Resumo e mais documentos em espanhol. Disponível em < Último acesso em
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- Rafaela Franca Taveira
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1 Resumo e mais documentos em espanhol. Disponível em < Último acesso em RESUMO DA CONTROVÉRSIA Atualizado em 21 de janeiro de 2009 Informes de Grupos Especiais e do Órgão de Apelação adotados Reclamação apresentada pelas Comunidades Européias. Em 20 de junho de 2005, as Comunidades Européias solicitaram a celebração de consultas com o Brasil a respeito da imposição de medidas que afetam desfavoravelmente as exportações ao mercado do Brasil, de pneumáticos recauchutados procedentes das CE. Estas desejam abordar as seguintes medidas: a imposição pelo Brasil de uma proibição de importação de pneus recauchutados; a adoção pelo Brasil de um conjunto de medidas que proíbem a importação de pneumáticos usados, que às vezes se aplicam contra as importações de pneumáticos recauchutados, apesar destes não serem pneumáticos usados; a imposição pelo Brasil, de uma multa de 400 reais por unidade à importação, assim como à comercialização, transporte, armazenamento, conservação ou manutenção em depósito ou em armazéns de pneumáticos recauchutados importados, mas não de pneumáticos recauchutados nacionais; e a exceção outorgada pelo Brasil aos pneumáticos recauchutados importados de outros países do MERCOSUL, com respeito à proibição de importação e com relação às sanções financeiras antes mencionadas, em resposta à resolução de um Tribunal do MERCOSUR estabelecido por solicitação do Uruguai. As CE consideram que as medidas mencionadas são incompatíveis com as obrigações que correspondem ao Brasil, de conformidade com o parágrafo 1 do artigo I 1, parágrafo 4 do artigo III parágrafo 1 do artigo XI e o parágrafo 1 do artigo XIII 2 do GATT de ARTIGO I TRATAMENTO GERAL DE NAÇÃO MAIS FAVORECIDA 1. Qualquer vantagem, favor, imunidade ou privilégio concedido por uma parte contratante em relação a um produto originário de ou destinado a qualquer outro país, será imediata e incondicionalmente estendido ao produtor similar, originário do território de cada uma das outras partes contratantes ou ao mesmo destinado, Este dispositivo se refere aos direitos
2 Em 4 de julho de 2005, a Argentina solicitou sua associação às consultas. Em 20 de julho de 2005, o Brasil aceitou a solicitação de associação às consultas apresentada pela Argentina. Em 17 de novembro de 2005, as Comunidades Européias solicitaram o estabelecimento de um grupo especial. Em sua reunião de 28 de novembro de 2005, o OSC-Órgão de Solução de Controvérsias aplazó o estabelecimento do grupo especial até que as Comunidades Européias formularam uma segunda solicitação. Em sua reunião de 20 de janeiro de 2006, o OSC estabeleceu o Grupo Especial. A Argentina, Austrália, Coréia, os Estados Unidos e o Japão se reservaram seus direitos como terceiros nessa reunião. Posteriormente, China, Cuba, Guatemala, México, Paraguai, Tailândia e o Taipei reservaram seus direitos como terceiros. Em 6 de março de 2006, as Comunidades Européias pediram ao Diretor General que estabelecesse a composição do Grupo Especial. Em 16 de março de 2006, o Diretor Geral estabeleceu a composição do Grupo Especial. Em 18 de setembro de 2006, o Presidente do Grupo Especial informou ao OSC de que o Grupo Especial não poderia concluir seus trabalhos no prazo de seis meses devido ao calendário que adotou levando em consideração a opinião das partes. O Grupo Especial prevê concluir seus trabalhos em dezembro de Em 21 de dezembro de 2006, o Presidente do Grupo Especial informou ao OSC de que o Grupo Especial não poderia concluir seus trabalhos em dezembro de 2006 e estimava que terminaria seu informe definitivo às partes até abril de Em 12 de junho de 2007, o Informe do Grupo Especial foi distribuído aos Membros, com as seguintes conclusões: No que diz respeito à