SUPERINTENDENCIA DO PATRIMONIO DA UNIAO/CE

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1 Unidade Auditada: SUPERINTENDENCIA DO PATRIMONIO DA UNIAO/CE Exercício: 2013 Processo: / Município: Fortaleza - CE Relatório nº: UCI Executora: CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIÃO NO ESTADO DO CEARÁ Análise Gerencial Senhor Chefe da CGU-Regional/CE, Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço nº , e consoante o estabelecido na Seção III, Capítulo VII da Instrução Normativa SFC nº 01, de 06/04/2001, apresentam-se os resultados dos exames realizados sobre as contas anual apresentadas pela Superintendência do Patrimônio da União no Estado do Ceará SPU/CE. 1. Introdução Os trabalhos de campo foram realizados no período de 14/04/2014 a 16/05/2014, por meio de testes, análises e consolidação de informações coletadas ao longo do exercício sob exame e a partir da apresentação do processo de contas pela Unidade auditada, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Nenhuma restrição foi imposta à realização dos exames. O Relatório de Auditoria encontra-se dividido em duas partes: Resultados dos Trabalhos, que contempla a síntese dos exames e as conclusões obtidas; e Achados de Auditoria, que contém o detalhamento das análises realizadas. Consistindo, assim, em subsídio ao julgamento das contas apresentadas pela Unidade ao Tribunal de Contas da União TCU. Registra-se que os Achados de Auditoria apresentados neste relatório foram estruturados, preliminarmente, em Programas e Ações Orçamentárias organizados em títulos e subtítulos, respectivamente, segundo os assuntos com os quais se relacionam diretamente. Posteriormente, apresentam-se as informações e as constatações que não estão diretamente relacionadas a Programas/Ações Orçamentários específicos. 1

2 2. Resultados dos trabalhos De acordo com o escopo de auditoria firmado entre o Tribunal de Contas da União e a Controladoria Geral da União por meio das Atas de Reuniões realizadas em 25/10/2013 e 19/11/2013, ficou definido que o presente trabalho de auditoria de gestão teria como escopo geral de abordagem três Planos Orçamentários: (1) Caracterização do Patrimônio Imobiliário da União; (2) Destinação de Imóveis da União; e (3) Fiscalização e Controle do Uso de Imóveis da União. Essa abordagem deveria atender aos itens 01, 02, 09 e 11 do Anexo IV da DN TCU nº 132/2013. Dessa forma, foram efetuadas as seguintes análises: 2.1 Avaliação dos Resultados Quantitativos e Qualitativos da Gestão A Secretaria do Patrimônio da União (SPU/MP), com a edição da Medida Provisória nº 1.795/1999, passou a compor a estrutura do então Ministério do Orçamento e Gestão, atual Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP). As finalidades e competências da SPU estão consignadas no seu Regimento Interno, aprovado por meio da Portaria MP nº 232/2005, anexo XII, de 03/08/2005 (publicada no DOU de 05/08/2005, Seção 1, pp. 45 a 62). A atual estrutura organizacional da SPU/MP foi aprovada por meio do Decreto nº 6.929, de 06/08/2009, que instituiu as Superintendências nos Estados e no Distrito Federal em substituição às Gerências Regionais, e pelo Decreto nº 7.675, de 20/01/2012, que aprovou a Estrutura Regimental e o quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. O Programa 2038 Democracia e Aperfeiçoamento da Gestão Pública possui como finalidade a implementação da qualidade dos serviços públicos e a expansão e consolidação dos espaços de participação da sociedade. As Ações de Governo constantes do citado Programa sob responsabilidade da SPU são as seguintes: Ação Nome da Ação 20U4 Gestão do Patrimônio Imobiliário da União 8690 Fiscalização e Controle do Uso de Imóveis da União Fonte: SIOP 2013 O montante de recursos autorizados e executados neste Programa, no exercício de 2013, para as Ações de Governo listadas anteriormente, está discriminado no quadro a seguir, segregado a partir dos respectivos planos orçamentários: Plano Orçamentário Caracterização do Patrimônio Imobiliário da União Valor Dotação Inicial Ação de Governo 20U4 Valor Dotação Atual Valor Empenhado Valor Liquidado Valor Pago

3 Plano Orçamentário Valor Dotação Inicial Valor Dotação Atual Valor Empenhado Valor Liquidado Valor Pago Incorporação de Imóveis ao Patrimônio da União Destinação de Imóveis da União Modernização da Gestão do Patrimônio Imobiliário da União Gestão de Receitas Patrimoniais Fortalecimento da Gestão do Patrimônio da União Regularização Fundiária em Imóveis da União Desenvolvimento do Projeto Orla Gestão da TI do Patrimônio Imobiliário da União 000A - Gestão de Imóveis Funcionais Total Fonte: Siafi Gerencial data da consulta: 20/03/2014 Plano Orçamentário Fiscalização e Controle do Uso de Imóveis da União Avaliação de Imóveis da União Valor Dotação Inicial Ação de Governo 8690 Valor Dotação Atual Valor Empenhado Valor Liquidado Valor Pago Total Fonte: Siafi Gerencial data da consulta: 20/03/2014 Foram selecionados para Ação de Controle planos orçamentários das duas Ações de Governo de Responsabilidade da SPU, no âmbito do Programa 2038, conforme destacado em cada uma das tabelas anteriores. Da Ação 20U4 - Gestão do Patrimônio Imobiliário da União foi selecionada os planos orçamentários 0001 e 0003, cujo escopo do trabalho representa 13,55% e 10,33% dos valores totais correspondentes à Dotação Atual e Valor Liquidado, respectivamente. Já para a Ação Fiscalização e Controle do Uso de Imóveis da União, a totalidade dos recursos envolvidos é objeto da presente auditoria. (a) Plano Orçamentário Caracterização do Patrimônio Imobiliário da União O Plano Orçamentário Caracterização do Patrimônio Imobiliário da União tem por finalidade identificar, cadastrar, avaliar e regularizar os imóveis da União. A implementação ocorre por meio da delimitação das linhas de alcance da propriedade originária ao longo de rios federais, mares e fronteira - a demarcação. Delimitada a linha, passa-se à individualização dos imóveis englobados, procedendo à vistoria, 3

4 análise documental e avaliação para regularização dominial - o cadastramento. Após esses procedimentos, os imóveis comporão a Carteira Patrimonial da União. Este plano possui como produto e unidade de medida o imóvel cadastrado e certificado em bases cartográficas georreferenciadas. O acompanhamento da Ação é feito pelo controle mensal de imóveis cadastrados nos sistemas Siapa e SPIUnet. O quadro a seguir traz a execução orçamentário-financeira desse Plano: Dotação atualizada Valor liquidado % ,75 Fonte: Fonte: Siafi Gerencial data da consulta: 20/03/2014. O Plano possui grande relevância na medida em que é o ponto de partida das demais atuações de competência da Secretaria do Patrimônio da União. Assim, procedimentos como a Destinação de Imóveis da União, Arrecadação e Cobrança Administrativa de Créditos Patrimoniais, Fiscalização, dentre outras, utilizam como insumos os produtos oriundos das atividades de caracterização. Além disso, os processos de caracterização, especialmente aqueles concernentes a demarcações, sujeitam-se a rigorosas avaliações nas esferas administrativa e judicial, por meio de demandas de particulares. Com isso, tais procedimentos têm potencial de gerar prejuízos ao erário, seja com suspensões de cobrança de receitas patrimoniais (foros, taxas de ocupação e laudêmios), seja com indenizações judiciais ou custos com retrabalho. A falta de estrutura da SPU/CE e a ausência de providências efetivas por parte da SPU/Órgão Central, no sentido de prover a Superintendência Regional dos meios necessários para a execução dos serviços de demarcação e homologação das áreas de propriedade da União no Estado do Ceará se constituíram nos entraves principais desta ação governamental. Os responsáveis pela Superintendência Regional estimam que apenas ,62 m de orla no Estado do Ceará estão com o traçado da LPM-1831 jurídica e tecnicamente bem instruídos, apesar da existência de Ação Civil Pública que determina a obrigação de fazer à SPU/CE, inclusive, com a aplicação de multa pelo descumprimento da ordem judicial. Sendo assim, considerando a extensão da orla no Ceará, que é 573 km, e sem levar em conta as margens dos rios que sofrem influência da maré, apenas 1,92% está devidamente demarcado. Em decorrência disso, verifica-se que a União tem uma perda de receita patrimonial no Estado do Ceará, que pode ser muito significativa. A título de exemplo, o quadro a seguir coteja as receitas patrimoniais auferidas pela União no Exercício 2013, exclusivamente para estados do nordeste do país, em que se verifica que unidades da federação com extensão de costa menor que o Ceará, caso de Sergipe, têm arrecadação maior em razão, segundo os responsáveis pela SPU/CE, de ter concluído o mapeamento, demarcação e homologação das áreas: UF Valor (R$) % AL ,43 5,07 BA ,85 8,86 CE ,68 8,15 4

5 UF Valor (R$) % MA ,29 3,60 PB ,89 5,46 PE ,20 49,03 PI ,39 0,86 RN ,51 2,59 SE ,51 16,37 Total ,75 100,00 Fonte: SPU FIGEST - Indicadores A recalcitrância ou a omissão na tomada de providências para solução do problema no Estado do Ceará, por parte da SPU/Órgão Central, que passa pela contratação de empresa especializada para a produção de cartografia e cadastramento de todos os trechos onde tais dados não existem, assume nítidas feições de gestão antieconômica e ineficiente, dada a perda de receita patrimonial que a União Federal está sofrendo ao longo dos anos. Outro problema gerado pela ausência de demarcação de LPM-1831 é a impossibilidade de confecção das Plantas de Valores Genéricos PVG dos imóveis dominiais da SPU/CE, conforme consta dos autos do Procedimento Administrativo nº / (fls. 59), que trata da atualização das PVG para o Exercício Com efeito, é imperioso ressaltar que os problemas em comento não é algo novo e desconhecido dos responsáveis pela gestão da SPU/Órgão Central, tendo em vista que em 2011, no Relatório nº , essa mesma abordagem foi traçada naquela auditoria anual de contas. Outro aspecto comprometedor para o bom desempenho desta ação foi a falta de regulamentação da obrigação de os Cartórios de Notas ou de Registro de Imóveis informarem as operações ocorridas sobre imóveis da União, prevista no art. 9º da Lei nº , de 2007, pelo órgão central da SPU. Esta lacuna também leva a uma perda de receita patrimonial na forma de laudêmios, pois se verificou que a SPU/CE não tem um acompanhamento adequado das operações imobiliárias constantes da Declaração sobre Operações Imobiliárias em Terreno da União DOITU, haja vista que os Cartórios de Notas ou de Registro de Imóveis somente encaminham as informações à Superintendência Regional quando solicitadas por meio de ofício, conforme relatado em item específico dos achados deste Relatório de Auditoria. Com efeito, se a responsabilidade pelos problemas acima deve ser imputada à SPU Órgão Central, também se pode relacioná-la às ações e/ou omissões a cargo da Superintendência Regional no Estado do Ceará, que quando não contribuiu para recorrência das impropriedades, prescindiu de sua resolução ou até mesmo deixou que fossem agravadas, desde que foram apontadas no Relatório de Auditoria Exercício A exemplo disso, citam-se as pendências cadastrais, algumas significativas, como existência e cancelamento de débitos, ausências de dados, ausência de cancelamento de inscrição de ocupação e reintegração de posse, bem como falta de declaração da caducidade do aforamento e outros dados considerados relevantes, inclusive, com perda de receita por ausência de vinculação de débitos a RIP desmembrado e fracionamento de imóveis com débitos. 5

6 A propósito, as falhas acima revelam que o processo de cadastramento carece de aprimoramento, sobretudo, porque o sistema Siapa não foi concebido com rotina de homologação dos dados lançados. Ademais, verificou-se que a quantidade de inconsistências, no Sistema Integrado de Administração Patrimonial - SIAPA, aumentou em casos, tendo em vista que havia (data base: agosto/2013) e (data base: março/2014). Ressalta-se que entre as inconsistências merece atenção especial a quantidade de imóveis sem identificação do responsável (CPF/CNPJ), apesar da SPU/CE ter reduzido essa inconsistência de (data base: agosto/2013) para (data base: março/2014). (b) Plano Orçamentário Destinação de Imóveis da União O Plano Orçamentário Destinação dos Imóveis da União tem por finalidade identificar o potencial e a vocação de cada imóvel da União, priorizando: inclusão social; geração de emprego e renda; fomento econômico; melhoria da infraestrutura; ordenamento territorial; racionalização do uso e melhoria na prestação de serviços públicos. A implementação ocorre por meio da destinação de imóveis da União aos órgãos e entidades da Administração Pública, Estados e Municípios, entidades privadas sem fins lucrativos, pessoas físicas; bem como administração dos imóveis funcionais. De forma mais detalhada, sua operacionalização compreende a entrega, cessão, alienação, aforamento, remissão, aluguéis e arrendamento, doação, permissão do uso dos imóveis da União; planejamento, coordenação, supervisão e proposição de política e diretrizes relacionadas com a administração e distribuição de imóveis funcionais de propriedade da União. Este Plano possui como produto o imóvel destinado de acordo com a sua vocação e sua aferição é feita por essa mesma unidade de medida. O acompanhamento da Ação é realizado pelo Sistema de Atos de Gestão - SAGES, Ferramentas Integradas de Gestão - FIGEST, Sistema Integrado de Administração Patrimonial - SIAPA e Sistema de Gerenciamento de Imóveis de Uso Especial da União - SPIUNet. Fato relevante é que o processo de destinação pode ocorrer de duas maneiras: ou diretamente entre a SPU e a parte beneficiária ou por meio de um intermediário prefeitura, entidades governamentais etc. com o intuito de facilitar a implementação da política, uma vez que esses intermediários conhecem as necessidades específicas da respectiva região. Em cada caso, após o processo de destinação, a SPU continua responsável por fiscalizar o uso do imóvel, nos termos pactuados, uma vez que o imóvel continua na carteira patrimonial da União. O quadro a seguir traz a execução orçamentário-financeira desse Plano: Dotação atualizada Valor Liquidado % ,32 Fonte: Fonte: Siafi Gerencial data da consulta: 20/03/2014. O Plano Destinação de Imóveis da União possui relevante responsabilidade para o alcance da missão estratégica da SPU, qual seja: Conhecer, zelar e garantir que cada imóvel da União cumpra sua função socioambiental, em harmonia com a função arrecadadora, em apoio aos programas estratégicos da Nação. 6

7 A partir do conhecimento de quais e de onde estão os bens públicos da União e da definição precisa de cada uma das respectivas funções sociais, a SPU, por meio da destinação de imóveis, fomenta o desenvolvimento de áreas sociais, econômicas, preservação ambiental e interesses sociais. Dessa forma, a relevância da Ação torna-se evidente na medida em que a mesma irradia efeitos em outros projetos estratégicos do Governo e em outras políticas públicas. Como exemplo disso, podem-se citar destinações de imóveis no âmbito de programas como o PAC, Minha Casa Minha Vida e regularizações fundiárias diversas com finalidades sociais e ambientais. Nesse diapasão, os responsáveis pela SPU/CE informaram que o desafio da Superintendência é regularizar os assentamentos informais consolidados ou dispor terrenos livres para a implantação de projetos de provisão habitacional, em áreas da União. Salientou que por falta de disponibilidade de imóveis da União para implantação de projetos sociais que visam à produção de unidades habitacionais para famílias de baixa renda, pela construção de novas unidades em terrenos livres, por meio de provisão habitacional, a SPU/CE atua prioritariamente no sentido de regularizar ocupações já existentes de imóveis da União, aplicando tal procedimento aos assentamentos ocupados predominantemente por população de baixa renda, nas situações em que exista o reconhecimento legal ou administrativo do direito à moradia. Informaram, ainda, que as ações de regularização fundiária de interesse social em Imóveis da União devem envolver diversos atores, pois não se trata de uma questão a ser resolvida somente entre a União e as famílias a serem beneficiadas. As Prefeituras, os cartórios, as instituições de ensino e pesquisa, as associações de moradores, os representantes de movimentos sociais, o Ministério Público Federal, as ONG's, as Defensorias Públicas, a Advocacia Geral da União, entre outros, possuem extrema relevância na condução dessas ações. Ocorre ainda, em alguns casos, a participação de órgãos como o INCRA, o DNIT, o IPHAN, o IBAMA e os órgãos municipais e estaduais de Meio Ambiente. Não obstante serem pertinentes as observações em tela, é imperioso mencionar que a situação de deficiência estrutural de recursos humanos e logísticos da Superintendência Regional no Ceará impacta negativamente o desempenho dessa relevante ação governamental. Nesse tocante, ressalta-se a manifestação dada pela Chefe do SEAFU - Serviço de Assuntos Fundiários da SPU/CE, ao informar as dificuldades enfrentadas para o bom desempenho das atividades do setor, a saber: - número insuficiente de recursos humanos frente à quantidade de imóveis a serem regularizados; - ausência de regulamentação da CDRU- Concessão de Direito Real de Uso, que defina os critérios a serem observados na utilização desse instrumento; - falta de capacitação para os engenheiros avaliarem os imóveis para fins de publicação de dispensa de licitação quando a regularização for por meio de Concessão de Direito Real de Uso; 7

8 - existência de imóveis com situação cartorial incompleta; - falta de apoio das Prefeituras para a regularização das ocupações concentradas em Campos Agrícolas e Postos Agropecuários situados no interior do Estado; - ausência de cartografia atualizada. A propósito, foram flagrantes as inconsistências dos dados disponibilizados pelo Órgão Central da SPU e Superintendência Regional no Ceará, a respeito dos processos de destinação patrimonial, ao cotejá-los, o que revela a fragilidade dos controles internos no âmbito da estrutura do órgão responsável pela gestão do patrimônio imobiliário da União Federal. Estima-se a existência de 33 procedimentos administrativos em curso na Superintendência Regional para destinação de imóveis, porém, segundo a SPU/CE, o único imóvel atualmente com potencial de disponibilidade encontra-se em processo de cessão ao Governo do Estado do Ceará, sob regime de concessão de direito real de uso, para construção de unidades habitacionais para moradores da Comunidade do Dendê, em Fortaleza, e que não existem outras demandas por provisão habitacional não atendidas no período. (c) Plano Orçamentário Fiscalização e Controle do Uso de Imóveis da União O Plano Orçamentário Fiscalização e Controle do Uso de Imóveis da União visa à realização de vistorias diretamente por servidores da SPU ou por meio de parcerias com entidades federais, estaduais e municipais à realização de estudos e análises espaciais acerca da situação efetiva de ocupação dos imóveis e territórios da União e à implementação e manutenção de sistema de monitoramento da fiscalização. Destaca-se ainda o aprimoramento de normas e materiais para orientação das ações de fiscalização dos imóveis da União. O Plano possui como produto intermediário o número de fiscalizações realizadas. Importante aspecto refere-se às fiscalizações realizadas no âmbito das destinações realizadas. O objetivo dessa tarefa é verificar se a finalidade das destinações está sendo alcançada, nos termos das obrigações pactuadas. O quadro a seguir traz a execução orçamentário-financeira desse Plano: Dotação atualizada Valor Liquidado % ,30 Fonte: Fonte: Siafi Gerencial data da consulta: 20/03/2014 O Plano Orçamentário é relevante na medida em que funciona como controle administrativo de praticamente todo processo de trabalho executado pela Unidade. Dessa forma, por meio da fiscalização previnem-se desvios na oferta do produto final, qual seja a destinação de imóveis, atendendo a função social da propriedade e subsidiando demais políticas públicas. Assim, considerando a ampla extensão territorial do país e aspectos críticos na gestão patrimonial da União mencionados nos tópicos anteriores, a fiscalização e o controle de 8

9 imóveis exigem intervenções tempestivas e direcionadas visando garantir a proteção do patrimônio público. Nesse contexto, verificou-se que a SPU/CE não implementou uma programação sistemática de fiscalização nos imóveis da União, devido à quantidade de demandas judiciais, associada à deficiência estrutural e logística da Superintendência, sendo fato que a unidade jurisdicionada não possui um quadro de servidores que lhe permita desempenhar a contento as ações de fiscalização e controle de uso dos bens imóveis da União no Estado do Ceará. Dessa forma, a SPU/CE, segundo os responsáveis, prioriza as fiscalizações com vistas a atender às demandas advindas do poder Judiciário com e sem prazo pré-estabelecido e solicitações ou denúncias de terceiros. Outro fator que limita a atuação efetiva no controle da utilização do patrimônio imobiliário da União é a ausência de demarcação da LPM-1831, o que dificulta sobremaneira a caracterização de áreas da União. Ademais, evidenciou-se a falta de acompanhamento das fiscalizações executadas, quanto à quantidade realizada e, em especial, no que se refere às irregularidades apuradas. A SPU/CE permanece sem fazer o monitoramento de implementação das diligências emitidas, decorrente de fiscalizações por ela realizadas. Cumpre informar que a SPU/CE não identificou imóveis em áreas urbanizadas e dotadas de infraestrutura urbana, passíveis de destinação para o desenvolvimento de projetos de empreendimentos habitacionais de interesse social, portanto, não se pode evidenciar a fiscalização de cumprimento de cláusulas contratuais pactuadas em processos de destinação do patrimônio da União. (d) Plano Orçamentário Avaliação de Imóveis da União O Plano Orçamentário Avaliação de Imóveis da União visa à atualização do valor patrimonial dos imóveis da carteira da União, de modo a permitir um melhor controle contábil do patrimônio público. Desse modo, o objetivo é apoiar o fornecimento de informações úteis, relevantes e tempestivas para a tomada de decisões gerenciais que é a finalidade da contabilidade aplicada ao setor público. O quadro a seguir traz a execução orçamentário-financeira desse Plano: Dotação atualizada Valor Liquidado % ,43 Fonte: Fonte: Siafi Gerencial data da consulta: 20/03/2014. A execução do referido Plano é relevante na medida em que a falta de atualização do valor dos imóveis tem reflexo no Balanço Geral da União, o que tem levado a reiteradas ressalvas do Tribunal de Contas da União no parecer das contas de governo da Presidência da República. A estrutura administrativa na SPU/CE para gestão do patrimônio imobiliário da União se mostrou insuficiente. Ressalta-se que o único servidor qualificado, que a SPU/CE possuía em seu quadro funcional para realizar a avaliação de imóveis, se aposentou. 9

10 #/Fato #/Fato Com isso há fragilidades nos controles internos dessa atividade e comprometimento dos resultados institucionais. Nesse contexto, não há um controle específico para o acompanhamento dos prazos de validade da avaliação dos imóveis e não existe conferência das execuções de atualizações, nem tampouco, quanto ao número de imóveis, tendo em vista as informações divergentes constantes no Relatório de Gestão. Verificou-se que dos 181 imóveis registrados no SPIUnet, 176 se encontram com a data de avaliação expirada, o que corresponde a 97,24% do total de imóveis, e desses, 123 apresentam a data de validade expirada desde Ressalta-se que no Exercício 2013 foi avaliado apenas um imóvel. Por conseguinte, verificou-se que a SPU/CE não desempenha essa atividade com o fim de eliminar o passivo de imóveis com avaliação expirada, em que pese o Memorando- Circular nº 79/DECAP/SPU-MP, de 06/06/2012, indicar alternativas para atualização da avaliação de imóveis sob o regime de uso especial, dentre estas: atualizar os valores dentro da realidade do mercado imobiliário local, consultar a base de dados do IPTU dos municípios e realizar atualização com base nos índices de referência acumulados no período de modo a corrigir os valores, no mínimo em relação à inflação (utilizando o IPCA ou IPCA-E), no caso de indisponibilidade de base de dados de valores imobiliários atualizados no município. Destaca-se, por pertinente, que no caso da utilização do Contrato nº 35 SPU/MP- CAIXA, a demanda àquela instituição financeira somente ocorreu em 26/3/2013, praticamente dois anos após a emissão do Relatório de Auditoria das contas de Avaliação da Conformidade das Peças Com o objetivo de avaliar a conformidade das peças do processo de contas da SPU-CE, conforme disposto no art. 13 da IN TCU nº 63/2010, foi analisado o Processo nº / e constatado que a Unidade não elaborou todas as peças a ela atribuídas pelas normas do Tribunal de Contas da União para o Exercício A estratégia metodológica utilizada pela equipe de auditoria consistiu na análise censitária de todos os itens que compõem o Relatório de Gestão e das peças complementares. Ressalta-se que a Unidade Jurisdicionada cumpriu o prazo previsto no item da Portaria CGU nº 650/2014 para envio do processo de contas ao órgão de controle interno, que estabeleceu como data-limite para a Unidade o dia 31/03/2014. Por fim, cabe informar que as peças contemplam os formatos e conteúdos obrigatórios nos termos das Decisões Normativas TCU nº 127/2013, alterada pela 129/2013 e 132/2013 e da Portaria-TCU nº 175/ Avaliação da Gestão do Patrimônio Imobiliário A gestão do patrimônio imobiliário da União, no âmbito da SPU/CE, foi avaliada neste relatório a partir da análise das ações realizadas pela Superintendência no contexto dos seguintes Planos Orçamentários: Caracterização do Patrimônio Imobiliário da União, Destinação de Imóveis da União, Fiscalização e Controle do Uso de Imóveis da União e Avaliação de Imóveis da União; sendo os dois primeiros pertencentes à Ação 20U4-10

11 #/Fato #/Fato #/Fato #/Fato #/Fato Gestão do Patrimônio Imobiliário da União e os dois últimos à Ação Fiscalização e Controle do Uso de Imóveis da União. 2.4 Avaliação do Cumprimento das Determinações/Recomendações do TCU Por meio de pesquisa no site do TCU e de informações contidas no Relatório de Gestão da Unidade, foi verificado que não foram expedidas, pelo Tribunal de Contas, determinações/recomendações para a Superintendência Regional, no Exercício 2013, para as quais deveria existir o acompanhamento por parte da CGU. 2.5 Avaliação do Cumprimento das Recomendações da CGU Com base nas informações registradas no Plano de Providências Permanente e no Relatório de Gestão da unidade auditada, verificou-se que a unidade não mantém uma rotina adequada de acompanhamento e atendimento das recomendações da CGU. Comprova essa afirmação o fato de 61,84% das recomendações emitidas no Exercício 2011 terem permanecido pendentes de atendimento. 2.6 Avaliação da Carta de Serviços ao Cidadão No que se refere ao disposto no art. 11 do Decreto nº 6.932/2009 que trata da necessidade de órgãos e entidades do Poder Executivo Federal, que prestam serviços diretamente ao cidadão, elaborarem e divulgarem a Carta de Serviços ao Cidadão, essa exigência não se aplica diretamente a esta Superintendência Regional, tendo em vista que a competência para sua elaboração e divulgação é da Secretaria do Patrimônio da União (SPU/MP). Dessa forma, o tema será tratado no âmbito do Relatório do Órgão Central. 2.7 Avaliação do CGU/PAD Não se aplica à Superintendência Regional, visto que a competência para a instauração de procedimentos administrativos disciplinares é da Secretaria do Patrimônio da União (SPU/MP), razão pela qual a avaliação será realizada no âmbito do Relatório do Órgão Central. 2.8 Avaliação dos Controles Internos Administrativos Preliminarmente, impende mencionar que a SPU/CE não apresentou no seu Relatório de Gestão 2013, especificamente no item Avaliação do Funcionamento dos Controles Internos, informação sobre os controles internos adotados no âmbito da sua estrutura regional. Ressalta-se que ao ser questionada sobre o assunto, essa Superintendência novamente não indicou os controles internos adotados, restringindo-se a apresentar orientações fornecidas pela SPU/Órgão Central, que ressaltou a importância da SPU/CE demonstrar como trata a questão de controle de forma institucionalizada, ou seja, como a unidade faz seus controles de processos administrativos, acompanha as ações executadas, verifica o atendimento aos normativos vigentes e trata os problemas e inconformidades detectados. 11

12 Nesse sentido, levando-se em consideração que a organização da gestão do patrimônio imobiliário da União Federal está constituída sob a forma de sistema, em que há um órgão central, representado pela Secretaria do Patrimônio da União - SPU, e unidades setoriais, constituídas pelas Superintendências Estaduais e no Distrito Federal, é desejável que as diretrizes, manuais e regramentos internos que pautam a atuação das unidades setoriais sejam oriundas do órgão central, como forma de manter a integridade e padronização da atuação dos entes que compõem esse sistema. Porém, constatou-se a existência de lacunas normativas relativas às atividades de cadastramento, fracionamento de imóveis e cancelamento de RIP, inseridas no contexto do macroprocesso de Caracterização do Patrimônio Imobiliário da União, que contribuíram para dar causa a impropriedades relativas a inconsistências cadastrais no Siapa, inclusive, com impacto na arrecadação de receitas patrimoniais. Associada às questões normativas, evidenciou-se a indesejada manutenção da situação precária e deficiente do aparato de recursos humanos e logísticos da SPU/CE, para o exercício mínimo das competências dispostas no Regimento Interno aprovado pela Portaria MP nº 232/2005. Essa situação fragiliza de maneira contundente qualquer concepção de estrutura de controles internos para a unidade jurisdicionada e põe em risco elevado a gestão do patrimônio imobiliário da União Federal no Estado do Ceará, sob qualquer critério de avaliação (eficiência, eficácia, economicidade, efetividade, equidade e outros). Constatou-se, com base nos registros do Siape, que a SPU/CE possuía apenas 56 servidores nos seus quadros no exercício sob exame, sendo que um se encontra cedido para o Tribunal Regional Eleitoral, e nove estagiários de nível superior. O quadro a seguir, traz um perfil de distribuição dos servidores por escolaridade e faixa etária: Escolaridade Faixa Quantidade 1 Grau Incompleto 51 a 60 anos 2 1 Grau Incompleto Total 2 1 Grau 51 a 60 anos 1 acima de 60 anos 1 1º Grau Total 2 até 30 anos 1 2 Grau 41 a 50 anos 1 51 a 60 anos 5 acima de 60 anos 2 2 Grau Total 9 Superior até 30 anos 2 31 a 40 anos a 50 anos a 60 anos 12 acima de 60 anos 6 Superior Total 42 Mestrado acima de 60 anos 1 Mestrado Total 1 Total Geral 56 Ao se tomar como parâmetro de análise a faixa etária dos servidores, observa-se que se nenhuma providência for tomada, as perspectivas são de agravamento da situação, tendo em vista a existência de dez deles com mais de sessenta anos na Unidade. 12

13 Com efeito, torna-se imperioso fazer alusão à Decisão TCU nº 295/2002 Plenário, que tratou de auditoria operacional na Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e suas unidades regionais, em que restou evidenciada a carência de recursos humanos, inclusive de profissionais especializados nas áreas de engenharia e direito, o que dificultava ou mesmo impedia a realização de vistorias in loco, inspeções, fiscalizações e outras medidas com o intuito de preservar o patrimônio nacional. Nesse contexto, indicou que a incompatibilidade dos recursos humanos com o volume de serviço das unidades regionais da SPU era agravada pela carência de recursos materiais básicos e limitações dos sistemas informatizados, que não ofereciam as facilidades desejáveis para racionalização dos trabalhos. Tudo isso contribuía para que o corpo funcional da maioria das unidades regionais estivesse sobrecarregado e sentindo-se desmotivado, por não dispor de meios para prestar um serviço de boa qualidade. Esse diagnóstico da Corte de Contas, que remonta aos idos de 2002, ainda é perfeitamente atual para a SPU/CE, o que dá uma clara compreensão das dificuldades enfrentadas e encaminha a Superintendência para um estado de total ineficiência. Em agravante, verificou-se a falta de uma política de treinamento e capacitação de pessoal na SPU/CE e de interação entre as unidades administrativas dessa Superintendência, tendo em vista que no decorrer dos trabalhos de auditoria houve dissonância nas manifestações apresentadas pertinentes ao mesmo assunto, assim como transferência de responsabilidade para justificar os fatos apontados, demonstrando que essas unidades administrativas atuam de forma isolada. Nesse contexto, os exames revelaram fragilidades nos controles administrativos, que redundaram nas impropriedades identificadas nos achados a seguir listados: a) divergência de informações contidas no Relatório de Gestão Exercício 2013; b) quantidade expressiva de inconsistências cadastrais no Siapa; c) ausência de demarcação das áreas de propriedade da União; d) desmembramento de imóveis dominiais com a existência de débitos; e) morosidade nos processos de destinação; f) inconsistência nos controles de destinação comparativamente às informações disponibilizadas pela SPU/Órgão Central; g) ausência de fiscalizações sistemáticas; e h) falta de avaliação dos imóveis próprios nacionais. No que se refere ao monitoramento das recomendações exaradas pela CGU, verificou-se que a SPU/CE não consegue fazer um acompanhamento sistemático da implementação dessas recomendações, tendo em vista a permanência de pendências remanescentes do Relatório de Auditoria Exercício Desse modo, ao se tomar como parâmetro de análise a missão da SPU, Conhecer, zelar e garantir que cada imóvel da União cumpra sua função socioambiental, em harmonia com a função arrecadadora, em apoio aos programas estratégicos para a Nação, os resultados desta auditoria deixam evidente que a SPU/CE não consegue cumpri-la, já que preponderantemente desconhece o patrimônio da União no Estado em razão da ausência de demarcação. Por não dispor de pessoal em quantidade e qualidade suficiente, a Superintendência sequer consegue fazer um planejamento de atividades de fiscalização, sendo essas ações 13

14 #/Fato pautadas por demandas externas oriundas do judiciário, ou seja, a atividade fiscalizadora é exercida para resolver contingências. Por conseguinte, não consegue a SPU/CE zelar e garantir condignamente que cada imóvel pertencente à União cumpra sua função socioambiental em harmonia com a função arrecadadora. Todas essas falhas demonstraram a urgente necessidade de aperfeiçoamento dos controles internos administrativos, não apenas dos recursos humanos envolvidos, mas também dos procedimentos e métodos adotados para desenvolvimento das atividades da UJ Ocorrências com dano ou prejuízo Entre as constatações identificadas pela equipe, aquelas nas quais foi estimada ocorrência de dano ao erário são as seguintes: Estimativa de perda de receita patrimonial no valor de R$ ,08 por ausência de identificação dos responsáveis pelos imóveis dominiais. 3. Conclusão Os resultados desta auditoria deixam evidente a incompatibilidade dos recursos humanos da SPU/CE com o volume de serviços demandados para a implementação de sua missão institucional, uma vez que essa unidade regional desconhece o patrimônio da União no Estado em razão da ausência de demarcação e sequer consegue fazer um planejamento de atividades de fiscalização, porque essas ações são pautadas por demandas externas oriundas do judiciário, ou seja, a atividade fiscalizadora é exercida para resolver contingências. Ressalta-se que esse diagnóstico foi proferido há doze anos pelo Tribunal de Contas da União na Decisão TCU nº 295/2002 Plenário, quando da realização de uma auditoria operacional na Secretaria do Patrimônio da União e suas unidades regionais. Como corolário da situação apontada, os exames acabaram por revelar as falhas e/ou impropriedades consignadas neste Relatório de Auditoria, resumidamente apresentadas a seguir: a) divergência de informações contidas no Relatório de Gestão Exercício 2013; b) quantidade expressiva de inconsistências cadastrais no Siapa; c) ausência de demarcação das áreas de propriedade da União; d) desmembramento de imóveis dominiais com a existência de débitos; e) morosidade nos processos de destinação; f) inconsistência nos controles de destinação comparativamente às informações disponibilizadas pela SPU Órgão Central; 14

15 g) ausência de fiscalizações sistemáticas; e h) falta de avaliação dos imóveis próprios nacionais. Eventuais questões formais que não tenham causado prejuízo ao erário, quando identificadas, foram devidamente tratadas por Nota de Auditoria e as providências corretivas a serem adotadas, quando for o caso, serão incluídas no Plano de Providências Permanente ajustado com a UJ e monitorado pelo Controle Interno. Aliás, por oportuno, verificou-se que a SPU/CE não consegue fazer um acompanhamento sistemático da implementação das recomendações exaradas pela CGU, tendo em vista a permanência de pendências remanescentes do Relatório de Auditoria Exercício Tendo sido abordados os pontos requeridos pela legislação aplicável, submete-se o presente relatório à consideração superior, de modo a possibilitar a emissão do competente Certificado de Auditoria. Fortaleza/CE, 21 de julho de Achados da Auditoria - nº GESTÃO PATRIMONIAL 1.1 BENS IMOBILIÁRIOS UTILIZAÇÃO DE IMOBILIÁRIOS INFORMAÇÃO Novo Cadastro Siapa. Fato Solicitou-se à SPU/CE informar as diretrizes, manuais ou regramentos internos que orientam o cadastramento dos imóveis dominiais no Siapa, realizado pela Unidade. Os responsáveis pela Unidade informaram, por meio do Ofício nº 0369/2014/GAB/ SPU/CE, de 22/04/2014, que: Tais diretrizes não existem formalmente. Desta feita, a SPU/CE se utiliza de expedientes como a vistoria e a notificação ao ocupante (para apresentar informações e documentos) visando obter totalidade das informações disponíveis para preenchimento no sistema SIAPA. Quando isto não é possível, prioriza-se as informações relativas à localização, benfeitoria, identificação completa do ocupante e valor do metro quadrado da região (que são as informações fundamentais para a fiscalização e para a cobrança das taxas, foros e multas). 15

16 Questionado sobre que fatores, no entendimento da Superintendência Regional, contribuiriam para a melhoria no desempenho gerencial no cadastramento imobiliário, os responsáveis pela SPU/CE informaram o seguinte: Primeiramente, conforme os números apresentados, é importante afirmar que no último ano a SPU/CE realizou o maior número de novos cadastros e de saneamento cadastral no SIAPA para o período em décadas (no caso, considerando apenas cadastros feitos pela própria equipe da SPU/CE, sem a contratação de empresas terceirizadas). Tão importante quanto isso é o fato de que esses novos cadastros SIAPA não estão eivados de inconsistências e não ocasionarão problemas ou gargalos para gestões futuras. Todo o demonstrado foi obtido com uma equipe de apenas 02 (dois) Servidores e 01 (hum) Chefe (salvo na questão da identificação de CPF dos ocupantes, que requereu o engajamento conjunto da equipe SEDEC e da equipe COIFI). Portanto, resta demonstrado que a Superintendência do Patrimônio da União no Ceará - SPU/CE, na presente matéria representada pelo Serviço de Demarcação e Cadastro - SEDEC, poderia avançar a largos passos caso fosse dotada minimamente de recursos humanos para tanto. A ausência destes recursos gerou o preço que foi pago para o avanço no cadastramentos dos edifícios: Não foi possível dar maior prioridade a outras competências do SEDEC (notadamente inscrições de ocupação, unificação, desmembramento, identificação de ocupantes, cancelamento e a realização de vistorias rotineiras visando cadastrar ou recadastrar imóveis em função da demarcação e/ou rerratificação da LPM-1831). Não obstante, dadas as dificuldades, entendemos que a estratégia adotada (priorizar os casos de fracionamento de condomínios) foi a mais eficaz, permitindo aumento do quantitativo final atingido e que o método de trabalho buscado (permitir que os técnicos tivessem dedicação exclusiva em cada caso trabalhado, não sendo instados a tratar de diversos casos simultaneamente) foi determinante para a eficiência, organização e a qualidade do trabalho alcançado. Finalmente, há de ser destacado que a equipe SEDEC avançou bastante no diálogo com os contribuintes e interessados nos processos sob sua responsabilidade. Nos casos de fracionamento, as construtoras, interessados e Juízes foram melhor informados de que, por exemplo, a Averbação da Construção é requisito legal para início dos trabalhos (o que gerou economia processual). Nos casos de demandas individuais, a Chefia SEDEC buscou estreitar o diálogo com os contribuintes (inclusive tendo a iniciativa de entrar em contato com estes para prestar informações sem ser provocada para tanto), fato que resultou numa maior tolerância e compreensão para com as dificuldades operacionais do SEDEC e contribuiu para a melhoria do clima no ambiente de trabalho. Indagou-se a SPU/CE para informar como é definido o conjunto de imóveis dominiais a ser cadastrado no Siapa, em cada período, tendo sido apresentado o que segue: Uma parte dos RIPs cadastrados é definido pela SPU/CE e outra parte é imposta por decisão judicial. Considerando que o Serviço de Demarcação e Cadastro - SEDEC é composto por 02 (dois) Servidores (sendo que um destes trabalha exclusivamente numa Demarcação determinada por ordem 16

