Testes em Execução de Pisos Industriais

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Testes em Execução de Pisos Industriais"

Transcrição

1 1 Testes em Execução de Pisos Industriais Célia Moisés dos Santos Turma: EEGyn 001 ; Instituto de Pós-Graduação e Graduação IPOG Goiânia, GO, 21 de abril de 2015 RESUMO Este presente artigo visa demonstrar através de pesquisa bibliográfica e empírica as etapas de execução do piso industrial com adição de fibras sintéticas. A necessidade de novos entrepostos comerciais para a logística de cargas se faz necessária em função do aumento do mercado consumidor regional. A qualidade e a durabilidade dos pisos industriais de concreto produzidos com a inclusão de fibras de polipropileno em sua estrutura estão diretamente ligadas aos métodos executivos e numa obra de construção de piso industrial o seu custo é muito representativo. O artigo ressalta os diversos processos construtivos do piso de concreto, os cuidados que deve haver com as etapas de execução e a qualidade final para a obtenção de altos índices de planicidade (FF), de nivelamento (FL) para maior durabilidade do piso diminuindo a chance de fissuras. PALAVRAS-CHAVE: Piso industrial. Método construtivo. Planicidade. Nivelamento. ABSTRACT This article aims to demonstrate through empirical research literature and implementing stages of industrial floor with added synthetic fibers. The need for new commercial outlets for cargo logistics is necessary due to the increase of the regional consumer market. The quality and durability of concrete industrial floors produced with the addition of polypropylene fibers in its structure are directly linked to business methods and a work of industrial floor construction the cost is very representative. The article highlights the various construction processes concrete floor, care should be run through the steps of the final quality and to obtain high levels of flatness (FF), leveling (FL) to floor durability decreasing chance of cracks. ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

2 2 KEYWORDS: Industrial floor. Construction method. Flatness. Leveling. INTRODUÇÃO A execução de pisos industriais no Brasil teve um grande impulso na década de 1990 por conta da estabilidade econômica iniciada nessa época e como consequência do maior intercâmbio intelectual com outros países. Uma importante revolução tecnológica se fez presente neste período em função das exigências do mercado em especial para as grandes redes varejistas que expandem na atualidade seus entrepostos comerciais, para atender a demanda cada vez crescente de consumidores. De acordo com o autor supracitado; A execução de projetos específicos para atender as necessidades da obra é uma solução para o desenvolvimento de especificações técnicas responsáveis para atender as exigências operacionais, solicitações e carregamentos do piso em vista do desgaste originado por ação de agentes químicos e mecânicos. (RODRIGUES, 2006). O presente estudo traz como objetivos apresentar, através de revisão bibliográfica, o método executivo para pisos de concreto com fibras sintéticas como uma sequência construtiva lógica, assim como dados, parâmetros de projeto e execução de um piso específico. Identificar com base num projeto detalhado de piso de concreto com fibras de polipropileno, descrever a sequência executiva dos processos dentro do canteiro de obras, os equipamentos necessários, a concretagem, o controle tecnológico do concreto e as tolerâncias superficiais que são testes exigidos para a execução do projeto. O estudo se faz necessário para averiguar de que forma o processo de execução de pisos industriais com adição de fibras sintéticas pode ser realizado, ainda de acordo com RODRIGUES et al (2003), é o sistema de pavimentos industriais mais popularmente empregado atualmente na indústria da construção civil brasileira. ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

3 3 SEQUÊNCIA NA EXECUÇÃO DE PISOS INDUSTRIAIS A etapa executiva dos pavimentos industriais apresenta, necessariamente, um planejamento apurado de ações coordenadas incluindo a qualificação mínima exigida de mão-de-obra, ou seja, a mesma deve possuir a especialização necessária. Outro fator preponderante para que se obtenha o desempenho previsto pelo projeto do pavimento é quanto ao controle tecnológico, tanto das etapas do processo construtivo, quanto dos materiais. Segundo Rodrigues et al (2003): Em geral, o projeto para pavimento industrial apresenta os seguintes dados: Método de preparação do subleito e índices de compactação da fundação; Sistema de sub-base (composição granulométrica e índices aceitáveis de nivelamento); Especificação da barreira de vapor (espessura e tipo do material); Definição do sistema quanto ao reforço estrutural dimensionamento e memória de cálculo de todos os elementos componentes; Especificação do concreto (resistência à compressão, resistência à tração por flexão, o e consumo de cimento, abatimento, relação água/cimento, consumo de água, teor de ar incorporado, teor de argamassa, especificação dos agregados, aditivos e adições); Especificação de elementos estruturais incorporados ao concreto (armaduras, cabos e assessórios de protensão, fibras, barras de ligação e transferência, espaçadores); Acabamento superficial (aspectos estéticos, controle de planicidade e nivelamento, especificação de endurecedores de superfície ou aspersão de agregados minerais e metálicos); Materiais e procedimentos de cura; Especificação das juntas (projeto geométrico, detalhes executivos e especificação de sistemas e materiais para selamento); Memorial descritivo contendo todos os procedimentos executivos a serem adotados na execução, além de informações pertinentes para a utilização do piso, quais sejam, procedimentos de manutenção. Verifica-se que, assim como em outras áreas da construção civil, nem sempre um projeto que forneça o máximo de informações possíveis, é considerado um projeto ideal, pois, além de fornecer todas essas informações, a definição de um bom projeto para pavimentos industriais é influenciada pelo atendimento da demanda, pelas condições técnicas, pela eficiência do piso na sua utilização, assim como pela viabilidade financeira e durabilidade prevista. CHODOUNSKY (2007) define o concreto reforçado com fibras como uma mistura (compósito) construída em duas fases: concreto e as fibras. Que as propriedades ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

4 4 podem ser determinadas pelo comportamento estrutural do seu conjunto formado por seus componentes. A execução da fundação de pisos industriais, em sua quase totalidade, é compreendida por algumas etapas, sendo inicialmente preparadas as primeiras camadas do solo para o recebimento da placa de concreto. Segundo Rodrigues et al. (2003), essas operações devem ser criteriosas para não comprometer o desempenho do pavimento, mesmo que este apresente qualidade na camada da placa de concreto. Consideram-se como execução da fundação, os serviços executivos das camadas do subleito, a sub-base e a barreira de vapor. Compreendem etapas da fundação de pisos industriais: SUB-LEITO Trata-se de um parâmetro de suma importância para um bom funcionamento de um sistema de pisos industriais a análise e caracterização do subleito. A partir de estudos geotécnicos são tomadas decisões, ainda em fase inicial de projeto, para dimensionamento estrutural do piso considerando qual a capacidade de absorção das cargas e condições de estabilidade apresentadas pelo solo. RODRIGUES (2003). O subleito deve apresentar configuração uniforme ao longo de sua extensão. Após os serviços de terraplenagem é necessário conferir as condições de homogeneidade das características do solo. Em especial nas áreas próximas às fundações do edifício e galerias de drenagem, as atenções devem estar voltadas a recompor adequadamente o solo local com as mesmas características de composição, granulometria e compactação do solo existente, objetivando o não surgimento de possíveis recalques diferenciais. SUB-BASE Após a compactação e aceitação do subleito, o material especificado, o qual é preparado de acordo com normatização específica, para a sub-base deve ser lançado e distribuído de maneira uniforme ao longo da área do pavimento, respeitando a espessura prevista em projeto. Rodrigues et al. (2003) reforça que a espessura determinada em projeto é a espessura final após execução da compactação. BARREIRA DE VAPOR ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

5 5 É situada entre as camadas da sub-base e as placas de concreto, também atua como camada de deslizamento, uma vez que evita a consolidação estrutural das camadas imediatamente superior e inferior. Este filme de polietileno (lona plástica) garante boas condições de movimentação das placas em decorrência das variações de comprimento por retração e dilatação térmica do piso de concreto, caracterizando o sistema como placas não-aderidas (Figuras 1 e 2). Figura 1: Camadas de um piso industrial Detalhe do filme de polietileno PTR da Usp, publicado em 18 de agosto de Figura 2: Instalação de filme de polietileno PTR da Usp As lonas plásticas, como são popularmente conhecida e aqui demonstrada na figura 2, são produzidas geralmente nas medidas de 2 a 8 metros de largura e em ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