proibição das importações de pneumáticos recauchutados, imposta pelo Brasil: i. A Portaria SECEX 14/2004 é incompatível com o Parágrafo 1 do artigo XI do GATT de , porque proíbe a expedição de licenças de importação aduaneiros e encargos de toda a natureza que gravem a importação ou a exportação, ou a elas se relacionem, aos que recaiam sobre as transferências internacionais de fundos para pagamento de importações e exportações, digam respeito ao método de arrecadação desses direitos e encargos ou ao conjunto de regulamentos ou formalidades estabelecidos em conexão com a importação e exportação bem como aos assuntos incluídos nos 1 e 2 do art. III. 2 ARTIGO XIII APLICAÇÃO NÃO DISCRIMINATÓRIA DAS RESTRIÇÕES QUANTITATIVAS 1. Nenhuma proibição ou restrição será aplicada por uma parte contratante à importação de um produto originário do território de outra parte contratante ou à exportação de um produto destinado ao território de outra parte contratante a menos que proibições ou restrições semelhantes sejam aplicadas à importação do produto similar originário de todos os outros países ou à exportação do produto similar destinado a todos os outros países. 3 ARTIGO XI ELIMlNAÇÃO GERAL DAS RESTRIÇÕES QUANTITATIVAS 1) Nenhuma parte contratante instituirá ou manterá, para a importação de um produto originário do território de outra parte contratante, ou para a exportação ou venda para exportação de um produto destinado ao território de outra parte contratante, proibições ou
3 de pneumáticos recauchutados e não está justificada pela alínea b do artigo XX do GATT de ; ii. A Portaria DECEX 8/1991, na medida em que proíbe a importação de pneumáticos recauchutados, é incompatível com o parágrafo 1 do artigo XI e não está justificada sob a alínea b do artigo XX do GATT de 1994; e iii. A Resolução 23/1996 do CONAMA não é incompatível com o parágrafo 1 do artigo XI. No que diz respeito às multas impostas pelo Brasil sobre a importação, comercialização, transporte, armazenamento, conservação ou manutenção em depósito ou em armazéns de pneumáticos recauchutados: o o Decreto n da Presidência, modificado pelo Decreto n da Presidência, é incompatível com o parágrafo 1 do artigo XI do GATT de 1994 porque impõe condições limitativas em relação com a importação de pneumáticos recauchutados, e não está justificado pela alínea b, nem pela alínea d 5, do artigo XX do GATT de No que diz respeito às medidas relativas aos pneumáticos recauchutados mantidas pelo Estado brasileiro do Rio Grande do Sul: o a Lei n , modificada pela Lei n , é incompatível com o parágrafo 4 do artigo III 6 do GATT de 1994 porque restrições a não ser direitos alfandegários, impostos ou outras taxas, quer a sua aplicação seja feita por meio de contingentes, de licenças de importação ou exportação, quer por outro qualquer processo. 4 ARTIGO XX EXCEÇÕES GERAIS Preâmbulo: Desde que essas medidas não sejam aplicadas de forma a constituir quer um meio de discriminação arbitrária, ou injustificada, entre os países onde existem as mesmas condições, quer uma restrição disfarçada ao comércio internacional, disposição alguma do presente capítulo será interpretada como impedindo a adoção ou aplicação, por qualquer Parte Contratante, das medidas: I [...]b) necessárias á proteção da saúde e da vida das pessoas e dos animais e á preservação dos vegetais; 5 d) necessárias a assegurar a aplicação das leis e regulamentos que não sejam incompatíveis com as disposições do presente acordo, tais como, por exemplo, as leis e regulamentos que dizem respeito à aplicação de medidas alfandegárias, à manutenção em vigor dos monopólios administrados na conformidade do 4º do art. II e do art. XVII à proteção das patentes, marcas de fábrica e direitos de autoria e de reprodução, e a medidas próprias a impedir as práticas de natureza a induzir em erro; 6 ARTIGO III TRATAMENTO NACIONAL EM MATÉRIA DE IMPOSTOS E DE REGULAMENTAÇÃO INTERNOS 1. Os