17 judicial) e 01 (hum) Chefe, os quais devem atuar nos pedidos de Novo Cadastro (SIAPA e SPIUnet), Atualização Cadastral (SIAPA e SPIUnet), Demarcação (LPM-1831 e LMEO), Unificação, Desmembramento, Fracionamento, Cancelamento de Cadastro, Identificação de Ocupantes, dentre outros casos que não se enquadram na classificação apontada (totalizando aproximadamente processos a serem instruídos), percebe-se que não há um planejamento que permita reduzir drasticamente o passivo apontado com os recursos de que dispõe o SEDEC. Entretanto, ainda com as dificuldades apontadas e em matéria de cadastramento (novo cadastro e atualização cadastral), a Chefia SEDEC optou por priorizar os processos de Fracionamento de Condomínio. Isto devido a uma série de razões: Primeiramente a economia processual, haja vista que cada Condomínio é constituído de dezenas (ou centenas) de unidades cujas características cadastrais são semelhantes, o que facilita a análise processual e possibilita maximinizar [sic] o número de demandas atendidas no menor espaço de tempo. Desta maneira o SEDEC também reduz a incidência de ações judiciais requerendo o cadastramento (pois não raro os ocupantes das unidades autônomas intentam ações em virtude de não poderem transferir seus imóveis enquanto o seu cadastro não esteja atualizado). Finalmente, a adoção do critério apontado também é importante na questão das receitas patrimoniais, uma vez que a União não vai deixar de arrecadar os laudêmios referentes a tais transferências. Somente em 2013 foram criados cadastros SIAPA e saneados outros 436 cadastros SIAPA já existentes, totalizando imóveis devidamente cadastrados e que poderão ser transferidos e gerar laudêmio para a União sem problemas. [...] No que tange à priorização na análise de tais problemas, conforme as dificuldades demonstradas, o SEDEC não dispõe de meios para realizar o tipo de priorização mais justo e ideal (por ordem de entrada no setor), de forma que o único modo de que dispomos para trabalhar reduzindo os prejuízos, tanto da União quanto dos contribuintes, é priorizar as demandas judiciais e as demandas daqueles contribuintes que estão sempre em contato com a SPU/CE (geralmente são os contribuintes que precisam transferir seus imóveis). Instada a se manifestar a respeito do quantitativo de imóveis dominiais a cadastrar no Siapa, informou o seguinte: Considerando que há menos de 30 dias esta SPU/CE apresentou ao Tribunal de Contas da União o seu Relatório de Gestão relativo ao exercício de 2013 (ou seja, dados bem próximos da realidade da presente data), aproveitamos para informar o passivo processual a cargo do SEDEC informado naquela oportunidade: PASSIVO PROCESSUAL - SEDEC PENDÊNCIA QUANTITATIVO Atualização Cadastral Caracterização (produção de Planta e Memorial 16 Descritivo) Consulta sobre Demarcação 14 Solicitação de Demarcação 14 17

18 Identificação de Ocupante 211 Inscrição de Ocupação 217 Vistoria 23 Novo Cadastro SIAPA (Diversos) 8 Novo Cadastro SPIUnet 10 Unificação 4 Desmembramento 6 Cancelamento/Duplicidade 61 Aguardando resposta (Ofício e/ou Notificação) 137 Diversos 32 TOTAL Processos Da análise da tabela acima, percebemos que há pelo menos 231 pedidos (inscrição de ocupação + Novo Cadastro SIAPA + Desmembramento) que podem ensejar a criação de novos RIP SIAPA. Isto sem considerar eventuais fracionamentos (no momento não há nenhum pendente nesta SPU/CE, pois estes vêm sendo priorizados desde o final de 2012), que podem surgir a qualquer momento (é sabido através de contato com os responsáveis, que serão criados em 2014 aproximadamente 200 RIPs SIAPA em função de fracionamentos cujos pedidos ainda não estão formalizados). A expectativa do SEDEC é que possamos priorizar a correção de fracionamentos antigos, que são os responsáveis pela maioria das inconsistências apontadas no presente. O critério pretendido para o futuro tem as mesmas justificativas narradas no quesito [...] (que desta vez contribuirão para relevante redução de inconsistências nos próximos anos). Entretanto, há de ser ressaltado que ambos os técnicos do SEDEC estão em idade de aposentadoria e que a provável saída de ambos vai causar grande impacto para os trabalhos, haja vista que estes conhecem o contexto em que tais inconsistências foram criadas no passado e são dotados de notório conhecimento e experiência com o sistema SIAPA e com as Demarcações de LPM e LMEO. Esperamos que a equipe de auditoria alerte as instâncias superiores para este problema. Questionado se existe processo de conferência dos registros cadastrais por parte da área finalística da Superintendência, a Unidade informou que: Sim, os novos cadastros ou saneamentos efetuados no SIAPA são conferidos pela Chefia do SEDEC após a conclusão dos trabalhos pela área técnica. De igual maneira é realizado um controle das operações efetuadas por período, o que permitiu a criação da tabela de cadastramento disponibilizada no item [...] (tal expediente permite o controle em caso de constatação de falha no futuro). Sobre a validação das informações registradas no SIAPA, diferentemente do que ocorre no SPIUnet (que tem um expediente formal de conformidade no sistema SIAFI, justamente por estar sincronizado com o Balanço Contábil do Governo Federal), não há um sistema formal para validação/conformidade de informações. Impende informar, que essa tabela de cadastramento se encontra armazenada no diretório do Chefe do SEDEC. #/Fato CONSTATAÇÃO 18

19 #/Cau sa# #/Man ifestacao Unid adeexamin ada# #/An aliseco ntro lein tern o# Ausência de processo de acompanhamento adequado das Operações Imobiliárias em Terrenos da União - DOITU. Fato Solicitou-se à SPU/CE informar como se dava o processo de acompanhamento das operações imobiliárias (anotadas, averbadas, lavradas, matriculadas ou registradas) constantes da Declaração sobre Operações Imobiliárias em Terreno da União DOITU. Os responsáveis pela SPU/CE não se manifestaram a respeito do fato, tendo se pronunciado apenas o Chefe do SEDEC, que informou que a DOITU ocorre quando há transferência de titularidade sobre um imóvel federal, sendo matéria de competência da Divisão de Receitas Patrimoniais DIREP, conforme teor da Nota nº 08/2014/SEDEC/COIFI-GBA. Impende registrar que os cartórios são obrigados a informar as operações ocorridas sobre imóveis da União, conforme previsto no art. 9º da Lei nº , de 31/5/2007, que assim preceitua: Art. 9 O Decreto-Lei n o 2.398, de 21 de dezembro de 1987, passa a vigorar acrescido do seguinte art. 3 o -A: Art. 3º- A Os cartórios deverão informar as operações imobiliárias anotadas, averbadas, lavradas, matriculadas ou registradas nos Cartórios de Notas ou de Registro de Imóveis, Títulos e Documentos que envolvam terrenos da União sob sua responsabilidade, mediante a apresentação de Declaração sobre Operações Imobiliárias em Terrenos da União - DOITU em meio magnético, nos termos estabelecidos pela Secretaria do Patrimônio da União. Ressalta-se que a ausência de acompanhamento adequado das operações imobiliárias constantes da Declaração sobre Operações Imobiliárias em Terreno da União DOITU ocasiona perda patrimonial na forma de laudêmio, bem como desatualização cadastral no que se refere aos responsáveis pelos imóveis. #/Fato Causa Inércia da SPU/Órgão Central na implantação de sistema que possibilite a apresentação da DOITU pelos cartórios, em meio magnético, e do Superintendente de Patrimônio da União junto aos cartórios e ao Órgão Central visando à adoção de medidas alternativas até que ocorra a efetiva implantação de sistema para essa finalidade. Manifestação da Unidade Examinada Não houve manifestação da unidade examinada para esse itemadeexaminada#. Análise do Controle Interno Diante da ausência de manifestação da unidade examinada após a apresentação dos fatos, a análise do Controle Interno sobre a constatação consta registrada acima, no campo fato. Recomendações: Recomendação 1: Reiterar mais uma vez o pleito ao Órgão Central, acerca da necessidade de regulamentação/implantação de um sistema que possibilite o 19

20 cumprimento da exigência de os cartórios informarem as operações imobiliárias que envolvam terrenos da União. Recomendação 2: Reiterar mais uma vez o pleito ao Órgão Central, com intuito de obter orientações quanto às medidas alternativas que possam ser adotadas junto aos cartórios enquanto não ocorre a implementação de sistema de informações de operações imobiliárias com terrenos da União pelos cartórios CONSTATAÇÃO Número elevado de inconsistências cadastrais no Siapa, referentes aos imóveis dominiais. Fato Verificou-se um elevado número de inconsistências cadastrais ao longo dos últimos quatro exercícios, relativas aos imóveis dominiais, conforme dados extraídos do Sistema DW-Siapa (data base: agosto/2013), demonstrado a seguir: Inconsistência no Cadastro de Imóvel Dominial Quantidade de inconsistências (u) Área do terreno da união ausente Área do terreno da união menor que área utilizada Área do terreno da união zerada ou negativa Área do terreno total ausente Bairro do imóvel ausente Bairro do responsável ausente Benfeitoria não cadastrada Complemento do imóvel não informado em unidade condomínio ausente Data da última avaliação do imóvel não informada Data de cancelamento não informada e imóvel cancelado 2 2 Data do início da utilização não informada Fator Corretivo Total (FCT) Ausente Fração ideal maior que um Há, pelo menos, uma testada não cadastrada na PGV Não há nenhuma testada informada Natureza do terreno incompatível com a planta de valores Responsável pelo imóvel sem nome informado Responsável com caracteres especiais no nome Responsável com CEP igual a zeros Responsável com CEP incompatível com o município Responsável com município ausente Responsável com nome em branco Responsável pelo imóvel não cadastrado na SRF Responsável pelo imóvel sem identificação (CPF/CNPJ) Situação de testadas terreno total incompatível com FTM Tipo do logradouro, logradouro ou número do responsável ausente Tipo logradouro, logradouro ou número do imóvel ausente Valor da última avaliação do imóvel não informada Total Dados extraídos DW-Siapa, base de dados: agosto/2013 Por meio do Ofício nº 0369/2014/GAB/SPU/CE, de 22/04/2014, a SPU/CE, por intermédio apenas do Chefe do SEDEC, apresentou a seguinte manifestação: 20

21 Preliminarmente, cumpre ressaltar que não acreditamos que os dados apresentados pela CGU/CE sejam consistentes em sua totalidade. Uma das evidências de que houve erros na obtenção dos dados apresentados é que 19 dos 23 processos listados no quesito [...] não estavam com seus números corretos. Outra evidência de que as informações, em parte, não são confiáveis é que o próprio SIAPA está listando inconsistências inexistentes ("ludibriando" assim o relatório do "Portal da Transparência"), conforme exemplo a seguir. O RIP informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei foi cancelado por fracionamento/condomínio total e dele surgiram 122 RIPs derivados. Ao clicarmos no campo "Avisos do Cadastro" no cadastro SIAPA em questão (o qual aponta quais campos contêm inconsistências), verificamos que o SIAPA informa haver problema com os campos "Fração ideal tem que estar entre 0, e 1, ", "área total dos primitivos não bate com a dos derivados", "imóvel sem informação de LPM/LMEO" e "Imóvel com condomínio não concluído". Ocorre que estas informações não procedem. Para comprovação, basta compararmos o cadastro do RIP primitivo com a lista de RIPs derivados, lá verificamos que as supostas inconsistências simplesmente não existem. O mesmo ocorreu com todos os RIPs fracionados em Portanto, é seguro dizer que a SPU/CE não criou novas inconsistências cadastrais em 2013 e que muitas inconsistências cadastrais sanadas em 2013 simplesmente não são apontadas pelo SIAPA (o que significa dizer que o próprio mecanismo de controle de inconsistências cadastrais do SIAPA é, por si só, inconsistente). Outra evidência pode ser constatada quando verificamos a diferença entre os RIPs com inconsistência do tipo "Responsável do imóvel sem nome informado" e "responsável pelo imóvel sem identificação" nos exercícios de 2012 e Respectivamente, em 2012 e em 2013 as informações prestadas pela CGU/CE apontam que o quantitativo das inconsistências apontadas é de 779 contra 829 e de contra Novamente, tais informações não podem estar corretas, haja vista que em 2012 foram identificados 12 ocupantes de imóveis da União e cancelados 18 RIPs que não tinham titular/cpf cadastrados. Portanto, deveria haver uma redução quantitativa de 30 nestas inconsistências. De igual maneira, em 2013, foram identificados/cancelados 66 RIPs (conforme tabela a seguir) e não vemos esta redução aparecer no relatório disponibilizados pela CGU/CE: REDUÇÃO DE INCONSISTÊNCIAS NOME DO RESPONSÁVEL E CPF IDENTIFICADOS Nº PROCESSO RIP Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. 21

22 UTILIZAÇÃO CANCELADA Nº PROCESSO RIP Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. RIP 100% CANCELADO Nº PROCESSO RIP Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. 22

23 RESUMO IDENTIFICADO 28 UTILIZAÇÃO CANCELADA 23 RIP 100% CANCELADO 15 TOTAL 66 Há também informações apontadas como inconsistência mas que geralmente são impossíveis de serem obtidas pela SPU por não existirem, caso dos campos "Número da Planta ausente", "data da última avaliação do imóvel não informada" e "Número de inscrição Municipal ausente". Cabe informar que estas últimas informações são irrelevantes para o cálculo das taxas, foros e multas. Finalmente, temos que destacar que muitas das inconsistências apontadas pela CGU/CE não são de responsabilidade do Serviço de Demarcação e Cadastramento - SEDEC, mas sim da Divisão de Receitas Patrimoniais - DIREP. No caso, estamos falando de 85% das informações relativas à utilização do imóvel (Bairro do responsável ausente, data do início da utilização não informada, responsável com caracteres especiais no nome, responsável com CEP igual a zeros, responsável com CEP incompatível com o município, responsável com município ausente, responsável com o nome em branco e responsável não cadastrado na SRF). A porcentagem de 85% informada diz respeito à inclusão de informações na utilização dos imóveis oriundas de transferência de titular e não de cadastro originário. Perceba-se também que o SEDEC tem a competência de ir a campo e descobrir quem é o ocupante dos imóveis ou se estes imóveis têm que ser cancelados. Contudo, a competência para incluir tais dados no SIAPA é da DIREP, justamente porque ela é quem será a responsável pela cobrança e/ou cancelamento dos débitos eventualmente existentes. Por tal razão, o perfil SIAPA dos técnicos SEDEC sequer lhes permite a possibilidade de efetuar alterações na utilização dos imóveis (aí incluída também a questão dos dados dos ocupantes). Nas razões de justificativa apresentadas pelo Chefe do SEDEC, este manifestou opinião que afirma que o mecanismo de controle de inconsistências cadastrais do Siapa é, por si só, inconsistente, de tal modo que parte das informações geradas pelo Sistema não são confiáveis, já que o Siapa está listando inconsistências inexistentes e, assim, "ludibriando" o relatório do "Portal da Transparência". Ademais, algumas informações do Siapa, no entender daquele agente público, são irrelevantes. A opinião em tela, há se confirmar, já que este trabalho não tem o escopo e propósito de uma auditoria de tecnologia da informação, revela grave fragilidade dos controles internos da SPU, tendo em vista que, por definição, o Siapa é uma ferramenta de apoio à administração do patrimônio imobiliário da União, que tem como objetivos: (a) identificar os imóveis dominiais da União, quais são, em que local estão e quais suas características; (b) identificar os usuários dos imóveis dominiais da União, quem são, que imóveis estão ocupando, quais são os regimes de utilização e período de ocupação dos imóveis; (c) agilizar a cobrança e aprimoramento dos controles sobre os devedores omissos e fornecer dados para o encaminhamento dos processos para inscrição em dívida ativa da União e a competente execução judicial; 23

24 (d) estabelecer uma padronização nas atividades operacionais executadas pelas Superintendências Regionais de Patrimônio da União; (e) integrar os procedimentos da SPU e Superintendências Regionais e dispor à SPU informações que possam apoiar os esforços de combate à sonegação e à moralização no trato da coisa pública. Na mesma linha, com relação a informações irrelevantes do Sistema, entende-se que a SPU/CE já deveria ter encaminhado seu posicionamento à SPU/Órgão Central por uma questão de racionalidade e eficiência administrativa, de modo a depurar o Siapa e fazer constar apenas os registros de dados julgados relevantes e obrigatórios para o adequado gerenciamento do patrimônio formado pelos imóveis dominiais da União Federal. De todo modo, há que se reconhecer que, de fato, alguns processos solicitados estavam com suas numerações incorretas, em razão de erro no último algarismo dos dígitos verificadores, que assumiu indevidamente o valor zero, porém, entende-se que tal equívoco não invalida os dados extraídos do Siapa. Outrossim, o fato de não ter sido verificada a redução nos itens Responsável pelo imóvel sem nome informado e Responsável pelo imóvel sem identificação (CPF/CNPJ), isso ocorreu devido à base de dados informada ter sido de agosto/2013. Contudo, adotada como referência a base de dados de março/2014, verifica-se que houve uma redução nesses itens, mas um aumento da quantidade total de inconsistências, conforme especificado a seguir: Inconsistência no Cadastro de Imóvel Dominial Quantidade de inconsistências (u) agosto/2013 (A) março/2014 (B) Diferença (B-A) Área do terreno da união ausente Área do terreno da união menor que área utilizada Área do terreno da união zerada ou negativa Área do terreno total ausente Bairro do imóvel ausente Bairro do responsável ausente Benfeitoria não cadastrada Complemento do imóvel não informado em unidade condomínio ausente Data da última avaliação do imóvel não informada Data de cancelamento não informada e imóvel cancelado Data do início da utilização não informada Fator Corretivo Total (FCT) ausente Fração ideal maior que um Há, pelo menos, uma testada não cadastrada na PGV Não há nenhuma testada informada Natureza do terreno ausente ou invalida Natureza do terreno incompatível com a planta de valores Responsável pelo imóvel sem nome informado Responsável com caracteres especiais no nome Responsável com CEP igual a zeros Responsável com CEP incompatível com o município Responsável com município ausente Responsável com nome em branco Responsável pelo imóvel não cadastrado na SRF Responsável pelo imóvel sem identificação (CPF/CNPJ)

25 #/Cau sa# Inconsistência no Cadastro de Imóvel Dominial Quantidade de inconsistências (u) agosto/2013 (A) março/2014 (B) Diferença (B-A) Situação de testadas terreno total incompatível com FTM Tipo do logradouro, logradouro ou número do responsável ausente Tipo logradouro, logradouro ou número do imóvel ausente Valor da última avaliação do imóvel não informada Total Dados extraídos no DW-Siapa. Ademais, por ocasião da análise dos processos verificou-se inconsistências dos cadastros de RIP efetuados no exercício sob exame, conforme registro em ponto específico deste Relatório de Auditoria. Finalmente, com relação à menção feita a relatório do Portal da Transparência, não se identificou tal documento no referido portal do governo federal, já são trazidas informações que dizem respeito tão somente aos imóveis funcionais, ou seja, em princípio, não administrados por meio do Siapa (disponível em Diante do exposto, fica evidenciada uma grande quantidade de inconsistências, que necessitam serem identificadas as causas e seus efeitos. #/Fato Causa Ausência de atitude do Superintendente da SPU/CE, do Coordenador da Coordenação de Identificação e Fiscalização e do Chefe do Serviço de Demarcação e Cadastro, quanto à adoção de medidas gerenciais internas e/ou em conjunto com a SPU Órgão Central, visando minimizar as deficiências do Siapa, dos mecanismos de inserção e de gerenciamento dos dados cadastrais, de forma a evitar a produção de omissões e/ou imprecisões no cadastro dos imóveis. Manifestação da Unidade Examinada Por meio do Ofício nº 0669/2014/GAB/SPU/CE, de 10/07/2014, a Superintendência do Patrimônio da União no Ceará apresentou a seguinte manifestação: Primeiramente, cumpre comentar a afirmação de que houve um aumento da quantidade total de inconsistências, conforme especificado a seguir:". Logo na sequência da afirmação apontada a equipe CGU expõe um quadro comparativo entre as inconsistências de 2013 e Sobre este quadro, de plano, informamos que a inconsistência Data da última avaliação do imóvel não informada está em duplicidade. Ou seja, ao invés de considerar 931 ocorrências está considerando 1862 ocorrências. Ainda sobre o assunto da inconsistência Data da última avaliação do Imóvel não Informada, temos a informar que esta não é uma inconsistência do sistema SIAPA, mas sim do sistema SPIUnet. Isto porque no SIAPA as avaliações são geradas automaticamente e a qualquer momento (bastando que o sistema tenha a informação da PGV e da área do imóvel). Sequer existe no SIAPA um campo para alimentação sobre a "data da última avaliação". De maneira diversa ocorre com o SPIUnet, aonde as avaliações 25

26 #/Man ifestacao Unid adeexamin ada# #/An aliseco ntro lein tern o# devem ser atualizadas a cada 02 (dois) anos e não existe a Planta Genérica de Valores - PGV (que dá o valor do metro quadrado do imóvel). Ou seja, há a necessidade de realização de avaliação por técnico habilitado para tanto. Considerando o narrado e corrigindo os quantitativos apontados sem considerar a questão da Data da última avaliação do Imóvel não Informada, que é inexistente, temos que na verdade foram reduzidas 93 inconsistências cadastrais de 2013 para 2014 ( = 93). Ademais, sobre as considerações referentes ao Portal da Transferência, informamos que houve um equívoco por parte do Chefe do SEDEC, o qual entendeu que o citado Portal era a fonte da CGU para os dados por ela apresentados. Por fim, em anexo à presente consta cópia assinada do Memorando nº 80/2014, o qual requer as correções na programação do SIAPA expostas durante a auditoria. Análise do Controle Interno Inicialmente, quanto à afirmação de que a Data da última avaliação do imóvel não informada está em duplicidade, não é consistente, uma vez que a tabela apresentada no fato faz referência a duas informações distintas, quais sejam: Data da última avaliação do imóvel não informada e Valor da última avaliação do imóvel não informada (grifo nosso). Ainda, no que se refere à informação de que a inconsistência Data da última avaliação do Imóvel não Informada, não se trata de inconsistência do sistema Siapa, mas sim do sistema SPIUnet, também é inconsistente, considerando que todas informações dispostas na tabela retromencionada foram extraídas do Siapa. Dessa forma, ratifica-se o posicionamento de que houve um aumento na quantidade total de inconsistências no Siapa. Recomendações: Recomendação 1: Adotar medidas gerenciais internas e em conjunto com a SPU/Órgão Central, visando à diminuição das inconsistências, priorizando as que podem causar dano ao erário. Recomendação 2: Evitar o cadastramento de novos RIP no Siapa com dados incompletos CONSTATAÇÃO Inclusão de novos RIP no Siapa com pendências cadastrais. Fato Corroborando com a impropriedade relativa ao quantitativo elevado de inconsistências cadastrais no Siapa mencionado no item deste Relatório de Auditoria, ao ser procedida análise nos processos relacionados à destinação patrimonial, que têm como regime de ocupação os CUEM; assim como nos processos de caracterização, que apresentam como regime de ocupação o aforamento e a ocupação, identificou-se a 26

27 existência de pendências cadastrais no Siapa, relativamente aos RIP a seguir relacionados: Regime de Ocupação Aforamento Código Descrição RIP nº Processo nº 1035 Número-Endereço tem que ser compatível com a PGV 1043 Fração ideal tem que estar entre 0, e 1, Número da planta ausente 1112 Inscrição municipal ausente 1114 Imóvel sem informação de LPM/LMEO 1211 Imóvel com condomínio não concluído 1302 Área total do primitivo não bate com a dos derivados 1303 Área da União do primitivo não bate com a dos derivados CUEM Ocupação Indicador reserva área p/reg. fundiária ausente Indicador de imóvel em ilha ausente Número-Endereço tem que ser compatível com a PGV 1107 Número da planta ausente 1112 Inscrição municipal ausente 1669 Local do endereçamento de corresp. ausente 1035 Número-Endereço tem que ser compatível com a PGV 1043 Fração ideal tem que estar entre 0, e 1, Número da planta ausente 1112 Inscrição municipal ausente 1211 Imóvel com condomínio não concluído 1302 Área total do primitivo não bate com a dos derivados 1303 Área da União do primitivo não bate com a dos derivados Há débitos no imóvel 1364 anteriores a qualquer utilização 1651 Indicador reserva área p/reg. fundiária ausente Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Ressalta-se que pendências dessa natureza já foram objeto de ressalva no Relatório de Auditoria de Contas Exercício Por meio do Ofício nº 0436/2014/GAB/SPU/CE, de 14/05/2014, a SPU/CE encaminhou a Nota Técnica nº 09/2014/SEDEC/COIFI-GBA, de 12/05/2014, exarada pelo Chefe do Serviço de Demarcação e Cadastro - SEDEC, que apresentou manifestação acerca das inconsistências no RIP Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, conforme descrito a seguir: 27

28 Sobre a pendência são Número-Endereço tem que ser Compatível com a PGV, informamos que esta ocorre pelo fato de o logradouro registrado no código da PGV utilizado para o imóvel ser diferente do logradouro aonde este está localizado. No caso, o logradouro do imóvel é Margem Direita do Rio Cocó e a PGV utilizada é para Terras Alagadas em Fortaleza. Perceba-se que o logradouro Margem Direita do Rio Cocó não é um logradouro com registro e numeração oficial da Prefeitura (como seria uma Rua, Avenida, etc). Portanto, para efeitos de valoração do metro quadrado (que é o fator relevante para a PGV), o valor aferido é o mesmo para qualquer imóvel com característica de terreno alagado no Município de Fortaleza (não havendo sentido em criar um código de PGV com a denominação Margem Direita do Rio Cocó. O mesmo acontece com terrenos rurais e alagados no interior do estado. Portanto, ainda que seja apontado pelo sistema, não há pendência quanto à valoração do metro quadrado relativo ao imóvel. Sobre as pendências Inscrição Municipal Ausente, Número de Planta Ausente, temos a informar que estas são informações completamente irrelevantes para as atividades exercidas pela União (não facilitam a localização do imóvel, não auxiliam à identificação do ocupante e nem influem na valoração das taxas e foros). Além de serem informações difíceis de serem obtidas justamente porque os Municípios raramente dispõem dessas informações ou raramente as encaminham quando solicitados. A título ilustrativo, a informação relativa à pendência Número da Planta Ausente é o número da autorização municipal para construção no imóvel (ou seja, informação inútil para a Secretaria do Patrimônio da União). Tal fato é de conhecimento do Órgão Central SPU/OC, mas a competência para exclusão de tal exigência do sistema pertence ao SERPRO. Já a pendência Local do Endereçamento de Corresp. Ausente ocorre quando o titular do imóvel é cadastrado sem o preenchimento do campo Endereço para correspondência (geralmente porque tal endereço é igual ao endereço do próprio imóvel). Contudo, considerando que o Serviço de Demarcação e Cadastro - SEDEC não é responsável pela inclusão de tal informação (que é realizada pela Divisão de Receitas Patrimoniais - DIREP), não temos condições de tecer considerações mais detalhadas sobre a questão. [...] Posteriormente, por meio do Ofício nº 0469/2014/GAB/SPU/CE, de 22/05/2014, a SPU/CE encaminhou a Nota Técnica nº 12/2014/SEDEC/COIFI-GBA, de 21/05/2014, também exarada pelo Chefe do SEDEC, que apresentou manifestação quanto às inconsistências, conforme descrito a seguir, que foi editada quando indicava similaridade com informações anteriormente prestadas: Preliminarmente, cumpre informar que os cadastros em análise foram criados diretamente pela empresa ZENITH no inicio de 1992 (in casu, foram criados no total cadastros). Porém, todos os cadastros citados foram cancelados conforme Portaria 96, de 08/04/2008 (Diário Oficial de 09/04/2008), justamente para não gerar débitos que nunca seriam cobrados. Desta forma, o Serviço de Demarcação e Cadastro - SEDEC apenas tem reativado os RIPs à medida em que são encaminhados 28

29 por força de Regularização Fundiária. Portanto, mister ressaltar que nenhuma das pendências cadastrais apontadas foi criada pelo SEDEC. Com efeito, em razão da busca pelo cumprimento das metas estabelecidas (a inclusão das utilizações de regularização fundiária faz parte das metas GIAPU), o SEDEC priorizou o rápido encaminhamento dos referidos processos à DIREP, para inclusão das respectivas utilizações. Não obstante, em vista de que possivelmente os cadastros que futuramente serão reativados terão inconsistências como as apontadas, o SEDEC terá especial atenção visando corrigir tais erros quando da realização da reativação cadastral. [...] Sobre a pendência Número-Endereço tem que ser compatível com a PGV, informamos que esta não existe de fato. No caso, o SIAPA acusa que a denominação do logradouro cadastrado no endereço do imóvel não coincide com a denominação do logradouro registrado na PGV. No caso dos pequenos municípios (situação de Camocim), vários logradouros são agrupados em uma única PVG (por terem o mesmo valor de metro quadrado). O mesmo ocorre para os imóveis localizados às margens de rios ou em zonas rurais, por exemplo. No caso em questão, o logradouro do imóvel (Rua Engenheiro Privat) tem o mesmo valor de metro quadrado que todos os logradouros localizados nas proximidades da orla (por isso o Código da PGV é Orla Marítima ). Portanto, apesar de o SIAPA apontar essa inconsistência, o cálculo do valor do imóvel em função do seu valor de metro quadrado está correto. Finalmente, tendo em vista os inúmeros erros de programação do SIAPA apontados na presente, informamos que encaminhamos o Memorando nº 80/2014/SEDEC/COIFI-SPU/CE ao Órgão Central- SPU/OC solicitando as correções no SIAPA citadas junto ao SERPRO. [...] Em sendo assim, a falha já foi corrigida para o RIP em questão (e diversos outros), sendo que a correção total dos 1,131 RIP obtidos de fracionamento em 2013 será realizada gradualmente no decorrer de isto se deve ao fato de que o SEDEC (que conta com 02 Servidores e Chefia) está priorizando a correção dos fracionamentos anteriores a 2013, que possuem inconsistências cadastrais mais graves (por exemplo, impossibilitam transferências e retardam o recolhimento dos respectivos laudêmios ou não possuem benfeitoria cadastrada, o que influencia no cálculo dos referidos laudêmios) do que a questão do indicador da área de Regularização Fundiária (que não gera nenhuma consequência no plano práticofinanceiro). Finalmente, sobre a pendência Há Débitos no Imóvel anteriores a qualquer utilização, considerando que tanto a inclusão de utilização no SIAPA quanto à análise de débitos patrimoniais é competência da Divisão de Receitas Patrimoniais - DIREP, solicitamos que a manifestação a ser encaminhada pela referida Divisão de Receitas seja analisada conjuntamente com a presente Nota Técnica. 29

30 [...] Preliminarmente, informamos que os 03 primeiros RIPs apontados Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei são RIPs derivados do último RIP em referência Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei ). [...] Sobre as pendências Imóvel sem Informação de LPM/LMEO e Indicador de Imóvel em Ilha Ausente (presentes em todos os RIPs apontados), informamos que esta ocorre devido a um erro (os chamados bugs ) do SIAPA. O erro consiste na impossibilidade de inclusão nos citados cadastros das informações apontadas (ou seja, que o imóvel não está em ilha e o número do processo da demarcação da LPM). O sistema simplesmente travou os campos e é impossível para os técnicos da SPU/CE acrescentar qualquer informação. Em reunião, a equipe chegou à conclusão de que o fato de o terreno aonde foi construído o condomínio em tela ser oriundo de um desmembramento anterior não é uma hipótese sistêmica prevista pelo SIAPA (por isso os campos ficaram travados pelo sistema). O fato é que o problema em questão é um problema na programação do SIAPA. Dito isto, há duas formas de solucionar o problema: A primeira seria desfazer todas as operações sobre todos os RIPs envolvidos (cadastros originais, desmembramento e restituição do fracionamento de um dos RIPs fracionados, além das condições do outro RIP desmembrado) e tentar refazer tudo novamente. Não somos favoráveis à esta primeira (sobretudo porque as informações faltantes não geram consequências no plano prático-financeiros para a União). A segunda forma de resolver o caso seria solicitar que o SERPRO corrija a impropriedade narrada (o que consertaria os RIPs em questão e evitaria que o mesmo erro ocorra no futuro). Somos favoráveis à segunda solução. Sobre as pendências Fração Ideal tem que estar entre 0, e 1,0000, Área Total do Primitivo não bate com a dos Derivados, Área da União do Primitivo não bate com a dos Derivados e Imóvel com Condomínio não Concluído (presentes no RIP Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei ), informamos que tais pendências simplesmente não existem. Ou seja, o fato de o SIAPA criticar tais ocorrências é mais uma das impropriedades sistêmicas a serem corrigidas pelo SERPRO, conforme demonstraremos a seguir. A pendência Fração Ideal tem que estar entre 0, e 1,0000 não deveria ser apontada pelo sistema para o RIP Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei por que este é o RIP primitivo que foi completamente fracionado em seus derivados sem que sobrasse sequer 0, m 2 de área remanescente, ele foi completamente zerado (portanto, foi um fracionamento perfeito, sem sobras). O próprio SIAPA permite que exista uma pequena área remanescente no RIP primitivo porque dependendo da configuração do 30

31 condomínio descrita na averbação da construção (apartamentos com área diferente, número de garagens diferente, etc), pode haver uma pequena sobra de área. Contudo, no caso em questão o RIP primitivo foi perfeitamente dividido entre os seus derivados. Desta feita, não há que sequer existir uma fração ideal para algo que foi completamente dividido sendo descabida a crítica do sistema. As pendências Área Total do Primitivo não bate com a dos Derivados, Área da União do Primitivo não bate com a dos Derivados e Imóvel com Condomínio não Concluído simplesmente não existem. Conforme aponta a documentação anexa (cadastro SIAPA do RIP nº Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, o condomínio está concluído (por isso o RIP em questão consta como cancelado) e as áreas Total e da União são exatamente iguais às áreas dos RIP primitivos (que é de [sic]. Portanto, inexplicavelmente e de forma injustificada o sistema está apontado estas pendências. Preliminarmente, quanto à informação de que foi encaminhado o Memorando nº 80/2014/SEDEC/COIFI-SPU/CE ao Órgão Central- SPU/OC solicitando as correções das pendências citadas no Siapa, registre-se que o documento encaminhado à Equipe de Auditoria não se encontra assinado pelo Superintendente do Patrimônio da União, e dessa forma, não passa de uma minuta. Partindo para os tipos de inconsistências propriamente ditas, em que pese a argumentação da SPU/CE quanto às inconsistências que tratam do Número-Endereço tem que ser compatível com a PGV, Inscrição Municipal Ausente, Número Planta Ausente, Imóvel sem Informação de LPM/LMEO, Indicador de Imóvel em Ilha Ausente, Fração Ideal tem que estar entre 0, e 1,0000, Área Total do Primitivo não Bate com a dos Derivados, Área da União do Primitivo não Bate com a dos Derivados e Imóvel com Condomínio não Concluído, informa-se que as mesmas já foram objeto de ressalva junto a essa Unidade Gestora no Relatório de Auditoria Exercício 2011 e ensejaram uma demanda da SPU/CE junto à SPU/Órgão Central, no sentido de que fossem adotadas medidas com vistas à correção dessas imprecisões do Siapa. Dessa forma, a recorrência da situação apontada, revela-se como uma permanência da fragilidade apontada na inserção e gerenciamento dos registros no Siapa, considerando que se tratam de novos registros. Por outro lado, há que se destacar que a SPU/CE procedeu à correção dos RIP anteriormente discriminados somente após a interpelação da Equipe de Auditoria e que essa correção gerou uma nova inconsistência (1206 Imóvel c/ memorial da União quando área União = total), que por sua vez não foi objeto de revisão pela SPU/CE, quando da apresentação de sua manifestação, tendo permanecido as pendências 1112 Inscrição Municipal Ausente (exceto nos RIP Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei ) e 1107 Número da Planta Ausente, nos RIP a seguir discriminados: RIP nº Inconsistência 31

32 #/Cau sa# RIP nº Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Inconsistência 1206 Imóvel c/ memorial da União quando área União = total No que se refere à inconsistência 1364 Há Débitos no Imóvel anteriores a qualquer Utilização não houve manifestação da DIREP quanto ao assunto, conforme informado na manifestação da Unidade. #/Fato Causa Deficiência nos mecanismos de inserção, gerenciamento e supervisão dos dados cadastrais no Siapa, produzindo omissões e imprecisões no cadastro do imóvel, redundando na falta de cobrança de laudêmio e taxas de ocupação pretéritas e, assim, perdas de receitas. Manifestação da Unidade Examinada Por meio do Ofício nº 0669/2014/GAB/SPU/CE, de 10/07/2014, a Superintendência do Patrimônio da União no Ceará apresentou a seguinte manifestação: Primeiramente, conforme relatado ao fim da constatação anterior, segue em anexo a presente cópia assinada do Memorando nº 80/2014, aonde é requerido ao Órgão Central providências no sentido de corrigir as impropriedades do SIAPA junto ao SERPRO. Ainda sobre a inconsistência 1206-Imóvel c/ memorial da União quando área União = Total, informamos que esta também está no grupo de inconsistências que não deveria existir e está devidamente descrita no Memorando nº 80/2014. Portanto, no que tange a RIPs criados em 2013 (ou seja, excluindo-se RIPs antigos reativados), tais inconsistências são apontadas de forma equivocada no SIAPA. Sobre a inconsistência Há débitos anteriores a qualquer utilização, não houve manifestação por parte deste SEDEC porque esperava-se que a Divisão de Receitas Patrimoniais esclarecesse a questão. Contudo, ressaltando que o caso dos 04 RIPs apontados pela CGU será esclarecida mais detalhadamente quando nos manifestarmos acerca do quesito do Relatório Preliminar, informamos que os 04 RIPS referidos são derivados via fracionamento do RIP Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. No caso, conforme informação DIREP de fls. 459 do processo Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, todos os débitos anteriores ao fracionamento ocorrido em 2013 estão ajuizados na dívida ativa da União com situação de "Parcelamento Simplificado" (ou seja, estão sendo cobrados via execução fiscal e estão em dia), de forma que aquela mesma DIREP informava que, sob o ponto de vista financeiro, não havia óbice à realização do fracionamento. Neste sentido, as receitas de 2013 e 2014 passaram a ser cobradas proporcionalmente dos 122 RIPs derivados e não mais do RIP primitivo, estando o restante dos débitos em processo de cobrança junto à 32

