A FISIOTERAPIA NO BRASIL FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO FISIOTERAPEUTA
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1 A FISIOTERAPIA NO BRASIL FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO FISIOTERAPEUTA Profª Ms Simone Cury Andery Pinto 1
2 FISIOTERAPIA - DEFINIÇÃO É uma ciência da Saúde que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações genéticas, por traumas e por doenças adquiridas. Fundamenta suas ações em mecanismos terapêuticos próprios, sistematizados pelos estudos da biologia, das ciências morfológicas, das ciências fisiológicas, das patologias, da bioquímica, da biofísica, da biomecânica, da cinesia, da sinergia funcional, e da cinesia patologia de órgãos e sistemas do corpo humano e as disciplinas comportamentais e sociais. (COFFITO)
3 FISIOTERAPIA NO BRASIL Napoleão Bonaparte acabou por contribuir indiretamente com o desenvolvimento dos primeiros serviços organizados de Fisioterapia no Brasil, ao invadir Portugal e fazer com que a família real portuguesa desembarcasse no país Com os monarcas, vieram os nobres e o que havia de recursos humanos de várias áreas para servir à elite portuguesa, de passagem por estas terras surgimento das primeiras escolas de ensino médico
4 FISIOTERAPIA NO BRASIL 1879 e 1883 Área da saúde: Recursos físicos na assistência à saúde Curativa Reabilitadora Serviço de eletricidade médica e serviço de hidroterapia no Rio de Janeiro Casa das Duchas
5 CASA DAS DUCHAS PETRÓPOLIS, RJ
6 FISIOTERAPIA NO BRASIL 1929 Serviço de Fisioterapia do Instituto Radium Arnaldo Vieira de Carvalho Assistência aos pacientes do Hospital Central da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
7 FISIOTERAPIA NO BRASIL 1950 Incidência de Poliomielite grande quantidade de portadores de sequelas motoras necessidade de reabilitação para a sociedade
8 POLIOMIELITE
9 POLIOMIELITE
10 FISIOTERAPIA NO BRASIL 1950 Grande quantidade de pessoas lesadas pelos chamados acidentes de trabalho necessidade de reabilitação para reintegração ao sistema produtivo
11 FISIOTERAPIA NO BRASIL 1951 Primeiro curso Técnico em Fisioterapia em São Paulo (USP) Duração de 2 anos Período integral Acessível a alunos com 2º grau completo e ministrado por médicos A luta de um grupo de profissionais fez crescer a profissão também no aspecto legal
12 FISIOTERAPIA NO BRASIL 1956 Primeiro curso de Fisioterapia de nível superior do país, criado pela Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação, no Rio de Janeiro 1958 Instituto de Reabilitação de São Paulo 1962 Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais
13 SURGIMENTO DA AACD Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) São Paulo Novo conceito de assistência diferenciada As primeiras turmas formam os que estarão nos consultórios e clínicas auxiliando os médicos, que prescreviam os exercícios com e sem carga, as massagens, o uso do calor, da luz, dos banhos e dos rudimentares recursos eletroterápicos disponíveis para a recuperação do paciente.
14 FISIOTERAPIA NO BRASIL 1963 Conselho Federal de Educação: Elaboração do Parecer 388/63 que reconheceu o curso de Fisioterapia Tal parecer definia que esses cursos deveriam ter a duração de três anos e estabelecia um currículo mínimo, caracterizando pela primeira vez os profissionais até então, chamados de Técnicos em Fisioterapia.
15 FISIOTERAPIA NO BRASIL A Fisioterapia se tornou curso superior, mas a atuação dos fisioterapeutas estava subordinada aos médicos Primeira definição oficial da ocupação do fisioterapeuta: Definido como auxiliar médico; explicita que lhe compete a realização apenas de tarefas de caráter terapêutico.
16 FISIOTERAPIA NO BRASIL 13 de outubro de 1969 Regulamentação da profissão no Brasil, com o Decreto-Lei 938
17 FISIOTERAPIA NO BRASIL Art. 1º: É assegurado o exercício das profissões de fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, observado o disposto no presente Decreto-lei. Art. 2º: O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional, diplomados por escolas e cursos reconhecidos, são profissionais de nível superior. Art. 3º: É atividade privativa do fisioterapeuta executar métodos e técnicas fisioterápicos com a finalidade de restaurar, desenvolver e conservar a capacidade física do paciente.
