ESTUDO REFLEXIVO- SISTÊMICO DAS OBRAS DE ALLAN KARDEC E DO EVANGELHO DE JESUS

Transcrição

1 ESTUDO REFLEXIVO- SISTÊMICO DAS OBRAS DE ALLAN KARDEC E DO EVANGELHO DE JESUS

2 MÓDULO 4 A INFLUÊNCIA DOS ESPÍRITOS EM NOSSAS VIDAS

3 A INDUÇÃO AO MAL PELOS ESPÍRITOS

4 3º. ENCONTRO A INDUÇÃO AO MAL PELOS ESPÍRITOS Objetivo refletir sobre as causas da indução ao mal que os Espíritos imperfeitos realizam sobre os encarnados.

5 Meditando sobre a recepção de induções ao mal que recebemos dos Espírito imperfeitos: Feche os olhos e entre em contato com você mesmo(a) em essência, buscando sentir-se um Espírito imortal encarnado interagindo com outros Espíritos imortais, encarnados e desencarnados, muitos deles bons e outros imperfeitos. Qual o grau de consciência que você tem das induções mentais que recebe dos Espíritos imperfeitos? Como você sente essa realidade? Você se deixa induzir ou resiste às induções malévolas? Deixe fluir os seus pensamentos e sentimentos, evitando qualquer mascaramento, num processo de autoengano. Seja verdadeiro(a) com você, analisando-se com autenticidade.

6 L.E. Q 465. Com que fim os Espíritos imperfeitos nos induzem ao mal? Para que sofrais como eles sofrem. a) - E isso lhes diminui os sofrimentos? Não; mas fazem-no por inveja, por não poderem suportar que haja seres felizes. b) - De que natureza é o sofrimento que procuram infligir aos outros? Os que resultam de ser de ordem inferior a criatura e de estar afastada de Deus.

7 O Evangelho Segundo o Espiritismo capítulo V, item 23 Os Tormentos Voluntários mensagem de Fénelon Haverá maiores (tormentos) do que os que derivam da inveja e do ciúme? Para o invejoso e o ciumento, não há repouso; estão perpetuamente febricitantes. O que não têm e os outros possuem lhes causa insônias. Dão-lhes vertigem os êxitos de seus rivais; toda a emulação, para eles, se resume em eclipsar os que lhes estão próximos, toda a alegria em excitar, nos que se lhes assemelham pela insensatez, a raiva do ciúme que os devora. Pobres insensatos, com efeito, que não imaginam sequer que, amanhã talvez, terão de largar todas essas frioleiras cuja cobiça lhes envenena a vida!

8 Podemos perceber que o invejoso sofre muito, quer esteja encarnado ou desencarnado. Quando estamos sob a ação de um Espírito imperfeito que nos induz ao mal para que sejamos infelizes como ele o é, quais Leis Divinas e que virtudes somos convidados a cumprir e praticar? Leis: de Amor, Justiça e Caridade; de Liberdade, de Discernimento; de Solidariedade; de Compaixão. Virtudes: amor, caridade, discernimento, fé, solidariedade, compaixão e gratidão.

9 L.E. Q 466. Por que permite Deus que Espíritos nos excitem ao mal? Os Espíritos imperfeitos são instrumentos próprios a por em prova a fé e a constância dos homens na prática do bem. Como Espírito que és, tens que progredir na ciência do infinito. Daí o passares pelas provas do mal, para chegares ao bem. A nossa missão consiste em te colocarmos no bom caminho.

10 Desde que sobre ti atuam influências más, é que as atrais, desejando o mal; porquanto os Espíritos inferiores correm a te auxiliar no mal, logo que desejes praticá-lo. Só quando queiras o mal, podem eles ajudar-te para a prática do mal. Se fores propenso ao assassínio, terás em torno de ti uma nuvem de Espíritos a te alimentarem no íntimo esse pendor. Mas outros também te cercarão, esforçando-se por te influenciarem para o bem, o que restabelece o equilíbrio da balança e te deixa senhor dos teus atos.

11 É assim que Deus confia à nossa consciência a escolha do caminho que devamos seguir e a liberdade de ceder a uma ou outra das influências contrárias que se exercem sobre nós.

12 L.E Pode o homem eximir-se da influência dos Espíritos que procuram arrastá-lo ao mal? Pode, visto que tais Espíritos só se apegam aos que, pelos seus desejos, os chamam, ou aos que, pelos seus pensamentos, os atraem.

13 L.E Renunciam às suas tentativas os Espíritos cuja influência a vontade do homem repele? Que querias que fizessem? Quando nada conseguem, abandonam o campo. Entretanto, ficam à espreita de um momento propício, como o gato que tocaia o rato.

14 L.E Por que meio podemos neutralizar a influência dos maus Espíritos? Praticando o bem e pondo em Deus toda a vossa confiança, repelireis a influência dos Espíritos inferiores e aniquilareis o império que desejam ter sobre vós. Guardai-vos de atender às sugestões dos Espíritos que vos suscitam maus pensamentos, que sopram a discórdia entre vós outros e que vos insuflam as paixões más. Desconfiai especialmente dos que vos exaltam o orgulho, pois que esses vos assaltam pelo lado fraco. Essa a razão por que Jesus, na oração dominical, vos ensinou a dizer: Senhor! Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.

15 L.E Os Espíritos, que ao mal procuram induzir-nos e que põem assim em prova a nossa firmeza no bem, procedem desse modo cumprindo missão? E, se assim é, cabe-lhes alguma responsabilidade? A nenhum Espírito é dada a missão de praticar o mal. Aquele que o faz fá-lo por conta própria, sujeitando-se, portanto, às consequências. Pode Deus permitir-lhe que assim proceda, para vos experimentar; nunca, porém, lhe determina tal procedimento. Compete-vos, pois repeli-lo.