6 6 diversas espessuras. A largura a ser instalada é determinada em função das larguras das faixas de concretagem e as espessuras mínimas especificadas para pavimentos industriais são de 0,15 mm. CONCRETAGEM As placas de concreto são os elementos estruturais de maior importância dentro do sistema de pavimentação industrial. É a camada responsável por receber e absorver todos os carregamentos e posteriormente transmiti-los de maneira uniforme às camadas de suporte inferiores, sub-base e subleito. As tolerâncias executivas da espessura da placa de concreto deverão obedecer a um intervalo de acordo com cada projeto específico. Rodrigues (2003) O processo de concretagem pode ser dividido em cinco etapas seqüenciais: produção e transporte, lançamento, adensamento, acabamento superficial e cura. É fundamental controlar tais processos, sobretudo no cronograma de execução, com estipulação de tempo aproximado transcorrido entre eles para que as fases se processem adequadamente. FIBRA SINTÉTICA Os projetistas de pisos industriais devem especificar o concreto quanto à resistência à tração por flexão, a espessura do piso e a dosagem de fibra. Quanto às fibras cabe ao projetista solicitar as curvas médias de carga por deflexão, num ensaio de tração por flexão. A incorporação de fibras em misturas cimentícias promove uma melhora significativa em diversas propriedades mecânicas, com destaque para a tenacidade, a resistência à fadiga, assim com a resistência ao impacto, pois aumentam a capacidade de absorção de energia e atuam como ponte de transferência de tensões através das fissuras, reduzindo sua propagação e expansão. Além disso, o concreto reforçado com fibras apresenta maior ductilidade em relação às matrizes não reforçadas, que se tornam deficientes após a formação das primeiras fissuras. Dependendo de sua geometria, as fibras podem ser classificadas em duas categorias: Microfibras: possuem diâmetro inferior a 0,30 mm. Sua função principal é o controle de fissuras ocasionadas pelas retrações na fase plástica do concreto. Exemplo: fibras de ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

7 7 vidro, por terem módulo de elasticidade superior ao do concreto endurecido, também controlam a retração na fase endurecida; Macrofibras: possuem diâmetro superior a 0,30 mm. Sua função principal é aumentar a tenacidade do compósito reforçado, através de sua atuação como ponte de transferência de tensões. O emprego de fibras, geralmente de polipropileno, incorporadas ao concreto, tem sido adotado quando do dimensionamento de pisos de concreto. Tais fibras surgem como uma solução inovadora, pois podem substituir as estruturas armadas em pisos com carregamentos leves e médios. Contudo, por serem de uso recente, ainda demandam uma série de cálculos e testes para realmente se consolidarem neste mercado, sendo necessários maiores estudos para o seu uso no dimensionamento pelos projetistas. A adição da macrofibra deverá ser aplicada preferencialmente na usina, conforme demonstra a figura 4, em geral, na quantidade especificada pelo fabricante. É aplicada de forma distribuída, abrindo o saco e semeando, juntamente com os agregados, a fim de que haja homogeneização da mistura. A figura 3 demonstra as características da fibra, fabricada pela construquimica. Figura 3: Propriedades da macrofibra utilizada no concretowww.construquimica.com.br Figura 4: Adição de fibra juntamente com agregado na usina de concreto: ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

8 8 TOLERÂNCIAS SUPERFICIAIS As tolerâncias superficiais têm como referencia as recomendações do American Society for Testing and Materials (ASTM E ) e do ACI no que se refere ao conceito do F-Number System sobre a planicidade e o nivelamento. Tais tolerâncias superficiais são o índice de planicidade (flatness), chamado de FF, que define a curvatura máxima permitida no piso em 600 mm, calculada com base em duas medidas sucessivas de elevações diferenciais, tomadas a cada 300 mm e o índice de nivelamento (levelness), conhecido como FL, o qual, por sua vez, define a conformidade relativa da superfície com um plano horizontal, medido a cada 3 m. O par de valores F-Number é, geralmente, apresentado na forma FF/FL, de modo que uma especificação indicada como 25/20 significa que o índice FF é de 25 e o FL é 20. a figura 5 demonstra o controle de planicidade. Figura 5: Controle de planicidade e nivelamento através de aferição dos níveis durante o processo de lançamento e acabamento do concreto. ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

9 9 CONCRETO PARA PAVIMENTAÇÃO INDUSTRIAL Os aspectos sobre a tecnologia do concreto são demasiadamente extensos, exigindo um estudo detalhado de seu comportamento para cada caso específico. Como informações adicionais ao artigo, são apresentadas apenas algumas condutas para produção do concreto para pavimentação industrial, segundo a ABCP Quais sejam: Produção e transporte - o concreto para pisos industriais deve ser dosado segundo condições específicas. É fundamental a interação entre a empresa da central dosadora e o projetista na fase de especificação destes materiais e planejamento da concretagem, sobretudo considerando: Traço adequado, aditivos e adições; Condições do fornecimento (logística de transporte, capacidade técnica e operacional da central dosadora,); Logística de lançamento (equipamentos e disponibilidade de acesso ao canteiro de obras). Lançamento - o método de lançamento do concreto, conforme demonstrado na figura 6 é definido a partir da disponibilidade de equipamentos de lançamento e em função das condições de acessibilidade à área a ser concretada, podendo ser lançado diretamente do caminhão, ou necessitar do emprego de bombas tipo lança para alcançar áreas de difícil acesso. Quanto às questões de acessibilidade, essas são definidas de ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

10 10 acordo com sistema de piso adotado, permitindo o tráfego de caminhões betoneira, pois no caso do concreto com fibra de polipropileno adicionado, possibilita que o próprio caminhão despeje o concreto diretamente no solo sem a necessidade de bombeamento. Figura 6: Lançamento do concreto direto do caminhão: Adensamento - os processos de adensamento do concreto, em geral, conforme demonstrado na figura 7, associam o uso de régua vibratória treliçada com vibradores de imersão nas áreas próximas às formas. Considerando as baixas espessuras das placas utilizadas atualmente, com cerca de 15 cm, as sequências de concretagens em faixas, e a baixa densidade de armações e demais elementos de reforço estrutural, a utilização da régua treliçada vibratória tem se mostrado um processo bastante eficiente. Figura 7: Distribuição e adensamento por régua treliçada vibratória: ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

11 11 A Laser Screed demonstrada na figura 8 é uma máquina autopropelida, guiada por emissor laser que corrige os níveis através de mecanismos hidráulicos, garantindo bons índices de planicidade e nivelamento. Além disso, a redução do número de fôrmas e juntas de construção é significativa, uma vez que permitem concretagens de placas de grandes dimensões. No caso do estudo realizado com a utilização deste equipamento verifica-se uma maior produtividade e qualidade na execução da obra. Figura 8: Laser Screed. Operações simultâneas de adensamento, de corte, nivelamento e início de acabamento. Após o adensamento e o corte efetuado com a régua treliçada ou Laser Screed, os processos são executados ordenadamente. Figura 9: Regularização da superfície através do rodo de corte ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

12 12 Acabamento superficial - a execução do acabamento superficial poderá apresentar variações metodológicas em função do aspecto estético desejado, da existência de especificação de acabamentos especiais. Ressalta-se, a importância de práticas executivas criteriosas nesta etapa, pois a superfície acabada estará em contato direto com o meio agressor, devendo apresentar bom desempenho segundo os métodos adotados. Na figura 9 é demontrado a regularização da superfície através do rodo de corte. Os critérios para avaliar o intervalo de pega, entre a aplicação do rodo de corte e as operações das acabadoras mecânicas, assim como o controle da exsudação, são fundamentais para garantir bom desempenho do piso visto que neste período, podem ocorrer patologias de micro fissuração e retração. Portanto, é necessário um acompanhamento presencial nesta fase de execução, pois a partir das condições ambientais e características apresentadas pelo concreto, deve ser definido o momento ideal para o início das atividades das acabadoras mecânicas. Este tempo pode variar bastante segundo a especificação do concreto, comprometendo o desempenho do acabamento superficial tanto pela execução prematura, quanto pela execução tardia do processo de desempeno mecânico. O lançamento e espalhamento dos líquidos na superfície devem ser efetuados com sistemas de baixa pressão, evitando o jateamento do material contra a superfície do ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

13 13 concreto curado. Na Figura 10 é demonstrado o desempeno e alisamento mecânico com acabadoras duplas. Figura 10: Desempeno e alisamento mecânico com acabadoras duplas: Procedimentos de Cura - O período de cura é o intervalo de tempo que corresponde às reações iniciais de hidratação do cimento e endurecimento do concreto. A concretagem de pavimentos industriais merece cuidados ainda maiores com os procedimentos de cura, pois devido à grande superfície concretada exposta, as condições ambientais exercem grande influência na qualidade do concreto, podendo causar evaporação da água necessária à hidratação completa do cimento. Além disso, na maioria dos casos considera-se adoção do concreto aparente como acabamento final, devendo existir práticas específicas para adoção de sistemas que não produzam manchas na superfície. Em vista às dificuldades encontradas para os procedimentos de cura, sobretudo pela logística de execução dos acabamentos superficiais, é indicada a adoção de práticas de cura em duas etapas: a cura inicial (cura química), através da aplicação de líquidos retardadores de evaporação ainda nas fases iniciais do acabamento e a cura complementar, até que o concreto atinja 75% de sua resistência, feita através de saturação de umidade em dispositivos inertes dispostos na superfície das placas. ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

