada em uma amostra de verbos: Gráfico 1.1. Tipo de Formação 2 Apesar de alguns autores usarem o título de denominal para verbos derivados tanto de substantivos como de adjetivos, manteremos a denominação deadjetival para aqueles que derivam de adjetivos e denominal para aqueles que derivam de substantivos.

3 Gráfico 1.2. Prefixos envolvidos na formação Gráfico 1.. Sufixos envolvidos na formação

4 As análises descritivas dos dados mostram que 5% dos verbos estudados são formações parassintéticas, sendo que destes 561 verbos são formados pelo prefixo em- /en As formações parassintéticas com prefixos em-/en-. Dentre os verbos parassintéticos, uma grande parte dos prefixos é do tipo em- (561 verbos). É fato que o prefixo em- apresenta homofonia e homografia com a preposição em, que expressa, sobretudo, local e tempo em português, mas a pergunta que se coloca é se há realmente nessas formações parassintéticas um prefixo preposicional, ou seja, se essa formação parassintética é constituída de uma preposição, uma base e um sufixo ou se esses prefixos perderam o valor de preposição. Nesse trabalho, selecionamos uma pequena subamostra de verbos denominais parassintéticos iniciados pelo prefixo em- a fim de investigar como essas formações complexas se comportam estruturalmente. Escolhemos os quatro seguintes verbos: enfrentar, enfeitiçar, engavetar e engarrafar. Esses verbos, apesar de morfologicamente idênticos, apresentam comportamento sintático distinto, o que parece indicar que se tratam de formações estruturais distintas, como veremos adiante. Para identificar estruturas depreposicionais, faremos uso do modelo de sintaxelexical de Hale & Keyser (2002) (daqui em diante, H&K). Esse modelo apresenta testes e análises para dados de diversas línguas em que parece haver uma formação complexa em que uma preposição é parte da estrutura argumental do verbo. 2. O modelo de Estrutura Argumental de Hale & Keyser (2002) e as formações depreposicionais H&K apresentam um modelo teórico que pretende apreender as possíveis estruturas argumentais de qualquer tipo de verbo em qualquer língua. A grande inovação desse modelo está em que os autores acreditam que o comportamento de determinados verbos pode ser explicado pelo seu tipo de estrutura argumental. Entende-se por estrutura argumental as configurações sintáticas e/ou estruturais projetadas por um item lexical. Deste ponto em diante, usaremos somente a forma em para representar as duas possíveis formas do mesmo prefixo: em-/en-. As duas formas são variações ortográficas de um mesmo prefixo, a mudança ocorre em decorrência do ambiente em que é inserido.

5 O método utilizado para identificar diferentes tipos de estruturas argumentais é constituído principalmente por testes de alternância. Após realizar testes de alternância causativo-incoativa e de alternância média em dados de diversas línguas, de diferentes famílias lingüísticas, como o Inglês (Germânica), Navajo (Athabaskan), Ulwa (Misumalpan), O odham e Hopi (Uto-Astecan), H&K chegam a quatro estruturas argumentais possíveis para explicar a projeção de um item lexical nuclear por meio de operações sintáticas. Essas estruturas são chamadas de Monádica Básica, Diádica Básica, Diádica Composta e Nuclear. Abaixo, a representação para cada tipo de estrutura argumental: (1) Núcleo Núcleo Comp (2) Núcleo Spec Núcleo Núcleo Comp () Núcleo* 4 Spec Núcleo* Núcleo Comp (4) Núcleo Os autores apontam que, em inglês, verbos inergativos formados a partir de uma raiz ou de um nome (to dance, to laugh) são freqüentemente representados por estruturas monádicas. Essas estruturas também podem representar a estrutura argumental de transitivos simples, como to kick ou to throw. Por sua vez, as estruturas diádicas básicas tendem a possuir um núcleo do tipo preposicional que toma como complemento um substantivo. Essas estruturas podem ser chamadas também de depreposicionais, por terem como núcleo uma preposição que toma um núcleo nominal como seu complemento e, ainda, são conhecidas como denominais, justamente porque são derivadas, de algum modo, de um nome. É fato que preposições funcionais expressam uma relação e, por isso, pedem saturação de argumentos, projetando assim uma estrutura argumental. A estrutura diádica composta compreende a classe dos verbos inacusativos que participam da alternância causativo-incoativa da teoria gerativa padrão. Muitos trabalhos em teoria gerativa padrão assumem que, nas alternâncias causativo-incoativas, haveria um processo de intransitivização a partir de um verbo transitivo (cf. Burzio, 1981, para uma das primeiras e célebres análises desse tipo) 5. Contrariamente a essa tendência, H&K 4 O asterisco indica que há uma diferença entre a estrutura Diádica Composta e a estrutura Diádica Básica. A diferença está em que na Diádica Composta o núcleo hospedeiro projeta um especificador por exigência de seu complemento. Na estrutura diádica básica, é o próprio núcleo que exige e projeta o seu especificador. 5 Burzio (1981) sugere uma transformação sintática em que o verbo deixa de atribuir função temática ao seu argumento na posição de sujeito, detematizando-o. Assim, esse mesmo verbo não poderá atribuir Caso ao seu objeto direto, que se move para a posição de sujeito e recebe lá o seu Caso, tornando-se visível para a interpretação. Essa é a chamada Generalização de Burzio.

