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1 Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa 5.ª Unidade Orgânica Processo n.º 508/12.5BELSB Acção Administrativa Comum Exmo. Senhor Juiz Universidade Aberta, Ré na acção administrativa especial acima identificada em que é Autor o Sindicato Nacional do Ensino Superior, vem deduzir a sua CONTESTAÇÃO, o que faz nos termos seguintes: I. POR EXCEPÇÃO (i) DA FALTA DE INTERESSE EM AGIR O Autor vem intentar uma acção administrativa comum, formulando vários pedidos: 1º - Um pedido de reconhecimento do direito dos docentes associados do Autor com a categoria de assistentes e assistentes convidados, vinculados contratualmente à Ré, de transitarem para a categoria de professor auxiliar pela aquisição do grau de doutor durante o ano de 2012, desde que verificados os restantes requisitos exigidos pelo regime transitório previsto no DL 205/2009, de 31 de Agosto. - Um pedido do reconhecimento do direito à remuneração mensal devida por tal categoria, considerando-se inaplicável o disposto no artigo 20, nºs 6, 7 e 8 do artigo 20º da Lei nº 64- B/ Um pedido de condenação da Ré à outorga, com os docentes que cumpram as condições do regime transitório, dos respectivos contratos de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado sujeito a período experimental na categoria de professor auxiliar, com efeitos à data da realização das provas de doutoramento e ao pagamento dos vencimentos mensais correspondentes ao reposicionamento remuneratório correspondente à transição para tal categoria, acrescido de respectivos juros. - Um pedido de declaração de nulidade de quaisquer contratos entretanto celebrados por associados do autor que tenham transitado para a categoria de professor auxiliar em virtude do regime transitório na parte em que se tenha clausulado a manutenção da retribuição da categoria de assistente ou assistente convidado. 2º Ora, o Autor não identifica quaisquer associados seus, assistentes ou assistentes convidados, vinculados à Ré, que tenham concluído no ano de 2012 o respectivo doutoramento, e que

2 tenham requerido a contratação como professor auxiliar, ou que pelo menos estejam em condições de a requerer. 3º Também não identifica quaisquer associados seus, trabalhadores ao serviço da Ré, em relação aos quais seja previsível venham a concluir o seu doutoramento durante o ano de º E nem sequer identifica, ao menos, quais os seus associados que se encontram vinculados contratualmente à Ré com a categoria de assistentes ou assistentes convidados. 5º O interesse do Autor na apreciação da questão suscitada é, assim, meramente virtual e hipotético. 6º Sendo a vigência da norma legal em causa restrita ao ano de 2012, no mínimo exigia-se do Autor, a fim de justificar o seu interesse em agir, que procedesse à indicação dos seus associados que se encontram prestes a concluir, no ano de 2012, as suas teses de doutoramento, tendo já requerido, ou indo requerer a breve prazo, a realização das respectivas provas. 7º Aliás, atenta toda a tramitação e os prazos fixados no Regulamento do Doutoramento na Universidade Aberta, aprovado pelo Despacho do Secretário de Estado do Ensino Superior nº 50/SEES/93, de 20 de Dezembro, publicado no D.R., II Série nº 38, de , dificilmente poderão obter o grau de doutor no ano de 2012 docentes que à data da interposição da presente acção não tenham já requerido as respectivas provas de doutoramento. 8º Cabia assim ao Autor identificar quais os seus associados que se encontram em condições de poder beneficiar do regime transitório estabelecido pelo Decreto-Lei nº 205/2009, de 31 de Agosto. 9º Não o tendo feito, a presente acção reconduz-se a um mero exercício de interpretação da lei, não se baseando em nenhuma situação da vida real carecida de efectiva tutela judicial. 10º Agindo o Autor em defesa dos interesses dos seus associados, cabia-lhe ao menos demonstrar que a situação jurídica destes era carecida de tutela judicial.

