O Movimento Estudantil nos anos 70: ações e concepções.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O Movimento Estudantil nos anos 70: ações e concepções."

Transcrição

1 O Movimento Estudantil nos anos 70: ações e concepções. Jordana de Souza SANTOS 1 INTRODUÇÃO: O Movimento Estudantil (ME) da década de 1970 foi marcado por algumas mudanças em seu interior que demonstram características peculiares destes anos. O período assinalado foi de grande repressão com a morte e a perseguição aos militantes das organizações clandestinas da chamada Nova Esquerda, com a desarticulação das mesmas e com políticas educacionais que almejavam reformular a universidade. Diferentemente da década anterior, o ME dos anos 70 assumiu uma postura menos agressiva em relação ao combate à ditadura. Isto devido à sua desorganização resultante do fracassado XXX Congresso da UNE ocorrido em Ibiúna (SP) em 1968 onde foram presas cerca de 800 pessoas. Autores como Valle (1999), Martins Filho (1987) e Dirceu e Palmeira (1998) afirmam que o fracasso deste congresso foi resultado das discordâncias entre os principais grupos políticos que atuavam no ME: a Ação Popular (AP) e as Dissidências Estudantis Comunistas (DIs). Tais divergências dividiram o ME em duas posições em 1968: a primeira posição era liderada pela AP e propunha um engajamento dos estudantes na luta geral contra a ditadura; a segunda posição tinha como objetivo a luta específica e era comandada pelas DIs 2. Com base em nossas leituras, constatamos que eram poucos os que se aventuravam a candidatar-se em chapas para Centros Acadêmicos na década de 70 porque a repressão aos líderes estudantis era muito forte. A morte de Alexandre Vanucchi Leme, líder estudantil da USP, em 1973 foi um marco assim como, a morte do estudante secundarista Edson Luís em Mirza Pellicciotta (1997) em seu trabalho Uma aventura política: as movimentações estudantis da década de 70, privilegia o enfoque cultural presente nos anos 70 e no ME 1 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Unesp campus Marília. Bolsista Fapesp. 2 Sobre a divisão do ME em 1968 em 2 posições ver MARTINS FILHO, João Roberto. Movimento Estudantil e Ditadura Militar: Campinas, SP: Papirus, VALLE, Maria Ribeiro do. 1968: O

2 descrevendo que os estudantes optaram por novas formas de demonstrar o descontentamento com a situação política e social em que o país se encontrava. As passeatas dos cem mil foram substituídas por grupos de teatro, música e realização de pequenos festivais que visavam informar aos calouros, bem como enfrentar de uma maneira pacífica o regime. Mas apesar desta passividade os estudantes eram reprimidos tendo as salas de aula invadidas ou através da aprovação de decretos e leis que colocavam em xeque a autonomia universitária e a qualidade de ensino. A Lei da Imprensa, por exemplo, implantou uma censura prévia sobre a produção cultural estudantil. Esta censura era praticada pela polícia que passou a freqüentar as universidades vigiando os alunos. Pellicciotta (1997) relata que os estudantes se preocupavam mais com a questão da cultura, da mulher, do preconceito racial e do homossexualismo do que propriamente com a luta armada, com o enfrentamento armado, como foi nos anos anteriores, por causa da repressão. As lutas no âmbito estudantil - contra a PEG (Política Educacional do Governo), contra a Reforma Universitária de 1968, contra os Decretos 477 e 228 conduziam as ações do movimento. A PEG visava cumprir os ditames dos acordos MEC-USAID que consistiam na transformação das universidades em fundações particulares, tornando o ensino pago 3 e pretendia instaurar um modelo de educação norte-americano. O Decreto 477 impunha limites à participação estudantil nos órgãos colegiados, além de instaurar a aposentadoria compulsória dos professores considerados subversivos; o Decreto 228 havia extinto os Diretórios Nacionais de Estudantis (DNE), além da UNE e UEES (União Estadual dos Estudantes) 4. A situação atual da representação estudantil, nos órgãos colegiados da USP, é uma conseqüência direta da implantação da Reforma Universitária (RU), que além de limitar nossa participação de uma maneira direta (o 1/10), impõe uma série de restrições à escolha desses representantes: não ter reprovação, ter o nome aprovado pelo diretor da escola, ter média diálogo é a violência; Movimento Estudantil e Ditadura Militar no Brasil Campinas, SP: Editora da Unicamp, Em 1972, a USP lançou um plebiscito em que 95% dos alunos consultados se mostraram contra o ensino pago. Para Jarbas Passarinho, o movimento era a união dos ricos com os comunistas, numa tentativa de prejudicar os estudantes pobres (ENSINO PAGO USP, 1973 p. 3). 4 A LEI nº 4464 de 9 de novembro de 1964 conhecida como Lei Suplicy objetivou o fechamento das entidades estudantis. Foram criados o Diretório Nacional de Estudantes (DNE) e os Diretórios Estaduais de Estudantes (DEEs), substituindo a UNE (União Nacional dos Estudantes) e as UEEs (União Estadual dos Estudantes). Em meio aos protestos contra esta lei o governo lançou o Decreto Lei nº 228 em 1967 que extinguia o DNE e os DEEs, deixando os estudantes sem nenhuma entidade representativa legal.

3 mínima igual a 6.0 em duas matérias no mínimo etc. (PONTOS PARA DISCUSSÃO, 1973 p. 8). No documento O Estudante e a Política Educacional do Governo, formulado pelo Centro de Estudos Históricos da USP em 1973, estão expostos alguns objetivos da luta estudantil: 1. Lutar por uma reforma adequada ao nosso tempo, pela autonomia universitária, administrativa, didática, financeira e disciplinar, assegurada pela lei de diretrizes e bases, no artigo Contra o unilateralismo curricular, a má distribuição de verbas. 3. Por uma reforma que vise a criação de uma Universidade voltada ao desenvolvimento da ciência e pesquisa, para formação de profissionais e divulgação da cultura, em função de interesses coletivos e não de grupos minoritários. 4. Pela Universidade gratuita. 5. A reforma deve impedir qualquer tipo de discriminação ou ingerência externa à Universidade, seja ela cultural, política, administrativa ou militar. 6. Para a preservação das ciências humanas, cabendo ao estudante brasileiro a consciência da situação e de suas possibilidades de atuação. Deve firmar sua posição de compromisso com a problemática nacional. Apesar destes impedimentos legais impostos aos estudantes, na USP, por exemplo, o DCE ainda mantinha-se ativo, mas não era reconhecido institucionalmente, sendo alvo constante da repressão. Os diretórios ganham uma expressão considerável neste período à medida que tudo o que acontece na universidade é em torno da sua organização, configurando-se em um espaço aberto para discussões. Por isso, a campanha do DCE-Livre foi importante e perdurou durante quase toda segunda metade da década. Uma vez que as organizações armadas se encontravam em situação de degradação, sendo violentamente reprimidas, o Movimento Estudantil aderiu às formas de luta envolvendo apresentações culturais e tendo como objetivo a integração social entre os estudantes, buscando formar uma gestão coletiva nos rumos do movimento. Isto demonstra que, na primeira metade da década de 1970, os grupos políticos que compunham a Nova Esquerda não mais disputavam hegemonia no ME, mesmo porque este havia perdido sua coesão no momento de extinção da UNE.

