DIREITO PENAL 1) APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO ESPAÇO: Art. 5º, CP este princípio é relativo, uma vez que há as exceções.

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1 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Aplicação da Lei Penal no Espaço PONTO 2: Lugar do crime locus delicti PONTO 3: Extraterritorialidade PONTO 4: Tribunal Penal Internacional PONTO 5: Conflito aparente de normas 1) APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO ESPAÇO: Regra: Princípio da Territorialidade Temperada. Territorialidade Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. Art. 5º, CP este princípio é relativo, uma vez que há as exceções. Os demais princípios são subsidiários, tais como: 1) Nacionalidade ou personalidade: - ativa: se aplica a lei da nacionalidade do agente, independentemente da nacionalidade da vítima. - passiva: segundo qual, somente é aplicada a lei da nacionalidade do agente se ele ofender bem jurídico de um co-cidadão ou do seu próprio país. 2) Defesa, proteção ou real: Aplica-se a lei da nacionalidade do bem jurídico ofendido ou exposto a risco. 3) Justiça Penal Universal ou Justiça Penal Cosmopolita ou da Universalidade: Aplica-se a lei da nacionalidade do lugar em que se encontrar o agente. É muito invocado esse princípio no combate de tráfico internacional de drogas. 4) Representação, substituição, bandeira ou pavilhão: crime. Aplica-se a Lei da nacionalidade do meio de transporte privado em que praticado o

2 2 Território nacional - conceito: a) jurídico: um espaço onde o estado o exerce de forma plena a sua soberania. b) real: - superfície terrestre (solo e subsolo); - águas territoriais; - espaço aéreo correspondente (art do Código Brasileiro da Aeronáutica que consagra a teoria da absoluta soberania do país adjacente). c) Ficto ou por presunção: as embarcações e aeronaves. (Art. 5º, 1º e 2º, CP). Obs: as sedes diplomáticas não são mais território nacional por ficção. A Convenção de Viena apenas estabelece a inviolabilidade da embaixada. Art. 5º, 1º e 2º, CP: 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. Se o meio de transporte é brasileiro, é publico ou está a serviço do Brasil, é território em qualquer lugar em que se encontre. Se for embarcação mercante ou privada se utilizará a lei do lugar em que estiver, ou seja, estrangeira. 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. - Mar territorial Brasileiro: Lei 8.617/93 12 milhas náuticas marinhas. 1 Do Espaço Aéreo Brasileiro Art. 11. O Brasil exerce completa e exclusiva soberania sobre o espaço aéreo acima de seu território e mar territorial.

3 3 Após essa lei, só interessam como zona de exploração econômica. Obs: - aeronave em solo ou em movimento competência da Justiça Federal (art. 109, IX 2, CF) informativo nº 464, STJ, H.C , J ) LUGAR DO CRIME LOCUS DELICTI : 2.1. Teorias: - teoria da atividade (onde foi praticada ação ou omissão); - teoria do resultado (lugar da produção do resultado); - teoria ubiquidade, mista ou unidade (tanto lugar da pratica da conduta, quanto o da produção do resultado) Conforme artigo 6º, CP, adota-se no Brasil, expressamente, a teoria da ubiquidade. Lugar do crime Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 2. Crimes à distância ou de intervalo máximo: A conduta ocorre em um país e o resultado se produz em outro país. Ocorre em zonas fronteiriças. A crítica da adoção da teoria da ubiquidade é a possibilidade do bis in idem, pois o agente pode vir a ser processado no Brasil e no seu país em que ocorreu o resultado do fato. Para o ne bis in idem, tem se o artigo 8º, CP: Pena cumprida no estrangeiro Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. - Se as penas têm idêntica natureza vão compensá-las. Mas se a pena cumprida no estrangeiro tem natureza diversa daquela do Brasil, o sujeito cumpre as duas, só que a pena do estrangeiro vai atenuar a pena do Brasil. 2 Art Aos juízes federais compete processar e julgar: IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar.

