O parecido nem sempre é mais fácil de adquirir: assimilação de sonoridade em sândi externo e o desempenho do brasileiro aprendiz de inglês como LE

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1 . 29 O parecido nem sempre é mais fácil de adquirir: assimilação de sonoridade em sândi externo e o desempenho do brasileiro aprendiz de inglês como LE Aurora Maria S. Neiva Myrian A. Freitas Mônica M. Nobre 1. Introdução A assimilação de sonoridade, tradicionalmente entendida como uma alteração fonética, é comum ao português do Brasil e ao inglês no que se refere a consoantes fricativas coronais, sendo que, no inglês, este processo atinge apenas os segmentos anteriores. A direcionalidade, contudo, não é a mesma nas duas línguas: o processo é regressivo no português e progressivo no inglês. Em vista disto, algumas indagações podem ser feitas: (a) Como o aprendiz brasileiro de nível avançado realiza a assimilação de sonoridade dessas fricativas? Segue a direção progressiva como o falante nativo o faz em inglês, ou se orienta pelo contexto seguinte à fricativa de acordo com o padrão de sua língua materna (doravante LM)? (b) Diante de uma pausa potencial, o aprendiz realiza sistematicamente uma fricativa surda, como no português, ou seu desempenho apresenta variação? (c) Faz sempre a mesma escolha? (d) Modelos recentes em fonologia, baseados no uso, explicariam integralmente as características do processo de aprendizagem dessas formas da língua-alvo pelo aprendiz? (e) A similaridade deste processo de assimilação na LM e na língua estrangeira (doravante LE) é um fator que favorece ou dificulta a tarefa do aprendiz que tenta dominar seu funcionamento na língua-alvo? Cadernos de Letras - n p mai. 2008

2 30. Ao tentar responder essas indagações, este trabalho pretende verificar até que ponto chega o grau de influência das categorias representacionais da LM dos aprendizes sobre a maneira pela qual eles percebem e interpretam os segmentos da LE, contextualizados em palavras e em grupamentos prosódicos na fala corrida. Neste artigo será descrito, inicialmente, o funcionamento do processo de assimilação de sonoridade em inglês e em português. Buscar-se-á apresentar os dados mais significativos no que se refere à operação desse processo, dando ênfase mais ao seu funcionamento do que à sua formalização. Em seguida, serão apresentados os critérios de seleção do corpus e dos sujeitos da pesquisa, os instrumentos de análise dos dados e os resultados obtidos. Por último, será mostrado como modelos recentes, com base no uso, explicam o desempenho desses aprendizes, levando-se em conta que o processo de aprendizagem se dá no momento em que eles categorizam as unidades que depreendem a partir do input variável da LE. Seu desempenho refletiria os protótipos armazenados em sua memória (cf. BYBEE, 2002, 2001; PIERREHUMBERT, 2001; SOLÉ, 2003). 2. Assimilação de sonoridade da fricativa coronal em inglês e em português De um modo geral, a assimilação é vista como um processo em que um som adquire traços, tais como a sonoridade, de outro a ele adjacente ou próximo. Normalmente, resulta de co-articulação e classifica-se, de acordo com a direcionalidade em que opera, como sendo de natureza regressiva, progressiva ou coalescente. 1 O primeiro tipo, da direita para a esquerda, é o mais encontrado nas línguas do mundo. Menos freqüentes são os casos de assimilação progressiva, que se realiza da esquerda para a direita. Há, também, situações em que um segmento sofre influência tanto daquele que lhe é precedente, como daquele que o sucede. Neste caso tem-se a chamada assimilação dupla ou coalescente. No português, as fricativas coronais, quer sejam anteriores ([s] [z]) ou não ([S] [Z]) sofrem regularmente assimilação de sonoridade