33 #/Man ifestacao Unid adeexamin ada# #/An aliseco ntro lein tern o# Dívida Ativa na União (com situação de Parcelamento Simplificado junto à Procuradoria da Fazenda Nacional). Portanto, o SIAPA não deveria acusar a inconsistência apontada, uma vez que esta não existe de fato. Análise do Controle Interno Em que pese o encaminhamento do Memorando nº 80/2014 pela SPU/CE ao SPU- Órgão Central solicitando medidas de ajustes no Siapa, verifica-se que as inconsistências permanecerão recorrentes até que seja realizada uma avaliação dos parâmetros a serem corrigidos ou não no sistema. Portanto, até a conclusão dessa avaliação faz-se necessário o preenchimento de todos os dados exigidos por ocasião do cadastramento. Recomendações: Recomendação 1: Realizar conferência dos dados, quando da inclusão de novos RIP no Siapa, evitando a geração de inconsistências no sistema. Recomendação 2: Evitar o cadastramento de novos RIP no Siapa com dados incompletos. Recomendação 3: Adotar medidas gerenciais internas ou em conjunto com a SPU/Órgão Central, que visem diminuir o número de pendências CONSTATAÇÃO Perda de receitas patrimoniais pela falta de demarcação e homologação de áreas de propriedade da União. Fato Solicitou-se à SPU/CE informar o quantitativo de áreas de Linha de Preamar Média LPM e Linha Média das Enchentes Ordinárias LMEO a demarcar no Ceará. A SPU/CE noticiou, por meio do documento intitulado Informação nº 005/2014/SEDEC/COIFI/SPU/CE-CACF", de 16/04/2014, o que segue: Até período bem recente (ano de aproximadamente), todas as demarcações das LPM-1831 no estado do Ceará eram feitas sem observação completa do prescrito nos artigos 11 e 12 do Decreto-Lei nº 9.760/1946, ou seja, sem a notificação pessoal dos interessados certos e sem a afixação do edital na repartição arrecadadora da Fazenda Nacional na localidade da demarcação. Entretanto, em sede de medida cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 4264, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela inconstitucionalidade da alteração do Art. 11 do D. L. nº 9.760/46 pelo Art. 5º da Lei nº /2007, desta forma fazendo valer a redação original do Art. 11 do retro citado diploma legal, qual seja a obrigatoriedade da NOTIFICAÇÃO pessoal dos interessados certos. Até julgamento do mérito, a alteração imposta pelo Art. 5º da Lei nº /2007, ficou valendo apenas no período de 31 de maio de 2007 (início da vigência da referida Lei) a 28 de março de 2011 (data da publicação da ata do resultado do julgamento do STF. Assim sendo, as demarcações anteriormente feitas e aprovadas na SPU/CE (antes de 31/5/2007) são frágeis no aspecto jurídico e algumas já estão sendo 33

34 contestadas judicialmente. Embora tecnicamente bem elaboradas, algumas apresentam inconvenientes de terem sido feitas usando-se coordenadas arbitradas e os marcos de amarrações não mais existem (foram soterrados, destruídos por ação antrópica ou intempéries) tornando impossível a materialização da LPM-1831 em campo ou mesmo em planta digital. Assim, os cerca de 122,82 Km antes demarcados ou em demarcação sem observação da legislação, necessitam ser rerratificados. Obedecendo a legislação no que se refere ao D. L. nº 9.760/46 e a Orientação Normativa que disciplina a demarcação dos terrenos de marinha e seus acrescidos, qual seja a ON - GEADE - 002/2001, foram aprovados, até a presente data, apenas as demarcações nos lugares: 1. QUIXABA, no município de Aracati-CE, com extensão de 3.105,29 m, entre os pontos inicial de coordenadas E = ,01 m e N = ,05 m e final E = ,97 m e N = ,59 m, estas expressas na projeção UTM e no sistema geodésico SIRGAS 2000, meridiano central 39º W Gr, região 24M; 2. JAPÃO, no município de Aquiraz - CE, com extensão de 4.758,50 m, entre os pontos inicial de coordenadas E = ,74 m e N = ,62 m e final E = ,38 m e N = ,04 m, estas expressas na projeção UTM e no sistema geodésico SAD - 69, meridiano central 39º W Gr, região 24M; 3. PREÁ, município de Cruz - CE, com extensão de 3.631,83 m, entre os pontos inicial de coordenadas E = ,52 m e N = ,27 m e final E = ,31 m e N = ,71 m, estas expressas na projeção UTM, no sistema geodésico SAD - 69, meridiano central 39º W Gr, região 24M. Do retro exposto pode-se afirmar, salvo melhor juízo, que: A. Apenas ,62 m (onze mil, quatrocentos e noventa e cinco metros e sessenta e dois centímetros) de orla estão com o traçado da LPM-1831 jurídica e tecnicamente bem instruídos; B. Por exclusão, o restante do litoral cearense e as margens dos rios que sofrem influência da maré, até o ponto, à montante, onde esta variação seja de apenas 5,00 cm (cinco centímetros) não têm LPM-1831 demarcada legal e tecnicamente; C. Em todos os rios estaduais (que nascem no Ceará e adentram outro estado ou de outro estado adentram o Ceará) não têm LMEO demarcadas. Indagou-se, ainda, se o conjunto das áreas de LPM e LMEO a serem demarcadas, em cada período, é definido pela SPU/CE, bem como os critérios utilizados para a seleção dessas áreas. O Chefe do SEDEC informou, por meio da Nota Técnica nº 07/2014/SEDEC/COIFI- GBA, de 22/04/2014, o que segue: No momento a SPU/CE tem uma série de demandas judiciais de demarcação de LPM-1831, de forma que não há como o Serviço de 34

35 Demarcação e Cadastro - SEDEC definir por sua escolha quais serão as áreas demarcadas. Dentre as demandas mencionadas, optou-se por iniciar pelo Aquiraz pelo fato de existir cartografia apta para subsidiar os trabalhos e porque engloba 03 (três) trechos de demarcação. Contudo, considerando que o SEDEC é composto por 02 (dois) Servidores (sendo que um destes trabalha exclusivamente nas atividades de cadastro) e 01 (hum) Chefe (os quais devem atuar nos pedidos de Novo Cadastro SIAPA e SPIUnet, Atualização Cadastral SIAPA e SPIUnet, Demarcação de LPM e de LMEO, Unificação, Desmembramento, Fracionamento, Cancelamento de Cadastro, Identificação de Ocupantes, dentre outros casos que não se enquadram na classificação apontada, totalizando aproximadamente processos a serem instruídos), percebe-se que mesmo o atendimento às citadas demandas judiciais ocorre a passo lento. Para se ter uma idéia da capacidade atual do SEDEC para demarcação, informamos que em 05 (cinco) anos foi possível demarcar aproximadamente 13 Km do litoral (isto porque havia cartografia apta disponível para as áreas demarcadas). Entretanto, perceba-se que o SEDEC não realizou trabalhos de cadastramento e nem de regularização das ocupações. Pela matemática, arredondando os números, se é possível fazer 15 (quinze) Km a cada 05 (cinco) anos e considerando que faltam mais de 500 Km para serem demarcados, é seguro afirmar que a SPU/CE concluirá a demarcação do litoral cearense em aproximadamente 35 anos. Reiteramos, isso somente a demarcação (e supondo que exista cartografia), restando ainda realizar o cadastramento e a regularização das ocupações de toda essa orla. Se consideramos a necessidade de demarcação da LMEO, os números apontados aumentarão. Possivelmente a Equipe de Auditoria deve estar se questionando acerca do por quê o processo de demarcação ser tão demorado. Para ilustrar melhor o tipo de trabalho que é realizado, passamos a detalhar todo o processo de demarcação de LMP Preliminarmente, cumpre informar que qualquer trabalho de Demarcação de LPM-1831 pressupõe a existência de Cartografia (que esteja dentro das especificações técnicas para execução dos estudos) da área que se pretende demarcar. No caso do litoral do Estado do Ceará, em sua maior parte, não há essa Cartografia utilizável. A SPU/CE já buscou tal Cartografia junto a vários Órgãos e Entes cujas atividades são relacionadas à atividade cartográfica e não obteve êxito. Portanto, para que o processo de Demarcação seja iniciado, primeiro deve ser produzida a cartografia moderna do litoral cearense. Produzida a Cartografia, há a publicação da Portaria que cria a Comissão de Demarcação da LPM do trecho e então são notificados, por edital e pessoalmente, respectivamente, os interessados incertos e certos (A Consultoria Jurídica do Ministério do Planejamento entende que os interessados certos são aqueles que já constam nos sistemas da SPU/CE como ocupantes ou foreiros de terreno de marinha na área). Esta fase de notificação serve apenas para dar publicidade ao processo de demarcação e convidar os interessados a apresentarem quaisquer peças técnicas que auxiliem nos trabalhos. O prazo conferido pelo art. 11 do Decreto-Lei nº 9.760/46 (cuja redação original está mantida pelo STF em decisão Liminar relativa à ADI nº 4.264) é de 60 (sessenta) dias, in verbis: Decreto-Lei 9.760/46 35

36 Art. 11. Para a realização do trabalho, o S. P. U. convidará os interessados, certos e incertos, pessoalmente ou por edital, para que no prazo de 60 (sessenta) dias ofereçam a estudo, se assim lhes convier, plantas, documentos e outros esclarecimentos concernentes aos terrenos compreendidos no trecho demarcando. Com efeito, percebe-se que esta fase requer bem mais do que 60 dias para ser concluída (considerando o tempo gasto para a publicação da portaria da comissão de demarcação, a notificação dos interessados certos e incertos e o prazo de 60 dias a ser respeitado após a notificação). Na seqüência, finalmente ocorre o traçado da Linha de Preamar Média de Contudo, esta linha traçada ainda não tem validade jurídica, pois precisa ser homologada. Assim, é necessário identificar todos os ocupantes que estejam dentro da área abrangida pela linha traçada e notificá-los pessoalmente para que exerçam seu direito ao contraditório. Neste caso, o prazo é de 30 dias, conforme determinam os arts. 13 e 14 do Decreto-Lei nº 9.760/46: Decreto Lei nº 9.760/46 Art. 13. De posse dêsses e outros documentos, que se esforçará por obter, e após a realização dos trabalhos topográficos que se fizerem necessários, o Chefe do órgão local do S. P. U. determinará a posição da linha em despacho de que, por edital com o prazo de 10 (dez) dias, dará ciência aos interessados para oferecimento de quaisquer impugnações. Parágrafo único. Tomando conhecimento das impugnações porventura apresentadas, a autoridade a que se refere êste artigo reexaminará o assunto, e, se confirmar a sua decisão, recorrerá ex-offício para o Diretor do S. P. U., sem prejuízo do recurso da parte interessada. Art. 14. Da decisão proferida pelo Diretor do S. P. U. será dado conhecimento aos interessados, que, no prazo improrrogável de 20 (vinte) dias contados de sua ciência poderão interpor recurso para o C. T. U. Perceba-se novamente que o tempo de conclusão desta fase na verdade é muito superior a 30 dias, haja vista que os trabalhos de identificação dos ocupantes normalmente são demorados (a título de exemplo, somente para um trecho de 5,0 Km localizado em Aquiraz/CE foi necessário identificar mais de ocupantes). Superadas estas fases, finalmente a LPM-1831 da área é homologada e registrada em Cartório de Registro de Imóveis. Por fim, é importante destacar que, embora a LPM-1831 esteja homologada e seja válida juridicamente, deverá a SPU/CE regularizar todas as ocupações que estejam enquadradas na Lei e remover todas as ocupações irregulares (expediente reiteradamente solicitado pelo Ministério Público Federal). Para tanto, é preciso colher informações detalhadas sobre cada imóvel e de cada ocupante (planta, memorial descritivo, matrícula, comprovação de antiguidade de ocupação, condição de renda, dentre outros). Percebe-se que não é um trabalho de rápida conclusão e que demanda extenso quadro de Servidores para realizá-lo, de forma que o SEDEC, nas condições atuais, não tem mínimas condições de realizar o trabalho em tempo satisfatório. 36

37 Questionado a respeito da homologação das áreas de LPM e LMEO demarcadas, Exercício 2013, informou o que segue: Considerando que nenhuma demarcação foi realizada em 2013, não há relatórios/pareces técnicos de homologação a serem apresentados. Em 2013, em matéria de demarcação, o SEDEC realizou notificações dos interessados certos e incertos do trecho compreendido entre a margem direita do Rio Pacoti até a Barraca do Tadeu, em Aquiraz/CE, extensão de 6.987,93 m. Esta é objeto do Processo Administrativo nº /93 (processo judicial nº ). Foi questionado, também, se a SPU/CE celebrou, no último exercício, algum termo de parceria com instituições que atuam na atividade de demarcação territorial, de forma a melhorar o desempenho gerencial nas identificações patrimoniais. A respeito do assunto, a SPU/CE informou o que segue: Durante muitos anos esta SPU/CE tentou celebrar os convênios citados. Entretanto, não há instituições públicas com tecnologia e capacidade operacional para atender a demanda já descrita. Por tal razão, conforme descrito no quesito [...] (Nota Técnica Nº 03/2014/SEDEC/COIFI/GBA, [...], foi decidido que a demarcação de LPM-1831 e LMEO deve ser feito via licitação. Não obstante, há tentativa de convênio com o INCRA para perfeita identificação de imóveis próprio nacionais (sobretudo no interior do Estado e áreas rurais). A seguir transcreve-se a referida nota técnica: Trata-se de solicitação oriunda do Órgão Central da Secretaria do Patrimônio da União - SPU/OC de informações sobre o andamento dos trabalhos de demarcação da LPM-1831 na Reserva Extrativista do BATOQUE, que objeto da Ação Civil Pública nº , proposta pelo Ministério Público Federal em face da União perante a 1ª Vara Federal do Ceará. Conforme diversos Acórdãos e Auditorias do Tribunal de Contas da União - TCU, e da Controladoria Geral da União CGU, reiterados desde o ano de 1997, ficou atestado que esta Superintendência do Patrimônio da União no Ceará SPU/CE não dispõe de meios para demarcar o litoral cearense. Considerando ainda as determinações contidas na Decisão Liminar da Ação Civil Pública nº , da 1ª Vara Federal do Ceará, e a existência de 10 (dez) trechos a demarcar pela SPU/CE, solicitou-se à SPU/OC a abertura de licitação para contratação de empresa para produção de cartografia e cadastramento para auxiliar a SPU/CE na Demarcação dos trechos mais críticos do litoral cearense. [...] Em suma, em 04/04/2013 foi determinado que a SPU/CE encaminhasse para aprovação a Minuta da Portaria de Criação de Comissão de Demarcação, o Termo de Referência para licitação editado e cotações do preço do serviço a ser contratado. Em 22/04/2013 a SPU/CE já havia 37

38 encaminhado a Minuta de Portaria e o Termo de Referência, restando apenas encaminhar as cotações obtidas junto ao mercado. Quanto à pesquisa visando obter a cotação do preço dos serviços a serem contratados, a SPU/CE primeiramente teve que pesquisar quais empresas realizam o serviço necessitado, por isso a consulta junto ao CREA/CE. Desta feita, nos meses de maio e junho de 2013 a SPU/CE dedicou-se (não exclusivamente, haja vista que somente um dos membros da comissão está lotado na Superintendência do Ceará, mesmo assim tendo recebendo outras demandas) a fazer consultas às empresas supramencionadas, as quais vieram a responder somente em julho de Cumpre ressaltar que foi originalmente acertado que a licitação seria para a produção de cartografia e cadastramento de todos os trechos aonde tais dados não existem (e que são objeto de questionamento judicial), de forma que a consulta ao mercado tomou estes moldes. Ocorre que em 30/07/2013 o Ministério do Planejamento publicou a Portaria MPOG nº 268 (DOU de 31/07/2013, Seção I, página 100), que reduziu os recursos orçamentários previstos para a contratação de bens e serviços. Tal fato obrigou a SPU/OC a determinar, através de despacho do Departamento de Caracterização do Patrimônio (conforme Documento nº 03), que a SPU/CE fizesse novamente adaptações no Termo de Referência da licitação e a realizar nova consulta ao mercado levando em consideração a redução dos serviços e dos trechos a serem demarcados. Contudo, o citado despacho do Departamento de Caracterização do Patrimônio constante no Documento nº 03 aduz que a SPU/CE não fez consulta correta do mercado, conforme expõe na passagem a seguir: "5.3 Devem ser feitas pesquisas de mercado CORRETAMENTE de empresas especializadas na produção de cartografia, seguindo os itens referentes à elaboração de base cartográfica e o cadastramento de imóveis dominiais, conforme os itens 1 e 2 do quadro contido no item 3 da Nota Técnica nº 100/2013/DPB/COIFI/SPU/CE; [...] Percebe-se, pois, que o despacho em referência afirma que a pesquisa realizada pela SPU/CE está errada, contudo não demonstra ou orienta de forma clara como a pesquisa de mercado deve ser feita e nem quais são as empresas especializadas em produção de cartografia a serem contatadas. Deve-se ressaltar que a SPU/CE nunca realizou uma licitação, não tendo qualquer experiência nesta área, de forma que em nossa avaliação a orientação e suporte fornecidos pela SPU/OC não foram ideais, sobretudo considerando que esta SPU/OC realiza consultas de mercado desde 2009 [...]. Não obstante, percebe-se que em 2013 houve uma rotatividade grande de titulares na Chefia da Coordenação Geral de Identificação do Patrimônio - CGIPA/SPU/OC, o que ao nosso ver prejudicou a comunicação e acompanhamento da questão pela SPU/OC, haja vista que a SPU/CE teve encaminhar à SPU/OC uma mesma informação repetidas vezes [...]. Perceba-se também que o Serviço de Demarcação e Cadastramento - SEDEC, que conta com apenas 03 (três) Servidores (incluída a Chefia) teve que se dedicar integralmente ao cumprimento das metas institucionais de 38

39 sua responsabilidade nos meses de outubro, novembro e dezembro (foi necessário, inclusive, o envolvimento de servidores de outros setores para que fosse possível atingir a meta estabelecida, cuja redução de quantitativo foi negada pela mesma SPU/OC). Por esta razão só em 03/02/2014 a SPU/CE encaminhou à SPU OC o Memorando nº 17/2014/COIFI/SPU/CE, através do qual questiona a forma correta de fazer a consulta de mercado, sendo esta a fase atual dos trabalhos. Verifica-se, ante os fatos apresentados pelos responsáveis pela SPU/CE, que apenas ,62 m de orla no Estado do Ceará estão com o traçado da LPM-1831 jurídica e tecnicamente bem instruídos, apesar da existência de Ação Civil Pública que determina a obrigação de fazer à SPU/CE, inclusive, com a aplicação de multa pelo descumprimento da ordem judicial. Sendo assim, considerando a extensão da orla no Ceará, que é 573 km, e sem levar em conta as margens dos rios que sofrem influência da maré, apenas 1,92% está devidamente demarcado. Em decorrência disso, verifica-se que a União tem uma perda de receita patrimonial no Estado do Ceará, que pode ser muito significativa, devido à falta de estrutura da Superintendência, mas, sobretudo, da inércia do Órgão Central da Unidade Jurisdicionada, que não adota as providências no sentido de viabilizar a execução dos serviços de demarcação e homologação de áreas no Estado, na forma de contratação de empresa especializada para a produção de cartografia e cadastramento de todos os trechos aonde tais dados não existem. Outro problema gerado pela ausência de demarcação de LPM-1831 é a impossibilidade de confecção das Plantas de Valores Genéricos PVG dos imóveis dominiais da SPU/CE, conforme consta dos autos do Procedimento Administrativo nº / (fl. 59), que trata da atualização das PVG para o Exercício A recalcitrância ou a omissão na tomada de providências para solução do problema no Estado do Ceará por parte da SPU/Órgão Central assume nítidas feições de gestão antieconômica e ineficiente, dada a perda de receita patrimonial que a União Federal está sofrendo ao longo dos anos. Com efeito, a assertiva posta no parágrafo anterior está calcada em dados objetivos oriundos da própria Secretária do Patrimônio da União. A título de exemplo, o quadro a seguir coteja as receitas patrimoniais auferidas pela União Federal no Exercício 2013, exclusivamente para estados do Nordeste do país, em que se verifica que unidades da federação com extensão de costa menor que o Ceará, como no caso de Sergipe, têm arrecadação maior em razão, segundo os responsáveis pela SPU/CE, de ter sido concluído o mapeamento, demarcação e homologação das áreas: UF Valor (R$) % AL ,43 5,07 BA ,85 8,86 CE ,68 8,15 MA ,29 3,60 PB ,89 5,46 PE ,20 49,03 PI ,39 0,86 RN ,51 2,59 SE ,51 16,37 39

40 #/Cau sa# #/Man ifestacao Unid adeexamin ada# #/An aliseco ntro lein tern o# UF Valor (R$) % Total ,75 100,00 Fonte: SPU FIGEST - Indicadores Com efeito, é imperioso ressaltar que o problema em comento não é algo novo e desconhecido dos responsáveis pela gestão da SPU/Órgão Central, tendo em vista que em 2011, no Relatório nº , essa mesma abordagem foi traçada naquela auditoria anual de contas. #/Fato Causa Inércia da SPU/Órgão Central conjugada com a desestruturação técnica e operacional da SPU/CE. Manifestação da Unidade Examinada Não houve manifestação da unidade examinada para esse itemxaminada#. Análise do Controle Interno Considerando-se que não houve nova manifestação da unidade examinada sobre esta constatação, após a que está transcrita no campo fato, a análise do Controle Interno consta registrada no referido campo. Recomendações: Recomendação 1: Reiterar mais uma vez o pleito ao Órgão Central, acerca da necessidade de dotar a SPU/CE de estrutura logística e pessoal com perfil técnico qualificado e adequado para execução dos trabalhos na Superintendência. Recomendação 2: Oficiar o Órgão Central acerca da necessidade imperiosa e urgente de contratação de empresa especializada para a produção de cartografia e cadastramento de todos os trechos aonde tais dados não existem, de modo a permitir a realização perfeita e acabada da demarcação das áreas de propriedade da União no Estado do Ceará, tendo em vista as flagrantes perdas de receita patrimonial sofridas CONSTATAÇÃO Estimativa de perda de receita patrimonial no valor de R$ ,08 por ausência de identificação dos responsáveis pelos imóveis dominiais. Fato Da análise dos dados extraídos do Siapa, referentes aos cem maiores RIP devedores (data base: setembro/2013), no valor total de débito de R$ ,81, constatou-se que existem sete RIP cujo valor monta em R$ ,26, sem que haja identificação dos responsáveis (CPF ou CNPJ). Ressalta-se que dos RIP referentes a imóveis dominiais devedores, no valor total de R$ ,85, RIP (14,08%) não têm a identificação dos responsáveis (CPF ou CNPJ), correspondendo ao valor de R$ ,08 (8,45%). Conforme já foi alertado aos responsáveis pela gestão do patrimônio da União Federal no Estado do Ceará por ocasião da auditoria anual das contas de 2011, esta situação 40

41 #/Cau sa# cadastral irregular acarreta prejuízos para o Erário, pois impede que os responsáveis pela SPU/CE promovam a notificação de cobrança administrativa do débito e, por conseguinte, obstrui o devido processo legal de inscrição na Dívida Ativa da União e sua execução judicial, além de perda de receita expressiva. Da comparação dos trinta maiores devedores em 2011 com os de 2013, verificou-se que nove RIP foram cancelados e dois se encontram na condição de disponível, conforme consulta realizada no Siapa: RIP do Imóvel Dominial Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Nome do Responsável do Débito CPF ou CNPJ do Responsável do Débito Informação extraída do Siapa Cancelado erro de cadastramento Cancelado erro de cadastramento V.A.C.M.M. *** ** Disponível IPCE Investimento e Participações do Ceará S.A / L.D.C Cancelado Por Condomínio Total Cancelado Área de Uso Comum Cancelado erro de cadastramento M.L.D.L Disponível F.P.D.C.D.L Cancelado Área de Uso Comum Cancelado Duplicidade de Cadastramento - Dominial L. C Cancelado Duplicidade de Cadastramento - Dominial F.M.J. *** ** Cancelado erro de cadastramento A propósito, solicitou-se a SPU/CE que apresentasse a documentação que comprovasse a execução da meta prevista de cem RIP para o Indicador Redução Inconsistências, de acordo com a Portaria MP nº 487, de 4/12/2013, em que pese esta ter sido absolutamente inoportuna, tendo sido executado 61, conforme informação contida no Relatório de Gestão. Contudo a Superintendência não se manifestou a respeito. Cumpre informar que não foi efetuado o exame processual, referente aos onze RIP anteriormente listados. #/Fato Causa Desestruturação técnica e operacional da SPU/CE conjugada com a falta de atitude do Superintendente, impossibilitando uma rotina de identificação dos responsáveis, para posterior cobrança de dívida de grandes devedores da União. Manifestação da Unidade Examinada Por meio do Ofício nº 0669/2014/GAB/SPU/CE, de 10/07/2014, a Superintendência do Patrimônio da União no Ceará apresentou a seguinte manifestação: Conforme descrito na presente constatação, em 2013, a SPU/CE conseguiu solucionar 61 das 100 inconsistências dos maiores devedores sem CPF cadastrado. Entretanto, temos que reiterar que a meta não foi 41

42 #/Man ifestacao Unid adeexamin ada# #/An aliseco ntro lein tern o# completamente atingida por motivos alheios à SPU/CE. Isto se deve ao fato de que a SPU/CE somente teve conhecimento acerca de quais seriam os 100 RIPs a serem trabalhados em 24/09/2013, que foi a data em que o Órgão Central encaminhou, via (cópia em anexo), a listagem dos 100 RIPs. A situação é tão flagrante que a própria Portaria relativa à meta em comento só foi publicada em 04/12/2013. Ou seja, a SPU/CE só teve 03 (três) meses para trabalhar uma meta que deveria ser anual, fato que flagrantemente incidiu na qualidade dos trabalhos. Registramos ainda que a SPU/CE só obteve a listagem dos 100 RIPs após enviar ao Órgão Central o Memorando nº 224/2013 (cópia em anexo). Para 2014 consideramos que houve avanço, pois o Órgão Central encaminhou a listagem dos RIPs a serem trabalhados em 13/06/2014 (memorando Circular nº 96 CGGES/SPU/MP). Ou seja, em 2014 a SPU/CE terá 06 (seis) meses para trabalhar a meta em comento. Análise do Controle Interno Preliminarmente, concorda-se que é inconcebível que uma meta a ser cumprida no decorrer do exercício tenha sua publicação efetuada somente em 04/12/2013. Contudo, as razões expostas na manifestação não elide a falha apontada, uma vez que a redução do número de CPF sem identificação deve ser tratada de forma sistemática pela SPU/CE, independentemente de ser meta institucional, por se tratar de uma situação que pode gerar perda de receitas patrimoniais. Recomendações: Recomendação 1: Cumprir o planejamento estratégico de saneamento cadastral dos cem maiores devedores sem identificação. Recomendação 2: Efetuar o cancelamento dos RIP cadastrados indevidamente, desde que presentes os elementos balizadores e motivadores do ato nas instruções processuais CONSTATAÇÃO Concessão de isenção de taxa de ocupação e foro sem respaldo legal. Fato O Decreto-Lei nº 1.876, de 15 de julho de 1981, que trata da dispensa do pagamento de foros e laudêmios pelos titulares do domínio útil dos bens imóveis da União, estabelece que: Art. 1 Ficam isentas do pagamento de foros, taxas de ocupação e laudêmios, referentes a imóveis de propriedade da União, as pessoas consideradas carentes ou de baixa renda cuja situação econômica não lhes permita pagar esses encargos sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. (Redação dada pela Lei nº , de 2007) 1 A situação de carência ou baixa renda será comprovada a cada 4 (quatro) anos, na forma disciplinada pelo órgão competente, devendo ser suspensa a isenção sempre que verificada a alteração da situação econômica do ocupante ou foreiro. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº , de 2007) 42

43 2 Considera-se carente ou de baixa renda para fins da isenção disposta neste artigo o responsável por imóvel cuja renda familiar mensal for igual ou inferior ao valor correspondente a 5 (cinco) salários mínimos. (Incluído pela Lei nº , de 2007) 3 A União poderá delegar aos Estados, Distrito Federal ou Municípios a comprovação da situação de carência de que trata o 2 o deste artigo, por meio de convênio. (Incluído pela Lei nº , de 2007) 4 A isenção de que trata este artigo aplica-se desde o início da efetiva ocupação do imóvel e alcança os débitos constituídos e não pagos, inclusive os inscritos em dívida ativa, e os não constituídos até 27 de abril de 2006, bem como multas, juros de mora e atualização monetária. (Incluído pela Lei nº , de 2007) Art. 2º São isentas do pagamento de laudêmio as transferências do domínio útil de bens imóveis foreiros à União: I - quando os adquirentes forem: a) os Estados, o Distrito Federal, os Territórios e os Municípios, bem como as autarquias e as fundações por eles mantidas ou instituídas; e b) as empresas públicas, as sociedades de economia mista e os fundos públicos, nas transferências destinadas à realização de programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social; (Redação dada pela Lei nº , de 2007) c) as autarquias e fundações federais; (Incluído pela Lei nº , de 2007) II - quando feitas a pessoas físicas, por qualquer das entidades referidas neste artigo, desde que vinculadas a programas habitacionais de interesse social. Parágrafo único. A isenção de que trata este artigo abrange também os foros e as taxas de ocupação enquanto os imóveis permanecerem no patrimônio das referidas entidades, assim como os débitos relativos a foros, taxas de ocupação e laudêmios constituídos e não pagos até 27 de abril de 2006 pelas autarquias e fundações federais. (Redação dada pela Lei nº , de 2007). Destaca-se, ainda, que a Instrução Normativa da SPU nº 5, de 24/08/2010 (D.O.U. de 27/08/2010), preceitua que: Art. 1 A concessão de isenção de pagamento de foros, taxas de ocupação e laudêmios, por motivo de carência, referentes a imóveis da União, nos termos do Decreto-Lei nº 1.876, de 15 de julho de 1981, obedecerá ao disposto nesta Instrução Normativa. Art. 2º Para os efeitos desta Instrução Normativa considera-se como: I - isenção por motivo de carência: a isenção do pagamento de foros, taxas de ocupação e laudêmios, bem como multas, juros de mora e atualização 43

44 monetária delas decorrentes, concedidas a pessoas físicas consideradas carentes ou de baixa renda cuja situação econômica não lhes permita pagar esses encargos sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família; II - carente ou de baixa renda: pessoa física responsável por imóvel da União cuja renda familiar mensal seja igual ou inferior ao valor correspondente a 5 (cinco) salários mínimos; III - renda familiar: remuneração e rendimentos de qualquer natureza, como aposentadorias e pensões, percebidos pelo responsável e seus familiares que com ele residam. [...] Art. 10 Concedida a isenção por motivo de carência os débitos constituídos e não pagos, objeto do requerimento e sob responsabilidade do sujeito passivo, deverão ser classificados como "CARENTES" no Sistema Integrado de Administração Patrimonial SIAPA. 1 Concedida a isenção por motivo de carência para o exercício corrente, os créditos a serem lançados nos três exercícios subsequentes deverão ter seus débitos classificados automaticamente como "CARENTES". Findo o período do benefício, os débitos serão lançados na condição "EM COBRANÇA" até que se faça a renovação, se for o caso. 2º Caso a decisão alcance apenas débitos constituídos e não pagos de exercícios anteriores, a autoridade local da SPU deverá proceder conforme o disposto no caput deste artigo. [...]. Dos dados extraídos do Sistema DW-Siapa (data base: 04/04/2014), verificaram-se as isenções de pagamento de taxas de ocupação, foros contidas nos RIP a seguir identificados, que apresentam a expressão isento pgto no campo Valor na Data Base Cálculo Situação do Débito, sem que se enquadrem nos casos albergados pela legislação, e por conseguinte, se consubstanciam em perda de receita patrimonial: RIP do Imóvel Dominial Município Nome do Responsável do Débito CPF ou CNPJ do Responsável do Débito Valor do Débito Siapa 1 Aquiraz B.B.D.S. *** ** 211,60 2 Aquiraz ,05 3 Aquiraz ,51 4 Aquiraz ,70 5 Aquiraz ,08 6 Beberibe M.R.F.C. *** ** 3.904,92 7 Informações Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,54 8 suprimidas por Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,99 9 solicitação da Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,61 unidade 10 auditada, em Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,42 11 função de sigilo, Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,42 12 na forma da lei Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,99 13 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,51 14 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,99 15 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,42 16 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,43 17 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,54 18 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,42 44

45 RIP do Imóvel CPF ou CNPJ do Valor do Município Nome do Responsável do Débito Dominial Responsável do Débito Débito Siapa 19 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,20 20 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,97 21 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,89 22 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,13 23 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,13 24 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,56 25 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,87 26 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,56 27 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,24 28 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,43 29 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,54 30 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,54 31 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,54 32 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,08 33 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,08 34 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,67 35 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,53 36 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,08 37 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,31 38 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,09 39 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,53 40 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,08 41 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,53 42 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,92 43 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,37 44 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,08 45 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,31 46 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,18 47 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,31 48 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,48 49 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,85 50 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,43 51 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,08 52 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,08 53 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,08 54 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,18 55 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,31 56 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,80 57 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,80 58 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,08 59 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,08 60 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,08 61 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,08 62 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,08 63 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,08 64 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,40 65 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,08 66 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,08 67 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,08 68 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,53 69 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,59 70 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,08 71 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,66 72 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,53 73 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,08 74 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,22 75 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,22 76 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,10 77 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,67 78 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,10 45

46 RIP do Imóvel CPF ou CNPJ do Valor do Município Nome do Responsável do Débito Dominial Responsável do Débito Débito Siapa 79 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,31 80 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,31 81 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,79 82 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,65 83 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,80 84 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,62 85 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,80 86 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,08 87 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,66 88 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,60 89 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,80 90 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,08 91 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,85 92 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,08 93 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,85 94 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,53 95 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,59 96 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,53 97 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,53 98 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / ,53 99 Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe J.R.C.C. *** ** 353, Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe ETU Empresa de Terrenos Urbanos Ltda / , Beberibe M.R.F.C. *** ** 419, Fortaleza M.D.L.P. *** ** , Fortaleza A.D.Q.A. *** ** 2.546, Fortaleza V.L.C.L. *** ** 5.120, Fortaleza A.T. *** ** 523, Fortaleza M.D.V.R. *** ** 1.344, Fortaleza N.J.N. *** ** 3.060,51 46

47 RIP do Imóvel CPF ou CNPJ do Valor do Município Nome do Responsável do Débito Dominial Responsável do Débito Débito Siapa 144 Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza M.D.L.P.D.O. *** ** 12, Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza M.D.J.D.S. *** ** 22, Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza P.S.D. *** ** 116, Fortaleza , Fortaleza M.J.G.M. *** ** 196, Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza ,33 47

48 #/Cau sa# RIP do Imóvel CPF ou CNPJ do Valor do Município Nome do Responsável do Débito Dominial Responsável do Débito Débito Siapa 204 Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza C.V.C.D.M. *** ** , Fortaleza R.A.C.D. O. *** ** 546, Fortaleza P.R.V. P. *** ** 428, Fortaleza Patrimony Empreendimentos Imobiliários Ltda / , Fortaleza , Fortaleza , Fortaleza I.M.D.B. *** ** 828, Fortaleza , Fortaleza CI Agrotécnica Industrial Ltda / , Fortaleza L.D.A.B. *** ** ,03 Ressalta-se que apesar de questionada sobre o assunto, a SPU/CE não se manifestou a respeito do fato. #/Fato Causa Deficiência nos mecanismos de inserção, gerenciamento e supervisão dos dados cadastrais no Siapa, produzindo imprecisões no cadastro dos imóveis, podendo redundar na perda de receitas patrimoniais. Manifestação da Unidade Examinada Por meio do Ofício nº 0669/2014/GAB/SPU/CE, de 10/07/2014, a Superintendência do Patrimônio da União no Ceará apresentou a seguinte manifestação: a) Que procedemos todas as retificações no que se refere a empresa ETU - Empresa de Terrenos Urbanos Ltda e seus respectivos RIP s, considerando que as inconsistências ocorreram por ocasião do cadastramento dos imóveis, anteriormente ao ano de 2013, por empresa terceirizada; [...] c) No que se refere aos RIP s, itens nºs 2, 6, 103, 132, 143, 175, 187 e 215, não se apresentam com a expressão "isento pagto", conforme demonstrativo em anexo; d) No que se refere aos RIP's dos itens nº 133, 140, 141, 142 e 224, receita Laudêmio, será adotada a recomendação de proceder os devidos acertos no sistema SIAPA, efetuando a imediata cobrança dos valores de forma a evitar a incidência de prescrições; e) Nos demais RIP s, conforme relação de débitos em anexo, a expressão se apresenta somente por ocasião do primeiro lançamento, por inconsistência no cadastramento inicial, anteriormente ao ano de 2013, por empresa 48

49 #/Man ifestacao Unid adeexamin ada# #/An aliseco ntro lein tern o# terceirizada e assim mesmo, na sua grande maioria, alcançados e beneficiários da legislação por motivo de carência, conforme documentos em anexo, aplicando-se, igualmente, de imediato, a recomendação de processamento dos devidos acertos e regularização no sistema SIAPA. Análise do Controle Interno Seguindo a ordem da manifestação apresentada pela SPU/CE, indica-se na sequência o posicionamento sobre o assunto: a) em que pese a unidade ter afirmado que procedeu às retificações relacionadas à ETU - Empresa de Terrenos Urbanos Ltda. e seus respectivos RIP s, identificou-se anexa à sua manifestação, tão somente a retificação do RIP Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Dessa forma, restaram pendentes de comprovação todos os demais RIP discriminados na tabela. b) quanto aos itens 2, 6, 103, 132, 143, 187 e 215, os mesmos se encontravam isentos quando da extração dos dados em 04/04/2014. Tendo em vista as correções efetuadas, posteriormente ao questionamento da CGU-Regional/CE, faz-se necessária a cobrança dos valores devidos. No que se refere ao item 175, verificou-se que os débitos foram cancelados por erro, no entanto, a SPU/CE não apresentou os elementos balizadores e motivadores do cancelamento dos débitos. c) tendo em vista que a SPU/CE não se manifestou a respeito da impropriedade apontada, restringindo a informar as providências recomendadas, o fato permanece inalterado. /AnaliseControleInterno# d) quanto aos demais RIP, a SPU/CE não comprovou que se tratam de pessoas carentes ou de baixa renda, que se enquadre nos termos legais, sem prejuízo de seu lançamento com a classificação Carentes. Ademais, não é razoável a SPU/CE remeter frequentemente as falhas apontadas ao trabalho realizado por empresas terceirizadas, quando já deveria ter procedido às correções, considerando o tempo decorrido do cadastramento efetuado por essas empresas. Recomendações: Recomendação 1: Apurar a responsabilidade de quem deu causa aos lançamentos de isenção de pagamentos de taxas de ocupação, foros e laudêmio no Siapa, sem respaldo legal, acarretando prejuízo ao erário. Recomendação 2: Proceder aos devidos acertos dos RIP no Siapa, retirando a situação de isentos de pagamento daqueles que não se encontram alcançados pelas disposições do Decreto-lei nº 1.876, de 1981, regulamentado pela IN SPU nº 5, de 2010, bem como efetuar a imediata cobrança dos valores, de forma a evitar a incidência de novas prescrições CONSTATAÇÃO Perda de receita por ausência de vinculação dos débitos aos RIP desmembrados. Fato 49