4 4 Ex: Brasil e Uruguai o sujeito no Brasil recebe pena privativa de liberdade de 10 anos e no Uruguai uma pena de 5 anos. Caso seja preso no Uruguai, quando chegar no Brasil cumprida mais 5 anos. Trata-se do instituto da detração penal (art. 42 3, CP). No caso do sujeito receber pena: no Brasil - PPL e no Uruguai - PSC. O agente cumprirá as duas penas. Só que a pena do estrangeiro irá atenuar a pena a ser cumprida no Brasil, utilizando na segunda fase do critério trifásico da aplicação da pena. Nota-se que não se respeita o ne bis in idem por serem penas de natureza diferente. 4. Tentativa: No caso de tentativa branca (atira-se e erra totalmente, não sendo a vítima atingida). O agente atira no Brasil contra uma pessoa no Uruguai e erra todas as tentativas. Aplica-se a teoria da ubiqüidade (art. 6º 4, parte final, CP). 5. Crimes Plurilocais: São aqueles que a conduta ocorre numa Comarca e o resultado ocorre em outra Comarca, ambas dentro do mesmo país. - art. 70 CPP. Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. Nota-se que a teoria aplicada no Brasil, é a teoria do resultado, portanto, será a Comarca que o crime se consuma. Há uma exceção quanto aos crimes dolosos contra vida. Neste caso, aplica-se a teoria da atividade, pois deve haver uma resposta para a Comunidade. 3 Detração Art Computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no artigo anterior. 4 Lugar do crime Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

5 5 6. Infração Penal de menor potencial ofensivo (IPMPO): - contravenções penais; - crimes com pena máxima não superior a 2 anos. A teoria adotada será da atividade (art. 63, da L. 9099/95). Art. 63. A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada a infração penal. Existe uma posição minoritária (Nucci) que defende a teoria da ubiquidade. 7. Ato infracional: São os crimes e contravenções praticados pelo adolescente infrator (art. 147, 1º. ECA Lei 8069/90). Art. 147, 1º. Nos casos de ato infracional, será competente a autoridade do lugar da ação ou omissão, observadas as regras de conexão, continência e prevenção. A teoria adotada é da atividade. 8. Prescrição: art. 111, I, CP: Art A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr: I - do dia em que o crime se consumou. Adota-se a Teoria do resultado. 3) EXTRATERRITORIALIDADE: Significa a aplicação da lei penal a fatos que aconteceram fora do Brasil. O instituto da extraterritorialidade só vale para crimes, em face do art. 2º 5, LCP. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: I - os crimes: a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; 5 Art. 2º. A lei brasileira só é aplicável à contravenção praticada no território nacional.

6 6 d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; II - os crimes: a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; b) praticados por brasileiro; c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. - extraterritorialidade incondicionada (inciso I): não há nenhuma condição para aplicação da lei brasileira. Art. 7º, 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. - extraterritorialidade condicionada (inciso II): Art. 7º, 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: a) entrar o agente no território nacional; b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. Havendo concurso dessas condições, aplica-se a lei brasileira. Na alínea b estamos diante da dupla tipicidade, ou seja, o fato tem que ser típico no Brasil e no estrangeiro (STF, Ext. 1176, Rep. Coreia, J , Pleno). Possibilidade de crime de Art. 7º, 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: a) não foi pedida ou foi negada a extradição; b) houve requisição do Ministro da Justiça. Alínea b é a segunda hipótese de requisição do Ministro da Justiça no CP condição de prosseguibilidade. (art. 141, I 6 c/c art , CP). 6 Art As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido: I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro. 7 Art Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 140, 2º, da violência resulta lesão corporal.

7 7 - art. 2º, Lei 9455/97: hipótese de extraterritorialidade incondicionada. Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira. 4) TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL: - TPI/ICC - Art. 7º 8, ADCT - Art. 5º, 4º 9, CF (após E.C. 45) adesão formal do TPI. - Dec. 4388/02 Brasil formalmente passa a ser signatário do Estatuto de Roma. - Estatuto de Roma em 1998, os países plenipotenciários da ONU se reúnem para deliberar sobre a criação de uma corte internacional penal. Ao final do encontro foi criado o TPI com dois princípios basilares: 1 - Princípio da Irretroatividade: é uma corte permanente, porém, não retroage. Na data de 1º/07/2002 passa a ter vigência. 2 - Princípio da Complementariedade: a jurisdição do TPI é complementar a jurisdição dos estados-membros. - Exceção prevista no Estatuto: quanto a fraude processual. Haverá TPI quando houver uma fraude processual. - Composição: 18 juizes: - 6 juízes para instrução (juízes das garantias); - 6 juízes para o processo - 6 juízes de 2º grau. - Com mandato de 9 anos. Vedada a recondução. - Os requisitos são os mesmos para ser Juiz da última Corte. - Art Veda a aprovação com reserva do Estatuto de Roma. 8 Art. 7º. O Brasil propugnará pela formação de um tribunal internacional dos direitos humanos. 9 Art. 5º, 4º. O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 10 Artigo 120