14 14 Juntas - juntas são mecanismos de descontinuidade estrutural que apresentam a função básica de permitir a movimentação dos segmentos estruturais de forma independente. Segundo Rodrigues (2003), elas controlam as variações higro-térmicas do concreto, permitindo movimentações de retração e dilatação das placas. Além disso, servem como elementos auxiliares ao processo de execução. As juntas utilizam mecanismos de transferência de cargas compostos por barras de transferência ou encaixe macho-fêmea, com função de distribuir os carregamentos impostos para as placas adjacentes. Juntas de Construção - as juntas de construção demonstradas na Figura e 13 são formadas pela limitação das fôrmas instaladas no perímetro das placas concretadas. O espaçamento deste tipo de junta é condicionado por fatores logísticos da execução da obra, sendo limitado em função dos equipamentos disponíveis, índices de planicidade especificados em projeto e geometria da área (plano de concretagem). A figura 12 demonstra o tratamento de junta de construção sem a necessidade de reforço. Figura 11: Junta de construção (JC) Figura 12: Tratamento de junta de construção: projeto LPE Engenharia e Consultoria ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

15 15 Figura 13: Detalhe de uma junta de construção com barras de transferência após desfôrma Como estratégia de reforço nas juntas de construção, é recomendada a utilização de lábios poliméricos que são o reforço de bordas à base de resinas epoxídicas com ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

16 16 polímeros minerais de alta resistência. São utilizados para reforços de quinas em construções com alto tráfego como viadutos, pisos industriais e estacionamentos. Os lábios poliméricos tornam-se parte integrante do concreto tornando-o uma peça monolítica, conferindo-lhe resistência superior a 60 Mpa, o que evita o esborcinamento, ou seja, que as bordas quebrem e mantém o selo de vedação intacto. A figura 14 demonstra o lábio poliméricos, o tratamento é realizado conforme a figura abaixo. Figura 14: Lábio polimérico: LPE Engenharia e Consultoria Juntas Serradas - segundo as práticas recomendadas pela Associação Brasileira de Cimento Portland - ABCP, o início do procedimento de corte das juntas deve ser evitado com o concreto ainda verde, pois pode causar esborcinamento e desprendimento de partículas dos agregados graúdos; e não pode ser muito tardio, pois o atraso pode permitir o aparecimento de fissuras de retração. O tempo indicado para início dos cortes é variável em função do tipo de concreto empregado, a velocidade de hidratação do cimento e a temperatura ambiente, variando geralmente entre 8 e 15 horas. Após a identificação do momento preciso para o corte, deverão ser feitos os cortes precedidos de marcação de alinhamento e com profundidade definida conforme projeto geométrico e detalhamento das juntas. A seqüência dos cortes deve-se proceder de maneira a dividir as placas sucessivamente em placas de menores dimensões, conforme indicado na Figura 15: ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

17 17 Figura 15: Plano de corte das juntas transversais: ABCP As juntas serradas transversais de retração são executadas com disco diamantado e maquinário específico, que induzem a fissuração localizada das placas de concreto. Logo, são muitas as propriedades relacionadas á retração térmica, quais sejam: propriedades mecânicas, como a resistência á tração, que não pode ser ultrapassada com risco de se gerarem fissuras; propriedades elásticas como o módulo de deformação e o coeficiente de Poisson, respectivamente direta e inversamente proporcionais ás tensões de origem térmica; fluência e capacidade de deformação, e propriedades térmicas como coeficiente de dilatação térmica linear, elevação adiabática da temperatura, calor específico, difusividade térmica e condutividade térmica (MEHTA & MONTEIRO, 1994; FURNAS, 1997; NEVILLE,1982). Conforme demonstra a figura 16, 17 e 18. As juntas devem ser tratadas para evitar a entrada de água e materiais sólidos que podem danificar a estrutura o tratamento e selamento deverão ser feitos após cura completa do concreto e limpeza com jateamento de ar comprimido depois de executadas. Este tratamento normalmente é feito por meio da selagem das juntas utilizando materiais elastoméricos, que podem ser de várias naturezas, tais como a base de poliuretano, poliuretano modificado com betume, silicone, etc. Por fim, para maior durabilidade do piso, deve ser feita manutenção preventiva das juntas com certa periodicidade, levando-se em conta o seu desgaste durante o tempo em que estiver em serviço. Figura 16: Junta Serrada e fissuração induzida: ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

18 18 Figura 17: Execução da Junta Serrada fonte: Figura 18: Indução de fissura no alinhamento da junta serrada Fonte: ABCP Figura 19: Tratamento de juntas serradas fonte: LPE Engenharia e Consultoria ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

19 19 Enfim, novas tecnologias podem ser empregadas atualmente para se reduzir o risco da fissuração por atraso no corte das juntas. Trata-se do sistema denominado Soff- Cut, que permite cortes a seco no período entre uma e duas horas após a primeira utilização do rodo de corte, a partir do momento em que o concreto apresentar resistência para suportar o peso da máquina e do operador. Os dispositivos do maquinário combinam a serra de corte e uma haste com rolamento frontal, que controlam as freqüências de rotação e torque da lâmina através da pressão aferida pela haste em contato com o concreto, evitando falhas ou estilhaços. Figura 20: Sistema de corte Soff-Cut: Juntas de Expansão - as juntas de expansão são elementos que separam as placas do piso das estruturas adjacentes, impedindo a transferência de carregamentos e ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

20 20 esforços horizontais para estes elementos, sobretudo os fenômenos de retração e dilatação térmica. CONSIDERAÇÕES FINAIS O artigo demonstra de forma clara e objetiva a metodologia de execução de pisos industriais com a adição de fibras de polipropileno as características de concreto e depois descreve os métodos executivos para cada serviço, podendo ser revisado em obras futuras de modo obter melhores dados. O objetivo do trabalho foi alcançado, pois o mesmo demonstrou o detalhamento da execução de um piso industrial e os testes a serem realizados para se obter os índices de planicidade e nivelamento que garantem maior resistência e durabilidade do piso. Em vista da deficiência normativa específica para esse tipo de pavimento com adição de fribra de polipropileno, os profissionais vêm se estruturando para desenvolvimento de tecnologia e controle de qualidade mais apurado para melhor poder atender o mercado. As normas utilizadas na atualidade são de outros países. Na concepção inicial da obra, o projeto é desenvolvido de modo a atender solicitações dos clientes em relação à construção de pisos industriais. O dimensionamento dos pisos de concreto com fibras de polipropileno é um estudo complexo, pois demanda conhecimento específico não somente do dimensionamento de estruturas de concreto com fibras, fundações e pavimentação, os quais foram citados neste trabalho. REFERÊNCIAS AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS (ASTM E ) e do ACI , disponível em acessado em: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PISOS E REVESTIMENTOS DE ALTO DESEMPENHO. Mídia Institucional Disponível em: < Acessado em 20/10/2012. (CD- ROM) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Guia Básico de Utilização do Cimento Portland. São Paulo, ABCP, ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

21 21 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Pavimento de concreto - Práticas Recomendadas. vol.1, vol.2, vol.3, vol.4, vol.5. São Paulo, ABCP. Disponível em: < Acesso em: 10/11/ ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PISOS E REVESTIMENTOS DE ALTO DESEMPENHO. Boletins técnicos 1 a 24. ANAPRE, Disponível em: < Acessado em 20/10/2012. CHODOUNSKY, Marcel Aranha. Pisos Indústrias de Concreto: Aspectos Teóricos e Construtivos. São Paulo: Regeenza, FURNAS. Concretos: massa, estrutural, projetado e compactado com rolo ensaios e propriedades. In: PACELLI, W. (Ed). Concretos massa, estrutural, projetado e compactado com rolo. São Paulo: PINI, MEHTA, P. K. ; MONTEIRO, P. J. M. Concreto: estrutura, propriedades e materiais. São Paulo: PINI, NEVILLE, A. M. Propriedades do Concreto. Tradução de Salvador E. Giammusso. São Paulo: Pinni, RODRIGUES, Públio Penna Firme. Critérios de Projetos. Revista Pisos Industriais,SP, RODRIGUES, P. P. F. & PITTA, M. R. Pavimento de Concreto. Revista Ibracon n. 9, SP, ISSN Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015

PISOS E PAVIMENTOS DE CONCRETO ESTRUTURADOS COM FIBRAS NOVA TECNOLOGIA DE EXECUÇÃO E MATERIAIS. Engº Flávio Henrique Braga

PISOS E PAVIMENTOS DE CONCRETO ESTRUTURADOS COM FIBRAS NOVA TECNOLOGIA DE EXECUÇÃO E MATERIAIS. Engº Flávio Henrique Braga PISOS E PAVIMENTOS DE CONCRETO ESTRUTURADOS COM FIBRAS NOVA TECNOLOGIA DE EXECUÇÃO E MATERIAIS Engº Flávio Henrique Braga -PROJECT: atuante desde 1995; -Exclusivamente em pisos e pavimentos; -Projetos,

Leia mais

Memorial Descritivo BUEIROS CELULARES DE CONCRETO. 01 BUEIRO triplo na RS715 com 3,00m X 2,50m X 16m, cada célula, no km 0 + 188,5m.

