O PLANEJAMENTO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS COMERCIAIS POR MEIO DA ATUAÇÃO DA CONTROLADORIA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O PLANEJAMENTO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS COMERCIAIS POR MEIO DA ATUAÇÃO DA CONTROLADORIA"

Transcrição

1 FACULDADE LOURENÇO FILHO BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS ELIS MARIA CARNEIRO CAVALCANTE O PLANEJAMENTO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS COMERCIAIS POR MEIO DA ATUAÇÃO DA CONTROLADORIA FORTALEZA 2010

2 1 ELIS MARIA CARNEIRO CAVALCANTE O PLANEJAMENTO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS COMERCIAIS POR MEIO DA ATUAÇÃO DA CONTROLADORIA Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do Grau de Bacharel em Ciências Contábeis da Faculdade Lourenço Filho. Orientador Prof. Ms. Rafael Heliton Pereira Vilela FORTALEZA 2010

3 2 Elis Maria Carneiro Cavalcante O PLANEJAMENTO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS COMERCIAIS POR MEIO DA ATUAÇÃO DA CONTROLADORIA Monografia apresentada à Faculdade Lourenço Filho, como requisito parcial necessário à obtenção de grau de Bacharel em Ciências Contábeis. Banca Examinadora Prof. Ms. Rafael Heliton Pereira Vilela (ORIENTADOR) Profa. Ms. Suelene Silva Oliveira Profa. Esp. Christiane Sousa Ramos Fortaleza, 29 de Junho de 2010

4 A minha mãe, exemplo de determinação, coragem e confiança. Ao Wallison, pelo amor, apoio nos momentos necessários e pela motivação desse projeto. 3

5 4 AGRADECIMENTOS A Deus, fonte de luz e sabedoria por ter sempre iluminado meu caminho para que eu pudesse concluir mais essa etapa na minha vida pessoal e profissional. A minha mãe e companheira do dia-a-dia, pelo apoio e sua crença que sempre expressam, na minha vontade de vencer, garra e discernimento. Ao meu pai que mesmo distante, representa segurança e comforto, meu porto seguro; A minha avó materna, Josefa Maria de Jesus em memória que muito feliz deve estar onde quer que esteja. A minha família, por todo suporte, confiança depositada, amor e carinho demonstrados em todos os anos de minha vida. Aos colegas da FLF e os companheiros de disciplina pela convivência e ambiente saudável proporcionados. A minha amiga Paula Luciana, pela amizade e força pelo carinho. A SME, meu primeiro emprego e fonte de uma gama de aprendizado que servirá durante toda a minha vida profissional. Ao professor Rafael Vilela, pela orientação, pelo apoio, e profissionalismo, pelos ensinamentos fundamentais e pela amizade demonstrada nestes anos de convivência Ao Wallison, por estar sempre ao meu lado e que muito me incentivou para a conclusão desse projeto. Enfim, meu muito obrigado a todos!

6 5 RESUMO As micro e pequenas empresas comerciais representam 99% da malha empresarial nacional. Com as constantes mudanças e aumentos na competitividade entre essas empresas, é cada vez mais necessária uma política especializada de gestão. E é por conseqüência dessas mudanças que surgiu a controladoria, representada pela figura do controller, que vem a cada dia crescendo e ganhando mercado. Muitos desses empresários não são preparados para isto, dessa forma, o contador passa a ser o mais procurado e tem de responder as questões e auxiliar cada vez mais estes empresários. A Controladoria se torna relevante por ser um órgão dentro da organização responsável pelas informações que apóia o processo de planejamento e controle da gestão no intuito de otimizar o resultado e o desempenho organizacional. O objetivo deste trabalho é analisar a aplicabilidade dos conhecimentos da controladoria para micro e pequenas empresas comerciais. A metodologia utilizada inclui pesquisas bibliográficas, documental, descritiva e o estudo de caso. Após a análise do estudo de caso, verificou-se a sua efetiva contribuição para melhor apoiar as gestões de micro e pequenas empresas de modo a consecução dos objetivos seja atingida por meio de melhores meios para seu desempenho organizacional. Palavras-chave: Controladoria, Planejamento, Micro e Pequena Empresas.

7 6 LISTA DE FIGURAS, QUADROS E TABELAS Figura 1 - Sistema de planejamento estratégico de uma empresa ou área Figura 2 - Ciclo de aprimoramento contínuo Figura 3 - Diagrama de um sistema aberto Figura 4 - Organograma da Companhia do Lar Móveis e Eletros 47 Quadro1- Componentes do Perfil Empreendedor Tabela 1 - Classificação das micro e pequenas empresas de acordo com o número de empregados... 38

8 7 LISTA DE ABRAVIATURAS E SIGLAS PME Pequena Média Empresa SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas

9 8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO PLANEJAMENTO Considerações Iniciais Conceito Objetivos do Planejamento Características do Planejamento Tipos de Planejamento Planejamento Estratégico Planejamento Tático (Gerencial) Planejamento Operacional Implementação do Planejamento Orçamento Execução Controle CONTROLADORIA Conceitos Evolução da Contabilidade a Controladoria Função da Controladoria O Perfil e Funções do Controller Subsistemas Empresarias Subsistema no Cumprimento da Missão Empresarial Subsistema Institucional Subsistema Físico Subsistema Social Subsistema Organizacional Subsistema de Gestão Subsistema de Informação MICRO E PEQUENAS EMPRESAS Características das Empresas de Pequeno Porte Vantagens e Desvantagens das Pequenas Empresas Perfil do Pequeno Empreendedor Moderno Modelo de Gestão das Micro e Pequenas Empresas O Contador nas Micro e Pequenas Empresas Comerciais ESTUDO DE CASO Histórico Produtos Subsistemas Empresariais Subsistema Institucional Subsistema Fisico Subsistema Social Subsistema de Gestão Subsistema Organizacional Subsistema de Informação Ambiente externo... 47