50 O processo nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei tem por objeto o desmembramento de 1.477,50 m² de área do terreno situado na Avenida Abolição, no Bairro Meireles, sendo 1.271,50 m 2 de área da União, a ser destinada à construção do Condomínio Brasil Tropical pela empresa Star Plus Construções Ltda. (CNPJ nº / ). Da análise do processo referente ao RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei (primitivo), que trata do imóvel de matrícula nº 9339, verificou-se que o mesmo foi Cancelado - Por Condomínio Total, em decorrência da criação de 122 novos RIP, em 16/05/2013, em face da autorização do fracionamento pelo Superintendente Substituto do Patrimônio da União no Ceará, em 15/04/2013. Constatou-se, por meio do Siapa, que o RIP Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei (primitivo) apresentava débitos por ocasião do seu fracionamento, relacionados à taxa de ocupação e laudêmio desde Dessa forma, considerando a mudança de moeda, apresentam-se na sequência, apenas os débitos em valores nominais representados em Real: Período Tipo de Receita Situação do Débito Valor (R$) Taxa de ocupação Em cobrança , Taxa de ocupação Env. p/ DAU , Taxa de ocupação Canc. p/ frac , Juros e multas Env. p/ DAU , Taxa de Ocupação Env. p/ DAU , Laudêmio Env. p/ DAU ,00 Total ,87 Em que pesem os débitos existentes, o fracionamento foi autorizado e não há no processo parecer jurídico ou determinação judicial que respalde a tomada de decisão adotada pela SPU/CE. Verificou-se que os 122 novos RIP ainda se encontram em nome da Empresa Star Plus Construções Ltda., segundo registros do Siapa, apesar de ter sido evidenciada na instrução processual a venda efetiva de dezesseis unidades autônomas, o que se constitui em fato gerador de pagamento de laudêmio em favor da União Federal. Destaca-se que a venda dessas unidades foi identificada por meio da averbação de doze novas matrículas à matrícula do imóvel nº 9339 (RIP primitivo) junto ao Cartório de Registro de Imóveis da 4ª Zona da Comarca de Fortaleza (fls. 384), de três imóveis discriminados no Documento s/n (fls. 165), e de um descrito no Instrumento Particular de Contrato de Promessa de Venda e Compra de Imóvel (Apartamento) para entrega futura (fls. 386/404), conforme discriminado a seguir: Unidade Autônoma Adquirente (CPF/CNPJ) Matrícula Derivada Data da Averbação/ Documento Identificado 603 Total Participações Ltda. (CNPJ nº / ) /7/ F. A. de A. (1) /1/ *** ** - 3/5/ *** ** - 3/5/ *** ** /8/ Const. N. Sª de Fátima Ltda. (CNPJ nº / ) /10/ *** ** e *** ** /8/ R. B. F. (1) /12/ *** ** /9/

51 Unidade Autônoma Adquirente (CPF/CNPJ) Matrícula Derivada Data da Averbação/ Documento Identificado 1601 *** ** /1/ *** ** /12/ *** ** /3/ *** ** - 19/5/ *** ** /5/ *** ** /1/ *** ** - 3/5/2004 (1) CPF não identificado pela ocorrência de homônimos na base de dados da Secretaria da Receita Federal do Brasil. Diante do exposto, observa-se que o ato de fracionar o imóvel de RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei (primitivo) com débitos anteriores está repercutindo na regularização dos imóveis junto à SPU/CE, com a consequente falta de pagamento de laudêmio das unidades autônomas vendidas. Nesse contexto, registre-se que com o simples manusear do processo, a SPU/CE teria evidenciado a ocorrência da venda dos imóveis anteriormente identificados, inclusive, daqueles que foram registrados no Cartório de Registro de Imóveis da 4ª Zona da Comarca de Fortaleza, que tiveram suas matrículas abertas ao arrepio da legislação, considerando os termos do art. 33 da Lei nº 9.636/1998 a seguir descrito, sem a adoção das medidas cabíveis, junto ao referido cartório de registro: Art. 33. Os arts. 3º, 5º e 6º do Decreto-Lei nº 2.398, de 1987, passam a vigorar com as seguintes alterações: Art. 3º º Os Cartórios de Notas e Registro de Imóveis, sob pena de responsabilidade dos seus respectivos titulares, não lavrarão nem registrarão escrituras relativas a bens imóveis de propriedade da União, ou que contenham, ainda que parcialmente, área de seu domínio: I sem certidão da Secretaria do Patrimônio da União SPU que declare: a) ter o interessado recolhido o laudêmio devido, nas transferências onerosas entre vivos; b) estar o transmitente em dia com as demais obrigações junto ao Patrimônio da União; e c) estar autorizada a transferência do imóvel, em virtude de não se encontrar em área de interesse do serviço público; II sem a observância das normas estabelecidas em regulamento. [...] 51

52 #/Cau sa# Ademais, por ocasião de consulta ao Siapa, na transação Financeiro Certidão - Emissão Negativa de Débitos, por meio do CNPJ do Responsável (data-base: 13/06/2014), verificou-se que o RIP Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei (primitivo) não se encontra vinculado ao CNPJ da Star Plus Construções Ltda., e com isso não se identifica os débitos anteriores quando realizada a pesquisa utilizando-se esse parâmetro. Além disso, os débitos anteriores dessa empresa não foram transferidos para os 122 RIP desmembrados, perdendo-se assim, o vínculo dos débitos de responsabilidade do efetivo devedor. Dessa forma, quando da emissão da Certidão Negativa de Débitos Patrimoniais para a Empresa Star Plus Construções Ltda. não são considerados os débitos originários do RIP primitivo. #/Fato Causa Discricionariedade indevida do Superintendente Substituto do Patrimônio da União no Ceará de autorizar o fracionamento de imóvel, mesmo com a existência de débitos, associado à ausência de mecanismos no Siapa de criticar situações dessa natureza. Manifestação da Unidade Examinada Por meio do Ofício nº 0669/2014/GAB/SPU/CE, de 10/07/2014, a Superintendência do Patrimônio da União no Ceará apresentou a seguinte manifestação: Sobre a constatação em tela, informamos que estamos diante de um fato inexistente. Conforme explanado superficialmente no quesito nº 9 da presente Nota Técnica, Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei foi fracionado em 122 derivados. No caso, conforme informação DIREP de fls. 459 do processo Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, todos os débitos anteriores ao fracionamento ocorrido em 2013 estão ajuizados na dívida ativa da União (ou seja, estão sendo cobrados via execução fiscal), de forma que aquela mesma DIREP informava que, sob o ponto de vista financeiro, não havia óbice à realização do fracionamento. Neste sentido, as receitas relativas aos exercícios de 2013 e 2014 passaram a ser cobradas proporcionalmente dos 122 RIPs derivados e não mais do RIP primitivo (estão quitados, inclusive), estando o restante dos débitos em processo de cobrança junto à Dívida Ativa na União (com situação de Parcelamento Simplificado junto à Procuradoria da Fazenda Nacional). Portanto, o SIAPA não deveria acusar a inconsistência apontada, uma vez que esta não existe de fato. Não obstante, em função de a data do fracionamento do RIP em questão ter sido próxima da data da grande emissão, houve cobrança em duplicidade do exercício de 2013 (ou seja, cobrou-se do RIP primitivo e também dos RIPs derivados), razão pela qual a Divisão de Receitas Patrimoniais deverá cancelar os débitos do RIP primitivo referentes ao exercício de Sobre a afirmação de que não há decisão judicial que determinasse a realização do fracionamento do RIP primitivo, informamos que esta 52

53 #/Man ifestacao Unid adeexamin ada# também é improcedente, bastando verificar as fls. 216 a 240 do processo nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Conforme apontado, a ordem judicial provém também do Tribunal Regional Federal da 5ª Região. No que tange à questão de ter havido venda de unidades autónomas antes da realização do fracionamento, informamos que tal fato não gera perda de receitas para a União uma vez que o pagamento de laudêmio é requisito para que a transferência da unidade autônoma seja efetuada (nenhuma das unidades foi transferida até o momento). Outrossim, as averbações cartorárias realizadas pela 4ª Zona são nulas de pleno direito e devem ser canceladas, sob pena de responsabilidade do respectivo Tabelião. Na verdade, o ato de fracionar o imóvel de RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, que não possui débitos anteriores, está POSSIBILITANDO a regularização dos imóveis junto à SPU/CE haja vista que seria impossível para a SPU/CE calcular e gerar o DARF para o pagamento do laudêmio de cada unidade autônoma sem que antes seja realizado o fracionamento. Por fim, jamais será possível vincular no SIAPA os débitos anteriores a 2013 do RIP Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei ao CNPJ empresa Star Plus Construções Ltda. pelo simples fato de que tais débitos estão ajuizados (e parcelados) na Dívida Ativa da União e que o citado RIP está cancelado. Conforme pode ser verificado, os exercícios de 2013 e 2014 estão sendo cobrados proporcionalmente nos 122 RIPs derivados e estão quitados. Análise do Controle Interno Inicialmente, os fatos apontados não são inexistentes conforme alegado pela SPU/CE em sua manifestação, em razão do que se segue: a) o fato dos débitos terem sido encaminhados para a Dívida Ativa da União não implica que os mesmos foram quitados. Ressalta-se que, mesmo considerando que os débitos estão na situação de Parcelamento Simplificado junto à Procuradoria da Fazenda Nacional, conforme indicado pela SPU/CE, não consta, no processo, documento probatório de que o valor parcelado envolve todos os débitos pendentes e que a empresa Star Plus Construções Ltda. se encontra adimplente com as parcelas; b) quanto à duplicidade de cobrança, a SPU/CE deveria ter adotado as providências necessárias, por ocasião do fracionamento, de modo a ter evitado inconsistências no Siapa, com possível cobrança indevida. Além disso, não ficou demonstrado que o rateio dos débitos abrangeu a totalidade do débito do RIP primitivo, referente ao Exercício 2013; c) quanto à ausência de decisão judicial que respaldasse o fracionamento do RIP primitivo, a alegação de sua improcedência é descabida, uma vez que o documento constante às fls. 216/222 do Processo nº Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei se trata de Mandado de Segurança impetrado na 7ª Vara da Justiça Federal de Primeira Instância, em que foi concedida liminar em 16/09/2003, para que fosse emitida a guia de pagamento do laudêmio do imóvel em comento, com sua devida quitação, bem como com a emissão 53

54 #/An aliseco ntro lein tern o# das certidões negativas referente ao imóvel, tendo sido, posteriormente, proferida a Sentença nº 1095/2004, de 08/11/2004, às fls. 223/229, desse mesmo juízo julgando procedente o pedido da ação impetrada. Impende informar, que a sentença proferida em primeira instância foi parcialmente reformada pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, às fls. 233/240, em face da Apelação em Mandado de Segurança pela União, uma vez que o voto do Relator denegou o pedido de expedição de CND até que o imóvel se encontrasse desonerado. Dessa forma, observa-se que a decisão judicial alegada pela SPU, às fls. 216 a 240, não respalda a decisão de fracionamento do imóvel com a existência de débitos. d) quanto ao fato de ter havido venda de unidades autônomas antes da realização do fracionamento, a SPU/CE concordou com os fatos apontados, assim sendo o ponto permanece inalterado; e e) quanto à vinculação de débitos ao RIP cancelado, de fato não é possível efetuar essa vinculação ao CNPJ da empresa, por essa razão é que o fracionamento somente deveria ter se concretizado após a regularização dos débitos. Recomendações: Recomendação 1: Apurar a responsabilidade de quem deu causa ao fracionamento do imóvel, mesmo com débitos anteriores. Recomendação 2: Oficiar a Advocacia-Geral da União com vistas à adoção de medidas de responsabilização do titular do Cartório de Registro de Imóveis da 4ª Zona da Comarca de Fortaleza em que foram abertas as matrículas sem a Certidão de Autorização de Transferência emitida pela SPU. Recomendação 3: Requisitar ao Cartório, para que no prazo de trinta dias, apresente os documentos/certidões que fundamentaram a matrícula dos 12 imóveis mencionados, assim como cobrar os laudêmios da empresa Star Plus Construções Ltda. Recomendação 4: Vincular os débitos anteriores do RIP Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei (primitivo) aos 122 RIP criados em função do desmembramento CONSTATAÇÃO Inexistência de cobrança de laudêmio por ocasião titularidade de domínio útil. da transferência de Fato O Processo nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei foi formalizado em razão do Requerimento de Inscrição de Ocupação, de 03/10/2012, solicitado pela pessoa portadora do CPF nº *** **, referente ao imóvel cadastrado sob o RIP nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, situado na Avenida Cotelce nº 871, Fortaleza/CE. Da análise do processo supradito, evidenciou-se que o imóvel em comento originalmente pertenceu ao portador do CPF nº *** **, tendo em vista a 54

55 informação da Companhia Energética do Ceará Coelce consignada na Carta nº 160/2011, de 17/8/2011, destinada ao Juiz Federal da 12ª Vara, em razão de ação movida pelo Ministério Público Federal contra o requerente (CPF nº *** **), por ter promovido construção em solo não edificável, ou em seu entorno, devido ao seu valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridade competente ou em desacordo com a concedida, infringindo o art. 64 da Lei nº 9.605/98, consubstanciada no Processo nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Segundo consulta ao Siapa (base de dados: 16/04/2014), verificou-se que o imóvel em questão não apresenta registro do CPF nº *** ** na cadeia possessória, uma vez que consta, tão somente, o nome e CPF do atual ocupante, que é o requerente do pedido de ocupação citado inicialmente. Nesse contexto, releva mencionar que o Processo nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei não continha documento probatório de transferência de domínio do imóvel, a exemplo de um contrato de compra e venda, da pessoa inscrita no CPF nº *** **, detentor inicial, para o portador do CPF nº *** **, atual ocupante do mesmo e requerente do pedido de ocupação. Como corolário da situação apontada, verificou-se que não foi efetuada a cobrança de laudêmio, quando da transmissão do imóvel de RIP nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei ao portador do CPF nº *** **, e pior, ela sequer configura na relação de débitos do imóvel. Instados a apresentarem razões de justificativa para o achado em tela, os responsáveis pela SPU/CE, por meio do Ofício nº 0483/2014/GAB/SPU/CE, de 27/05/2014, apresentaram a seguinte manifestação, que foi editada apenas quanto ao nome da pessoa citada, a fim de preservá-la: [...] Que o processo Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, que originou o pedido de inscrição de ocupação do imóvel, formulado em 08/10/2012, foi analisado pela Coordenação de Identificação e Fiscalização - COIFI, que emitiu parecer técnico favorável manifestando ser positiva e regular quanto à aprovação do pedido, considerando que a inscrição de ocupação é disciplinada pelos arts. 7º, 9º, da Lei nº 9.636, de 15/05/1998, e ainda observando os princípios insculpidos na Lei nº 9.784, itens VI, IX, XII, devidamente autorizado pelo GAB/SUP/CE/MP; Pela adoção da forma simples restou inexistente a necessidade da Escritura de Compra e Venda; Sobre a ausência de pagamento do laudêmio, será cobrada em nome do Sr. C.N.D.S, em conformidade com o parecer emitido no referido processo, às fls. 37 e 38, aplicando o que estabelece a Lei nº 9.636, art. 7º, parágrafo 5º. De fato, é inquestionável a aprovação do pedido de ocupação, em razão de atendimento às exigências legais retromencionadas, inclusive, quanto ao cumprimento legal da data 55

56 #/Cau sa# #/Man ifestacao Unid adeexamin ada# limite disposta na vedação de inscrição de ocupação (27/04/2006), que teve como prova a Carta nº 160/2011 da Coelce anteriormente citada, que indicou a ocupação do imóvel desde 30/11/2001, em razão do pedido de fornecimento de energia naquela data pelo ocupante original do imóvel, conforme também mencionado na Nota Técnica nº 02/2012/SEDEC/COIFI-GBA, de 04/12/2012, que se manifestou favorável à inscrição de ocupação requerida. O que não se justifica é o processo trazer elementos de que houve uma transferência do imóvel RIP nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei entre particulares e não haver a cobrança de laudêmio devido, com o agravante de lacunas na cadeia possessória que podem inviabilizar o direito à cobrança por parte da União Federal. Aliás, revela-se contraditória a manifestação da SPU/CE indicada em parecer (fls. 37/38), de 14/03/2013, subscrito pelo Superintendente do Patrimônio da União - Substituto, de que será cobrado laudêmio em nome do ocupante originário (CPF nº *** **), considerando que o mesmo não está na cadeia possessória do imóvel. Dessa forma, observa-se a imprescindibilidade desse registro no Siapa, de forma a respaldar a cobrança pela SPU/CE. Com efeito, ressalta-se que foram identificadas outras pendências cadastrais no Siapa, relativas ao RIP nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, que se encontram registradas em achado específico deste Relatório de Auditoria. #/Fato Causa Deficiência nos mecanismos de inserção, gerenciamento e supervisão dos dados cadastrais no Siapa, produzindo omissões e imprecisões no cadastro do imóvel, redundando na falta de cobrança de laudêmio e taxas de ocupação pretéritas e, assim, perdas de receitas. Manifestação da Unidade Examinada Por meio do Ofício nº 0669/2014/GAB/SPU/CE, de 10/07/2014, a Superintendência do Patrimônio da União no Ceará apresentou a seguinte manifestação, que foi editada apenas quanto ao nome da pessoa citada, a fim de preservá-la: No presente caso não há fato gerador que caracterize a cobrança de "Laudêmio", visto inexistir nos autos documento hábil (Escritura Pública de Compra e Venda) que comprove a transação onerosa entre vivos. Acrescente-se, por oportuno, que a informação fornecida pela COELCE, nos autos da Ação Penal nº , não caracteriza que o senhor C. era ocupante do imóvel, pois o mesmo poderia ser alugado. A solicitação de inscrição de ocupação se deu somente 03 de outubro de 2012, portanto, qualquer transação ocorrida anteriormente à inscrição do património da união ficou alheia a legislação de pertinência não alcançando transações. Análise do Controle Interno 56

57 #/An aliseco ntro lein tern o# Registre-se, a princípio, que a nova posição adotada pela SPU/CE é manifestamente contrária à sua justificativa disposta no fato, como também se contrapõe as razões dispostas no documento (fls. 37/38) que autorizou a inscrição de ocupação, conforme descrito a seguir: Diante do exposto, é nosso entendimento que, caso Vossa Senhoria concorde e aprove/autorize/formalize a inscrição da ocupação do imóvel aqui tratado, esta deverá ocorrer em nome do senhor A.D.P.R.R, requerente e atual ocupante do imóvel, tornando-se este o responsável no cadastro dos bens dominiais da União, para efeito de administração e cobrança de receitas patrimoniais ( 3 e 4 do Art. 70 da Lei nº 9.636, de 1998), devendo, a ocupação anterior, devidamente identificada em nome do senhor C.N.D.S., conforme restou provado nos autos, ser anotada no respectivo cadastro, para efeito de cobrança de receitas patrimoniais de sua responsabilidade - Laudêmio e Taxa de Ocupação - se for o caso ( 5º do Art. 70 da Lei nº 9.636, de 1998). Feitas as considerações preliminares, ressalta-se que a inscrição de ocupação foi autorizada com base na Carta nº 160/2011 da Coelce, indicando a ocupação do imóvel desde 30/11/2001, em nome de pessoa diversa do solicitante da ocupação, dando cumprimento à data limite para autorização de inscrição de ocupação. Dessa forma, sem essa premissa, a inscrição autorizada em 14/03/2013 seria nula de pleno direito. Outro aspecto a ser levantado é que não foi apresentado documento probatório de ocupação do imóvel desde 30/11/2001 pelo solicitante da inscrição de ocupação, tendo vista que a SPU/CE alegou a possibilidade de locação do imóvel. Destaca-se que a Administração não pode editar seus atos se valendo de presunções, e sim, em documentos da instrução processual. Recomendações: Recomendação 1: Apurar a responsabilidade de quem deu causa à ausência de cobrança de laudêmio, caso não seja comprovado que o solicitante é ocupante do imóvel desde 2001, relativamente à transferência do imóvel RIP nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Recomendação 2: Proceder à inclusão, no Siapa, do registro do nome e CPF do ocupante originário na cadeia possessória do imóvel em questão, ou no caso de que seja comprovado que o solicitante é ocupante do imóvel desde 2001 efetuar a correção nesse sistema, quanto ao início da ocupação CONSTATAÇÃO Ausência de Declaração da Caducidade do Aforamento de Imóveis, apesar da existência de débitos durante três anos consecutivos ou quatro anos intercalados. Fato O processo nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei tem por objeto o desmembramento de área a ser destinada à construção do Condomínio Costa Marina, localizado à Avenida Abolição, no Bairro do Mucuripe. Verificou-se que o RIP Informação suprimida por solicitação da unidade 57

58 #/Cau sa# auditada, em função de sigilo, na forma da lei (primitivo) foi Cancelado - Por Condomínio Total, em decorrência da criação de dezessete novos RIP. Impende informar que a cadeia possessória do RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei (primitivo) indica como responsáveis a Colônia de Pescadores Profissionais Artesanais e Aquicultura CNPJ nº / (até 16/12/1997) e a Favo S.A. Empreendimentos e Participações CNPJ nº / (até 23/08/2013), estando este último com débitos cancelados por decisão judicial, relativos ao aforamento, referentes ao período de 1999 a 2008, por serem considerados inexigíveis, conforme pressupõe o art. 47, inciso II, da Lei nº 9.636, de 15/5/1998. Em que pesem as pendências de débitos, que foram cancelados por decisão judicial, evidenciou-se que o desmembramento do imóvel também ocorreu por sentença judicial, conforme cópia do Despacho s/n, de 29/05/2013, do M.M Juiz Federal de 1ª Instância da 5ª Região, relativo ao Processo nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, que determinou o cumprimento de sentença para que a União Federal procedesse ao desmembramento do registro do prédio para cada uma das unidades imobiliárias autônomas que o compõem. Posto isso, constatou-se que dos dezessete novos RIP, dez deles, que têm como responsável a Favo S.A. Empreendimentos e Participações, apresentam débitos Em Cobrança, relativos ao aforamento do período de 2009 a 2013, conforme a seguir discriminado: RIP nº Valor Total (R$) 3.231, , ,00 Informações suprimidas por 3.231,00 solicitação da unidade 3.231,00 auditada, em função de 3.231,00 sigilo, na forma da lei , , , ,00 Total ,00 Dessa forma, evidencia-se que embora a Favo S.A. Empreendimentos e Participações esteja em débito por mais de três exercícios consecutivos, considerando que os débitos se referem ao período de 2009 a 2013, a SPU/CE ainda não declarou a caducidade dos aforamentos, contrariando o parágrafo único do art. 101 do Decreto-Lei nº 9.760/1946, que estabelece: O não-pagamento do foro durante três anos consecutivos, ou quatro anos intercalados, importará a caducidade do aforamento. (Redação dada pela Lei nº 9.636/1998). #/Fato Causa Carência de recursos humanos e logísticos que repercutem no gerenciamento dos processos de trabalho, conjugadas com omissões de corpo gerencial da SPU/CE e SPU Órgão Central. 58

59 #/Man ifest acaounid adeexamin ada# #/An aliseco ntro lein tern o# Manifestação da Unidade Examinada Por meio do Ofício nº 0669/2014/GAB/SPU/CE, de 10/07/2014, a Superintendência do Patrimônio da União no Ceará apresentou a seguinte manifestação: Serão adotadas de imediato as providências no sentido de declarar a caducidade do aforamento dos dez RIP s relacionados da empresa responsável Favo S.A, conforme discriminação, inclusive com a notificação do foreiro, consoante a legislação. Análise do Controle Interno Tendo em vista que a SPU/CE não se manifestou a respeito da impropriedade apontada, restringindo a informar as providências recomendadas, o fato permanece inalterado. Recomendações: Recomendação 1: Adotar providências no sentido de declarar a caducidade do aforamento dos dez RIP mencionados no quadro supra deste achado de auditoria, tendo em vista a existência de débitos por mais de três exercícios consecutivos, conforme dispõe o art. 101 do Decreto-Lei nº 9.760/1946, parágrafo único. Recomendação 2: Notificar o foreiro, por edital ou carta registrada, marcando-lhe o prazo de noventa dias para apresentar qualquer reclamação ou solicitar a revigoração do aforamento, consoante determina o art. 118 do Decreto-Lei nº 9.760/ CONSTATAÇÃO Inclusão de novos RIP no Siapa com divergência nos fatores de correção e inconsistências cadastrais replicadas do RIP primitivo. Fato O processo nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei tem por objeto o desmembramento de área a ser destinada à construção do Condomínio Firenze Residence. Verificou-se que o RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei (primitivo) foi Cancelado - Por Condomínio Total, em decorrência da criação de setenta novos RIP, em face do fracionamento ocorrido em 03/04/2013. Segundo o Siapa, o cadastro do RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei (primitivo) apresenta como Endereço Oficial da Prefeitura a Rua Joaquim Nabuco, 133, esquina com a Av. Abolição, Meireles, CEP , Fortaleza/CE. No campo Testada/Logradouro está indicada a existência de duas testadas, sendo a Testada 1 com referência ao logradouro da Joaquim Nabuco e a Testada 2 com referência ao logradouro Volta da Jurema, tendo a Testada 1 sido informada para cálculo da taxa de aforamento. Cabe ressaltar que o terreno do Edifício Firenze Residence está situado à Avenida Abolição com Rua Joaquim Nabuco, não sendo justificada a adoção do logradouro Volta da Jurema como Testada 2. Nesse contexto, releva mencionar que se identificou que o RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei (primitivo), 59

60 apesar de indicar o registro do número da matrícula do terreno (matrícula nº 9.030), não indicava o número do livro de registro, bem como a última folha de matrícula. Acrescente-se a isso, que os registros do Siapa indicavam que o valor do Fator de Testada Múltipla FTM (1,15) não estava influenciando o valor do Fator Corretivo Total FCT (1,00), e, por sua vez, o valor da taxa de aforamento. Da instrução processual, observou-se documento em que a Construtora Konnen Ltda. (CNPJ nº / ) apresentou uma Declaração de Áreas e Frações Ideais, de 04/03/2002, para prova junto ao 4º Ofício de Registro de Imóveis de Fortaleza, contendo o tipo de apartamento, a quantidade, áreas privativa, comum e total, bem como a fração ideal de cada unidade, que serviu de base para os percentuais de 80,77% e 19,23% indicados como área transferida para a referida Construtora e área que permaneceu com os outorgantes doadores, que são herdeiros do espólio do CPF nº *** **, respectivamente. Cumpre informar que segundo o registro R , de 08/08/2011, do 7 o Ofício desta Capital, referente à dação em pagamento, de 21/08/2007, foi transferido o percentual de 80,77% do imóvel da matrícula nº à Construtora Konnen Ltda., ficando 19,23% com os outorgantes doadores. Segundo a Informação nº 458/2003, de 10/11/2003, editada pelo Eng. da SPU/CE (Matrícula Siape nº ), o percentual de 80,77% da área total do terreno a ser desmembrada corresponde às unidades , , , , , , , 801, 803, , , , , , 1501,1502, 1601, 1602, 1701, 1702, 1801, 1802, 2001, 2002, 2101 e 2102, enquanto que o percentual de 19,23% corresponde às unidades 704, 802, 804, 904, 1004, 1104, 1204, 1304, , 1901 e Diferentemente das unidades indicadas como sendo dos outorgantes doadores descritas na Informação nº 458/2003, evidenciou-se o Documento s/n, de 20/03/2013, editado pelo Eng. da SPU/CE (Matrícula Siape nº ), indicando como pertencentes a esses outorgantes as unidades 503, 603, 703, 803, 903, 904, 1004, 1104, 1204, 1303, 1402, 1403, 1802 e 1902, relativamente à área do percentual de 19,23%. A partir da Escritura Pública de Instituição, Especificação e Convenção de Condomínio do Edifício Firenze Residence, Regimento Interno e Divisão Amigável com Atribuição de Unidades, se identificou novamente outra divergência quanto às unidades dos outorgantes doadores, uma vez que essa escritura indica as unidades 503, 603, 703, 803, 903, 904, 1004, 1104, 1204, 1304, 1403, 1404, 1802 e Cumpre informar que o percentual da área e fração desmembradas de 80,77% indicado pela Construtora Konnen Ltda. serviu de base para o cálculo do laudêmio do imóvel, que totalizou R$ ,89, e ressalta-se que, segundo registro do Siapa, esse valor foi pago em duas ocasiões: a primeira, em 15/08/2003, no valor de R$ ,64, e a segunda, em 14/11/2011, no valor de R$ ,25. Assim, evidenciou-se que o RIP primitivo, além dos avisos de pendências indicados em seu cadastro no Siapa, que se encontram registrados em ponto específico deste Relatório de Auditoria, continha também inconsistência quanto às informações da Testada 2 e dos fatores de correção, bem como apresentava divergências na documentação instrutória do processo. 60

61 #/Cau sa# Em outra perspectiva, dos setenta novos RIP criados com o fracionamento do RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei (primitivo), a Equipe de Auditoria procedeu à análise em três deles (RIP Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei ), tendo sido verificada a reprodução de inconsistências identificadas no RIP primitivo, conforme discriminado a seguir: a) os cadastros apresentam como Endereço Oficial da Prefeitura a Rua Joaquim Nabuco, 133, esquina com a Av. Abolição, Meireles, CEP , Fortaleza/CE, e também indicam na Testada 1 o logradouro Joaquim Nabuco e na Testada 2 o logradouro Volta da Jurema, tendo a Testada 1 sido informada para cálculo da taxa de aforamento; b) os cadastros indicam o registro do número da matrícula do terreno (matrícula nº 9.030), mas não fazem referência ao número do livro de registro e à última folha de matrícula; c) os cadastros indicam que o FTM apresentava o valor de 1,15 e o FCT o valor de 1,00, e da mesma forma, observa-se a interferência na correção do valor do aforamento; e d) os cadastros apresentam três dos sete avisos de pendência do RIP primitivo, quais sejam: 1107 Número da planta ausente, 1114 Imóvel sem informação de LPM/LMEO e 1657 Indicador de imóvel em ilha ausente. Acrescente-se a isso, que da análise comparativa entre a Declaração de Áreas e Frações Ideais e os registros do Siapa, identificou-se, ainda, divergência entre as áreas privativa e comum dos três novos RIP, apesar da área total de benfeitoria apresentar os mesmos valores, conforme discriminado a seguir: RIP nº Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Área Privativa m 2 Declaração Área Área Total de Comum Benfeitoria m 2 m 2 Área Privativa m 2 Registro Siapa Área Comum m 2 Área Total de Benfeitoria 156,60 108,29 264,89 158,32 106,57 264,89 302,01 159,68 461,69 305,33 156,36 461,69 245,21 143,09 388,30 247,90 140,40 388,30 m 2 Verificou-se também que os registros dos três novos RIP não indicam o valor referente à fração ideal de cada um dos imóveis a eles pertinentes, comprometendo, assim, o cálculo do valor do aforamento e do laudêmio. #/Fato Causa Inconsistências no Siapa e ausência de informações referentes aos imóveis. A conduta do Superintendente da SPU/CE, do Coordenador da Coordenação de Identificação e Fiscalização - Coifi e do Chefe do Serviço de Demarcação e Cadastro - Sedec quanto à adoção de medidas gerenciais internas ou em conjunto com o Órgão Central da Unidade visando minimizar as inconsistências identificadas. Manifestação da Unidade Examinada Por meio do Ofício nº 0669/2014/GAB/SPU/CE, de 10/07/2014, a Superintendência do Patrimônio da União no Ceará apresentou a seguinte manifestação: 61

62 Da constatação em tela, a única afirmação procedente é a de que o fator corretivo das testadas deve ser atualizado, passado a ser 1,15 (ressalte-se que a testada 2, denominada Volta da Jurema, tem valores iguais à testada do logradouro Abolição, que deve continuar no cadastro em função de fazer esquina com o imóvel). O restante das afirmações são improcedentes, conforme demonstramos a seguir. Primeiramente, cumpre destacar que todas as informações inseridas no SIAPA (RIPs derivados do RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei ) estão em exata consonância com a Escritura Pública de Instituição, Especificação e Convenção de Condomínio do Edifício Firenze Residence, Regimento Interno e Divisão Amigável com Atribuição de Unidades de fls. 338 a 350. Portanto, ainda que algum despacho de técnico da SPU/CE contenha algum equívoco, o que realmente importa é que os cadastros guardem exata consonância com o referido documento público. E é o que de fato ocorre, conforme demonstraremos na sequência. Sobre o endereço do imóvel, apontamos a Av de 01/06/2012 (verso das fls. 348), a qual atesta que o Ed. Firenze está situado na Rua Joaquim Nabuco, nº 133. Conforme verificamos nos cadastros SIAPA, este é exatamente o endereço cadastrado. Quanto à divergência apontada pelos despachos SPU e a citada Escritura Pública, informamos que efetivamente houve erro de digitação do autor dos despachos, contudo, tal erro não foi inserido no SIAPA pois o responsável pelo cadastro baseou-se no texto da escritura e não nos despachos. Há de se destacar que o módulo 'consulta individual' do SIAPA está mostrando a fração ideal das unidades igual a zero, entretanto, tal fato não retrata a realidade. Para provar o pugnado, disponibilizamos a relação completa das 70 unidades, aonde pode-se verificar que as frações ideais são 2/156 (para 56 unidades), 3/156 (para 12 unidades) e 4/156 (para 2 unidades), exatamente igual ao descrito na Av de 01/06/2012 (verso das fls. 348). Esta falha do sistema SIAPA também foi comunicada ao Órgão Central através do Memorando nº 80/2014. [...] Com relação aos 03 (três) RIPs indicados pela equipe de auditoria, no que tange à suas áreas comum e privativa, apontamos novamente espelho SIAPA demonstrando que tais áreas são 158,32 e 106,57 (RIP Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei ). Novamente, as informações constantes no SIAPA estão em exata consonância com a Averbação de Construção, não havendo que se discutir quaisquer outros valores declarados em outros documentos. Finalmente, quanto às inconsistências "Número da Planta Ausente", "Imóvel sem Informação de LPM/LMEO" e "Indicador de Ilha Ausente", temos que a informar que a primeira é irrelevante para a SPU/CE (não agrega qualquer valor ao cadastro e não tem utilidade para a gestão do imóvel, de forma que não deveria existir) e que o SIAPA não permite que os técnicos da SPU/CE solucionem as duas últimas, uma vez que bloqueia os respectivos campos e não permite o seu preenchimento. Todos os 62

63 #/Man ifestacao Unid adeexamin ada# #/An aliseco ntro lein tern o# problemas descritos já foram informados ao Órgão Central através do Memorando nº 80/2014. Análise do Controle Interno Tendo em vista que a SPU/CE concordou com o questionamento referente às testadas, o fato permanece inalterado. Por outro lado, quanto aos fatos apontados como improcedentes, a CGU-Regional/CE não encontra fundamento para essa afirmação, em razão do que se segue: a) quanto à ausência de indicação de fração ideal de cada imóvel, a própria manifestação descreve que na consulta individual no Siapa, a fração ideal é igual a zero, portanto, não é razoável que ao se consultar a informação de um RIP derivado seja necessário consultar todos os demais, a partir do RIP primitivo, para se obter os dados desejados, tanto que o fato foi comunicado à SPU-Órgão Central, conforme anunciado pela SPU/CE; b) quanto às inconsistências de cadastramento, verifica-se que elas são incontestáveis, uma vez que o próprio Siapa gera avisos de cadastros, quando não preenchidos; e c) embora o cadastro do Siapa guarde consonância com a matrícula nº 9030, verificouse a fragilidade das informações constantes do processo, tendo em vista as divergências de dados nele contidas, conforme amplamente demonstrado no fato. Recomendações: Recomendação 1: Efetuar fiscalização no imóvel com vistas à verificação do seu correto endereço, bem como de suas respectivas testadas e dos fatores de correção (FTM e o FCT) e os devidos ajustes financeiros decorrentes da correção dos fatores. Recomendação 2: Proceder à correção das inconsistências quanto à informação contida na Testada 2, à ausência do número do livro de registro e da última folha de matrícula, bem como a referência à fração ideal de cada um dos imóveis INFORMAÇÃO Destinação Patrimonial. Fato Tendo em vista que a SPU/Órgão Central considera a gestão democrática e o controle social como princípios norteadores da gestão e destinação do patrimônio da União, solicitou-se aos responsáveis pela SPU/CE que informassem os meios utilizados para promover a participação popular, na definição da vocação de cada área; na seleção da área a ser destinada; bem como na definição dos atores. Por meio do Ofício nº 372/2014/GAB/SPU/CE, de 23/04/2014, a SPU/CE, apresentou a seguinte manifestação: A Regularização Fundiária em Imóveis da União tem por finalidade promover a regularização da ocupação, por meio da construção de parcerias institucionais e da participação popular, priorizando os assentamentos informais consolidados, de forma a garantir a inclusão 63

64 sócio-territorial e o reconhecimento do direito constitucional à moradia. Sua execução se dá por meio do reconhecimento do direito à posse e à moradia, via titulação das famílias ocupantes, decorrendo da execução de atividades articuladas com órgãos parceiros quanto à regularização urbanística e ambiental. Regularizar assentamentos informais consolidados ou dispor terrenos livres para a implantação de projetos de provisão habitacional, em áreas da União, tem sido um desafio para a Superintendência do Patrimônio da União no Ceará. Por falta de disponibilidade de imóveis da União para implantação de projeto sociais que visam à produção de unidades habitacionais para famílias de baixa renda, pela construção de novas unidades em terrenos livres, por meio de provisão habitacional, a SPU/CE atua prioritariamente no sentido de regularizar ocupações já existentes de imóveis da União, aplicando tal procedimento aos assentamentos ocupados predominantemente por população de baixa renda, nas situações em que exista o reconhecimento legal ou administrativo do direito à moradia. As ações de regularização fundiária de interesse social em Imóveis da União devem envolver diversos atores; não se trata de uma questão a ser resolvida somente entre a União e as famílias a serem beneficiadas. Prefeituras, cartórios, instituições de ensino e pesquisa, associações de moradores, representantes de movimentos sociais, Ministério Público Federal, ONG's, Defensorias Públicas, Advocacia Geral da União, entre outros, possuem extrema relevância na condução dessas ações. Ocorre ainda, em alguns casos, a participação de órgãos como o INCRA, o DNIT, o IPHAN, o IBAMA e os órgãos municipais e estaduais de Meio Ambiente. O papel de cada ente deve ser bem compreendido e assumido como compromisso, para que se atinja o objetivo comum, a partir do entendimento de que regularização fundiária é realizada com ações conjuntas, gestão participativa e compartilhada, e com a inserção ativa dos principais interessados: as famílias a serem beneficiadas. Uma primeira etapa para promover a regularização fundiária de assentamentos informais em bens da União é a formalização da parceria da União com o Município, a quem cabe a execução da regularização fundiária. O acordo de cooperação técnica deve estabelecer parceria entre o município e a SPU/CE, tendo como objetivo definir a gestão compartilhada da regularização fundiária. Conforme parceria a ser acordada, o município pode apoiar a SPU/CE bem como assumir o levantamento de dados, a realização de estudos prévios o levantamento topográfico, o cadastramento socioeconômico dos moradores e a própria execução das obras necessárias à regularização. Ressalta-se que não há regularização fundiária de interesse social sem a participação dos beneficiários, pois é através do envolvimento das famílias, que se estabelece a credibilidade, a confiabilidade e a viabilidade para execução do processo de regularização. Partindo-se do prévio conhecimento das áreas a serem regularizadas, através de análises processuais e vistorias nas localidades, e das áreas passíveis de regularização, sem pendências cartoriais ou no processo de incorporação 64

