ACTA Nº 2/97 Reunião do Conselho Pedagógico

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1 ACTA Nº 2/97 Reunião do Conselho Pedagógico No dia sete de Maio de mil novecentos e noventa e sete, pelas quinze horas, teve início, na Sala de Actos do Edifício IV da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, uma reunião do Conselho Pedagógico, subordinada à seguinte ordem de trabalhos: Calendário Escolar 2 - Continuação do debate sobre o Documento apresentado pelo Presidente do Conselho Pedagógico "Temas para Reflexão" Estiveram presentes os docentes e alunos constantes na folha de registo de presenças anexa a esta acta. O Prof. João Farinha, na qualidade de Presidente do Conselho Pedagógico, presidiu à reunião, tendo a Licª Isabel Sequeira Pinto secretariado a mesma, na qualidade de Responsável pela Repartição Académica. Para além do Prof. João Farinha, estiveram na mesa os membros da Comissão Executiva do Conselho Pedagógico: Profª Ascensão Reis, Engª Geiza Oliveira, e os dois alunos recentemente eleitos para esta comissão - Isabel João da Conceição Jesus e Luís Carlos de Almeida Lopes A sessão foi aberta pelo Presidente do Conselho Pedagógico que deu a palavra à Engª Geiza Oliveira para iniciar o ponto 1 da ordem de trabalhos Calendário escolar A Engª Geiza Oliveira começou por informar que saíra do último plenário com a nítida impressão de que o modelo então proposto pelo Conselho Pedagógico não agradava nem a professores nem a alunos, pelo que decidira fazer diversas simulações, que passou a apresentar em transparências: Modelo misto Modelo actual Calendário da Faculdade de Economia da UNL Calendário do Instituto Superior Técnico Modelo com apenas duas épocas de exame (em anexo) 1

2 Tentou então demonstrar que o mais importante é o consenso relativamente à filosofia subjacente ao calendário escolar, ou seja: número de semanas de aulas, continuidade dos períodos de aulas, esquema adoptado para as avaliações, etc.). Passou então a frisar os aspectos mais relevantes do novo modelo de calendário proposto pelo Conselho Pedagógico neste plenário: 1. Assegura 14 semanas de aulas nos dois semestres lectivos. 2. Propõe somente duas épocas de exames (1ª época e 2ª época), dispersos por 4 semanas e meia (27 dias úteis). Assegura um maior espaçamento entre os dois exames de uma mesma disciplina e entre os exames das diferentes disciplinas. No Calendário actual são utilizadas apenas 4 semanas para a realização dos 3 exames (1ª chamada, 2ª chamada e recurso). 3. Férias efectivas no Natal e no Carnaval, assegurando 1 semana de férias antes do início do semestre par. 4. Os alunos passam a dispor de aproximadamente 2 semanas para se prepararem para os exames e para apresentarem os trabalhos finais das disciplinas. 5. Mais tempo para correcção dos exames uma vez que existirão apenas 2 exames de cada disciplina e os docentes terão menos um exame para preparar e corrigir. 6. Término do ano lectivo a 22 de Julho, o que garante mais tempo para a correcção e para o lançamento atempado das notas (antes do próximo semestre e das inscrições). A Engª Geiza prosseguiu o raciocínio, apresentando alternativas possíveis, mediante pequenos ajustamentos à base proposta. O Prof. Gonçalves Coelho afirmou então sentir-se no direito de apresentar uma nova versão, uma vez que a Comissão Executiva do Conselho Pedagógico retirara a proposta, para a qual ele bastante trabalhara, apresentada no Plenário anterior O aluno de Engenharia Civil - Paulo Caldeira - fez então uma breve síntese dos resultados obtidos no estudo de rentabilidade dos dois modelos de calendário. Começou por realçar as dificuldades sentidas: o tempo fora escasso (4 dias úteis) e tinha havido uma participação muito reduzida dos alunos que, na sua generalidade, se haviam mostrado indisponíveis para tal trabalho. Mesmo assim, sem terem feito consulta ás pautas de Engenharia Geológica, Engenharia de Produção Industrial e Engenharia do Ambiente, tinham apurado uma taxa de aprovação, com o modelo antigo de calendário, na ordem dos 70%, enquanto que o calendário actual apresentava uma taxa de aprovação que 2