10 9 5APLICABILIDADE DO PLANEJAMENTO E FUNÇÕES DA CONTROLADORIA NO ESTUDO DE CASO Proposição de um planejamento Proposição da Implementação das Funções da Controladoria CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS... 56

11 10 INTRODUÇÃO A cada dia o fluxo de informações dentro de uma empresa fica maior e mais complexo, exigindo cada vez mais um número maior de dados para auxiliar a tomada de decisões. E essa complexa malha organizacional exige uma demanda cada vez maior de profissionais que consigam ter uma visão ampla. A Controladoria proporciona ao profissional atuar na área econômica e financeira através do desenvolvimento de um sistema de informações gerenciais que proporcione essa visão ampla, com base de dados da contabilidade, que facilite o posicionamento dos executivos numa empresa, desde o aspecto operacional até o estratégico. No Brasil, nove em cada dez empresas são classificadas como micro ou pequena empresa de acordo com o Sebrae (Sistema Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), as quais absorvem maior contingente de mão de obra em relação as grandes. O problema é que muitas dessas empresas não suportam as pressões normais do cotidiano e acabam encerrando suas atividades com pouco tempo de vida. Cerca de 70% das micros e pequenas empresas comerciais abertas anualmente no Brasil fecham antes de completar cinco anos, de acordo com dados do Sebrae. Muitos empresários defendem que o principal motivo para o fechamento de suas empresas seria a instabilidade econômica; dificuldade para aquisição de financiamentos, juros altos, queda do poder aquisitivo, etc. Sendo assim, poderemos nos utilizar dos conhecimentos da Controladoria como ferramenta para solucionar este problema. Ela servirá como fonte teórica para a realização desse planejamento. Na Controladoria, trabalham-se dados e informações fornecidas pela contabilidade e pela administração, visando sempre mostrar aos administradores, através da figura do controller, os pontos fracos presentes e futuros que podem colocar em risco ou reduzirem a rentabilidade da empresa.

12 11 A tarefa da Controladoria requer aplicação de princípios sadios, os quais abrangem todas as atividades empresarias, desde o planejamento inicial até a obtenção do resultado final. Sendo assim, veremos como podem ser aplicados ao planejamento os conhecimentos da Controladoria e como o controller pode contribuir para tal. De acordo com dados estatísticos do SEBRAE, nove em cada dez empresas se qualificam como micro ou pequena empresa e estas absorvem um maior contigente de mão-de-obra em relações às de grande porte. A cada ano, sete em cada dez empresas abertas acabam por encerrar suas atividades com menos de cinco anos de existência. Existe esse grande problema porque os administradores muita vezes não administram bem suas empresas e isso acarreta dificuldades e sofrem pressões do cotidiano e isso acaba por encerrandos suas atividades.são postos de serviços fechados, produtos ou serviços que deixam de ser oferecidos à sociedade, enfim um verdadeiro desperdício dos recursos que compõem as organizações. Muitos empresários defendem que a instabilidade econômica seria a maior razão para o fechamentos de suas empresas; dificuldades para a aquisição de financiamentos, juros altos, queda do poder aquisitivo, etc. Realmente estes fatores ocorrem e têm grande peso na administração das micros empresas, mas são os principais fatores causadores de tantos problemas. Segundo Catelli (2007), atualmente muitas empresas e organizações privadas e públicas já se utilizam de um setor de Controladoria para solução de problemas relacionados a: adequação de modelos de gestão à gestão por resultados; adaptação do processo de planejamento e controle à nova realidade empresarial; implantação de sistemas de informações gerenciais (Orçamento, custo e contabilidade); implantação de sistemas de simulação de transações (modelos de decisão); avaliação de desempenho de unidades de negócio e; formação de preços e mensuração dos ativos.

13 12 Nesse sentido, o presente estudo pretende responder ao seguinte questionamento: de que forma o planejamento com a atuação da Controladoria auxilia o processo de gestão e avaliação de resultados de micro e pequenas empresas comerciais? O presente trabalho tem como objetivo do ponto de vista teórico evidenciar o planejamento, tanto em âmbito estratégico como no operacional utilizando a Controladoria como indutora desse processo no contexto das micro e pequenas empresas comerciais. Como objetivos específicos este trabalho busca: Analisar o arcabouço teórico do planejamento para as micro e pequenas empresas comerciais. Avaliar a implementação das funções da Controladoria das grandes empresas para o contexto das micros e pequenas empresas comerciais. Demonstrar a aplicabilidade do planejamento com a atuação da Controladoria nas micros e pequenas empresas comerciais. O planejamento com indução da Controladoria auxilia o processo de gestão e avaliação de resultados de micro e pequenas empresas comerciais. A presente pesquisa foi realizada através de metodologia bibliográfica, documental, descritiva e o estudo de caso. A metodologia bibliográfica foi feita através de pesquisas em livros e textos, pelo qual obtive fontes de dados importantes em relação a empresa para assim exercer o que está sendo abordado. A característica da pesquisa documental é que a fonte de coleta de dados está restrita a documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias, estas podem ser realizadas no momento em que o fato ou fenômeno ocorre, ou depois.