3 . 31 em coda silábica, estejam elas em final ou no interior de palavra (cf. CAMARA JR. 1971: 29 e 1972: 41-42; CALLOU e MARQUES, 1975; MONARETTO, QUEDNAU e HORA 2001: 202). Fato semelhante ocorre em inglês envolvendo, no caso, apenas as coronais anteriores em coda final. Embora o processo não opere de modo igual nas duas línguas, em alguns ambientes fonéticos dá-se a ocorrência de um fone com especificação idêntica quanto à sonoridade. 2 Diferem, no entanto, no que diz respeito a outras características deste processo: a direcionalidade de sua aplicação, o tipo de condicionamento encontrado e o domínio de sua implementação. Enquanto em português faz-se uma assimilação regressiva, em inglês a assimilação é progressiva (cf. ROACH 2000: ; CELCE- MURCIA, BRINTON e GOODWIN 1996: 160). 3 Em português, o condicionamento é apenas fonológico, ao passo que em inglês é necessariamente morfofonológico (cf. BURQUEST e PAYNE 1993: 87): a fricativa coronal deve ser um sufixo de plural, de terceira pessoa do singular em verbos no presente simples, ou do caso possessivo; também ocorre quando há contrações das formas verbais is e has, caracterizando o que GUSSMANN denomina de homofonia morfológica (cf. 2002: 31-40) 4. No português, essa fricativa pode ser, igualmente, um morfema {-S} de plural (ex: casa+s) ou de segunda pessoa do singular (ex: leva+s). Todavia, palavras que contenham essa fricativa em coda medial, com ou sem fronteira morfológica (ex: des+cascar, des+baratar, des+armar; dis+tensão, des+mistificar, ex+portar, ex+comungar, casca, rasga, cesta, asno), sofrem o mesmo processo que, portanto, se caracteriza como condicionado apenas por fatores fonológicos. Em final de palavra, diante de fronteira prosódica, a fricativa realiza-se regularmente como surda (ex: pires, paz), independente de ter ou não status de morfema.

4 32. Outra diferença na maneira pela qual a assimilação opera no inglês e no português diz respeito ao domínio de funcionamento do processo. Em inglês, esta assimilação ocorre dentro da palavra, ou seja, em sândi interno, nas fronteiras morfológicas citadas anteriormente. Pode-se conceber um contexto de sândi externo apenas quando da contração dos verbos is e has, dependendo do conceito de palavra que se esteja empregando; mesmo assim, trata-se de um processo morfofonológico. Em português, esta assimilação se manifesta indistintamente em sândi interno e sândi externo, ou seja, tanto no domínio da palavra, como no domínio de grupo prosódico. Os quadros 2 e 3 a seguir ilustram os contextos de ocorrência do processo nas duas línguas. 3. Sujeitos, corpus e instrumento de análise Em vista do que já foi exposto, este trabalho examina como as semelhanças e diferenças no funcionamento do processo de assimilação da fricativa coronal se refletem no desempenho oral de brasileiros aprendizes de língua inglesa de nível avançado, todos alunos de quinto

5 . 33 período de graduação em Letras, com habilitação em português e inglês. Com este objetivo, foram efetuadas gravações correspondentes à leitura de dois textos por sessenta alunos universitários de língua inglesa. A escolha dos sujeitos, cujos dados foram analisados neste artigo, três homens e três mulheres, foi exclusivamente em função da qualidade técnica das gravações, de forma a que se pudesse submetê-las à análise acústica com o programa PRAAT 5. O corpus compreendeu 31 ocorrências de fricativas coronais anteriores em coda final de palavra, selecionadas de um número bem maior, de forma a delimitar apenas os ambientes em que a aplicação do processo poderia não implicar na realização de um segmento com a mesma especificação de sonoridade no inglês e no português. Com o intuito de verificar a influência da assimilação regressiva de sonoridade do português na fala do aprendiz, foram consideradas palavras do inglês terminadas em [s] ou [z] não morfêmicos, como por exemplo, police e as. Os esquemas representados nas figuras 1 e 2 a seguir apresentam, de forma resumida, os contextos incluídos na análise e aqueles descartados:

