LABGEO UM PROGRAMA PARA GERENCIAMENTO, CÁLCULO E EMISSÃO
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- Jónatas Mirandela Alcântara
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1 LABGEO UM PROGRAMA PARA GERENCIAMENTO, CÁLCULO E EMISSÃO DE RELATÓRIO PARA LABORATÓRIOS DE MECÂNICA DOS SOLOS LUIS EDMUNDO PRADO DE CAMPOS (1) ADELVAN SANTOS DA SILVA (2) Sumário O LABGEO é um programa para gerenciamento dos ensaios realizados em laboratórios de mecânica dos solos, elimina os cálculos manuais e possibilita a emissão de relatório. Permitir cadastrar interessados, ordens de serviços e amostras, gerenciando o andamento dos ensaios até a emissão do relatório. Calcula de forma iterativa com o operador os resultados dos ensaios, facilitando o trabalho do mesmo. O programa é divido em cinco grandes módulos que são: Cadastro, Ensaios, Calibração, Acompanhamento e Impressão. Com a implementação desse programa melhorou consideravelmente a confiabilidade dos cálculos dos ensaios e o gerenciamento do laboratório, além de facilitar a emissão de relatório. Palavras chaves: Programação, Ensaios, Mecânica dos Solos 1 Introdução A falta de um sistema capaz de gerenciar os diversos ensaios realizados num laboratório de mecânica dos solos, levou o Grupo de Geotecnia da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia a desenvolver um programa para suprir tal carência. O sistema foi desenvolvido dividindo em cinco grandes grupos visando facilitar a utilização do mesmo. Os grupos são: Cadastro, Ensaios, Calibração, Acompanhamento e Impressão. Uma descrição do que é realizado em cada grupo é apresentado no corpo deste trabalho. O programa foi desenvolvido utilizando a linguagem Delph. Uma visão da tela principal é apresentada a seguir: Figura 1 Tela principal 2 Cadastro 1 Professor Titular da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia 2 Aluno de graduação de Engenharia Civil da Universidade Federal da Bahia
2 Essa parte do programa permite o cadastramento dos diversos interessados que solicitam ensaios ao laboratório, cadastro das ordens de serviços (OS), cadastro das amostras para cada OS, e cadastro dos ensaios para cada amostra. No cadastro do interessado constam as informações básicas de identificação do cliente (nome, CNPJ, inscrição estadual, endereço, telefone, Fax, e engenheiro responsável pela empresa e seu telefone). Para registrar uma OS, inicialmente, necessita informar o interessado (já cadastrado), seguindo-se por informar o número de amostras enviadas para que o sistema já aloque a faixa de numeração das amostras. As ordens de serviços são cadastradas em ordem crescente de acordo com a data de abertura da mesma. Após cadastro da OS o sistema permite o cadastramento das amostras. número da bandeja em que a mesma foi colocada no laboratório, tipo da amostra (saco, bloco ou Shelby ), textura, cor e origem (aterro, sedimentar ou residual). O sistema numera automaticamente as amostras de forma crescente, permitindo o cadastramento dos diversos ensaios solicitados para cada amostra, de acordo com o que o laboratório realiza. Posteriormente, quando do grupo dos ensaios, só serão disponibilizados para preenchimento dos dados os ensaios solicitados, estando os demais desabilitados. Figura 3 Cadastro das Amostras 3 Ensaios Os ensaios disponibilizados pelo sistema atualmente são: granulometrria por peneiramento e sedimentação, limites de liquidez e plasticidade, massa específica dos sólidos, compactação nas Figura 2 Cadastro da ordem de serviço Para cadastrar as amostras são necessárias informações que envolvem descrição, furo/estaca, profundidade de coleta, diversas energias, CBR, cisalhamento direto, triaxial e adensamento, sendo os primeiros nos grupos dos ensaios convencionais de caracterização e compactação e os três últimos no grupo dos ensaios especiais, que estão em
3 fase de implantação, não estando disponível no momento. A forma de apresentação da tela para digitação dos dados dos ensaios são semelhantes às fichas de anotação dos dados (ficha de ensaio), facilitando a alimentação da informação. Para o ensaio de granulometria, as telas são subdivididas nos ensaios de teor de umidade higroscópica, peneiramento e sedimentação. A tela de peneiramento, permite a entrada das diversas etapas do mesmo, sendo essas subdivididas em frações graúda, grossa e fina, informando a massa total e a massa retida em cada peneira. A escolha do jogo de peneiras para cada etapa é definida no grupo do cadastramento. Na sedimentação, informa-se o densímetro e proveta utilizados, que são previamente calibrados no grupo de Calibração, e os dados das leituras efetuadas de densidade da suspensão e temperatura nos diversos tempos pré-estabelecidos. O sistema busca automaticamente o valor da massa específica dos sólidos que deve ser digitada anteriormente, após a realização do ensaio, para permitir a realização dos cálculos. Figura 4 Ensaio de Granulometria Após a digitação dos dados o programa apresenta a curva de distribuição granulométrica do solo, permitindo o cálculo da porcentagem retida para qualquer diâmetro através de interpolação. Os ensaios do limites de liquidez e plasticidade são informados de forma semelhante aos demais, podendo o operador escolher o número de pontos para cada ensaio. Figura 5 Ensaio de limite de liquidez Após a informação dos resultados desses ensaios, o programa faz a classificação do solo com base nos sistemas HBR e USCS, além da análise granulométrica pela ABNT, DNER e ISSMGE. Para os ensaios de compactação, é necessário informar a energia, cilindro utilizado e
