NOTÍCIAS DE UMA SOBREVIVENTE: A VARIANTE RÓTICA VIBRANTE MÚLTIPLA ALVEOLAR EM REBOUÇAS, PR

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1 NOTÍCIAS DE UMA SOBREVIVENTE: A VARIANTE RÓTICA VIBRANTE MÚLTIPLA ALVEOLAR EM REBOUÇAS, PR Luciane Trennephol da Costa (UNICENTRO) 1 luciane.tcosta@yahoo.com.br Márcio Cotovicz (UNICENTRO) 2 márcio.cotovicz@gmail.com RESUMO: Nesta pesquisa, objetivamos observar a produtividade da variante rótica vibrante múltipla alveolar na fala de Rebouças, uma cidade do sudoeste do Paraná. Estudos descritivos clássicos do português brasileiro (CAMARA JR, 1972) afirmam a predominância das articulações posteriores e a baixa produtividade da vibrante múltipla alveolar é confirmada em análises contemporâneas (ALENCAR, 2007). Ao mesmo tempo, análises de fala da região sul (MONARETTO, 2009) confirmam a persistência desta variante. Examinamos a produção das variantes róticas nas posições de ataque e coda silábica através da análise acústica dos dados. Os resultados confirmam a presença desta variante na amostra com pequena diferença percentual para a variante fricativa velar, tida como a predominante no português brasileiro. PALAVRAS-CHAVE: Variantes róticas; Vibrante múltipla alveolar; Análise acústica. ABSTRACT: This study aims at observing the production of the multiple alveolar vibrant rhotic sound in the speech of citizens from Rebouças, a city in southwestern Paraná. Classic descriptive studies of Brazilian Portuguese (CAMARA JR, 1972) affirm the predominance of posterior articulations, and low alveolar trill production is confirmed in contemporary analyzes (ALENCAR, 2007). At the same time, the speech analyses of the southern region (MONARETTO, 2009) confirm the persistence of this variation. The production of rhotic variants in attack and syllable coda positions was examined through acoustic analysis. The results confirm the presence of this variation in the sample with slightly different percentage for the velar fricative variation, believed to be the predominant one in Brazilian Portuguese. KEY-WORDS: Rhotic variations; Multiple alveolar vibrant; Acoustic analysis. Rebouças, Rebouças E as belezas do nosso lugar O rio Potinga com suas águas caudalosas Campos floridos céu de estrelas ao luar Rebouças, Rebouças Glorioso exemplo às vindouras gerações 3 1 Professora Adjunta no Departamento de Letras da Universidade Estadual do Centro-Oeste- UNICENTRO, campus de Irati, Paraná. 2 Acadêmico do 4 ano do curso de Letras Português na Universidade Estadual do Centro-Oeste- UNICENTRO, campus de Irati, Paraná. 3 Trecho do hino da cidade de Rebouças, disponível em áudio no endereço eletrônico que exemplifica a variação entre a variante rótica vibrante múltipla alveolar e fricativa velar na posição de ataque silábico na cidade. NUPESDD UEMS Web-Revista SOCIODIALETO Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 6, nº 17, nov

2 1. Introdução: um família variada unida por semelhanças Os róticos, os chamados sons de r, caracterizam-se pela variedade de pontos e modos de articulação, podendo ser produzidos como fricativos, vibrantes, aproximantes, tepes, retroflexos e em variados pontos de articulação como, por exemplo, alveolares, velares e uvulares. A grande diversidade existente nesta classe de sons, não há uma propriedade fonética comum a todos os membros, fez com que Lindau (1985) propusesse a definição da classe dos róticos baseada em semelhanças que ligariam uma variante à outra. Os róticos estariam ligados, mas não unificados, por uma rede de parâmetros. A vibrante múltipla alveolar, caracterizada por múltiplos toques do ápice da língua nos alvéolos, e o tepe, caracterizado por um breve toque do ápice da língua nos alvéolos, estariam relacionados pelo parâmetro da duração da oclusão. A vibrante e a variante aproximante ligariam-se pela presença de estrutura formântica, já o tepe e a aproximante relacionam-se por sua conexão comum com as vibrantes. A proposta dos róticos como uma família de membros variados ligada por algum parâmetro fonético é uma abordagem que visa dar conta teoricamente de uma classe natural de sons tão variada e desafiadora para as teorias fonológicas. No português Brasileiro, doravante PB, coexistem as variantes anteriores, a vibrante múltipla anterior [r], o tepe [ɾ] e o retroflexo [ɹ], e as variantes posteriores, a fricativa velar surda [x] e sonora [ɣ] e a fricativa glotal surda [ h] e sonora [ ɦ ]. Os sons róticos são fortes marcas dialetais e cada região de nosso continental país produz suas variantes típicas. Geralmente, obedecendo à regra do sistema da língua portuguesa de produção das vibrantes e fricativas, chamadas r forte, no ataque em início de sílaba, no ataque intervocálico ocorre também o tepe, e dos tepes e aproximantes retroflexas, chamados r fraco, na coda silábica. Conforme Mateus e D Andrade (2000, pág. 11), no português europeu, a vibrante múltipla ocorre concomitentemente às articulações posteriores: The uvular NUPESDD UEMS Web-Revista SOCIODIALETO Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 6, nº 17, nov

