Anu ario das. Testemunhas de Jeov a

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1 Anu ario das Testemunhas de Jeov a 2012

2 SUM ARIO 2 Textodoano para Carta do Corpo Governante 6 Destaques do ano passado 56 Pregac ao e ensino no mundo inteiro 88 Noruega 164 Ruanda

3 Anu ario das Testemunhas de Jeov a Com o relat 2012 orio do ano de servi co de 2011 Este livro pertence a 2012 WATCH TOWER BIBLE AND TRACT SOCIETY OF PENNSYLVANIA ASSOCIAC AO TORRE DE VIGIA DE B IBLIAS E TRATADOS Todos os direitos reservados Editoras WATCHTOWER BIBLE AND TRACT SOCIETY OF NEW YORK, INC. 25 Columbia Heights, Brooklyn, NY , U.S.A. ASSOCIAC AO TORRE DE VIGIA DE B IBLIAS E TRATADOS Rodovia SP-141, km 43, Ces ario Lange, SP, , Brasil Edic ao de abril de 2013 Esta publicac ao nao e vendida. Ela faz parte de uma obra educativa b ıblica, mundial, mantida por donativos. Cr editos das fotos: p agina 19: JIJI PRESS/AFP/Getty Images; p aginas 193, 194, 197 e 255: Scott Peterson/Getty Images News/Getty Images 2012 Yearbook of Jehovah s Witnesses Portuguese (Brazilian Edition) (yb12-t) Made in Brazil Impresso no Brasil

4 TEXTO DO ANO PARA 2012 A tua palavra eaverdade. JO AO 17:17. Com certeza, podemos ser muito gratos por nosso amoroso Pai celestial nos ter revelado a verdade. A B ıblia nos mostra qual eo melhor modo de viver e como aproveitar a vida ao m aximo. A Palavra de Deus nos alerta contra empenhos f uteis e prejudiciais, nos libertadaescravid ao a mentiras religiosas e nos ajuda a ter verdadeira paz mental. Ela d a objetivo a ` nossa vida e uma maravilhosa esperanca para o futuro. A verdade nos une a milhoes de irmaos no mundo todo. Mas o mais importante eque ela nos ensina sobre Jeov a e mostra como podemos nos achegar a ele. Nunca tratemos as provisoes de Jeov a com descaso. Que nos alegremos com a verdade e permitamos que elanosguieemtodososnossoscaminhos. o

5 ` CARTA DO Corpo Governante Prezados coadoradores de Jeov a: E com grande prazer que lhes escrevemos, queridos efi eis servos de Jeov a, que agora chegam a mais de 7milh oes. Nao e verdade que, ao encontrarmos algu em em outra parte do mundo que compartilha nossa f e, n os imediatamente sentimos um v ınculo especial de amor fraternal por essa pessoa? (Joao 13:34, 35) Com certeza, amedidaquevocˆ es lerem este Anu ario, os empolgantes relatos de f eelealdadedenossosirm aos em v arios pa ıses farao com que sintam esse v ınculo especial novamente. Relatos do mundo inteiro indicam que muitos de voces ˆ estao levando a s erio seu programa de adorac ao em fam ı- lia. Pais de filhos pequenos tem ˆ sido muito criativos para conseguir despertar e manter o interesse deles. (Ef e. 6:4) Gracas ao intercambio ˆ espiritual que esse programa proporciona, maridos e esposas estao se achegando cada vez mais entre si. (Ef e. 5:28-33) De fato, todos n os, individualmente ou em fam ılia, estamos nos beneficiando dessa provisaoparafazerumestudoprofundodapalavradedeus. Jos.1:8,9. Lamentamos muito as perdas que alguns de voces ˆ sofreram por causa dos recentes desastres naturais. Aproveitamos para agradecer aos muitos irmaos que prontamente se ofereceram para prestar ajuda humanit aria durante essas calamidades. (Atos 11:28-30; G al. 6:9, 10) Al em disso, 3

6 em cada congregac ao, alguns de voces ˆ percebem quais irmaos estao passando necessidade e discretamente cuidam deles. Assim como Dorcas, do passado, voces ˆ sao generosos em boas ac oes e d adivas de miseric ordia. (Atos 9:36) Tenham certeza de que Jeov a est a observando o que voces ˆ fazem e os recompensar a por isso. Mat. 6:3, 4. Em alguns pa ıses, seus direitos tem ˆ sido violados pelos que manipulam as leis para forjar desgraca por meio de decreto. (Sal. 94:20-22) Voces ˆ sabem que Jesus predisse essa perseguic ao e por isso a enfrentam com coragem e se refugiam em Jeov a. (Joao 15:19, 20) Estejam certos de que oramos por voces ˆ amedidaquecontinuam fazendoumadefesa ` perante todo aquele que reclama uma razao para a sua esperanca. 1 Ped. 3: Milhoes de voces ˆ sao dignos dos mais sinceros elogios por permanecerem moralmente ıntegros ano ap os ano, apesar dos constantes ataques perversos de Satan asedeseusm etodos enganosos para promover a depravac ao. Nesta epoca em que os padroes de moral do mundo afundam cada vez mais, voces ˆ estao adquirindo poder no Senhor e na potenciadasua ˆ forca. (Ef e. 6:10) Voces ˆ se revestem da armadura completa de Deus e, assim, se mantem ˆ firmes contra as maquinac oes do Diabo. (Ef e. 6:11, 12) Saibam que Jeov a usa seu exemplo para dar uma resposta categ orica aos desafios de Satan as. Pro. 27:11. Ficamos muito felizes com a assistencia ˆ de pessoas a ` Comemorac ao da morte de 4

7 nosso Senhor em Esse n umero impressionante se deve em parte a ` sua excelente reac ao ao incentivo para servirem como pioneiros auxiliares no mes ˆ de abril. Milhoes de pessoas em todo o mundo ouviram seus louvores unidos como fi eis Testemunhas de Jeov a. (Rom. 10:18) Quer estejam entre os que foram pioneiros auxiliares nesse mes, ˆ quer tenham se esforcado para aumentar sua participac ao no minist erio de alguma forma, todos voces ˆ nos deram grande alegria com seu esp ırito disposto e zelo pela obra. Sal. 110:3; Col. 3:23. No ano passado, pessoas simbolizaram sua dedicac ao a Jeov a.somosgratosajeov a por isso e agradecemosatodosvocˆ es por se juntarem a n os em fazer a outros o convite: Vem! E quem ouve diga: Vem! E quem tem sede venha; quem quiser tome de graca a agua da vida. (Rev. 22:17) Especialmente depois do congresso de distrito de 2011, que considerou as facetas do Reino estabelecido de Deus, n os dizemos com mais determinac ao do que nunca: Venha o Reino de Deus!. Encorajados pela garantia de Jesus de que ele viria depressa, sinceramente fazemos nossas as palavras do ap ostolo Joao: Am em! Vem, Senhor Jesus. Rev. 22:20. ` A medida que continuam na expectativa desse acontecimento emocionante, tenham certeza de que amamos cada um de voces, ˆ queridos irmaos e irmas, que estao demonstrando seu amor a Jeov a ema cao e em verdade. 1 Joao 3:18. Seus irm aos, Corpo Governante das Testemunhas de Jeov a 5

8 Destaques do ano passado APESAR da situac ao cr ıtica do mundo, as Testemunhas de Jeov a tiveram mais um ano produtivo em seu servico sagrado. Com a ben ˆ c ao de Deus, a verdade das boas novas est a dandofrutoeaumentandoemtodoomundo.(col.1:5,6) Temos certeza de que este relato ser a encorajador e fortalecer asuaf e. Acima: pioneiros e publicadores levaram seus estudantes da B ıblia acasadejeannetteparaqueelaacompanhasse ` os estudos (veja as p aginas 8 e 9) 6 ANU ARIO DE 2012

9 UMANOVAPROVIS AO PARA O SERVICO DE PIONEIRO AUXILIAR Houvebastanteempolga cao Grupo de pioneiros regulares e auxiliares quando se anunciou que os pioneiros auxiliares em abril poderiam em Madri, Espanha saindo para o minist erio optar por cumprir um requisito de 30 ou 50 horas. Muitos, que normalmente nao poderiam participar nessa modalidade de servico, mais do que depressa agarraram essa oportunidade. Milhares de publicadores serviram como pioneiros auxiliares pela primeira vez, e muitos que j a tinham sido pioneiros no passado alegremente participaram de novo. Al em disso, v arios publicadores que nao puderam servir como pioneiros auxiliares se empenharam em ampliar suas atividades. Qual foi o resultado? A maioria das sedes relatou aumentos que ultrapassaram em muito os auges anteriores. No mundo inteiro, publicadores serviram como pioneiros auxiliares cerca de cinco vezes mais do que o auge do ano anterior! Dos irmaos e irmas da fam ılia mundial de Betel, participaram nesse servico, o que representa 80% do total de betelitas. Nao eemocionantesaber que os servos de Jeov a fizeram mais na pregac ao em abril do que em qualquer outro mes ˆ no passado? Pouco mais de um ano depois do terremoto devastador que tirou a vida de cerca de 300 mil pessoas, o Haiti relatou novos auges na pregac ao em abril. Dos publicadores nesse pa ıs, serviram como pioneirosauxiliares.umacampanhaespecialpara DESTAQUES 7

10 distribuir a brochura Quando Morre Algu em Que Amamos, recentemente lancada no idioma crioulo do Haiti, deu aos enlutados o consolo e a esperanca de que tanto precisavam. Nossos irmaos na Nig eria enfrentaram um desafio sem igual em abril. Em quatro dias reservados para uma eleic ao, incluindo tres ˆ s abados, o governo restringiu a circulac ao de pessoas nas ruas entre 7 horas da manha e 5 horas da tarde, exceto por motivos relacionados aelei ` cao. Mas isso nao enfraqueceu o esp ırito de pioneiro dos irmaos. Certa congregacao escreveu: E com grande alegria e com os corac oescheiosdeapre co que escrevemos sobre o maravilhoso mes ˆ que tivemos. Em outra congregac ao,92dos127publicadoresbatizados serviram como pioneiros au- 2,0 xiliares, incluindo todos os anciaos e servos ministeriais. Dos 688 membros da fam ılia de Betel, 555 foram 1,5 pioneiros auxiliares. Eles enfrentaram o desafio. Jeannette, que mora numa zona rural na regiao montanhosa de Burundi, sempre quis servir como pioneira, mas 1,0 2,5 (MILH OES) No mundo inteiro, publicadores serviram como pioneiros auxiliares 0,

11 temumgraveproblemacard ıaco que a impede de andar longas distancias ˆ e de subir ladeiras muito ıngremes. Jeannette ficou feliz ao saber que o requisito de horas para pioneiros auxiliares em abril havia sido reduzido. Para ajud a-la a realizar seu desejo de servir como pioneira, os anciaos providenciaram que ela pregasse num territ orio perto de sua casa. Al em disso, pioneiros e publicadores levaram seus estudantes da B ıblia asua ` casa para que ela acompanhasse os estudos. No fim do mes, ˆ Jeannette estava muito feliz por ter iniciado quatro estudos b ıblicos. Gostaria muito de servir como pioneira de novo, disse ela, e tenho certeza que Jeov ame ajudar a. Na ilha de Granada, uma jovem surda serviu como pioneira apesar de ter uma deficiencia ˆ que lhe dificultava andar. Ela disse: Foi um desafio e tanto andar longas distancias ˆ para pegar o onibus ˆ e ir ao servico de campo. Ela tamb em estava desempregada e, por isso, orou fervorosamente a Jeov apedindoajuda.emharmonia com suas orac oes, ela se sustentou por vender tra- balhos de croche ˆ e bijuterias feitas em casa. Eu tive uma participac aoplenanaobradeprega cao, disse ela mais tarde, e senti o apoio e o encorajamento dos irmaos. Isso me fez ter verdadeira alegria! Toshi, uma irmade101anosnojap ao, nao pensou duas vezes para assinar a petic ao de pioneiro auxiliar em abril. Visto que nao pode sair da casa de repouso onde mora, ela d a testemunho por carta e prega as ` cuidadoras que vao ao seu quarto. Como nao escuto muito bem, explica Toshi, falo bem alto. Por isso, qualquer um por perto pode me ouvir. Felix, um irmao tetrapl egico na Costa Rica, decidiu ser pioneiro auxiliar. Mas como faria isso? Os irmaos montaram uma mesa com publicac oes na frente de sua DESTAQUES 9

12 Toshi dando testemunho aumacuidadoranacasa de repouso em que mora casa para ele dar testemunho a quem passasse por ali. No fim do mes, ˆ Felix estava fisicamente exausto, mas se sentia revigorado em sentido espiritual e muito feliz por ter iniciado quatro estudos b ıblicos. Muitas criancas tamb em ficaram ansiosas para ser inclu ıdas na atividade especial em abril. Por exemplo, na Espanha, umameninade11anos chamada Sandra e seu irmao de 7 anos, Alejandro, queriam aumentar sua participac ao no minist e- rio. O zelo de sua congregac ao e o exemplo contagiante de seus pais motivaram Sandra e Alejandro a querer servir como pioneiros auxiliares. Mas como fariam isso se nao eram batizados? Os dois fizeram uma programac ao para dedicar o mesmo tempo que seus pais aprega ` cao e, entao, se prepararam para o minist erio por ensaiar apresentac oes na Noite de Adorac ao em Fam ılia. Seus pais achavam que, no decorrer do mes, ˆ as criancas ficariam muito cansadas. Mas os dois jovens publicadores nem pensaram em desistir. No dia 30 de abril, todos da fam ılia j a tinham atingido sua meta de 30 horas, menos Alejandro, que ainda precisava de tres ˆ horas. Por isso, ele foi com seu pai apregac ao nesse ultimo dia do mes. ˆ Eles ficaram muito fe- ` lizes com sua participac ao plena e gratificante como fam ılia unida. 10 ANU ARIO DE 2012

13 Jean, que tamb em mora na Espanha, conta: Eu orava todo dia para que eu e meu marido, Philip, consegu ıssemos pregar por 30 horas. No entanto, Philip, que foi superintendente de distrito at e ter um aneurisma cerebral, agora est a paralisado num leito de hospital, impossibilitado at edefalar.sua unica maneira de se comunicar e por meio dos olhos; ele pisca uma vez para dizer sim e duas para dizer nao. Quandolhefaleisobreoservi co de pioneiro auxiliar, continua Jean, ele indicou que tamb em gostaria de ser pioneiro. Mas como ele poderia atingir esse alvo? Nos meses anteriores, Jean e Philip tinham pregado a outros pacientes, a parentes que foram visit a- los e a membros da equipe do hospital. Em abril, planejamospregarmaisou Celoni, Barcelona, Espanha, Alejandro e seu pai em Sant menos uma hora por dia no ultimo dia do mes ˆ na ala em que est avamos, enquanto Philip estivesse acordado e pudesse participardaconversaporpiscar. No entanto, em marco Philip foi transferido para uma ala de isolamento. Mesmo assim, ele e Jean conseguiram manter sua programac ao por conversar alguns minutos com membros da equipe do hospital em v arias ocasioes durante o dia. Uma das enfermeiras, que haviaficadocomolivro DESTAQUES 11

14 Oquealguns disseram sobre oservi co de pioneiro auxiliar: Foi a primeira vez na minha vida que pude ser pioneira auxiliar. Nao tenho palavras para expressar minha gratidao por essa oportunidade! Muito obrigado por essa nova provisao. Ela nos deu muita alegria. Foi um marco na hist oria da nossa congregac ao. Ter tantos pioneiros auxiliares contribuiu para um esp ırito de paz e uniao na congregac ao. O Armagedom deve estar chegando mesmo! Algu em que n ao etestemunhadejeov a epercebeuoaumentode nossasatividadesemabril. OQueaB ıblia Realmente Ensina?, olhou bem nos olhos de Philip e prometeu voltar no dia seguinte para ler a B ıblia com ele. Quando ela voltou, Jean lhe pediu para ler Joao 17:3 e explicar o que havia entendido do texto. Philip piscaria para indicar se ela tinha entendido corretamente, e eles continuaram usando esse m e- todo outras vezes. Certo dia, mesmo sem estar trabalhando na ala de Philip, ela foi lhe dizer que estava pedindo a Jeov aqueaajudasse a se achegar mais a Ele. Os servos de Jeov aencaram essa atividade am- pliada como uma maneira de demonstrar seu amor ao pr oximo, sua gratidao ao sacrif ıcio de Jesus Cristo e sua devoc ao a seu Pai celestial. Eles aguardam com grande expectativa o mes ˆ de marco de 2012, em que mais uma vez poderao escolher cumprir um requisito de 30 ou 50 horas. 12 ANU ARIO DE 2012

15 ` ESCOLAS QUE ENSINAM OS CAMINHOS DE JEOV A Aorganiza cao de Jeov aleva muito a s erio a profecia de Isa ıas Centro Educacional da TorredeVigiaem Patterson, Nova York, 2:3, que diz: Subamos ao monte de Jeov a, Estados Unidos acasadodeusdejac o; e ele nos instruir a sobre os seus caminhos e n os andaremos nas suas veredas. Por exemplo, em plena Segunda Guerra Mundial, a classe do escravo fiel e discreto percebeu que pessoas de todas as nac oes ainda precisavam ser ensinadas por Jeov aantesdofimdosistema de Satan as. Assim, organizaram-se escolas como a Escola B ıblica de Gileade da Torre de Vigia e a Escola do Minist erio Teocr atico. Mais recentemente, o Corpo Governantefezoutrosajustesnasv arias escolas que dao treinamento especializado. Em outubro de 2010, o nome da Escola de Treinamento Ministerial foi mudado para Escola B ıblica para Irmaos Solteiros. Essa escola de dois meses continuar a a treinar anciaos e servos ministeriais solteiros. At e agora, irmaos j a se beneficiaram desse curso em todo o mundo, incluindo muitos que hoje sao pioneiros, superintendentes viajantes, mission arios e betelitas. A Escola B ıblica para Casais Cristaos teve in ıcio em julho de 2011 e, por enquanto, est a sendo realizada em Patterson, Nova York, nos Estados Unidos. Essa nova escola de dois meses de durac ao pode ser cursada DESTAQUES 13

16 Est aescritonos Profetas: E todos eles serao ensinados por Jeov a por casais que tem ˆ de 25 a 50 anos de idade e boa sa ude. Tamb em devem ser casados h a pelo menos dois anos eestarnoservi co de tempo integral por no m ınimo dois ao ou servo mi- anos seguidos. O marido deve ser anci nisterial h a dois anos consecutivos. A partir de 2012, as aulas da Escola B ıblica para Casais Cristaos serao realizadas nos mesmos lugares atualmente usadosparaaescolab ıblica para Irmaos Solteiros. AEscolaB ıblica para Casais Cristaos foi elaborada para dar treinamento especializado a casais, a fim 14 ANU ARIO DE 2012

17 de serem mais usados por Jeov aesuaorganiza cao. A maioria dos formados nessa escola servirao como pioneiros regulares onde h a mais necessidade no pr o- prio pa ıs. No entanto, v arios casais serao designados como pioneiros especiais tempor arios, e alguns at e mesmo receberao treinamento para o servico de circuito. Outros talvez recebam uma designac ao num pa ıs estrangeiro, se estiverem qualificados e dispon ıveis. Os que preencherem a petic ao para essa escola deverao ser pessoas espiritualmente maduras e que tem ˆ um esp ırito abnegado. Os instrutores dessa nova escola serao os mesmos da Escola B ıblica para Irmaos Solteiros e seguirao basicamente o mesmo curr ıculo. Algumas unidades serao consideradas apenas com os irmaos, ao passo que as esposas sairao no servico de campo.detalheserequisitosadicionaisparaosinteressados serao fornecidos nas reunioes realizadas nos congressos de distrito. O Corpo Governante fez alguns ajustes na Escola B ı- blica de Gileade da Torre de Vigia. A partir da 132. a turma, que comecou em 24 de outubro de 2011, o treinamento ser adadoapenasacasaisquej aest ao no servico especial de tempo integral, como mission arios que ainda nao cursaram Gileade, pioneiros especiais, superintendentes viajantes e betelitas. Se o casal souber falar e escrever em ingles ˆ fluentemente, a Comissao de Filial de seu pa ıs poder a recomend a-los para cursar essa escola. Os formados de Gileade servirao como mission a- rios, superintendentes viajantes ou betelitas, a fim de estabilizar e fortalecer as congregac oes e aprimorar a organizac ao das sedes. Os designados para servir no campo serao usados em regioes densamente DESTAQUES 15

18 povoadas, onde poderao exercer maior influencia ˆ na pregac ao e nas atividades congregacionais. As Comissoes de Filial poderao continuar a solicitar formados de Gileade se houver uma necessidade espec ıfica em seu territ orio. Tamb em poderao recomendar servos especiais de tempo integral bem qualificados de seu pr o- prio territ orio para cursar a Escola de Gileade. Em alguns casos, as Comissoes de Filial poderao pedir que os formados retornem a seu pa ıs ap os a formatura. A Escola para Membros de Comissao de Filial e Suas Esposas ser a realizada duas vezes por ano em ingles ˆ em Patterson. Em poucos casos, irmaos que fazem parte de uma Comissao do Pa ıs tamb em serao convidados. Membros de Comissao de Filial que j acursaram aescolaser ao convidados para curs a-la pela segunda vez, junto com irmaos que estarao cursando pela primeira vez. As esposas dos membros de Comissao de Filial assistirao a ` maior parte das aulas com seus 16 ANU ARIO DE 2012

19 maridos. No entanto, algumas unidades sobre procedimentos organizacionais serao consideradas apenas com os irmaos, ao passo que as esposas cuidarao de v arias designac oes em Betel. Al em disso, haver a duas turmas da Escola para Superintendentes Viajantes e Suas Esposas em Patterson todo ano. Atualmente, as turmas nos Estados Unidos incluem irmaos que j a cursaram essa escola, compondo mais ou menos metade de cada turma. As esposas dos superintendentes viajantes serao convidadas para assistir a ` maioria das aulas. O povo de Deus com certeza fica muito feliz de se beneficiar da instruc ao dada por Jeov a. O pr oprio Jesus disse: Est aescritonosprofetas: Etodoselesser ao ensinados por Jeov a. (Joao 6:45; Isa. 54:13) Confiamos que esses ajustes darao maior ımpeto aobraurgente ` de pregar as boas novas em toda a Terra habitada antes de vir o fim. DESTAQUES 17

20 ` UM GRANDE TERREMOTO ATINGE O JAP AO Not ıcias do mundo inteiro temrelatadoumaondade ˆ desastres naturais, incluindo terremotos, tsunamis, tornados, furacoes, enchentes, incendios ˆ e erupc oes vulca- ˆ nicas. O espaco nao permite mencionarmos todos os recentes desastres, mas o melhor exemplo da determinac ao das Testemunhas de Jeov aemlidarcomessasdificuldades e o de nossos irmaos no Japao. Natardedesexta-feira,11demar co de 2011, as 2 horas e 46 minutos, um terremoto de magnitude 9 atingiu ojap ao. Os tsunamis resultantes devastaram muitas cidades e povoados na costa do Pac ıfico. Cerca de 20 mil pessoas morreram ou continuam desaparecidas. Na regiao afetada, quatro Saloes do Reino foram destru ıdos, e outros quatro ficaram inutilizados. Mais de 230 casas de irmaos foram levadas pela agua ou ficaram bastante danificadas, e mais de mil casas precisaram de reparos. Uma usina nuclear foi tao danificada pelo terremoto e pelos tsunamis que liberou part ıculas radioativas. O governo ordenou que todas as pessoas que moravam perto da usina deixassem a regiao e, na manhase- guinte, muitos lugares pareciam cidades fantasmas. Os irmaos tamb em tiveram de sair da regiao e, com isso, duas congregac oes deixaram de existir. Dasmaisde14milTestemunhasdeJeov aquemoravam nas areas mais afetadas, 12 morreram e 5 ficaram gravemente feridas; 2 ainda estao desaparecidas. Muitos irmaos que sobreviveram a essa experiencia ˆ 18 ANU ARIO DE 2012

21 & Salao do Reino em traumatizante perderam suas casas, bens e, em muitos casos, pes- Rikuzentakata, Japao soas queridas. Consegui colocar minha mae, que e deficiente f ısica, no carro, explica Kiyoko, uma irmadacidadede Ofunato. Quando j aest avamos a caminho do abrigo designado, senti cheiro de fumaca. Sa ıdocarroevium paredao de agua engolindo nossa casa. A agua estava vindo em nossa direc ao! Ajudei minha mae a subir no aterro da ferrovia. O carro foi arrastado pela agua bem diante de nossos olhos. Depois do terremoto, um jovem irmao chamado Koichi tentou chegar acasadeseuspais,acincoquilˆ ` ometros do mar, em Ishinomaki. Mas, ao se aproximar, viu que a vizinhanca inteira estava debaixo d agua. Sem um barco eu nao podia chegar mais perto da casa. Tres ˆ semanas depois, ele encontrou o corpo do pai num necrot erio e, tres ˆ semanas mais tarde, o de sua mae. Assim que o terremoto parou, Masaaki, um irmao da cidade de Shichigahama, estacionou o carro no Salao do Reino, a menos de um quilometro ˆ do mar. Masaaki se

22 lembra: Encontrei uma irmaquetamb em tinha fugido para l a. Eu nao sabia que os tsunamis podiam chegar tao longe. Mas em pouco tempo a agua escura cobriu o chao! Nossos carros comecaram a flutuar. Eu sa ıpela janela do carro e subi no teto. Mas o carro da irmafoile- vado pela agua e desapareceu! Orei a Jeov apedindo para ajud a-la. Estava nevando, e eu fiquei ensopado e tremendo de frio. A neve parou, mas o ar estava gelado. Logo o sol se pos, ˆ dando lugar aescurid ` ao. As estrelas brilhavam, e o c eu estava muito bonito. Continuei de p eemcimado carro, que parecia uma ilha no meio do mar gelado. Havia outras pessoas na mesma situac ao que eu, ilhadas em montes de entulho ou em telhados. Eu me perguntava se sobreviveria at e o amanhecer. Para tentar me animar um pouco, decidi recitar de mem oria um discurso p ublico que tinha dado apenas duas semanas antes. O tema era perfeito: Onde encontrar ajuda em tempos de aflic ao? Em seguida, cantei o unico cantico ˆ que sabia de cor: Meu Deus, meu Amigo e Pai. Eu o cantei v a- rias vezes. Enquanto cantava, relembrei meus anos no servico de Jeov a e comecei a chorar. Entao, algu em gritou da casa do outro lado da rua: Tudo bem com voce? ˆ Vou a ıajud a-lo! Ele havia feito uma jangada com madeiras trazidas pela agua e estava resgatando as pessoas nas proximidades. Com sua ajuda, Masaaki conseguiu entrar pela janela do segundo andar de uma casa. Mais tarde, ele ficou aliviado ao saber que aquela irmanooutrocarrotamb em tinha sido resgatada. Haviamuitaexpectativaporcausadocasamentode Kohei e Yuko, que seria realizado no Salao do Reino de Rikuzentakata no s abado, 12 de marco. Mas, depois do casamento civil na sexta-feira, aconteceu o terremoto. Kohei ouviu um alerta de tsunami e logo foi para um lu- 20 ANU ARIO DE 2012

23 ` gar elevado. A cidade inteira estava coberta de fumaca, lembra-se ele. Nao sobrou nada al em de alguns pr edios maiores. At e aquela hora, eu s o tinha me preocupado com os preparativos do casamento, que seria realizado mais tarde, mas logo me dei conta de que algo gigantesco havia acontecido. Kohei e Yuko passaram o s abado ajudando os irmaos da congregac ao. N os recebemos itens de ajuda humanit aria de congregac oes vizinhas, disse ele. Fiquei feliz quando minha esposa disse como estava contente por usarmos nosso tempo e energia para ajudar os irmaos. Agradeco a Jeov aporterumaesposat ao maravilhosa. O tsunami levou nossa casa nova, nosso carro e tudo o que t ınhamos. Mas sou muito grato pelo amor que os irmaos mostraram por n os. Ajuda espiritual, f ısica e emocional. AsededoJap ao rapidamente organizou tres ˆ Comissoes de Ajuda Humanit aria e v arias vezes enviou representantes aregi ` ao afetada. Quando os superintendentes zonais Geoffrey Jackson e Izak Marais, da sede mundial, visitaram o Japao em maio, eles tamb em se reuniram com os irmaos numa das areas mais afetadas. Foi programada uma reuniao especial para as congregac oes dessas areas, que seria transmitida por telefone. Assim, uns irmaos em 21 Saloes do Reino puderam sentir o amor e a preocupac ao da fraternidade mundial. As Comissoes de Ajuda Humanit aria e outros volunt arios continuaram ocupados em prover suprimentos. Os itens de primeira necessidade inclu ıam alimento, agua e combust ıvel. As comissoes tamb em providenciaram que roupas de todos os tamanhos fossem enviadas as congregac oes afetadas. Colocaram-se espelhos e araras com as roupas em alguns locais de reuniao, que serviram de provadores tempor arios. DESTAQUES 21

24 ` Acima: volunt arios tirando entulho da casa de um irmao em Shibata, Miyagi A esquerda: membro da Comissao de Filial dando um discurso na casa de um irmao em Rikuzentakata Abaixo: volunt arios preparando oalmoçopara os que assistiam ao dia de assembleia especial na regiao afetada pelo desastre

25 Depois de tanta aflic ao, os irmaos se sentiram muito gratos ao ver como Jeov a cuidou de suas necessidades f ısicas e emocionais. As reunioes cristas, em especial, foram muito fortalecedoras. As reunioes me dao paz mental, escreveu uma irmadaregi ao afetada pelo desastre. Para mim, elas sao como uma boia salva-vidas espiritual. Uma mensagem de esperanca. Os irmaos japoneses imediatamente comecaram a compartilhar o consolo da Palavra de Deus com seus vizinhos, que estavam desalentados. Um grupo de publicadores de uma cidade nao afetada pelo desastre decidiu dar testemunho nas ruascomumgrandecartaz,quedizia: Porqueessa trag edia? A resposta est anab ıblia. Muitas pessoas ficaram interessadas, e os irmaos distribu ıram 177 livros B ıblia Ensina em apenas um dia e meio. Nas areas afetadas, os irmaos levaram palavras de consolo primeiro aos estudantes da B ıblia e pessoas interessadas; da ı, fizeram o mesmo com seus vizinhos. Quando li Mateus 6:34 para uma moradora, ela comecou a chorar, diz uma irma chamada Akiko. Ela parecia estar muito aflita. Expliquei que a B ıblia nos ajuda a ter paz mental, e ela logo concordou e me agradeceu. Isso renovou meu apreco pelo poder que as Escrituras tem ˆ de tocar o corac ao das pessoas. Existem muitas religioes, disse certo homem, mas s ovocˆ es vieram nos visitar, mesmo com tudo o que aconteceu. Outro homem disse de modo respeitoso: Acho impressionante voces ˆ continuarem com suas atividades mesmo durante esse per ıodo dif ıcil. Um anciao disse: Muitas pessoas nos receberam bem e disseram: Voces ˆ foram os primeiros a nos visitar depois do desastre. Por favor, nao deixem de voltar. DESTAQUES 23