14 13 Na análise descritiva o ambiente natural é a própria fonte para a coleta de dados e o pesquisador é o instrumento chave, onde tende a analisar os dados indutivamente. O estudo de caso, no qual se desenvolveu a proposta de configuração da controladoria para dar suporte ao processo de gestão para uma empresa de móvies e eletrodomésticos, foi realizado na empresa Companhia do Lar Móveis e Eletros, localizada na cidade de Fortaleza, estado do Ceará. A metodologia utilizada na elaboração desse trabalho foi baseada em pesquisas bibliográficas, em artigos eletrônicos via Internet, e principalmente em problemas constatados em uma micro empresa, através de pequisas e observações realizadas durante a elaboração do trabalho. Como solução ao problema, será realizado um trabalho convergente entre teoarias já existentes e práticas voltadas como auxílio ao administrador dessa empresa. A primeira seção é a introdução que demonstrará a relevância do tema, problematização, objetivos da pesquisa, pressupostos, metodologia, assim como a organização do trabalho. Além da introdução, a monografia está composta do segundo capítulo, que discorre sobre os conceitos de planejamento, seus objetivos, e caracteristicas juntamente com cada tipo de planejamento. No terceiro capítulo, descreve a controladoria, suas características, sua área de atuação, atividades e funções. O quarto capítulo, aborda os aspectos relacionados às micro e pequenas empresas, suas características, vantangens, desvantagens, perfil do empreendedor entre outros aspectos.

15 14 O quinto estuda uma empresa comercial varejista no ramo de móveis e eletros suas características e seus processos internos. Enquanto o sexto estuda um modelo de atuação da controladoria para loja de móveis e eletrodomésticos de pequeno porte, fundamentado pelo arcabouço teórico. E, por fim, na conclusão se verifica o atendimento à questão do problema da pesquisa e a análise do alcance dos objetivos propostos, destacando-se a abrangência, as limitações e as sugestões, seguindo-lhe a relação de obras e autores que assinam empírica e teoricamente o estudo.

16 15 1 PLANEJAMENTO 1.1 Considerações Iniciais Este capítulo discorre sobre os aspectos conceituais do Planejamento, seus objetivos, características, tipos e o funcionamento auxiliando no processo de gestão para a tomada de decisões dentro de uma organização. A necessidade de planejar surgiu, no início dos anos 60, em resposta à ansiedade das empresas em saber em que nível de competitividade e atuação perante seus competidores no mercado elas se posicionavam. Isso gerou necessidade de definir objetivos organizacionais, acreditando que com isso se facilitaria a avaliação final. (KWASNICKA, 2007). Apesar de o modelo de gestão econômica trabalhar com a terminologia clássica de administração, usando termos como planejamento estratégico, planejamento operacional, execução e controle, esses elementos causam conformações específicas, sendo também notáveis a não-adoção do termo planejamento tático e o papel de extrema relevância ganho pela simulação. Esse é um modelo eminentemente prático, onde a realidade da gestão empresarial é trabalhada de forma pragmática, buscando-se as máximas eficiências e eficácia na consecução dos objetivos organizacionais. 1.2 O Conceito de Planejamento O planejamento consiste em estabelecer com antecedências as ações executadas dentro de cenários e condições preestabelecidas, estimando os recursos a serem utilizados e atribuindo as responsabilidades, para atingir os objetivos fixados. Os objetivos fixados poderão ser atingidos somente com um sistema de planejamento adequadamente estruturado. (HOJI, 2006) De acordo com a literatura administrativa (TERENCE, 2002) definem as seguintes características que formam o conceito de planejamento: a) é a definição de um futuro desejado e de meios eficazes para alcançá-los; b) significa o desenvolvimento de um programa para realização de objetivos e metas organizacionais, envolvendo a escolha de um curso de ação, a

17 16 decisão antecipada do que deve ser feito e a determinação de quando e como a ação deve ser realizada; c) é o processo de estabelecer objetivos e linhas de ação deve ser realizada. O conceito de planejamento apresenta dois aspectos bastante destacados na administração: eficácia e eficiência. A eficácia diz respeito à capacidade de obter o sucesso com o qual os objetivos são alcançados; já eficiência é a capacidade de obter bons produtos utilizando a menor quantidade de recursos. (CATELLI, 2007). De acordo com Kwasnicka ( 2007), a função planejar é definida como análise de informações relevantes do presente e do passado e a avaliação dos prováveis desdobramentos futuros, permitindo que seja traçado um curso de ação que leve a organização a alcançar bom termo em relação a sua estratégia competitiva e obter vantagem competitiva perante seus concorrentes. Segundo Ackof (1980, p. 45), planejamento pode ser definido como o projeto de um estado futuro desejado e os meios efetivos para torná-los realidade. Planejamento não é o seu produto, ou seja, o plano, mas o processo envolvido, nesse sentido, o papel do responsável do planejamento não é simplesmente elaborá-lo, mas facilitar o processo de sua elaboração pela própria empresa e deve ser realizado pelas áreas pertinentes ao processo. O planejamento é a mais básica de todas as funções administrativas, e a habilidade pela qual essa função é desempenhada determinada o sucesso de todas as operações. Planejar pode ser definido como o processo de pensamento que se precede a ação e está direcionado para que se tomem decisões no momento presente com o futuro em vista. (CATELLI, 2007).1.3 Objetivos Os objetivos do planejamento podem ser englobados em dois: determinar objetivos adequados e preparar para mudanças adaptadas e inovativas. Produzindo estado futuro desejado e os caminhos para atingi-lo.