3 trill [R] co-occurs with other back variants in modern EP, namely the voiced uvular fricative [ ʁ] or the voiceless one, [χ]; the alveolar trill [r] is common in dialects other than the one under consideration. Os autores acreditam que a fricativa uvular encontrase em um processo de dominância em relação às outras variantes na região de Lisboa. O mesmo fenômeno é assumido para o português brasileiro, pois estudos descritivos clássicos já afirmavam a predominância das articulações posteriores:... em português com o /r/ forte, pronunciado, como vimos, pela maioria dos falantes como um som velar, ou uvular, ou mesmo como uma mera vibração faríngea, e por outros, em minoria, como uma dental múltipla... (CAMARA JR,1972, pág. 25). Desde Camara Jr, portanto, assume-se a baixa produtividade da vibrante múltipla alveolar no português brasileiro. Autores contemporâneos (SILVA, 2011, pág. 219) também declaram que a vibrante múltipla alveolar ocorre em poucas regiões no Brasil e é mais comum no português europeu, o que é confirmado em pesquisas atuais como, por exemplo, em Alencar (2007) que analisa a fala de Fortaleza (CE) e constata a prevalência da fricativa glotal em contexto de ataque inicial. Callou e Morais (1995), investigando as realizações róticas, com base no corpus do Projeto NURC, realizaram um trabalho variacionista sobre cinco capitais: Porto Alegre (região sul), São Paulo e Rio de Janeiro (sudeste), Salvador e Recife (nordeste), assim, procuraram delimitar as áreas dialetais de acordo com as cinco capitais escolhidas. Através de uma observação de oitiva, os autores encontraram sete variantes róticas: vibrante apical múltipla, vibrante uvular, fricativa velar, fricativa laríngea (aspiração), vibrante apical simples, aproximante retroflexa e zero fonético. No tocante ao rótico forte, observaram um predomínio maior das fricativas nas capitais: Rio de Janeiro, Salvador e Recife, em oposição a São Paulo e Porto Alegre com predomínio maior das vibrantes, marcando, assim, uma oposição entre as variantes róticas do norte e sul. Callou e Leite (2002), na obra Como falam os brasileiros, apresentam um panorama da variação linguística no Brasil, observam, também, o predomínio dos róticos fricativos de São Paulo para o norte do país, e do uso maior da vibrante NUPESDD UEMS Web-Revista SOCIODIALETO Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 6, nº 17, nov