Memorial Descritivo BUEIROS CELULARES DE CONCRETO. 01 BUEIRO triplo na RS715 com 3,00m X 2,50m X 16m, cada célula, no km 0 + 188,5m. Memorial Descritivo BUEIROS CELULARES DE CONCRETO OBRAS / LOCALIZAÇÃO 01 BUEIRO triplo na RS715 com 3,00m X 2,50m X 16m, cada célula, no km 0 + 188,5m. 01 BUEIRO triplo na RS 715 com 3,00m X 2,00m X 19m,

Leia mais

TÉCNICAS EXECUTIVAS NA CONSTRUÇÃO DE PISOS INDUSTRIAIS

TÉCNICAS EXECUTIVAS NA CONSTRUÇÃO DE PISOS INDUSTRIAIS TÉCNICAS EXECUTIVAS NA CONSTRUÇÃO DE PISOS INDUSTRIAIS ADEMIR TEIXEIRA DOS SANTOS Engenheiro Civil formado pela Universidade Mackenzie em 1982, atua desde 1985 na construção de edifícios residenciais e

Leia mais

Evoluções do segmento de pisos e revestimentos industriais. Eng Wagner Gasparetto Presidente ANAPRE 31/março/10

Evoluções do segmento de pisos e revestimentos industriais. Eng Wagner Gasparetto Presidente ANAPRE 31/março/10 Realização Apoio Evoluções do segmento de pisos e revestimentos industriais Eng Wagner Gasparetto Presidente ANAPRE 31/março/10 Sistema Piso Industrial Revestimento Placa de Concreto Barreira de Vapor

Leia mais

CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO

CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO O QUE É PRECISO SABER? ABRIL/2018 Equipe Técnica SGS Função - INDUSTRIAL, SGS RESUMO Este documento descreve de forma simples e resumida os mais importantes aspectos, conceitos

Leia mais

COMITÊ TÉCNICO DE PISO DE CONCRETO

COMITÊ TÉCNICO DE PISO DE CONCRETO ANAPRE CP 001/2018 COMITÊ TÉCNICO DE PISO DE CONCRETO Especificações Básicas de Concreto para Pisos Industriais Numa obra de Piso Industrial pressupõe-se a execução de uma placa de concreto de elevado

Leia mais

REFEITURA MUNICIPAL DE SÃO SEBASTIÃO DO OESTE ESTADO DE MINAS GERAIS

REFEITURA MUNICIPAL DE SÃO SEBASTIÃO DO OESTE ESTADO DE MINAS GERAIS ESPECIFICAÇÕES DOS SERVIÇOS OPERAÇÃO TAPA BURACOS RecomposiçãoPavimentação Pintura de ligação Especificação de Serviço DNERES 307/97 1 DEFINIÇÃO Pintura de ligação consiste na aplicação de ligante betuminoso

Leia mais

MÉTODO EXECUTIVO DE PISO INDUSTRIAL

MÉTODO EXECUTIVO DE PISO INDUSTRIAL MÉTODO EXECUTIVO DE PISO INDUSTRIAL Wesley de Alencar Pereira 1 RESUMO Este trabalho tem por objetivo apresentar os principais tópicos envolvidos na execução e controle de piso industrial. Não será abordado

Leia mais

Patologia em Pisos de Concreto: Causas e Soluções

Patologia em Pisos de Concreto: Causas e Soluções Patologia em Pisos de Concreto: Causas e Soluções PÚBLIO PENNA FIRME RODRIGUES. Graduado em Engenharia Civil pela Escola de Engenharia Mauá. Mestre em Engenharia pela EPUSP (Escola Politécnica da Universidade

Leia mais

1 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMANDO 1.1 INTRODUÇÃO

1 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMANDO 1.1 INTRODUÇÃO 1 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMANDO 1.1 INTRODUÇÃO Estrutura de concreto armado é a denominação de estruturas compostas de concreto, cimento + água + agregados (e às vezes + aditivos) com barras de aço no

Leia mais

Por que o concreto do piso tem especificações especiais? Palestrante: Breno Macedo Faria Gerente Técnico da LPE Engenharia

Por que o concreto do piso tem especificações especiais? Palestrante: Breno Macedo Faria Gerente Técnico da LPE Engenharia Por que o concreto do piso tem especificações especiais? Palestrante: Breno Macedo Faria Gerente Técnico da LPE Engenharia Currículo Breno Macedo Faria Graduado em Engenharia Civil pela Unicamp (Universidade

Leia mais

PATOLOGIAS DO CONCRETO

PATOLOGIAS DO CONCRETO Tecnologia da Construção I PATOLOGIAS DO CONCRETO Docente: Thalita Lima Email:thalitaluizalima@gmail.com Cuiabá/MT Maio - 2017 Corrosão de Armaduras Corrosão de Armaduras É o processo de enfraquecimento

Leia mais

DIRETRIZES EXECUTIVAS DE SERVIÇOS

DIRETRIZES EXECUTIVAS DE SERVIÇOS DIRETRIZES EXECUTIVAS DE SERVIÇOS ES-F01 FUNDAÇÕES RASAS DOCUMENTO DE CIRCULAÇÃO EXTERNA 1 ÍNDICE PÁG. 1. OBJETO E OBJETIVO... 3 2. S... 3 3. CONSIDERAÇÕES INICIAIS... 3 4. MATERIAIS... 4 5. EXECUÇÃO DA

Leia mais

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA PARA BARREIRAS RIGIDAS EM CONCRETO ARMADO

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA PARA BARREIRAS RIGIDAS EM CONCRETO ARMADO 1 de 6 1. OBJETIVO 1.1. A presente especificação tem por objetivo fixar as características técnicas e condições mínimas para aceitação dos serviços na execução de barreiras rígidas, em concreto armado,

Leia mais

Patologias em pisos de concreto decorrentes de execução ou especificação inadequadas

Patologias em pisos de concreto decorrentes de execução ou especificação inadequadas Seminário Pisos de Concreto: tecnologia e a ótica do cliente Patologias em pisos de concreto decorrentes de execução ou especificação inadequadas Eng Breno Macedo Faria Tecg o Jatir de Oliveira i Introdução

Leia mais

MATERIAIS MATERIAIS OPERAÇÕES CONSTRUÇÃO DE PAVIMENTOS RÍGIDOS PREPARO DA FUNDAÇÃO PREPARO DA FUNDAÇÃO

MATERIAIS MATERIAIS OPERAÇÕES CONSTRUÇÃO DE PAVIMENTOS RÍGIDOS PREPARO DA FUNDAÇÃO PREPARO DA FUNDAÇÃO TT 402 TRANSPORTES B PAVIMENTAÇÃO CONSTRUÇÃO DE PAVIMENTOS RÍGIDOS Eng. Mário Henrique Furtado Andrade MATERIAIS Concreto f ctm,k : 3,8 MPa a 5,0 MPa D máx : até 38 mm Consumo mínimo de cimento: 320 kg/m

Leia mais

Curso: Técnico em Edificações Integrado - Disciplina: Materiais de Construção II - Professor: Marcos Valin Jr Aluno: - Turma: Data:

Curso: Técnico em Edificações Integrado - Disciplina: Materiais de Construção II - Professor: Marcos Valin Jr Aluno: - Turma: Data: Curso: Técnico em Edificações Integrado - Disciplina: Materiais de Construção II - Professor: Marcos Valin Jr Aluno: - Turma: Data: Lista de Exercícios do 3º e 4º Bimestres A Data da entrega: / / B Atividade

Leia mais

Ensaios de tenacidade para concretos reforçados com fibras

Ensaios de tenacidade para concretos reforçados com fibras Ensaios de tenacidade para concretos reforçados com fibras Os pavimentos industriais de concreto reforçados com fibras utilizam, comumente, os seguintes materiais: 1. Microfibras PP (Fibras sintéticas

Leia mais

Curso: Superior de Tecnologia em Controle de Obras - Disciplina: Concreto e Argamassa - Professor: Marcos Valin Jr Aluno: - Turma: 2841.