16 Reflitamos sobre o mecanismo da Lei de Permissão na questão da indução ao mal por parte dos Espíritos imperfeitos. Quando Deus permite que esses Espíritos usem o seu livrearbítrio para praticar o mal e atuem para nos experimentar, temos duas questões a serem refletidas, uma com relação ao Espírito indutor e outra com relação ao Espírito encarnado ou desencarnado que recebe a indução:

17 1 quando o Espírito toma a decisão de induzir outro ao mal tenta se contrapor à Lei de Amor, Justiça e Caridade. Ao praticar essa ação má entra em ação a Lei de Causa e Efeito que fará com que todo o mal que ele praticou retorne para ele, como um processo reeducativo doloroso para proteger o Espírito de suas próprias ações.

18 Conforme a Lei de Progresso, cedo ou tarde, o Espírito cai em si e percebe todo mal que praticou e se submete à Lei de Reparação para que possa praticar todo o bem para anular o mal praticado.

19 Por isso, mesmo escolhendo o mal o Espírito ao passar por essa experiência aprende que esse caminho é equivocado. Como somos criados simples e ignorantes, ao utilizar a Lei de Liberdade para escolher fazer o mal, envereda pela fieira que não deveria, por consciência, adentrar. Nesse momento, a Lei de Permissão é acionada, pois mesmo esse mal será utilizado mais tarde pelo Espírito para chegar ao bem, pois já não ignorará que fazer o mal gera sofrimentos não apenas para o outro mas para ele também.

20 Vemos, portanto, na permissão divina a prática dos atributos da onipotência, da onipresença e da onisciência divina que tudo conduz para o bem, mesmo quando o ser humano teima em afrontar a Lei Maior, a de Amor, Justiça e Caridade.

21 O mal é um opção para o Espírito que gerará para ele sofrimentos até que resolva por seguir o caminho do bem, como Jesus ensina na Parábola dos dois filhos. Ao ir para terras longínquas o filho pródigo produz o mal. Ao cair em si ele percebe que deve voltar à Casa do Pai. Ao voltar, ele entra na expiação do mau uso do livre-arbítrio já sabendo o caminho de volta, isto é, já tendo passado por aquela senda adquire a experiência de que aquele caminho é equivocado e somente o bem é que traz felicidade.

22 Como as Leis Divinas não competem entre si a Lei de Permissão está intimamente conectada à Lei de Liberdade e de Progresso. Quando o Espírito, pelo uso do livre-arbítrio entra em um movimento de impedir a Lei de Progresso, Deus não o permite e o livre-arbítrio é momentânea e parcialmente cerceado, fazendo com que o Espírito experimente os efeitos das causas desamorosas que praticou. Exemplo de uma situação desse tipo são os exílios planetários.

23 2 Os encarnados que sofrem o assédio dos Espíritos imperfeitos são convidados a seguir as orientações de Jesus para darmos a outra face em Mateus capítulo 5 versículos 39 a 47: 5.39 Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; 5.40 e ao que quiser pleitear contigo e tirarte a vestimenta, larga-lhe também a capa;

24 5.41 e, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas Dá a quem te pedir e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem,

25 5.45 para que sejais filhos do Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?

26 5.47 E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim? 5.48 Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus.

27 Somos, portanto, convidados a exercitar as Leis de Cooperação e de Compaixão para com os inimigos desencarnados, única forma de nos libertarmos do assédio espiritual obsessivo, pois estaremos desenvolvendo virtudes muito significativas como a cooperação, a compaixão e o discernimento, trabalhando pela nossa individuação, praticando os atributos divinos em nós mesmos. Dessa forma o processo obsessivo culminará com a evolução de todos os envolvidos. É por isso que Deus o permite.

28 A INFLUÊNCIA DOS ESPÍRITOS EM NOSSOS PENSAMENTOS Avaliação reflexiva: Feche os olhos e entre em contato com você mesmo(a) em essência, buscando sentir o conteúdo estudado neste encontro: O que você entendeu do conteúdo que se aplique à sua vida? O conteúdo estudado mudou a forma como entende o processo obsessivo? Caso positivo, que mudança foi essa?

29 A INFLUÊNCIA DOS ESPÍRITOS EM NOSSOS PENSAMENTOS Neste encontro refletimos sobre como os Espíritos imperfeitos nos induzem ao mal e as Leis Divinas que permitem esse processo. A partir das Leis somos convidados a desenvolver o discernimento, a cooperação e a compaixão. Como você se sente desenvolvendo essas virtudes? Como é para você realizar esforços para desenvolvê-las?

30 A INFLUÊNCIA DOS ESPÍRITOS EM NOSSOS PENSAMENTOS Como você sente a sua vida aplicando o conteúdo estudado? Você sente que ele pode melhorar a sua vida em sua busca de autotransformação e nas suas atividades na prática do Bem?

31 A INFLUÊNCIA DOS ESPÍRITOS EM NOSSOS PENSAMENTOS Sinta-se, agora, um Espírito imortal que traz em si mesmo a determinação divina de evoluir até à perfeição relativa, pelo conhecimento pleno e cumprimento das Leis Divinas, pela prática das virtudes e pela busca da unidade com Deus. Mergulhe profundamente nessa verdade espiritual. Sinta-a, veja-se desenvolvendo todas as virtudes essenciais da Vida ao longo do tempo, desenvolvendo o poder real em si mesmo, sentindo a presença amorosa de seu Mentor espiritual em sua vida.