6 Descrição e análise dos dados Foram contabilizados os dados em que os aprendizes produziram segmentos de acordo com o processo de assimilação regressiva do português. A certeza de que o aprendiz estaria se orientando pela sua língua materna foi assegurada pela divergência entre a forma por ele produzida e a que seria esperada para o inglês naquele contexto. A tabela abaixo apresenta o percentual de ocorrência por aprendiz. Aplicação da assimilação regressiva de sonoridade do português Contextos favoráveis Total de ocorrências Aprendiz (61,9%) Aprendiz (84,2%) Aprendiz (70,5%) Aprendiz (66,6%) Aprendiz (76%) Aprendiz (73,6%) Total geral (71,7%) Tabela 1: Percentual de aplicação da assimilação regressiva de sonoridade do português O total de contextos favoráveis varia de aprendiz para aprendiz porque foram excluídos os dados em que o falante interpunha uma fronteira prosódica entre a fricativa e a palavra seguinte, eliminando, assim, a possibilidade de operação do processo regressivo de sonoridade do português, uma vez que o segmento que determinaria a especificação do traço sonoro desta fricativa deixa de estar a ela contíguo. Verifica-se que o índice mais baixo de ocorrência desta assimilação, segundo os padrões do português, ficou em 61,9%, enquanto que a média dos seis aprendizes foi de 71,7%, o que revela uma elevada taxa de recorrência à língua materna na produção deste segmento em inglês. Procedendo-se à análise em separado dos casos em que a fricativa coronal anterior ocorre diante de fronteira prosódica, tal índice se amplia, especialmente se forem considerados os ambientes em que a fricativa seria sonora na forma nativa do inglês. Em dois terços dos sujeitos da pesquisa (aprendizes 1, 2, 3 e 5) este índice alcança cem por cento, conforme demonstra a tabela abaixo.

7 . 35 As três únicas ocorrências de fricativas sonoras nos dados envolveram os itens lexicais cars, Netherlands e use. Nos dois primeiros casos, produzidos pela mesma aluna (aprendiz 4), a fricativa em jogo é um morfema e, indubitavelmente, foi realizada a forma nativa do inglês com assimilação progressiva. O terceiro caso envolve uma palavra freqüente no inglês e que ocorreu duas vezes no corpus: o verbo use. É importante notar que o mesmo sujeito (aprendiz 6) que produziu a fricativa como sonora diante de fronteira, como era de se esperar no inglês, de outra feita ensurdeceu-a antes de fricativa surda, conforme o processo de assimilação regressiva de sonoridade de sua LM. Dados Ocorrência No sem quadro registro de fricativa 4 de a assimilação sonora seguir, em fronteira somam-se regressiva prosódica a estes três dados todos aqueles Número de fronteiras Fricativas sonoras em Fricativas sonoras registrados em de palavras e nos quais os aprendizes também inglês realizadas use skis produziram o segmento esperado em inglês, não coincidente com a parts of parts of parts of realização dos padrões previstos do português. students also Aprendiz 1 Aprendiz 2 Aprendiz 3 Aprendiz 4 Aprendiz 5 Aprendiz 6 once a once a once a once a once a once a Aprendiz Aprendiz fails Aprendiz so Aprendiz 4 10 floods cover residents Aprendiz ride 5 residents 11 ride residents ride 07 residents ride -- boats Aprendiz along 6 boats along boats along 01 roads to Total geral police also police also methods Tabela for 2: Ocorrência de fricativas sonoras em fronteira prosódica por informante. because she because she because she because she because she complaints complaints complaints ranged ranged ranged 4/8 1/3 3/5 3/7 4/5 3/5 Dados coincidentes com fricativa sonora do inglês em fronteira prosódica 2 (cars e 1 (use) Netherlands) Quadro 4: Não ocorrência de assimilação regressiva (dados por informante). Percentual de aplicação da assimilação regressiva do inglês (por informante) Aprendiz 1 Aprendiz 2 Aprendiz 3 Aprendiz 4 Aprendiz 5 Aprendiz 6 4/24 (16,6%) 1/24 (4,1%) 3/24 (12,5%) 5/24 (20,8%) 4/24 (16,6%) 3/24 (12,5%) Média geral = 15,9%