6 apresentam argumentos para que se assuma a forma intransitiva (inacusativa) do verbo como a básica. Evidências surgem da morfologia de línguas como o O odham, que tem uma adição de morfologia ao verbo em sua forma transitiva 6. Por fim, há uma estrutura com apenas um núcleo que não projeta argumentos. Para o inglês, e para a maior parte das línguas do mundo, o núcleo caracteriza um nome não argumental. Como exemplos simples em português, teríamos nomes como mesa ou flor, não predicativos As formações depreposicionais Como visto brevemente, a estrutura denominada Diádica Básica tende a constituir formações complexas em que uma preposição é a responsável pela projeção da estrutura argumental do verbo, ou seja, é o núcleo da formação. Vejamos novamente com mais detalhes a estrutura argumental diádica básica: (5) Núcleo Spec Núcleo Núcleo Comp Apesar de tratar-se de uma mesma estrutura depreposicional, H&K apontam que há diferentes tipos de estrutura diádica básica. Essa diferenciação se deve à natureza da preposição núcleo da estrutura. (6) V 4 A horse P N (with) saddle (7) V 4 A book P N (on) shelf 6 Exemplo da língua O odham. Os verbos hu:m (esvaziar) e ha:g (derreter) têm duas formas, uma transitiva e uma intransitiva. A forma mais simples é a intransitiva e a forma transitiva tem adição da morfologia id: hu:m > hu:mid (Esvaziar); ha:g > há:gid (Derreter).

7 É fato que preposições funcionais expressam uma relação e, por isso, pedem saturação de argumentos, projetando assim uma estrutura argumental. Essas estruturas participam da alternância média. Entretanto, há diferenças no tipo de relações que as preposições podem estabelecer. Em (6) a paráfrase do verbo é formada com a preposição with, que funciona como uma preposição de posse (O cavalo possui a cela agora, pois ficou com a cela), ao passo que a preposição em em (7) expressa local. Por esse motivo, faz-se necessária a diferenciação entre estruturas depreposicionais do tipo location (8) e do tipo locatum (9). (8) I shelved those small books. (9) He saddled a quarter horse. Os verbos como shelf têm a semântica de colocar algo em algum lugar e por isso são chamados de location. Já os verbos como saddle têm semântica de fazer algo ficar com alguma coisa, locatum. Assim, em princípio, esses verbos podem ter formas analíticas, como em e get the horse to be with a saddle. Os testes realizados por H&K para a identificação de estruturas argumentais mostram que as estruturas depreposicionais tendem a participar de alternância média, (10) e (12), e possuem expressões perifrásticas com pôr/colocar X em ( = núcleo nominal) (11) ou com colocar em X ou fazer X ficar com (1) e (14): Shelf (10) Small books shelf easily. (11) X put the books on the shelf Saddle (12) A quarter horse saddles easily. (1) Put the saddle on the horse. (14) Make the horse to be with a saddle. Na próxima seção, verificaremos se os dados de verbos denominais parassintéticos podem ser tratados em termos desse modelo.. VDs Parassintéticos com em- podem ser estruturas Depreposicionais? Ao olhar os dados do PB a partir da teoria de H&K, pode-se perceber que alguns tipos de VDs parecem poder figurar em estruturas indicadas em H&K como denominais no

8 inglês, com o interessante fato de possuírem uma morfologia aberta, diferente dos dados do inglês. A partir dos testes de alternância média e expressão perifrástica observaremos o comportamento dos verbos enfrentar, enfeitiçar, engarrafar e engavetar..1. Testes Alternância Média Os verbos selecionados parecem apresentar comportamento variado no que se refere ao teste de alternância média: (15) Os meninos enfrentaram a situação. (16) *Situações de pavor enfrentam dificilmente. (17) *Essa situação não enfrenta. (18) A índia enfeitiçou o jovem rapaz. (19) Rapaz jovem enfeitiça fácil. (20) Menina inocente enfeitiça rápido. (21) O funcionário engarrafou o vinho branco. (22) Vinho branco engarrafa bem. (2) Esse vinho não vai engarrafar (pois está muito grosso). (24) A secretária engavetou o processo de cassação. (25) Processo de cassação engaveta rapidinho. (26) Essas pastas grandes não engavetam fácil. Os dados de alternância do verbo enfrentar mostram um comportamento diferente em relação aos outros verbos. Esse verbo não permite a realização de alternância média, enquanto os verbos enfeitiçar, engarrafar e engavetar podem formar boas sentenças nessa alternância. Expressões Perifrásticas (27) Os meninos enfrentaram a situação.