produtos de qualquer Parte Contratante importados no território de outra Parte Contratante serão isentos da parte dos tributos e outras imposições internas de qualquer natureza que excedam aos aplicados, direta ou indiretamente, a produtos similares de origem nacional. Além disto, nos casos em que não houver no território importador produção substancial de produto similar de origem nacional, nenhuma Parte Contratante aplicará tributos internos novos ou mais elevados sobre os produtos de outras Partes Contratantes com o fim de conceder proteção à produção de produtos, diretamente competidores ou
4 outorga aos pneumáticos recauchutados importados um tratamento menos favorável do que o concedido a produtos nacionais similares e não está justificada sob a alínea b do artigo XX do GATT de Em 3 de setembro de 2007, as Comunidades Européias notificaram seu propósito de apelar diante do OAP-Órgão de Apelação contra determinadas questões de direito tratadas no informe do Grupo Especial e determinadas interpretações jurídicas formuladas por este. Em 31 de outubro de 2007, o Presidente do Órgão de Apelação informou ao OSC-Órgão de Solução de Controvérsias que, tendo em conta o tempo que se necessitava para a finalização e tradução do informe, o Órgão de Apelação não poderia distribuí-lo dentro do prazo de 60 dias. O Órgão de Apelação estimava que o informe seria distribuído aos Membros da OMC, no máximo até 3 de dezembro de Em 3 de dezembro de 2007, o Informe do Órgão de Apelação foi distribuído aos Membros e: confirmou a constatação do Grupo Especial de que se poderia considerar que a proibição das importações era necessária no sentido da alínea b do artigo XX e estava, portanto, justificada provisoriamente sob amparo da dita disposição; e constatou que o Grupo Especial não havia descumprido a obrigação que lhe impõe o substitutos, não taxados de maneira semelhante; os tributos internos dessa natureza, existentes, serão objeto de negociação para a sua redução ou eliminação. 2. Os produtos originários de qualquer Parte Contratante importados no território de qualquer outra Parte Contratante gozarão de tratamento não menos favorável que a concedido a produtos similares de origem nacional no que concerne a todas as leis, regulamentos e exigências que afetem a sua venda, colocação no mercado, compra, transporte, distribuição ou uso no mercado interno. As disposições deste parágrafo não impedirão a aplicação das taxas diferenciais de transportes, baseadas exclusivamente na utilização econômica dos meios de transporte e não na origem de produtos. 3. Na aplicação dos princípios do 2º deste Artigo as regulamentações quantitativas internas, relativas à mistura, transformação e uso dos produtos em determinadas quantidades ou proporções, as partes contratantes observarão as disposições seguintes: a) não será baixada nenhuma regulamentação que, formal ou efetivamente exija que qualquer quantidade ou determinada proporção do produto a que a regulamentação se aplicar deva proceder de fontes nacionais; b) Nenhuma Parte Contratante, formal ou efetivamente, restringirá a mistura, transformação ou uso de um produto de que não houver produção nacional de importância, a fim de proteger a produção nacional de um produto diretamente concorrente ou substituto. 4. As disposições do parágrafo 3º deste Artigo não se aplicarão a: a) qualquer medida de controle quantitativa interno, vigente no território de qualquer das Partes Contratantes a 1 de julho de 1939 ou a 10 de abril de 1947, à escolha da referida Parte Contratante, com a condição de que qualquer medida dessa natureza, que estiver em oposição ás disposições do parágrafo 3º deste Artigo, não será modificada em detrimento das importações e ficará sujeita a negociações visando à sua limitação, afrouxamento ou eliminação. b) qualquer regulamentação interna referente a filmes cinematográficos e de acordo com as disposições do Artigo IV.