8 36. Observe-se que no quadro 4 há alguns fragmentos em destaque que correspondem a dados do corpus em que a fricativa coronal do inglês não tem status de morfema flexional e ocorre em juntura de palavras. Neste contexto poderia, potencialmente, haver sândi, se os sujeitos da pesquisa seguissem o padrão do português. Nestas formas é vedada a assimilação progressiva de sonoridade do inglês. Tem-se, entretanto, ambiente de juntura de palavras, onde poderia haver sândi externo se os sujeitos da pesquisa se guiassem por sua LM: once a, use skis, police also, because she. Além disso, exibem outras características especiais: once, use (verbo), police e because são palavras corriqueiras e muito freqüentes no vocabulário de aprendizes dessa língua, especialmente no nível avançado; sua grafia pode influir sobre a sua pronúncia em função das convenções que regem a correspondência entre letra e som: em todas o <e> final é mudo e duas delas sequer são escritas com a letra <s>. Há, também, que se salientar outro fator relevante: use apresenta contraste entre uma forma com fricativa surda e outra com a sonora, correspondendo a palavras de classes gramaticais distintas em inglês, oposição esta por demais enfatizada na maioria dos manuais de ensino da língua, desde os níveis iniciais. É provável que, em virtude de tais características, tenha sido verificada, nestes contextos de juntura, uma tendência ao bloqueio de influência das formas da LM no desempenho oral dos aprendizes. Levando-se em conta apenas os casos em que a forma admitiria a ocorrência da assimilação progressiva do inglês, ou seja, excluindose os itens supracitados, obtém-se o seguinte resultado quantitativo por aprendiz. Percentual de aplicação da assimilação regressiva do inglês (por informante) Aprendiz 1 Aprendiz 2 Aprendiz 3 Aprendiz 4 Aprendiz 5 Aprendiz 6 4/24 (16,6%) 1/24 (4,1%) 3/24 (12,5%) 5/24 (20,8%) 4/24 (16,6%) 3/24 (12,5%) Média geral = 15,9% Tabela 3: Índice de ocorrência de assimilação regressiva (por informante) A média geral de 15,9% na tabela 3 demonstra que a influência da LM no desempenho oral dos sujeitos desta pesquisa foi considerável

9 . 37 no âmbito em que, no inglês, registra-se a assimilação progressiva da fricativa coronal. A aprendiz 2 foi aquela com o maior índice de influência da língua materna. Por outro lado, a aprendiz 4 parece ter se guiado menos pelo português: alcançou o resultado esperado em inglês em cinco dos 24 dados (20,8%), tanto em juntura de palavras, como diante de fronteira prosódica. Os demais sujeitos da pesquisa apresentaram percentuais variando de 12,5% a 16,6%. Tomando-se o conjunto dos dados produzidos pelos seis brasileiros, a tendência preponderante foi no sentido do predomínio do padrão da primeira língua nesses casos de assimilação, sobretudo diante de fronteira prosódica. A separação dos sistemas das duas línguas pode se tornar um desafio para o aprendiz diante de processos que não são idênticos, embora compartilhem várias características, como é o caso da assimilação de sonoridade enfocada neste trabalho. Aprender a diferenciar as categorias do inglês daquelas de sua LM implica uma recategorização das fricativas segundo os padrões da língua-alvo. Isto significaria mais do que apenas perceber as diferenças entre os segmentos novos, semelhantes ou idênticos da LM e da LE, para adotarmos a terminologia usada em FLEGE (1987,1996) 6. Significaria identificar diferenças de funcionamento de sons idênticos no inglês e no português e perceber, além disso, que a assimilação no inglês depende de informação morfológica para funcionar a contento. Seria preciso, também, redimensionar o alcance deste processo no que se refere ao domínio prosódico em que se manifesta: apenas no da palavra e no da palavra fonológica (como no inglês: calls, Bob s em Bob s called), ou nestes e ainda no da frase fonológica (como no português: cisma, diz-me, mês longo). Há, também, pistas no sentido de que os alunos restringiriam seu alcance de forma gradual, começando por palavras e expressões com alta freqüência de uso. Os sujeitos deste estudo, mesmo estando em nível avançado de aprendizado da LE, ainda manifestam, com taxa elevada de ocorrência, processos gerais de sua LM. Indícios de emergência das formas do inglês são ainda incipientes, uma vez que, nos contextos em que se pode ter certeza de que houve uma assimilação progressiva semelhante à do inglês, a freqüência registrada foi muito baixa: apenas 15,9%.