18 17 Os objetivos são alvos que direcionam a especificação das atividades e os esforços das pessoas; sem eles há desperdício e as reais chances de ineficácia nas ações empreendidas (CERTO, 1995). Segundo Maximiano (2008), objetivos são resultados desejados, que orientam o intelecto e a ação. São fins, propósitos, intenções ou estados futuros que as pessoas e as organizações pretendem alcançar, por meio da aplicação de esforços e recursos. Stoner e Freeman (1999) destacam que os objetivos precisam ser específicos, mensuráveis, realistas e claros. 1.4 Características do Planejamento Algumas características do planejamento são abordadas a seguir, de acordo com os autores Mosimann e Fish (1999): a) O planejamento antecede as operações. Essas devem ser compatíveis com o que foi estabelecida no planejamento. b) O planejamento sempre existe em uma empresa, embora muitas vezes não esteja expresso ou difundido. Quando informal, estará contido, no mínimo, no cérebro do dirigente. C) O planejamento deve ser um processo dinâmico, associado ao controle permanente, para poder se adaptar às mudanças ambientais. Quando não há planejamento, não pode haver controle. d) Os riscos envolvidos no processo decisório, aumentando a probabilidade de alcance dos objetivos estabelecidos para a empresa. e) O planejamento deve interagir permanentemente com o controle, para que possa saber se está sendo eficaz, isto é alcançando seus objetivos, pois planejamento sem controle não tem eficácia. f) Associado ao controle, o planejamento serve para a avaliação de desempenho da empresa e das áreas.

19 Tipos de Planejamento De acordo com Mosimann e Fish (1999), a amplitude ou nível de atuação do planejamento pode classificá-los em três tipos: 1) Planejamento Estratégico; 2) Planejamento Tático (gerencial) e; 3) Planejamento Operacional. O planejamento estratégico e operacional, tendo em vista que o planejamento tático é enfocado aqui como sendo o planejamento estratégico de cada área. Confunde-se, pois, com o próprio planejamento estratégico da empresa como um todo se tratarmos cada área da empresa como outra empresa, inserida num cenário ambiental que é a empresa maior Planejamento estratégico Planejamento estratégico é o processo de estruturar e esclarecer os cursos de ações da empresa e os objetivos que devem alcançar. Há diversos componentes nesse processo intelectual, principalmente: A missão, que é a razão do ser da organização, onde reflete seus valores, sua vocação e suas competências; O desempenho da organização; Os desafios e oportunidades do ambiente; Os pontos fortes e fracos dos sistemas internos da organização; As competências dos planejadores em termos de conhecimentos, de técnicas, suas atitudes em relação ao futuro e seu interesse em planejar. Segundo Drucker (2003), o planejamento estratégico não envolve decisões futuras e sim a futuridade das decisões atuais. O que interessa ao administrador são efeitos que sua decisão, hoje terá no futuro previsível. As conseqüências e efeitos futuros desejados são as molas propulsoras do ato de decidir agora.

20 19 A finalidade do planejamento estratégico é estabelecer quais serão os caminhos a serem percorridos para se atingir a situação desejada. É a arte de passagem do estágio onde estou para onde quero ir. Pode-se conceituar, então, planejamento estratégico como aquele planejamento que, centrado na interação da empresa com seu ambiente externo, focalizando as ameaças e oportunidades ambientais e seus reflexos na própria empresa, evidenciando seus pontos fortes e fracos, define as diretrizes estratégicas. Entende-se que o planejamento estratégico deva detectar em sua fase de processamento o grau de resistência que encontrará para que seja implementado o que deverá ser feito para eliminar a resistência. VARIAVEIS VARIÁVEIS AMBIENTAIS AMBIENTAIS MISSÃO MISSÃO CRENÇAS CRENÇAS E VALORES VALORES MODELO DE GESTÃO RESPONSABILIDADE SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO DESEJADA PLANEJAMENT O ESTRATÉGICO -projeção de cenários - avaliações das ameaças e oportunidades ambientais. - detecção dos pontos fortes e fracos da empresa PLANO ESTRATÉGIC O Diretrizes estratégicas - políticas - objetivos - princípios SISTEMA DE INFORMAÇÃO Figura 1 - Sistema de planejamento estratégico de uma empresa ou área.fonte: Mosimann e Fisch (1999, p. 49) Planejamento Tático (gerencial) Planos funcionais (também chamados estratégias ou planos administrativos, departamentais ou táticos são elaborados para possibilitar a realização dos planos

21 20 estratégicos. Abrangem áreas de atividades especializadas da empresa (marketing, operações, recursos humanos, finanças, novos produtos) Planejamento operacional De acordo com Nascimento e Reginato (2009), o planejamento operacional tem por origem fixar parâmetros e direcionar a execução das decisões. De forma mais específica, ele é a representação quantitativa das diretrizes originadas do planejamento estratégico. Ao mesmo tempo o planejamento operacional passa a ser a base de controle e avaliação de desempenho, visto ser o parâmetro para qualificar a eficácia atingida pela execução das operações realizadas. Assim é o planejamento operacional que irá viabilizar a tomada de decisões. Maximiano (2008), relata que o planejamento operacional é o processo de definir meios para a realização de objetivos, como atividades e recursos. Os planos operacionais, também chamados estratégias operacionais, especificam atividades e recursos que são necessários para a realização de qualquer espécie e objetivo. O planejamento operacional consiste na definição de políticas e metas operacionais da empresa, consubstanciadas em planos para determinado período de tempo, em consonância com as diretrizes estratégicas estabelecidas. Da mesma forma, como no planejamento estratégico, a missão, as crenças, os valores, o modelo de gestão e a responsabilidade social da empresa fazem parte do input do planejamento operacional. Informações a respeito da situação atual, objetivo que se quer atingir (situação desejada) e mais as diretrizes estratégicas, resultantes do planejamento estratégico, também perfazem as entradas do sistema de planejamento operacional.