4 número de pontos realizados, sendo solicitado os dados dos mesmos. O sistema calcula o valor do teor de umidade ótimo e peso específico seco máximo, utilizando para isto interpolação do 3º grau - spline, indicado pelo usuário, mostrando na tela a curva de saturação para ajudar na escolha do melhor ajuste da curva. Para o ensaio de CBR, o mesmo pode ser efetuado com apenas um ponto ou utilizando diversos pontos da curva de compactação. A alimentação de dados pode ser manual ou através de um arquivo, cujos resultados foram adquiridos por um sistema automático de dados. Figura 7 Ensaio de CBR Após entrada de dados é apresentado o gráfico de carga versus penetração com a eventual indicação da reta de correção inicial, podendo a mesma ser modificada pelo usuário utilizando o mouse. Para o caso do CBR múltiplo, é traçado um gráfico semelhante ao de compactação, onde é ilustrado o valor do CBR versus o teor de umidade de moldagem, sendo calculado e apresentado o valor do CBR para a umidade ótima. 4 Calibração Figura 6 Ensaio de compactação Para o caso de um único ponto, o sistema informa o valor do teor de umidade ótimo e o peso específico seco máximo, obtidos do ensaios de compactação, fornecendo adicionalmente o peso específico seco de moldagem do corpo de prova e o valor do grau de compactação. No grupo de Calibração o sistema permite a calibração dos densímetros, picnômetros e cilindros de compactação e CBR, além de permitir a escolha das peneira utilizadas nas diversas etapas do peneiramento (graúdo, grosso e fino), dentre as disponíveis comercialmente no mercado. O usuário pode cadastrar diversos grupos de peneiras, que deverá ser escolhida na fase de execução dos ensaios. Apenas as peneiras escolhidas
5 apareceram no quadro para realização dos ensaios. Nesse grupo, o programa solicita a informação do valor da aceleração da gravidade no local do laboratório, para converter os dados para o sistema SI, e em qual diretório deverá ser armazenados os dados. 6 Impressão O grupo de Impressão permite ao usuário imprimir um relatório por ordem de serviço ou individual por amostra. Pode ainda, escolher em apresentar o quadro com as informações de cadastramento das amostras, quadro resumo dos ensaios e gráficos individuais. Permite, também, fazer a opção de escolha da impressora para a impressão. No quadro resumo consta a porcentagem retida em 10 peneiras previamente escolhidas pelo usuário, valor do limite de liquidez, plasticidade, índice de plasticidade, classificação HRB e USCS, energia de Figura 8 Escolha das peneiras 5 Acompanhamento compactação, teor de umidade ótimo, peso específico seco máximo, expansão e CBR. O sistema permite ao usuário acompanhar os ensaios em andamento no laboratório, informando os ensaios programados e já realizados para cada amostra de cada ordem de serviço. A alimentação da condição do ensaio programado para realizado é feita automaticamente, quando o usuário confirma a realização do ensaio na digitação dos dados do mesmo. Com esse acompanhamento, o responsável pelo laboratório por reprogramar as atividades visando atender a demanda de serviços. Figura 9 Tela de impressão Na ficha individual, é apresentada a curva de distribuição granulométrica, carta de plasticidade, análise granulométrica pela ABNT, DNER e ISSMGE, e classificação dos solos pelos sistemas HRB e USCS. Para o ensaio de compactação é apresentada a curva com
6 indicação do valor do teor de umidade ótimo e peso específico seco máximo, complementado com os valores obtidos de teor de umidade e peso específico seco proveniente dos ensaios. Dados semelhantes são apresentados para ensaios de CBR. 7 Conclusões A implementação do sistema no Laboratório de Geotecnia possibilitou uma melhoria considerável na qualidade e tempo para cálculos dos ensaios realizados, atendendo plenamente os seus objetivos. O sistema vem sendo adotado por empresas de geotecnia da Bahia, melhorando a apresentação e a qualidade dos ensaios realizados, possibilitando também, a liberação dos técnicos para trabalhos mais nobres. Pretende-se na próxima etapa finalizar a parte dos ensaios especiais e implementar uma nova filosofia na qual o usuário poderá acompanhar os resultados e previsão de finalização dos ensaios pela internet. Referencias Bibliográficas Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas pertinentes aos ensaios de solos e preparação de amostras
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