4 Nos anos 70, portanto, o diretório se recompõe como instrumento político na medida em que promove um relacionamento dinâmico e alternativo entre os estudantes, a administração e as atividades docentes, procurando transportar para dentro deste espaço agremiativo (tantas vezes simbólico, pela ausência de estrutura) a constituição de uma outra vida acadêmica que mistura jogos de ping-pong, grupos de teatro, bandas musicais, jornais e experiências de auto-gestão nas cantinas com a construção propriamente dita de novos currículos, atividades extra-acadêmicas e fóruns de discussão e deliberação política. (PELLICCIOTTA, 1997 p. 61) A atuação do ME durante estes anos foi em torno da universidade. Ou seja, a questão da luta armada foi posta de lado por aqueles que ainda militavam no movimento. Com o refluxo do movimento estudantil iniciado em fins de 1969, as Organizações armadas concentraram suas ações na preparação da guerrilha urbana ou rural. Muitos estudantes passaram a militar nessas organizações o que contribuiu para a desarticulação do ME 5. O ME ficou restrito à universidade porque o ideal da revolução e da guerrilha estava sendo desmantelado pela repressão. Muitas organizações foram extintas e o plano da guerrilha havia fracassado. A Esquerda Revolucionária entrou num processo de revisão de questões sobre o encaminhamento da luta armada, sobre as condições revolucionárias do Brasil etc, pois estavam perdendo militantes importantes para a repressão, como Carlos Marighela, morto em Esse período de revisão visava entender como a Esquerda teria que se organizar para atingir o regime militar uma vez que o ideal de luta armada não funcionara por uma série de fatores, seja pelo chamado espontaneísmo de esquerda, seja pelos sectarismos entre as organizações ou pelo despreparo físico e psicológico de seus militantes para a guerrilha. Podemos dizer que na primeira metade da década de 70 predominou a luta específica estudantil. As principais campanhas realizadas pelo ME foram Pela redemocratização ; Contra a PEG e a Reforma Universitária ; Pelo DCE-Livre e em protesto à prisão e à morte de estudantes e Pela reconstrução da UNE. 5 Embora a questão da luta armada não fosse mais privilegiada pelo ME encontramos referências a este modo de luta em alguns documentos e jornais. No jornal Combate, dirigido aos CA s de Vanguarda da Guanabara, de 1970/71, encontramos conceitos como GTs (Grupos de Trabalho) e GAs (Grupos de Ação) que demonstram claramente a atuação do MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de outubro). Esta prática era muito semelhante àquela desenvolvida pela ALN e encontrada também no movimento estudantil da USP, constatada através de documentos coletados em nossa pesquisa no Arquivo do CEDEM (Centro de Documentação da Unesp), como por exemplo, algumas cartas-programa do Grêmio de Filosofia, de 1969.

5 A segunda metade da década marcou a volta das organizações clandestinas ao ME por meio das chamadas tendências. No ME da USP e da Unicamp, por exemplo, encontramos as tendências Refazendo, Caminhando e Liberdade e Luta (Libelu) como sendo as mais expressivas. A Refazendo era composta por militantes da AP e MR-8; a Caminhando era um agrupamento do PC do B (Partido Comunista do Brasil) e a Libelu era a corrente estudantil da Organização Socialista Internacionalista (OSI) de orientação trotskista. Havia também alguns agrupamentos menores do PCB (Partido Comunista Brasileiro). Podemos notar que os grupos políticos atuantes no ME se organizavam em nível nacional; não havia mais a divisão por estados como acontecia com as DIs, o que é um fator de diferenciação dos anos 60, assim como a luta pela redemocratização que não se colocava anteriormente. A notável influência destas tendências no movimento estudantil da USP é identificada no processo eleitoral do DCE-Livre em que são montadas chapas levando os nomes das tendências. Cada qual expressava um modo de enfrentamento diverso, apesar de algumas semelhanças. A Refazendo ganhou as eleições para o DCE em 1976 e 1977; a Caminhando em aliança com a Refazendo venceu as primeiras eleições da UNE reconstruída, em 1980; a Liberdade e Luta venceu as eleições para o DCE da USP em Embora houvesse divergências entre as tendências, observamos que era freqüente a formação de chapas conjuntas como a da refundação da UEE-SP em 1978 em que a chapa vencedora foi a tendência Construção (aliança Refazendo, Caminhando e Novo Rumo), ou a da primeira diretoria da UNE reconstruída em 1979 onde a vencedora foi a chapa Mutirão. As eleições para a UNE realizaram-se em 3 e 4 de outubro de Mais uma vez a disputa foi grande, concorrendo no pleito cinco chapas: NOVAÇÃO (Convergência), LIBERDADE E LUTA (POI-TNAE), UNIDADE (MR-8/PCB), MUTIRÃO (PC do B/AP) e ainda MAIORIA, de tendência direitista. (HAYASHI, 1986 p. 104). Pellicciotta (1997) enfatiza que a atuação das tendências no ME atribuiu à década de 70 um enfoque diverso dos anos anteriores, pois a esquerda brasileira passava por um processo de reorganização em que era preciso rever e analisar o modo como estava sendo encaminhada a luta à ditadura e considerar os possíveis pontos de encontro entre as diversas

6 tendências. O embate entre luta específica e luta geral aparecia de forma menos latente, pois a principal questão para o ME era a reconstrução da UNE. Politizar o movimento estudantil implica alterar a dinâmica dos debates e deliberações coletivas de forma a tornar mais abrangente o seu processo de lutas, sendo que a atuação dos grupos ganha um papel destacado na medida em que procura estabelecer uma unidade política entre as diferenças a partir de uma perspectiva centralizada de ação coletiva. (PELLICCIOTTA, 1997 p. 127). Vale ressaltar que o PC do B passou a ter presença no ME devido à sua junção com a AP em A AP, desde a sua fundação em 1962, foi predominante na UNE, sendo seguida pelas Dissidências Estudantis, mais especificamente a DI-GB (Dissidência da Guanabara) e DI-SP (Dissidência de São Paulo). Os ideais trotskistas não tinham expressão alguma no ME dos anos 1960, algo que contrasta com os anos seguintes em que podemos observar uma forte manifestação no movimento destes agrupamentos. A presença do trotskismo entre os estudantes se fazia também por meio da imprensa alternativa cujo principal periódico de inspiração trotskista era o Em Tempo. Os principais jornais alternativos do período eram o Jornal Versus, Em Tempo, Movimento, Jornal Opinião. O Em Tempo agregaria, numa primeira fase, que durou até o final de 1979, grupos tão variados como o Centelha, de MG, o Nova Proposta, do RS, o Movimento de Emancipação do Proletariado (MEP), o Sub frente, a APML, o grupo Debate, o MR-8, representantes da Organização Socialista Internacionalista (OSI) e independentes. (KAREPOVS; LEAL, 2007 p.155) 6. O surgimento das tendências no ME propiciou a reorganização do movimento que evoluiu em termos de ação prática. A Greve da ECA (Escola de Comunicação e Artes) na USP pela deposição do diretor Manuel Nunes, Greve das Humanas na Unicamp por melhorias na universidade, as manifestações pela morte do jornalista Vladimir Herzog em 1975 e a recriação do DCE-Livre da USP Alexandre Vanucchi Leme em 1976, são demonstrativos deste avanço do ME. Estas manifestações, assim como outras ocorridas em 6 KAREPOVS, D; LEAL, M. Os trotskismos no Brasil ( ). In RIDENTI, M; REIS FILHO, D A (orgs). História do Marxismo no Brasil, volume VI: Partidos e movimentos após os anos 60. Campinas,

7 outros estados como a Greve da UFBA, demonstram que o movimento estava ganhando força outra vez. Outro fato marcante para o ME foi a invasão da PUC-SP em 1977, onde estava sendo realizado o III ENE (Encontro Nacional de Estudantes). Este encontro ocorreu secretamente no dia 22 de setembro. No entanto, na noite do dia 22, houve um evento de comemoração à realização do encontro que acabou sendo reprimido com a prisão de mais ou menos 900 pessoas, agressões aos estudantes e depredação da universidade por parte dos policiais. Este fato repercutiu nacionalmente. É neste ano também que o movimento popular juntamente com os estudantes se radicalizou. Atos de protesto são realizados pelas liberdades democráticas e pela anistia geral, ampla e irrestrita (PEREIRA, 2006 p. 108). Podemos dizer que a principal luta dos estudantes a partir de 1977 foi a reconstrução da UNE. O congresso de refundação da UNE ocorreu nos dias 29 e 30 de maio de 1979, em Salvador. A disputa pela presidência da entidade era alvo de discussão e divergências entre as tendências. Destacamos também que os estudantes aliaram-se aos trabalhadores nas greves salariais de 1978 ocorridas no ABC paulista. O XXXI Congresso da UNE, o da reconstrução, seria realizado nos dias 29 e 30 de maio, tendo como palco a cidade de Salvador, capital da Bahia. Estado governado por Antonio Carlos Magalhães, dirigente da ARENA, sua realização é a prova de que o Estado militar não possuía condições de barrar o processo de reorganização do movimento social brasileiro, não tendo outra alternativa senão aceitá-lo, até como meio de limitar seu crescimento. (PEREIRA, 2006 p. 153). Embora a presença dessas tendências tivesse contribuído para reorganização do ME, há discordâncias sobre os benefícios que trouxeram. Isto é, a permanência de debilidades teóricas, as divergências sobre os modos de luta e entre as bandeiras levantadas, as discussões entre os estudantes militantes e os que não possuíam vínculos com tais tendências etc, criaram um clima de disputa. Pereira (2006) relata o caso da Unicamp que, na nossa opinião, serve como exemplo geral: os estudantes não tinham informação do que acontecia no movimento estudantil, as brigas entre os agrupamentos eram em torno, SP: Editora da Unicamp, 2007, iv, p Centelha e Nova Proposta eram agrupamentos estudantis que discordavam da linha política do PC do B e da AP.