5 artigo 11 do ESC- Entendimento de Solução de Controvérsias 7 de fazer uma avaliação objetiva dos fatos; revogou as constatações do Grupo Especial de que a exceção concedida ao MERCOSUL teria por conseqüência o fato de que a proibição das importações fora aplicada de forma a constituir uma discriminação injustificável e uma restrição disfarçada ao comércio internacional unicamente na medida em que teria tido por resultado volumes de importação de pneumáticos recauchutados que menosprezaram de maneira significativa o objetivo da referida proibição (art.xx); revogou as constatações do Grupo Especial de que as importações de pneumáticos usados - realizadas em virtude de mandamentos judiciais (liminares) - haviam dado lugar a que a proibição das importações se aplicasse de maneira a constituir uma discriminação injustificável e uma restrição disfarçada ao comércio internacional, unicamente na medida em que essas importações teriam acontecido em quantidades tais que desprezaram significativamente o objetivo da referida proibição. Constatou em lugar disso que as importações de pneumáticos usados - realizadas em virtude de mandamentos judiciais (liminares) - haviam dado lugar a que a proibição das importações se aplicasse de maneira a constituir uma discriminação injustificável e uma restrição disfarçada ao comércio internacional no sentido do preâmbulo do artigo XX; e com relação ao artigo XX do GATT de 1994, confirmou, ainda que por razões diferentes, as constatações do Grupo Especial de que a proibição das importações não estava justificada sob o amparo desse artigo. Em 17 de dezembro de 2007, o OSC adotou o informe do Órgão de Apelação e o informe do Grupo Especial, modificado pelo informe do Órgão de Apelação. Situação da aplicação dos informes adotados Na reunião do OSC de 15 de janeiro de 2008, o Brasil disse que tinha a intenção de aplicar as recomendações e resoluções do OSC de maneira compatível com as obrigações que lhe incumbem no âmbito da OMC. A esse respeito, o Brasil estava disposto a celebrar consultas com as Comunidades Européias sobre a duração adequada do prazo prudencial para a aplicação. Em 7 Artigo 11 Função dos Grupos Especiais A função de um grupo especial é auxiliar o OSC a desempenhar as obrigações que lhe São atribuídas por este Entendimento e pelos acordos abrangidos. Consequentemente, um grupo especial deverá fazer uma avaliação objetiva do assunto que lhe seja submetido, incluindo uma avaliação objetiva dos fatos, da aplicabilidade e concordância com os acordos abrangidos pertinentes e formular conclusões que auxiliem o OSC a fazer recomendações ou emitir decisões previstas nos acordos abrangidos. Os grupos especiais deverão regularmente realizar consultas com as partes envolvidas na controvérsia e propiciar-lhes oportunidade para encontrar solução mutuamente satisfatória.
6 4 de junho de 2008, as Comunidades Européias solicitaram uma arbitragem vinculante de conformidade com o parágrafo 3 c) do artículo 21 8 do Entendimento sobre Solução de Controvérsias. Em 26 de junho de 2008, em resposta à solicitação recebida em 16 de junho de 2008 das Comunidades Européias, o Diretor Geral designou ao Sr. Yasuhei Taniguchi que atuasse como árbitro. O Sr. Taniguchi aceitou a nomeação mediante uma carta datada de 20 de junho de 2008 dirigida às Comunidades Européias e ao Brasil. Em 29 de agosto de 2008, foi distribuído aos Membros o laudo arbitral. O Árbitro determinou que o prazo prudencial para que o Brasil aplicasse as recomendações e resoluções do OSC fosse de 12 meses desde a adoção dos informes do Grupo Especial e do Órgão de Apelação. O prazo prudencial expirou em 17 de dezembro de Em 7 de janeiro de 2009, as Comunidades Européias e o Brasil notificaram ao OSC um acordo de procedimento, concluído em 5 de 9 janeiro de 2009, com relação ao artigo 22 do ESC 8 3. Em reunião do OSC celebrada dentro de 30 dias após a data de adoção do relatório do grupo especial ou do Órgão de Apelação, o membro interessado deverá informar ao OSC suas intenções com relação à implementação das decisões e recomendações do OSC. Se for impossível a aplicação imediata das recomendações e decisões, o Membro interessado deverá para tanto dispor de prazo razoável. O prazo razoável deverá ser: [...] c) um prazo determinado mediante arbitragem compulsória dentro de 90 dias após a data de adoção das recomendações e decisões. Em tal arbitragem, uma diretriz para o árbitro será de que o prazo razoável para implementar as recomendações do grupo especial ou do Órgão de Apelação não deverá exceder a 15 meses da data de adoção do relatório do grupo especial ou do Órgão de Apelação. Contudo, tal prazo poderá ser maior ou menor, dependendo das circunstâncias particulares. 