3 11º Na verdade, a ser a presente acção intentada pelos seus associados, a título individual, à luz do que dispõe o artigo 39º do CPTA não deixaria de lhes ser exigido que demonstrassem o seu interesse qualificado na declaração do direito aplicável à sua situação. 12º Nas palavras de Mário Aroso de Almeida e Fernandes Cadilha, in Comentário ao Código de Processo nos Tribunais Administrativos, pág. 194, Este pressuposto exige, portanto, a verifica cação objectiva de um interesse real e actual, que se deverá traduzir na utilidade da procedência do pedido, e que se encontra interligada à ideia de economia processual. (negrito nosso). 13º Pelo que igual exigência deverá ser feita ao Sindicato, quando pretende defender interesses dos seus associados. 14º Deste modo, tem de concluir-se que relativamente aos pedidos de reconhecimento do direito dos associados do Autor este não comprovou o seu interesse em agir. 15º A falta de interesse em agir consubstancia a falta de um pressuposto da acção que, assim, obsta à apreciação do mérito, pelo que, em consequência, deve Ré ser absolvida da instância. 16º Pelo que toca, concretamente, ao pedido de reconhecimento do direito à contratação como professor auxiliar, tem a Ré a dizer que celebrou, no ano de 2012, um contrato de trabalho em funções públicas, por tempo indeterminado, com uma assistente que entretanto concluíra o doutoramento, tendo acordado a sua contratação com a categoria de professor auxiliar (cf. Contrato de trabalho que se junta como Doc. nº 1 ). 17º É assim manifesta a falta de interesse processual do Autor, pelo que toca ao pedido formulado, pois não se verifica a circunstância de que o artigo 39º do CPTA faz depender a dedução de um pedido de simples apreciação: uma situação de incerteza, de ilegítima afirmação por parte da Administração, da existência de determinada situação jurídica, ou o fundado receio de que a Administração venha a adoptar uma conduta lesiva, fundada numa avaliação incorrecta da situação jurídica existente.

4 18º Deste modo, relativamente a tal pedido, deve a Ré ser absolvida da instância. (ii) DA FALTA DE LEGITIMIDADE ACTIVA 19º O Autor vem igualmente, como se disse, peticionar a declaração de nulidade dos contratos de trabalho em funções públicas eventualmente celebrados entre os seus associados, assistentes ou assistentes convidados, que hajam concluído o doutoramento e a Ré, sendo certo que não alega sequer que esta haja celebrado com um seu associado um contrato em tais condições, 20º nem demonstra que se encontra mandatado para deduzir tal pedido de declaração de nulidade. 21º Ora, ao pedir a declaração de nulidade de cláusulas de concretos contratos de trabalho, não estará o Autor (a admitir-se, por hipótese, a celebração de algum contrato com associado do A.) a agir em defesa colectiva de interesses colectivos dos seus associados, mas sim na defesa, colectiva, é certo, dos interesses individuais de algum ou alguns dos seus associados vinculados à Ré. 22º Pelo que deveria ter feito prova do mandato conferido pelo trabalhador em questão, sob pena de se admitir que um Sindicato, sem para tal estar mandatado, possa pôr em causa a concreta situação jurídica dos seus associados, maxime, os contratos por estes celebrados, (iii) DA ILEGITIMIDADE PASSIVA 23º Em qualquer caso, mais uma vez tem a Ré a declarar que, ao que julga saber, não tem ao seu serviço qualquer assistente ou assistente convidado que seja associado do Autor, e que tenha concluído as suas provas de doutoramento no ano de º A menos que os trabalhadores ao seu serviço lhe solicitem que proceda ao desconto nos respectivos vencimentos das quotizações sindicais, só acidentalmente deterá a Ré conhecimento da respectiva qualidade de sócio de um sindicato, não pois estes não têm o dever de informar a Ré da sua inscrição em qualquer organização sindical, nem esta o direito de lhes solicitar tal informação.

5 25º Deste modo, na falta de identificação pelo Autor dos associados que representa, não pode a Ré aferir da sua legitimidade passiva para a presente acção, não podendo aceitar-se que, sem ao menos indicar quais os seus associados que seriam trabalhadores da Ré, ao Autor venha demandar a Ré Universidade Aberta, que assim fica impossibilitada de lhe opor a sua eventual ilegitimidade. 26º O mesmo se diga, por maioria de razão, pelo que toca, concretamente, ao pedido de declaração de nulidade parcial dos contratos eventualmente celebrados. 27º Com efeito, em 2012 a Ré só celebrou um contrato de trabalho como professor auxiliar, por transição da categoria de assistente, ignorando se tal docente é associada do A.. II. POR IMPUGNAÇÃO Quando assim se não entenda, e por mera cautela, a presente acção não pode proceder. 28º 29º A Lei nº 64-B/2011, de 30 de Dezembro, que aprovou o Orçamento de Estado para 2012, mantém as regras adoptadas no Orçamento anterior destinadas a restringir as despesas com a massa salarial da Administração Pública, (em sentido lato). 30º Assim, manteve em vigor, e adoptou ex novo medidas que abrangeram diversas categorias de pessoal e de entidades, membros de órgãos de soberania, etc trabalhadores abrangidos pelo contrato de trabalho em funções públicas, trabalhadores de institutos públicos, trabalhadores ao serviço de órgãos de soberania, magistrados, gestores públicos, etc., 31º No elenco de tais medidas, contam-se por exemplo a redução dos vencimentos determinada pelo artigo 19º da Lei nº 55-A/2011, a suspensão do pagamento de subsídios de férias e de Natal ao pessoal abrangido pelo contrato de trabalho em funções públicas, enfim, um sem