8 muitas vezes, de questões supérfluas, faltava coesão entre os estudantes de cada área (exatas, humanas e biológicas) e até mesmo com relação às manifestações culturais. Com base em nossas leituras, afirmamos que com o enfraquecimento do Movimento Estudantil em fins da década de 60 e, conseqüentemente, com o afastamento das organizações políticas que nele atuavam, os estudantes que ingressaram na universidade a partir de 1970 tinham maior preocupação com as lutas específicas que envolviam os problemas relacionados à educação. Como as organizações armadas tornaram-se clandestinas, o contato com as mesmas era difícil e perigoso à medida que a repressão policial havia se intensificado. Assim, os estudantes atuavam dentro da própria universidade através de manifestações culturais e passaram a dar maior importância para reivindicações relacionadas à cultura ou à igualdade de condições. O estudo sobre o Movimento Estudantil nestes anos é teórica e politicamente justificável, pois há poucas pesquisas que retratam este período. A maioria dos estudos sobre os estudantes ou sobre a Esquerda Revolucionária concentra-se na análise do período Poucos são os livros encontrados que tratam sobre os anos 70 e, recentemente, algumas dissertações têm sido concluídas. Desse modo, os anos 70 se caracterizam como sendo de difícil acesso uma vez que os acontecimentos destes anos são mais complexos do ponto de vista teórico, analítico e de fontes. As organizações políticas estavam em situação de clandestinidade, sob forte repressão estatal e isoladas social e politicamente. A desarticulação dos movimentos populares agrava a dificuldade na compreensão desse período. A documentação partidária produzida na época não podia ser divulgada, por isso muitos documentos se perderam ou não chegaram a ser publicados ou foram publicados com um nome falso. Marialice Foracchi (1977) descreve em O Estudante e a Transformação da Sociedade Brasileira o perfil dos estudantes, demonstrando que a origem de classe, por exemplo, exerce influências na sua conduta perante a sociedade. Na mesma linha, segue a coleção Sociologia da Juventude (1968), organizada por Sulamita de Brito. Estes trabalhos enfatizam o imaginário do estudante e o seu modo de vida na universidade, relacionando estes aspectos sociais e psicológicos com a participação na política estudantil e também como fatores para a compreensão das situações de refluxo do movimento. Hayashi (1986) argumenta que havia uma instrumentalização do ME, particularmente das entidades, pelas

9 tendências que eram os canais pelos quais os partidos transmitiam suas táticas, estratégias etc, e que isto teria contribuído para a desmobilização e descaracterização do movimento no final da década de 70. Depois que a UNE foi reconstruída em 1979, o ME entrou em refluxo novamente, pois a emergência das greves operárias e da criação do Partido dos Trabalhadores (PT) em 1981, atraiu os estudantes para um novo rumo na militância político-partidária, um rumo de amplitude maior. Portanto, não se pode afirmar que a desmobilização do ME em fins de 1979 e que perdurou durante toda a década de 80, seja resultado apenas da instrumentalização das tendências políticas. Assim sendo, a proposta deste projeto é compreender esses períodos de refluxo do ME nos anos 70, identificando suas possíveis causas através de uma investigação sobre a conjuntura da época, pois a maioria dos estudos sobre o ME durante a ditadura militar enfatiza apenas a questão polítíco-partidária, o embate entre luta específica e luta geral, deixando em segundo plano a análise sobre o ambiente estudantil. Neste sentido, reafirmamos que pretendemos desenvolver um estudo que conjugue a análise teórica da influência dos grupos políticos do ME e as características peculiares da época e do universo estudantil. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: CAVALARI, R. M. F.: Os limites do Movimento Estudantil (1964/80). Campinas-SP, Mestrado em Educação na UNICAMP, DIRCEU, José; PALMEIRA, Vladimir. Abaixo a ditadura: o movimento de 68 contado por seus líderes. Entrevistas, edição e cartuns: Solange Bastos, Paulo Becker, Ari Roitman e Henfil. 2. ed. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo: Garamond, GORENDER, Jacob. Combate nas trevas. A Esquerda Brasileira: das ilusões perdidas à luta armada. 2ª ed., São Paulo. Editora Ática, HAYASHI, M.C.P.I.: Política e Universidade: a consciência estudantil 1964/1979. Dissertação de mestrado. Centro de Educação e Ciências Humanas, UFSCAR. São Carlos- SP MARTINS FILHO, João Roberto. Movimento Estudantil e Ditadura Militar: Campinas, SP: Papirus, 1987.

10 PELLICCIOTTA, M. M. B.: Uma aventura política: as movimentações estudantis da década de 70. Dissertação de mestrado. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP. Campinas-SP, PEREIRA, M. C. Tecendo A Manhã: História do Diretório Central dos Estudantes da Unicamp. Dissertação de mestrado. Faculdade de Educação da Unicamp. Campinas-SP, REIS FILHO, Daniel Aarão; Ferreira de Sá, Jair (Orgs.). Imagens da Revolução: Documentos Políticos das organizações clandestinas de esquerda dos anos Rio de Janeiro, Ed: Marco Zero, RIDENTI, M; REIS FILHO, D A. (orgs). História do Marxismo no Brasil, volume VI: Partidos e Movimentos após os anos 60 Campinas, SP: Editora da Unicamp, SANFELICE, José Luís. Movimento Estudantil: a UNE e a resistência ao golpe de 64. SP: Cortez: Autores Associados, SANTOS, J. S.: Unidade e diversidade no Movimento Estudantil: a heterogeneidade das esquerdas dentro da UNE ( ). Trabalho de conclusão de curso Faculdade de Filosofia e Ciências. Unesp, Marília-SP, 89p VALLE, Maria Ribeiro do. 1968: O diálogo é a violência; Movimento Estudantil e Ditadura Militar no Brasil Campinas, SP: Editora da Unicamp, ANEXOS: ANTE PROJETO PARA DISCUSSÃO NOS GRUPOS DE TRABALHO. 10 de junho de Pesquisado no ASMOB, CEDEM. CENTRO DE ESTUDOS HISTÓRICOS FÓRUM DE DEBATES. USP/Agosto de Pesquisado no ASMOB, CEDEM. Jornal Combate, nº 3. Pela formação de uma vanguarda estudantil revolucionária. 1970/1971. Pesquisado no ASMOB, CEDEM. PONTOS PARA DISCUSSÃO. USP/1973. Pesquisado no ASMOB, CEDEM.

prefeitos das capitais, Os futuros governadores seriam submetidos à aprovação das Os futuros prefeitos seriam indicados pelos governadores.

prefeitos das capitais, Os futuros governadores seriam submetidos à aprovação das Os futuros prefeitos seriam indicados pelos governadores. A ditadura militar Prof.:Márcio Gurgel O regime militar Duração ( 1964 1985 ), Presidentes generais do exército brasileiro, i Apoiaram o golpe: (políticos vindos da UDN e do PSD), Governo Castello Branco

Leia mais

POLÍTICA OPERÁRIA. Sigla: POLOP Doação: Eduardo Navarro Stotz Datas-limite:

POLÍTICA OPERÁRIA. Sigla: POLOP Doação: Eduardo Navarro Stotz Datas-limite: POLÍTICA OPERÁRIA Sigla: POLOP Doação: Eduardo Navarro Stotz Datas-limite: 1962-2009 Política Operária (POLOP) foi uma organização brasileira de esquerda que lutou contra o regime militar de 1964 e que

Leia mais

A influência e a atuação dos partidos políticos no movimento estudantil brasileiro e as semelhanças dos movimentos sociais latino-americanos

A influência e a atuação dos partidos políticos no movimento estudantil brasileiro e as semelhanças dos movimentos sociais latino-americanos A influência e a atuação dos partidos políticos no movimento estudantil brasileiro e as semelhanças dos movimentos sociais latino-americanos Jordana de Souza Santos * Resumo: O objetivo deste artigo é

Leia mais

Escola de Formação Política Miguel Arraes

Escola de Formação Política Miguel Arraes Escola de Formação Política Miguel Arraes Curso de Formação, Capacitação e Atualização Política dos Filiados, Militantes e Simpatizantes Módulo III O Socialismo no Mundo Contemporâneo Aula 6 História do

Leia mais

Era Vargas. Do Governo Provisório ao Estado Novo

Era Vargas. Do Governo Provisório ao Estado Novo Era Vargas Do Governo Provisório ao Estado Novo Períodos Governo provisório (1930-1934) Tomada de poder contra as oligarquias tradicionais Governo Constitucional (1934-1937) Período legalista entre dois

Leia mais

DITADURA MILITAR ( ) PARTE I. Prof. Cristiano Campos

DITADURA MILITAR ( ) PARTE I. Prof. Cristiano Campos DITADURA MILITAR (1964-1985) PARTE I Prof. Cristiano Campos Como os militares construíram o regime autoritário? ATOS INSTITUCIONAIS + REPRESSÃO Como os militares construíram o regime ATOS INSTITUCIONAIS

Leia mais

Catálogo seletivo da série Dossiês ( ) Sarkis Alves 1 Fábio Dantas Rocha 2 Aline Fernanda Maciel 3 Carlos Henrique Menegozzo 4.