65 da área, é definido o critério para a destinação. A partir da escolha da área, são identificados os ocupantes irregulares, que serão os futuros beneficiários, caso atendem os critérios estabelecidos na legislação patrimonial. Em virtude da carência de servidores no quadro da SPU/CE, o Serviço de Regularização Fundiária recorre às tentativas de parcerias e articulação com as políticas setoriais de habitação, principalmente junto às Prefeituras, por meio de acordos de cooperação técnica (Fortaleza e Aquiraz). Não obstante ocorrer a assinatura dos acordos e em alguns casos, constituídos comitês gestores, entraves diversos dificultam a finalização do processo de regularização, por não cumprimento das condições dos acordos no que compete às Prefeituras, especificamente quanto à elaboração da parte técnica, envolvendo medições e disponibilização de equipe para medições dos imóveis. Questionada sobre os mecanismos de divulgação utilizados pela SPU/CE, para informar a população os critérios de escolha dos beneficiários finais e seus direitos e obrigações, bem como a forma que se dá publicidade dos nomes dos beneficiários finais selecionados em cada processo, a Superintendência informou o que segue: O objetivo da SPU/CE na área de regularização é garantir a participação dos interessados em todas as etapas do processo de regularização. O trabalho de divulgação se dá em parceira com as associações e comunidades na busca da regularização fundiária em áreas da União. Ocorre, inicialmente, reuniões com representantes e líderes das comunidades (que funcionam como agentes de interlocução entre a comunidade e os servidores), que se mobilizam (por meio de panfletagem e carros de som) para convidar as famílias para participação de reunião de orientação. Tal reunião tem como objetivo esclarecer de como se dá o processo de regularização, quais os fundamentos e o que é exigido dos beneficiários, bem como informações sobre a documentação a ser apresentada. Em seguida, é marcada nova reunião para certificação da documentação. Tais ações são sempre pactuadas com os moradores. Em seguida, ocorre a realização do cadastramento socioeconômico dos moradores de cada área identificada. A transferência do título ao ocupante em terras da União culmina, em última instância, com a assinatura de contrato entre o beneficiário e o representante do patrimônio da União, que irá estabelecer as condições de uso dessa área. A publicidade se dá por meio da publicação das Portarias de autorização da concessão e dos extratos dos contratos no Diário Oficial da União. Indagada a respeito da existência de canal, no âmbito da Superintendência, para esclarecimento de dúvidas, recepção e tratamento de denúncias referentes aos processos de destinação, a SPU/CE informou que: Não existe um canal específico para esclarecimento de dúvidas, recepção e tratamento de denúncias referentes aos processos de destinação, apenas um canal comum que é o Núcleo de Atendimento ao Público da SPU/CE. Esclarecimentos de dúvidas individualizados e presenciais são realizadas pela chefia e servidores do setor (DIGEP/SEAFU/SPU/CE) ou em visitas de 65

66 campo, quando das reuniões ou audiências públicas. O institucional da SPU/CE também permite o recebimento de denúncias. Solicitou-se, ainda, a relação de processos de destinação, nos quais o Grupo de Trabalho Estadual atuou, tendo a SPU/CE informado o que segue: Considerando que o objetivo do GTE é identificar áreas disponíveis para fins de provisão habitacional, como o Minha Casa, Minha vida e outros projetos do Governo Federal, e que a SPU/CE não identificou imóveis disponíveis para implantação de tais programas, os representantes dos movimentos populares foram informados de tal situação, durante reuniões realizadas. Porém vem se tentando tratar do tema junto a representantes de diversos setores e, especialmente, dos movimentos populares de defesa pela moradia, com o objetivo de identificar possíveis imóveis da União com vocação para habitação de interesse social para destiná-los a esse fim. Desta forma, o GTE não vem atuando em processos de destinação. Finalmente, requereu-se a SPU/CE que informasse o quantitativo de imóveis vagos e/ou com potencial de disponibilização e o quantitativo de demandas não atendidas no período, tendo a Superintendência apresentado a seguinte manifestação: O único imóvel atualmente com potencial de disponibilidade encontra-se em processo de cessão ao Governo do Estado do Ceará, sob regime de concessão de direito real de uso, para construção de unidades habitacionais para moradores da Comunidade do Dendê, em Fortaleza. Não existem outras demandas por provisão habitacional não atendidas no período. Diante do exposto, restou demonstrado que a SPU/CE prioriza a regularização das ocupações já existentes de imóveis da União, tendo em vista a indisponibilidade de terrenos livres para implantação de projetos de provisão habitacional. #/Fato INFORMAÇÃO Declaração de interesse público. Fato Indagados sobre os critérios/requisitos utilizados na declaração de um imóvel como de interesse público, os responsáveis pela SPU/CE se manifestaram da seguinte forma, por meio do Ofício nº 0373/2014/GAB/SPU/CE, de 23/04/2014: O objetivo da DISP - Declaração de Interesse do Serviço Público é gravar o imóvel como de interesse do serviço público, com base no artigo 5, parágrafo único, do Decreto-Lei nº 2.398/1987. Nessa ótica, os critérios adotados são: ocupação da área predominantemente por famílias de baixa renda e a incorporação do imóvel concluída, ou seja, o imóvel deve estar registrado em Cartório. Quanto ao critério adotado para priorização das definições de Interesse Público, os responsáveis pela Unidade informaram o que segue: A programação no período de um ano é estabelecida em função da meta que é publicada no Diário Oficial da União pelo Órgão Central, obedecendo 66

67 os critérios de imóveis ocupados por famílias de baixa renda e que já estejam com a matrícula no nome da União, ou seja, já identificados e incorporados. De acordo com a absoluta inoportuna portaria de metas para o ano de 2013 definida pela SPU/Órgão Central, em razão de sua total intempestividade, Portaria SPU nº 487, de 04/12/2013, publicada no DOU de 05/12/2013, estava prevista para a SPU/CE uma publicação para o indicador Publicação de Portaria de Declaração de Interesse Público. Constatou-se que a SPU/CE já havia atingindo a meta estipulada, ante a publicação da Portaria SPU nº 369, de 19/11/2013, no DOU de 20/11/2013, que declarou de interesse público o imóvel de propriedade da União, RIP nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, conforme art. 1º, descrito a seguir: art. 1º Declarar de interesse do serviço público para fins de provisão habitacional de interesse social, no âmbito de Programas de Habitação de Interesse Social, o imóvel da União, classificado como terrenos de marinha e acrescido, localizado na Rua Dr. José Monteiro s/n, bairro Edson Queiroz, município de Fortaleza, Estado do Ceará, com área de ,761m², inscrito sob parte do RIP nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Ressalta-se que a análise do processo que trata da referida declaração se encontra em achado de auditoria específico deste Relatório. No que se refere ao passivo existente de declarações de interesse público a fazer, os responsáveis pela SPU informaram o que segue: Considerando estudos técnicos e vistorias realizadas, informamos a seguir a relação de municípios que contêm possíveis áreas a serem declaradas de interesse do serviço público: Aquiraz, Baturité, Canindé, Crato, Crateús, Iguatu, Itapipoca, Jucás, Lavras da Mangabeira, Morada Nova, Pacoti, Pacujá, Paracuru, Ipu, Quixeramobim, Quixeré, São Benedito, Viçosa do Ceará, bem como, os bairros de Couto Fernandes, Mondubim, Pici, Poço da Draga, Serviluz, em Fortaleza. No entanto, essa relação não é conclusiva, tendo em vista a existência de imóveis ainda não vistoriados no interior do Estado do Ceará. #/Fato INFORMAÇÃO Informação a respeito da constituição de TAUS, CDRU e CUEM. Fato Solicitou-se à SPU/CE informar se o conjunto de TAUS, CDRU e CUEM a serem constituídos, em cada período, é definido pela Superintendência, bem como os critérios utilizados para a seleção desses imóveis. Por meio do Ofício nº 0373/2014/GAB/SPU/CE, de 23/04/2014, a SPU/CE se manifestou da seguinte forma: 67

68 No início do ano o Órgão Central-OC solicita que as SPUs elaborem seu Plano de Ação para o exercício. Nesse plano a SPU-CE encaminha as propostas de metas para a DIGEP, na qual o SEAFU está incluso. Dentre essas metas existem as publicações que são da meta do Indicador "Destinação Patrimonial" que incluem as publicações de aforamento gratuito, aforamento oneroso, cessão gratuita, cessão onerosa, CDRU gratuita, CDRU onerosa, CUEM, Entrega, Permissão de Uso, Doação, Permuta, Termo de Autorização de Uso. Recebidos os dados das SPUs o OC fixa e publica as metas de desempenho institucional. Ressaltamos que o OC não fica vinculado aos dados que as SPUs encaminham, modificando em algumas ocasiões o quantitativo proposto pelas Superintendências. Por isso, muitas vezes acontece dessas modificações superarem a capacidade operacional das SPUs. Em virtude disso, há um prazo para contestação do quantitativo fixado. Quanto aos critérios utilizados para a seleção dos imóveis informamos que os imóveis passíveis de regularização fundiária são os que estão incorporados e com a situação cartorial regularizada. Localizadas essas áreas, realiza-se busca por processos administrativos passíveis de serem regularizados por CUEM ou TAU. Tendo em vista a complexidade do processo de RF e a falta de regulamentação de CDRU, prioriza-se as famílias que atendem os requisitos da MP 2220, de 04 de setembro de 2001 (DOU de 05/09/2001), regulamentada na SPU pela IN 02, de 23 de novembro de 2007 (DOU de 28/01/2008). #/Fato INFORMAÇÃO Informação a respeito do processo de controle administrativo de TAUS, CDRU e CUEM. Fato Solicitou-se à SPU/CE que informasse como se dava o processo de controle administrativo dos TAU, CDRU, CUEM constituídos, bem como se havia um processo de conferência desses atos e quem validava as informações. Por meio do Ofício nº 0373/2014/GAB/SPU/CE, de 23/04/2014, a SPU/CE se manifestou da seguinte forma: O controle administrativo de TAU, CDRU e CUEM é realizado por meio de planilha elaborada neste Serviço de Assuntos Fundiários. Os dados contidos nessa planilha referentes às destinações concluídas são utilizados para alimentar o FIGEST. Em relação à conferência de TAU, CDRU e CUEM e a validação das mesmas é realizada de acordo com o seguinte procedimento: inicialmente, o técnico do SEAFU analisa a documentação e demais comprovantes do requerente opinando pelo instrumento aplicável por meio de Nota Técnica; em seguida, é encaminhado para a Chefia do SEAFU que, em caso de aprovação, encaminha para a Chefia da DIGEP que, em caso de aprovação, encaminha para o Superintendente que, anuindo com o proposto, encaminha para a CJU para manifestação da regularidade do feito e para chancelamento das minutas de Portaria 68

69 Autorizativa e Contrato. Após aprovação pela CJU, encaminha-se ao Órgão Central (Nota Técnica SPU/CE, Parecer da CJU/CE, Portaria Autorizativa assinada pelo Superintendente). Após a publicação da Portaria Autorizativa no Diário Oficial da União é realizado a coleta de assinaturas no contrato administrativo e publicado o Extrato de Contrato no DOU. Para concluir o procedimento de titulação é enviado ao Cartório de Registro de Imóveis uma via original do contrato para registro, desmembramento e abertura de matrícula em nome do concessionário. Indagou-se, ainda, a Superintendência Regional sobre o conhecimento do passivo em relação aos TAU, CDRU e CUEM, tendo sido fornecida a seguinte informação: Considerando estudos técnicos e vistorias realizadas informamos, conforme planilha anexa, o quantitativo de imóveis a serem regularizados. Não podemos quantificar por instrumento (CUEM, TAU, CDRU), pois a definição é feita somente após a análise da documentação de cada família. Ressaltamos que em 2014, por se tratar de ano eleitoral é vedado a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios pela administração pública nos termos do artigo 73, 10 da Lei 9.504/97, salvo os casos de calamidade pública, estado de emergência ou de programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no ano anterior. Não estando a regularização fundiária por meio de TAU, CDRU e CUEM incluídas nas exceções previstas no dispositivo retro-informado. Sendo assim, informamos que no ano de 2014 não será possível a realização de titulações por meio de CDRU e CUEM. Contudo, de acordo com o Memorando Circular n 12/2014-SPU/MP, de 28 de janeiro de 2014, encontra-se pendente orientação a ser prestada pela CONJUR/MP sobre a possibilidade de elaboração e entrega de TAUs (Termo de Autorização de Uso) em ano eleitoral, devendo as entregas de tal instrumento de destinação ficarem sobrestadas enquanto não dirimida juridicamente a questão. A seguir transcreve-se a planilha mencionada como anexo à manifestação anteriormente disposta: Consolidação do número de Imóveis para Vistoria e Regularização Fundiária. Cidade/Bairro Imóvel TOTAL Aquiraz (Jardim Riviera). (1) Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Baturité (Posto Agropecuário de Baturité (Sítio Coió). Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, 19 em função de sigilo, na forma da lei. Canindé (Posto Agropecuário de Canindé.). Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de 55 sigilo, na forma da lei. Cidade de Deus II. (1) Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na 100 forma da lei. Che Guevara. (1) Informações suprimidas por solicitação da 800 unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Couto Fernandes. Informações suprimidas por solicitação 942 da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Crato (Posto Agropecuário). Informações suprimidas por 14 solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na 69

70 Cidade/Bairro Imóvel forma da lei. Crateús (Posto Agropecuário de Crateús). Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de 4 sigilo, na forma da lei. Dendê. Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei Granja Portugal (Loteamento Granja Portugal). Informações suprimidas por solicitação da unidade 3 auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Iguatu (Posto Agropecuário de Iguatu (Fomento)). Informações suprimidas por solicitação da unidade 67 auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Ipu (Posto Agropecuário do Ipu ( m²)). Informações suprimidas por solicitação da unidade 54 auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Itapipoca (Posto Agropecuário). (1) Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na 516 forma da lei. Jucás (Posto Agropecuário (Sitio Várzea do Panchavati)). (1) Informações suprimidas por solicitação da unidade 600 auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Lavras da Mangabeira (Posto Agropecuário) Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de 67 sigilo, na forma da lei. Mondubim (Rua Gen. Cordeiro Neto, de 508 a 536). Informações suprimidas por solicitação da unidade 11 auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Morada Nova (LBA). Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na 6 forma da lei. Pacoti (LBA). (1) Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. 17 Pacujá (LBA). Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. 16 Paracuru (Campo do Cajueiro) Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na 160 forma da lei. Pici (Base Aérea do Pici). (1) Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Pirambu. (1) Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei Poço da Draga (Vila Vitória). Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na 34 forma da lei. Quixadá (Campo de Sementes). Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na 2 forma da lei. Quixeramobim (Posto Agropecuário de Quixeramobim.). Informações suprimidas por solicitação da unidade 19 auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Quixeré (LBA). Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. 10 Russas. Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. 14 Rua Divina Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. 22 Rua José Mauricio Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. 11 São Benedito (Campo Agrícola de São Benedito). Informações suprimidas por solicitação da unidade 64 auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Serviluz. (I) Informações suprimidas por solicitação da

71 Cidade/Bairro Imóvel unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Ubajara (Campo Agrícola de Ubajara) Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de 1 sigilo, na forma da lei. Viçosa do Ceará (Campo Agrícola de Viçosa). Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de 53 sigilo, na forma da lei. NOTA: As informações acima são relativas apenas às áreas já conhecidas e quantificadas até 18 de abril de (1) Levantamento preliminar #/Fato CONSTATAÇÃO Inconsistências nas informações apresentadas pela SPU/CE e SPU/Órgão Central, quanto às destinações patrimoniais, suscitando a fragilidade dos controles internos instituídos para a geração de dados consistentes. Fato De acordo com o Relatório de Gestão, a SPU/CE realizou 85 destinações patrimoniais no Exercício 2013, distribuídas entre os seguintes atos: permissão de uso, cessão provisória, cessão, doação, entrega, CUEM e aforamento. Por seu turno, a SPU/Órgão Central enviou à DEPOG/DE/SFC/CGU-PR uma Planilha Geral com o controle dos processos de destinação, com data de atualização de 19/08/2013, a qual relaciona 65 processos da SPU/CE, referentes aos atos retromencionados. Cotejando-se as duas informações, foi verificada a ocorrência de apenas quatro processos coincidentes entre a Planilha Geral da SPU/Órgão Central e o Relatório de Gestão apresentado pela SPU/CE, a saber: Município Assentamento Nº Processo Russas Posto Agropecuário de Russas Informações suprimidas por solicitação da Fortaleza Pirambu L.P.S., e C.P.B. unidade auditada, em função de sigilo, na forma Fortaleza CFIAe da lei. Fortaleza Pirambu - Projeto Vila do Mar Ressalta-se que das 85 destinações mencionadas no Relatório de Gestão da SPU/CE, apenas 34 foram publicadas até 19/08/2013, data de atualização da planilha encaminhada pela SPU/Órgão Central. Diante dessa aparente divergência de informações, buscou-se verificar a consistência dos controles dos processos de destinação na SPU/CE e no âmbito da SPU/Órgão Central, tendo sido solicitado a SPU/CE informar a situação atual das destinações contidas na planilha encaminhada pela SPU/Órgão Central. Assim, realizou-se a análise comparativa entre o controle dos processos de destinação realizado no âmbito da SPU/Órgão Central, por meio do documento Planilha Geral, e a informação disponibilizada pela SPU/CE, por meio do Ofício nº 0440/2014/GAB/SPU/CE, de 15/05/2014, tendo sido verificado que a Planilha Geral se apresenta desatualizada e com dados inconsistentes, ressaltando que das 65 destinações listadas, 44 se encontram com campo Última Atualização em branco, e dentre as remanescentes, a data mais recente é 16/03/2011, conforme demonstrado nos quadros a seguir: 71

72 a) inconsistências nos dados de dezessete destinações listadas na Planilha Geral fornecida pela SPU/Órgão Central, o que corresponde a 26,15% do total (65): Município Assentamento Nº Processo RIP nº Famílias Última Atualização Resposta SPU/CE (situação, famílias inicialmente detectadas pela vistoria e data da atualização). Situação nº famílias Data Quixeramobim Russas Baturité Canindé Crateús Município Posto Agropecuário de Russas Posto Agropecuário de Baturité Posto Agropecuário de Canindé Posto Agropecuário Informaçõe s suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Infor maçõe s supri midas por solicit ação da unida de audita da, em funçã o de sigilo, na forma da lei /10/ informação insuficiente para localização do imóvel - número correto do processo de Russas é Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Esse processo está com carga no Comprot para a Div Comunicações-DAMF-DF desde 16/06/1982, sem que até o momento tenha sido encontrado; - Processo Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei foi constituído para proceder às vistorias logo após a devolução do imóvel pela DFA; - Processo Informação suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei trata do pedido de cessão do imóvel por parte da Fundação José Paz Rebouças. - Processo de Baturité é Esse processo está com carga no Comprot para a Div. Comunicações-DAMF-DF desde 23/06/1982, sem que até o momento tenha sido encontrado. - Processo Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei trata de pedido de anuência do INCRA para realizar vistoria. - O número correto do processo de Canindé é Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. - o número Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei trata da cessão ao IFCE. - o número correto do processo do Posto Agropecuários de Crateús é Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. - o número Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei trata de processo constituído em 2004, em função de não ter sido encontrado o processo original. - esse imóvel foi solicitado pelo IFCE por meio do processo Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei /07/ /7/ /5/ /3/13 72

73 Município Assentamento Nº Processo RIP nº Famílias Última Atualização Resposta SPU/CE (situação, famílias inicialmente detectadas pela vistoria e data da atualização). Situação nº famílias Data Crato Fortaleza Fortaleza Fortaleza Fortaleza Posto Agropecuário de Crato Castelo Encantado (Morro do Teixeira) Pirambu - 09 Famílias Comunidade Ernesto Che Guevara Estação Ferroviária Couto Fernandes Fortaleza Pici o número correto do processo do Crato Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. - o número Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei trata de pedido de cessão da área à Associação Comunitária Padre Frederico. - informação incorreta do número de processo. Até o DV está incorreto. - o processo Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei trata de pedido de aposentadoria da Sra. M.W.D.B.. informação insuficiente para localização do imóvel - o processo Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei trata da regularização do imóvel da União junto à SPU/CE. - o de nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei trata do pedido de cessão do imóvel pela PMF. - o processo Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei é desconhecido. - o número correto do Processo do Couto Fernandes é Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. - o processo Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei trata do pedido de cessão da área da comunidade Ernesto Che Guevara Pela PMF.- o processo Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei não trata da área do Pici /6/13-17/4/ /9/ /9/10 73

74 Município Assentamento Nº Processo RIP nº Famílias Última Atualização Resposta SPU/CE (situação, famílias inicialmente detectadas pela vistoria e data da atualização). Situação nº famílias Data Fortaleza Fortaleza Iguatu Ipu Pirambu (Vila do Mar) Pirambu e Serviluz (2º Cadastramento 2009) Itans Gadelha Posto Agropecuário Ipu /10/ /10/10 O processo Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei trata do segundo aforamento solicitado pelo Governo do Ceará e foi cancelado por descumprimento de cláusula. Está anexado ao processo Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, que trata do primeiro aforamento e da regularização da área do Pirambu. O processo Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei é o que trata da cessão da área relativa ao projeto Vila do Mar. informação insuficiente para localização do imóvel - o número correto do processo do campo de irrigação Itans Gadelha é Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Esse processo está com carga no Comprot para a Div. Comunicações-DAMF-DF desde 17/06/1982, sem que até o momento tenha sido encontrado. - o processo utilizado hoje para tratar do campo de irrigação Itans Gadelha é Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, que foi constituído para proceder as vistorias ao imóvel logo após sua devolução à SPU/CE. - o processo Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei não trata da regularização do Posto Agropecuário de Ipu. Esse processo trata de comunicação do INCRA, relativa a vistoria que faria ao posto com o propósito de solicita-lo para implantação de projeto de assentamento. - o número correto do processo de Ipu é Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. - 14/4/ /9/ /10/10 74

75 Município Assentamento Nº Processo RIP nº Famílias Última Atualização Resposta SPU/CE (situação, famílias inicialmente detectadas pela vistoria e data da atualização). Situação nº famílias Data Jucás Quixadá Posto Agrícola de Várzea Panchavati Campos de Sementes de Quixadá 621 3/8/10 - o processo Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei não trata da regularização do Posto Agrícola Várzea Panchavati. Esse processo trata de pedido de cessão feito pela PM de Jucás, de parte da área daquele posto agrícola para construção de 28 casas populares. - o número correto do processo de Jucás é Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Esse processo está com carga no Comprot para a Div Comunicações-DAMF-DF desde 11/06/1982, sem que até o momento tenha sido encontrado. - o processo utilizado hoje para tratar do posto agrícola de Jucás é Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, que foi constituído para proceder às vistorias em Jucás logo após a devolução do imóvel pela DFA. - número correto do processo é Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. -Processo Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei foi constituído em 2004, em função de não ter sido encontrado o processo original. - esse processo já foi anexado ao processo original /11/ /10/10 b) informações desatualizadas em 31 destinações, sendo que treze estão concluídas, nove estão aguardando matrícula e nove aguardando utilização (RIP), correspondendo a 47,69% do total: Município Assentamento Nº Processo nº Famílias Última Atualização Resposta SPU/CE (situação, famílias inicialmente detectadas pela vistoria e data da atualização). Situação nº famílias Data Fortaleza Fortaleza Fortaleza Pirambu F.J.O.S.D. e D.N.D. Pirambu F.C.R. Pirambu L.C.L. e J.J.R.L. Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei 1 25/10/ /10/ /10/10 O processo está concluído com RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. O processo está concluído com RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. O processo está concluído com RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei /09/ /09/ /09/13 75

76 Município Assentamento Nº Processo nº Famílias Última Atualização Resposta SPU/CE (situação, famílias inicialmente detectadas pela vistoria e data da atualização). Situação nº famílias Data Fortaleza Fortaleza Fortaleza Fortaleza Fortaleza Fortaleza Fortaleza Fortaleza Fortaleza Fortaleza Russas Russas Fortaleza Fortaleza Fortaleza Pirambu A.A. S.H. e P.A.B.H. Pirambu E.R.O.M.e F.O.M.S. Pirambu M.G.O. Pirambu M.A. Pirambu M.E.S.O. Pirambu A.M.G.F. Pirambu M.G.F. Pirambu A.M.S. Pirambu J.F.R. Pirambu M. M.S. 02 Famílias (M. J.L. e F.T.O) 02 Famílias (M.H.A e F.C.O) 03 Famílias (E.C.M., R.V.T. e A.D.N. Pirambu F.R.P. Pirambu M.N.A.A. 1 25/10/ /10/ /10/ /03/ /03/ /03/11 O processo está concluído com RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. O processo está concluído com RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. O processo está concluído com RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. O processo está concluído com RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. O processo está concluído com RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. O processo está concluído com RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. O processo está concluído com RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. O processo está concluído com RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. O processo está concluído com RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. O processo está concluído com RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei /09/ /09/ /09/ /07/ /07/ /07/ /07/ /07/ /09/ /09/13 2 Aguardando matrículas /12/ Processo nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei (M.H.A) e o Processo nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei (F.C.O.) estão aguardando matrícula. Processo Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei (E.C.M) e Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei (A.D.N.) - aguardando matrícula. Processo Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei (R.V.T.) está concluído com RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei /12/ /01/14 (E.C.M. e A.D.N) e 08/07/13 (R.V.T.) 1 16/03/11 Processo aguardando matrícula /01/14 1 Processo aguardando matrícula /01/14 76

77 Município Assentamento Nº Processo nº Famílias Última Atualização Resposta SPU/CE (situação, famílias inicialmente detectadas pela vistoria e data da atualização). Situação nº famílias Data Fortaleza Fortaleza Fortaleza Fortaleza Fortaleza Fortaleza Fortaleza Fortaleza Fortaleza Fortaleza Pirambu M.E.S.S. Pirambu J.M.S. Pirambu L.P.S., e C.P.B. Pirambu M.A.A.P. Pirambu J.F.S. Pirambu B.C.L. Pirambu Z.M.A. Pirambu M.F.M. Pirambu A.M.L. Pirambu F.E.O. Fortaleza R.B.A. 1 Fortaleza F.R.A. 1 Fortaleza Pirambu P.A.T. 1 Processo aguardando matrícula /01/ Processo aguardando matrícula /01/14 1 Processo Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei está aguardando matrícula. Processo Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei foi arquivado, considerando-se que trata do mesmo imóvel regularizado em nome da Sra. L.P.S., mãe da Sra. C.P.B /11/ /03/11 Processo aguardando matrícula /01/ /10/ /03/11 Processo está aguardando utilização (RIP). Processo está aguardando utilização (RIP) Processo está aguardando utilização (RIP). Processo está aguardando utilização (RIP). Processo está aguardando utilização (RIP). Processo está aguardando utilização (RIP). Processo está aguardando utilização (RIP). Processo está aguardando utilização (RIP). Processo está aguardando utilização (RIP) /01/ /01/ /01/ /01/ /01/ /01/ /01/ /01/ /01/14 c) inconsistências e incompletude de informações em dezessete destinações, quanto ao número de famílias, ao RIP, bem como sobre a data da última atualização: Município Assentamento Nº Processo Programa Finalidade (Destinação) Rip nº Famílias Última Atualização Resposta SPU/CE (situação, famílias inicialmente detectadas pela vistoria e data da atualização). Situação nº famílias Data Quixeramobim São Benedito Camocim Campo Agrícola de São Benedito Tatajuba Posto Agropecuário de Quixeramobim Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei (1) (1) (1) Infor mações supri midas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da /10/10 Regularização da área do posto agropecuário de Quixeramobim, junto à SPU/CE. Regularização da área de São Benedito junto à SPU/CE. O processo Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, trata de pedido de cessão feito pela Associação dos Moradores do Cruzeiro. O processo trata de solicitação do 19 13/9/ /1/ /9/10 77

78 Município Assentamento Nº Processo Programa Finalidade (Destinação) Rip nº Famílias Última Atualização Resposta SPU/CE (situação, famílias inicialmente detectadas pela vistoria e data da atualização). Situação nº famílias Data Fortaleza Fortaleza Rua Divina s/n Rua José Maurício nº 200 Fortaleza CFIAe SNHIS Fortaleza Fortaleza Fortaleza Fortaleza Família Cidade de Deus II Lagoa da Zeza-Vila Cazumba PIRAMBU G.C.D e M.O.L.D. (1) (1) (2) (1) (1) (1) (1) lei /11/ /10/10 escritório Frei Tito para analisar a possibilidade de regularização das ocupações situadas nas comunidades Vila Nova, Tatajuba, Baixa Tatajuba e São Francisco, com respectivamente, 95 (noventa e cinco), 90 (noventa), 30 (trinta) e 24 (vinte e quatro) famílias, todas na praia de Tatjuba, no Município de Camocim. Regularização de área situada na Rua Divina, no Bairro do Siqueira, em Fortaleza, atualmente ocupada por aproximadamente 23 (vinte e três) famílias. Regularização de área situada na rua José Maurício, no Bairro do Siqueira, em Fortaleza, atualmente ocupada por aproximadamente 11 (onze) famílias. Trata de pedido de cessão de aforamento gratuito, feito pelo comandante da base aérea de Fortaleza, em favor da Caixa de Financiamento Imobiliário da Aeronáutica CFIAe, para a construção na área solicitada de imóveis em favor dos militares e civis da base aérea de Fortaleza. Regularização fundiária da ocupação do Sr. V.H.F. O mesmo está aguardando decisão judicial. Regularização do imóvel da União junto à SPU/CE. Trata da cessão à Prefeitura de Fortaleza, de terreno de marinha e acrescido para a requalificação urbanística da Lagoa da Zeza e da Vila Cazumba. Regularização fundiária da ocupação do Sr. G.C.D. e da Sra. M.O.L.D.. O mesmo está aguardando assinatura do contrato por parte 23 11/10/ º/11/ º/11/ /12/ /8/ /9/ /10/13 78

79 Município Assentamento Nº Processo Programa Finalidade (Destinação) Rip nº Famílias Última Atualização Resposta SPU/CE (situação, famílias inicialmente detectadas pela vistoria e data da atualização). Situação nº famílias Data da Sra. M.O.L.D. Fortaleza Fortaleza Fortaleza Fortaleza Fortaleza Iguatu Paracuru Lagoa do Tijolo Pici-Base Aérea Pirambu - Projeto Vila do Mar Serviluz Vila Vitória Fomento Campo de Cajueiro de Paracuru PAC PAC (1) (1) (1) (1) (1) (1) (1) 245 6/7/ /10/ /10/10 O processo Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei trata do pedido da PMF de cessão de área para construção do Conjunto Habitacional Santana, com 245 moradias para abrigar a comunidade da área de risco da lagoa do tijolo. Regularização cartorial da área correspondente à Base Aérea do Pici. Nessa área já foi identificado mais de 3600 imóveis, dos quais mais de 1200 já tiveram suas informações coletadas. A pendência na regularização cartorial permanece, motivo que impede a continuidade dos procedimentos de regularização. Cessão da área relativa ao Projeto Vila do Mar à PMF. A previsão de regularização inicial era de 1400 famílias. Processo apresentado durante os trabalhos. Regularização do aforamento do imóvel. A área está ocupada por 34 famílias e foi solicitada a reintegração do imóvel em função da inadimplência da foreira. Regularização junto à SPU/CE da área situada em Iguatu, relativa ao fomento. Atualmente a área possui varias ocupações de imóveis públicos e residências em torno de 67 famílias. Regularização junto à SPU/CE da área do Campo de Cajueiro, situada em Paracuru, utilizada anteriormente para experimentação com cajueiros /1/ /8/ /9/ /7/10 79

80 Município Assentamento Nº Processo Programa Finalidade (Destinação) Rip nº Famílias Última Atualização Resposta SPU/CE (situação, famílias inicialmente detectadas pela vistoria e data da atualização). Situação nº famílias Data Atualmente dividida em duas partes, uma ocupada por 100 (cem) famílias e outra por 60 (sessenta). (1) Regularização Fundiária (2) Provisão Habitacional Impende informar que a SPU/CE, ao disponibilizar as informações retromencionadas, teceu os seguintes comentários: Na oportunidade, reafirmamos as dificuldades que o SEAFU - Serviço de Assuntos Fundiários tem enfrentado no desempenho de suas atividades: 1. Número insuficiente de recursos humanos frente a quantidade de imóveis a serem regularizados, uma vez que o Serviços de Assuntos Fundiários é composto por uma chefia, três técnicos para instrução dos processos e uma arquiteta para o levantamento técnico do imóvel que, atualmente, encontrase de licença maternidade. 2. Ausência de regulamentação da CDRU- Concessão de Direito Real de Uso, que defina os critérios a serem observados na utilização desse instrumento. Diferentemente da CUEM - Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia que possui um enquadramento normativo satisfatório para a Administração Pública aferir quem pode ser beneficiado com esse instrumento, a Concessão de Direito Real de Uso não traz em sua legislação de regência parâmetros mínimos de inferição. O Decreto-Lei nº 271/67 revela que a CDRU pode ser remunerada ou gratuita. Contudo, não são definidos os critérios de quando a concessão será remunerada e nem quando será gratuita. Dessa forma, não há como saber quais casos devem ser tratados nessa ou naquela forma. Também não foi definida a metodologia para calcular o valor a ser cobrado na forma remunerada dessa concessão. 3. Falta de capacitação para os engenheiros avaliarem os imóveis para fins de publicação de dispensa de licitação quando a regularização for por meio de Concessão de Direito Real de Uso. 4. A existência de imóveis com a situação cartorial incompleta, uma vez que por possuírem natureza de direito real, para que surtam efeitos no mundo jurídico, os títulos de posse devem ser registrados no Cartório de Registro de Imóveis. Dessa forma, as dificuldades para abertura de matrícula em nome da União têm impedido a regularização de várias comunidades. 80

81 5. Falta de apoio das Prefeituras para a regularização das ocupações concentradas em Campos Agrícolas e Postos Agropecuários situados no interior do Estado. 6. Ausência de cartografia atualizada. Essas são apenas algumas dificuldades enfrentadas na realização de regularização fundiária nos imóveis da União. Entretanto, a SPU/CE tem envidado esforços no sentido de titular o maior números de famílias. Contudo, esses esforços são limitados às possibilidades dessa Superintendência. Ademais, identificaram-se apenas vinte destinações em comum entre a Planilha Geral do Órgão Central e a planilha encaminhada anexa à manifestação da SPU/CE, por meio do Ofício nº 0373/2014/GAB/SPU/CE, apesar de algumas divergências em relação ao número do processo e de famílias, conforme a seguir discriminado: Planilha Geral Informação da SPU/CE Município Assentamento Nº Processo Nº Famílias Assentamento Nº Processo Nº Famílias Baturité Canindé Crateús Posto Agropecuário de Baturité Posto Agropecuário de Canindé Posto Agropecuário de Crateús Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei Baturité (Posto Agropecuário de Baturité (Sítio Coió). Canindé (Posto Agropecuário de Canindé.). Crateús (Posto Agropecuário de Crateús). Crato (Posto Agropecuário). Crato Posto Agropecuário de Crato Fortaleza Rua Divina s/n 23 Rua Divina 22 Fortaleza Rua José Maurício nº Rua José Mauricio 11 Fortaleza Comunidade Ernesto 800 Che Guevara Che Guevara. (I) 800 Fortaleza Cidade de Deus II Cidade de Deus II. (I) 100 Fortaleza Estação Ferroviária Couto Fernandes Fortaleza Pici-Base aérea Fortaleza Pirambu (Vila do Mar) Fortaleza Vila Vitória Iguatu Fomento 51 Ipu Jucás Paracuru Quixadá Posto Agropecuário Ipu Posto Agrícola de Várzea Panchavati Campo de Cajueiro de Paracuru Campos de Sementes de Quixadá Quixeramobim Posto Agropecuário de Quixeramobim 942 Couto Fernandes. Informações 942 suprimidas por 3600 Pici (Base Aérea do solicitação da Pici). (I) unidade auditada, em Pirambu. (I) função de sigilo, na forma da lei Poço da Draga (Vila Vitória). 34 Iguatu (Posto Agropecuário de 67 Iguatu (Fomento)). Ipu (Posto 53 Agropecuário do Ipu 54 ( m²)). Jucás (Posto 621 Agropecuário (Sitio Várzea do 600 Panchavati)). (I) 61 Paracuru (Campo do Cajueiro) 160 Quixadá (Campo de Sementes). 2 Quixeramobim (Posto 19 Agropecuário de 19 Quixeramobim.)