22 Implementação do Planejamento Orçamento O orçamento é um plano detalhado da aquisição e do uso dos recursos financeiros ou de outra natureza, durante um período especificado. Ele representa um plano para o futuro, expresso em termos quantitativos. O orçamento geral é um resumo dos planos da empresa, e estabelece metas específicas das atividades de venda, produção, distribuição, financeira, etc. e, que geralmente, é representado por um orçamento de caixa, uma demonstração de resultado orçada e um balanço patrimonial orçado. Entre as muitas vantagens que temos em possuir um orçamento bem elaborado, podemos citar: Fornecer um meio de transmitir os planos da administração a toda a organização; Forçar os administradores a pensar no futuro e planejá-lo; Revelar os potenciais gargalos ou problemas que a empresa pode vir a encontrar antes que eles ocorram; e Definir metas que servirão de níveis de referência para a subseqüente avaliação de desempenho Execução Segundo Mosimann e Fisch (1999, p. 37): A execução é a fase do processo de gestão na qual as coisas acontecem, as ações emergem. Essas ações devem estar em consonância com o que anteriormente foi planejando. Dessa forma, o planejamento antecede as ações de execução. É por meio das ações (do fazer) que surgem os resultados. Compreende a fase em que os planos são adotados, as ações se concretizam e as transações ocorrem. Neste momento, é possível que ajustes ainda sejam requeridos para uma adequada implementação do planejamento operacional, tais como mudanças na programação e a conseqüente necessidade de identificação de novas alternativas para adequar-se às mudanças procedidas.

23 22 A execução das atividades se reveste de grande importância nas empresas, pois é nessa fase que os recursos são consumidos e os produtos gerados, o que vale dizer que é nessa etapa que ocorrem as mais significativas variações patrimoniais relacionadas às operações físico-operacionais de uma organização. A execução não está restrita somente aos processos manufatureiros de bens, mas também a produção de serviços, tais como escritórios, hospitais, escolas, estúdios de criação intelectual, etc. Os serviços auxiliares de produção de bens e serviços, tais como contabilidade, xerox, vendas, etc., têm a etapa de execução, pois processam insumos para transformá-los em serviços. Cada etapa do planejamento na empresa vai ter a sua fase de execução. Isso acontece desde quando o planejamento está sendo elaborado realmente. Segundo Mosimann e Fisch (1999, p. 37), assim, pode-se afirmar que existe: a) o planejamento, a execução e o controle do planejamento; b) o planejamento, a execução e o controle da execução; e c) o planejamento, a execução e o controle do próprio controle. A gestão operacional, exposta anteriormente, preocupa-se com a execução de cada etapa do processo de gestão de cada área da empresa e da empresa como um todo. Todas as etapas do processo de gestão são suportadas pelo sistema de informações, para fins de planejamento e controle. Durante a etapa de execução, é quando são armazenados os dados referentes ao desempenho realizado para posterior análise e elaboração dos relatórios para a comparação com os planos (planejados).

24 Controle A última etapa do processo decisório, de acordo com Mosimann e Fish (1999), denominada controle, na realidade não ocorre por último. Por que esta está associada a todas as fases do processo. Ocorre no planejamento, na execução e em si própria. Não há como dissociá-la das fases do processo decisório, razão pela qual se pode considerar as demais fases, juntamente com o controle, como um grande modelo de controle. Não faz sentido planejar se o que foi planejado não se constituir em uma diretriz para a execução, e, da mesma forma, não se deve planejar sem haver controle dos desvios em relação ao planejamento e as causas desses desvios e conseqüentemente tomada de ações corretivas. De outro modo, o controle deve incidir sobre o próprio processo de controle, para detectar se a forma como se está sendo empregado está sendo eficaz. Nem sempre a busca da maximização dos resultados de um setor, tomada de forma isolada, significa que esta área estará contribuindo para a maximização dos resultados da empresa como um todo. Muitas vezes a maximização do resultado de um setor, tomada isoladamente, pode reduzir o resultado de outra, com repercussões negativas no resultado global da empresa. O próximo capítulo abordará aspectos relacionados à Controladoria, seus conceitos, evolução, função e perfil do controller bem como os subsistemas empresarias.