Catálogo seletivo da série Dossiês ( ) Sarkis Alves 1 Fábio Dantas Rocha 2 Aline Fernanda Maciel 3 Carlos Henrique Menegozzo 4. O PT sob as lentes do Deops/SP: Catálogo seletivo da série Dossiês (1977-1983) Sarkis Alves 1 Fábio Dantas Rocha 2 Aline Fernanda Maciel 3 Carlos Henrique Menegozzo 4 Introdução Em 2014, completam-se 50

Leia mais

RECONSTRUÇÃO DO PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO

RECONSTRUÇÃO DO PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO RECONSTRUÇÃO DO PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO Sigla: RPCB Doação: Otelino de Oliveira Documentação: 1979-1991 (período abrangido) Histórico A Coleção RECONSTRUÇÃO DO PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO, reúne

Leia mais

AS REPRESENTAÇÕES ESTUDANTIS ATRAVÉS DA UNE NA DÉCADA DE A década de 1960 representou para o Brasil um período de grande agitação política e

AS REPRESENTAÇÕES ESTUDANTIS ATRAVÉS DA UNE NA DÉCADA DE A década de 1960 representou para o Brasil um período de grande agitação política e AS REPRESENTAÇÕES ESTUDANTIS ATRAVÉS DA UNE NA DÉCADA DE 1960 Carla Michele Ramos A década de 1960 representou para o Brasil um período de grande agitação política e de mobilizações de caráter nacionalista.

Leia mais

GOLPE MILITAR E ADEQUAÇÃO NACIONAL À INTERNACIONALIZAÇÃO CAPITALISTA ( )1 SILVA, Romeu Adriano da Silva.

GOLPE MILITAR E ADEQUAÇÃO NACIONAL À INTERNACIONALIZAÇÃO CAPITALISTA ( )1 SILVA, Romeu Adriano da Silva. GOLPE MILITAR E ADEQUAÇÃO NACIONAL À INTERNACIONALIZAÇÃO CAPITALISTA (1964-1984)1 SILVA, Romeu Adriano da Silva. A ditadura civil-militar (196 e 1984): alinhamento da economia nacional ao padrão de desenvolvimento

Leia mais

Resenha : o diálogo é a violência movimento estudantil e ditadura militar no Brasil RESENHA

Resenha : o diálogo é a violência movimento estudantil e ditadura militar no Brasil RESENHA RESENHA 1968: o diálogo é a violência movimento estudantil e ditadura Pablo Emanuel Romero ALMADA 1 Falar em 1968 é, ainda hoje, a tarefa árdua de comentar um ano em que a vasta gama de acontecimentos,

Leia mais

DISCIPLINA: TÓPICOS EM HISTÓRIA DO BRASIL:

DISCIPLINA: TÓPICOS EM HISTÓRIA DO BRASIL: Obtido em: http://www.fafich.ufmg.br/atendimento/ciclo-introdutorio-em-ciencias-humanas/programas-das-disciplinas-do-cich/programas-2017-1/%20-%20topicos%20em%20historia%20d CARGA HORÁRIA: 60 (sessenta)

Leia mais

Populismo II e Regime Militar I. História C Aula 13 Prof. Thiago

Populismo II e Regime Militar I. História C Aula 13 Prof. Thiago Populismo II e Regime Militar I História C Aula 13 Prof. Thiago O Homem da Vassoura Jânio Quadros surpreendeu e venceu as eleições de 1960, em partes devido a agressiva campanha política que prometia varrer

Leia mais

XXII. A República dos Generais I

XXII. A República dos Generais I XXII. A República dos Generais I Castelo Branco (04/64-03/67) Nova Ordem ; Conselho de Segurança Nacional. Serviço Nacional de Informações - SNI; Banco Nacional da Habitação - BHN; Instituto Nacional de

Leia mais

ORGANIZAÇÕES DE ESQUERDA

ORGANIZAÇÕES DE ESQUERDA ORGANIZAÇÕES DE ESQUERDA Sigla: OS Produção: doação de militante Documentação: 1966-1972 Histórico O Acervo desta Coleção é composto de documentos oficiais de Organizações de Esquerda criadas em fins do

Leia mais

MUNIZ FERREIRA. Sigla: MF Doação: MUNIZ GONÇALVES FERREIRA Data da Doação: novembro de 1995 Documentação: (período abrangido)

MUNIZ FERREIRA. Sigla: MF Doação: MUNIZ GONÇALVES FERREIRA Data da Doação: novembro de 1995 Documentação: (período abrangido) MUNIZ FERREIRA Sigla: MF Doação: MUNIZ GONÇALVES FERREIRA Data da Doação: novembro de 1995 Documentação: 1981 1991 (período abrangido) Dados Biográficos do Títular: Data de nascimento: 02 de fevereiro

Leia mais

REGIME MILITAR E SUAS INFLUÊNCIAS NA EDUCAÇÃO. Palavras-chave: Regime Militar, Escola, Educação, Repreensão, Conservadorismo.

REGIME MILITAR E SUAS INFLUÊNCIAS NA EDUCAÇÃO. Palavras-chave: Regime Militar, Escola, Educação, Repreensão, Conservadorismo. ISBN 978-85-7846-516-2 REGIME MILITAR E SUAS INFLUÊNCIAS NA EDUCAÇÃO Marina Ribeiro de Almeida Email: sasuke_negocios@hotmail.com Rafael Tonet Maccagnan Email: rafaeltonet123@gmail.com Cleiriane Alves

Leia mais

Memorial da Resistência de São Paulo PROGRAMA COLETA REGULAR DE TESTEMUNHOS. Guia do Consulente

Memorial da Resistência de São Paulo PROGRAMA COLETA REGULAR DE TESTEMUNHOS. Guia do Consulente Memorial da Resistência de São Paulo PROGRAMA COLETA REGULAR DE TESTEMUNHOS Guia do Consulente Setembro de 2016 O presente instrumento pretende orientar a consulta aos acervos produzidos pelo Memorial

Leia mais

HISTÓRIA. aula Regime Militar II e Redemocratização

HISTÓRIA. aula Regime Militar II e Redemocratização HISTÓRIA aula Regime Militar II e Redemocratização Governo Médici (1969-1974) Criação do INCRA Programa de Integração Nacional PIN Grandes rodovias (Cuiabá-Santarém e Transamazônica) Ampliação do mar territorial

Leia mais

A cultura durante a ditadura militar

A cultura durante a ditadura militar A cultura durante a ditadura militar Introdução da ditadura no Brasil De 1964 a 1985, o Brasil viveu a Ditadura Militar, uma época em que os militares passaram a governar o país. Esse regime de governo

Leia mais

HISTÓRIA - 2 o ANO MÓDULO 13 A ERA VARGAS: O GOVERNO CONSTITUCIONAL ( )

HISTÓRIA - 2 o ANO MÓDULO 13 A ERA VARGAS: O GOVERNO CONSTITUCIONAL ( ) HISTÓRIA - 2 o ANO MÓDULO 13 A ERA VARGAS: O GOVERNO CONSTITUCIONAL (1934-37) Manifesto da AIB Plínio Salgado Fixação 1) (UFV) Durante a Era Vargas, notadamente no período de 1934-37, houve uma polarização

Leia mais

9º ano Fênix Caderno 3 Continuação História RAFA NORONHA = ]