Curso: Superior de Tecnologia em Controle de Obras - Disciplina: Concreto e Argamassa - Professor: Marcos Valin Jr Aluno: - Turma: 2841. Curso: Superior de Tecnologia em Controle de Obras - Disciplina: Concreto e Argamassa - Professor: Marcos Valin Jr Aluno: - Turma: 2841.4N - Data: Atividade Lista de Exercícios da Disciplina A Data da

Leia mais

RECAPEAMENTOS SEM FUNÇÃO ESTRUTURAL

RECAPEAMENTOS SEM FUNÇÃO ESTRUTURAL PARTE 2 RECAPEAMENTOS SEM FUNÇÃO ESTRUTURAL Engº Pery C. G. de Castro Revisado em setembro/2009 1 RECAPEAMENTOS SEM FUNÇÃO ESTRUTURAL OBJETIVO: melhorar as condições da superfície do pavimento A) Lama

Leia mais

Públio Penna F. Rodrigues. Graduado em Engenharia Civil pela Escola de Engenharia Mauá, com mestrado pela EPUSP (Escola Politécnica da

Públio Penna F. Rodrigues. Graduado em Engenharia Civil pela Escola de Engenharia Mauá, com mestrado pela EPUSP (Escola Politécnica da Públio Penna Firme Rodrigues Graduado em Engenharia Civil pela Escola de Engenharia Mauá, com mestrado pela EPUSP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo), doutorando pelo ITA (Instituto Tecnológico

Leia mais

Estrutura Concreto Armado. Tecnologia das Construções Profª Bárbara Silvéria

Estrutura Concreto Armado. Tecnologia das Construções Profª Bárbara Silvéria Estrutura Concreto Armado Tecnologia das Construções Profª Bárbara Silvéria Concreto Concreto: Argamassa + Agregados graúdos Argamassa: Pasta + Agregados miúdos (+ aditivos) Pasta: Aglomerante + Água Característica

Leia mais

LAPIDAÇÃO DE PISOS DE CONCRETO PADRÕES DE QUALIDADE

LAPIDAÇÃO DE PISOS DE CONCRETO PADRÕES DE QUALIDADE ANAPRE CLAP 001/2018 LAPIDAÇÃO DE PISOS DE CONCRETO PADRÕES DE QUALIDADE Revisão 0 05/06/2018 1. Objetivos: Esta recomendação tem por objetivo indicar os padrões de processo e de qualidade para os quais

Leia mais

Controle de fissuração: exemplos práticos

Controle de fissuração: exemplos práticos Controle de fissuração: exemplos práticos Introdução Qual a origem das fissuras em elementos de concreto armado? Como controlar este surgimento? Quais são as práticas mais recomendadas para tal situação?

Leia mais

CONCRETAGEM. Definir equipe. Transporte. Lançamento. Adensamento. Acabamento. Cura

CONCRETAGEM. Definir equipe. Transporte. Lançamento. Adensamento. Acabamento. Cura CONCRETAGEM Definir equipe Transporte Lançamento Adensamento Acabamento Cura DEFINIÇÃO DE EQUIPES Quantas pessoas são necessárias? EQUIPE - PILAR COM BOMBA E = 5 MUD. TUBULAÇÃO - 3 ESPALHAMENTO - 1 VIBRADOR

Leia mais

FIBRAS PARA CONCRETO

FIBRAS PARA CONCRETO FIBRAS PARA CONCRETO Concreto Reforçado com Fibras O Concreto Reforçado com Fibras é o concreto com adição de material fibroso (compósito), voltado a aumentar a integridade estrutural da mistura. Normalmente

Leia mais

Sumário. 1 Concreto como um Material Estrutural 1. 2 Cimento 8

Sumário. 1 Concreto como um Material Estrutural 1. 2 Cimento 8 Sumário 1 Concreto como um Material Estrutural 1 O que é o concreto? 2 O bom concreto 3 Materiais compósitos 4 Papel das interfaces 5 Forma de abordagem do estudo do concreto 6 2 Cimento 8 Produção do

Leia mais

Materiais de Construção II

Materiais de Construção II Pontifícia Universidade Católica de Goiás Engenharia Civil Materiais de Construção II Propriedades Mecânicas do Concreto em seu estado ENDURECIDO Professora: Mayara Moraes Propriedades no estado endurecido

Leia mais

Argamassas e Equipamentos

Argamassas e Equipamentos Componentes: Argamassas e Equipamentos Engº Fábio Campora Argamassa Equipamentos Logística de obra Equipe de aplicação Argamassa Definição Argamassa Mistura homogênea de agregados miúdos, aglomerantes

Leia mais

UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM NO DRENO SUBSUPERFICIAL DA RODOVIA PE-60, NO TRECHO ENTRE O ACESSO A SUAPÉ A CIDADE DE SERINHAÉM - PE

UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM NO DRENO SUBSUPERFICIAL DA RODOVIA PE-60, NO TRECHO ENTRE O ACESSO A SUAPÉ A CIDADE DE SERINHAÉM - PE UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM NO DRENO SUBSUPERFICIAL DA RODOVIA PE-60, NO TRECHO ENTRE O ACESSO A SUAPÉ A CIDADE DE SERINHAÉM - PE Autor: Departamento Técnico - Atividade Bidim Colaboração: Eng. Marçal

Leia mais

DESCRIÇÃO TÉCNICA SERVIÇOS A SEREM EXECUTADOS

DESCRIÇÃO TÉCNICA SERVIÇOS A SEREM EXECUTADOS DESCRIÇÃO TÉCNICA MEMORIAL DESCRITIVO REFERENTE AOS SERVIÇOS DE MELHORIAS NA INFRAESTRUTURA DO GINASIO MUNICIPAL 3 DE JUNHO DO MUNICIPIO DE CHAPADA RS. O presente memorial tem por objetivo estabelecer

Leia mais

LAJES COM ARMADURA DE BAMBU: UM ESTUDO COMPARATIVO COM AS LAJES CONVENCIONAIS DE AÇO

LAJES COM ARMADURA DE BAMBU: UM ESTUDO COMPARATIVO COM AS LAJES CONVENCIONAIS DE AÇO ISBN 978-85-61091-05-7 V EPCC Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 27 a 30 de outubro de 2009 LAJES COM ARMADURA DE BAMBU: UM ESTUDO COMPARATIVO COM AS LAJES CONVENCIONAIS DE AÇO Lucimeire

Leia mais

Memorial Descritivo Escola Municipal Professor Ismael Silva

Memorial Descritivo Escola Municipal Professor Ismael Silva PREFEITURA MUNICIPAL DE ILICÍNEA Estado de Minas Gerais CNPJ: 18.239.608/0001-39 Praça. Padre João Lourenço Leite, 53 Centro Ilicínea Tel (fax).: (35) 3854 1319 CEP: 37175-000 Memorial Descritivo Escola

Leia mais

Fundações Diretas Rasas

Fundações Diretas Rasas Fundações Diretas Rasas Grupo: Anderson Martens Daniel Pereira Ricardo N. Lima Ronaldo Guedes Vitor A. Teruya Vivian R. Pestana Professor Manoel Vitor O que são fundações? Elementos estruturais cuja função

Leia mais

PLANO DE ENSINO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UDESC CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CCT DIREÇÃO ASSISTENTE DE ENSINO - DAE

PLANO DE ENSINO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UDESC CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CCT DIREÇÃO ASSISTENTE DE ENSINO - DAE DEPARTAMENTO: Engenharia Civil PLANO DE ENSINO DISCIPLINA: Materiais de Construção 2001 SIGLA: MCC2001 CARGA HORÁRIA TOTAL: 54 TEORIA: 36 PRÁTICA: 18 CURSO(S): Engenharia Civil SEMESTRE/ANO: 2014/1 PRÉ-REQUISITOS:

Leia mais

4.2 CONCRETAGEM DAS ESTRUTURAS

4.2 CONCRETAGEM DAS ESTRUTURAS 24 4.2 CONCRETAGEM DAS ESTRUTURAS Na concretagem das estruturas, foi utilizado concreto usinado com resistência à compressão de 35MPa. Este concreto foi misturado e transportado por caminhão-betoneira,

Leia mais

CÂMARA MUNICIPAL DE IJACI Legislatura 2009/2012

CÂMARA MUNICIPAL DE IJACI Legislatura 2009/2012 ANEXO II TOMADA DE PREÇO Nº 001/2010 MEMORIAL DESCRITIVO E ESPECIFICAÇÕES DE SERVIÇOS Considerações gerais: Destina se o presente Memorial Descritivo e as Especificações Técnicas constantes no mesmo prestar

Leia mais

Aços Longos. Soluções Pisos

Aços Longos. Soluções Pisos Aços Longos Soluções Pisos Tipos de Pisos / Vantagens e Benefícios 1) Pisos de concreto estruturalmente armado Piso de concreto armado com tela soldada As armaduras são sempre apresentadas com telas soldadas