6 número de medidas, publicamente conhecidas, que tiveram como finalidade a redução do deficit orçamental, no âmbito do Programa de Assistência Financeira a Portugal. 32º Entre estas medidas avulta a assunção, com carácter geral, da proibição de aumentos de remuneração de cada trabalhador, consagrada no artigo 24º da Lei n.º 55-A/ º O artigo 20º da Lei nº 64-B/2011, que aprovou o Orçamento para 2012, manteve em vigor os nºs 1 a 7 e 11 a 16 do citado artigo 24º, que, sob a epígrafe, Proibição de valorizações remuneratórias, dispõe o seguinte: 1 É vedada a prática de quaisquer actos que consubstanciem valorizações remuneratórias dos titulares dos cargos e demais pessoal identificado no n.º 9 do artigo 19.º. 2 O disposto no número anterior abrange as valorizações e outros acréscimos remuneratórios, designadamente os resultantes dos seguintes actos: a) Alterações de posicionamento remuneratório, progressões, promoções, nomeações ou graduações em categoria ou posto superiores aos detidos; b) Atribuição de prémios de desempenho ou outras prestações pecuniárias de natureza afim; c) Abertura de procedimentos concursais para categorias superiores de carreiras pluricategoriais, gerais ou especiais, ou, no caso das carreiras não revistas e subsistentes, incluindo carreiras e corpos especiais, para as respectivas categorias de acesso, incluindo procedimentos internos de selecção para mudança de nível ou escalão; d) Pagamento de remuneração diferente da auferida na categoria de origem, nas situações de mobilidade interna, em qualquer das suas modalidades, iniciadas após a entrada em vigor da presente lei, suspendendo-se a aplicação a novas situações do regime de remuneração dos trabalhadores em mobilidade prevista nos n.os 1 a 4 do artigo 62.o da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, alterada pelas Leis n.os 64-A/2008, de 31 de Dezembro, e 3-B/2010, de 28 de Abril, bem como a dispensa do acordo do trabalhador a que se refere o n.º 2 do artigo 61.o da mesma lei nos casos em que à categoria cujas funções vai exercer correspondesse uma remuneração superior. 3 O disposto nos números anteriores não prejudica a aplicação do regime da Lei n.º 66- B/2007, de 28 de Dezembro, assim como das respectivas adaptações nos casos em que tal se verifique, sendo que os resultados da avaliação dos desempenhos susceptíveis de originar alterações do posicionamento remuneratório ao abrigo da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, alterada pelas Leis n.ºs 64-A/2008, de 31 de Dezembro, e 3-B/2010, de 28 de Abril, podem ser consideradas após a cessação da vigência do presente artigo, nos seguintes termos: a) Mantêm-se todos os efeitos associados à avaliação dos desempenhos, nomeadamente a contabilização dos pontos a que se refere o n.º 6 do artigo 47.o da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, alterada pelas Leis n.ºs 64-A/2008, de 31 de Dezembro, e 3-B/2010, de 28 de Abril, bem como a contabilização dos vários tipos de menções a ter em conta para efeitos de mudança de posição remuneratória e ou atribuição de prémios de desempenho;