4 descendo do estado paulista para o sul do país. Porém, observaram um processo de enfraquecimento da vibrante, bem como a perda do rótico em final de palavra, como no caso dos verbos no infinitivo. Uma das regiões em que a vibrante alveolar continua sendo produzida é o sul do Brasil. Monaretto (2009), examinando dados de dez cidades do projeto Variação Linguística Urbana do Sul do Brasil - VARSUL 4, através da metodologia da sociolinguística quantitativa laboviana, constata o papel da posição silábica e do grupo geográfico na distribuição da vibrante. Neste estudo, a vibrante múltipla alveolar ocorre como variante de frequência mais alta nas cidades de Lages(SC), Blumenau(SC), Curitiba (PR) e Pato Branco(PR). Trabalhos dialetológicos também atestam a presença da vibrante múltipla alveolar no sul do Brasil. Tais trabalhos descrevem a variação diatópica de uma língua, ou seja, a distribuição das variantes linguísticas pelo espaço geográfico e as apresentam por meio de cartas e atlas linguísticos, dispondo as variantes encontradas em mapas da região geográfica na qual os dados foram coletados. Um deles é o Atlas Linguístico- Etnográfico da Região Sul do Brasil- ALERS (KOCH, KLASSMANN e ALTENHOFEN, 2002) - que registra a fala dos três estados da região sul através de suas cartas fonéticas. Cartas relativas às variantes róticas no ataque silábico mostram o predomínio da vibrante alveolar nos três estados: a carta 44 relativa ao item lexical revólver, carta 45 relativa ao item lexical genro e carta 46 relativa ao item lexical carro. Outro importante trabalho dialetológico é a obra Atlas Linguístico do Paraná (ALPR), de Vanderci de Andrade Aguilera, publicado em 1996 pela Editora da Universidade Estadual de Londrina e coletado e organizado nos últimos anos da década de oitenta do século XX, constitui um importante registro da fala paranaense e veio juntar-se a outros importantes estudos dialetológicos que descreveram e registraram as variantes linguísticas no português brasileiro. No ALPR (AGUILERA, 1996), várias cartas fonéticas registram a presença da vibrante alveolar sonora a 43 item lexical 4 Como se sabe, o banco de dados VARSUL reúne amostras de fala de cidades dos três estados da região sul, coletadas entre os anos de 1990 até 1996 (Brescancini, 2002, p.20) NUPESDD UEMS Web-Revista SOCIODIALETO Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 6, nº 17, nov

5 relâmpago, a 48 item lexical cerração, 136 item lexical verruga, 132 item lexical redemoinho, 190 item lexical remela. Tais registros ocorrem em muitos munícipios do Paraná e, principalmente, nos municípios da região na qual localiza-se Rebouças como Irati, São Mateus do Sul, Guarapuava e Prudentópolis. A sobrevivência da vibrante múltipla alveolar parece ser então uma característica do falar da região sul. Esta pesquisa objetivou a observação da produtividade ou não da vibrante múltipla alveolar, constatada de oitiva, na fala de Rebouças, uma cidade do sudoeste do Paraná. Em busca dos detalhes fonéticos de realização desta variante rótica, realizou-se um estudo experimental cuja metodologia descrevemos na próxima seção. 2.Metodologia da pesquisa Começamos esta sessão, descrevendo a cidade alvo desta pesquisa, Rebouças, no estado do Paraná. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE 5, Rebouças está localizada na região sudoeste do estado do Paraná. Situa-se na zona fisiográfica de Irati-PR, uma das 11 zonas em que se divide o estado; limita-se com os municípios de Irati, Fernandes Pinheiro, Rio Azul, São Mateus do Sul e São João do Triunfo. Possui área total de 490 Km² e encontra-se numa altitude de 780m. Data do século XVII as primeiras penetrações nas terras da atual Rebouças, levadas a feito por desbravadores paulistas em busca do ouro. Posteriormente, por volta de 1902 e 1904, atinge este município os trilhos da Estrada de Ferro São Paulo - Rio Grande Railway, trazendo novos desbravadores, estes por sua vez, motivados pelo ouro verde: a madeira e erva mate. A empreitada da estrada de ferro foi liderada pelo Engenheiro Antônio Rebouças. Em homenagem, ao feito de progresso, o município herdou o nome do engenheiro ferroviário. Data de 21 de setembro de 1930 a emancipação política e 5 Informações disponíveis no endereço eletrônico Acesso em 12 de outubro de NUPESDD UEMS Web-Revista SOCIODIALETO Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 6, nº 17, nov