10 Discussão dos resultados Esteve subjacente à descrição dos resultados obtidos a partir do exame da produção oral dos aprendizes a noção de que eles aplicariam à língua estrangeira processos característicos de sua LM. 7 Contudo, como comprovam os exemplos apresentados, esta explicação para as formas alternantes produzidas pelo mesmo aprendiz, ou por sujeitos distintos, registradas como tentativas, nem sempre bem sucedidas de alcançar um alvo estático no nível representacional, pressupõe uma estrutura invariável, única, não compatível com a gradiência inerente à fala. As pesquisas realizadas nos últimos anos, tanto na área de processamento, como aquelas especificamente direcionadas para a aquisição de língua estrangeira, apontam não um só, mas vários fatores como responsáveis por um melhor desempenho dos aprendizes (cf. PAIVA, 2005: 23; PISKE, MACKAY e FLEGE, 2001). Fica afastada, no entanto, a meta de uma performance idêntica à de um falante nativo 8, tomada como modelo invariante do qual as demais realizações constituem desvios. Propostas teóricas recentes em fonologia fornecem um instrumental bem mais compatível com o desempenho dos sujeitos desta pesquisa (cf. BYBEE, 2001, 2002; PIERREHUMBERT, 2001; SOLÉ, 2003). A variação interfalantes, todos eles aprendizes de nível avançado, indica que não há uma uniformização em suas interlínguas. Ou seja, o léxico mental de cada um deles não seria uniforme ou coincidente. A variação registrada, como era de se esperar, em um mesmo aprendiz, indicaria, por sua vez, que ele já está categorizando em separado as ocorrências das fricativas coronais da LE mas ainda não as separou totalmente. A oscilação entre as categorias da LM e da LE tornam evidentes a sua sobreposição na interlíngua destes aprendizes. Vale lembrar que o conceito de interlíngua, proposto por SELINKER (1972), já não previa uma uniformidade, de vez que não se referia a uma simples soma de características da LM e da LE e sim a um estágio intermediário do desenvolvimento do aluno em direção à proficiência na língua estrangeira. Atualmente, concebe-se a interlíngua

11 . 39 do aprendiz como estrutura dinâmica, moldável de sorte a permitir adaptação constante a novas situações de uso (cf. LARSEN-FREEMAN, 1997). Esta estrutura é fruto da percepção e interpretação dos dados da LE pelo aluno, tendo em vista o conhecimento lingüístico por ele acumulado. Não se pode, deste modo, pressupor que todos os aprendizes chegarão a uma estrutura idêntica. Por outro lado, foi preciso separar, neste estudo de casos, situações especiais, de vez que alguns itens lexicais ou expressões produzidos pelos aprendizes mostraram comportamento peculiar. Nos modelos tradicionais, seriam consideradas exceções à aplicação de processos mais gerais. No entanto, um modelo baseado no uso poderia explicar o alto índice de ocorrência destas formas, coincidentes com o padrão da LE, com base em vários fatores, dentre eles a freqüência de sua ocorrência no universo lingüístico a que os aprendizes de inglês estão expostos, ou seja, o input recebido da LE (cf. BOGAERDE 2000: 1-16). A resistência, por sua vez, ao uso de segmentos com maior grau de sonoridade em determinadas posições, como em final absoluto ou diante de fronteira prosódica, pode ser atribuída à robustez dos exemplares 9 da LM do aprendiz em que, neste contexto, se realiza um segmento surdo. O baixo índice de coincidência entre o grau de sonoridade das fricativas em coda no inglês e nas interlínguas dos aprendizes indica que sua exposição à LE não foi bastante para garantir a captação de exemplares em número suficiente de forma a permitir uma nítida separação entre estas categorias fonológicas da LM e da LE em todos os seus contextos de ocorrência. Os exemplares da LM, em número bem maior, garantem seu entrincheiramento e sua resistência, tornandoos pouco maleáveis para permitir um reajuste e a emergência de novas categorias, que não são necessariamente as da LE. 6. Conclusão Tendo em vista as considerações feitas ao longo deste artigo, o projeto ORALLE, ao qual se acha vinculada esta pesquisa, volta-se para o exame das formas que emergem na produção oral de aprendizes