9 ART A compensação e a suspensão de concessões ou de outras obrigações são medidas temporárias disponíveis no caso de as recomendações e decisões não serem implementadas dentro de prazo razoável. No entanto, nem a compensação nem a suspensão de concessões ou de outras obrigações é preferível à total implementação de uma recomendação com o objetivo de adaptar uma medida a um acordo abrangido. A compensação é voluntária e, se concedida, deverá ser compatível com os acordos abrangidos. 2 - Se o Membro afetado não adaptar a um acordo abrangido a medida considerada incompatível ou não cumprir de outro modo as recomendações e decisões adotadas dentro do prazo razoável determinado conforme o parágrafo 3º do art. 21, tal Membro deverá, se assim for solicitado, e em período não superior à expiração do prazo razoável, entabular negociações com quaisquer das partes que hajam recorrido ao procedimento de solução de controvérsias, tendo em vista a fixação de compensações mutuamente satisfatórias. Se dentro dos 20 dias seguintes à data de expiração do prazo razoável não se houver acordado uma compensação satisfatória, quaisquer das partes que hajam recorrido ao procedimento de solução de controvérsias poderá solicitar autorização do OSC para suspender a aplicação de concessões ou de outras obrigações decorrentes dos acordos abrangidos ao Membro interessado. 3 - Ao considerar quais concessões ou outras obrigações serão suspensas, a parte reclamante aplicará os seguintes princípios e procedimentos: a) o princípio geral é o de que a parte reclamante deverá procurar primeiramente suspender concessões ou outras obrigações relativas ao(s) mesmo(s) setor(es) em que o grupo especial ou órgão de Apelação haja constatado uma infração ou outra anulação ou prejuízo;
7 b) se a parte considera impraticável ou ineficaz a suspensão de concessões ou outras obrigações relativas ao(s) mesmo(s) setor(es), poderá procurar suspender concessões ou outras obrigações em outros setores abarcados pelo mesmo acordo abrangido; c) se a parte considera que é impraticável ou ineficaz suspender concessões ou outras obrigações relativas a outros setores abarcados pelo mesmo acordo abrangido, e que as circunstâncias são suficientemente graves, poderá procurar suspender concessões ou outras obrigações abarcadas por outro acordo abrangido; d) ao aplicar os princípios acima, a parte deverá levar em consideração: i) o comércio no setor ou regido pelo acordo em que o grupo especial ou órgão de Apelação tenha constatado uma violação ou outra anulação ou prejuízo, e a importância que tal comércio tenha para a parte; ii) os elementos econômicos mais gerais relacionados com a anulação ou prejuízo e as conseqüências econômicas mais gerais da suspensão de concessões ou outras obrigações. e) se a parte decidir solicitar autorização para suspender concessões ou outras obrigações em virtude do disposto nos subparágrafos "b" ou "c", deverá indicar em seu pedido as razões que a fundamentam. O pedido deverá ser enviado simultaneamente ao OSC e aos Conselhos correspondentes e também aos órgãos setoriais correspondentes, em caso de pedido baseado no subparágrafo "b"; f) para efeito do presente parágrafo, entende-se por "setor": i) no que se refere a bens, todos os bens; ii) no que se refere a serviços, um setor principal dentre os que figuram na versão atual da "Lista de Classificação Setorial dos Serviços" que identifica tais setores;(14) (14) Na lista integrante do Documento MTN.GNG/W/120 são identificados onze setores. iii) no que concerne a direitos de propriedade intelectual relacionados com o comércio, quaisquer das categorias de direito de propriedade intelectual compreendidas nas Secções 1, 2, 3, 4, 5, 6 ou 7 da Parte II, ou as obrigações da Parte III ou da Parte IV do Acordo sobre TRIPS. g) para efeito do presente parágrafo, entende-se por "acordo": i) no que se refere a bens, os acordos enumerados no Anexo 1A do Acordo Constitutivo da OMC, tomados em conjunto, bem como os Acordos Comerciais Plurilaterais na medida em que as partes em controvérsia sejam partes nesses acordos; ii) no que concerne a serviços, o GATS; iii) no que concerne a direitos de propriedade intelectual, o Acordo sobre TRIPS. 