26 A TRADUÇ AO DO NOVO MUNDO EM 106 IDIOMAS! A sexta-feira, 15 de julho de 2011, foi um dia memor avel e um marco hist orico para o povo de Deus na Letonia ˆ e Lituania. ˆ Num discurso que foi transmitido para os dois pa ıses, Stephen Lett, do Corpo Governante, lancou a Traduçao do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristas em letao e lituano, fazendo desses os 99. o e 100. o idiomas em que essa traduc ao est a dispon ıvel. Nos ultimos sete anos, o Corpo Governante tem dado prioridade m axima atradu ` cao da B ıblia. Em resultado, a Traduçao do Novo Mundo agora epublicadaem duas vezes mais idiomas do que em 2004, e tradutoresemtodoomundo Traduc ao do Novo Mundo em lituano e letao continuam se empenhando bastante para traduzir ab ıblia em ainda outros idiomas. Como edeseimaginar,osirm aos recebem a B ıblia em seu idioma com grande entusiasmo. Ter a B ıblia j a e muito bom, disse um irmao da Rep ublica Centro- Africana, mas poder entende-la ˆ em sua l ıngua materna eumadasmelhorescoisasdomundo.atra- 24 ANU ARIO DE 2012

27 duçao do Novo Mundo em sango fala direto ao nosso corac ao. Agora, quando leio os Evangelhos, consigo visualizar os personagens b ıblicos e entender seus sentimentos. Uma jovem irmaet ıope resumiu o que muitos sentem: Eprecisomuitomaisdoqueumsimples obrigado para expressar o que eu sinto. Eu sempre orei a Jeov a pedindo que ele nos desse a Traduçao do Novo Mundo em nossa l ıngua. E hoje ele fez isso! Eprecisomuitomais do que um simples obrigado para expressar o que eu sinto

28 ` Traduç ao do Novo Mundo completa: 62 Escrituras Gregas Crist as: 44 Africaner ˆ Albanes ˆ Alemao Arabe Armenio ˆ B ulgaro Cebuano Chicheva Chines ˆ (simplificado) Chines ˆ (tradicional) Chona Cibemba Cingales ˆ Coreano Croata Dinamarques ˆ Efique Eslovaco Esloveno Espanhol Finlandes ˆ Frances ˆ Georgiano Grego Holandes ˆ H ungaro Ibo Ilocano Indon esio Ingles ˆ Ioruba Italiano Japones ˆ Kirundi Lingala Macedonio ˆ Malgaxe Maltes ˆ Noruegues ˆ Osseto Polones ˆ Portugues ˆ Quiniaruanda Quirguiz Romeno Russo Samoano Sepedi S ervio S ervio (latino) Sesoto Sua ıli Sueco Tagalo Tcheco Tsonga Tsuana Turco Tvi (akuapem) Tvi (axanti) Xosa Zulu Am arico Azerbaijano Azerbaijano (cir ılico) Cambojano Canares ˆ Caonde Cazaque Chitonga Crioulo do Haiti Estoniano Eve Fijiano Gum Hiligaino Hindi Hiri motu Kiribati Letao L ıngua brasileira de sinais L ıngua de sinais americana L ıngua de sinais colombiana L ıngua de sinais italiana L ıngua de sinais mexicana L ıngua de sinais russa Lituano Luganda Luvale Malaiala Mianmar Nepales ˆ Pangasino Papiamento (Curacau) Punjabi Sango Silozi Sranantongo Tailandes ˆ Tamil ˆ Tok pisin Tonganes ˆ Tumbuca Ucraniano Uzbeque Vietnamita Em 2011, pelo menos 76% da populaçao mundial tinha acesso atraduçao do Novo Mundo (completa ou em parte) em sua l ıngua materna DISPON IVEL EM 106 IDIOMAS

29 BREVES RELATOS DO MUNDO INTEIRO Um perseguidor e silenciado na R ussia. Por alguns anos, uma irmaidosachamadaverateveproblemascom um vizinho que nao gostava das Testemunhas de Jeov a. Ele a ameacava e falava palavroes na frente dos netos dela, que costumavam visit a-la. Com as palavras de Romanos 12:18 em mente, Vera sempre reagia com calmaenuncadiscutiacomele.emjaneirode2011,o vizinho ficou ainda mais agressivo. Temendo por sua vida, Vera procurou a pol ıcia. O interessante equeela contatou o mesmo policial que tinha ido acasadela ` com uma oficial de justica em marco de Eles tinham ido verificar se ela e as outras Testemunhas de Jeov a que se reuniam em sua casa estavam realizando algum tipo de atividade extremista. Mas, dessa vez, o policial viu qual era o verdadeiro problema. Ele deu um sermao no vizinho e o multou em 3 mil rublos (cerca de 100 d olares) por suas ameacas. Depois disso, ela nunca mais teve problemas com o vizinho. Para mostrar sua gratidao, Vera escreveu uma carta apol ` ıcia. Para sua surpresa, ela recebeu uma resposta do chefe de pol ıcia. Ele lhe agradeceu pelas palavras gentis sobre o policial que a tinha ajudado. Tamb em escreveu: Suas palavras cordiais, apesar de tantos coment arios negativos sobre a pol ıcia hoje em dia, mostram sua confianca em n os. Vera disse que agora o policial sempre passa pela casa dela para ver se est atudobem. DESTAQUES 27

30 O coletor de lixo na Turquia. Dois homens que comeca- ram a estudar a B ıblia h a pouco tempo assistiram ao congresso de distrito. Eles escreveram: Parecia um sonho. Todos sorriam e eram muito simp aticos e educados. Durante o intervalo, fomos dar uma volta e nos sentimos bem avontade.da ` ı, o irmao que estudava conosco veio em nossa direc ao. Ele estava segurando um saco de lixo. Tentamos evit a-lo porque achamos que ele trabalhava recolhendo lixo e nao quer ıamos que as pessoas pensassem que eramos amigos de um simples coletor de lixo. Entao, demos meia-volta e tentamos desaparecer na multidao. Pensamos: Por que n os estudamos a B ıblia com um coletor de lixo e nao com algu em que d a discursos no palco? No entanto, depois de algum tempo, ficamos sabendo que o coletor de lixo que estudava conosco fazia parte da Comissao de Filial e servia na sede das Testemunhas de Jeov a. Continuamos progredindo e nos dedicamos a Jeov a. Passamos a entender que nosso irmao estava humildemente se comportando como algu em menor. (Luc. 9:48) Somos muito gratos por essa lic ao valiosa, que aprendemos logo na primeira grande reuniao a que assistimos. Campanha de difamac ao na Armenia. ˆ Depois que um jovem matou seus pais na cidade de Sevan, a m ıdia, alegando falsamente que ele era Testemunha de Jeov a, deu in ıcio a uma grande campanha de difamac ao contra n os. Os irmaos logo entregaram am ` ıdia uma declarac ao refutando isso. Mesmo assim, a difamac ao continuou, e uma reportagem especial foi transmitida na televisao, afirmando novamente que o jovem era Testemunha de Jeov a. A reportagem usou palavras ofensivas e degradantes contra as Testemunhas de Jeov ae exibiu na tela um texto que dizia: Executores cru eis 28 ANU ARIO DE 2012

31 e covardes a mando de Jeov a. At e mesmo incentivou os telespectadores a agredir os irmaosquandoelesos visitassem. Em resultado, a hostilidade contra as Testemunhas de Jeov a aumentou muito no pa ıs. Registrouse uma queixa contra a emissora, exigindo uma retratacao pelas informac oes falsas, um pedido de desculpas e uma indenizac ao por ela ter difamado nossa boa reputac ao. Na epoca em que o Anu ario de 2012 estava para ser impresso, a emissora ainda nao havia feito uma retratac ao, embora negociac oes estivessem em andamento para se chegar a um acordo amig avel. Os futuros engenheiros da Venezuela. Todas as manhas, um grupo de criancas a caminho do jardim de infancia ˆ passava em frente aconstru ` cao de um Salao do Reino na cidade de San Jos edeguaribe.elassempreparavam para observar um pouco, fascinadas com tudo o que acontecia. Certo dia, durante a aula, a professora perguntou o que elas queriam ser quando crescessem. Para sua surpresa, v arias delas disseram que queriam ser engenheiras como as Testemunhas de Jeov a. Ela ficou curiosa e, com outra professora, decidiu levar toda a turma para visitar o canteiro de obras. Os irmaos da equipe de construc ao levaram os visitantes para conhecer o local. As criancas gostaram muito, especialmente por usarem os capacetes coloridos. As professoras fizeram muitas perguntas, e um excelente testemunho foi dado.

32 Aumentaaprodu cao de revistas no Canad a. Afimdeaproveitar ao m aximoosrecursosdaorganiza cao, o Corpo Governante pediu a ` sede do Canad a que fornecesse as revistas ASentinelae Despertai! a todas as congregacoes nas Bermudas, Canad a, Estados Unidos, Guiana e na maioria das ilhas do Caribe. Assim, no in ıcio do ano de servico de 2011, a sede do Canad a passou a produzir revistas numa quantidade 12 vezes maior. O Canad a agora imprime revistas em 30 idiomas, o que representa quase um quarto de todas as revistas produzidas no mundo inteiro. Visitac ao aberta ao p ublico na sede da Finlandia. ˆ Com apermiss ao do Corpo Governante, organizou-se uma campanha especial sobre as Testemunhas de Jeov aea mensagem que proclamam na Finlandia ˆ h aums eculo. Os irmaos zelosamente distribu ıram a revista Despertai! de agosto de 2010, com o assunto de capa Quem sao as Testemunhas de Jeov a?. Isso resultou em muitas conversas excelentes sobre nossa obra. Da ı, no fim de agosto, os irmaos organizaram uma grande visitacao aberta ao p ublico na sede. Toda a fam ılia de Betel participou, dando explicac oes do que era realizado ali. Montaram-se pain eis para informar os visitantes sobre nossa obra. Al em disso, alguns betelitas se vestiram com trajes de epoca e demonstraram como os cartazessandu ıche eram usados para anunciar discursos p ublicos nas d ecadas de 40 e 50. V arios departamentos haviam feito lembrancinhas para os visitantes. Cerca de pessoas conheceram a sede nos dois dias dessa visitac ao. Consequentemente, houve boa publicidade sobre nossas atividades nos jornais, no r adio e na televisao. Agitac ao pol ıtica na Costa do Marfim. Oanodeservi co de 2011 comecou com otimismo e boas perspectivas de 30 ANU ARIO DE 2012

33 crescimento, como era evidente pelos estudos b ı- blicos, dirigidos por publicadores. Mas, no fim de novembro de 2010, eleic oes acirradas mergulharam o pa ıs em caos e agitac ao pol ıtica. A guerra que se seguiu chegou a ` capital comercial, Abidjan, em marco de 2011 eseestendeuat e abril, levando as pessoas a fugir em massa da cidade e at emesmodopa ıs. Entre elas havia muitos irmaos que fugiram a p e e deixaram tudo para tr as. Durante esse per ıodo dif ıcil, a posic ao neutra dos irmaosmuitasvezesserviudeprote cao. Certa vez, soldados entraram numa escola de ensino fundamental onde professores e orientadores educacionais realizavam um semin ario. Eles mandaram que todos se deitassem no chao e entregassem os objetos de valor. Quando um irmao entregou sua pasta cheia de publicac oes, os soldados logo perceberam que ele era Testemunha de Jeov a. Eles devolveram a pasta com o dinheiro e o telefone celular do irmao, e disseram: Vocen ˆ ao enenhuma ameaca para n os. InscriçaopertodoEst adio Ianque, Nova York, Estados Unidos: 3 de agosto de 1958 A maior assistencianahist ˆ oria do est adio, pessoas, foi no congresso das Testemunhas de Jeov a

34 DEDICAC OES DE SEDES GLORIFICAM ADEUS Em 18 de dezembro de 2006, iniciou-se a ampliacao da sede do Chile, o que envolveu a construc ao de um novo pr edio de escrit orios com dois andares, um novo pr edio residencial com tres ˆ andares e uma ampliac ao consider avel da area de armazenamento. Na dedicac ao, em 16 de outubro de 2010, havia pessoas presentes; David Splane, do Corpo Governante, proferiu o discurso de dedicac ao em espanhol. Em 19 de fevereiro de 2011, 210 pessoas assistiram a ` dedicac ao das ampliac oes do Escrit orio do Pa ıs de Burkina Fasso. O discurso de dedicac ao foi proferido por John Kikot, da sede mundial. A obra de pregacao nesse pa ıs foi supervisionada pela sede da Cos- Escrit orio de Burkina Fasso Sede do Chile 32

35 & Irmaos trabalhando na ta do Marfim at emaiode2011, construçao do escrit orio quando Burkina Fasso passou de Burkina Fasso a ser supervisionada pela sede de Benin. A conduta excelente dos irmaos no local da construc ao resultou em muito louvor para o nome de Jeov a. Nao havia ningu em gritando, disse um funcion ario de uma grande empresa fornecedora. Nunca trabalhamos numa construc ao com pessoas tao calmas e alegres. Houve muita alegria quando as novas instalac oes da sede de Hong Kong foram dedicadas em 27 de agosto de Elas ficam no 19. o andar de um pr edio de 37 andares, com uma otima vista da ba ıa Victoria. (Veja a seta abaixo.) Stephen Lett, do Corpo Governante, proferiu o discurso de dedicac aoparaaanimada assistencia ˆ de 290 pessoas no refeit orio, nos escrit o- rios e na expedic ao. As novas instalac oes resolveram oproblemadefaltadeespa co para os Departamentos de Traduc ao, Servico, Audio e V ıdeo, Compras, Expedicao e Financeiro. Novas instalaç oes da sede de Hong Kong

36 CASOS JUR IDICOS OfielprofetaJeremiastinha bons motivos para confiar que o Deus Todo-Poderoso nunca o abandonaria. Jeov a disse: Hao de lutar contra ti, mas nao prevalecer Corte Europeia dos Direitos Humanos, Estrasburgo, França ao contra ti. Porque estou contigo para te salvar e para te livrar. (Jer. 15:20) Como mostram os relatosaseguir,osatuaisservosdejeov atamb em tem ˆ sentido Seu apoio ao cumprirem sua comissao de pregar,mesmoemfacedeoposi cao. Mat. 24:9; 28:19, 20. Armenia ˆ Vahan Bayatyan, que etestemunhadejeov a, foi sentenciado a dois anos e meio de prisao por sua objec ao de consciencia ˆ ao servico militar. Depois de perder a causa e as apelac oes nos tribunais da Arme- ˆ nia, seu caso foi ouvido pela Corte Europeia dos Direitos Humanos (CEDH). Em 27 de outubro de 2009, sete ju ızes da CEDH decidiram contra o irmao Bayatyan e afavordaarmˆ enia. Mas um juiz discordou da decisao e disse que ela era incompat ıvelcomosatuaispadroes europeus sobre objec ao de consciencia. ˆ Assim, por causa da importancia ˆ dessa questao, a CEDH concordou que o caso fosse encaminhado asuagrande ` Camara, ˆ que ecompostade17ju ızes. Em 7 de julho de 2011, eles decidiram, por 16 votos a1,queaarmˆ enia tinha violado o direito de liberdade de consciencia ˆ do irmao Bayatyan. A Corte declarou 34 ANU ARIO DE 2012

37 nao ter nenhum motivo para duvidar de que a recusa do requerente de prestar servico militar tenha sido motivada por suas crencas religiosas, nas quais ele genuinamente acredita e que estao em total conflito com sua obrigac ao de prestar servico militar. Esperamos que essa decisao hist orica resulte por fim na libertacao dos 69 irmaospresosnaarmˆ enia, bem como dos irmaos que enfrentam a mesma questao no Azerbaijao e na Turquia. Bulg aria Em 17 de abril de 2011, mais de cem pessoas, incluindo mulheres, criancas e idosos, estavam pacificamente reunidas para a Comemorac ao da morte de Cristo num Salao do Reino em Burgas. Do lado de fora, uma turba enfurecida de uns 60 homens comecou a atirar pedras nos irmaos que estavam na entrada. Em seguida, a turba tentou invadir o Salao do Reino,masosirm aos os impediram de entrar. A pol ı- cia foi chamada imediatamente, mas demorou a agir. V arias Testemunhas de Jeov aforamferidas,ecinco delas tiveram de ser levadas de ambulancia ˆ para o Dos 49 casos julgados pela CEDH a partir de 1965 que envolveram as Testemunhas de Jeov a, a Corte decidiu a nosso favor em todos os casos, exceto dois. A recente vit oria no caso do irmao Bayatyan reverte uma dessas duas decisoes desfavor aveis. R USSIA ESTADOS UNIDOS FRANCA BULG ARIA TURQUIA ARM ˆ ENIA AZERBAIJ AO COREIA DO SUL

38 hospital. Apesar de tudo, a congregac ao continuou com a Comemorac ao. Esse tipo de ataque nao ecomum na Bulg aria, onde as Testemunhas de Jeov a costumam ser respeitadas. Na verdade, ele acabou resultando em boa publicidade para n os. O Corpo Governante providenciou que 13 sedes trouxessem o ataque aaten ` cao das embaixadas b ulgaras em seus respectivos pa ıses. Desde entao, o governo b ulgaro condenou o ataque, e o promotor local processou oito dos agressores. Coreia do Sul Mais de 800 Testemunhas de Jeov aainda estao presas na Coreia do Sul por sua objec ao de consciencia ˆ ao servico militar com base em conviccoes religiosas. Desde 1950, mais de 16 mil irmaos foramsentenciadosaumtotaldemaisde31milanos de prisao por se recusarem a prestar servico militar. Por que tantos jovens tomaram essa firme posic ao? Todo jovem Testemunha de Jeov a que se recusa aservirnasfor cas armadas faz isso com base em sua pr opria consciencia. ˆ Por exemplo, Kim Ji-Gwan explicou durante seu julgamento: Ensinos b ıblicos como nao aprender mais a guerra e amar o pr oximo como a si mesmo tiveram um profundo efeito em mim. Tamb em aprendi que o amor baseado em princ ıpios pode nos motivar a amar nossos inimigos. Com base nesses e em outros textos b ıblicos, e por causademinhasfortesconvic coes pessoais, decidi nao prestar servico militar. Isa. 2:4; Mat. 5:43, 44; 22: Atualmente, os jovens na Coreia do Sul nao tem ˆ a opc ao de realizar servico civil alternativo. Para tentar resolver isso, dez casos foram encaminhados ao Tribunal Constitucional da Coreia. Em 11 de novembro 36 ANU ARIO DE 2012

39 de 2010, o tribunal realizou audiencias ˆ de avaliac ao para determinar, entre outras coisas, se a ausencia ˆ de uma provisao alternativa para objetores de consciencia ˆ constitui uma violac ao dos direitos dos cidadaos coreanos. Nesse meio-tempo, em 24 de marco de 2011, o ComitedeDireitosHumanosdasNa ˆ coes Unidas (CDHNU) decidiu que a Coreia do Sul tinha violado padroes de direitos humanos internacionalmente reconhecidos ao prender cem Testemunhas de Jeov a objetoras de consciencia. ˆ (Esses cem irmaos haviam apelado ao CDHNU por terem sido presos.) Al em disso, a decisao favor avel no caso do irmao Bayatyan emitida pela Grande Camara ˆ da CEDH (veja o relato da Armenia ˆ nas p aginas 34 e 35) foi enviada ao TribunalConstitucionaldaCoreiaparaserconsiderada na decisaopendentedosdezcasosagrupados. Mesmo assim, em 30 de agosto de 2011, o Tribunal Constitucional, em total desrespeito as ` decisoes do CDHNU, manteve a Lei do Servico Militar e a decisao de que os objetores de consciencia ˆ continuassem presos. Dois dos nove ju ızes, ao constatarem um conflito entre a Lei do Servico Militar e o direito constitucional de liberdade de consciencia, ˆ discordaram da decisao e exigiram um sistema de servico civil alternativo. Turquia Em 31 de julho de 2007, nossos irmaos nesse pa ıs ficaram felizes ao obter o reconhecimento legal como associac ao religiosa. Embora ainda haja desafios relacionados aquest ` ao da neutralidade e ao uso de Saloes do Reino, a obra continua a progredir ali. Em 26 de abril de 2011, o Minist erio da Educac ao Nacional da Rep ublica Turca emitiu um DESTAQUES 37

40 ` ˆ decreto oficial declarando que as Testemunhas de Jeov a podem ser isentas das aulas de religiao obrigat orias. O Minist e- rio concluiu que, embora nao aceitem algumas crencas comuns ao cristianismo, as Testemunhas de Jeov as ao uma religiao crista. Essa decisao foi uma otima not ıcia para nossos jovens que ao longo dos anos tem ˆ sido reprovados por se recusarem a assistir as aulas de religiao. Estados Unidos Em maio de 2011, o Tribunal de Apelac ao do Estado do Kansas decidiu a nosso favor no caso Mary D. Stinemetz vs. Secretaria de Sa ude do Kansas. Otribunaldecidiu que a recusa do estado de autorizar que a irma Stinemetz realizasse umacirurgiasemsangue em outro estado violava seus direitos constitucionais em ambito federal e estadual. Visto Estudantes com seus boletins escolares. Eles estao felizes por nao serem mais obrigados a assistir a aulas de religiao 38 ANU ARIO DE 2012

41 ` que o tipo de cirurgia sem sangue que a irmaneces- sitava nao estava dispon ıvel no Kansas, o tribunal or- denouqueelafosseautorizadaafazeracirurgiaem outro estado. Essa foi uma vit oriatantoparaairm a Stinemetz como para outros publicadores nos Estados Unidos que recebem tratamento de sa ude financiadopelogoverno. Em 10 de agosto de 2011, a Suprema Corte do Kansas manteve uma decisao a nosso favor, concedendo airm ` amonicamcgloryaguardadeseufilho. O pai do menino alegava que a irmamcglorydeveria perderaguardaporque(1)elaserecusariaaconsentir uma transfusao de sangue, (2) ela levava o filho a ` pregac ao de casa em casa e (3) o distanciava do pai e da comunidade por ensinar-lhe que eles serao destru ıdos no Armagedom. A Suprema Corte do Kansas reafirmou os princ ı- pios constitucionais j a estabelecidos em 1957, quando declarou: A liberdade de religiao, garantida por nossa constituic ao, deve ser fielmente defendida, e os ensinos religiosos ministrados as ` criancas nao devememnenhumacircunstˆ ancia servir de base para decisoes sobre guarda de filhos. Com respeito aquest ao da transfusao de sangue, a corte declarou: Nao podemos decidir casos [de guarda] com base em algum hipot etico acidente ou doenca que poderia exigir [uma transfusao de sangue]. Franca Houve muita alegria quando a CEDH emitiu, em 30 de junho de 2011, uma decisao a favor da Associac ao das Testemunhas de Jeov anafran ca. Esse foi o fim de uma batalha jur ıdica de 16 anos, que comecou com a cobranca de um imposto exorbitante e polemico ˆ de 60% sobre os donativos recebidos DESTAQUES 39

42 pela sede. As Testemunhas de Jeov aerama unica dasprincipaisorganiza coes religiosas a ser tributada dessa maneira. O governo da Franca queria obrigar as Testemunhas de Jeov a a pagar um total de 58 milhoes de euros (mais de 82 milhoes de d olares), o que excedia em muito o valor de todos os bens da Associac ao. Depois que os tribunais franceses em todas as instancias ˆ mantiveram o imposto, foi feita uma apelac ao a ` CEDH em fevereiro de Em 30 de junho de 2011, os sete ju ızes da CEDH foram unanimes ˆ ao declarar que, se as ac oes movidas pela Franca fossem aprovadas, as Testemunhas de Jeov an ao poderiam praticar sua religiao livremente. A Corte confirmou que as protec oes concedidas pela Convenc ao Europeia dos Direitos Humanos se aplicam as ` Testemunhas de Jeov a. Esse grande precedente ser amuito util na luta pela liberdade de adorac ao em outros pa ıses sob a jurisdic ao da CEDH, como Armenia, ˆ Bulg aria, Ge orgia e R ussia. Tamb em e significativo que, pela primeira vez, o governo da Franca tenha sido considerado culpado de violar a cl ausula sobre liberdade de religiao da Convenc ao Europeia. O governo frances ˆ nao apelou da decisao. R ussia Em 10 de junho de 2010, as Testemunhas de Jeov a obtiveram uma vit oria jur ıdica hist orica contra o governo russo com a decisao da CEDH no caso Testemunhas de Jeov ademoscouvs.r ussia. Ogovernorussopediuqueocasofosseencaminhadoa ` Grande Camara ˆ da Corte, composta de 17 ju ızes, mas em 13 de dezembro de 2010 esse conselho de ju ı- zes rejeitou o pedido do governo, tornando definitiva a decisao de 10 de junho. Essa decisao determi- 40 ANU ARIO DE 2012

43 nou que o governo russo tem a obrigac aolegal... Testemunhas de Jeov a pregando em Gorno-Altaisk, de acabar com a violac ao Rep ublicadealtai constatada pela Corte e de reparar suas consequen- cias at eondeforposs ıvel. At eagora,por em, o gover- ˆ no nao fez vigorar essa decisao. Em vez disso, encontrounovasmaneirasdeprejudicarastestemunhas de Jeov a e impedir que elas exercam sua religiao livremente. Porexemplo,logocedonamanh ade25deagosto de 2011, a pol ıcia invadiu 19 casas de irmaos na cidade de Taganrog e confiscou publicac oes religiosas, computadores e registros congregacionais. Essas invasoes parecem estar relacionadas a uma decisao anterior do Supremo Tribunal da Federac ao Russa de dissolver a organizac ao religiosa das Testemunhas de Jeov a em Taganrog e declarar extremistas 34 de nossas publicac oes.combaseemdecis oes de tribunais russos, o governo colocou 63 de nossas publicac oes na Lista Federal de Materiais Extremistas. DESTAQUES 41

44 Al em disso, nossos irmaos e irmas foram v ıtimas de pelo menos 950 incidentes, entre batidas policiais, agressoes, detenc oes e prisoes. As autoridades russas abriram 11 processos criminais contra irmaos, e muitos Saloes do Reino foram depredados. Elas at emesmo instalaram cameras ˆ de vigilancianacasadepelo ˆ menos uma fam ılia e monitoraram os telefonemas e s de muitos irmaos num esforco de forjar acusacoes criminais com base na lei antiextremista. Um dos casos de acusac oesforjadasenvolve Aleksandr Kalistratov, de 35 anos, da cidade de Gorno- Altaisk. Com base numa lei antiextremista que tem sido muito criticada pelos defensores dos direitos humanos, ele foi acusado de incitar odio religioso e hostilidade. Durante o julgamento, que foi de 7 de outubro de 2010 a 18 de marco de 2011, nenhuma das 71 testemunhas interrogadas pode ˆ confirmar que Aleksandr havia cometido um ato criminoso nem que tinha sequer a intenc ao de comete-lo. ˆ O tribunal analisou as publicac oeseensinosdastestemunhas de Jeov a,eem14deabrilde2011aju ıza declarou Aleksandr inocente. Mas o promotor apelou da decisao, e em 26 de maio de 2011 o Supremo Tribunal da Rep ublica de Altai decidiu reencaminhar o caso ao tribunal de menor instancia ˆ para uma nova audiencia ˆ com outro juiz. Assim, mesmo depois de ter sido inocentado de todas as acusac oes, o irmao Kalistratov ainda ter adepassarpormaisumas erie de audien- cias que poder a resultar em ele ser erroneamente de- ˆ clarado extremista. E obvio que um caso como esse, que envolve atividades supostamente perigosas, tem atra ıdo muita atenc ao para nossa obra na pequena cidade de Gorno-Altaisk. De que modo os irmaos dessa cidade, 42 ANU ARIO DE 2012

45 que tamb em correm o risco de ser processados, tem ˆ lidado com essa situac ao? Durante esse per ıodo desafiador, passamos a dar ainda mais valor ab ` ıblia, disse uma irmachamada Inna. Hoje, mais do que nunca, me sinto mais pr oxima de Jeov a e de meus irmaos, que para mim sao como uma fam ılia. Embora algumas publicac oes estejam proscritas, muitos estudos tem ˆ sido iniciados usando apenas a B ıblia. O n umero de publicadores na Rep ublica de Altai aumentou 24% no ultimo ano. Os irmaos ali dedicaram 33% mais horas aprega ` cao. A assistencia ˆ a ` Comemorac ao foi 16% maior do que no ano passado, correspondendo ao dobro do n umero de publicadores na rep ublica inteira! Enquanto isso, as Testemunhas de Jeov anarussia deram entrada a 13 novos requerimentos na CEDH contra o governo russo. Um desses requerimentos contesta a decisao de 8 de dezembro de 2009 do Supremo Tribunal da Federac ao Russa, e outro contesta a decisao da Suprema Corte da Rep ublica de Altai que declarou extremistas 18 de nossas publicacoes. ELES GRITAM DE J UBILO ESTEmundosobodom ınio do furioso Satan as passa por aflic oes cada vez maiores. (Rev. 12:12) Em n ıtido contraste, os servos de Jeov a gritam de j ubiloporcausadaboacondic ao do corac ao. (Isa. 65:13, 14) Sem cessar, continuam a convidar o maior n umero poss ıvel de pessoas a adorar o Deus verdadeiro, sabendo que todos os que se refugiam em Jeov a se alegrarao; por tempo indefinido gritarao de j u- bilo. Sal. 5:11. DESTAQUES 43

46 RELAT ORIO MUNDIAL DAS TESTEMUNHAS Pa ıs ou territ orio Aletraeon umero ap os o pa ıs indicam onde Auge Proporc ao M ed. % aum. publ. 1 publ. publ. sobre Populac ao 2011 para: Acores (G-1) Africa do Sul (P-6) Alb ˆania (D-11) Alemanha (E-5) Andorra (F-4) Angola (N-6) Anguilla (O-32) Ant ıgua (P-32) Argentina (N-36) Armenia (G-9) Aruba (Q-29) Austr alia (O-19) Austria (F-5) Azerbaij ao (G-9) Bahamas (G-35) Bangladesh ( J-14) Barbados (Q-33) Belarus (E-7) B elgica (E-4) Belize (H-33) Benin (L-4) Bermudas (F-36) Bol ıvia (M-36) Bonaire (Q-30) B osnia-herzegovina (C-10) Botsuana (O-6) Brasil (L-37) Bulg aria (F-7) Burkina Fasso (K-3) Burundi (M-7) Cabo Verde (K-1) Camaroes (L-5) Camboja (K-16) Canad a (C-31) Cazaquist ao (F-11) Chade (K-6) Chile (M-35) Chipre (H-7) Chuuk (L-21) Colombia ( J-35) Congo, Rep ublica Dem. do (M-6) Congo, Rep ublica do (M-5) Coreia, Rep ublica da (G-18) Costa do Marfim (L-3) Costa Rica ( J-34) Cro acia (B-9) Cuba (G-34) Curacau (Q-30) Dinamarca (D-4)

47 DE JEOV A DOANODESERVI CO DE 2011 eleseencontranosmapasqueseseguem. M ed. N. de M ed. M ed. Assist. `a publ. bat. pion. M ed N. de Total de de est. Comemo aux. pion. congr. horas b ıbl. rac ao