6 administrativa do município de Rebouças. Posteriormente, em 1943, em virtude de já haver um município brasileiro, no estado de São Paulo, com o nome de Antônio Rebouças e a legislação federal não permitir dois municípios com o mesmo nome, passou a denominar-se simplesmente Rebouças. Hoje, da estrada de ferro, ficaram somente as pedras; as matas de Araucária e Imbuia foram levadas, fazendo progresso em outro lugar. Ficou dessa história a garra e perseverança dos povos que vieram em Rebouças se instalar. Atualmente, de acordo com o censo de 2010, a cidade conta com habitantes, sendo residentes urbanos e residentes rurais. Com o objetivo de fazer um levantamento dos sons róticos realizados no falar reboucense, foram selecionados quatro informantes naturais de Rebouças e que moraram a vida toda no município. Dois jovens, um masculino com idade de 23 anos (codificado com a letra A) e um feminino com idade de 20 anos (codificado com a letra B), ambos possuem o ensino médio completo. Dois adultos, um masculino com idade de 50 anos (codificado com a letra C) e um feminino com idade de 49 anos (codificado com a letra D), ambos com ensino fundamental incompleto. Todos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), documento que formaliza o caráter acadêmico da pesquisa, esclarecendo que a pesquisa não representa qualquer dolo para o sujeito pesquisado. Ressalte-se que a colonização do estado do Paraná caracteriza-se pela contribuição de diversas etnias em variados momentos históricos. Na região sudoeste, na qual localiza-se a cidade de Rebouças, encontramos muitos descendentes eslavos, ucranianos e poloneses, ao lado de outras etnias, como portugueses e alemães. O quadro 1 sistematiza os dados sociais dos informantes da amostra. Quadro 1 Perfil dos informantes Informante Idade Escolaridade Etnia dos avós Maternos Etnia dos avós Paternos Avô Avó Avô Avó A 23 Ensino Alemão Polonesa Italiano Bugre Médio (completo) B 22 Ensino médio Alemão Alemã Alemão Alemã (completo) C Ensino Brasileiro Ucraniana Polonês Brasileira NUPESDD UEMS Web-Revista SOCIODIALETO Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 6, nº 17, nov

7 D 50 Fundamental (completo) Ensino 49 Fundamental (incompleto) Brasileiro Italiana Polonês Ucraniana Para coleta do corpus foi selecionado um conjunto de palavras que contemplam as ocorrências dos róticos, em suas possíveis posições silábicas: (i) ataque absoluto; (ii) ataque em posição intervocálica; (iii) coda silábica. A posição silábica de ataque complexo não foi analisada neste trabalho. O Quadro 2 apresenta as palavras-alvo desta pesquisa divididas pela posição silábica em que predominantemente as variantes ocorrem. Quadro 2 Palavras-alvo da pesquisa Posição silábica Palavras-alvo Ataque absoluto rato, rádio, régua, repolho, relógio, rinoceronte, rio, roda,,rodo, rolha, rosa, rua, rural Ataque em posição intervocálica com r forte arroz, beterraba, cachorro, carroça, jarra, torre Ataque em posição intervocálica com r flores, rinoceronte, rural fraco Coda silábica borboleta, carta, cerco, circo, garfo, pernas, porco, porta, sorvete, urso A coleta dos dados deu-se com dois métodos de pesquisa. No primeiro deles, os informantes deveriam nominar figuras através de estímulo visual. Foram selecionadas figuras de animais, objetos e alimentos em que há a ocorrência das róticas nas posições silábicas em foco, descritas anteriormente. Para cada figura contendo a rótica, foram elencadas figuras que serviram de distratores, ou seja, figuras em que o rótico não se manifestava. Segundo COSTA (2013, p ), o uso dos distratores serve para NUPESDD UEMS Web-Revista SOCIODIALETO Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 6, nº 17, nov

8 desviar a atenção do informante para que ele não perceba o que está sendo observado em sua fala. No segundo método de coleta do corpus, as palavras-alvo foram inseridas na frase veículo Digo...baixinho. Tal método, segundo COSTA (2013, p.181), tem como objetivo estabelecer um padrão na realização, controlando as variáveis, tais como contextos antecedente/seguinte, como também, serve para minimizar o efeito de leitura de lista na fala do informante. Os dados foram gravados em ambiente o mais silencioso possível, porém sem tratamento acústico. Foi utilizado um microfone profissional unidirecional marca PHILIPS SBC MD 195 e um gravador de voz digital SONY ICD-PX240. Posteriormente, os dados coletados foram submetidos a análise acústica, através do programa de análise acústica PRAAT (BOERSMA, WEENINK; 2013). Na sessão a seguir, apresentamos as análises dos dados coletados. 3.Análise dos dados A inspeção acústica dos róticos produzidos pelos falantes da amostra revelou a presença de quatro variantes róticas: tepe, vibrante múltipla alveolar, fricativa velar e aproximante retroflexa. Esta última predominou, sendo produzida em todos os ambientes de coda silábica. As outras variantes ocorrem todas no ataque silábico, a vibrante múltipla alveolar e a fricativa velar no ataque absoluto, início de sílaba, e o tepe no ataque intervocálico. A articulação dos róticos ocorre da seguinte forma: na produção do tepe [ɾ] (ou vibrante simples) o articulador ativo, que neste caso é o ápice ou lâmina da língua, toca rapidamente o articulador passivo, os alvéolos, ocasionando uma rápida obstrução da passagem de ar através da boca (Silva, 1999). NUPESDD UEMS Web-Revista SOCIODIALETO Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 6, nº 17, nov