82 #/Cau sa# #/Man ifestacao Unid adeexamin ada# #/An aliseco ntro lein tern o# Planilha Geral Informação da SPU/CE Município Assentamento Nº Processo Nº Famílias Assentamento Nº Processo Nº Famílias Russas São Benedito Posto Agropecuário de Russas Campo Agrícola de São Benedito 12 Russas São Benedito (Campo Agrícola de São Benedito). 64 Diante do exposto, restou evidenciada a fragilidade nas informações apresentadas, quanto aos controles dos processos de destinação patrimonial, tanto na SPU/CE como na SPU/Órgão Central. Por fim, impende informar que das 65 destinações listadas pela SPU/Órgão Central, foram solicitados nove processos, dos quais um não foi disponibilizado, conforme especificado a seguir: Município Assentamento Nº Processo Finalidade (Destinação RIP Fortaleza CFIAe Provisão Habitacional Fortaleza Pici Regularização Fundiária Fortaleza Pici-Base aérea Regularização Fundiária Fortaleza Pirambu (Vila do Mar) Regularização Fundiária Informações Fortaleza Pirambu - Projeto Vila do Mar Informações suprimidas por solicitação da unidade Regularização Fundiária e Provisão Habitacional suprimidas por solicitação da Fortaleza Serviluz auditada, em função de Regularização Fundiária unidade auditada, Canindé Posto Agropecuário de sigilo, na forma da lei em função de sigilo, Regularização Fundiária Canindé na forma da lei Crateús Posto Agropecuário Regularização Fundiária Fortaleza Castelo Encantado (Morro do Regularização Fundiária Teixeira) (1) (1) Processo não disponibilizado, por inconsistência dos dados da Planilha Geral. Ressalta-se que as informações referentes às análises desses processos estão tratadas em pontos específicos deste Relatório de Auditoria. #/Fato Causa Deficiências estruturais e técnicas associada à falta de interação entre o corpo gerencial da SPU/CE e da SPU/Órgão Central, impossibilitando a produção de informações atualizadas e consistentes, quanto aos controles dos processos de destinação patrimonial. Manifestação da Unidade Examinada Não houve manifestação da unidade examinada para esse item. Análise do Controle Interno Considerando-se que não houve nova manifestação da unidade examinada sobre esta constatação, após a que está transcrita no campo fato, a análise do Controle Interno consta registrada no referido campo. Recomendações: Recomendação 1: Manter atualizados os dados referentes aos processos de destinação patrimonial. 82

83 Recomendação 2: Melhorar os canais de comunicação entre a SPU/CE e a SPU/Órgão Central, com vistas a evitar informações distorcidas no âmbito do Patrimônio da União como um todo CONSTATAÇÃO Impropriedades no processo de regularização fundiária do Pirambu, que perpassam pelo conflito de áreas do imóvel objeto de regularização e pelos registros do referido imóvel no SPIUnet e Siapa. Fato O Processo nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei trata do 1º aforamento e da regularização fundiária da área do Pirambu, objeto de solicitação de cessão de imóvel da União (RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei ) ao Governo do Estado do Ceará, registrado no Cartório de Registro de Imóveis da 3ª Zona de Fortaleza, sob a matrícula nº , para execução de projeto habitacional, visando ao assentamento de famílias de baixa renda. Da instrução processual, evidenciou-se que o Secretário das Cidades do Estado do Ceará informou, por meio do Ofício GS nº 566/2007, não ter mais interesse na cessão ou permissão de uso das áreas de propriedade da União relativas ao Projeto Costa Oeste, tendo em vista os entendimentos entre o Governo do Estado do Ceará e a Prefeitura de Fortaleza, ao tempo em que solicitou o arquivamento do processo de cessão. Registre-se que em vista do arquivamento do processo de cessão ao Governo do Estado do Ceará, a SPU/CE passou a executar o processo de regularização fundiária do Pirambu. Da sequência processual, verificou-se que não foi procedida a averbação da caducidade do contrato de cessão ao Governo do Estado do Ceará, sob regime de aforamento, de 11/08/2000, à margem da matrícula nº , referente ao imóvel RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, objeto de cessão para execução de projeto habitacional do Pirambu, uma vez que não foi evidenciada referida averbação nas certidões acostadas aos autos do Processo nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Evidenciou-se, também, que não foram adotadas medidas com vistas à regularização da situação jurídica cartorial da matrícula nº , que trata da área total do Pirambu objeto de cessão, conforme indicado no processo: a) retificação judicial do loteamento tratado na Averbação AV , em virtude da exclusão injustificada da área da União contida em nome de terceiro na matrícula nº do Cartório de Registro de Imóveis da 3ª Zona (fls ); b) cancelamento das matrículas nº 2.879, e , todas do Cartório de Imóveis da 3ª Zona da Comarca de Fortaleza/CE, em razão de duplicidade de registro com a matrícula nº (fls ); e c) resolução do conflito entre a área descrita na matrícula nº e a área descrita na matrícula nº (fls ). 83

84 Cabe mencionar que especificamente quanto às questões envolvendo a matrícula nº , a SPU/CE, por meio do Ofício nº 0474/2014/GAB/SPU/CE, de 23/05/2014, informou ter encaminhado o Ofício nº 0472/2014/DIGEP/SPU/CE/MP, de 23/05/2014, ao Cartório de Registro de Imóveis da 3ª Zona de Fortaleza/CE, solicitando a apresentação das matrículas atualizadas de nº , 2.879, 5.903, e Acrescente-se a isso, que foram evidenciadas as seguintes impropriedades no processo de regularização fundiária supradito: a) permanência da área total do terreno ( ,00 m 2 ) com o respectivo valor total do imóvel de RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei (R$ ,00) no SPIUnet, apesar de ter havido desmembramento de áreas com os respectivos registros no Siapa em razão das CUEM efetuadas, indicando a ocorrência de duplicidade dessas áreas desmembradas registradas no Siapa com a área total indicada no SPIUnet. Impende informar que um dos efeitos decorrente da situação apontada se refere à contabilização indevida do valor do imobilizado no Balanço da SPU/CE registrado no Siafi, uma vez que o valor total referente à área do imóvel (RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei ) cadastrado no SPIUnet foi transportado integralmente para a composição do valor do imobilizado da Unidade Gestora (170043) no Siafi. Outra consequência é o reflexo no Balanço Geral da União, que é peça integrante da Prestação de Contas do Presidente da República, visto que o SPIUnet é a principal fonte alimentadora do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). Nesse contexto, há que se levar em conta que para contabilização desse ativo no Siafi deve ser observado apenas o valor da área remanescente do imóvel no SPIUnet, tendo em vista que a redução da área com o desmembramento decorrente das concessões já efetuadas implica necessariamente na redução do valor total do imóvel. b) ausência de cadastro, no Siapa, de dez imóveis referentes às Concessões de Uso Especial para Fins de Moradia - CUEM, apesar da publicação das portarias de concessão a seguir discriminadas: Portaria nº Data Data DOU Processo nº CPF 3 28/04/09 19/11/09 *** ** *** ** 8 28/04/09 25/11/09 *** ** 13 22/06/09 16/08/10 *** ** 16 04/12/09 16/08/10 *** ** 17 04/12/09 16/08/10 *** ** 8 01/03/10 16/08/10 Informações suprimidas *** ** por solicitação da unidade *** ** /07/10 05/07/10 16/08/10 16/08/10 auditada, em função de sigilo, na forma da lei *** ** *** ** *** ** 17 12/07/10 16/08/10 *** ** 19 30/07/10 16/08/ /08/10 16/08/10 *** ** *** ** *** ** *** ** c) intempestividade na publicação das portarias a seguir discriminadas, relacionadas aos CUEM decorrentes da regularização fundiária no Pirambu: 84

85 Portaria Data Data DOU Qtde. dias nº (A) (B) (B-A) 2 28/04/09 25/11/ /04/09 19/11/ /04/09 25/11/ /04/09 19/11/ Processo nº CPF *** ** *** ** *** ** *** ** *** ** *** ** *** ** 6 28/04/09 16/08/ *** ** 7 28/04/09 19/11/ *** ** 8 28/04/09 25/11/ *** ** 9 16/06/09 19/11/ *** ** *** ** 10 28/04/09 16/08/ *** ** *** ** 11 16/06/09 25/11/ *** ** *** ** 12 16/06/09 16/08/ *** ** *** ** 13 22/06/09 16/08/ *** ** 15 03/11/09 16/08/ *** ** Informações suprimidas 16 04/12/09 16/08/ *** ** por solicitação da unidade 17 04/12/09 16/08/ *** ** auditada, em função de 27 28/12/09 16/08/ *** ** sigilo, na forma da lei 1 15/01/10 16/08/ *** ** 3 18/02/10 16/08/ *** ** *** ** 4 18/02/10 16/08/ *** ** *** ** 5 22/02/10 16/08/ *** ** *** ** 6 23/02/10 16/08/ *** ** 8 01/03/10 16/08/ *** ** *** ** 10 12/04/10 16/08/ *** ** 14 08/07/10 16/08/10 39 *** ** 15 12/07/10 16/08/10 35 *** ** 16 05/07/10 16/08/10 42 *** ** *** ** 17 12/07/10 16/08/10 35 *** ** 19 30/07/10 16/08/ /08/10 16/08/10 10 *** ** *** ** *** ** *** ** Diante do exposto, instaram-se os responsáveis pela SPU/CE a apresentarem razões de justificativa para as impropriedades em comento, relacionadas ao do processo de regularização fundiária da região do Pirambu. Por meio do Ofício nº 0470/2014/GAB/SPU/CE, de 22/05/2014, a SPU/CE apresentou a seguinte manifestação, exarada pela Chefe do Serviço de Assuntos Fundiários: Atualmente, os processos de regularização fundiária são encaminhados ao Setor de Cadastro para fins de reativação do RIP somente após conclusão da titulação envolvendo o registro do contrato de CUEM no Cartório de Registro de Imóveis. 85

86 Sendo assim, após a devolução das matrículas pelo Cartório é que os processos são encaminhados ao Setor de Cadastro. Dessa forma, informamos a atual situação dos processos que ainda estão em instrução, conforme abaixo relacionados: Nº DO PROCESSO SITUAÇÃO ATUAL Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei Encaminhado à CJU. Encaminhado à COIFI/SEDEC para reativação do RIP. Encaminhado à DIREP para inclusão da utilização. Encaminhado à DIREP para inclusão da utilização. Aguardando despacho do técnico para ser encaminhado à CJU. Encaminhado à DIREP para inclusão da utilização. Encaminhado à COIFI para reativação do RIP. Encaminhado à COIFI para reativação do RIP. Encaminhado à COIFI para reativação do RIP. Falta abertura de matrícula. Antes de adentrarmos na análise desse item, faz-se necessários alguns comentários acerca da regularização fundiária. A Regularização Fundiária em Terras da União tem como alicerce o princípio da função social da propriedade, ora insculpido na Constituição Federal. Com o intuito de modificar a orientação na gestão do Patrimônio da União, até então voltada exclusivamente para a função arrecadadora, a missão da SPU foi definida para Conhecer, zelar e garantir que cada imóvel da União cumpra sua função socioambiental, em harmonia com a função arrecadadora, em apoio aos programas estratégicos para a Nação. Sabendo que toda propriedade, seja ela pública ou privada, deve atender a função social, conclui-se que os imóveis da União devem estar em sintonia com tal preceito. Dito isto, cumpre informar que o Manual de Regularização Fundiária em Terras da União, revela que o cumprimento da função socioambiental dos bens da União, dentre outras formas, dá-se com o Reconhecimento do direito à moradia de grupos sociais que estejam ocupando, por mais de cinco anos, áreas públicas consolidadas como assentamentos urbanos, regularizando a posse da terra; Em virtude disto, foi criado o Serviço de Assuntos Fundiários para promover a regularização fundiária de interesse social que se destina às famílias com renda inferior a cinco salários mínimos, de acordo com o art. 18-A, 1º, Decreto-Lei 9.760/46. A regularização fundiária é realizada por meio de contrato administrativo que possui força de escritura pública, sendo firmado entre a União e o respectivo ocupante. Há dois instrumentos que podem ser utilizados na regularização fundiária de interesse social: i) Concessão de Direito Real de Uso Resolúvel- CDRU. ii) Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia - CUEM. A Concessão de Direito Real de Uso Resolúvel foi prevista no art.7, Decreto-Lei nº 271/67. Esse Decreto-Lei informa que a CDRU pode ser 86

87 remunerada ou gratuita. Contudo, não são definidos os critérios de quando a concessão será remunerada e nem quando será gratuita. Dessa forma, não há como saber quais casos devem ser tratados nessa ou naquela forma. Além disso, não foi definida a metodologia para calcular o valor a ser cobrado na forma remunerada dessa concessão. Em virtude disso, tal instrumento não tem sido utilizado na regularização direta dos ocupantes. Na prática, a CDRU tem sido empregada nas destinações ao Estado e aos Municípios. Por vez, a Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia, criada pela Medida Provisória 2.220/2001 e regulamentada pela Instrução Normativa 02, possui requisitos bem definidos para aferição no caso concreto. Dessa forma, após a criação do Serviço de Assuntos Fundiários, a SPU/CE começou a utilizar esse instrumento na regularização fundiária. Inicialmente, os técnicos se depararam com ausência de um procedimento que estabelecesse uma sequência de atos até a assinatura do contrato. Diante disso, os técnicos começaram a pensar num rito que atendesse as particularidades da CUEM e da Lei 9.784/99. Do início do ano de 2009 até a presente data, esse procedimento foi alterado cerca de 04 vezes, sendo que a cada alteração, os processos tinham que ser revistos e readaptados. Além disso, como a publicação no DOU é feita em Brasília/DF, inicialmente, esperava-se reunir vários processos, para depois elaborar um memorando e os enviar via malote ao Órgão Central, que se encarregava de encaminhar as portarias ao DOU para publicação. Após isto, os autos eram devolvidos a SPU/CE para continuidade. Esse procedimento dispendia um determinado tempo. Como forma de agilizar a publicação, a partir de 28/06/2012, esse procedimento foi aperfeiçoado e hoje os documentos para publicação da portaria são enviados via . O envolvimento da comunidade do Pirambu no procedimento de regularização fundiária foi um complicador que os técnicos tiveram que enfrentar no início dos trabalhos. A população temia que o Governo Federal tivesse a intenção de retirá-los desse local, uma vez que tinham consciência de que estavam ocupando um terreno de propriedade da União. Diante da desinformação que assolava essa comunidade, as pessoas não recebiam os técnicos da SPU/CE para a entrevista social, não apresentavam os documentos solicitados e em algumas situações, quando viam o carro da Superintendência entravam em suas casas e de lá não saiam até ter certeza de que os técnicos haviam ido embora. Diante desse quadro, somente com o envolvimento das lideranças comunitárias é que o processo começou a evoluir e isso levou certo tempo. Após abertura da comunidade, os processos começaram a ser instruídos e a partir do ano de 2009 começaram a ser publicadas as primeiras portarias autorizativas. Após essa autorização, era necessário que os ocupantes assinassem o contrato de Concessão. Acontece que em muitos casos, os contratantes se recusavam a assinar os contratos e diversos eram os motivos que levavam a isso. Nesse sentido, os técnicos do SEAFU tinham que contornar essas situações e isso envolvia várias visitas ao imóvel para dirimir as controvérsias ora existentes. 87

88 Afora isso, quando o foco era na arrecadação as ocupações que não tinham autorização da SPU/CE eram submetidas a ações de reintegração de posse. Quando o foco mudou para a Função Social, essas reintegrações passaram a ser tratadas como ocupação irregular e submetidas à regularização fundiária. Caso ilustrativo dessa inovação foi observado no Município de Itapipoca, em que se localiza o Posto Agropecuário de Itapipoca. Após a União propor ação de reintegração de posse em desfavor do Município de Itapipoca, da COELCE e contra cerca de 300 (trezentos) moradores, em virtude de estarem ocupando imóvel da União sem autorização desta Superintendência, essa demanda foi encaminhada ao Serviço de Assuntos Fundiários para promover a regularização fundiária e não mais a reintegração de posse. Feitos esses comentários, passamos a análise do item 5, solicitada pela equipe de auditoria. Esse item informa que há intempestividade na publicação de portarias que foram discriminadas em uma tabela contendo 06 colunas e 30 linhas. Consta nessa tabela, as colunas Data e Data DOU. Pelo que tudo indica, a intempestividade apontada se refere as datas diversas constantes nessas colunas. Dito de outro modo, a intempestividade apontada decorre de que a publicação da portaria no DOU se deu em data diversa da que consta na própria Portaria. Como já afirmado, desde o início do ano de 2009 até a presente data, a rotina administrativa (procedimento) até a assinatura do contrato de CUEM já foi modificada cerca de 04 vezes. Até 28/06/2012, à medida que os processos iam sendo concluídos, estes eram guardados em uma estante própria, à espera da conclusão de outros processos. Dessa forma, somente depois que fossem juntados vários processos é que estes eram encaminhados ao Órgão Central, via malote, para fins de publicação da portaria autorizativa de CUEM. Acontece que quando o processo era concluído, este já continha a portaria numerada, datada e assinada pelo Superintendente, uma vez que este é a autoridade competente para a outorga da CUEM, conforme disposto na portaria nº 40, de 18 de março de Dessa forma, os processos já chegavam ao Órgão Central com as portarias datadas e por essa razão a data da publicação no DOU diverge da data constante da própria portaria. Para constatar isso basta um olhar para a tabela e observar que: i) no dia 16/08/2010, foram publicadas 21 (vinte e uma) portarias. ii) no dia 25/11/2009, foram publicadas 04 (quatro) portarias. iii) no dia 19/11/2009, foram publicadas 04 (quatro) portarias. Após publicação no DOU, os processos eram devolvidos a SPU/CE para continuidade. Uma vez recebidos, os técnicos agendavam com os ocupantes um horário para a assinatura do contrato de concessão. Como já dito também, em muitas oportunidades, esses mesmos ocupantes se negavam a assinar esses instrumentos, o que obrigava os servidores a realizarem várias visitas ao imóvel para explicar acerca da necessidade da assinatura. Após os contratos serem assinados, publicava-se os extratos no DOU. 88

89 Ainda hoje, a data constante na portaria diverge da data de sua publicação no DOU. Isso porque após a portaria ser assinada pelo Superintendente, esta é enviada por (documentos escaneados) ao Órgão Central, que encaminha ao DOU para respectiva publicação e isso leva cerca de três dias ou mais, dependendo da época do ano. Portanto, a intempestividade apontada na tabela constante do item 5, desta solicitação, decorre da rotina administrativa que então era adotada. Posteriormente, houve um aperfeiçoamento do procedimento e atualmente o trâmite está mais rápido. Contudo, ainda há um lapso de tempo entre a data da assinatura da portaria e sua respectiva publicação no DOU, o qual decorre da própria burocracia do serviço público. Também por meio do Ofício nº 0469/2014/GAB/SPU/CE, de 22/05/2014, a SPU/CE encaminhou a Nota Técnica nº 12/2014/SEDEC/COIFI-GBA, de 21/05/2014, do Chefe do SEDEC, apresentando manifestação acerca das impropriedades identificadas, que foi editada apenas quanto ao CPF de pessoa citada, a fim de preservá-la: Considerando que o imóvel em questão é um próprio nacional que não seria destinado sob nenhum dos regimes previstos pelo Sistema SIAPA (ocupação e aforamento) à época, a direção da SPU/CE de então optou pelo cadastro no sistema SPIUnet para evitar o problema ocorrido quando do cadastramento em massa realizado na região pela empresa ZENITH, aonde milhares de RIPs SIAPA foram criados e tiveram que ser cancelados para evitar a geração de débitos que jamais seriam cobrados (além de que a área da matrícula em questão é ocupada por mais de famílias, de forma que jamais seria possível designar um responsável para o todo, o que geraria inconsistência cadastral no SIAPA). Só recentemente (meados de 2013) o SIAPA passou a contar com os regimes de utilização CUEM, CDAU e TAU. Portanto, a SPU/CE deverá deliberar acerca da melhor forma de saneamento cadastral completo para o complexo caso narrado. Quanto à manutenção da área inteira no sistema SPIUnet, informamos que este não possui funcionalidade para Unificação/Desmembramento/ Fracionamento, de forma que é impossível reduzir a área mantendo os RIPs relacionados entre si (de forma que é aconselhável manter a área original provisoriamente). Considerando o exposto no quesito anterior (o fato de o SIAPA contar, a partir de meados de 2013, com os regimes de regularização fundiária), a tendência (posição do SEDEC sobre a questão) é que o imóvel em questão migre para o SIAPA e tenha sua área corrigida e atrelada aos RIPs derivados criados a partir dele. O cadastro no SIAPA não ocorre com a publicação da portaria, mas sim com o registro do Contrato no cartório competente. Portanto, possivelmente ainda restam trâmites a serem cumpridos na Divisão de Gestão Patrimonial (Serviço de Assuntos Fundiários) antes de que os respectivos processos sejam encaminhados para cadastro no SIAPA. Solicitamos que a equipe analise a manifestação da citada Divisão de Gestão juntamente com o presente. Questionamento não procede. Conforme pesquisa CPROD do processo nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei (processo relacionado ao CPF *** **), o 89

90 #/Cau sa# #/Man ifestacao Unid adeexamin ada# cadastro foi criado em 05/02/2014 e encaminhado à Divisão de Receitas Patrimoniais - DIREP para inclusão da utilização (CUEM). Como a referida utilização ainda não foi incluída pela DIREP, o SIAPA ainda não relacionou o RIP do imóvel ao CPF da titular, fato que pode ter levado a equipe de auditoria a acreditar que o imóvel não está cadastrado. Em que pese a manifestação exarada pela Chefe do Serviço de Assuntos Fundiários da SPU/CE quanto à ausência de dez cadastros de imóveis referentes às CUEM no Siapa, verifica-se um hiato temporal significativo da publicação da portaria de concessão sem que se tenha qualquer perspectiva de conclusão do processo de regularização dos imóveis em questão, e conforme indicado na tabela apresentada na manifestação, exceto pelo processo nº / , que foi encaminhado à Consultoria Jurídica da União - CJU, todos os demais processos se encontram em trâmite no âmbito da SPU/CE. Do mesmo modo, observa-se como desarrazoado o hiato temporal entre a data das portarias de concessão e suas respectivas publicações, posto que no rito processual, o ato de publicação se configura como intermediário no processo de concessão e a sua demora tem como consequência o atraso para conclusão da regularização fundiária dos imóveis, que como dito, se conclui com a publicação do extrato do contrato de concessão. Além disso, ao deixar acumular os processos para posterior encaminhamento à SPU/Órgão Central, a SPU/CE acabou por interferir na resolução daqueles processos que tiveram suas portarias de autorização inicialmente exaradas, preterindo a celeridade dos mesmos. No que se refere à manifestação do Chefe da SEDEC/COIFI/SPU/CE quanto à manutenção da área total e respectivo valor do imóvel de matrícula nº no SPIUnet, apesar do posicionamento indicado de que o imóvel em questão deve migrar para o Siapa e ter sua área corrigida e atrelada aos RIP, verifica-se que a ausência de desmembramento da área e respectivo valor no SPIUnet está produzindo informação incorreta quanto ao ativo registrado no balanço da SPU/CE, e por sua vez no Balanço Geral da União. Da manifestação que trata da ausência de cadastro no SIAPA do imóvel de matrícula nº , objeto do processo nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, verifica-se que a manifestação apresentada somente ratificou o posicionamento da Equipe de Auditoria, uma vez que o processo se encontra tramitando na DIREP para inclusão da ocupação. #/Fato Causa Deficiência no controle de registros da SPU/CE e na comunicação com o Ofício de Registro de circunscrição dos imóveis, por parte do corpo gerencial da Superintendência, tendo como efeito a produção de informações imprecisas quanto à área do imóvel objeto de cessão, em razão da ausência de fiscalização sistemática dos imóveis da União por essa Unidade Gestora. Manifestação da Unidade Examinada Não houve manifestação da unidade examinada para esse item. Análise do Controle Interno 90

91 #/An aliseco ntro lein tern o# Considerando-se que não houve nova manifestação da unidade examinada sobre esta constatação, após a que está transcrita no campo fato, a análise do Controle Interno consta registrada no referido campo. Recomendações: Recomendação 1: Oficiar o Cartório de Registro de Imóveis para que seja procedida a averbação da caducidade do Contrato de Cessão, sob Regime de Aforamento, de 11/08/2000, à margem da matrícula nº Recomendação 2: Proceder ao cadastro, no Siapa, dos imóveis que já tiveram suas portarias de concessão publicadas. Recomendação 3: Buscar mecanismos junto ao SPU/Órgão Central visando a migração do valor e da área do imóvel RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei do SPIUnet para o Siapa, à medida em que for sendo efetuado o desmembramento da área em razão da Concessão de Uso Especial para fins Moradia - CUEM. Recomendação 4: Adotar medidas com vistas à regularização da situação jurídica cartorial da matrícula nº , considerando o conflito com as matrículas nº 2.879, 5.903, e Recomendação 5: Proceder à publicação tempestiva das portarias relacionadas aos CUEM decorrentes da regularização fundiária no Pirambu CONSTATAÇÃO Edição de portaria declaratória de área de interesse público contendo dados com imprecisão e inconsistências, inclusive, abrangendo áreas em duplicidade. Fato Verificou-se, a partir do Ofício GS nº 0419/2012, de 05/03/2012, que o Governo do Estado do Ceará, por meio do Secretário Executivo das Cidades, solicitou a cessão do imóvel da União classificado como terreno de marinha e acrescido localizado na Rua Dr. José Monteiro s/n, bairro Edson Queiroz, Município de Fortaleza/CE, inscrito sob o RIP nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, para implantação de residencial destinado ao reassentamento de famílias, que faz parte do desenvolvimento do Projeto Dendê, dando assim, início à instrução do Processo nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei na Superintendência do Patrimônio da União no Estado do Ceará. Segundo o Memorial Descritivo, de 07/08/2012, a área dominial de terreno situada na margem direita do Rio Cocó, pleiteada pelo Governo do Estado do Ceará, indica as seguintes dimensões: - na poligonal 1: área de ,770 m 2 - na poligonal 2: área de ,088 m 2 91

92 De acordo com o Parecer SPU/CE/INF/AEPC/nº 254/2012, de 21/08/2012, a área dominial requerida pelo Governo do Estado do Ceará é m 2, deduzindo-se a área dominial não inscrita de 6.844,943 m 2 da poligonal 1. Impende mencionar que segundo extração do Siapa (data-base: 29/08/2012) contida no processo, o RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. apresenta os seguintes dados: - Situação da área: Imóvel não situado em área de Regularização Fundiária. Área não declarada pela Prefeitura de Interesse Social. - Regime: Ocupação (tx de 2%). - Responsável: Espólio (CPF nº *** **). - Relação c/ 26 débitos. Da instrução processual extraiu-se que durante a fase de aprovação na Secretaria de Infraestrutura da Prefeitura Municipal de Fortaleza, o projeto residencial sofreu reajustes que resultaram na alteração poligonal, apresentando-se um novo Memorial Descritivo, em 23/03/2013, que indica a dominialidade na poligonal 1 com área de ,673 m 2 e de ,088 m 2 na poligonal 2, totalizando uma área de m 2. Feitas as considerações preliminares, observou-se que a SPU/CE procedeu ao cancelamento da utilização do imóvel RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, em 30/06/2013 e encaminhou o Ofício nº 861/2013-DIGEP/SPU/MP, de 22/08/2013, ao Oficial do Cartório de Registro de Imóveis da 1ª Zona de Fortaleza/CE com os Termos de Incorporação dos imóveis citados nas poligonais 1 e 2 contidos no RIP retromencionado, mediante certidões de inteiro teor, acompanhadas de planta e memorial descritivo das áreas. Como efeito, houve o cancelamento de todos os débitos enviados para a Dívida Ativa da União, restando pendentes somente aqueles alusivos aos exercícios 2012 e 2013, que, por sua vez, estão aguardando o processo da grande Notificação 2014, conforme disposto na Nota Técnica nº 199/CGCOB/SPU, de 17/04/2014. Ocorre que por meio da Solicitação nº 01/132202, de 14/10/2013, o Oficial de Registro do 1º Ofício de Registro de Imóveis informou à SPU/CE que foram encontrados indícios de que os imóveis objetos da incorporação podem estar compreendidos na Matrícula nº e na Transcrição nº Além disso, informou que a Matrícula nº foi aberta conforme requerimento de 10/05/2011, Planta, Memorial Descritivo, Certidão nº 021/2011/COIFI/SPU/CE, de 13/05/2011, e ART nº , constando em sua abertura a descrição de terreno alodial e de marinha. Diante dessas informações, a SPU/CE elaborou a Nota Técnica nº 013/2014/DPB/COIFI/SPU/CE, de 07/02/2014, conforme a seguir se transcreve, tendo sido editada apenas quanto ao nome de pessoas citadas a fim de preservá-las: Trata-se o presente de solicitação de esclarecimentos quanto às dúvidas suscitadas na Solicitação nº 01/132202, do Cartório do 1 Oficio de Registro de Imóveis da Comarca de Fortaleza-CE, no que se refere aos indícios dos imóveis objetos de Incorporação pretendida por esta Superintendência do Patrimônio da União estarem compreendidos na Matrícula nº e Transcrição nº

93 A cadeia sucessória dos registros cartoriais para os terrenos presumíveis de marinha corresponde à Transcrição nº (às folhas 2, 3 e 41), Transcrição nº (às folhas 41 e 44, transferência de C. para J. M., área de ,0414 m 2 ), Transcrição nº (à folha 90), Transcrição nº (à folha 93), do processo nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei (atual Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei ), regularizado nesta Superintendência sob o RIP nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei (RIP SPIU nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei ), com área de ,0414 m 2, conforme plantas e memorial descritivo às folhas 7, 35 a 37 e 46. Já a cadeia sucessória para os terrenos presumíveis acrescidos de marinha, corresponde à Transcrição nº (à folha 2, 3, 41 e 112v), Transcrição nº (à folha 112v), Transcrição nº (à folha 112v), Transcrição nº (à folha 112), Transcrição nº (à folha 112), do processo nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei (atual Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei ), regularizado nesta Superintendência sob o RIP nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei (RIP SPIU nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei ), com área de ,7181m 2, conforme planta e memorial descritivo às folhas Em 28 de novembro de 1985, foi cancelado o RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei e alterada a área do RIP nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, descrevendo a unificação dos dois RlPs e mais uma parte do terreno considerado próprio, que se tornara de marinha após a demarcação da LPM-1831 para o trecho em questão. Assim, a área do RIP nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei passou de ,7181 m 2 para ,00 m 2, conforme planta e memorial descritivo, às folhas , do Processo nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Como foi demonstrado acima, tanto a documentação cartorial que deu origem à regularização dos terrenos de marinha quanto àquela que originou os acrescidos de marinha foram advindas da Transcrição de nº , do Cartório do 1º Ofício de Registro de Imóveis. Entretanto, não foi possível identificar junto às respectivas cadeias sucessórias a Transcrição nº (à folha 242, do Processo nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei ), a qual, segundo Certidão do mesmo cartório, descreve um imóvel com confinantes idênticos ao da Transcrição nº , mas menciona que foi adquirido em maior porção dessa última. [...] Também não foi possível verificar junto à documentação anexa aos processos citados, o desmembramento da Transcrição de nº nos 93

94 terrenos de marinha, acrescidos e alodiais, apenas uma sucessão de registros cartoriais que a mencionam como título anterior. A Transcrição nº , do Cartório do 1 Oficio de Registro de Imóveis, à folha 02, do Processo nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, descreve um imóvel próprio, que mede 122 m (cento e vinte e dois metros) por 2010 m (dois mil e 10 metros), situado no lugar denominado Dendê, em Fortaleza-CE, extremando de um lado com o Rio Precabura, ou Campina ; e do outro, com a herdeira R. C. de S.; pela frente com a Salina Washington Soares: e pelos fundos, com o Rio Precabura ou Campina. Embora a Transcrição nº descreva de forma muito superficial o imóvel objeto em questão, através de seus confinantes citados nos registros cartoriais sucessórios, plantas de situação dos terrenos presumíveis de marinha e seus acrescidos, e planta de unificação dos terrenos de marinha e seus acrescidos, foi possível identificar a área inicial da Transcrição de nº na localidade denominada Dendê, conforme planta em anexo. Entretanto, a locação das áreas desmembradas e registros posteriores não foi possível, devido a inconsistências e imprecisão na descrição de suas áreas, assim como na Matricula nº , em que descreve um imóvel com quatro confinantes e apenas 01 (uma) dimensão. Com relação à Certidão nº 021/2011/COIFI/SPU/CE, que deu origem à Matrícula nº , do Cartório de Registro de Imóveis da 1ª Zona de Fortaleza-CE, descreve um imóvel com dimensões idênticas às Transcrições nº e , confinando ao Sul com o Loteamento Cidade Ecológica e ao Norte com terreno de marinha na posse dos herdeiros de A. M. R., conforme planta à folha 58 do Processo nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Assim, se verificou que houve um erro de locação da poligonal do imóvel descrito na citada certidão, haja vista a distância de seu confinante ao Sul em relação à Linha limite de terrenos de marinha, em comparação à planta de situação, à folha 45, do Processo n Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Conforme planta às fls. 45 do PA nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, o imóvel objeto de incorporação está inserido no RIP nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei e Transcrição nº do Cartório do 1º Ofício de Registro de Imóveis de Fortaleza/CE, entretanto não é possível informar se o mesmo está inserido na Transcrição nº , devido a inconsistências e imprecisão na descrição de sua área. Já a Matrícula nº , como demonstrado acima, está em duplicidade de registro com Transcrição nº do Cartório do 1º Ofício de Registro de Imóveis de Fortaleza/CE. Sugiro cancelar a Certidão de Dominialidade nº 021/2011/COIFI/SPU/CE, por apresentar erro de locação e encaminhar a DIGEP para manifestar-se 94

95 sobre os demais questionamentos do Cartório do 1º Ofício de Registro de Imóveis de Fortaleza/CE. Observou-se que por meio do Ofício nº 0250/2014-DIGEP/SPU/CE/MP, de 13/03/2014, a SPU/CE informou ao Cartório do 1º Ofício de Registro de Imóveis de Fortaleza/CE que a área dominial objeto da incorporação está inserida nos limites da Transcrição nº , mas que não foram possíveis a locação das áreas desmembradas e registros posteriores devido a inconsistência e imprecisão na descrição de suas áreas, ao tempo em que também informou que, com relação à Matrícula nº , procedeu ao cancelamento da Certidão nº 021/2011/COIFI/SPU/CE por erro de locação da poligonal do imóvel descrito na citada certidão. No entanto, não se identificou na instrução processual o ato de cancelamento da certidão supradita e sequer o encaminhamento de comunicação oficial ao 1º Ofício de Registro de Imóveis, com vistas à adoção dos registros cartoriais cabíveis quanto à Matrícula nº A despeito dessa situação a SPU/CE procedeu à publicação da Portaria nº 369, de 19/11/2013, que declarou de interesse social o imóvel da União classificado como terreno de marinha e acrescido localizado na Rua Dr. José Monteiro s/n, bairro Edson Queiroz, Município de Fortaleza/CE, com área de ,761 m 2, inscrito sob o RIP nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei.. Todavia, ainda não foi procedida à formalização do termo ou contrato de cessão do imóvel para o Governo do Estado do Ceará iniciar a implantação do residencial pretendido, conforme estabelecido no 3º, art. 18, da Lei nº 9.636/1998. Instada a apresentar justificativa para a edição da Portaria nº 369/2013 em face das pendências retratadas neste achado de auditoria e dados os efeitos externos produzidos pela edição do ato administrativo em tela, a SPU/CE, por meio Ofício nº 0421/2014/GAB/SPU/CE, de 09/05/2014, apresentou a seguinte manifestação: A área objeto de implantação do Projeto do Dendê é constituída de imóvel da União, situado em terreno de marinha e acrescido, cuja demarcação está efetivada conforme processo nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. A Declaração de Interesse do Serviço Público (DISP) é o instrumento previsto no Decreto-Lei 2.398/1987 para a proteção de áreas da União necessárias a implementação de projetos públicos, sociais, ou econômicos de interesse nacional, à preservação ambiental, à proteção dos ecossistemas naturais e à defesa nacional. Conforme o Decreto-Lei 2.398/1987 é da competência da Secretaria do Patrimônio da União, essa declaração. Art. 5. Ressalvados os terrenos da União que, a critério do Poder Executivo, venham a ser considerados de interesse do serviço público, conceder-se-á o aforamento: (Redação dada pela Lei n 9.636, de 1998). (grifo nosso). Parágrafo único. Considera-se de interesse do serviço público todo imóvel necessário ao desenvolvimento de projetos públicos, sociais ou econômicos de interesse nacional, à preservação ambiental, à proteção dos ecossistemas naturais e 95

96 à defesa nacional, independentemente de se encontrar situado em zona declarada de interesse do serviço público, mediante portaria do Secretário do Patrimônio da União. (Incluído pela Lei n 9.636, de 1998). (grifo nosso). A declaração de interesse do serviço público, no âmbito da regularização fundiária, visa resguardar a área para a população interessada, evitando, assim, que seja dada destinação diversa da pretendida, bem como, sejam causados danos irreparáveis ou de difícil reparação a comunidade. De acordo com o art. 20, VII, da atual Constituição Federal, são bens da União os terrenos de marinha e seus acrescidos. Art. 20. São bens da União: VII - Os terrenos de marinha e seus acrescidos. O fato do imóvel não estar incorporado e não haver matrícula não impede que a área seja declarada de interesse do serviço público, para fins de regularização fundiária, pois os terrenos de marinha e seus acrescidos são bens da União. A Carta Magna não impôs a necessidade de registrar os Terrenos de Marinha e seus Acrescidos no Cartório de Registro de Imóveis, simplesmente determinou que esses terrenos são bens da União. Destarte, a portaria n 369, de 19/11/2013, declarou de interesse do serviço público uma área de propriedade da União com o objetivo de reservar a área para fins de regularização fundiária de interesse social. Em relação ao fato de haver indícios de que os mesmos podiam estar compreendidos na Matricula nº , aberta em decorrência de Planta, Memorial Descritivo e Certidão nº 021/2011/COIFI/SPU/CE, de 13/05/2011, expedida pela SPU e na Transcrição nº , temos a informar que esse fato não pode ser oposto a Administração Pública, uma vez que a União tem por insubsistente e nula quaisquer pretensões sobre o domínio pleno de terrenos de marinha e seus acrescidos, conforme inteligência do art.198, Decreto-Lei 9.760/46. [...] Art A União tem por insubsistentes e nulas quaisquer pretensões sobre o domínio pleno de terrenos de marinha e seus acrescidos, salvo quando originais em títulos por ela outorgadas na forma do presente Decreto-lei. Como se pode observar no processo Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, a área em avento atende aos pressupostos legais para sua Declaração de Interesse do Serviço Público, pois: a) A área é de propriedade da União, uma vez que se trata de terrenos de marinha e acrescidos, tendo a LPM sido demarcada conforme processo Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei ; 96

97 b) É necessária ao desenvolvimento de projetas públicos e interesse sociais, qual seja, a implantação de projeto de Provisão Habitacional e Regularização Fundiária para Famílias de baixa renda do Dendê; c) Independentemente de se encontrar situado em zona declarada de interesse do serviço público, por ser imóvel necessário ao desenvolvimento de projetas públicos e sociais, a área em questão já é uma área de interesse do serviço público. A publicação da Portaria 389, de 19/11/2013, apenas formalizou um fato; d) Desconhecemos qualquer exigência legal para que a área esteja cartorialmente regularizada para que seja publicada uma DISP. As exigências estabelecidas no Decreto-Lei nº 2.398/1987, Art. 5, são as únicas conhecidas. Em que pesem as alegações apresentadas, restou evidenciado que a SPU/CE editou a Portaria nº 369, de 19/11/2013, e a ela deu publicidade contendo informações não precisas, tendo em vista que seu teor descreve coordenadas de áreas da poligonal 1 e da poligonal 2, em que há indícios de duplicidade com a Matrícula nº , que por sua vez foi aberta com base na Certidão nº 021/2011/COIFI/SPU/CE, e consta a descrição do terreno total, constituído de terreno de marinha e alodial. Nesse sentido, ressalta-se que a portaria supradita se reveste em ato administrativo declaratório decorrente de uma atividade do serviço público, que produz efeitos externos a partir de sua publicação, e por essa razão não pode ser defectivo, sob pena de se tornar nulo. Além disso, o art. 4º da Portaria nº 369, de 19/11/2013, prevê que a SPU-CE dará conhecimento do teor desta Portaria ao Ofício de Registro de Imóveis da circunscrição e ao Município. Registre-se que por certo, essa previsão foi disposta para que fossem efetuadas as respectivas anotações nos registros do Ofício de Registro e do Município de Fortaleza. Dessa forma, observa-se que a partir da edição de atos imprecisos poderia ter se formado também uma cadeia de anotações imprecisas nos registros dos entes responsáveis que só não se concretizou, no caso desse ato final, porque a SPU/CE não procedeu à comunicação na forma prevista no dispositivo retromencionado. Por outro lado, da análise sistêmica das manifestações da SPU/CE, verificou-se que ao ser indagada sobre os critérios e requisitos utilizados na declaração de um imóvel como de interesse público, essa Unidade Gestora, por meio do Ofício nº 0373/2014/GAB/SPU/CE, de 23/04/2014, informou que O objetivo da DISP - Declaração de Interesse do Serviço Público é gravar o imóvel como de interesse do serviço público, com base no artigo 5, parágrafo único, do Decreto-Lei nº 2.398/1987. Nessa ótica, os critérios adotados são: ocupação da área predominantemente por famílias de baixa renda e a incorporação do imóvel concluída, ou seja, o imóvel deve estar registrado em Cartório, portanto, conclui-se que a própria SPU/CE reconhece como imprescindível a incorporação do imóvel. #/Fato Causa Ausência de sistema de georreferenciamento de imóveis, bem como de controle dos registros na SPU/CE e de comunicação com o Ofício de Registro de circunscrição do 97