12 40. de uma LE em especial, brasileiros aprendizes de inglês. Espera-se, em consonância com os resultados observados até o momento, que a influência das categorias mais robustas da LM se reflita nas interlínguas dos aprendizes, qualquer que seja o seu nível de proficiência. Por outro lado, espera-se que os exemplares menos freqüentes de sua LM exerçam uma menor resistência e tendam a ser substituídos, com mais facilidade, pelas tendências observadas a partir dos inputs da LE, aos quais o aprendiz é exposto. Deste modo, sugere-se que os exemplares mais robustos de sua LM atuam em direção contrária à reestruturação, ao passo que os menos freqüentes são mais facilmente recategorizados de acordo com os modelos de itens lexicais também freqüentes da língua estrangeira. Esta hipótese requer corroboração frente a um maior número de dados, obtidos junto a alunos que ainda não atingiram um grau elevado de proficiência. Tais aprendizes são aqueles que tiveram exposição mais restrita à LE e, portanto, input insuficiente para prover ampla gama de exemplares. É preciso analisar o desempenho oral destes alunos em situações diversificadas de fala espontânea e, também, mediante estudo longitudinal, avaliar outros fatores, além do input, que podem influenciar o aprendizado de uma LE, dentre estes o papel da instrução formal em sala de aula. Aurora Maria S. Neiva, UFRJ Myrian A. Freitas, UFRJ Mônica M. Nobre, UFRJ Notas 1 A assimilação regressiva também é conhecida como antecipatória e a coalescente, como dupla. 2 Dependendo da variedade regional do português brasileiro, a assimilação de sonoridade resultará em um fone idêntico ao do inglês. 3 Ocorre assimilação regressiva de sonoridade em inglês, mas será sempre variável e condicionada fonologicamente. Em geral não envolve exclusivamente a fricativa coronal anterior, à exceção do [z] do verbo

13 . 41 has, quando este forma um modal perifrástico (has to). Além disso, conjuga-se com o outro processo alofônico que insere uma oclusiva entre uma nasal e uma fricativa surda. Dá-se, neste caso, uma assimilação progressiva de ponto de articulação e regressiva de sonoridade (assimilação coalescente): length [lenkt] e comfort[èkempf«rt] (cf. CELCE-MURCIA, BRINTON e GOODWIN 1996: 160) 4 Em seu livro, Gussmann faz uma descrição pormenorizada dessa homofonia, caracterizando o segmento como uma espirante coronal. Note-se, também, que, em consonância com tendências teóricas que não adotam o conceito de regra e sim de restrição ( constraint ), não se vale do termo tradicional aqui empregado: assimilação progressiva. 5 O programa PRAAT, da autoria de Paul Boersma e David Weenink da Universidade de Amsterdã, pode ser gratuitamente obtido no site 6 Para FLEGE (1996), um som da LE é semelhante a um som da LM quando representado pelo mesmo símbolo fonético a despeito de diferenças significativas em relação a ele; é novo quando difere do som da LM do ponto de vista acústico e da percepção; finalmente é idêntico quando adequadamente representado por símbolo fonético igual. Estes últimos são tradicionalmente considerados como propiciadores de transferência positiva e não causadores de desvios de pronúncia. Não são, por conseguinte, alvo de muita atenção nos estudos de aquisição de LE. Espera-se que os aprendizes tenham pior desempenho na produção de sons que são semelhantes, porém não idênticos, aos de sua língua materna. 7 FLEGE (1980) afirma que a especificação fonética dos sons da fala em uma língua estrangeira parece ser antes a manifestação de uma interlíngua, do que o resultado da interferência da LM na LE. 8 A capacidade de atingir um grau de proficiência numa língua estrangeira equivalente à de um falante nativo varia conforme o ponto de vista com relação à teoria de aquisição de linguagem. Os modelos formais divergem com relação ao chamado período crítico e sua conseqüência para o aprendizado de línguas (cf. LEE: 2005 e HYLTENSTAM & ABRAHAMSSON, 2000). 9 O termo exemplar foi empregado como cada token ou ocorrência de uma forma lingüística registrada no léxico mental do falante. Um conjunto de exemplares forma uma nuvem que representa uma categoria e contém informações lingüísticas e não-lingüísticas pertinentes a seus contextos de uso efetivo (cf. BYBEE 2001: 52 e CRISTÓFARO-SILVA, 2003).