9 No rótico vibrante alveolar [r] (múltipla), o articulador ativo, ápice ou lâmina da língua, toca por algumas vezes o articulador passivo, alvéolos, causando a vibração. Segundo Bisol: [...] um som vibrante ocorre por pequenas oclusões produzidas pela língua ou pela tremulação da úvula através da ação da corrente de ar. Os movimentos vibráteis são feitos pela ponta ou pelo dorso da língua, que bate repetidamente contra a arcada dentária superior, contra os alvéolos ou ainda contra o véu palatino (BISOL, 2010, p.211). Acusticamente, os róticos vibrante alveolar [r] e o tepe [ɾ] apresentam regiões com ausência de energia no espectro, acompanhados por breves elementos vocálicos. No caso do tepe [ɾ], o bloqueio acústico gera apenas uma área com ausência de energia. Para a vibrante alveolar [r], ocorre uma sequência de interrupções acústicas, entre 3 e 7. Na articulação do rótico aproximante retroflexo [ɹ], ocorre o levantamento e encurvamento do articulador ativo, ponta da língua, em direção ao articulador passivo, o palato duro. Nesta articulação como o próprio nome sugere, não se caracteriza por um movimento de contato com a região alveolar, mas somente uma aproximação entre os articuladores, podendo haver eventualmente um contato de ponta de língua com superfície muito reduzida (COSTA, 2011, p.62). Nos parâmetros acústicos, a manobra de encurvamento do articulador ativo provoca alterações no espectro, principalmente, na região do terceiro formante (F3), ocasionando o enfraquecimento ou queda de frequência desse formante (Costa, 2011). Os róticos fricativos, no PB, possuem dois lugares de articulação: podem ser velar surda [x] e sonora [ɣ], que possuem como articulador ativo a parte posterior da língua, e como articulador passivo o véu palatino ou palato mole; ou glotal surda [h] e sonora [ɦ], possuindo como articuladores os músculos e ligamentos da glote. Segundo Silva (1999), na articulação de uma consoante fricativa, os articuladores se aproximam causando a fricção sem que ocorra a obstrução total da passagem de ar pela via oral. Em termos acústicos, o estreitamento do trato vocal produz um ruído de fricção nas regiões de frequências mais altas, sendo que a região que ocorre a frequência dependerá do ponto de articulação da fricativa que está sendo produzida. No caso de NUPESDD UEMS Web-Revista SOCIODIALETO Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 6, nº 17, nov

10 produção de uma fricativa velar, a região de frequência vai de 2000 a 8000Hz, ao passo que na fricativa glotal a amplitude do ruído de fricção é menor, ficando em uma região de frequência que vai de 1500 a 5000Hz (Campos et al., 2013). Na figura 1, exibe-se a produção de um tepe [ɾ]: no tepe pode ser observada uma região de amplitude bastante reduzida na forma de onda. O movimento de toque da ponta da língua nos alvéolos ocasiona a região de ausência acústica assinalada pela elipse, parte branca no espectro. Figura 1. Flores com tepe A figura 2 traz o exemplo de produção de uma vibrante alveolar [r] ( vibrante múltipla). A vibrante é identificada pela sequência de oclusões (batidas) e abertura oral, visível nos três momentos assinalados pelas elipses. NUPESDD UEMS Web-Revista SOCIODIALETO Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 6, nº 17, nov

11 Figura 2. Régua com vibrante alveolar Outra variante rótica encontrada foi a aproximante retroflexa [ɹ]. Para a sua identificação, foi tomado como base o comportamento do terceiro formante, que pela manobra de articulação sofre uma queda brusca nos valores. Na Figura 3, espectro da palavra garfo, podemos observar que o F3 inicia com uma frequência em torno de Hz e desce até aproximadamente Hz. Figura 3: garfo com aproximante retroflexa Foram encontradas, também, produções que se caracterizam como variantes fricativas, devido ao ruído de fricção presente nos dados analisados. Com frequência de NUPESDD UEMS Web-Revista SOCIODIALETO Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 6, nº 17, nov