98 #/Cau sa# #/Man ifestacao Unid adeexamin ada# imóvel, produzindo uma sucessão de informações imprecisas quanto às áreas do imóvel objeto de cessão, em razão da ausência de pessoal necessário à demarcação e fiscalização dos imóveis da União. Associado a isso, verifica-se a falta de acuidade do Superintendente da SPU/CE em editar e publicar um ato com informações imprecisas. Manifestação da Unidade Examinada Por meio do Ofício nº 0669/2014/GAB/SPU/CE, de 10/07/2014, a Superintendência do Patrimônio da União no Ceará apresentou a seguinte manifestação: Em atendimento ao Ofício nº 16112/2014-NAC-3/CGU-Regional/CE, de 27 de junho de 2014, protocolado sob o nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, apresentamos discordância quanto ao ponto , no que se refere à recomendação 02, quanto à imediata anulação da Portaria nº 369, de 19/11/2013, por conter informações imprecisas quanto à área objeto da cessão ao Governo do Estado do Ceará, em virtude das razões a seguir expostas: Ratificamos as informações prestadas anteriormente, ressaltando que as informações constantes da citada portaria são precisas e identificam de forma inequívoca as áreas de propriedade da União, constantes da Poligonal 1 e 2, demarcadas conforme processo de demarcação da linha de preamar de nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, atendendo as exigências constantes da legislação patrimonial. [...]. Análise do Controle Interno A princípio, a SPU/CE encaminhou manifestação apenas discordando quanto à recomendação de anulação da Portaria nº 369/2013 disposta no Relatório Preliminar, tendo apresentado os mesmos argumentos já incorporados ao fato. Acrescente-se às disposições do fato, que segundo a Solicitação nº 01/132202, de 14/10/2013, o Oficial Registrador do 1º Ofício de Registro de Imóveis da Comarca de Fortaleza ressaltou o que segue: [...] a regularização dos terrenos de marinha e seus acrescidos, segundo disposições legais, deve ser realizada através de procedimento de Demarcação, observados os requisitos indicados no parágrafo 7 para registro do Termo de Incorporação e com o devido esclarecimento acerca dos registros imobiliários (Matrícula nº e na Transcrição nº ) para evitar duplicidade de registros imobiliários referentes ao mesmo terreno, assim como, caso haja a constituição do aforamento, deve ser apresentado posteriormente o registro do Contrato de Aforamento. Impende informar que o parágrafo 7º indicado no texto acima descreve o seguinte: [...] para o registro da Demarcação a União deverá apresentar perante o Oficio de Registro de Imóveis da circunscrição do imóvel: 98

99 #/An aliseco ntro lein tern o# a) Requerimento da União, firmado pelo Procurador da Fazenda Nacional, dirigido ao oficial do Registro de Imóveis da situação do imóvel (art. 2, Lei nº 5.972/1973, e art. 3º, Lei nº 9.636/1998); b) Mapa detalhado da área discriminada (art. 12, I, Lei nº 6.383/1976; art. 26, 2º, Dec.-Lei nº 9.760/1946; art. 2º, Parágrafo único, Lei nº 9.636/1998); c) Memorial circunstanciado do mapa, com indicação da circunscrição judiciária ou administrativa em que está situado o terreno (art. 26, 3º, DL nº 9.760/1946; art. 2º, I, 1º, Lei nº 5.972/1973); d) A relação das áreas com a titulação no Registro de Imóveis, cujos presumidos proprietários ou ocupantes não atenderam ao edital de convocação ou à notificação pessoal (art. 12, VI, Lei nº 6.383/1976); e) O rol das propriedades reconhecidas (art. 12, V, Lei nº 6.383/1976); f) A relação dos imóveis cujos títulos suscitaram dúvidas (art. 12, VII, Lei nº 6.383/1976); g) Certidão de inteiro teor do termo de demarcação e discriminação do terreno de marinha, com todas as características e confrontações (art. 2, I e II, Lei nº 5.972/1973, c/c art. 1º e 2º, Lei nº 9.636/1998); h) Certidão lavrada pela SPU atestando o convite pessoal aos interessados certos e a inexistência de contestação ou reclamação administrativa, por terceiros, quanto ao domínio e à posse do imóvel registrando, ou da decisão definitiva proferida pelo CTU (arts. 11, 13 e 14, DL nº 9.760/1946); i) Número do Registro Imobiliário Patrimonial (RIP) (art. 1º, Lei nº 9.636/1998; art. 176, 1º, II, "a" ou "b", Lei nº 6.015/1976). Sendo assim, mantém-se o posicionamento consignado no fato, contudo, caso as inconsistências sejam elididas a partir de outras providências não será necessária a anulação da Portaria nº 369/2013. Recomendações: Recomendação 1: Verificar a fidedignidade das informações contidas no processo de demarcação nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, de forma a certificar que a área a ser cedida ao Governo do Estado do Ceará não apresenta imprecisões e duplicidade com outra matrícula e/ou transcrição, caso contrário, proceder à anulação ou retificação da Portaria nº 369, de 19/11/2013. Recomendação 2: Doravante previamente à edição de portaria de declaração de interesse do serviço público, verificar junto às suas unidades administrativas e ao cartório de circunscrição do imóvel se áreas de destinação não estão incluídas em outras matrículas ou transcrições, de modo a evitar a publicação de portarias com imprecisões CONSTATAÇÃO Ausência de celeridade na movimentação processual. 99

100 Fato Verificou-se morosidade na instrução processual, relativos à destinação de imóveis da União, conforme identificado na sequência dos fatos a seguir relatados. I - Processo nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Esse processo tem como objeto a cessão por aforamento de área pertencente à União para a Caixa de Financiamento Imobiliário da Aeronáutica CFIAe (RIP Utilização Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei ). Registre-se que a Portaria nº 33, de 20/12/2010 MPOG/SPU/SPU-CE, que autorizou a cessão do referido imóvel, assevera no parágrafo único do art. 2º que O prazo para início das obras é de dois anos, e para conclusão do empreendimento habitacional e regularização das unidades habitacionais em nome dos beneficiários é de cinco anos, contados da data de assinatura do respectivo contrato de cessão. Diferentemente do disposto na portaria de cessão, o Contrato de Cessão, sob Regime de Aforamento Gratuito, de 14/02/2011, assinado pelo Superintendente do Patrimônio da União no Ceará, preceitua em sua cláusula quarta que... é feita a Cessão, sob regime de Aforamento Gratuito, do imóvel antes descrito e caracterizado, que se destina à construção de imóveis residenciais para beneficiários da Caixa de Financiamento Imobiliário da Aeronáutica CFIAe, observado o prazo de cinco anos, a contar da data de assinatura deste contrato, prorrogável por iguais e sucessivos períodos, a critério e conveniência da Superintendência do Patrimônio da União. Evidenciou-se que por intermédio do Ofício nº 011/DT/362, de 14/08/2012, a Caixa de Financiamento Imobiliário da Aeronáutica CFIAe solicitou à SPU/CE a prorrogação do prazo concedido para início das obras do empreendimento habitacional a ser executado. Segundo o Parecer nº 006/2013-FS/CJU/CE/CGU/AGU, de 08/01/2013, expedido pela Consultoria Jurídica da União no Estado do Ceará, aprovado pelo Despacho nº 014/2013/FF/CJU-CE/CGU/AGU, de 18/01/2013, da Advocacia-Geral da União AGU, foi efetuada análise na minuta de termo aditivo acerca da prorrogação dos prazos de início e conclusão das obras, e proposta a alteração dos termos da cláusula quarta do Contrato de Cessão sob Regime de Aforamento Gratuito. Cumpre informar que referido Parecer propôs que fosse observado o prazo de dois anos para o início das obras e de cinco anos para a conclusão do empreendimento habitacional e regularização das unidades habitacionais em nome dos beneficiários, seguindo o disposto na Portaria nº 33, de 20/12/2010 MPOG/SPU/SPU-CE. Nesse sentido, ressalte-se que o termo aditivo ao Contrato de Cessão sob Regime de Aforamento Gratuito contemplou o prazo para início das obras e para a conclusão do empreendimento que havia sido proposto pelo Parecer nº 006/2013- FS/CJU/CE/CGU/AGU, de 08/01/2013. Em 05/02/2013 o termo aditivo em comento foi assinado, porém a SPU/CE somente solicitou a publicação do seu extrato no Diário Oficial da União em 1º/08/2013, tendo se efetivado em 16/08/

101 Pelo exposto, evidenciou-se que transcorreu um ano da solicitação de prorrogação de prazo (14/08/2012) pela Caixa de Financiamento Imobiliário da Aeronáutica à SPU/CE, até a publicação do extrato do termo aditivo ao Contrato de Cessão sob o Regime de Aforamento Gratuito no DOU (16/08/2013), caracterizando a morosidade na movimentação processual. Por meio do Ofício n o 0445/2014/GAB/SPU/CE, de 15/05/2014, a SPU/CE apresentou a seguinte manifestação, in verbis: Os contratos e termos são lavrados em livros próprios da SPU/CE, com força de escritura pública. Em muitos casos, os contratos são assinados pelas partes na sede desta Superintendência. Ocorrem, porém, situações em que a cessionária não comparece para a devida assinatura. O contrato é, então, encaminhado ao interessado e, por vezes, ocorre demora na devolução. A falta de um sistema informatizado de acompanhamento e gestão, juntamente com a deficiência do quantitativo de servidores para a realização de acompanhamentos do número excessivo de processos que tramitam no setor, concorrem para os atrasos na solicitação para publicação. Desta forma, no caso específico do processo Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, a solicitação para publicação foi efetuada apenas quando identificada a situação na análise do processo. Tal publicação foi ainda realizada pela SPU/ÓRGÃO CENTRAL, sem impor qualquer restrição à mesma, visto que a SPU/CE apenas solicita, por , a publicação. Portanto, considerando a publicação ser condição para a eficácia do ato e para o atendimento ao princípio da publicidade, tratando-se de defeito sanável, visto não acarretar lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, entende-se que o ato pode ser convalidado e ocorrer a publicação de forma extemporânea. A justificativa apresentada comprova a fragilidade do sistema de controle interno administrativo da Unidade, especialmente, quanto à ausência de sistema informatizado de acompanhamento e gestão de processos, conjugada com a falta de pessoal, que leva a injustificados lapsos significativos de tempo, como o abordado neste achado de auditoria. II - Processo nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei Esse processo, que tem como objeto a incorporação ao patrimônio da União da área do Campo do Pici, teve a última movimentação realizada no dia 21/01/2014, quando foi elaborada a Informação nº 001/2014/LSS/DIGEP, de 21/01/2014, capeada pelo Ofício nº 0057/2014-DIGEP/SPU/CE/MP, em resposta aos ofícios da AGU a seguir discriminados, que solicitavam o encaminhamento de documentos comprobatórios da aquisição do imóvel Campo do Pici pela União, para fins de comprovação de ação de usucapião: Ofício nº Data 1747/2013 AGU/PU/DSP/CE-FIMM 28/11/ /2014 AGU/PUCE/DSP - FIMM 02/01/ /2014 AGU/PUCE/CAP/DSP FIMM 03/01/2014 Cumpre informar que em 1943, a PANAIR terminou de construir o aeroporto do Pici, tendo a União, por questões de segurança nacional, requisitado o referido equipamento 101

102 em decorrência da Segunda Guerra Mundial. Nesse contexto, verificou-se que foi editado o Decreto nº , de 17/8/1943, que declarou de utilidade pública para desapropriação, terrenos confinantes com o Aeroporto do Pici em Fortaleza, necessários a instalações no referido equipamento; assim como, na mesma data, foi também editado o Decreto nº , que declarou de utilidade pública para desapropriação, imóveis necessários à ampliação do campo de aviação do Alto da Balança. Em 1961, a União cedeu a área ao DNOCS. Como ressarcimento, a empresa aérea PANAIR teria crédito para cobrir as despesas aeroportuárias de serviços, como taxa de utilização, aluguéis e impostos de suas aeronaves. Somente em 1996, essa empresa aérea entrou com pedido de indenização por desapropriação indireta da área de aproximadamente 500 mil metros quadrados. Constatou-se que a SPU/CE, por meio do Ofício nº 396/2007/SERAF/GAB/GRPU/CE, de 30/03/2007, solicitou ao Cartório de Registro de Imóveis da 1ª Zona o encaminhamento de cópias atualizadas das transcrições nº 2.535, 6.485, , , , , , , , , , , , , , e , para a implementação do programa de regularização fundiária em terrenos da União pelo Governo Federal. Em resposta ao ofício retromencionado, o Oficial Registrador daquela serventia encaminhou as certidões solicitadas em 20/06/2007. Posto isso, verificou-se, por meio de Documento s/n, de 25/03/2010, exarado pelo servidor matrícula Siape nº , que as áreas em que estão inseridos os imóveis objeto do pedido de Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia - CUEM não são propriedade da União, uma vez que nas transcrições mencionadas aparecem como adquirentes a PANAIR do Brasil S.A. e a PANAVIDO do Brasil S.A. Assim sendo, o Serviço de Regularização Fundiária - SERAF manifestou opinião pela impossibilidade de fazer a regularização fundiária das pessoas inseridas nessas áreas, uma vez que a atuação do Serviço de Assuntos Fundiários - SEAFU está limitada aos imóveis de propriedade da União. Ressalta-se que segundo o Documento nº / , de 20/07/2012, assinado pelo servidor matrícula Siape nº , a população de baixa renda, moradora dessa área, em 2007 solicitou à SPU/CE, por meio do Centro de Estudos, Articulação e Referência sobre Assentamentos Humanos CEARAH, a regularização fundiária de famílias que ocupavam essa área da União. Nesse documento, o SEAFU afirma que não teve condições de emitir títulos de posse devido à falta de matrícula em nome da União. Da análise do rito processual, nota-se que a última movimentação somente ocorreu em virtude de provocação da Advocacia-Geral da União, o que ratifica a morosidade da Unidade, no que diz respeito ao trâmite do processo. Cumpre ainda informar, que apesar de a área estar ocupada por famílias de baixa renda, a devida regularização fundiária somente acontecerá após a incorporação e abertura de matrícula do imóvel em nome da União. Ressalte-se que, passados quatro anos de trâmite processual, constata-se que para efetivar a regularização fundiária, ainda está pendente a incorporação da área do Campo 102

103 #/Cau sa# #/Man ifestacao Unid adeexamin ada# #/An aliseco ntro lein tern o# do Pici ao patrimônio da União, o que retrata a falta de celeridade na movimentação do processo. Por fim, diga-se que a morosidade na movimentação processual foi objeto de ressalva no Relatório de Auditoria Exercício #/Fato Causa Ausência de sistema informatizado de acompanhamento e gestão de processos, bem como de supervisão, associado à reduzida força de trabalho da unidade examinada. Manifestação da Unidade Examinada Não houve manifestação da unidade examinada para esse item.#/manifestacaounidadeexaminada# Análise do Controle Interno Considerando-se que não houve nova manifestação da unidade examinada sobre esta constatação, após a que está transcrita no campo fato, a análise do Controle Interno consta registrada no referido campo. Recomendações: Recomendação 1: Implantar sistema informatizado de acompanhamento e gestão de processos, a fim de melhorar o trâmite processual na Unidade, e, assim, tornar sua movimentação célere CONSTATAÇÃO Morosidade no processo de regularização fundiária da Comunidade Ernesto Che Guevara. Fato Da análise do Processo nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei., que tem como objeto a incorporação de imóvel pertencente ao extinto Departamento Nacional de Estradas e Rodagem - DNER (RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei ), para fins de regularização fundiária de interesse social de 800 famílias, verificou-se que o terreno situado no KM 07 da BR 116, onde hoje está instalada a Comunidade Ernesto Che Guevara, não possui documentação cartorial que comprove o domínio da União, conforme se pode constatar na sequência dos atos administrativos do referido processo. Preliminarmente, evidenciou-se que o processo retromencionado se encontra instruído pelo Termo de Formalização de Proposta de Destinação dos Bens Imóveis nº 022, de 22/06/2003, do DNER, à época, em inventariança do processo de extinção para a Secretaria do Patrimônio da União, o qual destinou à União os 44 bens imóveis da extinta Autarquia localizados no Estado do Ceará, dentre eles o imóvel em questão, indicando que cabia à SPU a adoção das medidas administrativas ou judiciais em defesa dos direitos relativos aos imóveis que naquele momento estavam sendo repassados. Nesse sentido, verificou-se que a Gerente de Área de Próprios Nacionais Substituta da SPU, por meio do Memorando nº 2121/GEAPN, de 18/07/2003, a fim de continuar o 103

104 trabalho de incorporação e destinação dos imóveis oriundos do extinto DNER, encaminhou para a então Gerência Regional do Patrimônio da União no Estado do Ceará GRPU/CE, atual SPU/CE, o termo de formalização de proposta supradito e a documentação relativa ao imóvel (RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, acrescentando que a GRPU/CE deveria analisar a documentação encaminhada pelo Inventariante e solicitar ao 3º Distrito Rodoviário Federal no Ceará a documentação que porventura seria imprescindível à instrução do processo de incorporação do bem ao patrimônio da União. No entanto, evidenciou-se que se passaram mais de dois anos para que a GRPU/CE adotasse medida com vistas à incorporação do imóvel em questão ao patrimônio da União, tendo em vista que somente em 17/11/2005 foi expedido o Ofício nº 1249/ELM/GAB/GRPU/CE, solicitando ao Cartório de Registro de Imóveis da 6ª Zona de Fortaleza/CE a cópia atualizada da matrícula do imóvel situado na BR 116 Km 07. Verificou-se também, que a então GRPU/CE solicitou ao Cartório de Registros de Imóveis da 1ª Zona de Fortaleza/CE, por meio do Ofício nº 086/ELM/GAB/GRPU/CE, de 06/02/2006, informações se o imóvel em comento encontrava-se matriculado naquela serventia imobiliária. Na sequência, somente em 08/09/2006, por meio do Ofício nº 877/LPB/GAB/GRPU/CE, a GRPU/CE solicitou ao DNIT, sucessor do DNER, a documentação comprobatória da conclusão do processo de desapropriação iniciado pela Portaria nº 146 de 24 de julho de 1975 ou, caso já tenha matrícula em nome do extinto DNER, uma cópia da mesma, precisamente da área entre os Km 07 e 08 da BR 116, em Fortaleza/CE. Dando prosseguimento ao processo, verificou-se que a GRPU/CE expediu no decorrer dos Exercícios 2007 e 2009 ofícios ao DNIT na tentativa de obter a documentação necessária à incorporação do imóvel (RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei ), tendo sido informado, somente em 24/12/2009, por meio do Ofício nº 2457/2009-DNIT/CE, que aquela Autarquia Federal não dispunha de nenhuma documentação referente ao imóvel. Ressalta-se que a SPU/CE exarou a Nota Técnica nº 003/2010/MSN/SERAF/SPU- CE/SPU/MP, de 25/06/2010, afirmando ser imprescindível a comprovação do domínio da União acerca do imóvel no qual se dará a regularização fundiária, considerando que até aquele momento inexistia documentação comprobatória de que o imóvel em questão fosse de propriedade da União. Registre-se que a SPU/CE, por meio do Ofício nº 930/2011/SPU/CE-DIGEP, de 20/06/2011, solicitou à Advocacia-Geral da União a extração de cópia dos memoriais descritivos, plantas e matrículas dos imóveis objetos da desapropriação da área referente à Comunidade Ernesto Che Guevara. No entanto, segundo Informação nº 002/2012/MJP/DIGEP, de 31/01/2012, a AGU, na tentativa de identificar os documentos solicitados, requereu à Justiça Federal os documentos relacionados ao imóvel objeto da Ação Cautelar de Exibição nº e os encaminhou à SPU/CE, que se manifestou pela sua insuficiência para se comprovar a titularidade do terreno em questão, ao tempo em que indicou que o expropriante (DNER) não regularizou o registro do imóvel expropriado junto ao Cartório de Registro de Imóveis competente. 104

105 #/Cau sa# #/Man ifestacao Unid adeexamin ada# #/An aliseco ntro lein tern o# Cumpre informar que o último ato registrado no processo trata da anexação de documentos recebidos do DNIT em 25/02/2014, que tratam da relação dos antigos proprietários da faixa imobiliária em questão, assim como da planta de desapropriação, da avaliação do imóvel, da carta de adjudicação extraída dos autos nº 391/80 Classe V Ação de desapropriação amigável, referentes ao proprietário (CPF nº *** **). Ademais, por meio de consulta ao SPIUnet (data base: 06/06/2014), visualizou-se que o imóvel de RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei não possui registro cartorial, indicando que a situação ainda não foi regularizada. Em que pesem as tratativas da SPU/CE identificadas, no sentido de solucionar o problema do imóvel, cumpre informar que a regularização fundiária do mesmo teve início com o Ofício nº 0181/05 GP, de 31/05/2005, da Prefeitura Municipal de Fortaleza, que requeria a concessão do imóvel que era de propriedade do DNIT para construção de moradias populares; e passados mais de nove anos, ainda se encontra em fase incipiente, considerando que sequer foi regularizada a situação cartorial do imóvel com vistas à edição da portaria declaratória de interesse do serviço público, para posterior celebração de termo ou contrato de concessão em cumprimento às disposições da Lei nº 9.636/98. Acrescente-se a isso, que da análise sistêmica das manifestações apresentadas pela SPU/CE, restou evidenciado que o foco dessa Unidade Gestora, antes voltado exclusivamente para arrecadação, agora está direcionado para o cumprimento da função social da propriedade, insculpido na Constituição Federal/1988. No entanto, a morosidade de suas ações comprometem o foco por ela indicada. #/Fato Causa Inércia do corpo gerencial quanto à adoção de medidas que deem celeridade à regularização cartorial do imóvel objeto de concessão, considerando que a sua movimentação ocorre apenas motivada por provocação externa. Manifestação da Unidade Examinada Não houve manifestação da unidade examinada para esse item.manifestacaounidadeexaminada# Análise do Controle Interno Diante da ausência de manifestação da unidade examinada após a apresentação dos fatos, a análise do Controle Interno sobre a constatação consta registrada acima, no campo fato. Recomendações: Recomendação 1: Oficiar o DNIT e a AGU, com vistas a obter os documentos necessários à incorporação do imóvel, e assim dar celeridade ao processo de regularização fundiária da área do imóvel em questão. Recomendação 2: Acionar a SPU/Órgão Central, para intermediar ação conjunta do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão com o Ministério dos Transportes, com vistas a buscar solução para regularização da área referente ao imóvel, considerando a insuficiência da documentação até então apresentada pelo DNIT no Estado do Ceará à SPU/CE. 105

106 Recomendação 3: Oficiar todos os cartórios de registro de imóveis do Município de Fortaleza, a fim de obter cópia atualizada da matrícula do imóvel situado na BR Km CONSTATAÇÃO Ausência de assinatura dos confinantes do terreno na planta e no memorial descritivo, para correção da área do imóvel RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Fato Da análise do Processo nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, referente à cessão de uso do Posto Agropecuário de Crateús ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará IFCE, verificou-se a existência de três medidas distintas da área do imóvel RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, conforme indicado a seguir: a) na matrícula nº 298 do imóvel, com data de registro de 21/11/2001, consta área de 73,76 ha; b) no SPIUnet encontra-se registrada área de 73,56 ha; c) na medição do Engº da SPU/CE (Matrícula Siape nº ) há indicação de área de 75,82 ha. Segundo a Informação nº 073/2012/ISCB/DIGEP, de 24/08/2012, há necessidade de colher as assinaturas dos confinantes do terreno na planta e no memorial descritivo, dando ciência aos mesmos da divergência encontrada na área, uma vez que essas duas peças são imprescindíveis para correção da referida área no cartório de registro de imóveis, medida essa que não se evidenciou ter sido adotada pelos responsáveis pela SPU/CE, para dar início a correção da área no registro cartorial do imóvel em questão. Por meio do Ofício nº 0581/GAB/SPU/CE, de 10/06/2014, a SPU/CE apresentou a seguinte manifestação acerca da impropriedade apontada: Técnico desta COIFI detectou a divergência de área (vide f1. 21 do processo nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei ), no entanto, ficou definido pela DIGEP que as assinaturas dos confinantes seriam colhidas por servidor daquela Divisão, em vistoria agendada ao município de Crateús (vide fl. 76 do processo nº Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei ). Embora a SPU/CE tenha apresentada a adoção de alguma medida somente após ser instada pela Equipe de Auditoria, a situação do referido imóvel permanece pendente de correção. #/Fato Causa 106

107 #/Cau sa# #/Man ifestacao Unid adeexamin ada# #/An aliseco ntro lein tern o# Inércia do corpo gerencial quanto à adoção de medidas que deem celeridade à regularização cartorial do imóvel objeto de concessão, considerando que a sua movimentação ocorre apenas motivada por provocação externa. Manifestação da Unidade Examinada Não houve manifestação da unidade examinada para esse itemifestacaounidadeexaminada#. Análise do Controle Interno Considerando-se que não houve nova manifestação da unidade examinada sobre esta constatação, após a que está transcrita no campo fato, a análise do Controle Interno consta registrada no referido campo. Recomendações: Recomendação 1: Envidar esforços para a obtenção das assinaturas dos confinantes do terreno na planta e no memorial descritivo. Recomendação 2: Solicitar ao Cartório de Registro de Imóvel a alteração de área do terreno, após a obtenção da assinatura dos confinantes do terreno na planta e no memorial descritivo. Recomendação 3: Proceder à correção da área do imóvel no SPIUnet somente após a retificação do registro cartorial da mesma INFORMAÇÃO Fiscalização de imóveis da União. Fato Solicitou-se à SPU/CE informar se o conjunto de imóveis (próprios e dominiais) a serem fiscalizados, em cada período, é definido pela própria Superintendência, bem como os critérios de priorização dos imóveis objeto de fiscalização. A SPU/CE informou, por meio do Ofício nº 0395/2014/GAB/SPU/CE, de 29/04/2014, o que segue: Apesar dos esforços no sentido de implementar uma programação sistemática de fiscalização nos imóveis da União, na prática o cumprimento desta mostrou-se inexequível. A não concretização destas ações deve-se principalmente ao numeroso afluxo de demandas judiciais, em grande parte com prazos extremante exíguos, face ao reduzido quadro de servidores ensejando, na maioria das vezes, viagens a diversos pontos do nosso litoral, fiscalizações e vistorias "in loco". Ressaltando que o não cumprimento dos referidos prazos pode gerar prejuízos ao erário. Desta forma as fiscalizações executadas foram, na sua grande maioria, pautadas pelas demandas advindas dos mais diversos órgãos, bem como pelas solicitações ou denúncias encaminhadas a esta unidade. Nosso corpo técnico tem se empenhado na resolução destas demandas procurando respeitar a seguinte ordem de prioridades: 1. Demandas advindas do poder Judiciário com prazo pré-estabelecido; 2. Demandas advindas do poder Judiciário sem 107

108 prazo pré-estabelecido; 3. Solicitações ou denúncias de terceiros e solicitações de outros setores da Superintendência. Questionada a respeito dos fatores que limitam a atuação efetiva no controle da utilização do patrimônio imobiliário da União, a SPU/CE informou o que segue: O fato do litoral cearense ter, na sua maioria, ausência de demarcação da LPM-1831, dificulta sobremaneira a caracterização de áreas da União e consequentemente a arrecadação decorrente desta, contudo, a equipe técnica tem trabalhado fortemente no sentido de caracterizar estas áreas utilizando em alguns casos a LPM presumida para manifestar-se acerca da dominialidade dos imóveis. É importante relatar que a área a ser fiscalizada pela COIFI além dos 625 km do litoral cearense, inclui também as áreas de influência de marés nos rios que adentram ao continente e que também são objeto de fiscalização, todos em média com 10km de distância do litoral ao local sob influência de maré, que somado à extensão do litoral é superior a 800 km. Assim, nosso corpo técnico mostra-se insuficiente para tão vasta área a ser fiscalizada. Em resposta à indagação a respeito do desenvolvimento de algum trabalho de conscientização junto à sociedade civil sobre o uso responsável do patrimônio público, a SPU/CE se manifestou da seguinte forma: Os trabalhos de conscientização junto à sociedade civil sobre o uso do patrimônio público se dá por meio de palestras de esclarecimento sobre os bens da União, proferidas por representantes da SPU, em audiências públicas, em eventos e nas oficinas de capacitação que envolvem o Projeto Orla e a regularização fundiária. A partir da adesão dos municípios ao Projeto Orla são realizadas uma série de eventos em que a SPU/CE atua de forma permanente, contando com a presença de associações e moradores dos municípios, observando-se a metodologia participativa prevista no projeto. A participação da SPU/CE no Conselho Estadual das Cidades (CONCIDADES) constitui outra forma de divulgação, visto que envolve a participação de representantes de diversos órgãos municipais, estaduais, da sociedade civil e representantes de movimentos sociais. A divulgação de informações por meio de folders informativos e de notícias na página da SPU/CE no site patrimoniodetodos.gov.br., bem como a realização de reuniões, sobre temas específicos, com órgãos públicos parceiros, instituições de ensino e cartórios, em que são prestados esclarecimentos sobre os bens imóveis, patrimônio público da União, contribuem para a conscientização dos uso de tais bens. Campanhas informativas de maior abrangência não são realizadas devido a ausência de recursos, decorrente da falta de autonomia financeira da unidade. #/Fato CONSTATAÇÃO Ausência de acompanhamento das fiscalizações executadas, quanto à quantidade realizada, bem como no que se refere às irregularidades apuradas. 108

109 Fato Requisitou-se à SPU/CE informação acerca do acompanhamento das fiscalizações realizadas. Para tanto, foi pedida a relação de imóveis com fiscalização programada para o Exercício 2013, que identificasse aqueles nos quais foram encontradas irregularidades, bem como especificações das ações corretivas recomendadas. A SPU/CE informou, por meio Ofício nº 0395/2014/GAB/SPU/CE, de 29/04/2014, o que segue: Encaminhamos em anexo uma tabela com as fiscalizações executadas por esta unidade durante o ano de 2013, bem como as irregularidades encontradas e ações implementadas. A seguir transcreve-se a planilha mencionada como anexo à manifestação anteriormente disposta: Principais Fiscalizações e Vistorias realizadas em 2013: n Município Processo Origem 1 Fortaleza Secretaria Estadual do Turismo 2 Fortaleza SPU-CE Irregularidade Constatada descumprimento de termo de permissão de uso depredação de patrimônio da união Federação 3 Fortaleza Cearense de não constatada Voleibol MPF/Procuradoria 4 Fortaleza da República no não constatada Estado do Ceará Manga Nordeste 5 Fortaleza Comunicação e não constatada Marketing 6 Fortaleza Rui Barbosa não constatada 7 Fortaleza Informações suprimidas por M.I.G.S. não constatada 8 Fortaleza auditada, em solicitação da Macaco pro e unidade eventos Ltda. não constatada construção função de irregular em 9 Trairi SPU-CE sigilo, na forma terreno presumível de marinha da lei. identificação 10 Fortaleza SPU-CE equivocada de ocupante 11 Fortim 12 Fortaleza 13 São Gonçalo do Amarante MPF/Procuradoria da República em Limoeiro-CE/AGU MPF/Procuradoria da República no Estado do Ceará R.R.A.M. 14 Itapipoca SPU-CE construção irregular em terreno de marinha não constatada ocupação irregular em terras da união ocupação irregular em terras da união Ações Corretivas Executados e/ou Propostas a DIREP p/ aplicação de multa a DIGEP p/ medidas e guarda e registro cartorial Oficiar a Coelce para identificação de ocupante a DIGEP p/ correções e reativação de utilização foi entregue auto de embargo e notificação relativa a multa e oficiada a prefeitura de fortim ao gabinete p/ encaminhar junto a admin. municipal ação conjunta de retirada Oficiar a Coelce para identificação de 109

110 n Município Processo Origem 15 Fortaleza SPU-CE 18 Fortaleza SPU-CE 19 Fortaleza SPU-CE 20 Fortaleza SPU-CE 21 Fortaleza SPU-CE 22 Fortaleza SPU-CE 23 Fortaleza SPU-CE 24 Fortaleza 25 Fortaleza SPU-CE 26 Fortaleza SPU-CE 30 Fortaleza SPU-CE 31 Fortaleza SPU-CE 32 Fortaleza SPU-CE Soc. Coop. Trab. dos Profissionais da Área do Esporte Irregularidade Constatada inconsistência cadastral inconsistência cadastral inconsistência cadastral inconsistência cadastral inconsistência cadastral inconsistência cadastral inconsistência cadastral não constatada inconsistência cadastral inconsistência cadastral inconsistência cadastral duplicidade de inscrição inconsistência cadastral 32 Fortaleza MPF/Procuradoria da República no não constatada Ceará 33 Caucaia Justiça Federal não constatada 34 Caucaia MPF/PRDC construção irregular em terreno de marinha construção 35 Beberibe SPU-CE irregular em terreno de marinha 36 Iguatu Promotoria de Justiça de Iguatu não constatada 37 Fortaleza SPU-CE inconsistência 38 Fortaleza SPU-CE cadastral inconsistência cadastral Ações Corretivas Executados e/ou Propostas ocupante Cadastro atualizado Cadastro atualizado ao gabinete p/ analisar a conveniência de inscrição de nova barraca imóvel demolido em projetos de urbanização da PMF. encaminhado p/ cancelamento de RIP imóvel demolido em projetos de urbanização da PMF. encaminhado p/ cancelamento de RIP imóvel demolido em projetos de urbanização da PMF. encaminhado p/ cancelamento de RIP imóvel demolido em projetos de urbanização da PMF. encaminhado p/ cancelamento de RIP imóvel demolido em projetos de urbanização da PMF. encaminhado p/ cancelamento de RIP ocupante identificado cadastro atualizado cancelamento de RIP imóvel demolido em projetos de urbanização da PMF. encaminhado p/ cancelamento de RIP foi oficiada a Pref. de Caucaia p/ regularizar a obra foi oficiada a pref. e o denunciante Cadastro atualizado Cadastro atualizado Diante do exposto, verificou-se que a SPU/CE não realiza acompanhamento preciso das fiscalizações realizadas, nem quanto à quantidade, nem tampouco quanto às irregularidades apuradas durante os trabalhos efetuados. 110

111 #/Cau sa# #/Man ifestacao Unid adeexamin ada# #/An aliseco ntro lein tern o# Ademais, inquiriu-se a Unidade a respeito de como se dava o processo de monitoramento de implementação das recomendações emitidas, decorrentes das fiscalizações realizadas, tendo a SPU/CE informado o que segue: Através do controle dos prazos das notificações e ofícios encaminhados. A ideia é desenvolver um programa que permita à coordenação um melhor acompanhamento dos prazos e das medidas cabíveis. Ante o exposto, conclui-se que a SPU/CE permanece sem fazer o monitoramento de implementação das recomendações emitidas, decorrente das fiscalizações realizadas, o que pode ser justificado pela falta de estrutura de recursos humanos e operacionais da Superintendência Regional. Solicitou-se à SPU/CE informação no tocante ao quantitativo de imóveis não fiscalizados em face de deficiências operacionais. No entanto, a Unidade não se manifestou a respeito do assunto. #/Fato Causa Inércia por parte do Superintendente e do Coordenador da Coordenação de Identificação e Fiscalização da SPU/CE para adotar medidas internas alternativas que possibilitem o acompanhamento das fiscalizações associada à deficiência de recursos humanos e logísticos. Manifestação da Unidade Examinada Por meio do Ofício nº 0669/2014/GAB/SPU/CE, de 10/07/2014, a Superintendência do Patrimônio da União no Ceará apresentou a seguinte manifestação: Em resposta às recomendações constantes no item , informamos que estamos trabalhando a formatação de um programa interno que nos possibilite um melhor acompanhamento das fiscalizações executadas no que diz respeito a prazos e ações subsequentes quando constatadas irregularidades. A partir das recomendações desta CGU temos buscado monitorar com mais atenção as fiscalizações e seus desdobramentos no sentido de otimizar os esforços desta SPU no que diz respeito a viagens e deslocamentos. Análise do Controle Interno Tendo em vista que a SPU/CE não se manifestou a respeito da impropriedade apontada, restringindo a informar as providências recomendadas, o fato permanece inalterado. Recomendações: Recomendação 1: Adotar medidas internas alternativas que possibilitem o acompanhamento das fiscalizações realizadas, bem como a verificação da regularização das irregularidades apontadas por ocasião das fiscalizações, conforme já recomendado por ocasião da Auditoria de Contas, Exercício CONSTATAÇÃO Avaliações de 176 imóveis sob a responsabilidade da SPU/CE no SPIUnet encontram-se com validade vencida, correspondendo a 97,24% do total. 111

112 Fato A Orientação Normativa da Gerência de Área de Cadastramento e Demarcação - ON- GEADE nº 004, de 25/02/2003, que trata da avaliação técnica de bens imóveis da União ou de seu interesse, preceitua que quando a finalidade for cadastral e contábil, a validade da avaliação do imóvel é de 24 meses. Dos 181 imóveis registrados no SPIUnet, 176 achavam-se com a Data da Validade da Avaliação do Imóvel de Uso Especial vencida, o que corresponde a 97,24% do total de imóveis, e desses, 123 apresentam a data de validade expirada desde Ressalta-se que no Exercício 2013 foi avaliado apenas um imóvel. Impende informar que a Portaria MP nº 487, de 04/12/2013, publicada em 05/12/2013, a qual fixa as metas de desempenho institucional para fins de pagamento das parcelas da Gratificação de Incremento à Atividade de Administração do Patrimônio da União GIAPU, relativas ao Exercício 2013, não consta o indicador Atualização do valor do imóvel (RIP). A despeito disso, a não avaliação periódica de bens imóveis da União definida no normativo retromencionado traz repercussões de natureza financeira, com perda potencial de receitas patrimoniais, e contábil, já que a desatualização reflete no Balanço Geral da União, que é peça integrante da Prestação de Contas do Presidente da República, visto que o SPIUnet é a principal fonte alimentadora do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) para efeito de contabilização dos imóveis de uso especial, de acordo com a Portaria Interministerial da STN/SPU nº 322, de 23/08/2001. Instados a apresentar as razões para o problema em tela, os responsáveis pela SPU/CE apresentaram a seguinte manifestação por meio do Oficio nº 0484/2014/GAB/SPU/CE, de 27/05/2014, in verbis: Em decorrência do reduzido número de técnicos lotados na SPU-CE, as avaliações dos imóveis em processo de compra, venda ou locação, são feitas de forma precisa, por técnicos da Caixa Econômica Federal, mediante convênio firmado com este objetivo. As atualizações das avaliações dos imóveis dominiais, que geram para a união receitas com taxas de ocupação foros e laudêmios, passaram a ser feitas nos últimos anos por atualizações monetárias, utilizando-se o índice IGP-M da FGV, conforme permitido nas normas da SPU, índice este utilizado na atualização de contratos de locação de imóveis entre particulares. As atualizações das avaliações dos imóveis próprios nacionais, cujo uso não geram despesas ou receitas para a União, sendo apenas efeito contábil, não estão sendo feitas de forma global, mas apenas para atender demandas pontuais. A fim de atender a esta demanda da CGU, providenciaremos ainda neste exercício, as atualizações de todos os imóveis próprios nacionais, a partir de atualizações monetárias, utilizando-se o mesmo Indice IGP-M da FGV. 112