9º ano Fênix Caderno 3 Continuação História RAFA NORONHA = ] 9º ano Fênix Caderno 3 Continuação História RAFA NORONHA = ] 2 Período Democrático (1945-1964) De 1945 à 1964 Brasil Liberal Apenas dois presidentes conseguiram terminar o seu mandato (Dutra e JK); um

Leia mais

DITADURA CIVIL MILITAR ( )

DITADURA CIVIL MILITAR ( ) DITADURA CIVIL MILITAR (1964 1985) Dormia a nossa Pátria mãe tão distraída. Sem perceber que era subtraída. Em tenebrosas transações. CHICO BUARQUE DE HOLLANDA MARCOS ROBERTO Construindo a ditadura

Leia mais

1. O Papel Histórico das Universidades na luta pelos Direitos Humanos no Brasil

1. O Papel Histórico das Universidades na luta pelos Direitos Humanos no Brasil Direitos Humanos e a Universidade 1. O Papel Histórico das Universidades na luta pelos Direitos Humanos no Brasil Na década de sessenta, as Universidades Públicas nesse contexto histórico foi parceira

Leia mais

BANCO DE ATIVIDADES Presente História 5 ano - 4 bimestre Avaliação

BANCO DE ATIVIDADES Presente História 5 ano - 4 bimestre Avaliação História 5 ano - 4 bimestre Unidade 4 1. Escreva um pequeno texto sobre o governo Getúlio Vargas. Não esqueça de incluir dois argumentos favoráveis e dois desfavoráveis. Dê um título para o texto. 2. Leia

Leia mais

TROPA DE ELITE TROPA DE ELITE HISTÓRIA

TROPA DE ELITE TROPA DE ELITE HISTÓRIA TROPA DE ELITE TROPA DE ELITE 2014 HISTÓRIA - 2014 O Governo João Goulart (1961-1964) Conhecido como Jango; Considerado um político de esquerda; Tentativa de impedimento de sua posse (militares e UDN);

Leia mais

Projeto I: Assassinados e desaparecidos da PUC-SP

Projeto I: Assassinados e desaparecidos da PUC-SP Projeto I: Assassinados e desaparecidos da PUC-SP Objetivos: a) Preparar dossiê sobre os cinco militantes assassinados e desaparecidos, alunos da PUC-SP, b) Organizar dossiê de outras pessoas que venham

Leia mais

Crise econômica provocada pela quebra da bolsa de valores de Nova York 1929, O rompimento da república café-com-leite, com o apoio

Crise econômica provocada pela quebra da bolsa de valores de Nova York 1929, O rompimento da república café-com-leite, com o apoio A Era do populismo Professor: Márcio Gurgel Os antecedentes da revolução de 1930 o Crise econômica provocada pela quebra da bolsa de valores de Nova York 1929, o O rompimento da república café-com-leite,

Leia mais

HISTÓRIA. aula Era Napoleônica, Congresso de Viena e Revoluções Liberais

HISTÓRIA. aula Era Napoleônica, Congresso de Viena e Revoluções Liberais HISTÓRIA aula Era Napoleônica, Congresso de Viena e Revoluções Liberais Era Napoleônica Do Golpe do 18 Brumário (nov/1799) até a Queda de Napoleão (jun/1815) Três fases: Consulado (1799-1804) Império (1804-1815)

Leia mais

historiaula.wordpress.com A Era Vargas Professor Ulisses Mauro Lima

historiaula.wordpress.com A Era Vargas Professor Ulisses Mauro Lima historiaula.wordpress.com A Era Vargas Professor Ulisses Mauro Lima 1930-1945 A era Vargas: 1930-1945 1930 2 de janeiro: publicação da plataforma da Aliança Liberal. 1 de março: vitória de Julio Preste

Leia mais

PLANO DE TRABALHO CHAPA RECONTRUÇÃO E LUTA

PLANO DE TRABALHO CHAPA RECONTRUÇÃO E LUTA PLANO DE TRABALHO CHAPA RECONTRUÇÃO E LUTA QUEM SOMOS Reconstrução e Luta é formada por um grupo heterogêneo de docentes da Universidade Estadual de Maringá que concorre à SESDUEM para o biênio 2013 a

Leia mais

A trajetória de um líder comunista: Edvaldo Ratis e o Sindicato dos

A trajetória de um líder comunista: Edvaldo Ratis e o Sindicato dos A trajetória de um líder comunista: Edvaldo Ratis e o Sindicato dos Maria do Socorro de Abreu e Lima * Luiz Anastácio Momesso ** Resumo: Palavras-chave: Keywords: MARIA DO SOCORRO DE ABREU E LIMA E LUIZ

Leia mais

A RÚSSIA IMPERIAL monarquia absolutista czar

A RÚSSIA IMPERIAL monarquia absolutista czar A RÚSSIA IMPERIAL Desde o século XVI até a Revolução de 1917 a Rússia foi governada por uma monarquia absolutista; O rei era chamado czar; O czar Alexandre II (1818-1881) deu início, na metade do século

Leia mais

IBIÚNA 68: O QUE A HISTÓRIA NÃO CONTA.

IBIÚNA 68: O QUE A HISTÓRIA NÃO CONTA. FÓRUM NACIONAL DE PROFESSORES DE JORNALISMO (FNPJ) XIII ENCONTRO NACIONAL DE PROFESSORES DE JORNALISMO IX CICLO NACIONAL DE PESQUISA EM ENSINO DE JORNALISMO MODALIDADE DO TRABALHO: Relato de Experiência

Leia mais

DO REGIME MILITAR A NOVA REPÚBLICA

DO REGIME MILITAR A NOVA REPÚBLICA DO REGIME MILITAR A NOVA REPÚBLICA Ditadura Militar Eventos Fundamentais: Goulart propõe as reformas de base Eleitoral Educacional Bancária / Tributária Agrária Marcha da TFP Tradição Família e Propriedade

Leia mais

Maio/19. 30/5 - Paralisação Nacional da Educação. 28/5 - Assembleia Docente da Adunirio. 23/5 - Assembleia Docente da Adunirio

Maio/19. 30/5 - Paralisação Nacional da Educação. 28/5 - Assembleia Docente da Adunirio. 23/5 - Assembleia Docente da Adunirio 2019 Maio/19 30/5 - Paralisação Nacional da Educação 28/5 - Assembleia Docente da Adunirio 23/5 - Assembleia Docente da Adunirio 16/5 - Reunião Diretoria da Adunirio 15/5 - Paralisação Nacional da Educação

Leia mais

Professores indicam dez livros para entender o golpe de 1964 e a ditadura

Professores indicam dez livros para entender o golpe de 1964 e a ditadura G1 - Portal de Notícias da Globo - SP 30/03/2014-13:02 Professores indicam dez livros para entender o golpe de 1964 e a ditadura A pedido do G1, pesquisadores listaram obras essenciais sobre o período.

Leia mais

CONTEXTO HISTÓRICO A situação existente em Portugal e no mundo durante o período da vida de Alfredo Dinis ficou marcada pela luta abnegada dos povos e dos trabalhadores, no sentido de melhorarem as suas

Leia mais

A ERA VARGAS (1930/1945)

A ERA VARGAS (1930/1945) PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE VARGAS(1930-1945) 1945) Nacionalista. Favor das empresas nacionais. Política econômica Intervencionista. Ditador de características fascista. Populista. Centralizador. PRINCIPAIS

Leia mais

Militância política e militância estudantil no movimento universitário dos anos Renato Cancian

Militância política e militância estudantil no movimento universitário dos anos Renato Cancian Militância política e militância estudantil no movimento universitário dos anos 1970 1 Renato Cancian Resumo: Com base nos resultados da pesquisa na área de sociologia histórica, este artigo tem por objetivo

Leia mais

Anexos. Frente Operária, nº 2. Dezembro de Capa.

Anexos. Frente Operária, nº 2. Dezembro de Capa. 144 Anexos. Frente Operária, nº 2. Dezembro de 1952. Capa. Fragmento com descrição de propostas político-programáticas do Partido Operário Revolucionário. 145 Frente Operária, nº2. Dezembro de 1952. Págs.