Leia mais

Profa. Fabiana L. Oliveira

Profa. Fabiana L. Oliveira Profa. Fabiana L. Oliveira CONCRETAGEM: conj. de atividades relativas à: Produção Recebimento Transporte Aplicação do concreto Vantagens: excelente resistência à água; facilidade com que os elementos estruturais

Leia mais

NBR Blocos vazados de concreto simples para alvenaria Requisitos

NBR Blocos vazados de concreto simples para alvenaria Requisitos NBR 6136 Blocos vazados de concreto simples para alvenaria Requisitos Objetivo Esta Norma estabelece os requisitos para o recebimento de blocos vazados de concreto simples, destinados à execução de alvenaria

Leia mais

COMPORTAMENTO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS

COMPORTAMENTO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS Capítulo 4 COMPORTAMENTO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS PROPRIEDADES FÍSICAS DENSIDADE APARENTE E DENSIDADE REAL A DENSIDADE APARENTE é a relação entre a massa do material e o volume total (incluindo o volume

Leia mais

DER/PR ES-OA 03/05 OBRAS DE ARTE ESPECIAIS: ARMADURAS PARA CONCRETO ARMADO

DER/PR ES-OA 03/05 OBRAS DE ARTE ESPECIAIS: ARMADURAS PARA CONCRETO ARMADO DER/PR ES-OA 03/05 OBRAS DE ARTE ESPECIAIS: ARMADURAS PARA CONCRETO ARMADO Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Paraná - DER/PR Avenida Iguaçu 420 CEP 80230 902 Curitiba Paraná Fone (41) 3304

Leia mais

ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO

ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO BUEIROS CELULARES DE CONCRETO Grupo de Serviço DRENAGEM Código DERBA-ES-D-010/01 1. OBJETIVO Esta especificação de serviço tem por objetivo definir e orientar a execução de bueiros

Leia mais

CADERNOS TÉCNICOS DAS COMPOSIÇÕES DE ARGAMASSAS LOTE 1

CADERNOS TÉCNICOS DAS COMPOSIÇÕES DE ARGAMASSAS LOTE 1 CADERNOS TÉCNICOS DAS COMPOSIÇÕES DE ARGAMASSAS LOTE 1 GRUPO ARGAMASSAS LOTE 01 A CAIXA apresenta o grupo de composições de serviços que representam a produção de argamassas, que serão incorporadas ao

Leia mais

PAVIMENTAÇÃO DE PASSEIO EM CALÇADA DE CONCRETO (6.261,89 M²) DIVERSAS RUAS - CONJ. HAB. PREF. JOSÉ NEVES FLORÊNCIO

PAVIMENTAÇÃO DE PASSEIO EM CALÇADA DE CONCRETO (6.261,89 M²) DIVERSAS RUAS - CONJ. HAB. PREF. JOSÉ NEVES FLORÊNCIO PAVIMENTAÇÃO DE PASSEIO EM CALÇADA DE CONCRETO (6.261,89 M²) DIVERSAS RUAS - CONJ. HAB. PREF. JOSÉ NEVES FLORÊNCIO PROJETO EXECUTIVO MEMORIAL DESCRITIVO E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS. Fabia Roberta P. Eleutério

Leia mais

Patrimônio Cultural da Humanidade

Patrimônio Cultural da Humanidade MEMORIAL DESCRITIVO E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS OBRA: Pavimentação Asfáltica em Concreto Betuminoso Usinado a Quente C.B.U.Q. nas Ruas indicadas em Projeto. 1 - INTRODUÇÃO Tem este por finalidade orientar

Leia mais

ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO

ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO ESTACAS TIPO FRANKI Grupo de Serviço OBRAS D ARTE ESPECIAIS Código DERBA-ES-OAE-09/01 1. OBJETIVO Esta especificação de serviço define os critérios que orientam a utilização de

Leia mais

Disciplina: Construção Civil I Estruturas de Concreto

Disciplina: Construção Civil I Estruturas de Concreto UniSALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Engenharia Civil Disciplina: Construção Civil I André Luís Gamino Professor Área de Construção Civil Componentes Formas: molde para

Leia mais

2 Fundamentos para avaliação e monitoramento de placas.

2 Fundamentos para avaliação e monitoramento de placas. 26 2 Fundamentos para avaliação e monitoramento de placas. As placas são elementos estruturais limitados por duas superfícies planas distanciadas entre si por uma espessura. No caso da dimensão da espessura

Leia mais

MEMORIAL DESCRITIVO. Os serviços de topografia ficarão a encargo da empresa licitante.

MEMORIAL DESCRITIVO. Os serviços de topografia ficarão a encargo da empresa licitante. MEMORIAL DESCRITIVO DADO GERAIS: OBRA: Pavimentação com Blocos de Concreto e Microdrenagem Urbana LOCAL: Rua do Comércio PROPRIETÁRIO: Município de Toropi DATA: Novembro/2008 OBJETO Pavimentação com blocos

Leia mais

Disciplina: Materiais de Construção I Assunto: Argamassas no estado seco e fresco Prof. Ederaldo Azevedo Aula 6 e-mail: ederaldoazevedo@yahoo.com.br 1.1 Conceitos Básicos: Argamassa é um material composto,

Leia mais

CONCRETAGEM PARA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

CONCRETAGEM PARA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO SINAPI SISTEMA NACIONAL DE PESQUISA DE CUSTOS E ÍNDICES DA CONSTRUÇÃO CIVIL CADERNOS TÉCNICOS DE COMPOSIÇÕES PARA CONCRETAGEM PARA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO LOTE 1 Versão: 001 Vigência: 12/2015 Última

Leia mais

REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO - SL Especificação Particular

REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO - SL Especificação Particular REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO - SL Especificação Particular C D T - CENTRO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO Junho de 2017 DESIGNAÇÃO - ARTERIS ES 001 Rev.02 06/2017 ES 001 Rev0 pg. 1 - Centro de Desenvolvimento

Leia mais

Prof. Marcos Valin Jr

Prof. Marcos Valin Jr www.mvalin.com.br 1 Locais onde o concreto pode ser aplicado www.mvalin.com.br 2 Tipos de Concreto O concreto pode ser classificado de 3 maneiras, sendo: 1. De acordo com a sua massa específica. 2. De

Leia mais

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA abr/2006 1 de 11 ESTACAS ESCAVADAS DE GRANDRE DIÂMETRO DIRETORIA DE ENGENHARIA. Estacões. Escavação Profunda.

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA abr/2006 1 de 11 ESTACAS ESCAVADAS DE GRANDRE DIÂMETRO DIRETORIA DE ENGENHARIA. Estacões. Escavação Profunda. TÍTULO ESPECIFICÇÃO TÉCNIC abr/2006 1 de 11 ESTCS ESCVDS DE GRNDRE DIÂMETRO ÓRGÃO DIRETORI DE ENGENHRI PLVRS-CHVE Estacões. Escavação Profunda. PROVÇÃO PROCESSO PR 010974/18/DE/2006 DOCUMENTOS DE REFERÊNCI

Leia mais

CARIOCA SHOPPING - EXPANSÃO

CARIOCA SHOPPING - EXPANSÃO CARIOCA SHOPPING - EXPANSÃO ÍNDICE: Introdução...03 2. Impermeabilização A pisos e paredes em contato com o solo... 04 3. Impermeabilização B reservatórios... 06 4. Impermeabilização C pisos frios... 08

Leia mais

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA SETOR DE ENGENHARIA

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA SETOR DE ENGENHARIA MEMORIAL DESCRITIVO OBRA: Pavimentação Asfáltica em Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ) sobre revestimento existente. LOCAL: Rua Olímpio Maciel e Rua José Coelho. Fevereiro / 2010 1 SUMÁRIO 1.

Leia mais

NÃO DEIXE O OURIÇO INVADIR A SUA OBRA.