25 24 2 CONTROLADORIA 2.1 Conceitos Para Catelli (2007) e os autores Mosimann e Fisch (1999), a controladoria consiste em um corpo de doutrinas e conhecimentos relativos à gestão econômica. Pode ser visualizada sob dois enfoques: 1. Como um órgão administrativo com uma missão, funções e princípios norteadores do modelo de gestão e sistema empresa e; 2. Como uma área do conhecimento humano com fundamentos, conceitos, princípios e métodos oriundos de outras ciências. Para Mosimann e Fisch (1999), a Controladoria pode ser conceituada como um conjunto de princípios, procedimentos e métodos oriundos das ciências da Administração, Economia, Psicologia, Estatística e principalmente da Contabilidade, que se ocupa da gestão econômica das empresas, com o fim de orientá-las para a eficácia. Padoveze (2003), por sua vez, conceitua Controladoria como departamento dentro da organização, responsável pelo sistema de informações de toda a empresa, sendo ao mesmo tempo coordenadora de todos os departamentos, buscando alcançar os objetivos da empresa e maximização dos resultados. Tem como principal função dar apoio aos gestores na tomada de decisões. Oliveira, Perez Jr. e Silva (2007) entendem Controladoria como o departamento responsável pelo projeto, elaboração, implementação e manutenção do sistema integrado de informações operacionais, financeiras e contábeis de determinada entidade, com ou sem fins lucrativos, sendo considerada por muitos autores como estágio evolutivo da Contabilidade. 2.2 Evolução da Contabilidade a Controladoria Atualmente, vive-se em ambiente caracterizado por constantes mudanças (globalização, competição, avanço tecnológico, qualidade, baixo custo, flexibilidade e novo mercado mundial). Por esta razão, o exercício da gestão, nas organizações, e as necessidades empresarias são cada vez maiores, no que tange as informações

26 25 mais seguras que respaldam as tomada de decisão. Amaral e Rodrigues (2006) afirmam que tais mudanças constituem oportunidades, mas também podem em ameaças à sobrevivência das empresas, exigindo respostas eficazes que conduzam as firmas ao alcance de seus proprietários. p. 149), Para Chandler (1962), Mambrini, Beuren e Colauto (2002 apud SANTOS 2004, Nas grandes organizações norte-americanas, a Controladoria surgiu com a finalidade de realizar o controle centralizado de todos os negócios da empresa, envolvendo suas filiais, subsidiarias divisões etc. Nessa fase, essa função era exercida por profissionais da área financeira ou contabilidade por cauda das suas exigências para lidar com informações econômicas financeira, além da ampla visão sistêmica da dinâmica empresarial. Segundo Oliveira e Ponte (2006), a Controladoria chegou às organizações para suprir a deficiência da Contabilidade no suprimento de informações gerenciais que visem à eficácia empresarial. Sendo assim os contadores perceberam a necessidade de incorporar conhecimentos de gestão empresarial, flexibilizar o modelo contábil existente e desenvolver novas ferramentas de pesquisas e avaliação, como forma de participarem do processo de gestão, afastando, desse modo, as críticas que apontam sua função como meramente direcionada a atender as exigências societárias. Em virtude disso, o profissional da Contabilidade juntamente com sua profissão passou por diversas modificações, instando, ambos a alterarem suas habilidades e competências. (PELEIAS E BRUSSOLO, 2003). Ainda segundo Peleias e Brussolo (2003, p. 1) na atualidade, em função das mudanças no mercado de trabalho e de uma maior especialização requerida, este profissional pode crescer rapidamente dentro das organizações, ocupando cargo como Gerente de Contabilidade, de Custos, Orçamentos, Administrativo-Financeiro e Controller. Martin (2002, p. 25) afirma que as transformações da Contabilidade Gerencial estão ocorrendo no mundo inteiro; então colocá-la em sintonia com as transformações recentes no panorama mundial dos negócios; uma vez que essas mudanças são impositivo ás organizações.

GABRIELA CHRISTINA WAHLMANN UM ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE A ATIVIDADE DE CONTROLADORIA NAS MICROEMPRESAS NA CIDADE DE UBATUBA

GABRIELA CHRISTINA WAHLMANN UM ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE A ATIVIDADE DE CONTROLADORIA NAS MICROEMPRESAS NA CIDADE DE UBATUBA GABRIELA CHRISTINA WAHLMANN UM ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE A ATIVIDADE DE CONTROLADORIA NAS MICROEMPRESAS NA CIDADE DE UBATUBA CARAGUATATUBA - SP 2003 GABRIELA CHRISTINA WAHLMANN UM ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE

Leia mais

FACULDADE LOURENÇO FILHO RONDINELLY COELHO RODRIGUES

FACULDADE LOURENÇO FILHO RONDINELLY COELHO RODRIGUES 0 FACULDADE LOURENÇO FILHO RONDINELLY COELHO RODRIGUES UMA PROPOSTA DE METODOLOGIA DE TRABALHO BASEADA EM CONTABILIDADE GERENCIAL PARA UMA EMPRESA DE PEQUENO PORTE SITUADA NO INTERIOR DO ESTADO DO CEARÁ

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO NA REGIÃO DE JUNDIAÍ

A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO NA REGIÃO DE JUNDIAÍ FACULDADE CAMPO LIMPO PAULISTA FACCAMP PROGRAMA DE MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO NA REGIÃO DE JUNDIAÍ Adaní Cusin

Leia mais

SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE DEPARTAMENTO DE PROJETOS DA PAISAGEM PROJETO DE RECUPERAÇÃO DE MATAS CILIARES

SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE DEPARTAMENTO DE PROJETOS DA PAISAGEM PROJETO DE RECUPERAÇÃO DE MATAS CILIARES SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE DEPARTAMENTO DE PROJETOS DA PAISAGEM PROJETO DE RECUPERAÇÃO DE MATAS CILIARES Currso:: Gesttão de Prrojjettos APOSTIILA maio, 2006 Introdução Conseguir terminar o