8 8 - Institutos: Nota-se que há incompatibilidades com a Constituição Brasileira no tocante a prisão perpetua e os crimes serem imprescritíveis, ato de entrega. O ato de entrega é diferente de extradição (que se dá de um estado para outro estado plano horizontal), enquanto que ato de entrega se dá do país para a Corte então, compatível. O entendimento majoritário entende pela plena compatibilização, pois as limitações de ordem material dentro da CF valem para o Brasil apenas, não podendo estender suas limitações aos outros países. - TDI só julga pessoa física, maior de 18 anos. - Competência material do TPI: 1) Genocídio: destruir no todo ou em parte grupo nacional étnico, racial ou religioso. Dentro do Brasil, o genocídio está definido em Lei especial (Lei 2889/56) e é crime hediondo. Caso já tenha iniciado no Brasil, o TPI não tem o poder de invocar, salvo houver fraude. 2) Crimes contra a humanidade: significa o ataque sistemático ou generalizado contra a população civil. 3) Crimes de guerra: violação da Convenção de Viena de Obs: crime ambiental pode ser previsto como crime de guerra, dependendo de sua extensão. 4) Crimes de agressão: (definido apenas em 2010) planejamento, inicio ou execução, por autoridade política ou militar, de uma agressão de um estado contra outro, violando gravemente a Convenção da ONU de Reservas Não são admitidas reservas a este Estatuto.

9 9 Os delitos relacionados com os crimes mencionados acima deverão ser julgados pelo TPI, ou seja, os crimes contra administração da sua Justiça, de forma excepcional. Ex: intimidação de vítimas, ataque testemunha, suborno funcionário TPI, entre outros. (art ). 5) CONFLITO APARENTE DE NORMAS: 1. Requisitos: a) unidade de fato; b) pluralidade de normas; c) vigência contemporânea dessas normas. 2. Diferença entre conflito aparente de normas x conflito de leis no tempo: Deve-se analisar a vigência da lei ao tempo do fato. Caso a lei não esteja vigendo de forma contemporânea é conflito de lei no tempo. O conflito aparente pressupõe que as duas estão em vigendo. 11 Artigo 70 Infrações contra a Administração da Justiça 1. O Tribunal terá competência para conhecer das seguintes infrações contra a sua administração da justiça, quando cometidas intencionalmente: a) Prestação de falso testemunho, quando há a obrigação de dizer a verdade, de acordo com o parágrafo 1 do artigo 69; b) Apresentação de provas, tendo a parte conhecimento de que são falsas ou que foram falsificadas; c) Suborno de uma testemunha, impedimento ou interferência no seu comparecimento ou depoimento, represálias contra uma testemunha por esta ter prestado depoimento, destruição ou alteração de provas ou interferência nas diligências de obtenção de prova; d) Entrave, intimidação ou corrupção de um funcionário do Tribunal, com a finalidade de o obrigar ou o induzir a não cumprir as suas funções ou a fazê-lo de maneira indevida; e) Represálias contra um funcionário do Tribunal, em virtude das funções que ele ou outro funcionário tenham desempenhado; e f) Solicitação ou aceitação de suborno na qualidade de funcionário do Tribunal, e em relação com o desempenho das respectivas funções oficiais. 2. O Regulamento Processual estabelecerá os princípios e procedimentos que regularão o exercício da competência do Tribunal relativamente às infrações a que se faz referência no presente artigo. As condições de cooperação internacional com o Tribunal, relativamente ao procedimento que adote de acordo com o presente artigo, reger-se-ão pelo direito interno do Estado requerido. 3. Em caso de decisão condenatória, o Tribunal poderá impor uma pena de prisão não superior a cinco anos, ou de multa, de acordo com o Regulamento Processual, ou ambas. 4. a) Cada Estado Parte tornará extensivas as normas penais de direito interno que punem as infrações contra a realização da justiça às infrações contra a administração da justiça a que se faz referência no presente artigo, e que sejam cometidas no seu território ou por um dos seus nacionais; b) A pedido do Tribunal, qualquer Estado Parte submeterá, sempre que o entender necessário, o caso à apreciação das suas autoridades competentes para fins de procedimento criminal. Essas autoridades conhecerão do caso com diligência e acionarão os meios necessários para a sua eficaz condução.