NÃO DEIXE O OURIÇO INVADIR A SUA OBRA. www.belgobekaert.com.br 0800 727 2000 NÃO DEIXE O OURIÇO INVADIR A SUA OBRA. Fibras de Aço Coladas Dramix Pisos mais resistentes As fibras de aço funcionam basicamente como pontes de ligação, costurando

Leia mais

jointless para concreto e argamassa

jointless para concreto e argamassa jointless para concreto e argamassa O Grupo Construquimica O Grupo Construquimica é uma multinacional de origem Americana que atua há mais de 10 anos no mercado Brasileiro da construção civil, produzindo

Leia mais

Dosagem dos Concretos de Cimento Portland

Dosagem dos Concretos de Cimento Portland (UFPR) (DCC) Disciplina: Dosagem dos Concretos de Cimento Portland Eng. Marcelo H. F. de Medeiros Professor Dr. do Professor Dr. do Programa de Pós-Graduação em Eng. de Constr. Civil Universidade Federal

Leia mais

MANUAL DE EXECUÇÃO Pisos nora

MANUAL DE EXECUÇÃO Pisos nora MANUAL DE EXECUÇÃO Pisos nora I. PREPARAÇÃO DO CONTRA PISO; É de responsabilidade do cliente, garantir que o contra piso e o ambiente onde os revestimentos nora forem instalados possuam e mantenham ao

Leia mais

Selagem asfáltica de fissuras de pavimentos Edição Maio/2006 Revista Téchne

Selagem asfáltica de fissuras de pavimentos Edição Maio/2006 Revista Téchne Selagem asfáltica de fissuras de pavimentos Edição 110 - Maio/2006 Revista Téchne Todas as estradas, rodovias e ruas necessitam de manutenção para manter suas condições operacionais, pois sofrem constante

Leia mais

MT DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. Norma Rodoviária DNER-PRO 176/94 Procedimento Página 1 de 23

MT DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. Norma Rodoviária DNER-PRO 176/94 Procedimento Página 1 de 23 Procedimento Página 1 de 23 RESUMO Este documento, que é uma norma técnica, fixa as condições que devem ser obedecidas no projeto e na execução de barreiras de segurança. ABSTRACT This document presents

Leia mais

CAPÍTULO 4 4. ELEMENTOS ESTRUTURAIS. 4.1 Classificação Geométrica dos Elementos Estruturais

CAPÍTULO 4 4. ELEMENTOS ESTRUTURAIS. 4.1 Classificação Geométrica dos Elementos Estruturais Elementos Estruturais 64 CAPÍTULO 4 4. ELEMENTOS ESTRUTURAIS 4.1 Classificação Geométrica dos Elementos Estruturais Neste item apresenta-se uma classificação dos elementos estruturais com base na geometria

Leia mais

Trabalho publicado na revista A CONSTRUÇÃO EM GOIÁS em outubro/ 2002

Trabalho publicado na revista A CONSTRUÇÃO EM GOIÁS em outubro/ 2002 1 Trabalho publicado na revista A CONSTRUÇÃO EM GOIÁS em outubro/ 2002 AVALIAÇÃO DO MÓDULO DE DEFORMAÇÃO DO CONCRETO EM DIFERENTES IDADES E COM DIFERENTES RELAÇÕES ÁGUA/CIMENTO. GUIMARÃES, L. E. (1) SANTOS,

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UDESC CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CCT DIREÇÃO ASSISTENTE DE ENSINO - DAE

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UDESC CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CCT DIREÇÃO ASSISTENTE DE ENSINO - DAE CRONOGRAMA DE ATIVIDADES-AULAS TEÓRICAS: CARGA HOR. CONTEÚDOS (25/07) (01/08) (08/08) (15/08) CONTEÚDOS PROGRAMATICOS 1. Preparo, recebimento, transporte, lançamento, adensamento e cura do concreto. 1.1.

Leia mais

1. Descrição Argamassa fluída formada por composto pré-formulado à base de cimento de aluminato de cálcio, agregados minerais e

1. Descrição Argamassa fluída formada por composto pré-formulado à base de cimento de aluminato de cálcio, agregados minerais e Polimaster Top 10 Microconcreto refratário. 1. Descrição Argamassa fluída formada por composto pré-formulado à base de cimento de aluminato de cálcio, agregados minerais e aditivos químicos, resultando

Leia mais

para concreto e argamassa

para concreto e argamassa FIBRAS para concreto e argamassa O Grupo Construquimica O Grupo Construquimica é uma multinacional de origem Americana que atua há mais de 1 anos no mercado Brasileiro da construção civil, produzindo e

Leia mais

ESTUDO DA APLICABILIDADE DA ARGAMASSA PRODUZIDA A PARTIR DA RECICLAGEM DE RESÍDUO SÓLIDO DE SIDERURGIA EM OBRAS DE ENGENHARIA

ESTUDO DA APLICABILIDADE DA ARGAMASSA PRODUZIDA A PARTIR DA RECICLAGEM DE RESÍDUO SÓLIDO DE SIDERURGIA EM OBRAS DE ENGENHARIA ESTUDO DA APLICABILIDADE DA ARGAMASSA PRODUZIDA A PARTIR DA RECICLAGEM DE RESÍDUO SÓLIDO DE SIDERURGIA EM OBRAS DE ENGENHARIA 1. Introdução O impacto ambiental gerado pela exploração dos recursos minerais

Leia mais

CONSUMO MÉDIO DO CONCRETO APLICADO NAS ESTRUTURAS DA EXPANSÃO DA USINA HIDRELÉTRICA DE TUCURUÍ

CONSUMO MÉDIO DO CONCRETO APLICADO NAS ESTRUTURAS DA EXPANSÃO DA USINA HIDRELÉTRICA DE TUCURUÍ COMITÊ BRASILEIRO DE BARRAGENS XXVII SEMINÁRIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS BELÉM-PA, 03 A 07 DE JUNHO DE 2007 T100 A07 CONSUMO MÉDIO DO CONCRETO APLICADO NAS ESTRUTURAS DA EXPANSÃO DA USINA HIDRELÉTRICA

Leia mais

ESTRUTURAS DE FUNDAÇÕES RASAS

ESTRUTURAS DE FUNDAÇÕES RASAS Universidade Federal de Ouro Preto - Escola de Minas Departamento de Engenharia Civil CIV620-Construções de Concreto Armado ESTRUTURAS DE FUNDAÇÕES RASAS Profa. Rovadávia Aline Jesus Ribas Ouro Preto,

Leia mais

TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES. Prof. Lucas HP Silva

TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES. Prof. Lucas HP Silva TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES Prof. Lucas HP Silva 1 TCCC1 TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL 1 Prof. Lucas HP Silva 2 Uma estrutura compõe-se de 3 etapas: FORMAS ARMAÇÃO CONCRETAGEM 3 ELEMENTOS DE CONCRETO ARMADO

Leia mais

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Prefeitura Municipal de Boa Vista do Buricá/RS SETOR DE SERViÇOS URBANOS

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Prefeitura Municipal de Boa Vista do Buricá/RS SETOR DE SERViÇOS URBANOS MEMORIAL DESCRITIVO OBRA: PAVIMENTAÇÃO C/PEDRAS IRREGULARES DE BASALTO LOCAL: RUA ABC, RUA DAS FLORES, RUA DAS ROSEIRAS MUNICíPIO: BOA VISTA DO BURlCi - RS ÁREA PAVIMENTAÇÃO: 5096,80 m 2 e 1012 m de Meio-fio.

Leia mais

EHD 804 MÉTODOS DE CONSTRUÇÃO

EHD 804 MÉTODOS DE CONSTRUÇÃO Universidade Federal de Itajubá Instituto de Recursos Naturais EHD 804 MÉTODOS DE CONSTRUÇÃO Profa. Nívea Adriana Dias Pons INTRODUÇÃO Ementa: Equipamentos de transporte, escavação e de movimentação de

Leia mais

SEÇÃO TRANSVERSAL TÍPICA DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE PAVIMENTOS TIPOS DE PAVIMENTOS RÍGIDOS PAVIMENTO DE CONCRETO SIMPLES

SEÇÃO TRANSVERSAL TÍPICA DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE PAVIMENTOS TIPOS DE PAVIMENTOS RÍGIDOS PAVIMENTO DE CONCRETO SIMPLES TT 402 TRANSPORTES B PAVIMENTAÇÃO SEÇÃO TRANSVERSAL TÍPICA NOÇÕES DE PROJETO DE DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS Eng. Mário Henrique Furtado Andrade base estabilizada granulometricamente 0,5 m 0,5 m 3,5 m

Leia mais

01. De acordo com as definições da NBR 6118:2003 (Projetos de Estruturas de Concreto), em estruturas de concreto, armaduras ativas são denominadas:

01. De acordo com as definições da NBR 6118:2003 (Projetos de Estruturas de Concreto), em estruturas de concreto, armaduras ativas são denominadas: ENGENHEIRO CIVIL 1 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS QUESTÕES DE 01 A 20 01. De acordo com as definições da NBR 6118:2003 (Projetos de Estruturas de Concreto), em estruturas de concreto, armaduras ativas são denominadas:

Leia mais

EXERCÍCIOS DE REVISÃO PARA A VF

EXERCÍCIOS DE REVISÃO PARA A VF a) Descreva a ruptura do concreto, relatando o seu comportamento quando submetido à tensões de compressão até 30% da ruptura, entre 30 e 50%, entre 50% e 75% e de 75% até o colapso. b) Defina cura do concreto,