48 Pa ıs ou territ orio Auge Proporc ao M ed. % aum. publ. 1 publ. publ. sobre Populac ao 2011 para: ˆ Dominica (P-33) El Salvador (H-33) Equador (K-34) Eslov aquia (F-6) Eslovenia (B-8) Espanha (G-3) Estados Unidos da Am erica (E-32) Estonia (D-6) Eti opia (L-8) Fiji (N-24) Filipinas (K-18) Finl ˆandia (C-7) Franca (F-4) Gab ao (M-5) G ˆambia (K-2) Gana (L-3) Ge orgia (G-9) Gibraltar (G-3) Gr a-bretanha (E-3) Granada (Q-32) Gr ecia (G-6) Groenl ˆandia (A-38) Guadalupe (P-32) Guam (K-20) Guatemala (H-33) Guiana ( J-37) Guiana Francesa ( J-37) Guin e (K-2) Guin e-bissau (K-2) Guin e Equatorial (L-5) Haiti (O-28) Holanda (E-4) Honduras (H-33) Hong Kong ( J-17) Hungria (A-10) I. Caim a (H-34) I. Cook (O-26) I. F eroe (C-2) I. Malvinas (Falkland) (Q-37) I. Marshall (L-23) I. Norfolk (P-23) I. Salom ao (M-22) I. Turks e Caicos (N-29) I. Virgens Americanas (O-31) I. Virgens Brit ˆanicas (O-31) I. Wallis e Futuna (N-25) India ( J-12) Indon esia (M-17) Irlanda (E-2) Isl ˆandia (B-1) Israel (H-8) It alia (G-5) Jamaica (H-34) Jap ao (G-19) Kiribati (M-24)

49 M ed. N. de M ed. M ed. Assist. `a publ. bat. pion. M ed N. de Total de de est. Comemo aux. pion. congr. horas b ıbl. rac ao

50 Pa ıs ou territ orio Auge Proporc ao M ed. % aum. publ. 1 publ. publ. sobre Populac ao 2011 para: ˆ Kosovo (D-11) Kosrae (L-22) Lesoto (P-7) Letonia (D-6) L ıbano (H-8) Lib eria (L-2) Liechtenstein (F-4) Litu ˆania (D-6) Luxemburgo (E-4) Macau ( J-17) Macedonia (D-11) Madagascar (O-9) Madeira (H-1) Mal asia (L-16) Malaui (N-8) Mali (K-3) Malta (G-5) Martinica (P-32) Maur ıcio (O-10) Mayotte (N-9) M exico (G-31) Mianmar ( J-15) Mocambique (O-7) Mold avia (F-7) Mong olia (F-15) Montenegro (D-10) Montserrat (P-32) Nam ıbia (O-5) Nauru (M-23) Nepal (H-13) N evis (P-32) Nicar agua (H-33) N ıger (K-4) Nig eria (L-4) Niue (O-26) Noruega (C-4) Nova Caledonia (O-23) Nova Zel ˆandia (Q-24) Palau (L-19) Panam a ( J-34) Papua-Nova Guin e (M-20) Paquist ao (H-12) Paraguai (M-37) Peru (L-35) Pohnpei (L-22) Polonia (E-6) Porto Rico (O-31) Portugal (G-2) Quenia (M-8) Quirguist ao (G-12) Rep ublica Centro-Africana (L-6) Rep ublica Dominicana (O-29) Rep ublica Tcheca (E-5)

51 M ed. N. de M ed. M ed. Assist. `a publ. bat. pion. M ed N. de Total de de est. Comemo aux. pion. congr. horas b ıbl. rac ao

52 Pa ıs ou territ orio Auge Proporc ao M ed. % aum. publ. 1 publ. publ. sobre Populac ao 2011 para: ˆ Reuni ao (O-10) Rodrigues (O-11) Romenia (F-6) Rota (K-20) Ruanda (M-7) R ussia (C-15) Saba (O-32) Saint Martin (O-32) Saint-Pierre e Miquelon (D-37) Saipan (K-20) Samoa (N-25) Samoa Americana (N-26) San Marino (F-5) Santa Helena (N-3) Santa L ucia (Q-33) Santo Eust aquio (P-32) Sao Crist ov ao (O-32) Sao Tom eepr ıncipe (M-4) S ao Vicente e Granadinas (Q-32) Senegal (K-2) Serra Leoa (L-2) S ervia (C-11) Seychelles (M-9) Sri Lanka (L-13) Suazil ˆandia (P-7) Sud ao (K-7) Su ecia (B-6) Su ıca (F-4) Suriname ( J-37) Tail ˆandia (K-15) Taiti (M-27) Taiwan ( J-17) Tanz ˆania (M-8) Territ orio Palestino (H-8) Timor Leste (N-18) Tinian (K-20) Togo (L-4) Tonga (O-25) Trinidad e Tobago (R-33) Turquia (G-8) Tuvalu (M-24) Ucr ˆania (E-7) Uganda (L-7) Uruguai (O-37) Vanuatu (N-23) Venezuela ( J-36) Yap (L-19) Z ˆambia (N-7) Zimb abue (O-7) outros pa ıses ,7 Total geral (236 pa ıses) ,4

53 M ed. N. de M ed. M ed. Assist. `a publ. bat. pion. M ed N. de Total de de est. Comemo aux. pion. congr. horas b ıbl. rac ao

54 A B C GROENL ˆ ANDIA SAARA OCIDENTAL CABO VERDE ISL ˆ ANDIA ILHAS F EROE ACORES GIBRALTAR H ILHAS CAN ARIAS MADEIRA MARROCOS MAURIT ˆ ANIA SERRA LEOA LIB ERIA ARG ELIA MALI N IGER BURKINA FASSO GUIN EEQUATORIAL SANTA HELENA NIG ERIA GANA BENIN TOGO COSTA DO MARFIM SAO TOM EEPR INCIPE ASCENS AO NORUEGA SU I CA LIECHTENSTEIN ANDORRA MONACO ˆ PORTUGAL SAN ESPANHA MARINO TUN ISIA CONGO, REP. DO OCEANO ATL ˆ ANTICO SUL IT ALIA CHIPRE MALTA L IBANO ISRAEL TERRIT ORIO L IBIA PALESTINO EGITO CHADE REP. CENTRO- AFRICANA CAMAROES GAB AO SU ECIA RUANDA ANGOLA NAM IBIA FINL ˆ ANDIA EST ˆ ONIA LET ˆ ONIA LITU ˆ D ILHA DE MAN DINAMARCA ANIA IRLANDA DO NORTE HOLANDA KALININGRADO IRLANDA GRA- ALEMANHA BELARUS E BRETANHA POLONIA GUERNSEY B ELGICA LUXEMBURGO UCRANIA REP. TCHECA JERSEY FRANCA AUSTRIA ESLOV AQUIA MOLD AVIA F G J SENEGAL K GAMBIA ˆ GUIN E- GUIN E BISSAU L M N O P GR ECIA CONGO, REP. DEM. DO ERITREIA SUDAO SUD AO DO SUL UGANDA ZAMBIA ˆ MALAUI ZIMB ABUE BOTSUANA AFRICA DO SUL ROMENIA ˆ BULG ARIA OSS ETIA GE ORGIA ARMENIA ˆ TURQUIA JORD ˆ ANIA ETI OPIA QU ˆ ENIA BURUNDI TANZANIA ˆ AR ABIA SAUDITA MOCAMBIQUE SUAZILANDIA ˆ LESOTO ESLOV ˆ HUNGRIA ENIA CRO ACIA B OSNIA- HERZEGOVINA IT ALIA S IRIA IRAQUE KUWAIT BAREIN CATAR EMIRADOS ARABES UNIDOS OMA IEMEN ˆ DJIBUTI SOM ALIA SEYCHELLES COMORES MAYOTTE MADAGASCAR MONTENEGRO TURCOMENIST AO AZERBAIJAO IRA SOCOTRA MAUR ICIO S ERVIA KOSOVO MACEDONIA ˆ ALB ˆ ANIA GR ECIA C A Z A Q U I S T A O UZBEQUIST AO AFEGANIST AO QUIRGUIST AO PAQUIST AO MALDIVAS TADJIQUIST AO REUNIAO RODRIGUES NEPAL INDIA SRI LANKA OCEANO Q TRIST AO DA CUNHA R ILHAS KERGU ELEN

55 A B R U S S I A ALASCA C D E MONG OLIA C H I N A BUTAO BANGLADESH REP. DEMOCR ATICA POPULAR DA COREIA REP. DA COREIA JAP AO OCEANO PAC IFICO NORTE MIDWAY F G H MIANMAR LAOS TAILANDIA ˆ CINGAPURA CAMBOJA VIETNA BRUNEI MAL ASIA I N ILHAS COCOS INDICO D O TAIWAN HONG KONG MACAU FILIPINAS N E S TIMOR LESTE TINIAN SAIPAN ROTA YAP GUAM POHNPEI PALAU CHUUK KOSRAE NAURU I A A U S T R A L I A PAPUA- NOVA GUIN E ILHAS MARSHALL ILHAS SALOMAO TUVALU ILHAS WALLIS E FUTUNA VANUATU FIJI NOVA CALED ˆ ONIA J ILHA WAKE HAVA I ILHA NORFOLK ILHA CHRISTMAS K I R I B A T I M SAMOA TOQUELAU K L N SAMOA AMERICANA NIUE TONGA O ILHAS COOK P NOVA ZEL ˆ ANDIA Q R

56 A GROENL ˆ ANDIA B C C A N A D A D SAINT-PIERRE E MIQUELON E F G H J K L OCEANO PAC IFICO ILHAS MARQUESAS M TAITI ILHAS AUSTRAIS N O P Q R ARQUIP ELAGO DE TUAMOTU ILHA PITCAIRN ILHAS TURKS E CAICOS HAITI REP UBLICA DOMINICANA ARUBA E S T A D O S U N I D O S D A A M E R I C A CURACAU BONAIRE M EXICO BELIZE ILHAS CAIM A CUBA JAMAICA HONDURAS GUATEMALA EL SALVADOR NICAR AGUA COSTA RICA PANAM A ILHAS GAL APAGOS ILHAS VIRGENS BRITANICAS ˆ ANGUILLA SAINT MARTIN SAO CRIST OV AO PORTO RICO N EVIS ILHAS VIRGENS AMERICANAS SABA SANTO EUST AQUIO ANT IGUA GUADALUPE MONTSERRAT DOMINICA MARTINICA SAO VICENTE E GRANADINAS BERMUDAS BAHAMAS VENEZUELA COLOMBIA ˆ EQUADOR SANTA L UCIA BARBADOS GRANADA TRINIDAD ETOBAGO PERU CHILE BOL IVIA ARGENTINA OCEANO ATL ˆ ANTICO NORTE GUIANA SURINAME GUIANA FRANCESA B R A S I L PARAGUAI URUGUAI ILHAS MALVINAS (FALKLAND) GE ORGIA DO SUL

57 Totais gerais de 2011 SedesdasTestemunhasdeJeov a: 98 Pa ıses que relataram: 236 Total de congrega coes: Assistencia a Comemoracao: Participantes da Comemora cao: Auge de publicadores no servi co do Reino: M edia mensal de publicadores: Porcentagem de aumento sobre 2010: 2,4 Total de batizados: M edia mensal de pioneiros auxiliares: M edia mensal de pioneiros: Total de horas dedicadas aprega cao: M edia mensal de estudos b ıblicos: Durante o ano de servico de 2011, as Testemunhas de Jeov agastaramo equivalente a mais de 173 milhoes de d olares para cuidar de pioneiros especiais, mission ariosesuperintendentesviajantesemsuasdesigna- coes de servico de campo. Um total de ministros ordenados servemnassedesemtodoomundo.todoss ao membros da Ordem Mundial dos Servos Especiais de Tempo Integral das Testemunhas de Jeov a.

58 Pregac ao e ensino no mundo inteiro MUITO tempo atr as, o ap ostolo Joao teve uma visao prof eticadeuma grandemultid ao de todas as nac oes, tribos, povos e l ınguas. Essas pessoas foram identificadas como as que sobreviveriam a grandetribula ` cao e entrariam no novo mundo de Deus. (Rev. 7:9, 14) As p aginas a seguir comprovam que a grande multidao est a sendo ajuntada e continua a aumentar cada vez mais. Isso nao fortalece sua f e no cumprimento das promessas de Jeov a? Acima: estudo b ıblico na Rep ublicadocongo (vejaap agina 59)

59 Africa PA ISES 57 POPULACAO PUBLICADORES ESTUDOS B IBLICOS UMA CARTA CONSOLADORA. Iris, que mora na Africa do Sul, escreve cartas de condolencias ˆ a pessoas que perderam algu em na morte. Junto com as cartas, ela envia os tratados Todoosofrimentoacabar aembrevee Que Esperança H aparaentesqueridosfalecidos?.recentemente, ela recebeu uma resposta de um homem chama- do Sidney, que havia perdido sua esposa depois de um casamento feliz de 38 anos. Ele escreveu: Os m edicos tinham me preparado para a morte da minha querida esposa, mas quando ela faleceu eu fiquei um pouco amargurado, confuso, inseguro e muito triste. Agradeco ao Senhor por pessoas como voce. ˆ Sua disposic ao de dedicar tempo e esforco para falar com pessoas totalmentedesconhecidassobreaspromessasdedeus e, sem d uvida, um gesto muito nobre. Sempre guardarei suas palavras de f eemmeucora cao, especialmente no per ıodo dif ıcil afrente.depoisdelersuacartaeosfolhetos que voce ˆ enviou, comecei a me sentir mais calmo ` e conformado. UM ABORTO EEVITADO.Gloria, uma jovem irmaembe- nin, estava dando testemunho a um universit ario cha- mado Arnaud quando o telefone celular dele tocou. Ele pediu licenca, dizendo que um amigo precisava de sua ajuda. Gloria rapidamente lhe deu a primeira revista PREGAC AO E ENSINO NO MUNDO INTEIRO 57

60 que encontrou na bolsa. Ele simplesmente pegou a revista e foi embora. O amigo havia telefonado para dizer que sua namorada estava gr avida e que ele pretendia obrig a-la a fazer um aborto. Foi s oquandoarnaudestava a caminho para encontrar seu amigo que ele olhou a revista. Nem acreditei quando vi apalavra aborto nacapa,disse ele depois. Gloria tinha lhe dado a Despertai! de junho de 2009 com o assunto de capa: Aborto por que et ao polemico?. ˆ Depois de le- ˆ la, o amigo de Arnaud desistiu da ideia do aborto. Sua namorada mais tarde deu a ` luz uma linda menina. NAO HAVIA POR QUE TEMER A CURANDEIRA. Um pioneiro regular chamado King se mudou para uma regiao no Zimb abue onde h a mais necessidade. Ao participar no servico de campo com algumas irmas, ele se aproximou da casa de uma curandeira famosa. Embora as irmas hesitassem em falar com a mulher, King decidiu lhe oferecer um estudo b ıblico. Quando a curandeira viu os irmaos se aproximarem, pensou que fossem clientes e perguntou o que desejavam. King lhe mostrou o livro OQueaB ıblia Realmente Ensina? eofereceuumestudo. Ela aceitou. Ficamos surpresos ao ver que ela tinha muitas d uvidas, disse King. Entao combinamos voltar para iniciar o estudo. Tres ˆ semanas depois, eles a convidaram para uma reuniao congregacional, e ela foi. A mulher destruiu todos os seus objetos esp ıritas, fez r apido progresso espiritual e foi batizada alguns meses depois. 58 ANU ARIO DE 2012

61 POR FAVOR, OREM PARA QUE ELAS ME VISITEM! Dez anos atr as, Patrick se mudou de Angola para os Estados Unidos. Mas ele continuou mantendo contato com sua mae, Felicidade, por telefone. Recentemente, por em, eles passaram a conversar por meio de v ıdeo na internet. Certa vez, enquanto conversavam, ele percebeu que havia algu em com ela e perguntou quem era. Felicidade, que etestemunhadejeov a, disse: Eumairm ada minha congregac aoqueveiomevisitar. Patrick perguntou: Por que as Testemunhas de Jeov an ao vem ˆ me visitar? J aestouaquih adezanos,e elas nunca passaram aqui. Por favor, orem para que elas me visitem! Um pouco surpresas, Felicidade e a irma responderam: Pode deixar que vamos orar por voce. ˆ Apenas tres ˆ dias depois, uma Testemunha de Jeov a bateunacasadepatrick.eleficout ao espantado que perguntou asuam ` ae se ela havia pedido que algu em nos Estados Unidos o visitasse. Ela disse que nao. Patrick concluiu que a visita era uma resposta de Deus eaceitouumestudob ıblico. Ele comecou a frequentar as reunioes imediatamente. Na pr oxima vez que conversou com sua mae pela internet, ele mostrou todo orgulhoso o cap ıtulodolivrob ıblia Ensina que estava estudando. Tamb em disse que havia comprado um terno para usar nas reunioes. UM PEDIDO DE BATISMO INUSITADO. No primeiro dia do congresso de distrito de 2010 em Brazzaville, na Rep u- blica do Congo, um jovem chamado Edvard disse que queria ser batizado. Quando perguntaram qual era sua congregac ao, ele respondeu: Mossaka. Visto que nao havia Testemunhas de Jeov a naquele povoado distante, os irmaos se perguntaram o que teria levado Edvard aquererserbatizado. PREGAC AO E ENSINO NO MUNDO INTEIRO 59

62 Edvard explicou aos anciaos que, em 2007, quando morava em Brazzaville, seu avo ˆ tinha estudado com ele a brochura Deus Requer e14cap ıtulos do livro B ı- blia Ensina. Entao, Edvard foi morar com seus pais em Mossaka. Visto que nao havia Testemunhas de Jeov a ativas ali, Edvard pediu a seu pai que lhe ajudasse a estudar o que faltava do livro B ıblia Ensina. Ele faria as perguntas para Edvard responder. Foi assim que Edvard terminou de estudar o livro. Da ı, ele sentiu necessidade de ensinar a verdade a outros. Por isso, em outubro de 2009, comecou a pregar sozinho na regiao de Mossaka usando a brochura Deus Requer. Ele anotava o tempo que dedicava aprega ` cao e enviava relat o- rios a seu avoembrazzaville.noentanto,seuavˆ ˆ onunca os entregou na congregac ao. Posteriormente, sem saber de Edvard, a sede designou dois pioneiros especiais tempor arios para servir por tres ˆ meses em Mossaka. Quando faltavam apenasdoisdiasparairemembora,umdeles,daniel,viu Edvard dirigindo um estudo b ıblico com a brochura Deus Requer elheperguntouoqueestavafazendo.ele disse: Estou pregando. Sou publicador. Pode perguntar a meu pai. Daniel foi falar com o pai de Edvard, que confirmou o que o jovem tinha dito. Os pioneiros aproveitaram os ultimosdoisdiasemsuadesigna cao para trein a-lo no minist erio. Depois que eles foram embora, Edvard continuou a pregar com zelo ainda maior, dirigindo mais de dez estudos. Ele tamb em se dedicou ajeov a. Na sexta-feira do congresso j a mencionado, dois anciaos, ao ficarem sabendo de tudo isso, consideraram com Edvard as perguntas para os que desejam ser publicadores nao batizados. Suas excelentes respostas os deixaram impressionados. Os pioneiros especiais dis- 60 ANU ARIO DE 2012

63 seram aos anciaos que Edvard tinha uma conduta exemplar e que j a pregava por nove meses mesmo sem ser considerado publicador. Por isso, foi aprovado como publicador nao batizado. Visto que um congresso de distrito no idioma lingala seria realizado no fim de semana seguinte, os anciaos providenciaram que uma considerac ao das perguntas do batismo fosse feita com Edvard na semana entre os dois congressos. Ele mostrou ter um bom conhecimento da verdade e, em julho de 2010, foi batizado no congresso em lingala. Assim, exatamente uma semana depois que Edvard foi aprovado como publicador, os anciaos anunciaram que ele era um irmao batizado. Depois de ser batizado, ele serviu dois meses como pioneiro auxiliar em Brazzaville. Os anciaos providenciaram que ele estudasse o livro Mantenha-se no Amor de Deus antes de voltar para Mossaka. Recentemente, um pioneiro especial foi designado para servir nesse territ orio. Em abril, Edvard, que estava servindo como pioneiro auxiliar, e o pioneiro especial receberam na Comemorac ao 182 pessoas interessadas. Edvard dirige 16 estudos, e 7 de seus estudantes frequentam as reunioes, que sao realizadas pelos dois irmaos. Em 2011, ele tinha 15 anos de idade. Edvard ( ` adireita) com Daniel numa feira

64 ` As Am ericas PA ISES 55 POPULACAO PUBLICADORES ESTUDOS B IBLICOS NAO FOI POR ACASO QUE DISQUEI SEU N UMERO. Uma mulherligouparaacasadesundie,umairm anos Estados Unidos, epediuparafalarcomalgu em que Sundie nao conhecia. A irmafalouqueeraengano. A mulher disse que tinha um problema de visao e que as vezes discava o n umero errado. Elas comecaram a conversar, e a mulher explicou que estava tentando falar com seu filho para lhe dar uma m anot ıcia. Os m edicos haviam diagnosticado que ela tinha cancer. ˆ Ela estava arrasada e revoltada por Deus ter permitido que isso acontecesse. Sundie percebeu que teria de lhe falardamensagemdab ıblia. Depois de fazer uma breve orac ao pedindo coragem, Sundie leu alguns textos b ıblicos encorajadores para lhe dar consolo e esperanca. Explicou que Deus tem nome e a incentivou a fazer orac oes espec ıficas usando o nome dele. A mulher agradeceu Sundie pelo encorajamento e por escut a-la. Acho que nao foi por acaso que disquei seu n umero, disse ela. Sundie pegou o endereco da mulher e lhe enviou uma gravac ao de audiodolivrob ıblia Ensina. Tamb em providenciou que ela fosse visitada por uma pioneira da regiao. Sundie disse: Sou grata a Jeov a por amoro- 62 ANU ARIO DE 2012

65 samente nos dar tanto treinamento para consolar as pessoas em qualquer situac ao. O TRATADO LHES DEU A RESPOSTA. Algumas irmas tem ˆ por h abito dar testemunho nas ruas de um grande centro m edico em Porto Rico. Uma delas se aproximou de dois homens que andavam apressadamente em direcao a um dos hospitais. Percebendo sua pressa, ofereceu-lhes o tratado Voce ˆ tem um esp ırito imortal?. Ela nao costuma oferecer esse tratado ao pregar nas ruas, mas era o unico que tinha. Mais tarde, os dois homens encontraram outra irma e disseram que, quando receberam o tratado, estavam a caminho para visitar um parente muito doente. Eles haviam conversado sobre se o esp ırito sobrevive ap os a morte, e o tratado lhes deu a resposta. Disseram que ele tinha sido de grande ajuda. UMA CARTA PARA JEOV A. Joshua,de7anos,mora nos Estados Unidos. Emdezembro,eleeseuscolegas de classe receberam a tarefa de escrever uma carta para o Papai Noel. De modo educado, Joshua disse que nao faria isso. A professora respondeu: Entao escreva para quem vocequi- ser. Ele resolveu escre- ˆ ver uma carta para Jeov a. Obrigado por prometer um para ıso, escreveu Joshua. Obrigado por ter um Filho, chamado Jesus, que nos deu PREGAC AO E ENSINO NO MUNDO INTEIRO 63

66 sua vida. Obrigado por criar tantas coisas boas. Eu te amo, Jeov adeus. Acartadeleeasdeoutrosalunosforam publicadas num jornal local. SUA FAM ILIA ACEITOU A VERDADE. Alejandro, um irmao na Colombia, ˆ queria pregar asuafam ` ılia. Visto que moravam muito longe, ele escreveu uma carta e lhes enviou algumas revistas ASentinelae Despertai!. Quando um de seus parentes, Pablo, leu as revistas e conferiu os textos na B ıblia, percebeu que os ensinamentos da Igreja Cat olica eram falsos. Empolgado, falousobreoquehaviaaprendidoaoutrosdafam ılia, que tamb em reconheceram a verdade e abandonaram areligi ao cat olica. Samaniego, Nari no, COL ˆ OMBIA 64 ANU ARIO DE 2012

67 Em pouco tempo, 15 parentes passaram a se reunir toda noite para estudar a B ıbliacomaajudadasrevistas. Ansiosos para aprender mais, procuraram Tes- temunhas de Jeov aemcidadespr oximas, mas nao encontraram nenhuma. Enquanto isso, comecaram a falar a seus vizinhos sobre as coisas que aprendiam. Um dia, ficaram sabendo que havia um Salao do Reino numacidadeamaisoumenosumahoradecarro.eles viajaram imediatamente para l a e pediram ajuda aos irmaos. Agora, um pioneiro regular os visita uma vez por semana e dirige um estudo b ıblico para os parentes de Alejandro e mais 11 interessados 26 pessoas ao todo. Esses estudantes alugam uma caminhonete para que a maioria deles possa assistir ao discurso p ublico e ao Estudo de ASentinela. ERA MESMO A CASA ERRADA? Uma irmanoequador estava doente e pediu a outros irmaos que dirigissem seu estudo b ıblico com uma fam ılia numa zona rural onde se fala qu ıchua. Eles nao sabiam ao certo onde a fam ı- liamoravaeperguntaramaosmoradoresdeumacasa se eles eram os estudantes. A fam ılia recebeu os irmaos muito bem, como se estivesse esperando por eles. Foi s o depois de terminar o estudo que os irmaos perceberam que essa fam ılia nunca havia estudado antes. Os moradores tinham ficado encantados com a ideia de estudar ab ıblia em fam ılia e acabaram dando a impressao de que j a eram estudantes. Assim, iniciou-se um estudo com eles, e a fam ılia que nao foi encontrada naquele dia tamb em continua estudando. UM BOLINHO RESULTA NUM TESTEMUNHO. Caleb mora no Canad a e tem 6 anos de idade. No primeiro dia de aula, a mae de um de seus colegas, Natalie, levou bolinhos para comemorar o anivers ario do filho com a PREGAC AO E ENSINO NO MUNDO INTEIRO 65

68 classe. De modo educado, Caleb disse que nao comeria. Ela perguntou se ele tinha alguma alergia. Nao, respondeu Caleb, eu sirvo a Jeov a. Na sa ıdadaescola, Natalie foi falar com a mae de Caleb e perguntou: Voce ˆ etestemunhadejeov a? Quando ela disse que sim, Natalie ficou empolgada. Na adolescencia, ˆ ela havia estudado com as Testemunhas de Jeov a, mas tinha desistido por causa da forte oposic ao de sua fam ı- lia. Quando a irmalheperguntousegostariadevoltar a estudar, Natalie concordou. NAOERAAVONTADEDEDEUS.Laly, que mora no Peru, e surda de nascenca. Quando perguntou asuam ` ae por que tinha nascido assim, ela disse que era a vontade de Deus. Laly ficou triste e indignada com Deus. Ela pensou: Por que ele fez isso comigo? Alguns anos depois, Por que Deus et ao Laly se casou com um jovem surdo. Seu primeiro cruel?...porquepunir meu filho? Ele acabou filho nasceu com s ındrome de Down. Preocupada de nascer. Que pecado ele cometeu? e decepcionada, ela mais uma vez perguntou asua ` mae: Por que meu filho nasceu assim? Sua mae lhe disse para ir falar com um sacerdote. Ele deu a mesma resposta que a mae: EavontadedeDeus. Desalentada, Laly disse: Por que Deus et ao cruel? Eu at e aceito que Ele tenha me castigado fazendo com que eu nascesse surda, mas por que punir meu filho? 66 ANU ARIO DE 2012

69 Eleacaboudenascer.Quepecadoelecometeu? Apartir da ı, ela nao quis mais saber de Deus e abandonou a igreja. Depois de alguns anos, uma Testemunha de Jeov a que sabia l ıngua de sinais contatou Laly em sua casa e se ofereceu para lhe ensinar a B ıblia. Ela recusou, dizendo nao acreditar em Deus. De modo paciente, a irma explicou que o Deus que ela nao queria conhecer se chamava Jeov a e queria lhe dar a oportunidade de ouvir e falar. Duvidando, Laly pediu que ela provasse isso. Airm aabriuab ıblia em Isa ıas 35:5 e leu: Naquele tempo abrir-se- ao os olhos dos cegos e destapar-se-ao os pr oprios ouvidos dos surdos. Surpresa, Laly aceitou estudarab ıblia, progrediu e foi batizada. Seu filho a acompanha em todas as reunioes e aprendeu l ıngua de sinais. Ela tem cada vez mais apreco pelas promessas da B ıblia e serve como pioneira regular. Atualmente, h a publicaç oes dispon ıveis em 59 l ınguas de sinais S ao Paulo, BRASIL

70 Asia e Oriente M edio PA ISES 47 POPULAC AO PUBLICADORES ESTUDOS B IBLICOS DUAS PERGUNTAS QUE NINGU EM PODE ˆ RESPONDER. Em certo pa ıs asi atico onde nossa obra est arestrita,umhomem de 24 anos aceitou estudar a B ıblia s oparapro- var que os ensinos das Testemunhas de Jeov aestavam erradosequesuascren cas cat olicas estavam certas. Mas ele logo percebeu que as Testemunhas de Jeov a ensinavam a verdade. Quando seus parentes descobriram que ele estava estudando a B ıblia, eles o chamaram para uma reuniao de fam ılia e o pressionaram a voltar para aigrejacat olica. Visto que O jovem disse ao o jovem se recusou a fazer isso, eles convocaram todos conselho que voltaria os seus parentes para ir a para a igreja se o padre seu povoado a fim de obrig a-lo a abandonar suas no- conseguisse responder duas perguntas vas crencas. Mesmo depois de apanhar da fam ılia, o jovem nao cedeu. Os parentes falaram com o padre, que por sua vez o levou perante o conselho paroquial. O jovem disse ao conselho que voltaria para a igreja se o padre conseguisse responder duas perguntas: Qual e onomededeus? e PorqueaIgrejapermitequeseus membros comam sangue se isso e proibido pela B ı- 68 ANU ARIO DE 2012

71 blia?. O padre nao conseguiu responder as perguntas e deu um tapa no rosto do jovem para, como ele mesmo disse, expulsar o demonio ˆ dele. Em seguida, a reuniao do conselho foi encerrada. Depois disso, seus parentes reuniram todos os que conheciam para obrig a-loaseajoelhardiantedaimagem de Maria. Mesmo apanhando de novo, ele nao ce- deu. Em vista disso, pediram que uma jovem bonita lhe dissesse que se casaria com ele se voltasse para a Igreja. Ele disse que faria isso se ela respondesse as duas perguntas que ele havia feito ao padre. A jovem foi embora e nao voltou mais. Por fim, depois de ser mantido no povoado contra sua vontade por sete meses, ele conseguiu escapar, voltou para a cidade e encontrou os irmaos. Um mes ˆ depois, tornou-se publicador e, em marco de 2011, foi batizado numa assembleia de circuito. UM AGENTE PENITENCI ARIO DEFENDE UMA IRMA. Uma pioneira regular na Coreia do Sul foi visitar seu filho que estava preso por manter a neutralidade crista. Enquanto estava na sala de espera, ela ofereceu um tratado a um homem ao seu lado. Ele gritou com ela: At e aqui voces ˆ dessa religiao falsa vem ˆ pregar? Ao ouvir os insultos, os 30 ou 40 visitantes na sala olharam para eles. Nisso, um agente penitenci ario o repreendeu: Essas pessoas pertencem areligi ` ao verdadeira. Todas as outras religioes sao falsas. Eu observo essas pessoas h amuitosanosaquinapris ao e cheguei aconclus ` ao de que s o elas realmente praticam o que aprendem. O ofensor ficou sem palavras. ESCRITA NA PAREDE. Quando comecou a estudar a B ı- blia, Harindra j a morava sozinho havia dez anos numa cidade grande do Nepal. Ele tinha se mudado de seu povoado para l aafimdesustentarsuafam ılia. Como era PREGAC AO E ENSINO NO MUNDO INTEIRO 69