Leia mais

VIABILIDADE DE ABERTURA DE UMA EMPRESA NO RAMO DE BELEZA E ESTÉTICA

VIABILIDADE DE ABERTURA DE UMA EMPRESA NO RAMO DE BELEZA E ESTÉTICA Instituto de Ciências Econômicas e Gerenciais Curso de Ciências Contábeis VIABILIDADE DE ABERTURA DE UMA EMPRESA NO RAMO DE BELEZA E ESTÉTICA Andréa Gomes de Oliveira Belo Horizonte 2011 Andréa Gomes de

Leia mais

UM MODELO PARA PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

UM MODELO PARA PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE INFORMÁTICA TRABALHO DE GRADUAÇÃO UM MODELO PARA PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE PEQUENAS EMPRESAS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Autor: Rodrigo Queiroz da Costa Lima

Leia mais

Evolução dos Recursos Humanos nas Empresas? Da Retórica às Práticas Antigas com Novas Roupagens

Evolução dos Recursos Humanos nas Empresas? Da Retórica às Práticas Antigas com Novas Roupagens Evolução dos Recursos Humanos nas Empresas? Da Retórica às Práticas Antigas com Novas Roupagens Autoria: Carolina Goyatá Dias, Fernanda Tarabal Lopes, Werner Duarte Dalla Resumo: Busca-se analisar como

Leia mais

A Tecnologia da Informação ERP e seus Benefícios na Gestão de Processos e Crescimento dos Negócios

A Tecnologia da Informação ERP e seus Benefícios na Gestão de Processos e Crescimento dos Negócios RESUMO A Tecnologia da Informação ERP e seus Benefícios na Gestão de Processos e Crescimento dos Negócios Autoria: Mágli Rodrigues, Lilian Moreira de Alvarenga Assolari Na busca pela competitividade, as

Leia mais

FACULDADE LOURENÇO FILHO CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

FACULDADE LOURENÇO FILHO CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS FACULDADE LOURENÇO FILHO CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS JULIO WAGNER NASCIMENTO ROLIM O CONTROLE INTERNO NAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS FORTALEZA 2010 1 JULIO WAGNER NASCIMENTO ROLIM O CONTROLE

Leia mais

UFF UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DISCIPLINA: O&M I PROFESSOR: FABIO SIQUEIRA. Organização & Métodos I

UFF UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DISCIPLINA: O&M I PROFESSOR: FABIO SIQUEIRA. Organização & Métodos I 1 UFF UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DISCIPLINA: O&M I PROFESSOR: FABIO SIQUEIRA Organização & Métodos I 2 1. A ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL Segundo Maximiano (1992) "uma

Leia mais

O GRAU DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES DA JORDÃO MORAIS IMPORT EM RELAÇÃO AOS SERVIÇOS DE LOGÍSTICA

O GRAU DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES DA JORDÃO MORAIS IMPORT EM RELAÇÃO AOS SERVIÇOS DE LOGÍSTICA SOCIEDADE DE EDUCAÇÃO DO VALE DO IPOJUCA Mantenedora da Faculdade do Vale do Ipojuca FAVIP CURSO DE ADMINISTRAÇÃO COM HABILITAÇÃO EM GESTÃO DE NEGÓCIOS Andressa Danielly Vasconcelos Silva O GRAU DE SATISFAÇÃO

Leia mais

A evolução da contabilidade e seus objetivos. Universidade Luterana do Brasil - ULBRA

A evolução da contabilidade e seus objetivos. Universidade Luterana do Brasil - ULBRA A evolução da contabilidade e seus objetivos Cézar Volnei Mauss Claudecir Bleil Aline Bonatto Camila Silva de Oliveira Getúlio Zanatta Dos Santos Universidade Luterana do Brasil - ULBRA Resumo A contabilidade,

Leia mais

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO ALAN VECILOSKI TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS PRODUTOS E SERVIÇOS DO ESTALEIRO FIBRAFORT Projeto de Estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração

Leia mais

Capítulo 1 Bases conceituais da Avaliação de Desempenho Humano

Capítulo 1 Bases conceituais da Avaliação de Desempenho Humano INTRODUÇÃO Na maioria das empresas a avaliação remete quase sempre à gestão do desempenho, cuja ferramenta principal ainda é a avaliação de desempenho. Existem nas organizações diferentes avaliações de

Leia mais

Essa publicação faz parte do AMIGO DA PEQUENA EMPRESA, um projeto do SEBRAE-SP em parceria com

Essa publicação faz parte do AMIGO DA PEQUENA EMPRESA, um projeto do SEBRAE-SP em parceria com Essa publicação faz parte do AMIGO DA PEQUENA EMPRESA, um projeto do SEBRAE-SP em parceria com a Casa do Contabilista de Ribeirão Preto Conselho Deliberativo Presidente: Fábio Meirelles (FAESP) ACSP Associação

Leia mais

O PROFISSIONAL CONTÁBIL DIANTE DA CONVERGÊNCIA DAS NORMAS CONTÁBEIS

O PROFISSIONAL CONTÁBIL DIANTE DA CONVERGÊNCIA DAS NORMAS CONTÁBEIS O PROFISSIONAL CONTÁBIL DIANTE DA CONVERGÊNCIA DAS NORMAS CONTÁBEIS 2 1 INTRODUÇÃO A Contabilidade, por ser considerada uma ciência social, sofre grandes influências dos aspectos culturais, históricos,

Leia mais

Empresa familiar, suas vantagens, desvantagens e desafios: o caso da empresa Recuperadora Bras Soldas Ltda