113 #/Cau sa# #/Man ifestacao Unid adeexamin ada# #/An aliseco ntro lein tern o# Em que pese o Memorando-Circular nº 79/DECAP/SPU-MP, de 06/06/2012, indicar alternativas para atualização da avaliação de imóveis sob o regime de uso especial, a SPU/CE não implementou nenhuma das medidas em tempo hábil. Por fim, no caso da utilização do Contrato nº 35 SPU/MP-CAIXA, a demanda à instituição financeira somente ocorreu em 26/3/2013, praticamente dois anos após a emissão do nosso Relatório de Auditoria #/Fato Causa Ausência de estrutura administrativa, em relação à quantidade e à adequabilidade do perfil de pessoal, para o desempenho das ações de gestão dos bens imóveis de uso especial cadastrados no SPIUnet. Omissão dos responsáveis pela SPU/CE, ao deixarem um número expressivo de imóveis com data de avaliação expirada no SPIUnet, mesmo com a flexibilização de critério autorizada pela SPU/Órgão Central, e não emprego tempestivo do Contrato nº 35 SPU/MP-CAIXA. Manifestação da Unidade Examinada Por meio do Ofício nº 0669/2014/GAB/SPU/CE, de 10/07/2014, a Superintendência do Patrimônio da União no Ceará apresentou a seguinte manifestação: Em resposta às recomendações constantes no item , informamos que foi formalizado o processo Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, visando atualizar a avaliação dos imóveis próprios nacionais conforme resposta enviada a CGU. Informamos ainda que a referida atualização foi autorizada pelo superintendente encontra-se em fase de implantação nesta unidade. Análise do Controle Interno Tendo em vista que a SPU/CE não se manifestou a respeito da impropriedade apontada, restringindo a informar as providências recomendadas, o fato permanece inalterado. Recomendações: Recomendação 1: Promover de maneira diligente e tempestiva a atualização de valor dos imóveis sob regime de uso especial em conformidade com os critérios definidos pelo Órgão Central. Recomendação 2: Requisitar de maneira diligente e tempestiva os serviços da Caixa Econômica Federal, de avaliação de valor de imóveis sob regime de uso especial, albergados pelo Contrato nº 35 SPU/MP-CAIXA. Recomendação 3: Reiterar mais uma vez o pleito ao Órgão Central, acerca da necessidade de dotar a SPU/CE de estrutura logística e pessoal com perfil técnico qualificado e adequado para execução dos trabalhos na Superintendência CONSTATAÇÃO Divergência entre as informações registradas no Relatório de Gestão e as extraídas no SPIUnet e Siafi. 113

114 Fato Da comparação dos dados extraídos do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal Siafi e do Sistema de Gerenciamento dos Imóveis de Uso Especial da União SPIUnet com os valores registrados no Relatório de Gestão da SPU/CE, verificou-se uma diferença de R$ ,71 entre o valor de utilização registrado nos referidos sistemas (R$ ,57, posição de 31/12/2013), e o valor total constante no Relatório de Gestão (R$ ,28). A seguir demonstram-se as divergências verificadas entre os sistema e o Relatório de Gestão: Relatório de Gestão SPIUnet e Siafi RIP Valor (R$) (A) RIP do Imóvel RIP da Utilização Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei. Valor do Diferença (A-B) Terreno Utilizado (R$) (B) ,19 ( ,19) , , ,70 Informações ,67 Informações - suprimidas por , ,92 suprimidas por solicitação da ,72 solicitação da , ,08 unidade unidade auditada, ,43 auditada, em ( ,35) ,51 em função de função de sigilo, ,62 sigilo, na forma da , ,04 na forma da lei ,02 lei. ( ,98) ,69 (56.061,69) , ,35 (0,54) Total (R$) , , ,71 Verificou-se, ainda, da comparação das informações constantes no Relatório de Gestão do Exercício 2013, item 6, Quadro A , com os dados extraídos do Siafi e SPIUnet, uma divergência de um imóvel, em relação àqueles localizados em Fortaleza/CE, no quantitativo de imóveis. Instados a apresentar as razões para o problema em tela, o Chefe do Serviço de Demarcação e Cadastro - SEDEC da SPU/CE apresentou a seguinte manifestação por meio do Oficio nº 0436/2014/GAB/SPU/CE, de 14/05/2014, in verbis: Primeiramente, a SPU/CE não realiza gestão sobre o sistema SIAFI (a única operação realizada no citado sistema é a conformidade das operações sobre os imóveis), de forma que informações mais detalhadas devem ser obtidas junto ao Órgão que detém a possibilidade de extração de informações deste sistema. Não obstante, novamente podemos ter vários motivos para a divergência entre as informações apresentadas como, por exemplo, o valor listado pelo SIAFI pode dizer respeito apenas aos imóveis que estão sob a Unidade Gestora da SPU/CE enquanto as informações do relatório de gestão podem considerar todos os imóveis federais no Ceará (inclusive aqueles que estão sob a Unidade Gestora de outros Órgãos e/ou Entes). Um estudo detalhado sobre a questão é imprescindível. Sobre o assunto informou, ainda, que: Primeiramente, conforme documentação anexa, cumpre informar que nenhum dos imóveis listados no questionamento possui o valor efetivamente 114

115 registrado no SPIUnet, portanto os dados obtidos do SPIUnet pela equipe de auditoria são inconsistentes. Sobre os dados do relatório de gestão, embora a SPU/CE não seja responsável por tais informações, percebe-se que o valor informado por imóvel é próximo ao valor do terreno somado com o valor da utilização (ou seja, a soma dos valores do terreno mais o valor estimado do contrato de destinação). Ademais, muitos dos imóveis listados estão destinados a outros Órgãos, de forma que estes e não a SPU/CE são os responsáveis pela atualização dos valores de seus imóveis. [...]. Quanto ao quantitativo de imóveis comunicou que: Novamente estamos diante de informações prestadas pelo Órgão Central - SPU/OC, de forma que esta SPU/CE não dispõe de condições, dentro do prazo estabelecido, para tecer críticas ou justificativas sobre informações que não são suas. Há muitas possibilidades para justificar o fato ocorrido como, por exemplo, os dados do Relatório de Gestão considerarem apenas os RIPs SPIUnet ativos e os dados extraídos do referido sistema considerarem RIP que fora cancelado. Novamente é necessária dilação de prazo para realização de estudo minucioso acerca das informações prestadas (cada responsável por cada informação teria que repassar a listagem dos RIPs considerados para identificar qual RIP está divergindo em ambas as informações). A SPU/CE encaminhou, ainda, por meio do Ofício nº 0445/2014/GAB/SPU/CE, de 15/05/2014, a seguinte manifestação da Chefe da Divisão de Gestão Patrimonial - DIGEP: Quanto à divergência no quantitativo de imóveis no exercício de 2013 localizados em Fortaleza, informamos que, conforme dados extraídos do SPIUnet, constam 58 imóveis no exercício de 2013 na UG , Considerando que os dados constantes do item 6, Quadro não condizem com os dados extraídos do DW, torna-se necessária a retificação dos dados no Relatório de Gestão Posto isso, considerada a manifestação do Chefe do SEDEC, tem-se que o Relatório de Gestão é da SPU/CE e, portanto, ao incluir os dados encaminhados pela SPU/Órgão Central, é dever de a Superintendência Regional verificar a consistência dos mesmos já que, por definição, tal peça tem por propósito permitir a visão sistêmica do desempenho e conformidade da gestão dos responsáveis pela unidade jurisdicionada durante um exercício financeiro. Outrossim, quanto à informação de que a SPU/CE não realiza gestão sobre o Siafi, de fato não o faz, porém, e esse é o aspecto importante, o SPIUnet é a principal fonte alimentadora do Siafi para efeito de contabilização dos imóveis, mantendo a contínua e tempestiva compatibilidade entre as informações existentes nos Sistemas, de acordo com a Portaria Interministerial da STN/SPU nº 322/2001. Ressalta-se, ainda, que de acordo como o Manual do SPIUnet a atualização dos dados cadastrais deve ser feita exclusivamente pelo SPIUnet, que aciona on-line os lançamentos dos valores no SIAFI. Ademais, o questionado foram os dados do Relatório de Gestão, uma vez que não guardam consonância com o Siafi e SPIUnet. 115

116 #/Cau sa# #/Man ifestacao Unid adeexamin ada# #/An aliseco ntro lein tern o# Da análise dos documentos encaminhados, constatou-se: a) quanto ao RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei (RIP Utilização Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei ), que o mesmo foi transferido para UG Secretaria de Controle Externo no Ceará, conforme registro efetuado no Siafi em 7/6/2013, portanto, não deveria constar no Relatório de Gestão da SPU/CE; b) no que se refere ao RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei (RIP da Utilização Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei ) e ao RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, não houve manifestação a respeito do fato; c) no tocante aos RIP Informações suprimidas por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, os documentos apresentados confirmam as inconsistências relatadas quanto aos valores; d) relativamente ao RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei, verificou-se que o imóvel tem duas utilizações, sendo uma da SPU/CE, RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei (R$ ,62) e a outra da UG Delegacia da Receita Federal Juazeiro do Norte/CE, RIP Informação suprimida por solicitação da unidade auditada, em função de sigilo, na forma da lei (R$ ,89). Ressalta-se que a transferência para UG ocorreu desde 27/11/2006. No tocante à manifestação da Chefe do DIGEP, verificou-se que a SPU/CE concordou com a inconsistência apontada, quanto à quantidade de imóveis. Diante do exposto, restou evidenciado que o Relatório de Gestão da SPU/CE apresenta inconsistências em relação aos sistemas corporativos do Governo Federal, bem como a falta de interação entre as unidades administrativas da Superintendência, tendo em vista a apresentação de manifestação distinta para o mesmo fato. #/Fato Causa Ausência de acuidade da SPU/CE por ocasião da elaboração do Relatório de Gestão 2013, bem como ausência de interação entre o corpo gerencial dessa Superintendência Regional. Manifestação da Unidade Examinada Não houve manifestação da unidade examinada para esse itemmanifestacaounidadeexaminada. Análise do Controle Interno Considerando-se que não houve nova manifestação da unidade examinada sobre esta constatação, após a que está transcrita no campo fato, a análise do Controle Interno consta registrada no referido campo. Recomendações: 116

117 #/Cau sa# #/Man ifestacao Unid adeexamin ada# Recomendação 1: Observar os registros contidos nos sistemas corporativos previamente à elaboração do Relatório de Gestão, sem prejuízo de atentar para a consistência dos registros do Siafi e SPIUnet. Recomendação 2: Manter interação sistêmica entre as unidades administrativas por meio de manual de procedimentos e rotinas de trabalho, que, a rigor, deve caber ao Órgão Central do Sistema, de forma a tornar a informação e instruções de trabalho claras, acessíveis e transparentes, de maneira a evitar informações divergentes para o mesmo assunto CONSTATAÇÃO Não-apresentação do inventário de bens imóveis da SPU/CE, referente ao Exercício Fato A SPU/CE apresentou, por meio do Ofício nº 0467/2014/GAB/SPU/CE, de 21/05/2014, documento intitulado Inventário de Bens Imóveis da SPU/CE, referente ao Exercício Verificou-se, no entanto, que o documento disponibilizado não contém o ato de constituição da comissão inventariante, com os respectivos relatórios. Trata-se apenas de uma relação de imóveis com as características, proveniência ou título do domínio, avaliação (valor e validade) e observações, sem indicação dos responsáveis pela sua elaboração. Acrescente-se, a isso, o fato de os valores apresentados não guardarem consonância com os registros no Siafi e no SPIUnet. Diante do exposto, verifica-se o descumprimento ao previsto nos arts. 94, 95 e 96 da Lei nº 4.320/1964, bem como no Manual Siafi. Instados a apresentar as razões para o problema em tela, os responsáveis pela SPU/CE não se manifestaram sobre o assunto. Por fim, ressalta-se que esse fato já havia sido registrado no Relatório de Auditoria de Contas - Exercício #/Fato Causa Ausência de acuidade por parte das unidades administrativas da SPU/CE por ocasião da elaboração dos documentos na forma prevista na legislação, bem como ausência de busca de soluções por parte do Superintendente, tendo em vista a quantidade de servidores insuficientes para desempenhar as atividades de gestão dos bens imóveis da SPU/CE. Manifestação da Unidade Examinada Não houve manifestação da unidade examinada para esse item. Análise do Controle Interno 117

118 #/An aliseco ntro lein tern o# Considerando-se que não houve nova manifestação da unidade examinada sobre esta constatação, após a que está transcrita no campo fato, a análise do Controle Interno consta registrada no referido campo. Recomendações: Recomendação 1: Proceder ao acompanhamento mensal da situação dos bens imóveis, para que no final do exercício as informações possam ser consolidadas e sirvam de base para a realização do inventário anual, com prazo limite e indicação dos responsáveis envolvidos. Recomendação 2: Adotar providências no sentido de realizar o inventário de bens imóveis anualmente, conforme previsto nos arts. 94, 95 e 96 da Lei nº 4.320/1964 e Manual Siafi. Recomendação 3: Nomear em tempo hábil a comissão inventariante de bens imóveis sob a jurisdição da SPU/CE 2 CONTROLES DA GESTÃO 2.1 CONTROLES INTERNOS AUDITORIA DE PROCESSOS DE CONTAS CONSTATAÇÃO Inconsistências das informações no Relatório de Gestão. Fato Solicitou-se à SPU/CE que justificasse as inconsistências identificadas no Relatório de Gestão, listadas a seguir: a) quanto ao número de permissão de uso, consta que foram analisados 44 processos, no entanto, na relação foram listados 41 (fls. 47 a 50) e na resposta à SA nº , foram registrados 42. Por meio do Ofício nº 0422/2014/GAB/SPU/CE, de 09/05/2014, a SPU/CE apresentou a seguinte manifestação: Retificando as informações anteriormente enviadas, esclarecemos que foram publicadas 44 (quarenta e quatro) Portarias de Permissão de Uso no exercício de 2013, conforme planilha e publicações extraídas do Diário Oficial da União, em anexo para fins de comprovação. Cabe destacar que foram instruídos 48 processos de permissão de uso, porém as Portarias de nº 71, 74, 77 e 78 não foram publicadas, apesar de devidamente encaminhadas à SPU/ÓRGÃO CENTRAL/CGADL, em tempo hábil ( s em anexo). Na análise da documentação apresentada, verificou-se que a relação constante do Relatório de Gestão está inconsistente, uma vez que foram incluídas cinco portarias e excluída uma, conforme especificado a seguir: Processo Interessado Objeto Portaria nº Informações 70, de A. V. E.M. V Caminhada Rosa do Ceará Excluída suprimidas por 08/11/

119 Processo Interessado Objeto Portaria nº solicitação da unidade Federação Cearense de Circuito Banco do Brasil Vôlei 2, de 18/1/2013 Incluída auditada, em função de Voleibol de Praia Masculino e Feminino sigilo, na forma da lei Cooper - Sociedade Cooperativa de Trabalho dos 4ª Etapa Circuito das Estações 72, de Incluída Atletas e Profissionais das Verão Fortaleza /12/2013 Áreas de Esportes 73, de F.V.S. Show com Zonavibe Incluída 13/12/2013 Mitra Arquidiocese de 75, de I Caminhada pela Paz Incluída Fortaleza 20/12/2013 Associação Centro Católico de Reveillon da Paz Comunidade 76, de Incluída Evangelização Shalom Shalom 26/12/2013 b) no que se refere à informação contida no Relatório de Gestão, às fls. 53/54 e 115, de que a Superintendência Regional tinha executado 92 destinações relativas à meta prevista de sessenta instrumentos (portarias, termos e contratos), conforme Portaria MP nº 487, de 04/12/2013, publicada no DOU de 05/12/2013, para o Indicador Destinação Patrimonial, referente a atos de Aforamento Gratuito, Aforamento Oneroso, Cessão Gratuita, Cessão Onerosa, Concessão de Direito Real de Uso Gratuita, Concessão de Direito Real de Uso Onerosa, Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia, Entrega, Permissão de Uso, Doação, Permuta, Autorização de Uso, foram solicitados à SPU/CE os documentos que respaldaram a referida portaria. Por meio do Ofício nº 0422/2014/GAB/SPU/CE, de 09/05/2014, a SPU/CE apresentou a seguinte manifestação: Documentação comprobatória em anexo, que identifica 89 (oitenta e nove) destinações. Ressaltamos que o quantitativo de 92 (noventa e duas) destinações para a SPU/CE foi fornecida pela SPU/ÓRGÃO CENTRAL a partir de informações do sistema BI (Business Inteligence), utilizado para acompanhamento gerencial das metas, obtido por meio de extrações de dados do FIGEST. Informamos que não temos ferramentas disponíveis para relacionar as 92 destinações informadas. Da análise dos documentos disponibilizados pela SPU/CE, relativos ao indicador em tela, constatou-se a inclusão, nas 89 destinações, de quatro portarias de permissão de uso que não foram publicadas no Exercício 2013, apesar de encaminhadas a SPU/Órgão Central em 2013, ficando assim demonstrado o total de 85 destinações, não 92, conforme especificado a seguir: Atos de Destinação Publicação Portaria Extrato de Contrato Total Permissão de Uso Cessão Provisória Cessão Doação Entrega CUEM Aforamento Total Diante do exposto, ficou evidenciada a inconsistência dos dados, tanto da Superintendência como do Órgão Central. Ressalta-se, ainda, que não é razoável que as Superintendências não tenham ferramentas para extrair os relatórios gerenciais, levando, inclusive, a divergências nas informações prestadas. 119

120 De acordo com a informação do Relatório de Gestão, às fls. 167, existem 295 imóveis ativos no SPIUnet, contudo, às fls. 127/133 do referido Relatório, constam 180 imóveis. Verificou-se, no entanto, a existência de 181 imóveis, conforme dados extraídos do SPIUnet e Siafi. A SPU/CE disponibilizou as planilhas intituladas 46B CE RIPs Por Tipo e Benfeitoria e 46E CE RIPs Por Natureza, tendo sido verificado que constam 296 imóveis nas planilhas, dos quais, 162 não pertencem à SPU/CE, conforme especificado a seguir: Unidade Gestora Quantidade / Secretaria de Controle Externo no Ceará / Auditoria da 10ª CJM / Tribunal Regional Eleitoral do Ceará / Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região / Justiça Federal de 1ª Instância-CE Unid. Reg. de Atendimento Estado de Pernambuco / Agência Brasileira de Inteligência / Comissão Nacional de Energia Nuclear/Orc. Fin / Base Aérea de Fortaleza / II Comando Aéreo Regional / Superintendência Federal de Agricultura-CE / Distrito de Meteorologia de Recife / Comando 10 Região Militar / Gerência Regional de Adm. do MF no Ceará / Sup. Regional da Receita Federal 3ª RF/CE / Delegacia da Rec. Federal em Fortaleza/CE Delegacia da Rec. Federal em Fortaleza/ / Delegacia da Rec. Federal - Juaz. Norte/CE / Gerência Regional de Patrimônio da União/CE / Alfândega Porto de Fortaleza / Delegacia da Receita Federal em Sobral-CE / Banco Central do Brasil - Fortaleza / Instituto Nac. de Metrolog. Normal e Qualid. Ind / Delegacia Regional do INPI no Ceará / Coordenação Regional Nordeste 2/CE / Ministério Público Militar - DF / Procuradoria da República -CE / Procuradoria Reg.do Trabalho 7ª Região-CE / Superintend. Reg. Dep. Polícia Federal-CE Núcleo Estadual do MS/CE / Fundação Nacional de Saúde -CE / Secretaria de Assistência Social / Deleg. Reg. do Trab/Ceará Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais / Escola de Aprendizes-Marinheiros do Ceará 23 Total Geral

121 Porém, da comparação dos dados extraídos do Siafi e do SPIUnet com aqueles que figuram nas planilhas encaminhadas, verificou-se que não constam 47 imóveis. Sendo assim, constata-se que existem apenas 134 imóveis em comum. Diante das inconsistências verificadas em relação ao número de imóveis de uso especial, ficam prejudicadas as informações a seguir identificadas: - Quadro - Subitem B Quantidade de Imóveis, por tipo - totalizar por edificação e por terreno Fonte: SPIUnet (às fls. 163 e 164); - Quadro - Subitens C e H Quantidade de Imóveis, por Situação Cadastral e por Ocupação - Inativo Fonte: SPIUnet (às fls. 166); - Quadro - Subitens C e H Quantidade de Imóveis, por Motivo Ativo, SPIUnet (às fls. 167); - Quadro - Subitens C e H Quantidade de Imóveis, Utilização Ativa, SPIUnet (às fls. 167); - Quadro - Subitem D - Valor de Avaliação dos Imóveis/UF, SPIUnet (às fls. 168); - Quadro - Subitem E - Localização dos Imóveis/Rural ou Urbana, SPIUnet (às fls. 168); - Quadro - Subitem F - Situação Cartorial/Com ou Sem Registro, SPIUnet (às fls. 169). Destaca-se, por pertinente, que foram solicitadas à SPU/CE as seguintes informações: - imóveis incorporados com e sem benfeitoria, conforme informação contida às fls. 163 e 164 do Relatório de Gestão; - imóveis que têm mais de uma utilização, uma vez que, conforme as informações contidas no Relatório de Gestão, fonte SPIUnet, existem 295 imóveis ativos, tendo 303 na situação de utilização ativa; - imóveis, fonte SPIUnet, que totalizam a avaliação de R$ ,00, conforme as informações contidas no Relatório de Gestão, às fls Quanto à informação (fls. 169) de que os 295 imóveis possuem registro cartorial, verificaram-se que os imóveis a seguir identificados não possuem registros, conforme consulta no SPIUnet: Município Aquiraz RIP do Imóvel - SPIUnet RIP da Utilização Regime de Utilização Em Regularização - Cessão Aquiraz Em Regularização - Cessão Escola Tipo de Destinação Escola Aquiraz Informações Informações Vago para Uso Reserva Beberibe suprimidas por suprimidas por Vago para Uso Reserva solicitação da solicitação da Fortaleza unidade auditada, em unidade auditada, em Em Regularização - Cessão Farol (Farolete) função de sigilo, na função de sigilo, na Fortaleza Em Regularização - Outros Edifício/ Prédio forma da lei forma da lei Cessão para Prefeituras, Estados e Outras Fortaleza Terreno Entidades Sem Fins Lucrativos Cessão para Prefeituras, Estados e Outras Fortaleza Estação Entidades Sem Fins Lucrativos 121

122 Município RIP do Imóvel - SPIUnet RIP da Utilização Regime de Utilização Tipo de Destinação Fortaleza Esbulhado (Invadido) Edifício/ Prédio Fortaleza Vago Para Uso Galpão Fortaleza Vago Para Uso Galpão Tabuleiro do Norte Uso em Serviço Público Terreno Quanto às informações do Relatório de Gestão, tendo como fonte o Siapa, a SPU/CE disponibilizou as planilhas intituladas 46B CE RIPs Por Tipo e Benfeitoria (UF, RIP, Tipo Imóvel, Benfeitoria) e 46E CE RIPs Por Natureza (UF, RIP, Natureza Terreno). Da comparação dos dados das duas planilhas supraditas com os constantes no Relatório de Gestão, verificou-se que neste, às fls. 163, consta a informação de um total de imóveis, enquanto que as planilhas acusam , portanto, uma diferença de sete imóveis. Diante da inconsistência verificada em relação ao número de imóveis, ficam prejudicadas as informações a seguir identificadas: a) Quadro - Subitem B Quantidade de Imóveis, por tipo - totalizar por edificação e por terreno Fonte: SIAPA (fls. 163): Relatório de Gestão Informações contidas nas Planilhas Tipo Com Benfeitoria Sem Benfeitoria Total Geral Com Benfeitoria Sem Benfeitoria Total Geral Gleba Rural Gleba Urbana Gleba Urbaniz Lote Lote Industrial A Classificar Total b) Quadro - Subitem E- Localização dos Imóveis/Rural ou Urbana, SIAPA (fls. 168): Relatório de Gestão Informações contidas nas Planilhas Não Informado Rural Urbano Total Não Informado Rural Urbano Total c) - Quadro - Subitens C e H Quantidade de Imóveis, Utilização Ativa, SIAPA (fls. 165): Utilização Quantidade Aforamento CUEM 21 Ocupação Total Verificou-se, ainda, às fls. 165/166 do Relatório de Gestão, a informação de que existem imóveis ativos, sendo ativos com utilização e 688 ativos sem utilização, totalizando imóveis. Diante disso, solicitou-se à SPU/CE que informasse os imóveis que têm mais de uma utilização, uma vez que a quantidade total foi ultrapassada em 102 unidades, contudo, a SPU/CE não informou. No tocante à quantidade de CUEM, a SPU/CE, por meio do Ofício nº 0422/2014/GAB/SPU/CE, de 09/05/2014, apresentou a seguinte manifestação: 122

123 No ano de 2013, foram implementadas no SIAPA 20 (vinte) utilizações no novo regime de CUEM (fls. 61 a 68 do Relatório de Gestão/2013), conforme quadro de Destinações Concluídas entregue à equipe de auditoria [...] O dado informado de 21 RIP s (fl. 165) diz respeito a informação divergente fornecida pelo Órgão Central. Ressalta-se que o Relatório de Gestão é da SPU/CE, portanto, ao incluir dado encaminhado pela SPU/Órgão Central deveria ter verificado a sua consistência. Quanto às utilizações (aforamento, ocupação e CUEM) e os imóveis com mais de uma utilização, as duas planilhas apresentadas [ 46B CE RIPs Por Tipo e Benfeitoria (UF, RIP, Tipo Imóvel, Benfeitoria) e 46E CE RIPs Por Natureza (UF, RIP, Natureza Terreno)] não apresentam essas informações. Solicitou-se, ainda, a SPU/CE que justificasse a inconsistência entre os dados contidos no Relatório de Gestão, no que diz respeito aos imóveis cadastrados, conforme demonstrado a seguir, contudo, a manifestação não foi apresentada: Relatório de Gestão (fls. 35 e 37) Relatório de Gestão (fls. 88) Dominiais Uso Especial Dominiais Uso Especial Finalmente, solicitou-se à SPU/CE que apresentasse a documentação comprobatória de dados constantes no Relatório de Gestão, no entanto, as informações referentes aos itens a seguir identificados, não foram disponibilizadas: a) execução das metas previstas na Portaria MP nº 487, de 04/12/2013, referentes aos indicadores a seguir identificados: Cód Indicador Unidade Metas Executado de acordo com informação do Relatório de Gestão A Redução inconsistências RIP E Novo Registro SPIUnet Novo Cadastro SPIUnet 3 6 F Arrecadação Patrimonial Valor arrecadado (R$) , ,68 Regularização cadastral de G destinação de Interesse Social Fonte: Relatório de Gestão (fls. 114 e 115) Novo Cadastro Siapa e Cancelamento b) número dos processos de incorporação e de destinação em trâmite, referentes às informações constantes às fls. 163 [Quadro - Subitem A - Número de processos em trâmite na Unidade (totalizando os de Incorporação e os de destinação)]: Nº Processos de Destinação em 2013 SPU/CE 2 Total Geral 2 Nº Processos de Incorporação em 2013 SPU/CE 126 Total Geral

124 Verificou-se, ainda, a ausência, no Relatório de Gestão, das seguintes informações exigidas no Anexo II da Decisão Normativa - TCU Nº 127/2013 e Portaria TCU nº 175/2013: - item 3 - Estruturas de Governança e de Autocontrole da Gestão (subitem informações sobre a estrutura orgânica de controle no âmbito da unidade jurisdicionada ou do órgão a que se vincula); - item 4 - Programação e Execução da Despesa Orçamentária e Financeira (subitem 4.5) informações sobre a utilização de suprimento de fundos, contas bancárias tipo B e cartões de pagamento do governo federal não constam os Quadros A.4.5.1, A e A e o subitem 4.5.5); - item 6 - Gestão do Patrimônio Mobiliário e Imobiliário (subitem 6.2) informações sobre a gestão do patrimônio imobiliário da União que esteja sob a responsabilidade da unidade - não consta a Análise Crítica do subitem e o subitem Discriminação de Imóveis Funcionais da União sob Responsabilidade da UJ; - Parte B, item 46 do Anexo II da DN TCU nº 127, de 15/05/2013, a ausência de informação referente à SPU/CE, no que diz respeito ao item II resumo das ações e resultados alcançados no exercício em relação à incorporação e destinação dos imóveis não operacionais da extinta Rffsa, nacionalmente (no relatório de gestão do órgão central) e por superintendência, destacando eventuais situações que comprometeram o alcance dos resultados planejados. Por meio do Ofício nº 0420/2014/GAB/SPU/CE, de 09/05/2014, a SPU/CE apresentou cópia do da SPU/Órgão Central, conforme a seguir especificado: Em relação ao item 3 sobre Estrutura de Governança, [...] consta no RG do órgão central. A estrutura descrita no órgão central diz respeito a toda SPU no sentido que as Superintendências têm que seguir as diretrizes definidas nas diretorias. Porém, ressalta-se a importância de demonstrar que a unidade trata a questão de controle de forma institucionalizada, como a unidade faz controle dos processos administrativos, se há acompanhamento das ações executadas na unidade verificando se estão de acordo com os normativos vigentes. Bem como se a unidade, havendo algum problema ou inconformidade, está consciente da necessidade de apurar e prevenir, encaminhando os casos para o órgão central. [...] Sobre o item 4 - Execução Orçamentária. Em relação a este item, a SPU- CE deverá informar que não executa nenhuma despesa orçamentária. Toda a parte orçamentária e financeira é centralizada pelo órgão central. Estou encaminhando um arquivo da parte que o órgão central explicita este item que tem o Quadro A Os outros não se aplicam a SPU. E disponibilizamos para as SPUs apenas o que traz as despesas com cartão corporativo pois são utilizados por servidores de cada unidade. Sobre o item 6 - Gestão do Patrimônio. É questionado a ausência da análise crítica no item. Vocês podem solicitar maiores detalhes do que eles querem exatamente, mas é uma análise sobre os imóveis sob a responsabilidade da unidade. 124

125 #/Cau sa# #/Manife sta caounida deexamina da# #/An aliseco ntro lein tern o# Da análise da documentação apresentada, foi verificado que se trata de orientações expedidas pela SPU/Órgão Central à Superintendência Regional, tendo a SPU/CE repassado sem atentar para as mesmas. Ademais a SPU/Órgão Central indica as diretrizes para a Superintendência atender às exigidas constantes no Anexo II da Decisão Normativa - TCU Nº 127/2013 e Portaria TCU nº 175/2013, no entanto, as informações não foram apresentadas. Quanto à ausência de informação prevista na Parte B, item 46, do Anexo II da DN TCU nº 127/2013, a SPU/CE, por meio do Ofício nº 0443/2014/GAB /SPU/CE, de 15/05/2014, apresentou a seguinte manifestação: Esta informação consta do citado Relatório de Gestão às fls. 80, no item "SERVIÇO DE INCORPORAÇÃO - SEINC", onde informamos. entre outras ações e resultados alcançados, sobre o recebimento de 67 Termos de Transferência de Documentos - TTD, da Inventariança, correspondendo o recebimento de bens imóveis da extinta RFFSA. Também esses resultados e demais podem serem observados no Anexo XXX do 9 Balanço GT RFFSA, anexo a esta informação e disponibilizado em meio magnético, conforme informado na resposta do item [...]. Constatou-se, ainda, ausência do Anexo XXX 9º Balanço GT RFFSA, 28 de fevereiro de 2014 às fls. 172 do Relatório de Gestão, bem como do quadro referenciado às fls. 161 Com relação às multas de transferência aplicadas o quadro abaixo nos demonstram, nos últimos três anos, a relação entre as multas aplicadas e seu status atual no Siapa. A SPU/CE apresentou o Anexo XXX, documento esse inserido no Processo nº / , referente às Contas Anuais Exercício 2013, às fls. 179 a 187. Quanto ao quadro referenciado às fls. 61, a SPU/CE não se manifestou a respeito. Ressalta-se, por pertinente, que os assuntos retromencionados não foram objeto de exame por parte desta CGU-Regional/CE. #/Fato Causa Falta de acuidade do Superintendente, associado à ausência de interação entre as unidades administrativas da SPU/CE. Manifestação da Unidade Examinada Não houve manifestação da unidade examinada para esse item. Análise do Controle Interno Considerando-se que não houve nova manifestação da unidade examinada sobre esta constatação, após a que está transcrita no campo fato, a análise do Controle Interno consta registrada no referido campo. Recomendações: Recomendação 1: Nos próximos exercícios, elaborar o Relatório de Gestão de acordo com as exigências do Tribunal de Contas da União. 125

126 Recomendação 2: Nos próximos exercícios, elaborar o Relatório de Gestão com maior acuidade, analisando os dados encaminhados pela SPU/Órgão Central, de modo a evitar a inclusão de dados inconsistentes INFORMAÇÃO Força de trabalho da SPU/CE - Situação apurada em 31/12/2013. Fato Da análise do Quadro Força de Trabalho da UJ Situação Apurada em 31/12/2013, constante do Relatório de Gestão do Exercício 2013, verificou-se inconsistência no número de servidores de carreira vinculada ao órgão, requisitado de outros órgãos e esferas e sem vínculo com Administração Pública, ao se cotejar com os dados extraídos do Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos Siape, conforme especificado a seguir: Relatório de Gestão Dados do Siape Tipologias dos Cargos Ingressos Egressos Ingressos Egressos Efetivo no no Efetivo no no Exercício Exercício Exercício Exercício 1. Servidores em Cargos Efetivos Membros de poder e agentes políticos Servidores de Carreira Servidor de carreira vinculada ao órgão (*) Servidor de carreira em exercício descentralizado Servidor de carreira em exercício provisório Servidor requisitado de outros órgãos e esferas Servidores com Contratos Temporários Servidores sem Vínculo com Administração Pública Total de Servidores ( ) (*) Dos 48 servidores de carreira vinculada ao órgão, um se encontra cedido para o Tribunal Regional Eleitoral. Ressalta-se que a SPU/CE concordou com as inconsistências apontadas pela CGU- Regional/CE no quadro retromencionado. #/Fato CONSTATAÇÃO Estrutura de pessoal insuficiente para o regular desempenho das atividades sob responsabilidade da SPU/CE. Fato Os responsáveis pela Superintendência Regional, por ocasião de entrevistas, se pronunciaram reiteradamente quanto à inadequação do atual quadro de recursos humanos da Unidade. 126

127 O panorama descrito não se prendeu apenas ao quantitativo de servidores, mas envolveu, também, situações de qualificação específica, falta de capacitação e ferramentas para o desempenho das atividades institucionais. Da verificação dos registros do Siape, posição de 31/12/2013, constata-se que a SPU/CE dispôs de 56 servidores, sendo que um se encontrava cedido para o Tribunal Regional Eleitoral, e nove estagiários de nível superior, portanto, quadro inferior ao existente no Exercício 2011, em dois servidores. O quadro a seguir, traz um perfil de distribuição dos servidores por escolaridade e faixa etária: Escolaridade Faixa Quantidade 1 Grau Incompleto 51 a 60 anos 2 1 Grau Incompleto Total 2 1 Grau 51 a 60 anos 1 acima de 60 anos 1 1º Grau Total 2 até 30 anos 1 2 Grau 41 a 50 anos 1 51 a 60 anos 5 acima de 60 anos 2 2 Grau Total 9 Superior até 30 anos 2 31 a 40 anos a 50 anos a 60 anos 12 acima de 60 anos 6 Superior Total 42 Mestrado acima de 60 anos 1 Mestrado Total 1 Total Geral 56 Como se observa, ao se traçar um paralelo com a situação identificada por ocasião dos exames das contas do Exercício 2011, observa-se que não houve melhoria no quadro de pessoal, que naquela oportunidade opinou-se ser insuficiente para conduzir com eficiência a gestão da SPU/CE. Ademais, ao se tomar como parâmetro a faixa etária dos servidores, fica patente que as perspectivas são de agravamento da situação, tendo em vista a existência de dez servidores com mais de sessenta anos na Unidade. Nesse sentido, torna-se imperioso fazer alusão à Decisão nº 295/2002 do Plenário do TCU, que tratou de auditoria operacional na Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e suas unidades regionais, em que restou evidenciada a carência de recursos humanos, inclusive de profissionais especializados nas áreas de engenharia e direito, o que dificultava ou mesmo impedia a realização de vistorias in loco, inspeções, fiscalizações e outras medidas com o intuito de preservar o patrimônio nacional. Ademais, a incompatibilidade dos recursos humanos com o volume de serviço das unidades regionais da SPU era agravada pela carência de recursos materiais básicos e limitações dos sistemas informatizados, que não ofereciam as facilidades desejáveis para racionalização dos trabalhos. Tudo isso contribuía para que o corpo funcional da maioria das unidades regionais estivesse sobrecarregado e sentindo-se desmotivado, por não dispor de meios para prestar um serviço de boa qualidade. 127

128 #/Cau sa# #/Man ifestacao Unid adeexamin ada# #/An aliseco ntro lein tern o# Esse diagnóstico da Corte de Contas, que remonta aos idos de 2002, ainda é perfeitamente atual para a SPU/CE, o que dá uma clara compreensão das dificuldades enfrentadas e encaminha a Superintendência para um estado de total ineficiência. #/Fato Causa Falta de priorização da política pública gestão e preservação do patrimônio nacional. Manifestação da Unidade Examinada Não houve manifestação da unidade examinada para esse item. Análise do Controle Interno Diante da ausência de manifestação da unidade examinada após a apresentação dos fatos, a análise do Controle Interno sobre a constatação consta registrada acima, no campo fato. Recomendações: Recomendação 1: Oficiar, novamente, ao Órgão Central da necessidade de força de trabalho e de capacitação/treinamentos, considerando a estimativa de aposentadorias dos próximos anos, o nível de escolaridade dos atuais servidores e as demandas, detalhadas pelas atividades da Unidade. 128

129 Presidência da República - Controladoria-Geral da União - Secretaria Federal de Controle Interno Certificado: Processo: / Unidade Auditada: SUPERINTENDÊNCIA DO PATRIMÔNIO DA UNIÃO/CE Ministério Supervisor: MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO Município (UF): Fortaleza (CE) Exercício: Foram examinados os atos de gestão praticados entre 01/01/2013 e 31/12/2013 pelos responsáveis pelas áreas auditadas, especialmente aqueles listados no artigo 10 da Instrução Normativa TCU nº 63/ Os exames foram efetuados por seleção de itens, conforme escopo do trabalho informado no Relatório de Auditoria Anual de Contas inserido neste processo, em atendimento à legislação federal aplicável às áreas selecionadas e atividades examinadas, e incluíram os resultados das ações de controle, realizadas ao longo do exercício objeto de exame, sobre a gestão da unidade auditada. 3. Foram registradas as seguintes constatações relevantes para as quais, considerando as análises realizadas, não foi identificado nexo de causalidade com atos de gestão de agentes do Rol de Responsáveis: - Perda de receitas patrimoniais pela falta de demarcação e homologação de áreas de propriedade da União (item ) - Estrutura de pessoal insuficiente para o regular desempenho das atividades sob responsabilidade da SPU/CE (item ) 4. Nestes casos, conforme consta no Relatório de Auditoria, foram recomendadas medidas saneadoras. 5. As seguintes constatações subsidiaram a certificação dos agentes do Rol de Responsáveis: SUPERINTENDÊNCIA DO PATRIMÔNIO DA UNIÃO/CE Ausência de processo de acompanhamento adequado das Operações Imobiliárias em Terrenos da União - DOITU. (item ) Número elevado de inconsistências cadastrais no Siapa, referentes aos imóveis dominiais. (item )

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