9 (28) *Os meninos colocaram frente na situação. (29) *Os meninos fizeram a situação ficar com frente. (0) Os meninos fizeram frente à situação. (1) A índia enfeitiçou o jovem rapaz. (2) A índia colocou um feitiço no jovem rapaz. () A índia fez o jovem rapaz ficar com um feitiço. (4) O funcionário engarrafou o vinho. (5) O funcionário colocou o vinho nas garrafas. (6) *O funcionário fez o vinho ficar com as garrafas. (7) A secretária engavetou o processo de cassação. (8) A secretária pôs o processo de cassação na gaveta. (9) *A secretária fez a gaveta ficar com os processos de cassação. Novamente, os verbos morfologicamente idênticos apresentam comportamento heterogêneo em relação ao teste. Levando-se em consideração os dois testes de identificação de estruturas depreposicionais, vemos que o verbo enfrentar se comporta de modo contrário ao que se esperaria. Esse verbo não participa de alternância média, (16) e (17), e não forma as paráfrases típicas de estruturas location e locatum (28) e (29). Por sua vez, o verbo enfeitiçar responde positivamente aos testes, forma sentenças médias, como em (19) e (20), e apresenta paráfrases típicas de verbos do tipo locatum, como se pode observar em (2) e (). Os verbos engarrafar e engavetar apresentam comportamento muito parecido. Ambos podem alternar em sentenças como em (22), (2), (25) e (26) e possuem expressões perifrásticas que indicam uma estrutura do tipo location (5) e (8). Neste momento, podemos tentar responder à pergunta introduzida por essa seção: VDs Parassintéticos com em- podem ser estruturas Depreposicionais? A resposta é sim, podem ser estruturas depreposicionais, como parece ser o caso de engarrafar, enfeitiçar e engavetar, mas aos verbos em em não são necessariamente sempre depreposicionais, como ocorre com o verbo enfrentar, cujo prefixo em- não parece atuar sincronicamente como preposição.

10 .2. Estruturas depreposicionais com em- no PB Agora, podemos dar um tratamento estrutural aos verbos enfeitiçar, engarrafar e engavetar em termos do modelo de H&K. Assumimos as seguintes representações para as estruturas argumentais desses verbos 7 : Para engarrafar e engavetar, assumimos a estrutura diádica básica do tipo location. Mostraremos a estrutura com o verbo engarrafar: (40) Formação antes de conflation 8 V 2 -ar 2 Vinho 2 P N em- garrafa (41) Formação após conflation V 2 engarrafar 2 vinho 2 P N (42) Expressão Perifrástica V 2 Colocar 2 Vinho 2 P N em- garrafa Para o verbo enfeitiçar, assumimos a estrutura também diádica básica, mas do tipo locatum: 7 A representação está simplificada de modo a mostrar somente a projeção do núcleo lexical do verbo e não os argumentos da sintaxe, como o argumento externo. 8 A operação conflation faz-se necessária para explicar casos em que o núcleo de um complemento fonologicamente deficiente se incorpora/funde ao núcleo fonologicamente pleno que é selecionado. Por fonologicamente deficiente, entendam-se núcleos vazios ou afixais.

11 (4) Formação antes de conflation V 2 -ar 2 Jovem 2 P N em- feitiço (44) Formação após conflation V 2 enfeitiçar 2 jovem 2 P N (45) Expressão Perifrástica V 2 ficar 2 jovem 2 P N com feitiço No entanto, o verbo enfeitiçar traz uma questão intrigante. Ele possui uma expressão perifrástica que parece indicar uma estrutura do tipo location, retomada em (46). (46) A índia colocou um feitiço no jovem rapaz. Contudo, a semelhança é aparente. Na paráfrase para location, a raiz do nome formador do verbo é o argumento da preposição locativa, como em engavetar, que pode ser parafraseado por colocar DP em gavet. Já na paráfrase para enfeitiçar, o argumento externo do verbo enfeitiçar é que funciona como argumento da preposição locativa: colocar feitiç em DP (sendo DP=jovem rapaz). 4. Conclusões e questões Como visto, nem todos os VDs parassintéticos formados pela preposição em- podem ser considerados estruturas depreposicionais em uma análise sincrônica. O verbo enfrentar, apesar de ter sido historicamente formado pela junção do prefixo em- e do sufixo ar a uma base nominal, sofreu algum tipo de alteração ao longo do tempo que fez com que seu prefixo não funcionasse mais como uma preposição, como um relacionador. Não iremos nos aprofundar na busca de uma análise estrutural para o verbo enfrentar no presente trabalho. Deixamos essa questão para a continuidade da pesquisa.

12 Finalmente, foi possível observar que VDs parassintéticos podem ser estruturas depreposicionais, tanto do tipo location (engavetar, engarrafar) quanto do tipo locatum (enfeitiçar), com o interessante fato de possuírem uma morfologia aberta para a preposição, diferentemente dos casos de estruturas depreposicionais do inglês. 5. Referências Bibliográficas Bassani, Indaiá de Santana. Formação e Interpretação dos Verbos Denominais do português do Brasil. Departamento de Lingüística da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Dissertação de mestrado (em andamento). Bechara, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Lucerna, Burzio, Luigi. Intransitive Verbs in Tese de Doutorado. MIT Italian Auxiliaries, Hale, Ken. & J. Keyser. Prolegomenon to a theory of argument structure. MIT Press, Houaiss, Antonio. Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

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