Leia mais

Atualidade em foco. Manifestação contra as reformas trabalhista e da previdência e por Diretas já, 24 de maio 198 UNIVERSIDADE E SOCIEDADE #60

Atualidade em foco. Manifestação contra as reformas trabalhista e da previdência e por Diretas já, 24 de maio 198 UNIVERSIDADE E SOCIEDADE #60 Atualidade em foco Foto: Anderson Barbosa / Fractures Collective Manifestação contra as reformas trabalhista e da previdência e por Diretas já, 24 de maio 198 UNIVERSIDADE E SOCIEDADE #60 Ousar lutar,

Leia mais

Projeto Memória do Parlamento Brasileiro

Projeto Memória do Parlamento Brasileiro I II Projeto Memória do Parlamento Brasileiro Professor(a), seja bem-vindo(a)! Aqui encontrará algumas sugestões de conteúdos e de atividades para contribuir com o trabalho pedagógico. I II Visite a Exposição!

Leia mais

EIXO V GESTÃO DEMOCRÁTICA, PARTICIPAÇÃO POPULAR E CONTROLE SOCIAL DOCUMENTO REFERÊNCIA

EIXO V GESTÃO DEMOCRÁTICA, PARTICIPAÇÃO POPULAR E CONTROLE SOCIAL DOCUMENTO REFERÊNCIA EIXO V GESTÃO DEMOCRÁTICA, PARTICIPAÇÃO POPULAR E CONTROLE SOCIAL DOCUMENTO REFERÊNCIA A articulação e mobilização da sociedade civil e de setores do Estado assumiram grande importância, especialmente

Leia mais

Juventude e participação política: considerações sobre a militância estudantil nos anos 1970

Juventude e participação política: considerações sobre a militância estudantil nos anos 1970 Juventude e participação política: considerações sobre a militância estudantil nos anos 1970 Renato Cancian* Resumo: Este artigo examina o movimento estudantil universitário brasileiro da década de 1970.

Leia mais

Resolução do Vestibular UDESC 2019/1

Resolução do Vestibular UDESC 2019/1 A questão envolve um conhecimento geral sobre o século XX, lembrado na citação de Hobsbawm, como o século dos Extremos. Marcado por duas guerras mundiais e tantas outras menores, como do Vietnã ou Correrias,

Leia mais

REGIME MILITAR NO BRASIL. Prof Valério

REGIME MILITAR NO BRASIL. Prof Valério REGIME MILITAR NO BRASIL Prof Valério GOVERNO CASTELLO BRANCO (1964-1967) Estabeleceu eleições indiretas para presidente, além de dissolver os partidos políticos. Vários parlamentares federais e estaduais

Leia mais

COOPERATIVA DE ENSINO DE OURINHOS COLÉGIO PÓLIS

COOPERATIVA DE ENSINO DE OURINHOS COLÉGIO PÓLIS ESTATUTO DO GRÊMIO ESTUDANTIL A Lei Federal nº 7.398 de 04/11/85, assegura a organização de Grêmios Estudantis nas Escolas, com as finalidades educacionais, culturais, cívicas, desportivas e sociais. Grêmio

Leia mais

TENENTISMO ( ) Prof. OTTO TERRA

TENENTISMO ( ) Prof. OTTO TERRA TENENTISMO (1922-1926) TRANSFORMAÇÕES NO BRASIL NA VIRADA DE 1920 Industrialização substitutiva de exportações Crescimento dos centros urbanos (São Paulo / Rio de Janeiro) Mudanças no cenário Nacional

Leia mais

PROPOSTA DOS FÓRUNS DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DO BRASIL EIXO V. Gestão Democrática, Participação Popular e Controle Social

PROPOSTA DOS FÓRUNS DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DO BRASIL EIXO V. Gestão Democrática, Participação Popular e Controle Social PROPOSTA DOS FÓRUNS DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DO BRASIL Laranja inclusão Verde - supressão EIXO V Gestão Democrática, Participação Popular e Controle Social 349. A articulação e mobilização da sociedade

Leia mais

Comunistas e movimento operário no bairro do Jacaré RJ ( ) O presente trabalho tem como tema a memória dos ex-trabalhadores comunistas do

Comunistas e movimento operário no bairro do Jacaré RJ ( ) O presente trabalho tem como tema a memória dos ex-trabalhadores comunistas do Comunistas e movimento operário no bairro do Jacaré RJ (1950-1990) Cristiane Muniz Thiago 1 Introdução O presente trabalho tem como tema a memória dos ex-trabalhadores comunistas do complexo industrial

Leia mais

CIDADANIA E POLÍTICA CIDADANIA

CIDADANIA E POLÍTICA CIDADANIA CIDADANIA E POLÍTICA CIDADANIA A palavra vem do latim civitas significa cidade, no sentido de entidade política. Refere-se ao que é próprio da condição daqueles que convivem em uma cidade. Esta relacionado

Leia mais

MARCELO CAMURÇA. Dados biográficos: indisponíveis. Histórico do acervo: indisponível. Organização da documentação:

MARCELO CAMURÇA. Dados biográficos: indisponíveis. Histórico do acervo: indisponível. Organização da documentação: MARCELO CAMURÇA Dados biográficos: indisponíveis Histórico do acervo: indisponível Organização da documentação: O acervo conta com documentos referentes ao MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro),

Leia mais

Getúlio Vargas e o Golpe de História 9.º ano Prof.ª Marilia C. C. Coltri Complementação: Colégio Ser!

Getúlio Vargas e o Golpe de História 9.º ano Prof.ª Marilia C. C. Coltri Complementação:  Colégio Ser! Getúlio Vargas e o Golpe de 1930 História 9.º ano Prof.ª Marilia C. C. Coltri Complementação: www.elton.pro.br Colégio Ser! Sorocaba Getúlio Vargas e o Golpe de 1930 Período eleitoral no Brasil: Washington

Leia mais

EDUCAÇÃO E NACIONAL- DESENVOLVIMENTISMO NO BRASIL

EDUCAÇÃO E NACIONAL- DESENVOLVIMENTISMO NO BRASIL EDUCAÇÃO E NACIONAL- DESENVOLVIMENTISMO NO BRASIL Manoel Nelito M. Nascimento Publicado em Navegando na História da Educação Brasileira: http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/index.html Em maio

Leia mais

HISTÓRIA - 2 o ANO MÓDULO 23 O GOVERNO CASTELO BRANCO ( )

HISTÓRIA - 2 o ANO MÓDULO 23 O GOVERNO CASTELO BRANCO ( ) HISTÓRIA - 2 o ANO MÓDULO 23 O GOVERNO CASTELO BRANCO (1964-67) Fixação 1) (PUC) O desenvolvimento econômico nacional foi um tema central dos debates políticos que, no início dos anos sessenta, mobilizaram

Leia mais

COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE

COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE GRUPO DE TRABALHO DITADURA E REPRESSÃO AOS TRABALHADORES E AO MOVIMENTO SINDICAL O Grupo de Trabalho "Ditadura e repressão aos trabalhadores e ao movimento sindical" foi o

Leia mais

Exercícios de Ditadura Militar: do golpe a Castelo Branco

Exercícios de Ditadura Militar: do golpe a Castelo Branco Exercícios de Ditadura Militar: do golpe a Castelo Branco Material de apoio do Extensivo 1. Com a renúncia de Jânio Quadros, setores militares resolveram impedir a posse do Vice- Presidente João Goulart.

Leia mais

CARAPINTADA UMA VIAGEM PELA RESISTÊNCIA ESTUDANTIL Editora: Ática Autor: Renato Tapajós

CARAPINTADA UMA VIAGEM PELA RESISTÊNCIA ESTUDANTIL Editora: Ática Autor: Renato Tapajós CARAPINTADA UMA VIAGEM PELA RESISTÊNCIA ESTUDANTIL Editora: Ática Autor: Renato Tapajós Indicação: 8º ano do Ensino Fundamental Duração: 1 bimestre Disciplinas: História e Língua Portuguesa Tema: Movimentos

Leia mais

BRASIL REPÚBLICA (1889 )

BRASIL REPÚBLICA (1889 ) Repressão do governo. Sem maiores consequências. REVOLTA DA VACINA: OSWALDO CRUZ Revolta dos Marinheiros ou Revolta da Chibata (RJ 1910): João Cândido (líder), posteriormente apelidado de Almirante Negro.