7 b) As alterações do posicionamento remuneratório que venham a ocorrer após 31 de Dezembro de 2011 não podem produzir efeitos em data anterior àquela; c) Estando em causa alterações obrigatórias do posicionamento remuneratório, a efectuar ao abrigo do disposto no n.º 6 do artigo 47.º da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, alterada pelas Leis n.os 64-A/2008, de 31 de Dezembro, e 3-B/2010, de 28 de Abril, quando o trabalhador tenha, entretanto, acumulado mais do que os 10 pontos, os pontos em excesso relevam para efeitos de futura alteração do seu posicionamento remuneratório, nos termos da mesma disposição legal. 4 São vedadas as promoções, independentemente da respectiva modalidade, ainda que os interessados já reúnam as condições exigíveis para o efeito à data da entrada em vigor da presente lei, excepto se, nos termos legais gerais aplicáveis até àquela data, tais promoções devessem obrigatoriamente ter ocorrido em data anterior àquela. 5 As alterações do posicionamento remuneratório, progressões e promoções que venham a ocorrer após a vigência do presente artigo não podem produzir efeitos em data anterior O tempo de serviço prestado em 2011 pelo pessoal referido no n.º 1 não é contado para efeitos de promoção e progressão, em todas as carreiras, cargos e, ou, categorias, incluindo as integradas em corpos especiais, bem como para efeitos de mudanças de posição remuneratória ou categoria nos casos em que estas apenas dependam do decurso de determinado período de prestação de serviço legalmente estabelecido para o efeito. 10 Aos procedimentos concursais que não se encontrem abrangidos pela alínea c) do n.º 2 e se circunscrevam a trabalhadores com prévia relação jurídica de emprego público por tempo indeterminado apenas se podem candidatar os trabalhadores com remuneração igual ou superior à que resulta do disposto no artigo 26.º O regime fixado no presente artigo tem natureza imperativa, prevalecendo sobre quaisquer outras normas legais ou convencionais, especiais ou excepcionais, em contrário, não podendo ser afastado ou modificado pelas mesmas. 34º O citado artigo 20º da Lei do Orçamento para 2012 contém disposições que impedem o pagamento da remuneração como professor auxiliar aos assistentes e assistentes convidados que, ao abrigo das normas transitórias pelo Decreto-Lei 205/2009 que permitem a contratação como professor auxiliar, sem realização do respectivo concurso, dos assistentes contratados à data da entrada em vigor do diploma e que, durante um determinado período, concluíssem o seu doutoramento, venham a ser contratados naquela categoria

8 35º E, do mesmo passo, permitem tais normas a efectiva contratação de tais docentes como professor auxiliar, possibilidade essa que, face à redacção do citado artigo 24º da LOE para 2011, não era líquida. 36º Assim, dispõem tais normas do artigo 20º da Lei 64-B/2011: 6 O disposto no artigo 24.o da Lei n.o 55-A/2010, de 31 de Dezembro, alterada pelas Leis n.os 48/2011, de 26 de Agosto, e 60-A/2011, de 30 de Novembro, não é impeditivo da prática dos actos necessários à obtenção de determinados graus ou títulos ou da realização da formação específica que sejam exigidos, durante a vigência do presente artigo, pela regulamentação específica das carreiras. 7 Quando a prática dos actos e ou a aquisição das habilitações ou da formação referidas no número anterior implicar, nos termos das disposições legais aplicáveis, alteração da remuneração devida ao trabalhador, esta alteração fica suspensa durante a vigência do presente artigo. 8 As alterações da remuneração a que se refere o número anterior que venham a ocorrer após a cessação de vigência do presente artigo não podem produzir efeitos reportados a data anterior àquela cessação. 37º O Autor vem defender que tais normas, nomeadamente o n.º 7 acima transcrito, não seriam aplicáveis aos casos dos docentes assistentes que, tendo concluído o seu doutoramento, deveria aceder à categoria de professor auxiliar, por força do regime transitório estabelecido no Decreto-Lei n.º 205/ º E tal sucederia, no entender do Autor, porque o n.º 6 do artigo 20.º, e consequentemente, os seus n.º 7 e 8, apenas se poderiam aplicar aos actos dos trabalhadores requerendo ou a inscrição em acções de formação organizadas pelo empregador para comprovação de competências dos seus trabalhadores, enquanto tais, ou os actos dos empregadores admitindo a inscrição na formação ou mandando realizar as provas e certificando a aprovação nestas. 39º E isto porque, defende o Autor, dado o âmbito do Capítulo em que se insere o artigo 20º Disposições relativas a trabalhadores do sector público, tais disposições apenas se poderiam aplicar à relação jurídica de emprego público estabelecida por cada entidade empregadora, enquanto tal, com os trabalhadores que exercem funções públicas ao seu serviço. 40º Mas é manifesto que tal leitura não tem a mínima razão de ser.