12 ruído entre 2000 e 8000Hz, o segmento caracteriza-se como uma Fricativa Velar desvozeada [x], podendo ser observada na figura 4, com a região de fricção delimitada pelas linhas em vermelho. Figura 4. Rato com fricativa velar surda Os resultados para os dois métodos de coleta, estímulo visual com figuras e frase-veículos, mostraram-se equivalentes, com praticamente o mesmo resultado. As tabelas 1 e 2 apresentam os dados coletados separados por método de coleta. Nelas os informantes estão identificados pelas letras A, B, C e D; os ambientes fonéticos pelos algarismos (1) ataque absoluto em início de sílaba, (2) ataque intervocálico com /r/ forte, (3) coda silábica e (4) ataque intervocálico com /r/ fraco. TABELA 1- Resultados da coleta com figuras NUPESDD UEMS Web-Revista SOCIODIALETO Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 6, nº 17, nov

13 Em percentagem, nos dados da coleta com figuras, na posição silábica de ataque em início de sílaba, a fricativa velar predominou com 56,9% das realizações e a vibrante alveolar ocorreu em 43,13% dos dados. Já no ataque intervocálico, a fricativa velar teve um percentual de realizações de 55,5% e a vibrante múltipla alveolar um percentual de 44,4%. Na coleta com frase-veículo, a fricativa velar novamente predominou, ainda que também com pouca diferença. No ataque em início de sílaba, a fricativa velar teve um percentual de realização de 52,6% contra 47,4% da vibrante múltipla alveolar. No ataque intervocálico, a fricativa velar ocorreu em 54,2% dos dados contra 45,8% da vibrante múltipla alveolar. TABELA 2 Resultados da coleta com frase-veículo NUPESDD UEMS Web-Revista SOCIODIALETO Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 6, nº 17, nov

14 Nos dois métodos de coleta, os resultados polarizam os informantes em dois grupos heterogêneos. A vibrante múltipla alveolar predominou no ataque em início de sílaba para os informantes A, jovem masculino, e D, adulto feminino; já a vibrante velar predominou no ataque para os informantes B, jovem feminino, e C, adulto masculino. A única característica que os informantes A e D, para os quais predomina a ocorrência da vibrante alveolar no ataque, têm em comum é a presença da etnia italiana na família. Quando a variante rótica vibrante múltipla alveolar ocorreu no ataque intervocálico manteve-se um padrão de três vibrações, já no ataque em início de sílaba produziu-se palavras com dois, três, quatro, cinco e até seis pulsos vibratórios (na palavra rua). Na posição de coda silábica, ocorreu apenas a aproximante retroflexa. Este resultado é condizente com outros trabalhos descritivos (CASTRO, 2006; FERRAZ, 2005) que mostram a produtividade da variante rótica retroflexa em coda silábica no estado do Paraná. NUPESDD UEMS Web-Revista SOCIODIALETO Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 6, nº 17, nov

15 4.Considerações Finais Esta pesquisa configurou-se em uma primeira aproximação descritiva acerca dos róticos produzidos na fala de Rebouças, PR, objetivando observar a produtividade da variante rótica vibrante múltipla alveolar nesta comunidade. Os resultados encontrados para as variedades róticas presentes no português falado em Rebouças-PR mostram a variabilidade na posição de ataque silábico na qual são produzidas as variantes vibrante múltipla alveolar e fricativa velar com pouca diferença percentual entre elas. Também confirmam a produtividade da vibrante múltipla alveolar na região sul do Brasil, diferindo da situação de outras regiões do país onde há predominância das variantes fricativas posteriores. No ataque intermediário, os dados também mostraram a produção da vibrante múltipla alveolar na fala dos mesmos informantes que produziram tal variante no ataque em início de sílaba. Nesta pesquisa utilizamos dois métodos de coleta, com frase veículo e estímulo visual com figuras, e os resultados foram praticamente os mesmos conforme as Tabelas 1 e 2. Os dados polarizam os informantes em dois grupos heterogêneos, o primeiro, que reúne os informantes B e C, com o predomínio da variante fricativa velar no ataque silábico e o segundo, que reúne os informantes A e D, com o predomínio da variante vibrante múltipla alveolar nesta posição silábica. A única característica comum aos informantes do segundo grupo, o que realiza a vibrante múltipla alveolar, é a presença da etnia italiana na família. Como perspectivas de trabalho, precisamos aumentar o número de informantes analisados e aprofundar a pesquisa analisando as possíveis influências da língua italiana na região analisada. Esta primeira pesquisa descritiva das variantes róticas produzidas em Rebouças, PR, apontou a preservação da vibrante múltipla alveolar no ataque e a predominância da aproximante retroflexa na coda silábica, confirmando outros estudos acerca da fala na região sul do Brasil. Contribui para o conhecimento do português brasileiro falado na NUPESDD UEMS Web-Revista SOCIODIALETO Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 6, nº 17, nov