Leia mais

IDADE CONTEMPORÂNEA A ERA NAPOLEÔNICA

IDADE CONTEMPORÂNEA A ERA NAPOLEÔNICA ERA NAPOLEÔNICA (1799 1815) Prof. João Gabriel da Fonseca joaogabriel_fonseca@hotmail.com 1 - O CONSULADO (1799 1804): Pacificação interna e externa. Acordos de paz com países vizinhos. Acordo com a Igreja

Leia mais

Socialismo reformista na Quarta República: o Partido Socialista Brasileiro entre

Socialismo reformista na Quarta República: o Partido Socialista Brasileiro entre Socialismo reformista na Quarta República: o Partido Socialista Brasileiro entre 1945-1964 Rodrigo Candido da Silva Universidade Estadual de Maringá (UEM) A importância histórica da participação política

Leia mais

MINUTA DE PAUTA UNIFICADA DE REIVINDICAÇÕES PARA 2015

MINUTA DE PAUTA UNIFICADA DE REIVINDICAÇÕES PARA 2015 DCE da Unicamp, DCE-Livre da USP e Representação Estudantil da Unesp MINUTA DE PAUTA UNIFICADA DE REIVINDICAÇÕES PARA 2015 O Fórum das Seis, reafirmando sua posição em defesa da autonomia didático-científica,

Leia mais

PLANEJAMENTO DA REGIONAL SUL-2 DA DIREÇÃO EXECUTIVA NACIONAL DOS ESTUDANTES DE MEDICINA

PLANEJAMENTO DA REGIONAL SUL-2 DA DIREÇÃO EXECUTIVA NACIONAL DOS ESTUDANTES DE MEDICINA PLANEJAMENTO DA REGIONAL SUL-2 DA DIREÇÃO EXECUTIVA NACIONAL DOS ESTUDANTES DE MEDICINA Frente: UNIVERSIDADE 1- Nó: A universidade não garante o tripé universitário socialmente referenciado, democracia

Leia mais

36ª Reunião Nacional da ANPEd 29 de setembro a 02 de outubro de 2013, Goiânia-GO

36ª Reunião Nacional da ANPEd 29 de setembro a 02 de outubro de 2013, Goiânia-GO O ENSINO DE HISTÓRIA NOS JORNAIS DA PROPOSTA CURRICULAR DE SANTA CATARINA Carlos Alberto Bertaiolli UNIPLAC Agência Financiadora: FAPESC No contexto do processo de redemocratização do Estado brasileiro

Leia mais

Tipos de Democracia. Sociologia Larissa Rocha 12 e Aula ao Vivo

Tipos de Democracia. Sociologia Larissa Rocha 12 e Aula ao Vivo Tipos de Democracia 1. Passava da meia noite quando o escrutínio terminou. Os votos válidos não chegavam a vinte e cinco por cento, distribuídos pelo partido da direita, treze por cento, pelo partido do

Leia mais

Movimento. O que é. Negro?

Movimento. O que é. Negro? Movimento Negro O que é Movimento Negro? O movimento Negro em síntese é um fenômeno que vem de séculos. Principalmente em países com histórico de escravidão, organizações políticas buscam reconhecimento

Leia mais

Unidade II MOVIMENTOS SOCIAIS. Profa. Daniela Santiago

Unidade II MOVIMENTOS SOCIAIS. Profa. Daniela Santiago Unidade II MOVIMENTOS SOCIAIS CONTEMPORÂNEOS Profa. Daniela Santiago Dando seguimento a nossos estudos, estaremos agora orientando melhor nosso olhar para os movimentos sociais brasileiros, sendo que iremos

Leia mais

Era Vargas: Era Vargas: Estado Novo ( )

Era Vargas: Era Vargas: Estado Novo ( ) Aula 22 Era Vargas: Era Vargas: Estado Novo (1937-1945) Setor 1605 1 Estado Novo (1937 1945) 2 O Fim da Era Vargas Prof. Edu Aula 22 - Era Vargas: Estado Novo (1937-1945) ealvespr@gmail.com 1.1 Era Vargas

Leia mais

Sequência Didática. A ditadura em agonia: As greves operárias do ABC de 1979

Sequência Didática. A ditadura em agonia: As greves operárias do ABC de 1979 Universidade de São Paulo Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Aluno: Reinaldo Santos de Souza n. USP: 5682800 Disciplina: Ensino de História: Teoria e Prática noturno Prof. Antônia Terra

Leia mais

Eurico Gaspar Dutra ( ): Getúlio Vargas ( ): Jucelino Kubitschek ( ): Jânio Quadros (1961): João Goulart ( ):

Eurico Gaspar Dutra ( ): Getúlio Vargas ( ): Jucelino Kubitschek ( ): Jânio Quadros (1961): João Goulart ( ): Governos Eurico Gaspar Dutra (1946 1950): união com os EUA (Guerra Fria), Constituição de 1946 (redemocratizadora) Getúlio Vargas (1951 1954): governo nacionalista, Petrobrás, Eletrobrás, aumento de 100%

Leia mais

AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE ESPORTE E LAZER PARA AS ESCOLAS MUNICIPAIS DO RECIFE: SUAS PROBLEMÁTICAS E POSSIBILIDADES

AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE ESPORTE E LAZER PARA AS ESCOLAS MUNICIPAIS DO RECIFE: SUAS PROBLEMÁTICAS E POSSIBILIDADES AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE ESPORTE E LAZER PARA AS ESCOLAS MUNICIPAIS DO RECIFE: SUAS PROBLEMÁTICAS E POSSIBILIDADES Autor: Natália Gabriela da Silva; Co-Autor: Jorge José A. da Silva Filho; Orientador:

Leia mais

representantes do colunismo político no Brasil.

representantes do colunismo político no Brasil. Introdução O golpe militar de 1964 deu início a um tempo em que o país esteve submetido a um regime de repressão política e social controlado pelos governos militares. Partidos e direitos políticos cassados,

Leia mais

ESCOLA DO TRABALHO UMA PEDAGOGIA SOCIAL: UMA LEITURA DE M. M. PISTRAK

ESCOLA DO TRABALHO UMA PEDAGOGIA SOCIAL: UMA LEITURA DE M. M. PISTRAK Revista de Ed ucação ESCOLA DO TRABALHO UMA PEDAGOGIA SOCIAL: UMA LEITURA DE M. M. PISTRAK Vol. 1 nº 1 jan./jun. 2006 p. 77-81 Eliseu Santana 1 Orientador: André Paulo Castanha 2 Pistrak foi um grande

Leia mais

HISTÓRIA. História do Brasil. República Autoritária a 1984 Parte 1. Profª. Eulállia Ferreira

HISTÓRIA. História do Brasil. República Autoritária a 1984 Parte 1. Profª. Eulállia Ferreira HISTÓRIA História do Brasil Parte 1 Profª. Eulállia Ferreira Em 64 a nação recebeu um tiro no peito. Um tiro que matou a alma nacional, (...) Os personagens que pareciam fazer parte da história do Brasil

Leia mais

Revolta do Forte de Copacabana O primeiro 5 de julho; Revolta de São Paulo O segundo de 5 de julho; A Coluna Prestes tinha como objetivo espalhar o

Revolta do Forte de Copacabana O primeiro 5 de julho; Revolta de São Paulo O segundo de 5 de julho; A Coluna Prestes tinha como objetivo espalhar o Revolta do Forte de Copacabana O primeiro 5 de julho; Revolta de São Paulo O segundo de 5 de julho; A Coluna Prestes tinha como objetivo espalhar o tenentismo pelo país; Defediam: Voto secreto; Autonomia

Leia mais

Os diferentes modelos de Estados (principais características)

Os diferentes modelos de Estados (principais características) Capítulo 6 Poder, política e Estado 7 Os diferentes modelos de Estados (principais características) Absolutista: - Unidade territorial. - Concentração do poder na figura do rei, que controla economia,

Leia mais

ZAIDAN FILHO, Michel; MACHADO, Otávio Luiz. Educação Superior. Recife: Ed. Universitária

ZAIDAN FILHO, Michel; MACHADO, Otávio Luiz. Educação Superior. Recife: Ed. Universitária Cadernos de Campo ZAIDAN FILHO, Michel; MACHADO, Otávio Luiz (Org.). Movimento Estudantil Brasileiro e a Educação Superior. Recife: Ed. Universitária UFPE, 2007 Pablo Emanuel Romero ALMADA Doutorando em

Leia mais

PRIMEIRA REPÚBLICA MOVIMENTO OPERÁRIO ESTADO E IDEOLOGIAS

PRIMEIRA REPÚBLICA MOVIMENTO OPERÁRIO ESTADO E IDEOLOGIAS PRIMEIRA REPÚBLICA MOVIMENTO OPERÁRIO ESTADO E IDEOLOGIAS I)Indústria na Primeira República Havia um pequeno parque industrial O setor industrial era da indústria tradicional: roupas, tecidos, bebidas,

Leia mais

Educação no período de

Educação no período de Educação no período de 1945-1964 Profª Tathiane Milaré Revisão Brasil colônia Influência dos jesuítas Reformas de Marquês de Pombal Brasil Império Chegada da Família Real Constituição de 1824 (gratuidade;

Leia mais

Grêmio Estudantil. Manual

Grêmio Estudantil. Manual Grêmio Estudantil Manual Pense Nisso... Pode haver uma gestão verdadeiramente democrática na Escola, sem a participação dos estudantes? Afinal, não é por causa do estudante que a Escola existe? Grande

Leia mais

Esta cartilha explica os princípios que orientam a FOB, a maneira como nos organizamos e como se filiar ao Sindicalismo Revolucionário.