9 41º Ou, se a tem, traduzir-se-ia antes numa restrição ao direito daqueles docentes ao próprio acesso à categoria de professor auxiliar, o que certamente o sindicato A. não pretende defender. 42º Com efeito, o que é proibido, nos termos do artigo 24º da Lei 55-A/2010, é que a obtenção de determinadas habilitações, ou a realização de determinada formação que, de acordo com o regime da respectiva carreira, implicassem um aumento de remuneração, e, logo, um aumento de despesas com a massa salarial, produzam tais efeitos remuneratórios. 43º Mas o objectivo visado com aquela norma não impede outros efeitos que decorram, nos termos da regulamentação específica, da aquisição de tais habilitações, graus ou títulos, etc., nomeadamente pelo que toca à mudança de categoria. 44º Os referidos nºs 6 e 7, introduzidos no orçamento de 2012, visaram apenas, ao que se julga, esclarecer as dúvidas suscitadas pela aplicação do citado artigo 24º da Lei do LOE para 2011, face a interpretações que defendiam que estaria vedada qualquer mudança de categoria. 45º Relativamente aos casos (como o da carreira docente), em que por efeitos de aquisição de habilitações ou de frequência de acções específicas de formação ocorresse o direito à mudança de categoria na carreira em que o funcionário está inserido, e uma vez que a única preocupação das normas em causa era a contenção das despesas com remunerações na Administração Pública, optou-se por não obstar ao acesso a nova categoria, ressalvando no entanto os efeitos que a lei quer impedir: o aumento das remunerações auferidas pelo trabalhador. 46º Ora, a afastar-se a aplicação à carreira docente da norma do citado nº 7 do artigo 20º da LOE para 2012, poder-se-ia entender, à luz do previsto no artigo 24º da LOE para 2011, que o trabalhador não poderia ascender a categoria superior, com os consequentes prejuízos, em termos de contagem de tempo para efeitos de antiguidade na categoria, de curriculum, etc., que decorreriam de tal interpretação. 47º O princípio geral consagrado no artigo 24º estabelece a proibição de quaisquer valorizações remuneratórias de todo o pessoal abrangido pelo regime do contrato de trabalho em funções

10 públicas, nomeadamente alterações de posicionamento remuneratório, progressões, promoções, nomeações e graduações em categoria ou posto superior. 48º A categoria de professor auxiliar é uma categoria inserida na carreira docente, e é, julga-se não oferecer quaisquer dúvidas, a categoria imediatamente superior à de assistente. 49º Pelo que a mudança para tal categoria encontrar-se-ia vedada, à luz do entendimento que decorre do artigo 24º da LOE para 2011, não fora a explicitação, no citado nº 7 do artigo 20º, de que o que estava em causa era unicamente o acréscimo remuneratório. 50º O Autor pretende centrar a sua argumentação no nº 7 do artigo 20º, esquecendo que a proibição de aumento de remuneração resulta já, com carácter geral, do artigo 24º da LOE para 2011, aplicável em 2012 por força do artigo 20º da LOE para o corrente ano, e que, nos temos do respectivo nº 16, prevalece sobre quaisquer outras normas legais ou convencionais, especiais ou excepcionais. 51º E assim, procura o Autor fazer esquecer que, na ausência da norma do nº 7 do artigo 20º, a proibição contida no artigo 24º se imporia à celebração do contrato com os docentes em categoria superior à que detêm. 52º Se mais razões não houvesse, só por isso não poderia colher, em abono da pretensão do A., a argumentação expendida no artigo 15º da douta p.i., quanto aos actos contemplados no nº 6 do mesmo artigo 20º. 53º E também não pode colher o argumento de que os docentes que obtenham o grau de doutor transitam sem mais formalidades para a categoria de professor auxiliar, para daí fazer derivar qualquer afastamento, em relação a estes, das normas do Lei do Orçamente, nomeadamente, do constante do nº 7 do artigo 20º. 54º Desde logo porque, a ter-se por afastado o nº 6 (e os nºs e 8) do citado artigo 20º, subsistiria apenas o artigo 24º da Lei 55-A/2011.