18 A FORMAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA A universidade brasileira e o profissional de nível superior A tendência em adotar os procedimentos e as informações elaborados pelos países desenvolvidos, nas diversas áreas do conhecimento, é uma constante nos países do Terceiro Mundo
19 A FORMAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA Quanto mais o conhecimento for apenas reproduzido e transmitido, em vez de também ser produzido, mais distantes estarão os futuros profissionais de obter resoluções para os problemas da população do país O compromisso de lidar com problemas reais de uma população, que deveria orientar a formação de profissionais na aplicação do conhecimento de diversas áreas, é perdido de vista, na medida em que é considerado mais relevante o conhecimento produzido em outros países.
20 A FORMAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA A formação profissional no Brasil, de certa forma, é dirigida pelos currículos estabelecidos pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) O que precisa ser apresentado a cada tipo de profissional; Durante quanto tempo o futuro profissional precisa ser exposto às informações ou aprendizagens. O currículo é um projeto desse futuro profissional e da profissão
21 A FORMAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA Currículo: Função e elaboração É óbvia a necessidade de elaboração e execução de procedimentos e de metodologia que garantam a detecção dos problemas sociais, visando à formação de indivíduos que possuam um repertório adequado e suficiente para lidar com eles.
22 A FORMAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA 1964 Currículo mínimo dos cursos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (TO): Matérias comuns: Fundamentos de Fisioterapia e TO, Ética e História da Reabilitação e Administração Aplicada. Matérias específicas de Fisioterapia: Fisioterapia geral, Fisioterapia Aplicada. Matérias específicas de TO: Terapêutica Ocupacional geral e terapêutica ocupacional aplicada. Duração do curso: 3 anos letivos.
23 A FORMAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA 1983 Curso de Fisioterapia foi dividido em 4 ciclos. Participação de Fisioterapeutas. I. Ciclo de matérias biológicas II. Ciclo de matérias de formação geral III. Ciclo de matérias pré-profissionalizantes IV. Ciclo de matérias profissionalizates Exemplos das disciplinas: Anatomia humana e histologia (I), Ciências do comportamento (II), Cinesiologia (III), Fisioterapia aplicada à ortopedia e traumatologia (IV).
24 A FORMAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA Esquemas de fases do raciocínio utilizado para decidir o que ensinar e para planejar o processo de ensino e o que pode ser utilizado para fazer esse trabalho ETAPAS Ponto de partida O QUE É CONDIDERADO OU DECIDIDO Conteúdo existente e conhecido Decisão O que precisa ser ensinado Decisão Como transmitir o conteúdo Resultado Profissional formado
25 A FORMAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA O currículo oficial dos cursos de Fisioterapia parece estar inadequado ou insuficiente em diversos aspectos: 1. A maneira de raciocinar na sua elaboração, adotando como ponto de partida o conhecimento já conhecido e divulgado, em vez de considerar problemas reais da população que o futuro profissional deverá ser capaz de resolver; 2. A ênfase nos itens de conteúdo, não explicitando o que o aprendiz precisará ser capaz de fazer quando desenvolver essas aprendizagens; 3. As confusões entre atividade técnica e atuação profissional de nível superior.
26 A FORMAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA Inadequações no currículo Estado atual da profissão e futuro Indivíduos responsáveis pela assistência à Saúde da população!!
27 A FORMAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA O desenvolvimento das matérias ou disciplinas não é efetuado de maneira idêntica nas diversas instituições de ensino do país, o que traz algumas decorrências prejudiciais para análise do perfil do profissional que está sendo formado e, consequentemente, da própria profissão.
28 A FORMAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA Ocorrência de disciplinas diretamente relacionadas ao objeto de trabalho da profissão em 15 cursos de graduação em fisioterapia do país até % Cinesioterapia X X X X X X X X 63 Ética e Hist. Reab. X X X X X X X 47 Fund. Fisiot. X X X X X X X 33 Hist. Reab. X X X 20 Cinesiologia X X 13 Fisiot. Geral X X 13 Fisiot. Preventiva X 7 Fund. Reab. X 7 História da Fisiot. X 7 Introd. à Fisiot. X 7 Somatória
29 A FORMAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA É preciso uma verificação ainda, do que nessas disciplinas, os professores propõem ensinar Plano de ensino! Contém as informações sobre o que é a disciplina, carga horária e o que a disciplina propiciará como resultado de sua aplicação ou aquilo que o aprendiz deverá ser capaz de fazer após ter sido submetido ao processo de aprendizagem OBJETIVO!