Esta cartilha explica os princípios que orientam a FOB, a maneira como nos organizamos e como se filiar ao Sindicalismo Revolucionário. Esta cartilha explica os princípios que orientam a FOB, a maneira como nos organizamos e como se filiar ao Sindicalismo Revolucionário. www.lutafob.wordpress.com lutafob@protonmail.com Brasil, 2019 NOSSOS

Leia mais

TESTE DE AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL

TESTE DE AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL Agrupamento de Escolas de Arraiolos Escola EB 2,3/S Cunha Rivara de Arraiolos Ano Lectivo 2009/2010 HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL 6º Ano Teste de Avaliação nº 5 TESTE DE AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA

Leia mais

Brasil: os anos mais repressivos do

Brasil: os anos mais repressivos do Brasil: os anos mais repressivos do regime militar Ago/69: Costa e Silva adoece e é afastado. Vice Pedro Aleixo é impedido de assumir. Ago-out/1969 Junta militar assume o poder e escolhe novo presidente.

Leia mais

Revoluções, ideias e transformações econômicas do século XIX. Profª Ms. Ariane Pereira

Revoluções, ideias e transformações econômicas do século XIX. Profª Ms. Ariane Pereira Revoluções, ideias e transformações econômicas do século XIX Profª Ms. Ariane Pereira As transformações na Europa final do século XVIII Ideias Iluministas: liberdade e igualdade; Revolução Francesa estabeleceu

Leia mais

Revista Trilhas da História. Três Lagoas, v.6, nº11 jul-dez, 2016.p Página 120

Revista Trilhas da História. Três Lagoas, v.6, nº11 jul-dez, 2016.p Página 120 SALES, Jean Rodrigues (org.). Guerrilha e Revolução: A luta armada contra a Ditadura Militar no Brasil. Rio de Janeiro: Lamparina, FAPERJ, 2015. 254p. VENTURINI, Luan Gabriel Silveira 1 Nesta obra, Jean

Leia mais

ola eu sou o Everton e vou falar do poder de vargas introdução vargas como era : o seu poder, como ele tomou posse e as tres fases politicas

ola eu sou o Everton e vou falar do poder de vargas introdução vargas como era : o seu poder, como ele tomou posse e as tres fases politicas ola eu sou o Everton e vou falar do poder de vargas introdução vargas como era : o seu poder, como ele tomou posse e as tres fases politicas O PODER DE VARGAS ERA : PROVISÓRIO, CONSTITUCIONAL e ESTADO

Leia mais

História da América Latina

História da América Latina História da América Latina Guerra Fria e as Ditaduras Militares Parte 6 Profª. Eulália Ferreira PARAGUAI 1954 1989 Antecedentes -Século XIX Guerra do Chaco com a Bolívia e a Guerra contra o Brasil trazem

Leia mais

Projeto "Movimentos Sociais e Esfera Pública

Projeto Movimentos Sociais e Esfera Pública Projeto "Movimentos Sociais e Esfera Pública Impactos e desafios da participação da sociedade civil na formulação e implementação de políticas governamentais". (SGPr- CBAE/UFRJ) v o Movimentos, redes e

Leia mais

Agenda do professor tem como tema 100 anos da greve geral no Brasil

Agenda do professor tem como tema 100 anos da greve geral no Brasil Agenda do professor tem como tema 100 anos da greve geral no Brasil 1917 - Um marco do movimento operário no Brasil 1 / 5 A Greve Geral de 1917 ficou conhecida em todo o País pela paralisação da indústria

Leia mais

EDUCAÇÃO E NACIONAL- DESENVOLVIMENTISMO NO BRASIL

EDUCAÇÃO E NACIONAL- DESENVOLVIMENTISMO NO BRASIL EDUCAÇÃO E NACIONAL- DESENVOLVIMENTISMO NO BRASIL Manoel Nelito M. Nascimento Publicado em Navegando na História da Educação Brasileira: http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/index.html Em maio

Leia mais

14. Brasil: Período Regencial PÁGINAS 18 À 29.

14. Brasil: Período Regencial PÁGINAS 18 À 29. 14. Brasil: Período Regencial PÁGINAS 18 À 29. Política e economia Regência Trina Provisória: Formada pelos senadores Nicolau Vergueiro, José Joaquim de Campos e pelo brigadeiro Francisco de Lima e Silva

Leia mais

Autoritarismo, Afastamentos e Anistia: Professores Cassados na FURG durante a Ditadura Civil-Militar Brasileira.

Autoritarismo, Afastamentos e Anistia: Professores Cassados na FURG durante a Ditadura Civil-Militar Brasileira. Autoritarismo, Afastamentos e Anistia: Professores Cassados na FURG durante a Ditadura Civil-Militar Brasileira. KANTORSKI, Leonardo Prado 1 ; BARRETO, Alvaro Augusto de Borba 2 ; KUNIOCHI, Márcia Naomi

Leia mais

Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc

Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc Diálogos - Revista do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História ISSN: 1415-9945 rev-dialogos@uem.br Universidade Estadual de Maringá Brasil Priori, Ângelo Resenhas "Cunha, Paulo

Leia mais

5ª AVALIAÇÃO TRADICICIONAL 5ª AVALIAÇÃO TRADICIONAL/2017 3ª SÉRIE / PRÉ-VESTIBULAR PROVA DISCURSIVA DE HISTÓRIA RESOLUÇÃO ATENÇÃO!

5ª AVALIAÇÃO TRADICICIONAL 5ª AVALIAÇÃO TRADICIONAL/2017 3ª SÉRIE / PRÉ-VESTIBULAR PROVA DISCURSIVA DE HISTÓRIA RESOLUÇÃO ATENÇÃO! 5ª AVALIAÇÃO TRADICIONAL/2017 3ª SÉRIE / PRÉ-VESTIBULAR PROVA DISCURSIVA DE HISTÓRIA RESOLUÇÃO ATENÇÃO! Duração total das provas discursivas + REDAÇÃO: 5 horas 1 1ª Questão (Adelarmo) a) A partir da análise

Leia mais

Lula: Impeachment é conduzido por quadrilha legislativa

Lula: Impeachment é conduzido por quadrilha legislativa Lula: Impeachment é conduzido por quadrilha legislativa Em fala em seminário, o ex-presidente agradeceu à imprensa internacional pela cobertura que está fazendo da crise política Postado por Agência PT,

Leia mais

CARTA DE LIBERDADE SINDICAL. Sindicato das/os Trabalhadoras/es do Serviço Público da Saúde do Estado do Paraná

CARTA DE LIBERDADE SINDICAL. Sindicato das/os Trabalhadoras/es do Serviço Público da Saúde do Estado do Paraná CARTA DE LIBERDADE SINDICAL Sindicato das/os Trabalhadoras/es do Serviço Público da Saúde do Estado do Paraná QUEM SOMOS Greve de 1991 S omos trabalhadoras e trabalhadores da saúde pública e defendemos

Leia mais

Constituição Brasileira Completa 30 Anos

Constituição Brasileira Completa 30 Anos 30 anos da constituição Federal Constituição Brasileira Completa 30 Anos A Constituição é o conjunto de leis do país. É considerada a Lei máxima e determina o papel do Estado. Nela estão as regras que

Leia mais

Sumário. Prefácio: O Sonho de Mario Pedrosa Isabel Loureiro Algumas Palavras Introdução... 27

Sumário. Prefácio: O Sonho de Mario Pedrosa Isabel Loureiro Algumas Palavras Introdução... 27 Sumário Prefácio: O Sonho de Mario Pedrosa Isabel Loureiro... 13 Algumas Palavras.... 23 Introdução.... 27 mario pedrosa e a política 1. O Militante Comunista.... 35 2. Nas Sendas de Leon Trotsky.... 47

Leia mais