Leia mais

Tecnologia da Construção Civil - I Fundações. Roberto dos Santos Monteiro

Tecnologia da Construção Civil - I Fundações. Roberto dos Santos Monteiro Tecnologia da Construção Civil - I Fundações Após a execução da sondagem, iremos definir qual o tipo de fundação mais adequada a ser utilizado no nosso empreendimento. As Fundações são elementos estruturais

Leia mais

DECIV EM - UFOP Aula 07 Concreto Tipos de concretos. Propriedades e Aplicações

DECIV EM - UFOP Aula 07 Concreto Tipos de concretos. Propriedades e Aplicações MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO DECIV EM - UFOP Aula 07 Concreto Tipos de concretos. Propriedades e Aplicações PROPRIEDADES CONCRETO FRESCO Trabalhabilidade} Fluidez e Coesão Exsudação CONCRETO ENDURECIDO Massa

Leia mais

Laje de concreto com esferas plásticas

Laje de concreto com esferas plásticas Laje de concreto com esferas plásticas Augusto Freire, engenheiro civil, diretor técnico da BubbleDeck Brasil BubbleDeck é um sistema construtivo formado por esferas plásticas contidas entre uma pré-laje

Leia mais

PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO URBANA MEMORIAL DESCRITIVO

PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO URBANA MEMORIAL DESCRITIVO PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO URBANA MEMORIAL DESCRITIVO Obra: PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO RUA HUGO HARTMANN TRECHO II Local: MUNICIPIO DE CAPITAO/RS O presente memorial tem por finalidade estabelecer os materiais

Leia mais

Concreto endurecido. Concreto fresco. Como se decide qual é o concreto necessário para uma utilização especifica?

Concreto endurecido. Concreto fresco. Como se decide qual é o concreto necessário para uma utilização especifica? MATERIAL DE APOIO PONTO 06 DOSAGEM DE ESTRUTURAL NEVILLE, A. M. TECNOLOGIA DO / A. M. NEVILLE, J. J. BROOKS; TRADUÇÃO: RUY ALBERTO CREMONINI. 2ª ED. PORTO ALEGRE: BOOKMAN, 2013. TARTUCI, R. PRINCÍPIOS

Leia mais

DRENAGEM SUBTERRÂNEA

DRENAGEM SUBTERRÂNEA DRENAGEM SUBTERRÂNEA Especificação Particular C D T - CENTRO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO Janeiro de 2016 DESIGNAÇÃO - ARTERIS ES 017 Rev.00 01/2016 ES 017 Rev0 pg. 1 - Centro de Desenvolvimento Tecnológico

Leia mais

Composição Poliplus RBE Top 4

Composição Poliplus RBE Top 4 1. Descrição Argamassa de secagem rápida para reparos em delaminações em concreto com espessura mínima de 4 mm e máxima de 10 mm. Composto pré-formulado a base de cimento especial, aditivos, fibras e agregados

Leia mais

Conceitos de Projeto e Execução

Conceitos de Projeto e Execução Pisos Industriais: Conceitos de Projeto e Execução Públio Penna Firme Rodrigues A Importância do Pavimento Industrial Conceituação Piso - Pavimento Quanto à fundação Fundação direta (sobre solo ou isolamento

Leia mais

tecfix ONE quartzolit

tecfix ONE quartzolit Pág. 1 de 8 Adesivo para ancoragem à base de resina epóxi-acrilato 1. Descrição: Produto bicomponente disposto numa bisnaga com câmaras independentes, projetada para realizar a mistura adequada dos constituintes

Leia mais

13 passos. para executar um pavimento. permeável e armazenar água da chuva

13 passos. para executar um pavimento. permeável e armazenar água da chuva 13 passos para executar um pavimento permeável e armazenar água da chuva ? Mas o que é mesmo um pavimento permeável? Pavimento permeável é aquele capaz de suportar cargas e ao mesmo tempo permitir a percolação

Leia mais

1. Descrição Argamassa fluída formada por composto pré-formulado à base de cimento de aluminato de cálcio, agregados minerais e

1. Descrição Argamassa fluída formada por composto pré-formulado à base de cimento de aluminato de cálcio, agregados minerais e 1. Descrição Argamassa fluída formada por composto pré-formulado à base de cimento de aluminato de cálcio, agregados minerais e aditivos químicos, resultando num micro concreto de alta performance térmica.

Leia mais

Materiais de Construção II

Materiais de Construção II Pontifícia Universidade Católica de Goiás Engenharia Civil Materiais de Construção II Propriedades Mecânicas do Concreto em seu estado ENDURECIDO Professora: Mayara Moraes Propriedades no estado endurecido

Leia mais

CADERNOS TÉCNICOS DAS COMPOSIÇÕES DE PASSEIOS DE CONCRETO LOTE 3

CADERNOS TÉCNICOS DAS COMPOSIÇÕES DE PASSEIOS DE CONCRETO LOTE 3 CADERNOS TÉCNICOS DAS COMPOSIÇÕES DE PASSEIOS DE CONCRETO LOTE 3 GRUPO PASSEIOS DE CONCRETO Fazem parte desse grupo 26 composições de Passeios de Concreto moldado in loco. O acabamento pode ser liso, sarrafeado

Leia mais

Estrutura Concreto Armado. Engª Civil Bárbara Silvéria

Estrutura Concreto Armado. Engª Civil Bárbara Silvéria Estrutura Concreto Armado Engª Civil Bárbara Silvéria Concreto Concreto: Argamassa + Agregados graúdos Argamassa: Pasta + Agregados miúdos (+ aditivos) Pasta: Aglomerante + Água Característica mecânica

Leia mais

Trabalho de MCC. Ações do fogo nas Estruturas de Concreto Enrico Deperon, Gabriel Cielo, Gustavo Henrique da Silva, Magno, Pedro Porton

Trabalho de MCC. Ações do fogo nas Estruturas de Concreto Enrico Deperon, Gabriel Cielo, Gustavo Henrique da Silva, Magno, Pedro Porton Trabalho de MCC Ações do fogo nas Estruturas de Concreto Enrico Deperon, Gabriel Cielo, Gustavo Henrique da Silva, Magno, Pedro Porton Como ocorre? O calor irradiado das chamas atinge o combustível e este

Leia mais

CONCRETO. FMC Profª Bárbara Silvéria

CONCRETO. FMC Profª Bárbara Silvéria CONCRETO FMC Profª Bárbara Silvéria Concreto - conceito O concreto é um material de construção resultante da mistura de aglomerante, agregados e água, formando um bloco monolítico; Concreto conceito A

Leia mais

Professor do curso de Engenharia Civil da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões em Santo Ângelo/RS

Professor do curso de Engenharia Civil da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões em Santo Ângelo/RS ANÁLISE COMPARATIVA DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DO CONCRETO CONVENCIONAL COM ADIÇÃO DE FIBRAS DE AÇO E DE POLIPROPILENO 1 COMPARATIVE ANALYSIS OF THE MECHANICAL PROPERTIES OF CONVENTIONAL CONCRETE WITH

Leia mais

PROF. ENOQUE PEREIRA

PROF. ENOQUE PEREIRA PROF. ENOQUE PEREIRA - Estudo e indicação das proporções e quantificação dos materiais componentes da mistura, para se obter um concreto com determinadas características previamente estabelecidas. - Combinação

Leia mais

Conteúdo Programático

Conteúdo Programático FEVEREIRO 04 06 TEO 07 Definir as regras do curso Histórico do P&D e avanços da tecnologia do diferentes s Normalização para fresco. Aulas previstas (horas-aula): 4 Aulas previstas acumuladas (horas-aula):

Leia mais

13º INOVAE REGULAMENTO DA COMPETIÇÃO CONCREBOL 2019

13º INOVAE REGULAMENTO DA COMPETIÇÃO CONCREBOL 2019 1. OBJETIVO 13º INOVAE REGULAMENTO DA COMPETIÇÃO CONCREBOL 2019 Este concurso tem por objetivo incentivar a criatividade dos competidores no desenvolvimento de métodos construtivos e na produção de concretos

Leia mais

MACADAME SECO - MS Especificação Particular

MACADAME SECO - MS Especificação Particular MACADAME SECO - MS Especificação Particular C D T - CENTRO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO Março de 2017 DESIGNAÇÃO - ARTERIS ES 011 Rev.06 03/2017 ES 011 Rev6 pg 1 - Centro de Desenvolvimento Tecnológico

Leia mais

Concreto Protendido. MATERIAIS Prof. Letícia R. Batista Rosas

Concreto Protendido. MATERIAIS Prof. Letícia R. Batista Rosas Concreto Protendido MATERIAIS Prof. Letícia R. Batista Rosas Concreto Obtido pela mistura de cimento, agregado graúdo, agregado miúdo e água. Em algumas situações podem ser adicionados aditivos para o

Leia mais