14 42. Referências BOGAERDE, E. M. van den Input and interaction in deaf families Tese de doutorado Utrecht: Universiteit van Amsterdam, BURQUEST, D. A.; PAYNE, D. L. Phonological Analysis: A Functional Approach. Dallas: SIL, BYBEE, J. L. Phonological Evidence for Exemplar Storage of Multiword Sequences. SSLA 24. p , BYBEE, J. L. Phonology and Language Use. Cambridge: Cambridge UP, CALLOU, D. M. I.; MARQUES, M. H. D. O -s implosivo na linguagem do Rio de Janeiro. Littera n.14, p , CAMARA JR., J. Mattoso. Estrutura da língua portuguesa. Petrópolis: Vozes, CAMARA JR., J. Mattoso. Problemas de lingüística descritiva. Petrópolis: Vozes, CELCE-MURCIA, M.; BRINTON, D.; GOODWIN, J. Teaching Pronunciation: A Reference for Teachers of English to Speakers of Other Languages. Cambridge: Cambridge University Press, CRISTÓFARO-SILVA, T. Descartando fonemas: a representação mental na Fonologia de Uso. In: HORA, D. da; COLLISCHONN, G. (Org.) Teoria lingüística: fonologia e outros temas. Ed. Universitária. UFPB, p , FLEGE, J.E. Phonetic Approximation in Second Language Acquisition. Language Learning 30: , FLEGE, J. E. The Production of New and Similar Phones in a Foreign Language: Evidence for the Effect of Equivalence Classification. Journal of Phonetics 15, p , FLEGE, J. E. English Vowel Production by Dutch Talkers: More Evidence for the New vs Similar Distinction. In: LEATHER & JAMES, A. (Ed) Second-Language Speech: Structure and Process. Berlin, Walter de Gruyter & Co., 1996 GUSSMANN, E. Phonology: Analysis and Theory. Cambridge: Cambridge University Press, HYLTENSTAM, K.; ABRAHAMSSON, N. Who Can Become Native-Like in a Second Language? All, Some, or None? Studia Linguistica v. 54, n. 2, p , LARSEN-FREEMAN, D. Chaos/Complexity Science and Second Language Acquisition. Applied Linguistics. v.2, n.18, p , LEE, J. J. The Native Speaker: An Achievable Model? Asian EFL Journal v. 7, n. 2,

15 . 43 MONARETTO, V. N. O.; QUEDNAU, L. R.; HORA, D. da. As consoantes do português. In: BISOL, L. (Org.). Introdução a estudos de fonologia do português brasileiro, 3ª ed. rev. Porto Alegre: EDIPUCRS, p , 2001, PAIVA, V. L.M.O. Modelo fractal de aquisição de línguas. In: BRUNO, F. T. C. (Org). Ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras: reflexão e prática. São Carlos: Claraluz, pp , PIERREHUMBERT, j. Exemplar Dynamics: Word Frequency, Lenition, and Contrast. In: BYBEE, J.; HOPPER P. (Ed.) Frequency Effects and the Emergence of Linguistic Structure. Amsterdam: John Benjamins, p , PISKE, T.; MACKAY, I. R. A.; FLEGE, J. E. Factors Affecting Degree of Foreign Accent in an L2: A Review. Journal of Phonetics v. 29, n. 2, p , ROACH, P. English Phonetics and Phonology: A Practical Course, 3ª ed. Cambridge: Cambridge University Press, SELINKER, L. Interlanguage. IRAL v.10, p , SOLÉ, M. J. Is Variation Encoded in Phonology? In: Proceedings of the 15th ICPhS. Barcelona, p , Resumo Este artigo examina a influência da assimilação regressiva de sonoridade do português, que afeta consoantes fricativas coronais em sândi externo, na produção oral de seis estudantes brasileiros de inglês. Segmentos semelhantes em inglês, quando funcionam como morfemas flexionais, também sofrem sistematicamente acomodação de sonoridade. Tal semelhança, porém, não garante um desempenho oral idêntico por parte de brasileiros aprendizes de inglês como LE e de falantes de inglês como LM. Explica-se o fato com base em modelos fonológicos que enfatizam o papel do uso na categorização de formas lingüísticas, conforme descrito por BYBEE (2001, 2002), PIERREHUMBERT (2001) e SOLÉ (2003). Palavras-chave: pronúncia; assimilação de sonoridade; inglês LE; fonologia de uso. Abstract This paper examines the influence of Portuguese regressive voicing assimilation of coronal fricatives across word boundaries in the oral production of six

16 44. Brazilian students of English as a Foreign Language. Since similar English segments are also systematically affected by voicing assimilation when they function as inflectional morphemes, the article provides a comparative description of the operation of voicing assimilation in English and Portuguese and argues that the transference registered in performance data of the subjects can be fully explained in the light of usage-based models of phonology as proposed by BYBEE (2001, 2002), PIERREHUMBERT (2001) and SOLÉ (2003). Key words pronunciation; voicing assimilation; English as a Foreign Language; usagebased phonology

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