11 55º Acresce que não pode sequer afirmar-se, como pretende fazer o A., que a transição opere ope legis, sem intermediação da prática de qualquer acto por parte da entidade empregadora que configure uma sua manifestação de vontade. 56º Com efeito, determinava o nº 2 do artigo 11º do ECDU, cujo regime foi mantido pelo regime transitório estabelecido pelo Decreto-Lei nº 205/2009, que os assistentes Têm direito a ser contratados como professor auxiliar, logo que obtenham o doutoramento... 57º Ou seja: os assistentes terão direito, desde que se encontrem nas condições previstas naquele artigo, a que a Administração os contrate com a categoria de professor auxiliar. 58º Mas não adquirem, sem mais, e por mero efeito de declaração de vontade nesse sentido, aquela categoria. 59º Assim, contrariamente ao que pretende o Autor, não pode afirmar-se a existência de um direito potestativo dos docentes, que, por mera manifestação de vontade, produza alterações na ordem jurídica, mas sim o direito de exigir ou pretender que a Administração celebre com eles um contrato de trabalho como professor auxiliar. Ou seja: a Administração ficará assim constituída no dever jurídico de celebrar tal contrato. 60º 61º À semelhança do que sucede em relação a uma multiplicidade de situações em que, verificados certas circunstancialismos, a lei atribui um certo direito aos trabalhador, e em que portanto a Administração fica desde logo vinculada a actuar num determinado sentido, não dispensa a atribuição de tal direito a manifestação da vontade da Administração, seja através da prática de um acto administrativo, seja através de uma operação material, na entrega de uma cosia, no pagamento de uma quantia, etc., seja, como no caso presente, através da celebração de um contrato de trabalho. 62º Assim, por exemplo, o direito à aposentação, o direito a ser nomeado no termo do um concurso, quando a abertura do mesmo fosse obrigatória, o direito à remuneração, etc., etc.

12 Mas, mesmo que assim não fosse, tal questão revela-se, salvo o devido respeito, ociosa. 63º 64º Com efeito, o conceito de acto que enforma a regulamentação das citadas normas das leis do Orçamento para 2011 e 2012 é um conceito alargado, como se deduz da previsão do artigo, 24º, nº 1, que veda a prática de quaisquer actos que consubstanciem valorizações remuneratórias, nos quais se incluem expressamente, por força da alínea a) do nº 1, as progressões, ou seja, a mudança de categoria por mero decurso do tempo. 65º Assim, nenhuma dúvida pode haver de que, na noção de actos contida, talvez com pouca propriedade, no nº1 do artigo 24º da Lei do OE para 2011, mantida em vigor para 2012, por força do artigo da Lei do Orçamento ara 12012, cabem situações que, na interpretação do Autor, não se poderiam considerar actos. 66º Deve assim concluir-se que, à semelhança do que sucede relativamente aos outros trabalhadores da Administração Pública, os assistentes que tenham concluído o doutoramento no ano de 2012 se encontram impedidos, neste ano, de beneficiarem de qualquer melhoria da sua situação remuneratória. 67º Quanto à violação do artigo 133º do CPA, este artigo comina com a nulidade a violação do conteúdo essencial de um direito fundamental, pelo que não se vê em que medida as normas em causa implicam a violação do núcleo essencial de qualquer direito daquela natureza. 68º Finalmente, e pelo que toca à alegada inconstitucionalidade das citados nºs 6, 7 e 8 do artigo 20º da LOE para 2012, por falta de audiência das associações sindicais, tem a Ré a dizer que, sendo um entidade pública, e encontrando-se como tal sujeita ao princípio da legalidade, consagrado no artigo 3º do CPA, não poderia, a alegada inconstitucionalidade do diploma, por falta de audição das instituições sindicais, ou por violação do princípio da igualdade, afastar a aplicação de tais normas. 69º Muito embora a Ré não se possa pronunciar com segurança sobre a aludida falta de participação das associações sindicais, pois não teve intervenção no processo de aprovação da legislação em causa, quer-lhe parecer, atento o que acima se disse, que as disposições em questão não enfermam por esse facto de inconstitucionalidade.

13 70º Atendendo a que com tais normas não se introduziu qualquer nova restrição aos direitos dos trabalhadores, visto tal restrição resultar já do artigo 24º da LOE2011, a previsão daqueles números do artigo 20º consubstanciará até um regime mais favorável aos trabalhadores, afastando os efeitos que decorreriam de uma aplicação estrita do citado artigo 24º. Neste termos, e nos mais que doutamente se suprirão, deve a Ré ser absolvida da instância, por falta de interesse processual e de legitimidade activa do Autor. E sempre, em qualquer caso, deveria ser absolvida da instância, por não ser parte legítima na presente acção. Quando assim se não entenda, deve a presente acção ser julgada improcedente, por não provada, e a Ré ser absolvida do pedido, como é de JUSTIÇA Junta: Procuração forense 1 (um) documento, DUC e comprovativo do pagamento da taxa de justiça. O Advogado

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