10 10 3. Princípios que resolvem o conflito aparente de normas: 1) Especialidade; 2) Subsidiariedade; 3)Consunção; 4) Alternatividade. 1) Princípio da Especialidade: Lex specialis derogat legi generali a lei especial afasta a aplicação da lei geral. Lei especial é a que contém todos os elementos da geral e acrescenta outros chamados de elementos especializantes. Apresentam a forma: -tipo simples; - tipo derivado (qualificadora ou privilegiadora). Caso o crime seja idêntico cabe a relação entre lei geral e especial. Pode-se fazer relação entre lei geral e lei especial em crimes não idênticos, desde que ambos tutelem o mesmo bem jurídico. Ex: tipo simples tipo derivado homicídio infanticídio Art , CP Art , CP 2) Princípio da Subsidiariedade: Lex primária derogat legi subsdiarie. A norma que prevê uma ofensa mais grave ao bem jurídico afasta outra norma que prevê ofensa menos grave ao bem jurídico. - soldado de reserva (Hungria) expressão importante. Refere-se a norma subsidiaria como uma reserva. 12 Homicídio simples Art 121. Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 13 Infanticídio Art Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: Pena - detenção, de dois a seis anos.

11 11 Norma subsidiária: a) Expressa ou explicita: a norma já prevê expressamente que só será aplicada se o fato não constituir crime mais grave. Ex: art , CP. b) Tácita ou implícita: a norma subsidiária já funciona como elementar ou circunstancia da norma mais grave. Ex: art , CP art. 155, 4º, I 16, CP (crime de dano é a qualificadora do furto). Caso não se classifique o furto, utiliza-se, subsidiariamente, a classificação de dano. Art , CP não se caracteriza extorsão mediante seqüestro, em caso de desclassificação utiliza o princípio da subsidiariedade. Caso caracterizar o seqüestro art , CP. Se caracterizar extorsão art , CP. 3) Princípio da Consunção ou Absorção: Lex Consumens derogat legi consumptae Fatos mais amplos e mais graves absorvem fatos menos amplos e menos graves que funcionam como fase normal de preparação, ou de execução ou mero exaurimento. Há cinco hipóteses de incidência: 14 Perigo para a vida ou saúde de outrem Art Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente: Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. 15 Dano Art Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 16 Furto qualificado 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido: I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa. 17 Extorsão mediante seqüestro Art Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: Pena - reclusão, de oito a quinze anos. 18 Seqüestro e cárcere privado Art Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado: Pena - reclusão, de um a três anos. 19 Extorsão Art Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.

12 12 a) crime complexo: resulta da fusão entre dois ou mais delitos autônomos. Ex: roubo + homicídio = latrocínio. Art , CP se um dos crimes é de ação penal incondicionada, todos o complexo é de ação penal pública incondicionada. Ex: ameaça + furto = roubo. - Súmula 608, STF: No crime de estupro, praticado mediante violência real, a ação penal é pública incondicionada. Violência real mencionada na Súmula lesão leve era pública incondicionada até a Lei 9099/95, bem como reforma do CPP. O STF parte da idéia que estupro é crime complexo, caso seja praticado com violência real (que era pública incondicionada), todo o delito será de ação pública incondicionada. Crime complexo (classificação conforme a Súmula): - Puro formado por fato típico mais fato típico. - Impuro - fato típico mais fato atípico. Ex: estupro. (posição do STF). Após a Lei 9099/95 (art ), passa-se a exigir representação. Deverá ser feita uma releitura da Súmula.(Posição minoritária). Posição majoritária continua aplicando a Súmula por política criminal. b) Progressivo: a prática de um delito pressupõe necessariamente a prática de outro. O crime absorvido é chamado de passagem para se chegar ao crime mais grave. Já há o dolo na origem do crime mais grave. grave. c) Progressão criminosa: existe uma mutação no dolo do agente. Haverá absorção pelo crime mais grave. Na origem, o dolo está dirigido para o menos 20 A ação penal no crime complexo Art Quando a lei considera como elemento ou circunstâncias do tipo legal fatos que, por si mesmos, constituem crimes, cabe ação pública em relação àquele, desde que, em relação a qualquer destes, se deva proceder por iniciativa do Ministério Público. 21 Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas.

13 13 d) Fato anterior impunível: relação entre crime-meio e crime-fim. Porte de arma de fogo x homicídio. Dependerá do contexto fático para ser absorvido. Ex: O agente foi em vários bares e ameaçou com a arma, sendo que, no último bar, pratica o homicídio, há concurso de crimes. Caso tenha ido num bar com arma e matado é absorvido o porte de arma pelo homicídio. - Súmula 17 STJ: Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido. - deve haver potencialidade lesiva. e) Fato posterior impunível: depois de consumado o crime, o agente torna a agredir o mesmo bem jurídico, visando a obter vantagem com a prática anterior. O fato posterior praticado será mero exaurimento, sendo punido apenas pelo fato anterior.

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