16 região que foi colonizada por diversas etnias constituindo um verdadeiro mosaico cultural e linguístico. 5. Referências AGUILERA, V. A. Atlas linguístico do Paraná. Londrina: EDUEL, ALENCAR, M. S. M. Aspectos Sócio-Dialetais da Língua Falada em Fortaleza: as realizações dos fonemas /r/ e /ɾ/ Tese (Doutorado) Universidade Federal do Ceará. Centro de Humanidades, Programa de Pós-Graduação em Linguística. Fortaleza ( CE) BISOL, L. (org). Introdução a estudos de fonologia do português brasileiro. 5.ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, BOERSNA, P.; WEENIK, D. PRAAT doing Phonetics by Computer. Versão praat5342_win32zip. Amsterdam: University of Amsterdam, 2013). BRESCANCINI, C. A análise de regra variável e o programa VARBRUL 2S In: BISOL & BRESCANCINI (orgs). Fonologia e Variação: recortes do português brasileiro. Porto Alegre: EDIPUCRS, CALLOU, D; LEITE, Y. Como falam os brasileiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., CALLOU, D.; MORAES, J. Condicionamentos sócio e geolinguístico na realização do /R/ no português do Brasil. Estudos Linguísticos e Literários, Rio de Janeiro, n.17, CÂMARA JR., J. M.Estrutura da língua portuguesa. 14 ed. Petrópolis: Vozes, CAMPOS, E. et al. Estudos de caso: Os róticos em Maringá (PR) e Florianópolis (SC). In: Revista Uox, Universidade Federal de Santa Catarina, v. 01, n.2, Florianópolis, SC, CASTRO, V. S. A resistência de traços do dialeto caipira: estudo com base em atlas linguísticos regionais brasileiros f. Tese (Doutorado) Universidade Estadual de Campinas, Campinas. COSTA, L.T. Abordagem dinâmica do rotacismo. Tese (Doutorado em Linguística) Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Paraná. Curitiba, Fenômenos variáveis e variantes líquidas produzidas no ataque complexo. In: Acta Scientiarum. Language and Culture Maringá, v. 35, n. 2, p , NUPESDD UEMS Web-Revista SOCIODIALETO Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 6, nº 17, nov

17 FERRAZ, Irineu da Silva. Características Fonético-acústicas do /r/ retroflexo do português brasileiro: dados de informantes de Pato Branco (PR). 2005, 125 f. Dissertação(Mestrado), Universidade Federal do Paraná, Curitiba, IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Acesso em 12 de outubro de KOCH,W.; KLASSMANN,M.S. e ALTENHOFEN, C.W. (org.) Atlas Linguístico- Etnográfico da Região Sul do Brasil- ALERS Porto Alegre/Florianópolis/Curitiba. Ed. UFRGS/Ed. UFSC/Ed. UFPR, LINDAU, M. The story of /r/ IN: FROMKIN, V.A. (ed.) Phonetic Linguistic: Essays in honor of Peter Ladefoged Orlando, F.A: Acadenic Press, 1985, p MATEUS, M.H. e D ANDRADE,E. The Phonology of Portuguese New York: Oxford University Press, MONARETTO, V. Descrição da vibrante do português do sul do Brasil. In: Português do sul do Brasil: variação fonológica. BISOL,L. e COLLISCHONN,G. (org.) Porto Alegre: EDIPUCRS, 2009 SILVA, Thaïs Cristófaro. Fonética e Fonologia do Português: roteiro de estudos e guia de exercícios. São Paulo: Contexto, Dicionário de Fonética e Fonologia. São Paulo: Contexto, Recebido Para Publicação em 30 de outubro de Aprovado Para Publicação em 26 de janeiro de NUPESDD UEMS Web-Revista SOCIODIALETO Mestrado Letras UEMS/Campo Grande, v. 6, nº 17, nov

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