72 analfabeto, ele estudava a B ıblia usando a brochura Viva Para Sempre em Felicidade na Terra!. Visto que na epoca essa brochura nao estava dispon ıvel em nepales, ˆ ele e seu instrutor usavam a versao em ingles. ˆ Certo dia, sua esposa foi visit a-lo. Ela ficou surpresa ao ver seu marido estudando uma brochura em ingles. ˆ Al em disso, ele havia parado de beber e nao batia mais nela. Quando soube que seu marido havia feito todas essas mudancas por causa do estudo da B ıblia, ela tamb em comecou a estudar e a assistir as ` reunioes em seu povoado. Harindra queria saber mais sobre Jeov a, entao decidiu aprender a ler e escrever. Ele pediu a seu instrutor para escrever caracteres nepaleses em pedacos de papel, que ele colou nas paredes de seu quarto at e nao haver mais espaco nelas. Da ı, treinou a leitura das novaspalavrasecaracteresat e que, aos poucos, aprendeu a ler. Com o tempo, providenciou que sua fam ılia fosse morar com ele na cidade para que pudessem adorar a Jeov a juntos. Dentro de dois anos, ele foi batizado. Hoje, Harindra e sua fam ılia assistem as ` reunioes juntos, e ele cumpre designac oes de leitura da B ıblia na Escola do Minist erio Teocr atico. Ele disse: Por causa do ensino de Jeov a, nossa vida melhorou muito. NEM POR 200 MIL D OLARES. Uma mulher chamada Zarkhanum, que mora no Azerbaijao, estava totalmente envolvida com o espiritismo. Por 15 anos, ela era conhecida como algu em que tinha poderes de percepc ao extrassensorial e a habilidade de predizer o futuro. As pessoas tamb em acreditavam que ela podia remover feiticos e realizar curas. Zarkhanum era bem conhecida, e muitos de seus clientes autoridades importantes e suas esposas pagavam de 2 mil a 4 mil d olares por sessao esp ırita. Em resultado disso, ela ficou rica. 70 ANU ARIO DE 2012

73 Apesar de seus poderes esp ıritas, ela se sentia espiritualmente pobre, e muitas d uvidas a incomodavam. Seu casamento se desfez, e sua vida nao tinha objetivo. Certo dia, enquanto abria seu corac ao a Deus numa s uplica, ela ouviu algu em bater. Ao atender a ` porta, duas irmas comecaram a lhe dar testemunho. O que elas disseram sobre agradar a Deus tanto em palavras como em ac oes mexeu com Zarkhanum. Ela conhecia muitas pessoas religiosas que definitivamente nao agiam como servas de Deus. Tamb em sabia que o espiritismo era pecado. Ela aceitou um estudo b ıblico. Depois de um tempo, comecou a orar usando o nome de Jeov a e percebeu como ele atendia as ` suas orac oes. No entanto, nao foi f acil abandonar suas pr aticas; os demonios ˆ a atormentavam constantemente e at ebatiam nela. Por fim, com a ajuda de Jeov a, conseguiu se livrar da influencia ˆ demon ıaca e destruiu todos os objetos que a vinculavam ao espiritismo e areligi ` ao falsa. Em pouco tempo, Zarkhanum se tornou uma zelosa publicadora das boas novas e, em maio de 2011, foi batizada. Imediatamente ap os seu batismo, preencheu a petic ao de pioneiro auxiliar. Para ela nao foi dif ıcil cumprir o requisito de horas, pois mesmo antes de ser batizada j a dedicava mais de 70 horas por mes ˆ a ` pregac ao, apesar da sa ude fraca. Dois meses antes de seu batismo, a esposa de uma autoridade do governo lhe ofereceu 200 mil d olares para remover um feitico. A mulher acreditava que essa era a causa da doenca que tinha resultado na amputac ao de sua perna. Zarkhanum recusou a oferta e pediu que duas irmas fossem ao hospital para falar das boas novas amulher. ` Hoje, nossa zelosa irmapregaaseusex-clientes,ex- plicando que Deus considera errado o que ela fazia. Em resultado disso, uma dessas pessoas, justamente PREGAC AO E ENSINO NO MUNDO INTEIRO 71

74 Voces ˆ foram presas porpregarl afora e agora estao pregando aqui dentro! aquehavialheapresentado aquela ` mulher, aceitou estudar a B ıblia e comecou a assistir as ` reunioes. TESTEMUNHO NA PRISAO. Na India, duas irmas foram presas e sentenciadas a cinco dias na prisao por participar no minist erio.umadelasconta: Assimquechegamos apris ` ao, os guardas nos perguntaram por que t ınhamos sido presas, e isso nos deu uma boa oportunidade para dar testemunho. Visto que hav ıamos sido levadas para l a direto do territ orio, t ınhamos muitas revistas e tratados. Pregamos a todos e distribu ımos ummontedepublica coes. Encorajamos uma aoutra, ` oramos e lemos as publicac oes que t ınhamos. Depois, fomos transferidas para outra prisao na cidade. Assim que chegamos, as prisioneiras nos perguntaram por que est avamos ali. Isso nos deu a oportunidade de falar da mensagem que est avamos pregando e de nos identificar como Testemunhas de Jeov a. Ao ouvir o que dissemos, uma diretora do pres ı- dio falou: Voces ˆ foram presas por pregar l aforaeagora estao pregando aqui dentro! As irmas pretendem 72 ANU ARIO DE 2012

75 revisitar as prisioneiras que mostraram interesse na verdade. PARECIAM AMIGAS DE LONGA DATA. Duas irmas se preparavam para dar testemunho em algumas lojas na cidade de Bel em, em Israel. De repente, duas mulheres correram at e elas e, animadas, perguntaram em espanhol se eram Testemunhas de Jeov a. Eram irmas mexicanas fazendo um passeio tur ıstico e tinham visto as publicac oes na mao das irmas. As quatro se abraca- ram, se beijaram, tiraram fotos e trocaram enderecos. Da ı, as irmas mexicanas se juntaram ao grupo tur ıstico de novo, e as outras duas voltaram a pregar nas lo- jas. Poucas horas depois, um policial abordou as irmas que estavam pregando e perguntou se eram da Espanha. Elas responderam que nao. O policial disse que tinha visto as quatro se encontrarem e achou que fossem amigas de longa data ou parentes. As irmas explicaram que todas eram Testemunhas de Jeov aeque, mesmo sendo de pa ıses diferentes e sem ter se conhecido antes, elas sao como uma fam ılia porque amam umas as outras. O policial ficou tao impressionado que aceitou publicac oes e perguntou onde poderia obter mais informac oes sobre essa religiao. As irmas providenciaram que ele fosse revisitado. TALVEZ HAJA ALGU EM. Yusuke e um jovem pioneiro que serve num grupo de l ıngua inglesa no Japao. Certo dia, ficou sabendo que um navio de cruzeiro com passageiros de muitos pa ıses atracaria no porto de Nagasaki no dia seguinte. Entao, acordou cedo e, apesar da chuva forte, dirigiu duas horas at el a. Como estavasozinhonocais,debaixodachuva,muitos dos passageiros que desembarcavam iam falar com PREGAC AO E ENSINO NO MUNDO INTEIRO 73

76 ele, achando que era um guia tur ıstico. Por causa desse mal-entendido, em apenas meia hora Yusuke distribuiu 70 revistas e50brochurasemv arios idiomas. Ele foi ao carro buscar mais publicac oes e, ao voltar, viu um jovem passageiro sozinho no cais. Yusuke se aproximou, e o jovem lhe perguntou em ingles: ˆ Voce ˆ etestemunha de Jeov a? Quando eledissequesim,ojovem comecou a chorar. Yusuke o levou para uma cafeteriaparaquepudessem conversar melhor. Ojovemsechamava Jason, tinha 21 anos e era dos Estados Unidos. Explicou que seus pais eram Testemunhas de Jeov aativase,at eofinaldaadolescencia, ˆ ele havia sido publicador nao batizado. Uns seis meses antes, ele tinha deixado de se associar com as Testemunhas de Jeov a e embarcado num cruzeiro por v arios pa ıses asi aticos, achando que nao as encontraria na Asia. Mas, como tinha passado mal do esto- ˆ mago, nao pode ˆ desembarcar na Tailandia, ˆ no Vietnae em Taiwan. O primeiro lugar em que desceu do navio foi o Japao,eaprimeirapessoaafalarcomelefoiuma Testemunha de Jeov a. Na mesma hora, Jason pensou: 74 ANU ARIO DE 2012

77 ` Nunca poderei fugir de Jeov a, e foi por isso que comecou a chorar. Na cafeteria, Yusuke considerou com Jason alguns par agrafos do livro Amor de Deus para lhe garantir que Jeov a ainda o amava. Yusuke implorou a Jason que nao deixasse a organizac ao. Infelizmente, nao puderam conversar muito. O navio de Jason partiu naquela mesma noite para Incheon, na Coreia do Sul, onde ele pretendia passar alguns dias conhecendo a cidade. Yusuke ficou se perguntando o que mais poderia fazer para ajudar Jason. Da ı, lembrou-se que havia conhecido um irmao num congresso internacional na Coreia do Sul. O irmao falava ingles ˆ e morava em Incheon. Naquela noite, Yusuke telefonou para ele. Naturalmente, Jason nao sabia disso. Quando desceu do navio na manha seguinte, viu uma faixa bem grande segurada por cinco irmaos, com os dizeres: Bem-vindo a Coreia, Jason! Ele logo cancelou todos os passeios para ficar com os irmaos. Jason se comoveu muito ao ouvir em primeira mao as experiencias ˆ de irmaos de sua idade que tinham sido presos por causa de sua f e. Tamb em assistiu a ` Comemorac ao ali. Jason retornou aos Estados Unidos, voltou a ser publicador ativo e pediu aos anciaos para estudar quatro vezes por semana. Terminou de estudar os livros B ı- blia Ensina e Amor de Deus esequalificouparao batismo. Foi batizado apenas 107 dias depois de sua primeira conversa com Yusuke. No mes ˆ seguinte, serviu como pioneiro auxiliar. Yusuke se lembra de ter sentido um forte impulso de viajar at e Nagasaki naquela manhafriaechuvosa, mesmo sem ter ningu em para acompanh a-lo. Ele pensou: Talvez haja algu em que deaten ˆ cao. PREGAC AO E ENSINO NO MUNDO INTEIRO 75

78 Europa PA ISES 47 POPULACAO PUBLICADORES ESTUDOS B IBLICOS ELES ENCONTRARAM ALGO MUITO ESPECIAL. Ani, da Bulg aria, viajou para a Holanda a trabalho por alguns meses. Certo dia, sentindo-se desanimada, parou na calcada e orou a Deus pedindo que mandasse algu em de sua igreja. Enquanto ela orava, duas irmas passaram por ela e pararam para lhe dar testemunho. Considerando isso uma resposta asuaora ` cao, Ani lhes deu atenc ao e comecou a assistir as ` reunioes. Embora nao entendesse o que era dito nas reunioes, o amor entre as Testemunhas de Jeov aficoubemevidenteparaela. Isso era muito diferente da desuniao de sua igreja na Bulg aria, e ela ficou convencida de que havia encontrado algo muito especial. Quando Ani voltou para seu pa ıs, a irmaquehaviaestudadocomelanaholanda decidiu ir junto para ajud a-la a fazer contato com os irmaos em S ofia. Isso a impressionou ainda mais e a fez concluir que havia encontrado a religiao verdadeira. Em pouco tempo, Ani e seu marido, Ivo, comecaram a estudar juntos e a assistir as ` reunioes. Depois, outras pessoas comecaram a acompanhar o estudo deles. Uma dessas pessoas, Assen, era o pastor de um grupo religioso. Seu objetivo ao acompanhar o estudo do casal era provar que as Testemunhas de Jeov aestavam erradas, mas logo percebeu que nao era assim. 76 ANU ARIO DE 2012

79 Ele fez perguntas b ıblicasprofundas.osirm aos lhe ofereceram um estudo, e ele e sua fam ılia comecaram aestudarab ıblia juntos. Por um tempo, Assen continuou a presidir as reunioes religiosas de seu grupo, s o que agora ensinando as verdades que aprendia no livro B ıblia Ensina. Dencho, o di acono do grupo, tamb em quis estudar a B ıblia. Em pouco tempo, tres ˆ fam ılias do grupo tamb em j a estavam estudando. Visto que tantas pessoas desse grupo comecaram a estudar com as Testemunhas de Jeov a, eles decidiram descontinuar suas reunioes e passaram a assistir as ` reunioes no Salao do Reino. Dencho se tornou publicador ecome cou a dirigir estudo para alguns de seus amigos. At e agora, gracas aquele ` testemunho que Ani recebeu na Holanda, cerca de 30 pessoas comecaram a estudar a B ıbliaeaassistir as ` reunioes. ELE APENAS LEU TEXTOS SOBRE O CASAMENTO. Um casal na Rep ublica Tcheca dirigia um estudo b ıblico no Salao do Reino para um jovem casal da Mong olia. Embora os irmaos estivessem se esforcando bastante para aprender mongol, a diferenca de idioma era um enorme obst aculo. Mesmo assim, o casal parecia aceitar a verdade b ıblica com humildade e paciencia. ˆ Certa noite, a esposa apareceu na reuniao sem o marido. Ela disse que pretendia abandon a-lo porque viviam discutindo. Alguns minutos depois, o marido chegou, mas nem olhou para a esposa. Era obvio que a situac ao estava tensa. O irmao levou o marido para a biblioteca do Salao do Reino para conversar. Mas, como nao falava muitobemomongol,n ao entendeu o que havia acontecido entre eles e nao pode ˆ dar conselhos espec ıficos. Assim, decidiu apenas ler alguns textos b ıblicos para ele. Leu todos os textos que conseguiu lembrar sobre casamento e comunicac ao. Cada texto que o irmao lia PREGAC AO E ENSINO NO MUNDO INTEIRO 77

80 parecia mexer com o marido. De repente, o marido saiu da biblioteca, correu at eaesposaeabeijou.quando estavam indo embora, ele insistiu em levar a bolsa dela, pois havia aprendido que deveria ajud a-la. No dia seguinte, eles pareciam rec em-casados e, com muita alegria, disseram como estavam gratos a Jeov aeaoss abios conselhos b ıblicos sobre casamento. Mais tarde, retornaram among ` olia para cuidar de seus dois filhos. A fam ılia mora numa cidade onde nao h anenhumacongrega cao. A esposa j afoibatizada,eo marido est a progredindo para o batismo. POR QUE ELA FEZ ISSO COMIGO? Uma pioneira na Ucrania ˆ chamada Olga deu testemunho ao motorista de uma empresa de entrega de alimentos. Ela lhe perguntou: Ser aqueexistealgu em realmente confi avel? Nao, respondeu o motorista. Minha esposa foi embora com nosso filho de 2 anos. O que mais ela poderia querer? Eu trabalhava duro todo dia. Tudo o que eu fazia era para ela. Se queria um anel, eu dava. Se queria botas novas, eu comprava. Um colar? Eu lhe dei um. Eu fazia tudo por ela. Entao, por que ela fez isso comigo? Com jeito, a irma perguntou ao homem quanto tempo ele costumava passar com a esposa e o filho. Ele disse: Como poderia passar tempo com eles se eu tenho de trabalhar das 4 horas da manhaat e meia-noite? Eu trabalho at e nos fins de semana. Olga lhe mostrou a revista Despertai! de outubro de 2009, com a s erie especial de artigos: Segredos de uma fam ılia feliz. Ela destacou o primeiro aspecto: As prioridades certas. Depois de conversarem um pouco sobre o artigo, o homem ficou comovido e disse: Eu achava que o dinheiro era o segredo da felicidade fami- 78 ANU ARIO DE 2012

81 liar e que nada mais importava. Hoje eu vejo que nao e bem assim. Agora eu sei o que estava faltandoeoqueminhaesposa precisa. Umasemanadepois, Olga encontrou o mesmo motorista, que disse ter lido a revista, pensado bastante e reavaliado muitas coisas. Ele tinha telefonado para sua esposa, e eles haviam se reconciliado. Entao, a irmalhedeuolivrofam ılia Feliz. Na semana seguinte, ela viu o mesmo carro de entrega, mas o motorista era outro. O novo motorista explicou que o anterior tinha pedido demissao e que havia se mudado com a fam ılia para outra regiao. Mas tinha deixado o seguinte recado para a irma: Gostaria muito de agradecer a voce, ˆ Olga, e ao seu Deus, Jeov a, por me ajudarem a salvar minha fam ılia. Se encontrar as Testemunhas de Jeov a novamente, com certeza vou manter contato com elas. ELE QUERIA UM SINAL DA PARTE DE DEUS. Uns 15 anos atr as, um jovem na Letonia ˆ ficou interessado na mensagem da B ıblia ao ser contatado pelas Testemunhas de Jeov a. Ele chegou a estudar a B ıblia algumas vezes, mas nao conseguia acreditar que um simples livro poderia ajud a-lo a encontrar Deus. Ele esperava que Deus se revelasse pessoalmente, talvez de alguma forma sobrenatural ou m ıstica. Entao, parou de estudar a B ıblia e acabou perdendo contato com as Testemunhas de Jeov a. Alguns anos depois, enquanto PREGAC AO E ENSINO NO MUNDO INTEIRO 79

82 ` lutava contra problemas cada vez maiores, decidiu orar a Deus pedindo ajuda. Ainda assim, nao ocorreu nenhum milagre. Mas, ao olhar pela janela, viu duas irmas na pregac ao. Depois de orar de novo poucas semanasdepois,viuasmesmasirm as passando em frente a sua casa. Ao orar uma semana depois, pela terceira vez viu as irmaspassandonoservi co de campo. Ele concluiu que isso tinha de ser um sinal da parte de Deus. D aparaimaginarcomoasirm as ficaram surpresas quando ele correu at e elas e disse que queria retomar o estudo b ıblico que havia encerrado anos antes. Por fim, conseguiu ter forcas para vencer seus problemas e se achegar a Deus. Como? Justamente comaajudadab ıblia! Ele foi batizado no congresso de distrito de AT E OS PEQUENOS PODEM APRENDER. Uma experien- cia da Dinamarca ilustra como as criancas entendem ˆ mais das conversas dos adultos do que eles talvez imaginem. Uns 16 anos atr as, um casal estudava a B ı- 80 ANU ARIO DE 2012

83 ` blia com uma mulher que tinha tres ˆ filhos. Todos eles costumavam ir junto quando ela ia estudar na casa dos irmaos. Quando seu filho mais novo, Ronnie, tinha 8 anos, a mulher quis parar de estudar. Amedidaque crescia, Ronnie passou por muitas dificuldades. No entanto, certo dia em 2008, quando tinha 22 anos, ele viu nossasrevistasnacasadesuam aeesentiuumavontade repentina de procurar o casal que havia estudado com sua mae quando ele era crianca. Quinze minutos depois, ele j aestavaemfrente acasadelesetocoua ` campainha. Quando o irmao abriu a porta, Ronnie entrou sem dizer nada. Demorou um pouco para o irmao reconhece-lo, ˆ mas foi um reencontro feliz. Ronnie ficou com o livro B ıblia Ensina eaceitouumestudob ıblico. O estudo ia bem, mas Ronnie estava bastante envolvido com o mundo de fantasia dos jogos de computador, alguns deles com conte udo esp ırita e violento. Por isso, durante o estudo, era comum ele relacionar os jogos com o que estava aprendendo. Mas os irmaos o ajudaram a entender que nossa compreensao de assuntos PREGAC AO E ENSINO NO MUNDO INTEIRO 81

84 espirituais nao deve se basear em jogos. Ronnie entendeu o ponto e disse: Por favor, me avisem quando eu comecar a falar dessas bobagens! Depois disso, ele fez excelente progresso. Esse jovem, que ouviu a verdade pela primeira vez quando era pequeno, durante o estudo de sua mae, hoje epublicadorn ao batizado. CONSOLADO PELAS ESCRITURAS. Num cemit erio na Gra- Bretanha, um irmao viu um homem ajoelhado perto de um t umulo, chorando. O irmao perguntou se poderia sentar ao lado dele. O homem, chamado Alf, disse quesimeexplicou: Acabeideperderminhafilha.Ela s o tinha 42 anos. Agora ela e minha esposa estao enterradas aqui. Ele havia solicitado acompanhamento psicol ogico ao sistema de sa ude do governo, mas lhe disseram que teria de esperar tres ˆ meses. Sou um homem bem-sucedido, e tenho muitos neg ocios, disse Alf, mas nada disso tem valor sem a minha fam ılia. Eu dariatudoparatˆ e-las de volta. Alf disse que tinha f e em Deus, respeitava a B ı- blia e frequentava a igreja, mas nao havia encontrado respostas satisfat orias. Quando procurou consolo na igreja, lhe disseram para acender uma vela ou escrever um bilhete e pendur a-lo numa arvore. Um bilhete nao seria suficiente para descrever o que eu sinto, retrucou. O irmao usou as Escrituras para consol a-lo. Alf agora est a estudando a B ıblia. 82 ANU ARIO DE 2012

85 Oceania PA ISES 29 POPULACAO PUBLICADORES ESTUDOS B IBLICOS ELES CONVIDARAM O MARIDO. Um irmao na Nova Zelan- dia conta que, quando foi levar sua esposa para dirigir ˆ oestudodeumajovemm ae, eles notaram que o marido da estudante estava em casa. Entao, decidiram convid a-lo para acompanhar o estudo. O marido concordou em participar, e os estudos seguintes foram marcados para um hor ario em que ele estaria em casa. Ele e a esposaaceitaramoconvitedeirareuni ` ao de domingo, onde foram muito bem recebidos e tiraram proveito do alimento espiritual. Na reuniao seguinte, o marido comentou no Estudo de ASentinela.O artigo incentivava aadora cao em fam ılia, e ele perguntou como poderia dirigir um estudo com sua esposa e seu filho, de 4 anos. Tamb em expressou o desejo de por ˆ em pr atica outras coisas que havia aprendido na reuniao. Esse casal interessado continua a estudar, a assistir as ` reunioes e a fazer progresso espiritual. O irmao disse: Ainda bem que n os o convidamos para acompanhar o estudo! A COMEMORAC AO EREALIZADANUMAILHADISTANTE. O territ orio da ilha de Reao, que tem apenas 362 habitantes, est adesignado acongrega ` cao Vaiete, uma das 18 congrega c oes do Taiti, na Polin esia Francesa. Reao fica uns quilometros ˆ a leste do Taiti. A Comemorac aodamortedecristonuncatinhasidorealizada PREGAC AO E ENSINO NO MUNDO INTEIRO 83

86 Taiti Reao quil ˆ ometros nessa ilha distante, e as Testemunhas de Jeov an ao a visitavam havia 30 anos. Manoah, o superintendente do servico da Congregac ao Vaiete, queria organizar um pequeno grupo para ir pregar nessa ilha durante a semana da Comemorac ao e realizar esse evento ali. No entanto, as passagens para ele e sua esposa custavam cerca de 65 mil francos (740 d olares), muito mais do que poderiam pagar. Algum tempo depois, por em, ele recebeu um bonus ˆ salarial de exatos 65 mil francos. Eles conclu ıram na hora que Jeov aestavaaben coando sua iniciativa. Por fim, 7 publicadores foram a Reao, e 47 pessoas assistiram a ` Comemorac ao. Hoje, publicadores do Taiti dirigem estudos b ıblicos por telefone com osinteressadosquemoramemreao. NAO DAVA TEMPO NEM DE TOMAR CAF EDAMANH A. Uma experiencia ˆ parecida ocorreu em Vanuatu, onde uma congregac ao apoia um grupo de 11 publicadores na distante ilha de Ambrym. Os anciaos da congregac ao convidaram publicadores experientes para ir a Ambrym poralgunsdiasafimdepregarcomogrupoantesda Comemorac ao. Marinette, uma professora aposentada e pioneira regular experiente, nao deixou passar essa oportunidade. Ela e outros irmaos decidiram ir, com o objetivo de iniciar estudos b ıblicos. Depois de participar poucos dias no minist erio, ela ficou impressionada por praticamente nao conseguir sair do lugar onde estava hospedada. Marinette se lembra: Quase nao dava tempo de tomar banho nem caf edamanh aporqueaspessoas j aestavaml afora,fazendofilaparaestudarab ı- blia. Eu pregava o dia inteiro sem sair do lugar! Durante 84 ANU ARIO DE 2012

87 aquela semana, dirigi 31 estudos. Os irmaos passaram uma semana em Ambrym, ocupando-se plenamente com a pregac ao, e 158 pessoas assistiram acomemorac ao. Eles ficaram tristes quando chegou a hora ` de partir. Como podemos deixar um lugar como esse, onde h a tantas pessoas sedentas da verdade?, disse Marinette. A sede providenciou que pioneiros especiais tempor arios fossem para l aafimdecuidardosinteressados. ADIRETORADAESCOLAREAGIUBEM.Numa escola de ensino m edio nas Ilhas Salomao, exigia-se que os alunos ficassem em p e e cantassem hinos religiosos da Igreja Evang elica dos Mares do Sul. Duas jovens irmas perguntaram adiretoradaescolasepoderiamserdispensadas, pois participar das cerimonias ˆ violaria sua cons- ` ciencia. ˆ A diretora lhes agradeceu por terem ido falar com ela de modo respeitoso. Da ı, disse que tanto elas como os outros filhos de Testemunhas de Jeov an ao precisavam cantar e podiam permanecer sentados. Entao, a diretora perguntou se elas poderiam pedir aalgu em da congregac ao para conversar com ela sobre as Testemunhas de Jeov aeaeduca cao. Uma mission aria foi visit a-la na escola e, por mais ou menos uma hora e meia, elas conversaram sobre nossas crencasesobreospro- blemas que os jovens en- frentam. A diretora disse quegostavadelerarevista Despertai! equedeixava alguns exemplares na

88 sala dos professores. Quando a mission aria lhe ofereceu o livro Os Jovens Perguntam Respostas Pr aticas, Volume 2, ela perguntou se poderia obter 16 exemplares para os professores e 367 para os alunos. Assim, 400 livros foram distribu ıdos. Porcausadacoragemdessasduasjovensirm as de ir falar com a diretora, deu-se um excelente testemunho, e muitos comentaram como o livro tem sido util. Uma jovem, cujos pais tinham acabado de se separar, disse que o livro era exatamente o que ela precisava para lidar com seus problemas. As duas irmas servem como pioneiras auxiliares por tempo indeterminado e semprelevamasrevistasparaadiretora. ELA MANTEVE A INTEGRIDADE APESAR DE OPOSIC AO. Em outra parte das Ilhas Salomao, uma mission aria estudou a B ıblia com uma mulher. Ela fez excelente progresso apesar de ter de caminhar mais de duas horas at eo Salao do Reino, carregando seus dois filhos gemeos ˆ e acompanhada de suas duas filhas pequenas. Ela tamb emtinhadesuportaraforteoposi cao de seu marido. Ele batia nela e queimou as roupas que ela usava para ir as ` reunioes, bem como sua B ıblia e publicac oes. Ele tamb em tinha um relacionamento ad ultero com outra mulher. Apesar de tudo isso, a estudante foi batizada e continuou firme no servico de Jeov a. O marido dela ficou comovido com seu modo de trat a-lo apesar de tudo o que ele havia feito com ela. Assim, no ano passado, ele deixou a amante e pediu um estudo b ıblico. E claro que a irma ficou muito feliz com essa mudanca. Para melhorar ainda mais sua situac ao, formou-se um grupo isolado perto de sua casa, e agora ela s o precisa andar menos de uma hora para ir as ` reunioes. Com o apoio de seu marido, ela tamb em serve como pioneira auxiliar. 86 ANU ARIO DE 2012

89 Atos das Testemunhas de Jeov a NA ATUALIDADE Noruega Imagine como seria pregarasboasnovasnumaterrade renas, fiordes, montanhas, gelo e neve uma terra em que a deslumbrante aurora boreal ilumina oc eu de inverno. A Noruega e um lugar assim. Leia sobre irmaos que viajaram de barco e esquiaram na neve para visitar pessoas em lugares distantes. Conhecaahist oria de um irmao que tinha de ir descalco areuniao. Veja tamb em como cristaos ` mostraram f eecoragemsobo jugo da ocupac ao nazista. Ruanda Jesus disse que o amor abnegado identificaria seus disc ıpulos, e esse amor fica evidente na hist oria desse pa ıs africano. Num clima de odio etnico que levou a um terr ıvel genoc ıdio, os servos de Jeov a arriscaram avidae,emalgunscasos,morreram para proteger uns aos outros. Esta eumahist oria inesquec ıvel de perseveranca sob perseguic ao e proscric ao; um registro de integridade diante de dificuldades, provac oes e terror.

