ESPOROGÊNESE EMBRIOGÊNESE GAMETOGÊNESE FORMAÇÃO DO PÓLEN 29/01/2014. ANTERAS (masculino) Estrutura das anteras. Anna Frida Hatsue Modro

Transcrição

1 ESPOROGÊNESE É o processo de formação dos esporos nos vegetais EMBRIOGÊNESE Anna Frida Hatsue Modro Microsporogênese: processo que conduz a formação dogrãodepólen. Macrosporogênese: processo que conduz a formação do saco embrionário do óvulo. GAMETOGÊNESE ANTERAS (masculino) É o processo de formação dos gametas nos vegetais Microgametogênese: formação dos microgametas ou núcleos espermáticos. Macrogametogênese: formação do gameta feminino ou oosfera. Estrutura das anteras Exotécio: camada externa ou epiderme da antera. Endotécio ou camada mecânica:subepidérmica, esclerificada, que exerce papel importante na deiscência da antera. Estrato médio: uma ou mais camadas transitórias, entre o endotécio e o tapete. Tapete ou camada nutritiva: situada em torno dos sacos polínicos. O tapete e o estrato médio desaparecem na maturidade ao serem, em geral, absorvidos pelas células germinativas. Sacos polínicos:que contêm as células-mãe dos grãos de pólen, cada uma das quais, após sofrer meiose, irá formar quatro grãos de pólen. Na antera madura, os quatro sacos polínicos, por fusão dos laterais, são, em geral, em número de dois e contêm os grãos de pólen maduros. FORMAÇÃO DO PÓLEN microsporogêses microgametogênese 1

2 FORMAÇÃO DO PÓLEN Formação da nucela e dos integumentos mitose mitose (n) meiose Nucela: surge na parede interna do ovário (região placentária) pequeno mamilo que, continuando o seu desenvolvimento, acaba por formar um maciço tecido parenquimatoso, chamado nucela. Integumentos:forma-se, em torno do referido mamilo, um bordolete circular e, logo após, mais outro, os quais, crescendo, vão formar os integumentos que envolvem a nucela, deixando apenas uma abertura, a micrópila. Formação do saco embrionário: no interior da nucela em formação, observa-se, próximo à micrópila, uma célula que se destaca pelo seu maior volume: a célula-mãe do saco embrionário. Formação da nucela e dos integumentos MACROSPOROGÊNESE macrosporogêses macrogametogênese meiose 3 núcleos degeneram 3 mitoses 2

3 FASES DA FECUNDAÇÃO NAS ANGIOSPERMAE FECUNDAÇÃO 1. Polinização:transporte do pólen da antera ao estigma da flor. 2. Formação do tubo polínico:o grão de pólen caído no estigma floral germina, através do estilete, formando um tubo, chamado tubo polínico. 3. Fecundação: fusão dos núcleos sexuais, formação das sementes e desenvolvimento do fruto. Polinização x Fertilização 1. POLINIZAÇÃO Tipos de polinização Síndromes de polinização Fatores que influenciam na polinização Importância da polinização Polinização dirigida TIPOS DE POLINIZAÇÃO Tipos de polinização auto-polinização polinização cruzada Auto polinização: quando o pólen é recebido no estigma da mesma flor; ocorre em plantas autógamas. Ex. em flores cleistógmas (flores que possuem os órgãos sexuais ocultos na corola, propiciando a polinização na mesma flor, como em ervilhas PLANTAS FLORES Polinização cruzada:quando a polinização se faz entre flores diferentes de um mesmo indivíduo (geitonogamia) ou de indivíduos diferentes (xenogamia); ocorre em plantas alógamas. Ex. plantas dióicas. MONÓICAS DIÓICAS UNISSEXUADAS HERMAFRODITAS 3

4 AGENTES POLINIZADORES Síndromes de polinização Zoofilia: os agentes polinizadores são animais. Flores com perianto de cores e formas variadas, por vezes bizarras ou de conformação apropriada ao pouso; com aroma e néctar. Entomófilas: quando são os insetos. Ornitófilas: quando são os pássaros. Quiropterófilas: quando são os morcegos. Hidrofilia: quando a polinização é feita com o auxílio da água. Anemofilia: quando o agente polinizador é o vento. Ex. Poaceae. Flores pequenas, perianto nulo ou quase nulo, sem aroma, cor e néctar; anteras bem expostas ao ar sobre filetes longos, finos e flexíveis; pólen em grande quantidade; grãos pequenos, lisos e leves; estigma em geral penado, de grande superfície. POLINIZAÇÃO POLINIZAÇÃO Polinização biótica em espécies vegetais cultivadas no mundo. Animais Espécies vegetais Abelhas 73% Moscas 19% Morcegos 6,5% Vespas 5% Besouros 5% Pássaros 4% Borboletas e Mariposas 4% (FAO, 2004) Polinização entomófila Abundância na natureza Ampla distribuição geográfica Atração pelas flores Flores de Caltha palustris (a) sob luz natural (b) sob luz ultra-violeta. a b ESTRATÉGIAS Fatores que influenciam na polinização Heterostilia: indivíduos com flores de estames e estigmas de dimensões diferentes. LONGESTILIA BREVESTILIA Fritillaria imperialis Megachile sp. em Colutea arborescens Ophrys speculum 4