30 A FORMAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA Por exemplo, os objetivos desta disciplina, Exercício Profissional na Fisioterapia: Conhecer os principais aspectos do exercício profissional do Fisioterapeuta; Evidenciar a função da Fisioterapia e relacionar as diversas áreas de atuação; Fundamentar e interligar a importância da pesquisa científica na Fisioterapia subsidiando o acadêmico ao contato com a metodologia do trabalho científico e visitas técnicas.
31 O FISIOTERAPEUTA Profissional de Saúde, com formação acadêmica Superior, habilitado à construção do diagnóstico dos distúrbios cinéticos funcionais (Diagnóstico Cinesiológico Funcional), a prescrição das condutas fisioterapêuticas, a sua ordenação e indução no paciente bem como, o acompanhamento da evolução do quadro clínico funcional e as condições para alta do serviço. Atividade de saúde, regulamentada pelo Decreto-Lei 938/69, Lei 6.316/75, Resoluções do COFFITO, Decreto 9.640/84, Lei 8.856/94.
32 ÁREAS DE ATUAÇÃO Fisioterapia Clínica. Ambulatórios. Consultórios. Centros de Reabilitação. Hospitais e clínica Saúde Coletiva. Ações Básicas de Saúde. Fisioterapia do Trabalho. Programas institucionais. Vigilância Sanitária
33 ÁREAS DE ATUAÇÃO Educação. Direção e coordenação de cursos. Docência - níveis: secundário e superior. Extensão. Pesquisa. Supervisão técnica e administrativa Outras. Esporte. Indústria de equipamentos de uso fisioterapêutico
34 CÓDIGO DE ÉTICA 1978 A criação do código de ética profissional do fisioterapeuta no Brasil. Esse código é centrado na auto-identidade do profissional e no ideal de serviço, características comuns nas profissões que procuram certo grau de autonomia Essas regras morais vêm com o intuito de eliminar os não qualificados e de reduzir a competição interna, protegendo os clientes e enfatizando o ideal de serviço.
35 CÓDIGO DE ÉTICA O código contém seis capítulos: 1. Das Responsabilidades Fundamentais 2. Do Exercício Profissional 3. Do Fisioterapeuta Perante as Entidades de Classe 4. Do Fisioterapeuta Perante os Colegas e Demais Membros da Equipe de Saúde 5. Dos Honorários Profissionais 6. Disposições Gerais.
36 CÓDIGO DE ÉTICA O código contém onze capítulos (2013): 1. Disposições Preliminares 2. Das Responsabilidades Fundamentais 3. Do Relacionamento com o Cliente/ Paciente/Usuário 4. Do Relacionamento com a Equipe 5. Das Responsabilidades no Exercício da Fisioterapia 6. Do Sigilo Profissional 7. Do Fisioterapeuta Perante as Entidades de Classe 8. Dos Honorários 9. Da Docência, Preceptoria, Pesquisa e Publicação 10. Da Divulgação Profissional 11. Das Disposições Gerais
37 O FUTURO DA FISIOTERAPIA A transformação da Fisioterapia, como campo de atuação profissional, para uma profissão da área da Saúde, depende da capacitação do fisioterapeuta para lidar com múltiplos níveis de condições de saúde de um organismo e não apenas dominar técnicas de tratamento de patologias É necessário utilizar o conhecimento existente e disponível e a nossa realidade para mudar a formação nesse campo de atuação profissional.
38 O FUTURO DA FISIOTERAPIA
39 REFERÊNCIAS Livro-texto: REBELATTO, José Rubens; BOTOMÉ, Sílvio Paulo. Fisioterapia no Brasil: Fundamentos para uma Ação Preventiva e Perspectivas Profissionais. 2ª ed. São Paulo: Manole, (Cap. IV VI) coffito.org.br Nascimento MC; Sampaio RF; Salmela JH et al. A profissionalização da fisioterapia em Minas Gerais. Rev. bras. fisioter. vol.10 no.2 São Carlos Disponível em: S
40 CONHEÇA TODAS AS TEORIAS, DOMINE TODAS AS TÉCNICAS, MAS AO TOCAR UMA ALMA HUMANA, SEJA APENAS OUTRA ALMA HUMANA. CARL JUNG CONTATO:
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