90 Noruega DO CONV ESdonavio,umjovemolhavaparaacosta norueguesa com grande expectativa. Seu nome era Knud Pederson Hammer. Ele tinha sido ministro de uma igreja batista em Dakota do Norte, Estados Unidos, mas j a fazia um ano que havia se tornado um dos Estudantes da B ıblia (hoje conhecidos como Testemunhas de Jeov a). Agora, em 1892, ele estava voltando ao seu pa ıs natal para pregar a amigos e parentes. Nessa epoca, a maioria dos 2 milhoes de habitantes da Noruega pertencia aigrejaluteranaestatal. ` Knud desejava ajudar os noruegueses sinceros a conhecer o Deus ver- Knud Pederson dadeiro, Jeov a, Hammer e a entender que esse Deus amoroso nao atormenta os pecadores num inferno de fogo. Ele tamb em queria muito lhes falar sobre o vindouro Reinado Milenar de Cristo, em que a Terra ser atransformadanumpara ıso. 88

91 ` A medida que o navio se aproximava da costa, Knud olhava atentamente os contornos dessa linda terra umpa ıs longo e estreito, com altas montanhas cobertas de neve, impressionantes fiordes e extensas florestas. Ele percebeu que seria um desafio alcancar as regioes esparsamente povoadas onde havia poucas estradas e pontes. Embora muitos noruegueses vivessem em cidades em desenvolvimento, outros moravam na zona rural, em vilas de pescadores ou nas centenas de ilhas ao longo da costa. Os resultados da pregac ao de Knud, bem como o progresso da adorac ao verdadeira na Noruega diante de enormes desafios, fortalecem a f e eencorajamopovodedeusemtodaparte. AS SEMENTES DO REINO DAO FRUTO Embora alguns na regiao de Skien, cidade natal de Knud, mostrassem interesse em sua mensagem, ele teve de voltar para sua fam ılia nos Estados Unidos. Em 1899, por em, ele viajou novamente anoruega,dessa vez a pedido de Charles Russell, que na epoca super- ` visionava a obra dos Estudantes da B ıblia. O irmao Russell queria que Knud estabelecesse uma congregac ao na Noruega. Knud levou alguns exemplares dos dois primeiros volumes de Millennial Dawn (Aurora do Milenio), ˆ colec ao posteriormente chamada de Studies Reine,nortedaNoruega

92 Dados gerais sobre a Noruega Pa ıs ANoruega econhecidaporseusmagn ıficos fiordes e belas montanhas, al em de milhares de ilhas. Com excecao do arquip elagodesvalbard,queficaentreaparte continentaleopolonorte,anoruegaabrangeuma area um pouco maior que a It alia. Embora o frio as ` vezes seja intenso, especialmente no norte artico, as c alidas correntes de agua e vento do Atlantico ˆ fazem com que as temperaturas na maior parte do pa ıs sejam mais amenas do que as de outros pa ıses em latitudes similares. Povo Amaioriados5milh oes de habitantes edeorigem norueguesa, e cerca de 10% sao imigrantes. Muitos saamis(antesconhecidoscomolap oes) ainda vivem da pesca e da caca, bem como da criac ao de renas. Idioma Onorueguˆ es, que e o idioma oficial, tem duas formas escritas: bokmal (literalmente, l ıngua dos livros ), usado pela maioria e muito parecido com o dinamarques, ˆ eonynorsk (novo noruegues). ˆ Economia As principais fontes de renda do pa ıs sao as f a- bricas e a extrac ao de petr oleo e g as natural. O peixe eum dos principais produtos exportados pela Noruega. Apenas uns3%dosolodopa ıs sao cultivados. Alimentac ao Constitui-se principalmente de peixe, carne, batata, pao e derivados do leite. O Farik al (cozido de cordeiro e repolho) eumfamosopratot ıpico. Com a chegada de muitos imigrantes em anos recentes, a culin aria se tornou mais internacional. 90

93 Arquip elago de Svalbard Kjøllefjord B atsfjord Vardø Hammer fest Kirkenes Alta Longyearbyen Tromsø Karasjok Finnmarksvidda Bleik Ilha de Andøya Sor tland Hennes Svolvær Kautokeino Har stad Nar vik Bodø MAR DA N O RU E G A Rør vik Namsos Steinkjer Trondheim Kristiansund M aløy SUECIA NORUEGA Florø ˆ FINL ANDIA Golfo de B otnia Lillehammer Brumunddal Gjøvik Hamar Hønefoss OSLO Kongsvinger Haugesund Ski Drammen Askim Kongsberg Moss Orebro Skien Fiorde Stavanger Halden Oslo Fredrikstad Eger sund Arendal Kristiansand HELSINQUE Bergen NORTE IC O G LT B A MA R MAR DO DINAMARCA ESTOCOLMO a od olf CONDADOS Finnmark Troms Telemark COPENHAGUE Vestfold F in ˆ dia lan

94 A Congregaç ao Skien em 1911, com Ingebret e Berthe Andersen in the Scriptures (Estudos das Escrituras), que haviam sido traduzidos em dano-noruegues. ˆ (Na epoca o noruegues ˆ escrito era similar ao dinamarques, ˆ e as publicacoes podiam ser lidas tanto na Dinamarca como na Noruega.) Knud deu testemunho a muitas pessoas e distribuiu alguns livros, mas depois de algum tempo precisou voltar aos Estados Unidos de novo. No ano seguinte, Ingebret Andersen, que morava nas proximidades de Skien, obteve o livro The Divine Plan of the Ages (O Plano Divino das Eras), provavelmente um dos exemplares que Knud havia trazido anoruega. ` Por muito tempo, Ingebret havia se interessado pela segundavinda decristoe,aolerolivro,eleeaesposa, Berthe, ficaram maravilhados. Ingebret logo comecou a 92 ANU ARIO DE 2012

95 dar testemunho a outros. Ele at emesmofoiareuni oes religiosas para falar sobre o Reinado Milenar de Cristo. Depois, visitou os que mostraram interesse e, em pouco tempo, j ahaviaumaativacongrega cao de pelo menos dez Estudantes da B ıblia em Skien. Quando um parente lhe disse que havia uma pequena congregac ao em Skien, Knud voltou anoruega ` em 1904 para procurar Ingebret. Ele perguntou a um homem na rua se conhecia algum Ingebret Andersen ali na regiao. Sim, sou eu, respondeu o homem. Knud ficou tao empolgado que abriu a mala ali mesmo, no meio da rua, para lhe mostrar os livros que havia trazido. E claro que Ingebret ficou muito feliz por conhecer Knud e ver todas aquelas publicac oes. Knud falou com entusiasmo aos irmaos noruegueses sobre a organizac ao e a obra de pregac ao. Quando ele voltou para sua fam ılia, que agora morava no Canad a, a Congregac ao Skien havia recebido muito encorajamento para prosseguir. OUTRAS REGIOES DA NORUEGA SAO ALCANCADAS Aobradeprega cao na Noruega recebeu um grande Viktor Feldt impulsoem1903comachegada de tres ˆ zelosos colportores (pregadores de tempo integral): Fritiof Lindkvist, E. Gundersen e Viktor Feldt. Fritiof estabeleceu-se na capital, Kristiania (hoje Oslo), e em 1904 sua casa passou a funcionar como escrit orio da Watch Tower Society (Sociedade Torre de Vigia), onde se

96 3 1 2 Hallgerd Holm (1), Theodor Simonsen (2) elotteholm(3) cuidava dos pedidos de publicac oesedasassinaturas da revista Zion s Watch Tower (ATorredeVigiade Siao). Em fins de 1903, ao pregar em Trondheim, na regiao central da Noruega, o irmao Gundersen deu testemunho a uma mulher chamada Lotte Holm, que aceitou algumas publicac oes. Depois, ela voltou para casa na regiao de Narvik, acima do c ırculo polar artico, e tornouseaprimeirapublicadoranonortedanoruega.emseguida, Viktor Feldt foi a Narvik e ajudou dois casais a se tornarem Estudantes da B ıblia. Eles entraram em contato com Lotte, e logo esse pequeno grupo comecou a se reunir regularmente para estudar a B ıblia. A irmade Lotte, Hallgerd, tamb em aceitou a verdade. Mais tarde, as duas se tornaram zelosas pioneiras e serviram em v arias partes da Noruega. 94 ANU ARIO DE 2012

97 Ele deu tudo de si no servico de Jeov a THEODOR SIMONSEN ANO DE NASCIMENTO 1864 TORNOU-SE ESTUDANTE DA B IBLIA EM 1905 RESUMO BIOGR AFICO Foi pregador da Igreja Missao Independente. Depois se tornou superintendente viajante. QUANDO aprendeu em nossas publicac oes que a doutrina do inferno de fogo econtr aria ab ` ıblia, Theodor passou a refutar esse ensino falso em seus sermoes na Igreja Missao Independente, o que agradou a muitos na assistencia. ˆ Mas, certo dia, depois de um sermao, lhe entregaram um bilhete que dizia: Esse foi seu ultimo discurso aqui. Theodor deu seu ultimo discurso na Igreja Missao Independente em 1905 e se tornou Estudante da B ıblia nesse mesmo ano. Posteriormente, ele deu in umeros discursos para centenas de apreciativos Estudantes da B ıblia. Theodor sustentava a fam ılia pintando casas, e dedicava os fins de semana aprega ` cao e ao ensino. Com seu bom conhecimento b ıblico, modo de falar calmo e racioc ınio l ogico, ele era um instrutor eficaz. Tamb em cantava muito bem e geralmente iniciava e encerrava os discursos cantando e tocando sua c ı- tara. Em 1919, quando sua situac ao familiar permitiu, ele passou a servir como superintendente viajante. Fez isso at e 1935, visitando congregac oes na Noruega, Dinamarca e Su e- cia. Era um servico exaustivo, que inclu ıa, al em de encorajar

98 as congregac oes e grupos isolados, fazer discursos em cidades onde nao havia Estudantes da B ıblia. Por exemplo, numa viagem de um ano, ele teve de visitar 190 lugares entre Kristiansand, no sul, e Tromsø, no norte. Naquele tempo, os superintendentes viajantes costumavam ficar num lugar no m aximo dois dias e depois viajavam para o pr oximo lugar em qualquer meio de transporte dispon ıvel. Embora houvesse Estudantes da B ıblia apenas em alguns lugares que ele visitava, muitas pessoas interessadas assistiam a seus discursos p ublicos. Por exemplo, quando visitou Bodø em 1922, ele e Anna Andersen, uma pioneira que estava visitando o lugar na mesma epoca, deram testemunho e convidaram as pessoas para um discurso p ublico. Dois dos que compareceram, Johan e Olea Berntsen, demonstraram muito interesse. Ap os o discurso, esse casal convidou Theodor e Anna a ` sua casa para que respondessem suas perguntas b ıblicas. O resultado foi que eles se tornaram os primeiros Estudantes da B ıblia na cidade de Bodø. A voz de Theodor aparecia na maioria dos discursos gravados em noruegues ˆ na d ecada de 30. Ele serviu fielmente at eterminar sua carreira terrestre, em 1955.

99 Aprega cao dos irmaos Feldt e Gundersen em Bergen, em 1904 e 1905, teve excelentes resultados. ArevistaZion s Watch Tower (A Torre de Vigia de Siao) de 1. o de marco de 1905 relatou: Um famoso pregador da Igreja Missao Independente [de Bergen] foi tomado pela luz da verdade e agora est apregandooperfeitoe verdadeiro Evangelho asuasempregrandeeatentaassistencia. ˆ ` Esse pregador era Theodor Simonsen, que mais tarde foi expulso da Igreja Missao Independente por ensinar as maravilhosas verdades que tinha aprendido em nossas publicac oes. A sa ıdadelefoiumaperdaparaa igreja, mas um ganho para os Estudantes da B ıblia. Entre o povo de Deus, Theodor era muito prezado como irmao e como orador. Tempos depois, ele se estabeleceu em Kristiania, onde havia uma pr ospera congregac ao de Estudantes da B ıblia. OS PRIMEIROS PIONEIROS Por volta de 1905, havia congregac oes de Estudantes da B ıblia em quatro cidades: Skien, Kristiania, Bergen e Narvik. Em pouco tempo, v arios publicadores zelosos se tornaram pioneiros e levaram as boas novas a muitas outras partes do pa ıs. Aqueles pioneiros tinham hist oricos de vida interessantes. A primeira pioneira da Noruega foi Helga Hess. Ela era orf a, morava em Bergen e havia se tornado professora da escola dominical aos 17 anos. Quando ouviu um discurso de Theodor Simonsen na Igreja Missao Independente sobre o que ele havia aprendido num dos livrosdosestudantesdab ıblia, ela ficou interessada e passou a ler as publicac oes deles. Helga deixou a escola dominical e em 1905, aos 19 anos, comecou a divulgarasboasnovasemhamaregjøvik. NORUEGA 97

100 Primeiros pioneiros: (1) Helga Hess, (2) Andreas Øiseth, (3) Karl Gunberg, (4) Hulda Andersen e (5) Anna Andersen Certo dia em 1908, Andreas Øiseth estava rachando lenha na fazenda da fam ılia, perto de Kongsvinger, quando um pioneiro lhe deu testemunho e deixou o livro The Divine Plan of the Ages (O Plano Divino das Eras). Andreas, que tinha 20 e poucos anos, gostou muito do que leu e pediu mais publicac oes. Alguns meses depois, ele deixou a fazenda a cargo de um dos seus irmaos mais novos e ingressou no servico de pioneiro. Nos oito anos que se seguiram, ele pregou por quase toda a Noruega. Primeiro, foi para o norte pelo interior do pa ıs, viajando de bicicleta no verao e de tren onoinverno. Quando chegou a Tromsø, seguiu para o sul e co- briutodaacostaat ekristiania. Anna Andersen, da cidade de Rygge, perto de Moss, tamb em estava entre os primeiros pioneiros. Ela tinha sido oficial do Ex ercito de Salvac aopormuitosanose havia se dedicado a ajudar os necessitados. Por volta de 98 ANU ARIO DE 2012

101 ` 1907, leu algumas de nossas publicac oes e percebeu que havia encontrado a verdade. Em Kristiansund, ela entrou em contato com outra oficial do Ex ercito de Salvac ao, Hulda Andersen (depois Øiseth), que mostrou interesse na B ıblia. Logo as duas partiram numa longa viagem de barco a vapor pela costa at e Kirkenes, no norte, perto da fronteira com a R ussia. No caminho, elas desembarcaram em todos os portos e distribu ıram publicac oes. Por volta de 1912, Anna tornou-se pioneira. Por d ecadas ela viajou por todo o pa ıs de barco e de bicicleta, distribuindo publicac oes b ıblicas em praticamente todas as cidades da Noruega. Ela passou um bom tempo no sul, em Kristiansand, onde deu um apoio valioso apr ospera congregac ao dessa cidade. Karl Gunberg era oficial da marinha antes de se tornar Estudante da B ıblia. Ele iniciou o servico de pioneiro por volta de 1911, quando tinha uns 35 anos, e para se sustentar trabalhava como instrutor de navegacao.apesardaaparˆ encia um tanto s eria, era conhecido comoumapessoaagrad avel e bem-humorada. Ele pregou por toda a Noruega at eavelhice,esuaforma cao como oficial da marinha e instrutor de navegac ao foi muito util para a divulgac aodasboasnovas,comoveremos depois. AFRATERNIDADE E FORTALECIDA Em outubro de 1905, os irmaos ficaram muito empolgados com a primeira assembleia realizada em Kristiania. Umas 15 pessoas estavam presentes, e 3 foram batizadas. Em 1906, foi realizada uma assembleia em Bergen e, a partir de 1909, foram realizadas assembleias anuais com oradores da Dinamarca, Finlandia ˆ esu ecia. Alguns desses irmaos tamb em visitavam as congregac oes como peregrinos, hoje conhecidos como superintendentes viajantes. NORUEGA 99

102 O ponto alto daqueles anos foram as visitas de Charles Russell. Em 1909, ele visitou Bergen e Kristiania. Os irmaos apreciaram muito a oportunidade de conhece- ˆ lo e ouvir seus discursos. A segunda visita, em 1911, teve grande publicidade, e os 61 irmaosreunidosparaodis- curso p ublico do irmao Russell se alegraram bastante com a assistencia ˆ de cerca de pessoas. Tres ˆ anos depois, o irmao Russell designou Henry Bjørnestad para visitar regularmente os irmaos na Noruega e Su ecia como o primeiro superintendente viajante noruegues. ˆ AUMENTO DAS ATIVIDADES ANTES DE 1914 Um recurso util para a pregac ao tornou-se dispon ı- velem1910naformadeumas erie de tratados intitulados Peoples Pulpit (P ulpito do Povo). Eles ajudaram mais Estudantes da B ıbliaaparticiparativamentenaobra de pregac ao. Ansiosos para expor os erros da religiao falsa e explicar as verdades b ıblicas, os irmaos distribu ıram de graca milhares de tratados, muitas vezes como encartes de jornal. Peoples Pulpit (P ulpito do Povo) Os irmaos estavam na expectativa do que aconteceria em O livro TheTimeIsat Hand (O Tempo Est apr oximo), segundo volume da s erie Millennial Dawn (Aurora do Milenio), ˆ explicava que o fim dos tempos dos gentios ocorreria em Essa epoca seria marcada por dificuldades e anarquia, e em seguida o Reino de Deus comecariaadominaraterra.osestudantes da B ıblia tamb em espe-

103 ravam que os co-herdeiros de Cristo recebessem sua recompensa celestial naquela epoca. Esse tema muitas vezes se tornava assunto de conversa. Por exemplo, certa noite em julho de 1914, Karl Kristiansen estava tocando na orquestra municipal de Skien. No intervalo, ele disse a algumas pessoas: Dentro de poucas semanas, coisas vao acontecer. Primeiro haver aguerra,depoisrevolu cao e anarquia; da ı, vir ao Reino de Deus. Logo depois disso, quando irrompeu a Primeira Guerra Mundial, as pessoas procuraram Karl para saber mais. Mais ao sul, na cidade costeira de Arendal, havia apenas uma Estudante da B ıblia em Certo dia, ela encontrou Mia Apesland na rua e lhe disse que, de acordo com a B ıblia, haveria uma guerra no outono de Se isso acontecer, eu acreditarei na B ıblia, respondeu Mia. Logo depois, quando viu acontecer o que a irmaha- via dito, Mia cumpriu sua promessa e aceitou as verda- des b ıblicas. As duas e mais alguns outros se tornaram onucleo da Congregac ao Arendal. DEPOIS DO PROGRESSO SURGEM PROBLEMAS No entanto, nem tudo em 1914 aconteceu como os Estudantes da B ıblia esperavam. Mesmo assim, eles zelosamente continuaram suas atividades. De dezembro de 1914 a fins de 1915, o Fotodrama da Criac ao, uma impressionante apresentac ao de slides efilme, deu um excelente testemunho a grandes assistencias ˆ em Kristiania, Bergen, Trondheim, Skien, Arendal e Kristiansand. Logo depois, por em, surgiram alguns problemas. Fritiof Lindkvist, que havia supervisionado a obra na Noruega por cerca de dez anos, comecou a seguir suas pr oprias ideias e, em 1916, deixou a organizac ao. Em NORUEGA 101

104 Ele andou com Deus ENOK OMAN ANO DE NASCIMENTO 1880 ANO DE BATISMO 1911 RESUMO BIOGR AFICO Serviu como supervisor da sede de 1921 a QUANDO ainda era jovem e morava na Su ecia, Enok ficou muito impressionadocomorelatodab ı- blia sobre como Enoque prosseguiu andando com o verdadeiro Deus. (Gen. ˆ 5:22) Enok desejava seguir o exemplo desse profeta b ıblico que tinha o mesmo nome que ele. Mas foi s o aos 31 anos, quando leu o primeiro volume de Studies in the Scriptures (Estudos das Escrituras), que ele aprendeu mais sobre andar com Deus. Foi batizado como Estudante da B ıblia e iniciou o servico de pioneiro. Depois serviu na sede da Su ecia. Em 1917, Enok foi enviado da Su eciaparaanoruegaa fim de servir na sede e, em 1921, foi designado para supervisionaraobrananoruega.na epoca, o escrit orio da Watch Tower Society (Sociedade Torre de Vigia) ficava numa sala de pr edio onde a irmamariadreyertinhaumapartamento eumsal ao de pedicure. Depois que se casaram em 1922, Enok e Maria passaram a usar o apartamento inteiro para a sede. Eles trabalharam em Betel at eamortedemaria, em Em 1953, Enok se casou novamente e voltou a servir como pioneiro. Com sua chamada celestial sempre em mente, ele andou com Deus de modo fiel at esuamorte, em 1975.

105 ˆ resultado, irmaos respons aveis na Su ecia e Dinamarca tiveram de cuidar da obra na Noruega durante alguns anos. Em 1921, Enok Oman foi designado para supervisionaraobranopa ıs, o que ele fez at e Tamb em houve inquietac ao quando Charles Russell morreu em 1916 e foi sucedido por Joseph Rutherford na supervisao das atividades dos Estudantes da B ıblia. Por causa de mudancas organizacionais e expectativas nao concretizadas referentes a 1914, muitos deixaram a organizac ao. A repercussao foi especialmente negativa na congregac ao de Bergen, onde em 1918 s o havia um irmaoeseteirm as. Em Trondheim, muitos deixaram a congregac ao, e um grupo em Kristiania tamb em se desviou. Mas os que lealmente apoiaram a organizac ao logo foram muito abencoados por Jeov a. ANIMO RENOVADO Milhoes que agora vivem jamais morrerao era o curioso t ıtulododiscursoproferidoporjosephrutherford em De 1920 a 1925, esse discurso motivador foi feito em todo o mundo. Alexander Macmillan veio da sede mundial em Nova York, Estados Unidos, para proferir o discurso em v arias cidades da Noruega. Em Kristiania, o audit orio da universidade ficou lotado, e muitas pessoas nao puderam entrar. No entanto, Enok Oman subiu num caixote na entrada e anunciou bem alto: Voltem daqui a uma hora e meia que o irmao Macmillan vai dar o discurso de novo! Como era de esperar, oaudit orio ficou novamente lotado de pessoas que queriam ouvir o discurso do irmao Macmillan. Nos anos seguintes, irmaos noruegueses deram esse discurso no restante da Noruega. Milhares de pessoas escutaram com atenc ao as ` convincentes evidencias ˆ b ıblicas de que muitos sobreviverao ao Armagedom e viverao para sempre numa Terra parad ısica. Muitas tamb em NORUEGA 103

106 receberam a mensagem por meio da brochura Milhoes Que Agora Vivem Jamais Morrerao!. De 1922 a 1928, os Estudantes da B ıblia distribu ıram centenas de milhares de tratados contendo resoluc oes que haviam sido adotadas em congressos, como Um Desafio Aos L ıderes do Mundo, Aviso a Todos os Cristaos e Ecclesiastics Indicted (AcusadososEclesi asticos). Muitos Estudantes da B ıblia comecaram a participar na prega- The Golden Age cao (A Idade de Ouro) por distribuir esses tratados. em noruegues ˆ Mesmo assim, o crescimento ainda era relativamente lento. Embora os publicadores zelosos e pioneiros pregassem com persistencia, ˆ outros precisavam de ajuda para se envolver mais na pregac ao. Al em disso, a maioria das publicac oes ainda era produzida em dinamarques, ˆ dano-noruegues ˆ ou sueco, mas nao em noruegues. ˆ O que poderia ser feito para impulsionar mais a obra? Em abril de 1925, o Bulletin (Boletim), hoje Nosso Minist erio do Reino, em noruegues, ˆ trazia um emocionante an uncio: Em breve, enviaremos o primeiro n umero da revista The Golden Age (A Idade de Ouro) em noruegues. ˆ Agora eposs ıvel fazer assinaturas. Era o n umero de marco de 1925 dessa revista, hoje conhecida como Despertai!. Aedi cao em noruegues ˆ logo teve ampla circulac ao nao s onanoruega,mastamb em na Dinamarca. Em 1936, quando seu nome foi alterado para Ny Verden (Novo Mundo), a revista tinha assinantes noruegueses. 104 ANU ARIO DE 2012

107 ` MELHORIAS NA ORGANIZAC AO DA OBRA E NOVAS INSTALAC OES Em maio de 1925, mais de 500 Estudantes da B ı- blia de v arias partes da Escandin avia se reuniram para um congresso em Orebro, Su ecia. No congresso, Joseph Rutherford anunciou que um Escrit orio Norte- Europeu seria aberto em Copenhague, na Dinamarca. William Dey viria de Londres para supervisionar as atividades do povo de Deus na Dinamarca, Noruega, Su e- cia, Finlandia ˆ e pa ıses b alticos. Cada um desses pa ıses ainda teria um superintendente local, e Enok Oman continuaria respons avel pela Noruega. William Dey era um irmao escoces ˆ cheio de disposicao que fez muito para impulsionar a obra. Ele era um organizador habilidoso e encorajava os irmaos com sua disposic ao agrad avel e bom exemplo no minist erio. Durante os meses de setembro e outubro de 1925, ele viajou pela Noruega e, usando um int erprete, organizou as atividades nas congregac oes de acordo com as orientacoes da sede mundial. William Dey serviu como supervisor do Escrit orio Norte-Europeu at easegundaguerra Mundial. J a fazia um tempo que os irmaos procuravam um lugar mais adequado para o escrit orio da Noruega. Em 1925, um irmao que havia recebido uma heranca comprou um pr edio de tresandaresemosloeovendeu ˆ aorganiza cao por cerca da metade do preco. Isso veio na hora certa! Esse pr edio serviu muito bem as ` nossas necessidades at e UMA ORGANIZAC AO DE TESTEMUNHAS ATIVAS O ano de 1931 teve um importante marco hist orico para os servos de Deus no mundo todo. Naquele ano, eles passaram a usar um novo nome: Testemunhas de NORUEGA 105

108 Jeov a. Ao adotar nosso novo nome, n os nos levantamos e, com grande entusiasmo, dissemos Ja [Sim], escreveu Enok Oman. Os irmaos ficaram emocionados por terem um nome b ıblico e estavam determinados a viver aalturadele. ` Era evidente que Jeov aestavaaben coando a intensa pregac ao na Noruega. A m edia de publicadores, que em 1918 era de 15, aumentou para Nao deu certo; 328em1938.OsservosdeJeov a ele simplesmente eram mais que Estudantes da B ı- ia as ` reunioes blia; eram testemunhas ativas. descalco Um exemplo disso foi Even Gundersrud, que foi batizado em1917efaziapartedacongrega cao Skien. De in ı- cio, sua esposa tentou impedi-lo de frequentar as reunioes por esconder os sapatos dele. Mas isso nao deu certo; ele simplesmente ia as ` reunioes descalco. Certa vez, quando ela o trancou no quarto, ele saiu pela janela. Nada que sua esposa fazia o impedia de ir as ` reunioes. Ao mesmo tempo, ele continuou a trat a-la com bondade. Ela comecou a sentir vergonha porseumaridoterdeiraci- dade descalco. Querendo sa- ` ber por que as reunioes eram tao importantes para Even, resolveu acompanh a-lo. Com otempo,elatamb em se tornou Testemunha de Jeov a. OentusiasmodaCongregac ao Skien era t ıpico das Even Gundersrud

109 Irmaos da Congregaçao Skien costumavam sair num caminhao aberto para pregar em regioes pr oximas congregac oes da epoca. Os irmaos dessa congregac ao pregavam de ponta a ponta nas cidades, povoados e areas rurais da regiao. Nos fins de semana, costumavamsairemcaminh oes abertos ou barcos, pregavam e realizavam reunioes. Em pouco tempo, novos grupos e congregac oes foram formados na regiao. Outras congregac oes tamb em eram centros bem movimentados de atividade teocr atica. GRANDE PROGRESSO EM BERGEN Umdospublicadoresativosnaregi ao de Bergen era Torkel Ringereide. Em 1918, ele encontrou uma brochura dos Estudantes da B ıblia e procurou o irmao Dahl, que na epoca era o unico homem na Congregac ao Bergen. O irmao Dahl realizava as reunioes na pr opria casa com o restante da congregac ao: sete irmas. Entre elas estava a irma Helga Hess, j a mencionada, que havia retornado a Bergen. Torkel se juntou a ` pequena congregac ao e, em 1919, se casou com Helga. NORUEGA 107

110 Torkel era um homem destemido com um belo vozeirao. Por anos ele foi o unico orador p ublico na congregac ao. Em geral, ele dava discursos todo domingo, expondo abertamente a hipocrisia do clero e seus ensinos falsos. Os discursos eram anunciados em jornais, e o n umero dos interessados que assistiam as ` reunioes era muito superior ao de Estudantes da B ıblia na regiao. Torkel Ringereide Torkel incentivava a assistencia ˆ a ensinar a verdade a outros. Em 1932, Nils Raae assistiu a um de seus discursos. Ele j aconheciaaverdadehaviaumano,mas relutava em comecar a pregar. A congregac ao estava para iniciar uma grande campanha com o folheto OReino de Deus E a Felicidade do Povo, etorkeldeuumdiscurso sobre a necessidade de participar no minist erio. Aquele discurso foi excelente e me motivou muito, disse Nils. Na conclusao do discurso, Torkel citou as palavras de Jeov aemisa ıas 6:8: A quem enviarei e quem ir a por n os? Torkel disse entao: Que todos n os respondamos como Isa ıas: Eis-me aqui! Envia-me! Isso era exatamente o que Nils e sua esposa precisavam ouvir. Sem mais hesitac ao, comecaram a pregar. Os irmaos frequentavam a casa de Torkel e Helga. Eles estavam sempre falando da verdade, e isso encorajavamuitoosnovospublicadoreseosjovens.osirmaos de Bergen muitas vezes iam pregar de barco ou 108 ANU ARIO DE 2012

111 de caminhao nos distritos vizinhos. Depois, eles se Olaf Skau reuniam para contar experiencias ˆ e aproveitar a boa companhia. OS ZELOSOS PREGADORES DE OSLO Durante as d ecadas de 20 e 30, a obra de pregac ao tamb em estava crescendo na regiao de Oslo. Um dos publicadores era Olaf Skau, batizado em Em 1927, foi designado diretor de servico na congregac ao e, por d ecadas, foi um superintendente amoroso de muita iniciativa. Ele organizava a obra de pregacao em Oslo e, nos fins de semana, tamb em programava viagens de onibus ˆ ou caminhao para regioes em volta da capital. Ele ficava acordado at e tarde da noite fazendo mapas e planejando excursoes de pregac ao. Os publicadores de Oslo pregavam em cidades e zonas rurais desde Halden e Fredrikstad, ao sul de Oslo, at e Hamar, ao norte. Tamb em pregavam desde Kongsvinger, ao leste, at e Drammen e Hønefoss, ao oeste. Eles chegavam ao territ orio as ` 9 horas e pregavam de casa em casa o dia inteiro. Durante suas visitas, eles geralmente realizavam reunioes p ublicas. Essa atividade, muito apreciada pelos poucos irmaos nessas regioes, ajudou a lancar o alicerce de novas congregac oes e grupos. Durante uma campanha de nove dias em 1935, os 76 publicadores de Oslo distribu ıram folhetos, uma m edia de mais de 175 folhetos por publicador. NORUEGA 109

112 Ele era como um raio de sol WILHELM UHRE ANO DE NASCIMENTO 1901 ANO DE BATISMO 1949 RESUMO BIOGR AFICO Pregador entusi astico apesar de uma debilitante doenca muscular. POR causa de uma doenca muscular, Wilhelm tinha paralisia nas pernas e dificuldades para falar. Mesmo assim, logo que ouviu as boas novasemmeadosdad ecada de 30, ele comecou a falar a outros sobre as maravilhosas verdades que estava aprendendo. Ele usava seu triciclo motorizado para participar na pregac aoesempreia aba ` ıa de Sortland, em Vesteralen, para tocar gravac oes de discursos b ıblicos no fon ografo e distribuir publicac oes. Por causa de sua deficiencia ˆ e por morar num lugar isolado, ele s ofoi batizado em No entanto, era um pregador zeloso. Muitos que viajavam ao longo da costa ouviram a verdade por meio dele, e alguns se tornaram Testemunhas de Jeov a. Quando envelheceu, Wilhelm foi para uma casa de repouso em Tromsø. Com a ajuda de outros publicadores, ele continuou a dar testemunho por correspondencia. ˆ Por ser amistoso e agrad avel, era uma fonte de encorajamento para outros, incluindo os funcion arios da casa de repouso. Quando ele morreu, a gerente disse: Sempre fic avamos felizes quando ıamos ao seu quarto. Por causa de sua f e, ele era como um raio de sol.