Empresa familiar, suas vantagens, desvantagens e desafios: o caso da empresa Recuperadora Bras Soldas Ltda Empresa familiar, suas vantagens, desvantagens e desafios: o caso da empresa Recuperadora Bras Soldas Ltda Júnior de Andrade Centurion 1 José Jair Soares Viana 1 juninho.pj@terra.com.br jair100@gmail.com

Leia mais

2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 3 1 INTRODUÇÃO A concorrência está cada vez mais forte, e as oportunidades de mercado são precisas serem administradas, e ficarem em alerta a competitividade causada por mudanças no mercado, tanto dentro

Leia mais

Guia da Gestão da Capacitação por Competências

Guia da Gestão da Capacitação por Competências MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO SECRETARIA DE GESTÃO PÚBLICA DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO E DESEMPENHO INSTITUCIONAL COORDENAÇÃO-GERAL DE POLÍTICAS DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS Guia da

Leia mais

Centros de Serviços Compartilhados

Centros de Serviços Compartilhados Centros de Serviços Compartilhados Tendências em um modelo de gestão cada vez mais comum nas organizações Uma pesquisa inédita com empresas que atuam no Brasil Os desafios de compartilhar A competitividade

Leia mais

ALEXANDRE GOMES GALINDO INTRODUÇÃO AOS FUNDAMENTOS DO PENSAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL

ALEXANDRE GOMES GALINDO INTRODUÇÃO AOS FUNDAMENTOS DO PENSAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL ALEXANDRE GOMES GALINDO INTRODUÇÃO AOS FUNDAMENTOS DO PENSAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL MACAPÁ - AP 2004 Copyright - Alexandre Gomes Galindo Capa: Márcio Wendel de Lima Neri Diagramação: Márcio Leite

Leia mais

O NOVO PAPEL DA LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES

O NOVO PAPEL DA LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ UVA PRÓ-REITORIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA Curso de Especialização em Administração Judiciária Célia Maria Pontes O NOVO PAPEL DA LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES Fortaleza

Leia mais

A influência da orientação à geração de valor ao acionista nas práticas de gestão de pessoas no ambiente da produção

A influência da orientação à geração de valor ao acionista nas práticas de gestão de pessoas no ambiente da produção A influência da orientação à geração de valor ao acionista nas práticas de gestão de pessoas no ambiente da produção Resumo Roberto Marx João Paulo Reis Faleiros Soares Este trabalho procura ampliar os

Leia mais

A cultura da comunicação interna está cada vez mais consolidada em nosso mercado e as organizações sensíveis para o tema colocam-se com destaque em

A cultura da comunicação interna está cada vez mais consolidada em nosso mercado e as organizações sensíveis para o tema colocam-se com destaque em 2 Abertura O Caderno de Comunicação Organizacional intitulado Como entender a Comunicação Interna é uma contribuição da Associação Brasileira das Agências de Comunicação Abracom ao mercado. Neste caderno,

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING. O futuro não está à nossa frente. Ele já aconteceu. (Kotler, 2000, pg.23)

ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING. O futuro não está à nossa frente. Ele já aconteceu. (Kotler, 2000, pg.23) KOTLER, Philip Administração de Marketing 10ª Edição, 7ª reimpressão Tradução Bazán Tecnologia e Lingüística; revisão técnica Arão Sapiro. São Paulo: Prentice Hall, 2000. ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING O futuro

Leia mais

Autoria: Daniela Aparecida Araújo, Ricardo César Alves, Jorge Sundermann, Ramon Silva Leite

Autoria: Daniela Aparecida Araújo, Ricardo César Alves, Jorge Sundermann, Ramon Silva Leite Organizações Sem Fins Lucrativos e a Gestão Estratégica: Um Estudo da Eficiência Operacional pelo Modelo de Análise da Competitividade do Instituto Alemão de Desenvolvimento - IAD Autoria: Daniela Aparecida

Leia mais

XVI SEMEAD Seminários em Administração

XVI SEMEAD Seminários em Administração XVI SEMEAD Seminários em Administração outubro de 2013 ISSN 2177-3866 Processo de Gestão: o Caso da Biblioteca Governador Ribamar Fiquene CARLOS OTÁVIO DE ALMEIDA AFONSO ESPM comarket@bol.com.br 1. Introdução

Leia mais

Gestão de pessoas e gestão do conhecimento: conceituação e aplicabilidade nas organizações de saúde

Gestão de pessoas e gestão do conhecimento: conceituação e aplicabilidade nas organizações de saúde ARTIGO DE REVISÃO / REVIEW ARTICLE / DISCUSIÓN CRÍTICA Gestão de pessoas e gestão do conhecimento: conceituação e aplicabilidade nas organizações de saúde People management and knowledge management: conceptualization

Leia mais

4º C.C.O. Caderno de Comunicação Organizacional [ ] Por que investir em Comunicação Interna

4º C.C.O. Caderno de Comunicação Organizacional [ ] Por que investir em Comunicação Interna 4º C.C.O. Caderno de Comunicação Organizacional [ ] Por que investir em Comunicação Interna 2 C.C.O. Caderno de Comunicação Organizacional Por que investir em Comunicação Interna PREFÁCIO Em pouco mais

Leia mais

Trabalho de Conclusão de Curso

Trabalho de Conclusão de Curso UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE Departamento de Administração Graduação Trabalho de Conclusão de Curso O Impacto do Desenvolvimento de Lideranças no Clima

Leia mais