3 oscilava entre os 41 a 52%., o que, no seu ponto de vista, pressupunha que se dá uma quebra no rendimento escolar, sempre que o esquema do calendário é alterado. Consideraram, no entanto, que o novo modelo não tivera ainda tempo suficiente de aplicação para que a taxa de rendimento pudesse ser considerada conclusiva. Neste ponto, o Prof. Jorge Lampreia pediu aos alunos que dissessem primeiro o que pretendem, pois não entendia, face às conclusões apresentadas, se os alunos queriam um modelo de calendário do tipo que proporciona rendimento inferior. Por seu turno, os alunos da Comissão Pedagógica da Licenciatura em Química Aplicada consideraram que deveria ser mantida a filosofia do calendário actual,não entendendo quais os motivos que levavam a que se pretendesse alterar, decorridos dois anos, o modelo de calendário. O Presidente do Conselho Pedagógico pediu então aos alunos presentes que indicassem de forma clara qual o modelo de calendário que defendiam. Assim, vários afirmaram que os alunos por eles representados eram a favor do modelo actual de calendário, se bem que eles próprios, a título pessoal, tivessem outra opinião. Registando-se unanimidade, nos alunos, a favor do actual modelo de calendário, insistiu o Prof. Jorge Lampreia no facto de ser fundamental que o ano lectivo começasse a 1 de Outubro, até que a colocação dos novos alunos no Ensino Superior fosse feita mais cedo. Nesse sentido, apresentou uma transparência com a proposta elaborada em conjunto com o Prof. Gonçalves Coelho. O aluno Luís Lopes afirmou que a maioria dos alunos era a favor das três datas para exames, mas considerava irrelevante começar o ano lectivo a 15 de Setembro ou 1 de Outubro. A aluna Isabel Jesus afirmou ter dificuldade em transmitir a mensagem dos colegas e propôs que os Serviços de Planeamento fizessem uma simulação de distribuição dos exames. O Prof. João Farinha recordou que já não haveria tempo para tal. Quanto ao problema de adaptação do calendário, por forma a contemplar igualmente os alunos do 1º ano, a Engª Geiza Oliveira afirmou que seria impossível integrar o 1º ano, excepto se se avançasse pelo mês de Agosto, ao que o aluno Luís Lopes retorquiu afirmando que há mais quatro anos nas licenciaturas, pelo que não poderíamos reger-nos só pelo 1º ano. A Profª Zulema Pereira abordou o aspecto das duas épocas de exame, esclarecendo que a maior parte dos alunos vai à 2ª chamada ou à de recurso e que alguns docentes se recusam a fazer duas chamadas. Por outro lado, há professores que deixam os alunos ir às três chamadas, atribuindo-lhes a melhor classificação nelas obtida. Foram de seguida postas a votação, em alternativa, as duas filosofias de calendário discutidas: A - Modelo actual (14 semanas de aulas/semestre e 3 exames: 2 chamadas na época normal + 1 exame de recurso); 3

4 B - Modelo com 2 épocas (apresentada pela Comissão Executiva do Conselho Pedagógico e pelo Prof. Jorge Lampreia) A proposta A foi aprovada com 20 votos a favor, tendo a proposta B obtido 18 votos. Face a um resultado tão próximo, o Prof. Jorge Lampreia propôs que se continuasse a discussão do assunto. No entanto, depois de se verificar que estavam presentes 41 votantes, considerou-se a votação sem efeito e procedeu-se a nova votação, desta feita nominal. Na mesma obtiveram-se os seguintes resultados: 19 votos a favor da proposta A; 19 votos a favor da Proposta B e 3 abstenções. Neste ponto, a Profª Lucelinda Cunha abandonou o Plenário por considerar tudo uma "vigarice" (sic). O Prof. João Farinha afirmou que deveria ser dada uma oportunidade aos alunos de Química, para apresentarem a proposta que estes, entretanto, afirmaram ter em mente e ser provavelmente mais consensual. No entanto, o Prof. Gonçalves da Silva insurgiu-se, considerando este procedimento, sob o ponto de vista formal, totalmente errado. Neste ponto, o aluno Hugo Gomes afirmou considerar que este modelo dava as mesmas hipóteses do actual modelo, se bem que com aparente menor opção. Em contrapartida, outros alunos, de entre os quais o Fernando Ferreira e o Sandro Reis, insistiram no facto de perderem a hipótese de escolha das chamadas a que se apresentavam. O Presidente do Conselho Pedagógico fez então o ponto da situação, tendo o aluno Frederico Ferreira sublinhado que os Serviços de Planeamento terão de garantir que não haja exames sobrepostos das disciplinas de dois anos consecutivos. A Engª Geiza Oliveira propôs, uma vez mais, a versão de calendário apresentado pela Comissão Executiva do Conselho Pedagógico e, após alguns acertos, foram postos à votação os seguintes calendários: PROPOSTA B1 Semestre ímpar: 1/10/97 a 20/2/98 Exames: de 28/1/98 a 21/2/98 (22 dias úteis) Semestre par: 2/3/98 a 12/7/98 Exames: 22/6/98 a 15/7/98 (21 dias úteis) PROPOSTA B2 Semestre ímpar: 15/9/97 a 19/12/97 Exames: de 10/1/98 a 11/2/98.../... 4

5 .../... Semestre par: 16/2/98 a 3/6/98 Exames: Na votação, foi aprovada a Proposta B2 com 22 votos a favor, tendo a Proposta B1 obtido 6 votos. O Prof. Gonçalves Coelho apresentou a seguinte declaração de voto: "Votei a favor da proposta B1 por ter sido um dos seus proponentes e porque considero que a B2 prejudica o funcionamento de alguns Departamentos e Serviços e é um prémio ao Não-Estudo". Dado o adiantado da hora, foi encerrada a sessão, cerca das 19: Faculdade de Ciências e Tecnologia, 14 de Agosto de 1997 O Presidente do Conselho Pedagógico Prof Doutor João Farinha A Responsável pela Repartição Académica, Drª Isabel Sequeira Pinto 5