113 A esposa de Olaf, Esther, sofria de artrite e estava presaaumacadeiraderodas.mesmoassim,acasadeles vivia cheia de irmaos. Geralmente quem cozinhava era Olaf, que costumava servir sua especialidade: deliciosas asas de frango. Mas, daquelas ocasioes, o que mais marcou muitos irmaos veteranos foi o conv ıvio espiritualmente edificante, as fascinantes conversas espirituais e os jogos b ıblicos. Sempre sa ıamos alegres da casa de Olaf e Esther, lembra-se Ragnhild Simonsen. OS CORRETAMENTE DISPOSTOS PARA COM A VIDA ETERNA Antigamente, as pessoas eram mais religiosas e conheciam melhor a B ıblia. Muitos gostavam de conversar sobre assuntos b ıblicose,comonoprimeiros e- culo, os corretamente dispostos para com a vida eterna tornaramse crentes. Atos 13:48. pentecostal e acordei Fui dormir Durdei Hamre eumexemplo Testemunhade Jeov a disso. Em 1924, ela aceitou um folheto, que leu inteiro na mesma noite. Ela conta: Fui dormir pentecostal e acordei Testemunha de Jeov a. Em meados da d ecada de 20, Kare Fjelltvedt assistiu a um discurso p ublicosobreoinfernodefogoeobteve um folheto sobre o assunto. O que ele leu o convenceu de que essa doutrina e falsa. Pouco tempo depois, quando sua fam ılia estava reunida na fazenda deles, Kare falou empolgado a seus sete irmaos e tres ˆ irmas sobre o que tinha lido. Eles consideraram o folheto at e tarde naquela noite. Em pouco tempo, todos eles, e a maioria dos conjuges, ˆ se tornaram Estudantes da B ı- blia. Depois, muitos de seus filhos e netos se tornaram zelosos publicadores, e alguns levaram a verdade a outras regioes. NORUEGA 111

114 O interesse espiritual das pessoas ficou evidente nos congressos em Bergen e Oslo em 1936, quando Matthew Howlett, da sede mundial em Nova York, foi orador representante. Em Bergen, 810 pessoas assistiramaodiscursopublico, incluindo alguns ministros religiosos e um bispo. Dos presentes, apenas 125 eram Testemunhas de Jeov a. Em Oslo, onde 140 Testemunhas de Jeov a se reuniram, pessoas assistiram ao discurso p ublico. ELES ESTAO VINDO! As Testemunhas de Jeov a ficaram muito emocionadas em 1935 quando foi revelada a identidade da grande multidao de Revelac ao (Apocalipse) 7:9-17. O povo de Deus se alegrou muito ao aprender que os adoradores com esperanca de viver no Para ıso terrestre poderiam se juntar ao restante ungido como dedicados servos de Jeov a. A partir daquele ano, a pregac ao passou a se concentrar no maior ajuntamento de adoradores verdadeiros da Hist oria: a grande multidao, que sobreviveria a ` grande tribulac ao. Em 1935, alguns pioneiros com esperanca celestial estavampregandonazonaruralpertodelillehammer. John Johansen, entao com 10 anos, ouvia com atenc ao o que os pioneiros diziam asuafam ` ılia sobre o prop osito de Deus de transformar a Terra num para ıso. Quan- do ele tinha 13 anos, seu desejo de falar a outros sobre sua esperanca era taofortequeelepegouapastadopai e foi pregar na vizinhanca. Hoje, mais de 70 anos depois, John, com sua esposa, Edith, ainda prega zelosamente, feliz por ter participado no grande ajuntamento de novosaolongodosanos. Certo dia em 1937, Olaf Rød estava em casa com outro irmao, conversando sobre a grande multidao. Eles eram as unicas Testemunhas de Jeov aemhaugesund 112 ANU ARIO DE 2012

115 Ele cumpriu sua promessa JOHANNES K ARSTAD ANO DE NASCIMENTO 1903 ANO DE BATISMO 1931 RESUMO BIOGR AFICO Serviu em barcos de pioneiros por oito anos. EM 1929, Johannes estava hospitalizado, recuperando-se de uma tuberculose. Ele comecou a ler a B ıbliaeprometeuadeusqueo serviria quando se recuperasse da doenca. Pouco antes de receber alta, Johannes leu com grande interesse alguns livros dos Estudantes da B ıblia. Depois, adquiriu mais livros e leu cada um deles umas quatro ou cinco vezes; nao demorou muito e j aestavacompartilhandocom outros as verdades rec em-encontradas. Assim que se recuperou completamente, Johannnes foi a Bergen e visitou Torkel Ringereide, que o incentivou a servir como pioneiro. Embora mal tivesse comecado a pregar, Johannes nao hesitou em iniciar o servico de pioneiro. De 1931 a 1938, ele serviu no barco de pioneiros Ester e depois foi pioneiro por cerca de um ano no Ruth, navegando ao longo de toda a costa at e Tromsø, bem ao norte. Em 1939, Johannes tornou-se superintendente viajante no leste da Noruega e tamb em serviu por meio per ıodo em Betel durante algum tempo. Depois da Segunda Guerra Mundial, ele se casou com Sigrid, e juntos serviram como pioneiros. Em 1995, em Fredrikstad, Johannes encerrou sua carreira terrestre.

116 e se perguntavam como esse enorme ajuntamento ocorreria. De repente, algu em bateu aporta.olafabriu, ` el a estava Alfred Trengereid. Ele havia encontrado uma revista ASentinelae, como gostou do que leu, sem demora entrou em seu barco e remou at ehaugesund para obter publicac oes de algu em que ele sabia que era Testemunha de Jeov a: Olaf. Eles estao vindo!, pensou Olaf, impressionado. E os da grande multidao realmente vieram, embora nem todos da mesma maneira ou na mesma epoca. Alfred se tornou Testemunha de Jeov a, assim como muitos outros da regiao que depois aceitaramasboasnovasdoreino. BARCOS USADOS PARA AJUNTAR A GRANDE MULTIDAO Quando a obra de pregac ao comecou na Noruega, a ideia de pregar a pessoas que moravam em lugares Karl Gunberg era o capit ao do barco Elihu 114 ANU ARIO DE 2012

117 isolados, como as in umeras ilhas e outras partes remotas da costa, parecia intimidante. Assim, em 1928 a sede comprou um barco a motor. Nele cabiam dois ou tres ˆ pioneiros, e era resistente o bastante para navegar no litoral entrecortado da Noruega. Mas quem seria o capitao do barco? O experiente pioneiro Karl Gunberg se ofereceu para o posto. Sua formac ao na marinha e experiencia ˆ como instrutor de navegac ao foram muito uteis. O primeiro barco, chamado Elihu, zarpou de Oslo, seguiu para o sul e fez escala em portos ao longo da costa. No entanto, numa noite tempestuosa de inverno em 1929, o Elihu sofreu avarias quando estava perto de Stavanger. Todos ficaram aliviados ao ver os irmaos chegarem saos e salvos apraia. ` Em 1931, os irmaos compraram outro barco e o chamaram de Ester. Karl assumiu o comando de novo, Johannes K arstad cuidou do barco Ester NORUEGA 115

118 e dois outros irmaos foram seus ajudantes. Nos sete anos seguintes, esse barco foi usado para cobrir territ orios no oeste e no norte da Noruega. Em 1932, Karl sentiu que estava ficando velho demais para embarcar em outras aventuras. Entao, decidiu permanecer em terra para servir como pioneiro no leste noruegues ˆ e deixou o barco aos cuidados de Johannes Karstad. Em 1938, o Ester foi substitu ıdopelobarcoruth, que foi usado at e 1940, quando a Segunda Guerra Mundial pos ˆ fim a ` atividade de pregac ao por mar. Esses pioneiros marinheiros cobriram vastas regioes e distribu ı- ram muitas publicac oes. Em 1939, os dois irmaos que Andreas Hope e Magnus Randal serviram no barco Ruth serviam no Ruth, Andreas Hope e Magnus Randal, relataramque,emapenasum ano, distribu ıram mais de 16 mil livros, folhetos e revistas, e tocaram discursos no fon ografo vezes, para pessoas. Al emdasmuitasexperiencias ˆ maravilhosas que tiveram no minist erio, os irmaos nos barcos viram lugares espetaculares. Dia ap os dia, ıamos cada vez mais para o norte, entrandoesaindodefiordesecontornando cabos. A paisagem era magn ıfica, majestosa e intocada, relatou Andreas Hope.Noinverno,aonorte do c ırculo polar artico, eles ficavam maravilhados com

119 Aurora boreal no norte da Noruega o esplendor das luzes da aurora boreal. E no verao eles ficavam fascinados com o brilho do sol da meianoite. UMA ZELOSA PIONEIRA Durante a d ecada de 30, o n umero de pioneiros cresceu rapidamente. Eles se contentavam com as poucas comodidades que tinham e cobriam vastos territ orios, pregando as boas novas e distribuindo publicac oes. Seu zelo persistente ajudou a lancar uma base s olida para futuros crescimentos. Por exemplo, Solveig Løvas (depois Stormyr), de Oslo, estava em busca da verdade e j a havia assistido a v a- rias reunioes religiosas. Certo dia, ela assistiu a uma reuniao das Testemunhas de Jeov a e percebeu que havia encontrado a verdade. Foi batizada em 1933 e, dois anos depois, viajou para o norte da Noruega para NORUEGA 117

120 servir como pioneira. Embora mancasse um pouco por causa de uma poliomielite, em seis anos Solveig pregou na maioria das cidades, vilas de pescadores e pequenas comunidades desde o sul de Bodø at ekirkenes.milhares de pessoas aceitaram publicac oes b ıblicas. Em apenas um ano, Solveig conseguiu assinaturas de nossas revistas. Solveig Løvas Umapessoaquemostrou muito interesse na mensagem de Solveig foi o carpinteiro Dag Jensen, no povoado de Hennes, em Vesteralen. Por anos, ele havia obtido nossas publicac oes de outras pessoas interessadas. Quando Solveig encontrou Dag, ela providenciou uma assinatura para ele e foi pregar em outros territ orios. Por iniciativa pr opria, Dag comecou a pregar, emprestando as ` pessoas interessadas as poucas publicac oes que tinha. Na ilha de Andøya, Solveig se aproximou de um grupo de robustos pescadores reunidos numa cabana. Ela corajosamente lhes deu testemunho, tocou discursos no fon ografo e ofereceu assinaturas das revistas. Um jovem pescador, Frits Madsen, ficou interessado e fez uma assinatura. Depois de cobrir o territ orio, Solveig seguiu caminho. Costumava ser assim: os pioneiros pregavam, encontravam pessoas interessadas, distribu ıam publicac oes, faziam assinaturas e, entao, viajavam para novos territ orios. O que poderia ser feito para cultivar esse interesse? 118 ANU ARIO DE 2012

121 PASTOREIO DAS OVELHAS DE DEUS A partir de janeiro de 1939, o servico dos superintendentes viajantes foi organizado de uma nova maneira. A Noruega foi dividida em quatro zonas, ou circuitos. Os superintendentes de circuito (na epoca servos de zona) passaram a ficar em cada lugar por mais tempo. Eles se dedicavam mais a apoiar as congregac oes, organizar novas congregac oes e treinar as pessoas interessadas para participar na pregac ao. Andreas Kvinge foi designado para servir como superintendente do circuito 4, que se estendia por quilometros, ˆ de Florø a Kirkenes. Em todo esse territ orio havia apenas tres ˆ congregac oes: Trondheim, Namsos e Narvik. Mas ele tamb em precisava visitar publicadores e grupos isolados, bem como assinantes das revistas. Andreas e sua esposa, Sigrid, viajaram para o norte, principalmente de bicicleta. Ele procurou ajudar os publicadores e os interessados a fazer progresso na verdade. Pioneiros, como a irmasolveig Løvas, deram informac oes adicionais sobre alguns interessados que precisavam de ajuda espiritual, como Dag Jensen, em Hennes, e Frits Madsen, na ilha de Andøya. Andreas lembra que, quando viu Dag pela primeira vez, em 1940, ele estava com o rosto coberto de espuma de barbear. Andreas continua: Nunca vou esquecer aqueles olhos radiantes no meio da espuma. Quando me Andreas e Sigrid Kvinge

122 apresentei, ele at e esqueceu que estava fazendo a barba. Com sua ajuda, Dag fez progresso espiritual. Ele era entusi astico e, em pouco tempo, ajudou sua esposa, Anna, e muitos de seus amigos e parentes a aprender a verdade. No povoado de Bleik, em Andøya, Andreas procurou o jovem pescador Frits Madsen e o ajudou a fazer progresso espiritual. Com o tempo, ele e sua esposa se tornaram o alicerce da congregac ao que foi formada ali. Em muitos outros lugares, Andreas e sua esposa visitaram os que haviam sido contatados por Solveig e outros pioneiros diligentes. Andreas e os outros superintendentes de circuito realizaram reunioes e formaram congregac oes. Assim como na congregac ao cristadopri- meiro s eculo, alguns na Noruega estavam plantando e outros regando, mas de modo grandioso Deus fazia crescer. 1 Cor. 3:6. A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL ABALA A NORUEGA Em abril de 1940, a Noruega se viu obrigada a entrar na Segunda Guerra Mundial quando tropas alemas invadiram o pa ıs. Depois de apenas 62 dias de combate, o pa ıs inteiro ficou sob o controle da Alemanha nazista. V arias cidades sofreram intenso bombardeio. Alguns dias depois do in ıcio da invasao, a Gestapo prendeu o supervisor da sede, Enok Oman, por uma semana. Depois de um breve interrogat orio,osoficiaisoliberaram. Algumas semanas depois, a Gestapo o deteve novamente para ser interrogado. Os irmaos temiam que os nazistas os mandassem para campos de concentrac ao, como havia acontecido na Alemanha. Mas os nazistas nao fizeram isso, e os publicadores continuaram a pregar com zelo e determi- 120 ANU ARIO DE 2012

123 nac ao. Na realidade, as pessoas pareciam estar mais receptivas as ` boas novas por causa da guerra, e iniciaram-se muitos estudos b ıblicos domiciliares (na epoca chamados de estudos-modelo). Os irmaos ainda recebiam da Dinamarca ASentinelaem dinamarques, ˆ ao passo que a revista Consolaçao (Ny Verden)continuava aserpublicadaemnorueguˆ es. Eles ainda realizavam reunioes e assembleias e, surpreendentemente, o n umero de publicadores aumentava. APREENSOES, PRISOES E PROSCRIC AO No entanto, os problemas estavam apenas comecan- do. Novamente, policiais alemaes vieram a ` sede, exigi- ram publicac oes e interrogaram Enok Oman. No fim de 1940, eles apreenderam o livro Inimigos por causa das declarac oes referentes ao fascismo e ao nazismo contidas nele. No comeco de 1941, a pol ıcia prendeu e interrogou v arios pioneiros. Nazistas alemaes e noruegueses assistiram a algumas reunioes para espionar as congregac oes. Em seguida, as autoridades nazistas vieram a ` sede e confiscaram os estoques do folheto Fascismo ou Liberdade edofolhetogoverno e Paz. De repente, em julho de 1941, a Gestapo iniciou uma ac aoemtodoopa ıs para acabar com a obra de pregacao na Noruega. Cinco policiais alemaes vieram a Betel, confiscaram o restante das publicac oes e levaram a fam ılia de Betel a ` delegacia para um interrogat orio. Durante 12 semanas, Enok teve de se apresentar apol ` ıcia todososdias. Numa operac ao bem organizada, a Gestapo invadiu as casas de irmaos respons aveis e confiscou todas as publicac oes da Watch Tower Society (Sociedade Torre de Vigia). Disseram aos irmaos que eles seriam mandados para campos de concentrac ao se nao parassem de NORUEGA 121

124 pregar. A Gestapo deteve irmaos e irmas, e v arios ficaram presos por alguns dias. Em Moss, a pol ıcia foi acasadesigurdrooseapreendeu suas publicac oes. Sigurd, sua esposa e outro irmao ` foram presos. A pol ıcia ordenou que parassem de pregar edeusaronomejeov a. Os publicadores disseram que nunca parariam de pregar sobre Jeov aeseureino.por fim, os policiais reconheceram: Realmente, nao podemos tirar sua f e. Depois de algumas horas, eles liberaram esses inabal aveis pu- Realmente, nao podemos blicadores. tirar sua f e Os nazistas tamb em foram acasade ` Olaf Skau, em Oslo. Eles revistaram a casa e confiscaram B ıblias, publicac oes e fon ografos. Tamb em lacraram seu arm ario de livros. Os oficiais nao encontraram os cartoesdepublicadores,quehaviam sido escondidos no forno. Depois os nazistas voltaram com um caminhao para levar os livros. O l ıder era Klaus Grossmann, segundo-tenente da SS e um temido nazista. Quando Olaf perguntou a Grossmann o que eles pretendiam fazer com as publicac oes, o oficial disse que iam transform a-las em polpa para fazer papel. Mas vocen ˆ ao tem medo de Jeov a?, perguntou Olaf. E melhor Jeov a tomar cuidado!, respondeu o nazista com arrogancia. ˆ Quando os nazistas se renderam quatro anos depois, Grossmann cometeu suic ıdio. Em julho de 1941, a Gestapo deteve Andreas Kvinge em Bodø e lhe perguntou onde poderiam encontrar Testemunhas de Jeov anonortedanoruega. Eun ao sei onde elas estao agora, respondeu ele, dizendo a verdade. Imagine como Andreas se sentiu durante o interrogat orio quando os oficiais espalharam pelo chaoocon- te udo de sua pasta: listas de nomes e enderecos de 122 ANU ARIO DE 2012

125 congregac oes, servos de congregac ao e pessoas interessadas. Mas, para seu al ıvio, ningu em se deu ao trabalho de examinar as listas. A Gestapo estava mais interessada em conseguir que Andreas assinasse uma declaracao dizendo estar ciente de que era proibido pregar e servir como Testemunha de Jeov a. Andreas respondeu: Sabemos que nossa atividade est aproscrita.ent ao eu posso assinar que estou ciente disso. Mas, apesar de ser proibido realizar reunioes e distribuir revistas e livros, n os continuaremos a usar a B ıblia e a falar com as pessoas sobre o Reino de Deus. Quando ficou evidente que ele nao cederia, a Gestapo o liberou. Por fim, as autoridades nazistas confiscaram a casa que os irmaos usavam como sede. Permitiram que o casal Oman permanecesse, mas os outros membros da fam ılia de Betel tiveram de sair. REUNIOES SOB PROSCRIC AO Quando os nazistas tentaram eliminar as Testemunhas de Jeov a, os irmaos simplesmente passaram a realizar as atividades teocr aticas as ` ocultas. Alguns fizeram viagens para visitar e encorajar os irmaos. Søren Lauridsen, que havia servido em Betel, viajou pelo sul da Noruega. Andreas Kvinge continuou a visitar as Testemunhas de Jeov a em seu circuito no norte do pa ıs, geralmente fazendo trabalhos tempor arios para evitar suspeitas. Em 1943, Magnus Randal, que havia servido no barco de pioneiros Ruth, conseguiu alguns enderecos com Enok Oman e viajou para o norte, percorrendo quilometros ˆ de bicicleta, a fim de encorajar os irmaos em Bodø. Embora as autoridades proibissem as reunioes, grupos de irmaos continuaram a se reunir para NORUEGA 123

126 ` ` encorajar uns aos outros. Em geral, os irmaos se reuniam em pequenos grupos em casas particulares, mas as vezes realizavam reunioessecretasemgruposmaio- res. Em 1942, todos se alegraram quando a assistencia ˆ a Comemorac ao da morte de Cristo, realizada em dois lugares em Oslo, foi de 280 pessoas, e 90 tomaram dos emblemas. As Testemunhas de Jeov aconseguiamat emesmo realizar assembleias secretas em bosques ou em fazendas isoladas. A maior dessas reunioes foi em 1943, numa floresta perto do povoado de Ski. Nessa reuniao havia cerca de 180 irmaos, que vieram da regiao do fiorde Oslo. Num dos intervalos, enquanto os irmaos tomavam uma refeic ao, apareceram tres ˆ soldados alemaes a cavalo. O que os irmaos fariam? Um irmao que falava alemao se aproximou dos soldados e descobriu que eles queriam nadar, mas tinham se perdido. E claro que os irmaos nao perderam tempo em lhes mostrar o caminho. J a indo embora, um dos soldados perguntou aos outros: Que reuniao era aquela? Assembleia secreta numa floresta perto de Ski

127 Acho que era algum tipo de coral, respondeu o outro. Os irmaos nao fizeram nenhuma questao de corrigir os soldados e se sentiram aliviados quando eles desapareceram na floresta. A OBRA AS ` OCULTAS Muitos publicadores escondiam as publicac oes em lugares inusitados. Alguns enterravam as publicac oes e depois as desenterravam quando precisavam delas. Olaf Skau, que era eletricista, escondeu uma caixa de livros atr as de um transformador em seu local de trabalho. Andreas Øiseth escondeu publicac oes numa colmeia, e Andreas Kvinge tinha um esconderijo dentro de um arm ario onde se guardavam batatas. Temendo que o dep osito de publicac oes em Harstad fosse descoberto, Lotte Holm foi l a para retirar as caixas de publicac oes. Ela entrou num barco, cuidadosamentearrumouascaixasnoconv es e sentou-se em cima delas. Quando o barco partiu, Lotte ficou muito preocupada ao ver quantos soldados alemaes estavam a bordo e se perguntou como ia desembarcar as publicacoes sem levantar suspeitas. Mas ela nao precisava ter se preocupado. Quando o barco atracou, os soldados sentiram pena da idosa que tinha tantas coisas pesadas para carregar. Entao, a ajudaram a desembarcar com todas as caixas e at e mesmo as levaram para a casa dela. Esses educados soldados nem imaginavam como sua bondade ajudou as Testemunhas de Jeov ada epoca. Apesar da proscric ao, os irmaos continuaram a trazer clandestinamente ASentinelada Su ecia e da Dinamarca. Eles traduziam os artigos de estudo para o noruegues ˆ e distribu ıam pelo pa ıs c opias datilografadas. Uma rede complexa de mensageiros viajava de trem, NORUEGA 125

128 ` bicicletaoubarcoparalevarooportunoalimentoespiritual aos adoradores verdadeiros em todo o pa ıs. CONTINUAM A PREGAR Durante a guerra, surgiu uma situac ao provadora para os irmaos na Noruega. Quando a obra foi proscrita em julho de 1941, os irmaos foram aconselhados a ser cuidadosos, para nao atrair a atenc ao das autoridades nazistas. Por isso, muitos pregavam informalmente a amigos e parentes ou visitavam pessoas com quem j a haviam falado antes. Mas alguns irmaos achavam que essa era uma atitude muito passiva e que nao havia nadaaperdersepregassemdecasaemcasausando apenas a B ıblia. Embora discordassem sobre como a obra de pregac ao devia ser feita, todos eles tinham um forte desejo de servir fielmente a Jeov a apesar da oposic ao. Oqueosirm aos podiam fazer? A guerra havia tornado imposs ıvel a comunicac ao com a sede mundial. Assim,pareciaqueaquest ao nao seria logo resolvida. Ser aqueosirm aos deixariam que diferencas de opiniao enfraquecessem sua f e? Ou continuariam a pregar da melhor forma poss ıvel e esperariam que Jeov aesua organizac ao resolvessem a questao? Era evidente que Jeov aestavaaben coando seu servico fiel, pois nesse per ıodo a obra manteve o mesmo crescimento que nos cinco anos antes da guerra. Apesardaguerra,daproscri cao e das diferencas de opiniao sobre m etodos de pregac ao, o auge de publicadores, que em 1940 era de 462, passou para 689 em Os irmaos sem d uvida se alegraram muito com isso. UNIDOS NO SERVICO DE JEOV A Ap os o fim da guerra em 1945, William Dey veio anoruegaeficoudurantejulhoeagostoparaaju- 126 ANU ARIO DE 2012

129 Marvin Anderson com sua esposa, Karen dar os irmaos a organizar suas atividades. Ele realizou reunioes em Oslo, Skien e Bergen, e pediu que todos os irmaos trabalhassem de forma unida. Destacou que eles haviam sentido as ben ˆ c aos de Jeov a, tinham visto o crescimento da obra e podiam avancar, confiando na orientac ao divina. Em setembro de 1945, Nathan Knorr, da sede mundial, entrou em contato com Marvin Anderson, um americano de 28 anos e de fam ılia dinamarquesa. Ele havia servido no Betel de Nova York e agora era superintendente de circuito nos Estados Unidos. O irmao Knorr perguntou a Marvin se ele estava disposto a viajar a ` Noruega para cuidar de certos assuntos e ficar l a por um bom tempo. Ele concordou, mas s o conseguiu ir a ` Noruega depois de alguns meses. Nesse meio-tempo, Nathan Knorr e Milton Henschel visitaram a Noruega em dezembro de A orientac ao amorosa deles ajudou os irmaos a formar um forte v ınculo de amor e uniao. Nessa mesma ocasiao, oirm ao Knorr anunciou que William Dey substituiria Enok Oman como supervisor da sede. Um mes ˆ depois, Marvin Anderson chegou anoruegae,emfevereiro, ` foi designado supervisor da sede. Visto que a Segunda Guerra Mundial havia terminado, os servos de Jeov a em toda a Noruega prosseguiram na pregac ao com renovado vigor, confiantes de que Jeov aosaben coaria. NORUEGA 127

130 AORGANIZA CAO DE JEOV AAVAN CA Quando Marvin Anderson chegou anoruega,a ` sede estava em plena atividade. Em setembro de 1945, os publicadores receberam um folheto em noruegues ˆ e quatro em sueco. No mes ˆ seguinte, ASentinelade 1. o de outubro de 1945 foi publicada em noruegues ˆ e, aos poucos, outras publicac oes foram lancadas. Uma situac ao engracada ilustra a importancia ˆ de haver publicac oes na l ıngua norueguesa. Um dos folhetos em sueco era intitulado Hopp que nesse idioma significa esperanca. Mas, em noruegues, ˆ hopp significa pular, ou saltar. Os publicadores tinham de explicar que a mensagem de esperanca nao exigia queosleitorespulassem! Quando Marvin Anderson se tornou supervisor da sede em 1946, nao havia muito espaco em Betel, entao ele ficou num quarto com mais cinco irmaos. Al em disso, pessoas que nao eram Testemunhas de Jeov a moravam no pr edio desde a era nazista, e os irmaos tiveram de ajud a-las a se mudar para dar espaco acrescente fam ılia de Betel. ` Marvin comecou em sua nova designac ao a todo vapor. A sede foi reformada e novos equipamentos foram comprados, incluindo uma prensa movida a pedal. Em 1946, umanovaescolacomecou a funcionar nas congregac oes: a Escola do Minist erio Teocr atico. Fi- Prensa movida a pedal

131 Congresso de 1946 em Bergen nalmente,maisirm aos podiam ser treinados para preparar e proferir discursos, e logo muitos se qualificaram como oradores p ublicos. Os primeiros congressos depois da guerra foram realizados em Oslo, Bergen e Trondheim, em setembro e outubro de Ao todo, nos tres ˆ lugares, a assistencia ˆ ao discurso p ublico O Pr ıncipe da Paz foi de pessoas, e 52 foram batizadas n umeros admir aveis, considerando que na epoca havia apenas 766 publicadores na Noruega. Em dezembro de 1946, depois de uma interrupc ao de mais de cinco anos, o servico de circuito foi reiniciado. Muitos irmaos jovens, incluindo alguns que haviam servido em Betel, foram designados como superintendentes de circuito (chamados na epoca de servos aos irmaos). Um de seus principais objetivos era treinar os publicadores no minist erio de casa em casa, e em cada congregac ao eles procuravam trabalhar com o maior n umero poss ıvel deles. Gunnar NORUEGA 129

132 Marcussen, um dos jovens superintendentes de circuito da epoca, conta que em algumas congregac oes eletrabalhavacom50a70publicadoresduranteavisita de uma semana. Aos poucos, os publicadores ganharam mais pr atica em apresentar a mensagem do Reino e deixaram de utilizar os cartoes de testemunho eofon ografo, usados desde a d ecada de 30. Tamb em se deu mais atenc ao a fazer revisitas e dirigir estudos b ıblicos. INCENTIVO AO SERVICO DE PIONEIRO Depois da guerra, os publicadores foram incentivados a ingressar no servico de pioneiro para ajudar o crescente n umero de pessoas interessadas na mensagem do Reino. Assim, publicadores que haviam deixado de ser pioneiros quando a obra foi proscrita em 1941 voltaram ao servico de tempo integral. Emboraasitua cao economica ˆ fosse dif ıcil, no fim de 1946 j a havia 47 pioneiros. Entre eles estava Svanhild Neraal, uma irmaque viajou em 1946 para o condado de Finnmark, no norte. Svanhild havia sido pioneira na regiao em 1941 com Solveig Løvas e presenciou o bombardeio de Kirkenes e de Vardø. Pensando nas pessoas interessadas que ela e Solveig haviam encontrado, Svanhild voltou para Kirkenes, que ent ao esta- Svanhild Neraal, ANU ARIO DE 2012

133 va devastada pela guerra. Os moradores locais acharam que ela havia perdido o ju ızo por ter ido para l a mesmo sem ter onde ficar. No entanto, Svanhild confiou em Jeov ae,durante o primeiro inverno, ela dormiu no chao da cozinha de uma pequena casa onde moravam mais cinco pessoas. As condic oes do p os-guerra eram extremamente dif ıceis, e ela passou por muitas privac oes. Muitas vezes Svanhild esperava, sob neve e chuva gelada, por barcos que nao chegavam no hor ario, se equechegavam. Svanhild teve muitas experiencias ˆ interessantes pregando aos saamis. Quando ela nao conseguia chegar de onibus ˆ a essas comunidades isoladas, ela ia de barco ou de bicicleta. Os saamis eram hospitaleiros e sempre a convidavam para entrar em suas tendas de couro de rena. Eles prestavam muita atenc ao ao testemunho que ela dava com a ajuda de int erpretes. Na hora das refeic oes, eles a convidavam para comer carne de rena. Mais tarde, alguns a quem ela pregou aceitaram a verdade. Kjell Husby, que na epoca servia em Betel, disse que, para saber onde Svanhild estava, era s oolharos enderecos das assinaturas enviadas por ela. Nos tres ˆ anos que esteve em Finnmark, ela conseguiu 2 mil assinaturas de ASentinelae distribuiu livros. PESCADORES DE HOMENS Ap os a guerra, os publicadores nas congregac oes tamb em participaram com entusiasmo na obra de pregac ao e tiveram excelentes resultados. Durante aguerra,dagjensen,j a mencionado, havia pregado a amigos e parentes no pequeno povoado de Hennes, em Vesteralen. Muitos deles mostraram interesse e NORUEGA 131

134 Elacontinuaasentir alegria no servico RANDI HUSBY ANO DE NASCIMENTO 1922 ANO DE BATISMO 1946 RESUMO BIOGR AFICO Est anoservi co de tempo integral desde OS PAIS de Randi foram batizados como Testemunhas de Jeov a em Depois, Randi tamb em tomou sua decisao de servir a Jeov a. Em 1946, ela aceitou um convite para servir em Betel e l aconheceuumjovem irmao chamado Kjell Husby. Eles namoraram, se casaram ecome caram a servir como pioneiros. Juntos eles tiveram uma vida repleta de atividades espirituais e serviram em v a- rias modalidades do servico de tempo integral at eamorte de Kjell, em Em anos recentes, Randi comecou a ter dificuldades para subir escadas e ladeiras por causa de problemas nas pernas. Mas em lugar plano ela consegue se locomover relativamente bem e e sempre vista dando testemunho nas ruas enaslojasdetrondheim.paratransmitirasboasnovasatodos que encontra, Randi leva publicac oes em at eoitoidiomas. Al em disso, seus amigos na congregac ao a levam de carro as ` muitas pessoas com quem ela costuma deixar as revistas. Randi nao tem forcas para fazer tanto quanto antes. Mesmo assim, ela continua a sentir alegria e satisfac ao no servicoqueprestadetodaaalma,sabendoquejeov an ao se esquece da obra dela e do amor que tem mostrado ao Seu nome. Heb. 6: ANU ARIO DE 2012