4 - O grau da suspensão de concessões ou outras obrigações autorizado pelo OSC deverá ser equivalente ao grau de anulação ou prejuízo. 5 - O OSC não deverá autorizar a suspensão de concessões ou outras obrigações se o acordo abrangido proíbe tal suspensão. 6 - Quando ocorrer a situação descrita no parágrafo 2º, o OSC, a pedido, poderá conceder autorização para suspender concessões ou outras obrigações dentro de 30 dias seguintes à expiração do prazo razoável, salvo se o OSC decidir por consenso rejeitar o pedido. No entanto, se o Membro afetado impugnar o grau da suspensão proposto, ou sustentar que não foram observados os princípios e procedimentos estabelecidos no parágrafo 3º, no caso de uma parte reclamante haver solicitado autorização para suspender concessões ou outras obrigações com base no disposto nos parágrafos 3.b ou 3.c, a questão será submetida a arbitragem. A arbitragem deverá ser efetuada pelo grupo especial que inicialmente tratou do assunto, se os membros estiverem disponíveis, ou por um árbitro(15) designado pelo Diretor- Geral, e deverá ser completada dentro de 60 dias após a data de expiração do prazo razoável. As concessões e outras obrigações não deverão ser suspensas durante o curso da arbitragem. (15) Entende-se pela expressão "árbitro" indistintamente uma pessoa ou um grupo de pessoas. 7 - O árbitro(16) que atuar conforme o parágrafo 6º não deverá examinar a natureza das concessões ou das outras obrigações a serem suspensas, mas deverá determinar se o grau de tal suspensão é equivalente ao grau de anulação ou prejuízo. O árbitro poderá ainda determinar se a proposta de suspensão de concessões ou outras obrigações é autorizada pelo acordo abrangido. No entanto, se a questão submetida à arbitragem inclui a reclamação de que não foram observados os princípios e procedimentos definidos pelo parágrafo 3º, o árbitro deverá examinar a reclamação. No caso de o árbitro determinar que aqueles princípios e procedimentos não foram observados, a parte reclamante os aplicará conforme o disposto no parágrafo 3º. As partes deverão aceitar a decisão do árbitro como definitiva e as partes envolvidas não deverão procurar uma segunda arbitragem. O OSC deverá ser prontamente
8 informado da decisão do árbitro e deverá, se solicitado, outorgar autorização para a suspensão de concessões ou outras obrigações quando a solicitação estiver conforme à decisão do árbitro, salvo se o OSC decidir por consenso rejeitar a solicitação. (16) Entende-se pela expressão "árbitro" indistintamente uma pessoa, um grupo de pessoas ou os membros do grupo especial que inicialmente tratou do assunto, se atuarem na qualidade de árbitros. 8 - A suspensão de concessões ou outras obrigações deverá ser temporária e vigorar até que a medida considerada incompatível com um acordo abrangido tenha sido suprimida, ou até que o Membro que deva implementar as recomendações e decisões forneça uma solução para a anulação ou prejuízo dos benefícios, ou até que uma solução mutuamente satisfatória seja encontrada. De acordo com o estabelecido no parágrafo 6º do art. 21, o OSC deverá manter sob supervisão a implementação das recomendações e decisões adotadas, incluindo os casos nos quais compensações foram efetuadas ou concessões ou outras obrigações tenham sido suspensas mas não tenham sido aplicadas as recomendações de adaptar uma medida aos acordos abrangidos. 9 - As disposições de solução de controvérsias dos acordos abrangidos poderão ser invocadas com respeito às medidas que afetem sua observância, tomadas por governos locais ou regionais ou por autoridades dentro do território de um Membro. Quando o OSC tiver decidido que uma disposição de um acordo abrangido não foi observada, o Membro responsável deverá tomar as medidas necessárias que estejam a seu alcance para garantir sua observância. Nos casos em que tal observância não tenha sido assegurada, serão aplicadas as disposições dos acordos abrangidos e do presente Entendimento relativas à compensação e à suspensão de concessões e outras obrigações.(17) (17) Quando as disposições de qualquer acordo abrangido relativas às medidas adotadas pelos governos ou autoridades regionais ou locais dentro do território de um Membro forem diferentes das enunciadas no presente parágrafo, prevalecerão as disposições do acordo abrangido.
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