5 Fatores que influenciam na polinização Dicogamia: quando os órgãos sexuais da mesma flor amadurecem em tempos diferentes Protandria:quando o androceu amadurece primeiro que o gineceu. Protoginia:quando o gineceu amadurece primeiro que o androceu. Fatores que influenciam na polinização Auto-incompatibilidade: quando as flores não são fecundadas ao serem polinizadas por seu próprio pólen. Hercogamia: quando há barreira que impede ou dificulta a autopolinização. Ex. orquídea. Monoicia: quando as plantas têm flores unissexuais sobre o mesmo indivíduo. Ex. milho, mamona. Dioicia: quando as plantas têm flores unissexuais sobre indivíduos diferentes. Ex. tamareira. IMPORTÂNCIA DA POLINIZAÇÃO IMPORTÂNCIA DOS INSETOS POLINIZADORES Cultura Produção Local Ano Variedade Aumento do número de vagens ou frutos vingados Aumento do número de grãos por vagem Melhora a qualidade dos frutos Aumenta o teor de óleos e outras substâncias extraídas dos frutos Encurta o ciclo de certas culturas agrícolas Uniformiza o amadurecimento dos frutos Laranja (Citrus sinensis) 35,30% Jaboticabal-SP 1993 e 1994 Pera-rio rio Café (Coffea arabica) 38,7% Jaboticabal-SP 1993 Mundo novo Cebola (Allium cepa) 18,40% Candiota-RS 1999 Crioula Alto Vale Cebola (Allium cepa) 23,55% Candiota-RS 2000 Bola precoce Pêssego (Prunus persica) 8,2% Jaboticabal-SP 1996 Aurora 1 Abacate (Persea americana) 600% Tabapuã-SP 2001 Quintal Pepino (Cucumis sativus) 178% Uberaba-MG 2003 Safira Maracujá (Passiflora edulis) 192% São Luís do Carú-CE CE Soja (Glycine max) 50,64% Maringá-PR 2003 BRS-133 Acerola (Malpighia emarginata) 53% Areia-PB Girassol (Helianthus annuus) 73% Piracicaba-SP 1985 Anhandy Williams et al., 1991 POLINIZAÇÃO POLINIZAÇÃO DIRIGIDA MARACUJAZEIRO Flores atrativas para abelhas MANUAL DIRIGIDA Florescimento: 9 meses ao ano Abertura: 12:00-18:00 NATURAL Brevestilia e protandria Pólen grande e pesado 5

6 POLINIZAÇÃO DIRIGIDA MARACUJAZEIRO Nocivos Trigona spinipes Apis mellifera Polinizadores Xylocopa frontalis X. grisescens X. suspecta X. virginata Apis mellifera Xylocopa spp. POLINIZAÇÃO DIRIGIDA MARACUJAZEIRO POLINIZAÇÃO DIRIGIDA MARACUJAZEIRO Plantas alternativas para A. mellifera Alimentos para A. mellifera Repelentes para A. mellifera Plantas alternativas para Apis mellifera Cosmos (Cosmos sulphureus) Plantas alternativas para Xylocopa Aumento de ninhos de Xylocopa Polinização artificial Camillo, 2000 Girassol (Hellianthus annuus) Picão (Bidens pilosa) AUMENTO DE NINHOS NINHOS RACIONAIS Gomos de bambu Vigotas perfuradas Oliveira-Filho e Freitas,

7 2. FORMAÇÃO DO TUBO POLÍNICO Formação do tubo polínico Tipos de penetração do tubo polínico O grão de pólen, retido no estigma por substâncias mucilaginosas aí existentes, germina. A intina projeta-se através de um dos poros da exina, formando um tubo, o tubo polínico. O núcleo vegetativo, que dá origem ao tubo polínico, fica localizado próximo da extremidade do tubo. O núcleo germinativodo pólen dá origem, por divisão, a dois núcleos espermáticos; há a penetração do tubo polínico no óvulo e o desaparecimento do núcleo vegetativo. Porogamia: caso mais geral, quando a penetração no óvulo se dá pela micrópila. Aporogamia Mesogamia: quando a penetração se faz pelos integumentos Calazogamia: quando a penetração se faz pela calaza FORMAÇÃO DO TUBO POLÍNICO Formação do tubo polínico 3. FECUNDAÇÃO Semente: origina-se do óvulo fecundado Fruto: é originado do desenvolvimento do ovário, após ter ocorrido a fecundação. Partenogênese: é o desenvolvimento do óvulo, sem fecundação, ou seja, é o desenvolvimento de um indivíduo a partir de um óvulo não fecundado. DUPLA FECUNDAÇÃO Os dois núcleos espermáticos penetram no saco embrionário, nas Angiospermae ocorre uma dupla fecundação; um dos núcleos espermáticos funde-se com o núcleo da oosfera, formando o zigoto (diplóide), que dará origem ao embrião da semente. O outro núcleo espermático funde-se com os núcleos polares (mesocisto) e tal fecundação se originará o albume das sementes, que é um tecido de reserva de natureza triplóide. O albume, também chamado endosperma secundário, é um tecido triplóide e pode estar ou não presente nas sementes, sendo, quando ausente, absorvido durante a formação do embrião. Após a fecundação, em geral, as sinérgidase as antípodas se desintegram. Fecundação DUPLA FECUNDAÇÃO Fecundação 7

8 8