135 estudaram a B ıblia usando nossas publicac oes. Ao terminar a guerra em 1945, Dag foi batizado. No ano seguinte, quando foi estabelecida uma congregacao em Hennes, 16 pessoas foram batizadas na casa dele. Cinco anos depois, a congregac ao tinha cerca de 50 publicadores e, em 1971, Dag relatou que mais de 20 deles j a haviam se tornado pioneiros. OamoraJeov aeozelopelominist erio que Dag demonstrava eram contagiantes. Ashild Rønning, que cresceu naquela congregac ao, lembra: Quando Dag entrava numa casa, sua felicidade e entusiasmo eram evidentes. Era como o sol entrando em casa. Ele sempre incentivava muito as criancas, por exemplo, quando elas tinham designac ao na Escola do Minist erio Teocr atico. Ele nos fazia sentir que nossa participacao era muito importante, diz Ashild. Com esse encorajamento, a pr opria Ashild comecou a servir como pioneira em 1962 e passou a ter a alegria de pregar as gloriosas boas novas do Deus feliz, Jeov a. 1 Tim. 1:11. Por que tantas pessoas desse lugar se tornaram zelosas Testemunhas de Jeov a? Embora a maioria dos moradores dessa pequena comunidade nao frequentasse a igreja, eles acreditavam em Deus e na B ıblia. Al em disso, muitos irmaos ali eram conhecidos como bons chefes de fam ılia que tinham o apoio de suas leais esposas. Um deles era Arnulf Jensen, sobrinho de O barco de Arnulf era muito usado no minist erio

136 ` Dag, que foi batizado em Durante a semana, ele ganhava o sustento como pescador, saindo ao mar com seu barco e ficando v arios dias por vez. Mas toda sexta-feira, no final da tarde, ele voltava para casa, mesmo que a pesca estivesse boa e outros pescadores ficassem para ganhar mais dinheiro. Arnulf fazia questao de estar em casa nos fins de semana para ir as reunioes e participar na pregac ao com a esposa e os oito filhos. Todos eles tomaram posic ao firme a favor da verdade. Nos s abados e domingos, os irmaos cumpriam a comissao de ser pescadores de homens, muitas vezes usando o barco de Arnulf para fazer uma pescaria espiritual em comunidades distantes. Mar. 1: FAZEMOS UMA OBRA IMPORTANTE O treinamento mission ario dado na Escola B ıblica de Gileade da Torre de Vigia, em Nova York, tem beneficiado muito os irmaos na Noruega. Hans Peter Hemstad e Gunnar Marcussen, que se formaram em 1948, foram os dois primeiros alunos noruegueses. Eles foram designados para a Noruega e serviram como superintendentes viajantes e betelitas, primeiro como solteiros e depois com suas esposas. De 1948 a 2010, uns 45 noruegueses se formaram na Escola de Gileade. Mais da metade deles foram designados anoruega e serviram como pregadores de tempo integral, ` superintendentes viajantes ou membros da fam ılia de Betel. Entre os primeiros mission arios de Gileade a chegar a ` Noruega estavam Andreas Hansen, da Dinamarca, e Kalevi Korttila, da Finlandia. ˆ Em 1951, eles foram enviados para Finnmark Oriental, onde cobriram grandes distancias ˆ de barco, bicicleta e esqui. Eles 134 ANU ARIO DE 2012

137 1 2 Gunnar Marcussen (1) e Hans Peter Hemstad (2) foram os primeiros noruegueses a se formar em Gileade muitas vezes constru ıam sobre o alicerce espiritual que Svanhild Neraal havia lancado alguns anos antes. O resultado foi que, em apenas um ano, o n umero de publicadores no territ orio deles passou de 3 para 15! Kjell Martinsen, de Hennes, em Vesteralen, formouse em Gileade em 1953 e foi designado para a Noruega. Aos 22 anos, foi enviado para o servico de viajante em Vestfold e Telemark. Apesar de ter se sentido intimidado com a ideia de servir como superintendente de circuito tao jovem, ele tem boas lembrancas da calorosa acolhida e da cooperac ao leal de muitos irmaos experientes. Kjell serviu como superintendente viajante at e2001,quandoeleeaesposa,jorunn,seestabeleceram em Svolvær, Lofoten, onde ele passou a servir como pioneiro. NORUEGA 135

138 Karen Christensen veio da Dinamarca em 1950 para servir como pioneira em Egersund e Kongsvinger, cidades onde nao havia congregac ao. Ela cobria o territ orio de bicicleta. Depois de se formar em Gileade em 1954, foi enviada para Kongsberg. Em 1956, casouse com Marvin Anderson e, desde entao, faz parte da fam ılia de Betel. Karen serve alegremente h amaisde 60 anos no minist erio de tempo integral. Ela costuma dizer que nao somos pessoas importantes, mas fazemos uma obra importante. MARCOS JUR IDICOS De 1948 a 1951, o aumento foi significativo. Em 1951, a m edia de publicadores aumentou 29%, com um auge de publicadores. Ao mesmo tempo, por em, os servos de Jeov ananoruegaenfrentaram alguns desafios jur ıdicos. O caso que mais chamou atenc ao foi sobre dar testemunho nas ruas usando ASentinela.Em novembro de 1949, alguns publicadores que estavam pregando nas ruas de Oslo foram levados adelegaciae ` liberados depois de algumas horas. Destemidas, as Testemunhas de Jeov avoltaramapregarnasruasno fim de semana seguinte. Entao, em 6 de dezembro de 1949, todos os publicadores que estavam pregando nas ruas de Oslo foram presos. Disseram-lhes que nao era permitido oferecer revistas nas ruas sem autorizac ao da pol ıcia. Os policiais alegaram que a atividade dos irmaos poderia causar aglomerac oes e desordem, e obstruir o transito. ˆ Sete dos publicadores foram interrogados e levados ao tribunal, onde tiveram de pagar uma pequena multa ou foram sentenciados a tres ˆ dias de prisao. Como nao se tratava apenas de obter autorizac ao da pol ıcia, mas envolvia o direito de expressar suas 136 ANU ARIO DE 2012

139 crencas religiosas livremente, os irmaos levaram o caso asupremacortedanoruega.nojornaldagbladet, ` o representante do servico de not ıcias das Testemunhas de Jeov a, John Roos, destacou que nossa pregac aonasruasnuncahaviacausadodesordem.ele argumentou: Se a pregac ao religiosa nas ruas nao perturbaapaz,n ao obstrui o transito ˆ e nao causa aglomerac oes, erealmentenecess ario pedir permissao apol ` ıcia? Ou ser a que a liberdade de religiao d a esse direito a qualquer cidadao? Enquanto esperavam a decisao da Suprema Corte, as Testemunhas de Jeov a continuaram a pregar nas ruas apesar das constantes prisoesedasmultascadavezmaiores.al- guns publicadores chegaram a ser presos dez vezes. Em 17 de junho de 1950, a Suprema Corte anulou adecis ao do tribunal municipal, e os publicadores foram absolvidos. Essa e outras decisoes favor aveis confirmaram que as Testemunhas de Jeov ananoruega tem ˆ o direito legal de oferecer publicac oes b ıblicas, tanto nas ruas como de casa em casa, sem ter de pedir autorizac ao apol ` ıcia. CONGRESSOS INESQUEC IVEIS Nas d ecadas de 50 e 60, muitos congressos inesquec ıveis fortaleceram a organizac ao e deixaram os irmaos ainda mais unidos. Nathan Knorr e Milton Henschel, da sede mundial, fizeram discursos no congresso nacional realizado em Lillehammer em Vieram congressistas de todas as partes do pa ıs. Eles ficaram emocionados com os 89 batizados e a assistencia ˆ de pessoas no discurso p ublico. Nos anos seguintes, irmaos da Noruega tiveram o prazer de assistir a congressos internacionais nas cidadesdelondres,nainglaterra,edenovayork,nos NORUEGA 137

140 ` Acampamento montado para a Assembleia Internacional Palavra da Verdade Estados Unidos. Em 1955, cerca de 2 mil Testemunhas de Jeov a norueguesas assistiram a um congresso internacional em Estocolmo, na Su ecia. Em 1965, a Assembleia Internacional Palavra da Verdade, realizada no Est adio Ulleval, em Oslo, com certeza foi muito marcante. No entanto, havia um problema: na noite anterior aassembleia,asele ` cao norueguesa de futebol havia jogado nesse est adio contra asele cao de outro pa ıs. Uma multidao de Testemunhas de Jeov aficouesperandodoladodeforaat eque os torcedores sa ıssem e, entao, tomou conta do est adio a fim de prepar a-lo para a assembleia. Os irmaos trabalharam a noite inteira limpando, removendo o lixo e montando barracas para o servico de alimentac ao. Tamb em montaram palcos e um pavilhaoparaaor- questra e, como decorac ao, um celeiro e tres ˆ cabanas t ıpicos tudo com telhado de turfa. Milagre ocorrido a noite, noticiou o jornal Dagbladet. Est adio Ulleval transformado num belo cen ariocampestre...umesforco inacredit avel das Testemunhas de Jeov a. Os hospitaleiros irmaos noruegueses receberam mais de 7 mil estrangeiros, a maioria da Dinamarca. 138 ANU ARIO DE 2012

141 Fora da cidade foi montado um acampamento, que era ideal enquanto o tempo estava bom. Mas as 6 mil pessoas que acamparam l an ao se esqueceriam tao cedo da chuva que transformou a area num lamacal no in ıcio da assembleia. Todos ficaram aliviados quando o tempo melhorou nos dois ultimos dias. Apesar da chuva, todos desfrutaram da alegre associac ao crista, al em de se sentirem revigorados com o oportuno programa espiritual. Eles ficaram muito felizes com os 199 batizados e a assistencia ˆ recorde de pessoas no discurso p ublico de Nathan Knorr. DAR TESTEMUNHO NOS MANT EM VIVOS Al em de pregar de casa em casa e nas ruas, muitos irmaos tiveram bons resultados ao dar testemunho informal. Em 1936, Konrad Flatøy, que trabalhava como foguista num navio a vapor, ofereceu um folheto a um oficial, Paul Bruun. Ele aceitou o folheto e o leu na mesma noite. Eu logo reconheci que essa era a verdade, e o folheto me mostrou a diferenca entre a religiao verdadeira e a falsa, disse Paul. Ao aprender mais, ele comecou a dar Paul Bruun testemunho a outros e, durante a guerra, estudou a B ıblia comummarinheirointeressado. Quanto mais o marinheiro aprendia, mais ele entendia que nao podia operar as metralhadoras do navio. Quando as autoridades souberam das novas crencas do marinheiro, mandaram que Paul parasse com o estudo. Ele se recusou, e NORUEGA 139

142 os dois foram deixados em terra, em Londres. Um mes ˆ depois, o navio foi atingido por um torpedo e afundou. Posteriormente, o marinheiro foi batizado, e Paul foi convidado para cursar a Escola de Gileade. Depois de sua formatura em 1954, ele foi enviado as ` Filipinas como mission ario. Mais tarde, Paul retornou anoruega e serviu como superintendente de circuito, com o ` apoio de sua esposa, Grethe. Em 1948, Holger Abrahamsen levava e trazia homens que trabalhavam numa enorme draga no cais de Narvik. Seu lema era: Dar testemunho nos mant em vivos; se paramos, morremos. Assim, ele nao perdia nenhuma oportunidade de pregar aos passageiros. Um deles, Olvar Djupvik, ficou interessado e falou a ` sua noiva, Anne Lise, sobre a esperanca do Para ıso. Ambos foram batizados e criaram seus quatrofilhoscomoservosdejeov a. Um deles, Hermann, serviu como mission ario na Bol ıvia com sua esposa, Laila. Esse casal voltou para a Noruega e hoje est ano servico de viajante. PASTOREIO DAS OVELHAS DE JEOV A Nas d ecadas de 60 e 70, foram feitos importantes ajustes organizacionais na sede e nas congregac oes da Noruega. Roar Hagen sucedeu Marvin Anderson como supervisor da sede e, em 1969, Thor Samuelsen o substituiu. Em 1976, essa supervisao passou a ser feitaporumacomiss ao de Filial, composta inicialmente por Thor Samuelsen, KareFjelltveiteNiels Petersen. Em outubro de 1972, foram designados corpos de anciaos para servir como pastores espirituais nas congregac oes. Irmaos maduros nas congregac oes foram ajudados a se qualificar para pastorear os muitos 140 ANU ARIO DE 2012

143 novos que estavam aceitando a verdade. Desde entao, Jeov a tem abencoado muito seu povo, que o serve lealmente sob Sua supervisao amorosa. SAAMIS ACEITAM AS BOAS NOVAS H aalgumasd ecadas, muitos pioneiros e publicadorespregamasboasnovasaossaamis,queincluem pastoresquecuidamderenasbemnomeiodoplanalto de Finnmarksvidda. Embora a maioria dos saamis fale noruegues, ˆ os irmaos as ` vezes precisam usar int erpretes. Uma das primeiras Testemunhas de Jeov aa pregar extensivamente no idioma saami foi Aksel Falsnes, um irmao de origem saami que tamb em falava noruegues ˆ e finlandes. ˆ Ele aprendeu a verdade por meio de sua irma, que morava no sul da Noruega. Ela lhe enviou uma de nossas publicac oes, que ele leu com muito interesse. Embora nao houvesse Testemunhas de Jeov a napartedetroms,ondeakselmorava, em 1968 alguns pioneiros e um superintendente de circuito o visitaram e o ajudaram a progredir espiritualmente. Aksel tornou-se um publicador zeloso. Muitas vezes, ele acordava cedo, cruzava o fiorde em seu barco a remo e, de bicicleta, visitava as comunidades. Com seu conhecimento da l ıngua nativa, Aksel conseguiu dar um bom testemunho aos saamis nos lugares mais distantes de Finnmark. Aksel era robusto e viajava longas distancias ˆ de esqui para alcancar casas isoladas. Certa vez, no rigor do

144 inverno, ele esquiou de Karasjok a Kautokeino, cruzando um planalto entre montanhas, e depois seguiu at ealta.eles o podia levar uma pequena mochila com publicac oes e poucos itens pessoais. Depois de viajar algumas semanas, ele chegou a ` casa de uns amigos em Alta. No total, ele havia percorrido cerca de 400 quilometros ˆ de esqui! No in ıcio da d ecada de 70, alguns saamis aceitaram a verdade. Em Hammerfest, uma mulher saami e seu marido comecaram a estudar com as Testemunhas de Jeov a. Logo depois, parentes da esposa que moravam em Alta se interessaram pelo estudo. Arne e Marie Ann Milde, pioneiros especiais em Alta, iniciaram um estudo b ıblico com essas pessoas sinceras e, muitas vezes, chegavam a estudar com 10 ou 12 pessoas ao mesmo tempo. Cerca de metade desses estudantes se tornou Testemunha de Jeov a. Pregar no territ orio saami e um desafio, diz Hartvig Mienna, um pioneiro saami de Alta que usa seu tren o motorizado para alcancar pessoas em luga- HartvigMiennaeoutros publicadores em seus tren os motorizados indo pregar aos saamis

145 res isolados. As distancias ˆ sao grandes, e muitas pessoas sao apegadas as ` tradic oes.maselass ao muito hospitaleiras, e conseguimos iniciar v arios estudos b ı- blicos. ANOS DE MUITA EXPECTATIVA De meados da d ecadade60a1975,houveumconstante aumento no n umero de publicadores. Mas as ex- pectativas para 1975 foram um teste de f eparaalguns irmaos. Quando a grande tribulac ao nao aconteceu naquele ano, alguns deixaram a organizac ao e, entre 1976 e 1980, houve uma pequena reduc ao no n umero de publicadores. Outros ficaram desapontados e diminu ıram as atividades cristas por algum tempo. Mas o que a maioria dos irmaos pensava sobre continuar servindo a Jeov a? Houve expectativa e alguma empolgac ao com respeito a 1975, mas minha f en ao dependia disso, disse Hans Jakob Lilletvedt. Nao nos dedicamos a Jeov acomumadataespec ı- fica em mente. Assim, seguimos em frente sem mudar nada, disseram John e Edith Johansen, fi eis Testemunhas de Jeov a veteranas. Nao importa se o fim vir a em 1975 ou depois. Eu vou servir a Jeov aparasempre,disseleasørensen. UMA NOVA SEDE O volume de trabalho na sede aumentou perto do fim da d ecada de 70. Assim, precisou-se de mais betelitase,consequentemente,demaisespa co para morarem e trabalharem. Entao, em 1979 o Corpo Governante aprovou o projeto de construc ao de uma nova sede perto de Oslo. No fim de 1980, os irmaos encontraram um terreno adequado em Ytre Enebakk, a uns 30 quilometrosdocentrodeoslo. ˆ NORUEGA 143

146 Para reduzir os gastos ao m aximo poss ıvel, volunt arios foram convidados para construir os pr edios. Foi um desafio e tanto adquirir equipamentos de construcao, fornecer alimentac ao e acomodac oes para quase cem pessoas e coordenar todo o projeto. Ao todo, mais de 2 mil irmaos noruegueses e estrangeiros se ofereceram voluntariamente. (Sal. 110:3) Muitos ajudaram doando batatas, legumes, frutas, paes, ovos, peixes, roupas e equipamentos. Alguns cortaram arvores na floresta; outros usaram a pequena serraria no canteiro de obras para transformar as toras em t abuas. Muitos outros emprestaram dinheiro e fizeram donativos. Alguns profissionais s o podiam ajudar por pouco tempo, e boa parte do trabalho foi feita por volunt arios sem qualificac ao profissional. John Johnson, que era respons avel pela instalac ao el etrica, disse que ele e outros encarregados da construc ao se sentiram mui- A construç ao da sede começou em

147 ` to despreparados. Mas acrescentou: Os volunt arios aprenderam a fazer o servico e fizeram um excelente trabalho. Foi impressionante como os problemas foram resolvidos e como tudo aconteceu. Era claro que am ao de Jeov aestavaportr as da construc ao. Gracas a ` diligencia ˆ dos volunt arios, a generosidade dos irmaos e abˆ ` enc ao de Jeov a, tudo correu muito bem. A construc ao comecou no in ıcio de 1981 e, em 19 de maio de 1984, durante a visita de Milton Henschel, do Corpo Governante, a nova sede foi dedicada. A construc ao em si deu muita alegria aos irmaos noruegueses e os deixou mais unidos. Nos anos depois da construc ao, muitos dos volunt arios iniciaram oservi co de pioneiro auxiliar e regular. CONSTRUC AO R APIDA DE SALOES DO REINO Em 1928, quatro dos irmaos Fjelltvedt constru ı- ram o primeiro salao para os adoradores de Jeov anos A sede hoje

148 arredores de Bergen. No in ıcio da d ecada de 80, algumas congregac oes j ahaviamconstru ıdo ou comprado seu Salao do Reino. Mas muitas congregac oes ainda estavam se reunindo em lugares alugados que eram inadequados. Durante a construc ao da sede, alguns irmaos analisaram como se poderia acelerar a construc ao de SaloesdoReino.Elessabiamqueequipesde irmaos nos Estados Unidos e Canad a faziam saloes de construc ao r apida e se perguntaram: Se, com a ajuda de Jeov a, os irmaos de l a podem fazer isso, por que n os nao podemos? Alguns irmaos fizeram as plantas e elaboraram os detalhes. Em 1983, eles fizeram um projeto-piloto em Askim e, em 1984, constru ıram tres ˆ Saloes do Reino de construc ao r apida, em Rørvik, Steinkjer e Alta. Como conseguiram isso? Basicamente, por preparar o alicerce com antecedencia ˆ e coordenar bem os volunt arios profissionais ou nao de modo que as v arias etapas da construc ao pudessem ser conclu ıdas em poucos dias. Durante os dez anos seguintes, cerca de 80 Saloes do Reino foram constru ıdos na Noruega usando esse sistema. Posteriormente, irmaos noruegueses viajaram aislˆ ` andia para ajudar a construir tres ˆ saloes. Embora a maioria das congregac oes na Noruega hoje tenha salao pr oprio, ainda h amuitoaserfeito nesse campo. Alguns saloes precisam ser reformados, outros ampliados e ainda outros constru ıdos. A FRATERNIDADE SE FORTALECE Aconstru cao de Saloes do Reino tem resultado em locais de adorac ao pr aticos e bonitos, al em de dar bom testemunho na comunidade. Em 1987, por exemplo, tres ˆ irmaos se reuniram com autoridades municipais 146 ANU ARIO DE 2012

149 Sal ao de Assembleias de Oslo de Fredrikstad para acertar os detalhes da construc ao de um Salao do Reino. As autoridades riram quando os irmaos disseram que terminariam o salao em tres ˆ dias. Mas j a no primeiro dia, sexta-feira, ficou evidente que as Testemunhas de Jeov a terminariam o salao como planejado. No s abado, uma das autoridades foi ao canteiro de obras com sua banda marcial e mandou tocar para os volunt arios da obra; essa foi sua maneira de pedir desculpas por ter duvidado dos irmaos. Uma mulher que observou a construc ao do Salao do Reino em Arendal, em 1990, disse: Eincr ıvel como voces, ˆ Testemunhas de Jeov a, conseguem construir tao r apido, mas e ainda mais impressionante ver todas essas pessoas alegres e sorridentes. Atualmente, a construc ao de Saloes do Reino na Noruega e supervisionada por duas Comissoes Regionais de Construc ao. Irmaos dispostos tamb em se colocaram a ` disposic ao para projetos maiores e mais NORUEGA 147

150 desafiadores. Por exemplo, em 1991 e 1992 foi preciso ampliar a sede. Em 1994, um lindo Salao de Assembleias foi constru ıdo em Oslo. Em 2003, uma equipe construiu um grande Salao do Reino em Bergen, que pode ser usado tanto para reunioes congregacionais como para assembleias. A cooperac ao e a uniao proporcionadas por essas construc oes tamb em tem ˆ um efeito positivo nos servos de Jeov a. Isso ajuda as congregac oes a serem ainda mais unidas, diz um irmao que ajuda na construcao de Saloes do Reino desde A fraternidade se fortalece, bons v ınculos de amizade sao formados e nossa habilidade de trabalhar em uniao eaprimorada. AUMENTA A ATIVIDADE EM BETEL Com a construc ao e ampliac ao da nova sede, foi poss ıvel aumentar a fam ılia de Betel, beneficiando a obra de pregac ao na Noruega. Por exemplo, mais publicac oes passaram a ser traduzidas para o noruegues. ˆ Um marco foi alcancado em 1996, quando a Traduçao do Novo Mundo das Escrituras Sagradas completa foi publicada em noruegues. ˆ (A Traduçao do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristas j a havia sido lancada em 1991.) Hoje, praticamente todas as publicac oes das Testemunhas de Jeov aest ao dispon ıveis em noruegues,inclusiveaobradereferˆ ˆ encia Estudo Perspicaz das Escrituras. Anovasedetamb em inclui um muito necess ario est udio de gravac oes. Desde a d ecada de 60, os dramas dos congressos eram gravados em Saloes do Reino e no s ot ao ou no porao do pr edio da antiga sede. As condic oes de gravac ao nao eram ideais e, por causa do barulho do transito, ˆ as gravac oesmuitasvezes 148 ANU ARIO DE 2012

151 ` Ele sentiu o poder transformador da Palavra de Deus VIKTOR UGLEBAKKEN ANO DE NASCIMENTO 1953 ANO DE BATISMO 1981 RESUMO BIOGR AFICO Ex-criminosoqueselibertou de ataques demon ıacos e do v ıcio das drogas. VIKTOR comecou a usar haxixe e outras drogas quando era jovem e, com o tempo, se tornou criminoso. Ele sempre se interessou pela B ıblia e em 1979, cansado da vida perigosa e dif ıcil que levava, decidiu ver se a Palavra de Deus poderia ajud a-lo. No entanto, depois de investigar v arias religioes, ficou frustrado e insatisfeito. Vencido pela depressao, Viktor pensou em suic ıdio. Entao, recebeu uma carta de uma prima em Bergen que havia comecado a estudar a B ıblia com as Testemunhas de Jeov a. Viktor foi para l a e passou a participar do estudo. No comeco, ele tentou provar que as Testemunhas de Jeov aestavam erradas. Mas, como sempre havia se preocupado com o meio ambiente, ficou feliz ao saber que Deus arruinaria os que arru ınam a Terra e transformaria nosso planeta num para ıso. Rev. 11:18. Viktor imediatamente comecou a assistir as reunioes com sua prima. Ele ficou impressionado com a bondade e hospitalidade que observou no Salao do Reino e nas casas dos irmaos. O que ele viu e ouviu o convenceu de que precisava fazer mudancas na vida e parar de usar drogas. Em resposta as ` suas orac oes persistentes e sinceras, Viktor sentiu o poder transformador da Palavra de Deus e do esp ırito santo. Luc. 11:9, 13; Heb. 4:12.

152 O caminho para o batismo nao foi f acil. Foi s ocomaajuda de Jeov a que ele conseguiu se libertar dos ataques de- mon ıacos e se recuperar de duas reca ıdas no v ıcio das drogas. Um anciaootranquilizoudizendoque assimcomoo pai e misericordioso para com os seus filhos, Jeov atemsido misericordioso para com os que o temem. (Sal. 103:13) Viktor continuou a progredir espiritualmente e foi batizado em Ele ainda precisava cumprir pena por um crime cometido no passado, mas logo que foi libertado se tornou pioneiro. Desde entao, Viktor tem tido a alegria de ajudar muitos a se tornarem servos de Jeov a. Ele e especialmente bem-sucedido ao pregar em prisoes, e dois dos prisioneiros comquemestudouab ıblia aceitaram a verdade. Viktor tornou-se um confi avel chefe de fam ılia e anciao. Ele continua no servico de pioneiro com sua esposa, Tone, e seu filho. Viktor diz: O minist eriofoiumadascoisasque mudaram minha vida, e sou muito grato a Jeov aporpoder transmitir preciosos tesouros espirituais a outros.

153 tinham de ser interrompidas. Mas o est udio nas novas instalac oes acelerou muito a produc ao de dramas, v ı- deos e gravac oes de coral de nossos canticos ˆ do Reino. Asedetamb em produz gravac oes de ASentinelae Despertai! em noruegues, ˆ e tem disponibilizado gravac oes da B ıbliainteiraedemuitosoutroslivros,emcdeno site SERVIR ONDE H A MAIS NECESSIDADE Ao passo que alguns irmaos pregam na pr opria vizinhanca, muitos publicadores e pioneiros viajam para territ orios nao designados bem distantes, como Longyearbyen, no arquip elago de Svalbard, extremo norte da Noruega. Alguns se mudaram para v arios lugares remotos a fim de pregar as boas novas e, onde poss ıvel, ajudar a estabelecer congregac oes. Quando Finn e Tordis Jenssen se casaram em 1950, eles sabiam que havia necessidade de publicadores em Hammerfest, uma das cidades mais ao norte do mundo. Eles nao tinham muito dinheiro, mas tinham disposic ao e determinac ao e bicicletas. Entao, pegaram suas bicicletas e foram de Bodø at e Hammerfest, uma viagem de cerca de 900 quilo- ˆ metros. Quando tinham percorrido mais ou menos metade da distancia, ˆ uns amigos bondosamente lhes deram dinheiro para que pudessem fazer o resto da viagem de barco. Em Hammerfest, Finn e Tordis pregavam e convidavam as pessoas para os discursos p ublicos que Finn dava todo fim de semana. Jeov aaben- coou esses esforcos, e logo eles conseguiram formar uma pequena congregac ao. Um dos oradores do congresso de distrito em Trondheim, em 1957, incentivou os publicadores a considerar a possibilidade de se mudar para onde NORUEGA 151

154 Ele queria fazer algo melhor TOM FRISVOLD ANO DE NASCIMENTO 1962 ANO DE BATISMO 1983 RESUMO BIOGR AFICO Jogador de futebol que queria servir a Jeov a. AOS 20 anos, Tom tinha uma carreira promissora como jogador de futebol num dos melhores times da Noruega. Certo dia, um jovem pioneiro foi visitar a mae dele, que j aeratestemunha de Jeov a, e ofereceu um estudo b ıblico para Tom. Ele aceitou, mas disse que nao pretendia se tornar Testemunha de Jeov a. Quando comecou a assistir as ` reunioes, Tom ficou comovido com a calorosa acolhida dos irmaos. Tamb em notou que todos procuravam os textos lidos durante as reunioes. Deve ser a B ıblia que faz com que essas pessoas sejam tao agrad aveis, pensou ele. Com o tempo, Tom teve certeza de que havia encontrado a verdade e de que queria servir a Jeov a. Mas como convenceria o time de futebol a cancelar seu contrato, visto que era um de seus jogadores mais promissores? Para sua surpresa, depois de explicar a ` diretoria do time que ele queria usar a vida para fazer algo melhor do que jogar futebol, eles cancelaram o contrato. Tom foi batizado em 1983 e iniciou o servico de pioneiro em Em 1987, mudou-se para Hammerfest junto com Viktor Uglebakken para servir onde havia mais necessidade. Depois, Tom foi designado superintendente de circuito e hoje serve em Betel com sua esposa, Kristina.

155 havia mais necessidade. Viggo e Karen Markussen, que moravam em Stavanger, estavam ouvindo com muita atenc ao, e Viggo deu uma leve cutucada em Karen, que imediatamente entendeu o que ele queria dizer. Ela pensou: Nossos dias em Stavanger estao contados. Mas o que as tres ˆ filhas do casal, publicadoras entre 11 e 14 anos de idade, achariam de uma mudanca? Quando o casal Markussen e suas filhas conversaram sobre aquele discurso, concordaram que deveriam se colocar a ` disposic ao para servir onde havia mais necessidade. Em resposta acartadeles,asede ` indicou a cidade de Brumunddal, onde nao havia nenhuma congregac ao. Assim, em 1958, eles venderam sua casa moderna e a oficina de m oveis de Viggo, e a fam ılia se mudou para uma cabana simples feita de toras perto de Brumunddal. Jeov aaben coou seu esp ırito abnegado e, nos anos seguintes, muitos de seus estudantes aceitaram a verdade. Quando as filhas sa ı- ram de casa, e os pais foram designados para servir no circuito, havia uma zelosa congregac ao de uns 40 publicadores em Brumunddal. Irmaosjovensesolteirostamb em puderam ajudar a promover os interesses do Reino por se mudar para lugares onde nao havia congregac oes. Em 1992, um grupo de irmaos pioneiros, a maioria deles com 19 anos de idade, se mudou para Maløy, no fiorde Nord, com o objetivo de cultivar o interesse demonstrado ali. Eles pregaram bastante e logo comecaram a realizar reunioesnacasaalugadaemquemoravam. Uma mulher rec em-interessada com quem eles estudavam era muito hospitaleira e se tornou uma verdadeira mae para os jovens irmaos. Depois, um anciao esuaesposasemudaramparam aløy, e foi formada NORUEGA 153

156 uma congregac ao. Os jovens irmaos gostaram muito do per ıodo que passaram l a, onde dirigiram diversos estudos, cuidaram de v arias designac oes e fortaleceram a animada congregac ao rec em-formada. Foi uma aventura e tanto, al em de uma oportunidade unica para crescer espiritualmente, disse um dos jovens irmaos. Em resultado do trabalho deles e de outros, hoje h a cerca de 30 publicadores na Congregac ao Fiorde Nord, que dirigem de 50 a 60 estudos b ıblicos. TESTEMUNHO EM OUTROS IDIOMAS Nos ultimos 20 e poucos anos, o n umero de imigrantes na Noruega tem aumentado constantemente. Por isso, as congregac oes tem ˆ se empenhado em dar testemunho a esses imigrantes no idioma deles ou num idioma que eles entendam. A primeira congregac ao de l ıngua estrangeira na Noruega foi formada em 1986 e chamada de Congregac ao Latina de Oslo, pois era composta de pessoas tanto de l ıngua portuguesacomoespanhola,amaioriadaam erica Latina. Mais ou menos na mesma epoca, alguns publicadores passaram a dar testemunho de forma organizada a pessoas que falavam ingles ˆ na regiao de Oslo. Os publicadores encontraram muitos interessados, especialmente da Africa e Asia. Alguns foram encontrados no testemunho nas ruas; outros em centros de recepcao para refugiados. Eles tamb em usavam muito a lista telefonica ˆ para encontrar pessoas com nome estrangeiro que talvez falassem ingles. ˆ Muitos estudos b ıblicos foram iniciados e, em 1991, foi formada a Congregac ao de L ıngua Inglesa de Oslo. Desde entao, muitos publicadores noruegueses tem ˆ se empenhado em aprender l ınguas estrangeiras. Comospublicadoresdeorigemestrangeira,elesajudam a estabelecer grupos ou congregac oes para pes- 154 ANU ARIO DE 2012

157 soas que falam arabe, chines, ˆ espanhol, ingles, ˆ persa, polones,punjabi,russo,servo-croata,tagalo,tˆ ˆ amil e tigr ınia. Ocampodel ıngua de sinais tamb em tem crescido bastante. Milhares de surdos usam a l ıngua de sinais norueguesa, e a organizac ao est aseesfor cando muito para ajud a-los. Na d ecada de 70, os irmaos comecaram a interpretar em l ıngua de sinais algumas reunioes, assembleias e congressos e, desde entao,muitospublicadoresaprenderamessal ıngua. Foramformadosgruposemalgumascongrega coes e, em 2008, foi formada a primeira congregac ao de l ınguadesinaisdanoruega,emoslo.nopa ıs h auns 25 publicadores surdos, que fazem bom uso das publicac oes em l ıngua de sinais norueguesa dispon ıveis em DVD. COMISSOES DE LIGAC AO COM HOSPITAIS As Testemunhas de Jeov an ao aceitam transfusoes de sangue. Por isso, algumas delas tem ˆ dificuldade em conseguir o tratamento m edico que precisam e que, ao mesmo tempo, seja aceit avel. Para ajudar as Testemunhas de Jeov aemsitua coes assim e fornecer informacoes sobre outras opc oes de tratamento, em 1990 foram formadas Comissoes de Ligac ao com Hospitais (Colihs) na Noruega. De 1990 a 2010, os irmaos da Colih de Oslo realizaram cerca de 70 reunioes com equipes m edicas de hospitais da regiao e cuidaram de mais de 500 casos. Os esforcos das Colihs ajudaram a contatar muitos m edicos cooperadores, e as informacoes m edicas que elas tem ˆ fornecido levaram muitos m edicos a usar tratamentos que nao envolvem transfusao de sangue. O apoio valioso dos Grupos de Visitas a Pacientes tamb em e muito apreciado pelos pacienteseporsuasfam ılias. NORUEGA 155

158 O caso de Helen, uma jovem pioneira, ilustra o valor das Colihs. Em 2007, ela ficou muito doente e foi encaminhada para um hospital local. Seu hemat ocrito ca ıa rapidamente, e profissionais da area m edica a pressionaram a aceitar uma transfusao de sangue, dizendo ser a unica coisa que poderia salvar sua vida. Com a ajuda de um membro da Colih, ela foi transferida para um hospital maior e mais bem equipado. Quando Helen e sua mae chegaram, um irmao da Colih estava a ` espera delas. Ele as tranquilizou e as ajudou a obter os cuidados necess arios. O hospital concordou em usar um tratamento que estimulava a produc ao de gl obulos vermelhos. Em poucos dias, o hemat ocrito de He- lensubiu,elogoelaestavaforadeperigo.hojeela e umapessoasaud avel e se sente grata de o hospital ter respeitado suas fortes convicc oes. Helen e sua mae disseram: Ver como a organizac ao de Jeov afunciona ecomoosirm aos nos apoiaram e oraram por n os nos enchedegratid ao; e algo que nunca esqueceremos. UM MALICIOSO ATAQUE DA M IDIA E NEUTRALIZADO As Testemunhas de Jeov ananoruega,especialmente entre 1989 e 1992, foram alvo de uma cam- panha difamat oria e muita publicidade negativa em jornais, em revistas, no r adio e na televisao. Um dos principais motivos da oposic ao foi acatarmos o que ab ıblia diz sobre como tratar desassociados. (1 Cor. 5:9-13; 2 Joao 10) Por causa dessa publicidade negativa,algunsirm aos passaram por situac oes desagrad a- veis no minist erio, no trabalho, na escola e tamb em com parentes. Embora os seguidores de Jesus nao fiquem surpresos quando sao vituperados, nao foi f acil lidar com a situac ao. Mat. 5:11, 12. Um irmao disse: Foi uma epoca dif ıcil, mas tamb em teve seu lado bom. Ela me fez reavaliar a base de 156 ANU ARIO DE 2012

159 minhas crencas. Meditar no bom alimento espiritual que recebemos do escravo fiel e discreto fortaleceu minha f e. Em resultado, isso nos deu forcas para enfrentar provas de f e. Foi animador ver a coragem dos irmaos naquele per ıodo, lembra-se um superintendente de circuito. Percebemos que a melhor reac ao que pod ıamos ter era nos empenhar ainda mais no minist erio de campo, incluindo o testemunho nas ruas. Ainda bem que muitos irmaos reagiram assim. Agora, meu filho, corrija sua vida. Em contraste com o ponto de vista antib ıblico Se nao endireitar sobre desassociac ao promovido pela m ıdia, seus caminhos, veja como Fred, que j a foi desassociado, voceter ˆ a problemas se sentiu a respeito dessa orientacao b ıblica: Quando fui desassociado, aos 20 anos, comecei a pensar seriamente na vida. A situac ao era constrangedora, mas a desassociac ao teve um efeito positivo em mim. Foi como se Jeov a me dissesse: Agora, meu filho, corrija sua vida. Se nao endireitar seus caminhos, voceter ˆ a problemas. Eu precisava dessa licao para abandonar minha conduta pecaminosa. Em vezdemeentregaraprazeresedivers oes, comecei a levar a verdade a s erio. Al em disso, ver o progresso espiritual dos jovens da minha congregac ao me ajudou a querer voltar. Felizmente, Fred se arrependeu, mudou sua vida e foi readmitido. Hoje ele serve como anciao. PRONTOS PARA O DIA DE JEOV A Apesar do materialismo generalizado e da crescente apatia no territ orio,osservosdejeov acontinuama dar prioridade a atividades espirituais que fortalecem NORUEGA 157

160 ` af e, como a leitura di aria da B ıblia e a assistencia ˆ as reunioes congregacionais. Cada vez mais publicadores tem ˆ aumentado sua participac ao no minist e- rio por se tornarem pioneiros regulares. Um irmao expressou os sentimentos de muitos ao dizer: Se eu nao agir como se o dia de Jeov aviesseamanh a, nao estarei pronto quando esse dia chegar. Nao podemos parar. Ele com certeza vir a. Sem d uvida, essa atitude tem contribu ıdo para o constante crescimento da obra desde Uma provisao espiritual que tem animado as congregac oes e dado aos irmaos excelente instruc ao teocr atica eaescoladetreinamentoministerial(hoje chamada de Escola B ıblica para Irmaos Solteiros). Certo aluno disse: Estudar a B ıblia de forma tao intensa por oito semanas me fez valorizar a verdade como eu nunca tinha feito antes. Tudo na B ıblia ficou muito mais v ıvido e real para mim! Nos ultimos 20anos,maisde60formadosnessaescolatˆ em ajudado a fortalecer as congregac oes da Noruega e as incentivado a aumentar suas atividades. CRIADOS COMO TESTEMUNHAS DE JEOV A Ao longo dos anos, muitos que se batizam como Testemunhas de Jeov aconheceramaverdadepor meio dos pais. Alguns publicadores noruegueses sao a terceira, quarta ou quinta gerac ao de Testemunhas de Jeov adesuafam ılia. Sempre penso em como sou privilegiado de ter nascido numa fam ılia que deu prioridade a servir a Jeov a, diz Ivan Gasodden, bisneto de Ingebret Andersen, o primeiro Estudante da B ıblia em Skien. Estudo pessoal, leitura regular da B ıblia e bons amigos, que tinham os mesmos alvos que eu, me ajudaram a tomar posic ao a favor da verdade. Andr ee 158 ANU ARIO DE 2012

161 Total de publicadores Total de pioneiros Richard, filhos de Ivan, tamb em encaram sua heranca espiritual como um de seus bens mais preciosos. Sou muito grata pela infanciaquetive,dizapio- neira Bente Bu, neta de Magnus Randal, um dos que ˆ serviram no barco de pioneiros Ruth. A criac ao que recebi me poupou de muitos problemas, e quero usar minha vida para ajudar outras pessoas. Alguns que na juventude tiveram um per ıodo de fraqueza espiritual depois se tornaram Testemunhas de Jeov a zelosas. Por exemplo, Thomas e Serine Fauskanger, de Bergen, foram criados por pais cristaos, mas seu progresso espiritual foi lento. O que os ajudou a mudar seu conceito sobre a adorac ao de Jeov a? Em 2002, um jovem irmao que havia cursado a Escola de Treinamento Ministerial veio para nossa congregac ao, conta Thomas. Ele me ajudou a dar NORUEGA 159

162 prioridade ao minist erio e a buscar alvos espirituais. Aos 25 anos, Thomas se casou com Serine e, em 2007, eles se mudaram para Batsfjord, Finnmark. Ali havia um casal de pioneiros que precisava de ajuda para cuidar das pessoas interessadas. Em pouco tempo, Thomas e Serine tamb em se tornaram pioneiros. Em 2009, eles e outros irmaos passaram tres ˆ meses num territ orio nao designado na vila de pescadores de Kjøllefjord, onde iniciaram mais de 30 estudos b ıblicos. Para ajudar a cultivar o interesse encontrado, Thomas e Serine se mudaram para mais perto de Kjøllefjord. Hoje, eles regularmente viajam cerca de sete horas de carro, ida e volta, para ajudar os interessados. Esse casal tem uma vida bem ocupada, mas Serine diz: Hoje minha vida esimplesefeliz.n os temospoucascoisas,mastamb em poucos problemas. O estudo da B ıblia em fam ılia tem produzido geraç oes de fi eis servos de Jeov a 160 ANU ARIO DE 2012

163 UM FUTURO ESPIRITUALMENTE PROMISSOR A vida mudou muito desde que o Estudante da B ıblia Knud Hammer e outros comecaram a pregar na Noruega. No in ıcio, os servos de Jeov asedestacavam como diferentes porque ensinavam a verdade numa sociedade religiosa dominada por igrejas muito influentes que ensinavam doutrinas falsas. Ao longo das d ecadas, incont aveis pessoas sinceras ficaram felizes em aprender sobre a B ıbliaesemdemoratomaram posic ao a favor da verdade. Hoje, a atitude dos noruegueses em relac ao areligiao mudou. Poucas pessoas acreditam em Deus, e di- ` zer que s oexisteumareligi ao verdadeira e considerado presuncoso. Eprecisotempoeesfor co para que os interessados obtenham conhecimento b ıblico e desenvolvam f eemdeusenab ıblia. Em geral, leva mais tempo para algu em aprender a viver de acordo com os princ ıpios b ıblicos. Ainda assim, Jeov acontinuaa atrair pessoas sinceras, mesmo que morem em vilas de pescadores isoladas ou em pr edios altos e modernos em cidades grandes. Joao 6:44. Assim como em todo o mundo, as Testemunhas de Jeov a na Noruega prezam o privil egio de prestar destemidamente servico sagrado ao Soberano Senhor Jeov a. (Luc. 1:74) Ao percorrer esse vasto pa ıs procurando pessoas corretamente dispostas, nossos irmaos veem uma amostra da impressionante beleza e serenidade com que nosso Criador encher aaterra parad ısica. Com seus leais irmaos em toda a Terra, os servos de Jeov ananoruegaaguardamodiaemqueo Reino de Deus cumprir a a vontade divina em todos os cantos de nosso belo planeta. Dan. 2:44; Mat. 6:10. NORUEGA 161

164 MARCOS HIST ORICOS Noruega EstabelecidaasedeemKristiania(Oslo) Charles Russell visita a Noruega e 1911 O Fotodrama da Criac ao atrai multidoes Milhoes que agora vivem jamais morrerao e proferido em todo o pa ıs Barcos sao usados para pregar em 0 comunidades costeiras Aprega cao continua apesar da oposic ao durante a guerra. Chegam os primeiros mission arios 1948 formados em Gileade Anovasede e dedicada Salao de Assembleias de Oslo ededicado Novos auges de pioneiros regulares e auxiliares, publicadores e assistencia ˆ a ` Comemorac ao

165 Knud Pederson Hammer comecaapregarnanoruega.* Primeira congregac ao eformada. Primeira assembleia erealizada em Kristiania. Primeiro superintendente viajante edesignado The Golden Age (A Idade de Ouro), hoje Despertai!, e publicada em noruegues. ˆ * 1945 ASentinela epublicada em noruegues. ˆ ASupremaCorte confirma o direito de usar publicac oes na pregac ao Assembleia internacional e realizada em Oslo Comissoes de Ligac ao com Hospitais sao formadas. ATraduçao do Novo Mundo completa elan cada em noruegues. ˆ * 2010

166 Ruanda RUANDA eumdosmenorespa ıses da Africa. Mas tamb em e um dos mais bonitos. Conhecido como a Terra das Mil Colinas, possui montanhas, florestas, lagos e cachoeiras, bem como uma aparentemente infind a- vel variedade de plantas e animais. As impressionantes montanhas Virunga se destacam na regiao que faz fronteiracomarep ublica Democr atica do Congo aoestee com Uganda ao norte. O monte Karisimbi, o mais alto dessa cadeia montanhosa, eumvulc ao adormecido de uns metros de altura, que geralmente fica com o topo branco por causa do granizo. Mais para baixo, as encostas dessas montanhas sao cobertas por densos bambuzais e florestas tropicais, onde macacos-dourados, ameacados de extinc ao, balancam sem esforco entreosgalhosecip os. Tamb em e nesse ambiente exuberante que se encontra um dos maiores tesouros de Ruanda: o gorila-das-montanhas. Geralmente chamado de Congo, ou Congo Kinshasa, para diferenci a-lo do pa ıs vizinho, Congo Brazzaville. Neste relato, usaremos o nome Congo.

167 Plantas ex oticaseluxuriantevegeta cao se estendem at e as margens do lago Kivu e a floresta Nyungwe. Nessa floresta vivem chimpanz es, macacos da esp e- cie colobo-preto-e-branco e mais de 70 outras esp ecies de mam ıferos. H a cerca de 270 tipos de arvores, al em de quase 300 esp ecies de aves. Uma quantidade enorme de borboletas e orqu ıdeas embeleza ainda mais essa area protegida. No corac ao da floresta Nyungwe, nasce um riacho que flui lentamente para o leste. Aos poucos, outros riachoseriossejuntamaeleat e desaguar no lago Vit oria. Dali, a agua desce rapidamente, ganhando forca para continuar sua longa jornada para o norte, passando pela Eti opia e pelo Sudao, at echegaraoegito,ondedesemboca no mar Mediterraneo. ˆ Desde seu modesto in ı- cio nos montes cobertos de florestas na Africa Central, esse rio, o Nilo, percorre aproximadamente quilo- ˆ metros,oquefazdeleumdosriosmaislongosdaterra. TEMPOS DIF ICEIS Infelizmente, por em, Ruanda foi v ıtima de uma violencia ˆ aterradora. Centenas de milhares de homens, mulheres e criancas foram brutalmente massacrados num dos piores genoc ıdios dos tempos atuais. Cenas PescanolagoKivu 165

168 DadosgeraissobreRuanda Pa ıs Ruanda tem apenas uns 180 quilometros ˆ de norte a sul e cerca de 230 quilometros ˆ de leste a oeste. No entanto, eo pa ıs africano de maior densidade demogr afica, com populacao estimada em mais de 11 milhoes de habitantes. A capital nacional e Kigali. Povo Apopula cao ecompostadehutus,t utsis e twas, bem como asi aticos e europeus. Mais da metade ecat olica, e mais de um quarto e protestante, incluindo muitos adventistas. Orestantesecomp oe de muculmanos e adeptos de v arias religioes tribais. Idioma Os idiomas oficiais sao quiniaruanda, ingles ˆ e frances. ˆ Osua ıli eusadocomol ınguafrancanasrela coes com pa ıses vizinhos. Economia A maioria dos ruandeses trabalha na lavoura. Visto quegrandepartedosolo edem a qualidade, muitos s oconseguem produzir o suficiente para a fam ılia. O caf e e o principal produto exportado pelo pa ıs, mas tamb em se cultiva ch aep ı- retro (planta usada como inseticida). Alimentac ao Os alimentos b asicos incluem batata, banana e feijao. Clima Embora Ruanda fique perto da linha do equador, o clima geralmente eameno.naregi ao montanhosa do interior, a temperatura m edia ede21 C,eovolumeanualdechuvas e de aproximadamente mil ımetros. 166

169 Linha do equador REP UBLICA DEMOCR ATICA DO CONGO Vulc ao Nyiragongo Goma Lago Kivu Bukavu Vulc ao Karisimbi Gisenyi (hoje Rubavu) UGANDA Ruhengeri (hoje Musanze) RUANDA KIGALI Kanombe Masaka Gitarama (hoje Muhanga) Bugesera Nyabisindu (hoje Nyanza) Save Butare (hoje Huye) BURUNDI TANZ ANIA ˆ M O N T A N H A S V I R U N G A

170 chocantes de violencia ˆ descontrolada foram transmitidas no mundo inteiro, deixando muitas pessoas horrorizadas com tanta crueldade contra o pr oximo. Ecl. 8:9. Como os fi eis servos de Jeov a lidaram com os desafios desse per ıodo terr ıvel e com o que ocorreu nos anos seguintes? Assim como aquele aparentemente insignificante riacho que nasce na floresta Nyungwe, vence todos os obst aculos, sobrevive ao intenso sol africano e se torna um rio caudaloso, o povo de Jeov aemruanda tem perseverado no servico Dele. Eles tem ˆ resistido apersegui cao intensa e enormes dificuldades e se tornaram fonte de encorajamento e forca para seus irmaos emtodoomundo.vocˆ esesentir a comovido com esta hist oria amedidaquelerostocantesrelatosdeamor,f ` e e lealdade. Esperamos que ela o incentive a ter ainda mais apreco por sua relac ao com Jeov aeaaprofundar seu amor pela fraternidade crista. PRIMEIROS LAMPEJOS DE LUZ Oprimeirorelat orio sobre a pregac ao das boas novas em Ruanda foi publicado no Anu ario das Testemunhas de Jeov a de 1971, em ingles. ˆ Ele dizia: Em marco deste ano [1970], um casal de pioneiros especiais conseguiu entrar em Ruanda e iniciar a obra de pregac ao na capital, Kigali. As pessoas sao amistosas e aceitam bem a mensagem do Reino, e uma pessoa interessada j acome cou a participar na pregac ao. Os pioneiros j a iniciaram dez estudos entre os poucos da populac ao que falam sua ıli. Agora eles estao se esforcando bastante para aprender o idioma quiniaruanda a fim de dar testemunho a mais pessoas. O casal de pioneiros especiais mencionado naquele relat orio era Oden e Enea Mwaisoba, da Tanzania. ˆ Vis- 168 ANU ARIO DE 2012

171 to que ainda nao sabiam o idioma local, o quiniaruanda, eles comecaram visitando pessoas que falavam sua ıli, que em sua maioria vinham do Congo ou da Tanzania. ˆ Em fevereiro de 1971, havia quatro publicadores relatando atividades, mas nenhuma de nossas publicac oes estava dispon ı- vel em quiniaruanda, e essa barreira lingu ıstica atrapalhou o crescimento. Stanley Makumba, um corajoso superintendente de circuitoqueestavaservindonoquˆ e- nia, visitou Ruanda pela primeira vez em Ele se lembra: Havia poucos onibus ˆ que iam do posto de fiscalizac ao da fronteira entre Uganda e Ruanda para Ruhengeri, em Ruanda. Tive de viajar em p enumcaminh ao tao cheio que nao dava nem para mexer os p es. Minha esposa foi sen- Oden e Enea Mwaisoba tada na frente com o motorista. Quando chegamos ao nosso destino, ela quase nao me reconheceu porque eu estava coberto de poeira. Minhas costas do ıam muito por causa da viagem e, por isso, tanto na semana antes da assembleia de circuito como durante a assembleia, tive de dar os discursos sentado. Quanto a visitar os irmaos, eu nao tinha como lhes informar quando chegar ıamos porque nao sab ıamos qual meio de transporte estaria dispon ıvel. RUANDA 169

172 UM NATIVO RETORNA Enquanto isso, Gaspard Rwakabubu, nativo de Ruanda, estava trabalhando como mecanico ˆ nas minas de cobre do Congo. Ele conta: Em 1974, cursei a Escola do Minist erio do Reino em Kolwezi. Um dos instrutores, Michael Pottage, disse que a sede em Kinshasa estava procurando um anciao ruandes ˆ disposto a voltar para seu pa ıs de origem a fim de ajudar na pregac ao. Ele me perguntou se eu estaria disposto a ir. Eu disse que primeiro conversaria com minha esposa, Melanie. Naquela epoca, meu chefe na companhia de minerac ao tinha acabado de me convidar para um treinamento na Alemanha. Eu estava me saindo bem no trabalho e sempre recebia aumentos de sal ario. Mesmo assim, em poucos dias j ahav ıamos tomado nossa decisao. Eu disse ao irmao Michael que aceit avamos voltar para Ruanda. Meu chefe nao conseguia entender minha decisao. Ele perguntou: Por que vocen ˆ ao pode ser Testemunha de Jeov a aqui? Por que precisa voltar Gaspard Rwakabubu com sua filha Deborah e sua esposa, Melanie

173 para Ruanda? At e mesmo alguns irmaos bem-intencionados tentarammefazermudardeideia.eles disseram: Voce ˆ tem quatro filhos. Leia Lucas 14:28-30 e pense bem no que vai fazer. Mas n os mantivemos nossa decisao. Meu chefe pagou todas as despesas para voltarmos de aviao para Ruanda. Quando chegamos a Kigali, em maio de 1975, alugamos uma casa simples de tijolos e chao batido, bem diferente da casa confort avel em que mor avamos em quiniaruanda Estas Boas Novas do Reino quando eu trabalhava na companhia de minerac ao. Mas n os hav ıamos nos preparado e est avamos decididos a fazer tudo dar certo. Visto que os pioneiros especiais de outros pa ıses haviam usado o sua ıli como l ıngua franca, muitas pessoas achavam que eles tinham vindo para ensinar esse idioma. Isso mudou quando a fam ılia Rwakabubu chegou, pois eles ensinavam a verdade do Reino usando a B ıblia em quiniaruanda. Al em disso, Gaspard traduziu para o quiniaruanda ofolhetode32p aginas Estas Boas Novas do Reino. Esse folheto foi publicado em 1976 e chamou bastante atenc ao. As pessoas o liam nos onibus ˆ e nas ruas. O uso do nome Jeov a foi tema de muitas conversas. RUANDESES ACEITAM A VERDADE Naquela epoca, havia apenas uns 10 publicadores no pa ıs, e a maioria deles nao era de Ruanda. Um dos primeiros ruandeses a aprender a verdade foi o extrovertido e amig avel Justin Rwagatore. Ele comecou a RUANDA 171

174 ` ` estudar em sua ıli com os pioneiros especiais da Tanzania, ˆ pois eles nao sabiam falar frances ˆ nem quiniaruanda. Foi batizado em 1976 e morava em Save, onde o rei de Ruanda havia permitido que mission arios cat olicos estabelecessem sua primeira missao em Justin lembra que as pessoas estavam curiosas para Justin Rwagatore saber o que a B ıblia realmente ensina. No entanto, os cl erigos nao gostavam das Testemunhas de Jeov a e proibiram seus adeptos de escut a-las e de aceitar suas publicacoes. Ferdinand Mugarura, um homem determinado, tamb em foi um dos primeiros ruandeses a aceitar a verdade. Em 1969, enquanto morava no leste do Congo, ele recebeu o livro A Verdade Que Conduz avida Eterna em sua ıli. Mais tarde, descobriu onde estavam as Testemunhas de Jeov amaispr oximas. Ele edoisoutroshomenssa ıam de Ferdinand Mugarura casa toda sexta-feira, caminhavam 80 quilometros ˆ para assistir as reunioes e estudar a B ıblia, e voltavam para casa a p enasegunda-feira. Ferdinand foi batiza- do em 1975, no mesmo dia que um de seus pr oprios estudantes da B ıblia, e em 1977 foi designado para servir como pioneiro especial em Ruanda. Ele se lembra de ter ouvido que, no ano ante- 172 ANU ARIO DE 2012

175 rior, uma assembleia de circuito havia sido realizada na casa da fam ılia Rwakabubu, com 34 pessoas na assistencia ˆ e 3 batizadas. MISSION ARIOS SAO PROIBIDOS DE ENTRAR NO PA IS O Corpo Governante, sempre atento as ` necessidades do campo mundial, j a havia designado mission a- rios para Ruanda. Em 1969, quatro formados da 47. a turmadaescolab ıblica de Gileade da Torre de Vigia foram convidados para servir no pa ıs. Nicholas Fone relembra: No fim de janeiro, o irmao Knorr entregou as designac oes aos alunos. N os o ouvimos dizer a Paul e Marilyn Evans que eles haviam sido designados para Ruanda. Da ı, ele disse para mim e minha esposa: E voces ˆ vao com eles. N os ficamos muito empolgados e, ap os a reuniao, corremos para a biblioteca de Gileade e procuramos Ruanda num grande atlas. Mas algum tempo depois recebemos uma carta dizendo que os irmaos nao tinham conseguido permissao para entrarmos em Ruanda. Ficamos desapontados, mas aceitamos Os tres ˆ irmaos que foram batizados em 1976: Leopold Harerimana, Pierre Twagirayezu e Emmanuel Bazatsinda

176 amudan ca de designac ao para servir no Congo com Paul e Marilyn. Em 1976, dois outros casais, formados na 60. a turma de Gileade, foram designados para Ruanda. Quando receberam permissao para entrar no pa ıs, esses quatro mission arios foram morar numa casa alugada, pregaram corajosamente e comecaram a aprender quiniaruanda. Quando seus vistos de tres ˆ meses expiraram, o Departamento de Imigrac ao se recusou a renov a-los, e os mission arios foram designados de volta para Bukavu, no leste do Congo. ELES TRABALHAVAM DURO Publicaçoes em Em meados da d ecada de 70, os pioneiros es- quiniaruanda peciais da Tanzania ˆ e do Congo comecaram a ir embora de Ruanda por v arios motivos. Enquanto isso, irmaos ruandeses passaram a servir como pioneiros e a expandir a pregac ao para todo o pa ıs. Entao, em 1978, o livro Verdade edoistratados foram traduzidos em quiniaruanda. Al em disso, foi lancada uma edic ao mensal de ASentinela.Essas publicac oes ajudaram a ampliar aobradeprega cao do Reino. O mission ario Manfred Tonak disse sobre os pioneiros ruandeses daquele per ıodo inicial: Eles trabalhavam duro e dedicavam bastante tempo ao minist erio. E os novos seguiam o exemplo deles. 174 ANU ARIO DE 2012

177 Gaspard Niyongira conta como as boas novas eram pregadas naqueles dias: Na epoca em que fui batizado, em 1978, o clero estava comecando a ficar preocupado ao ver tantas pessoas aceitarem a verdade. Centenas de pessoas assistiam as ` nossas assembleias. Quando sa ıamos na pregac ao, eramos como um enxame de gafanhotos. Com certa frequencia, ˆ uns 20 publicadores sa ıam do centro de Kigali e iam pregando a p eat echegarakanombe,umadistˆ ancia de aproximadamente 9quilˆ ometros. Depois de uma pausa para o almoco, eles continuavam mais 7 quilometros ˆ at e Masaka, antes de voltarem de onibus ˆ para Kigali ao anoitecer. Grupos de publicadores em outras partes do pa ıs faziam algo parecido. Nao edeadmirarqueessaprega cao intensa desse as ` pessoas a impressao de que havia milhares de Testemunhas de Jeov a. Em resultado disso, comecaram-se alevantaracusa coes contra n os, influenciando as autoridades a nos negar reconhecimento legal. Cheios de entusiasmo pela verdade, os irmaos em Ruanda queriam experimentar a alegria de se associar com irmaos de outros pa ıses. Assim, em dezembro de 1978, uns 40 irmaos ruandeses, incluindo criancas, viajaram quilometros, ˆ passando por Uganda, at e Nair obi, no Quenia, ˆ para assistir ao Congresso Internacional F e Vitoriosa. A viagem era dif ıcil. O sistema de transporte era prec ario, e os ve ıculos quebravam com frequencia. ˆ Al em disso, Uganda era politicamente inst a- vel. Quando os congressistas por fim chegaram afronteira do Quenia, ˆ as autoridades alfandeg arias uganden- ` ses os acusaram de espionagem, e eles foram detidos e levados para o quartel do ex ercito em Kampala, Uganda. Idi Amin, entao presidente de Uganda, os interrogou pessoalmente. Satisfeito com as respostas deles, ordenou que fossem soltos. Embora tivessem perdido o RUANDA 175

178 ` primeiro dia do congresso em Nair obi, eles se alegraram de ver milhares de irmaos de muitos pa ıses reunidos de modo pac ıfico. ESFORCOS PARA OBTER RECONHECIMENTO LEGAL As verdades b ıblicas e as elevadas normas de moral ensinadas pelas Testemunhas de Jeov an ao agradaram a todos. O clero, em especial, ficou preocupado ao ver tantas pessoas aceitando a verdade. Gaspard Rwakabubu se lembra: Muitos que tinham sido cat olicos, protestantes e adventistas ativos entregaram car- tas de ren uncia as ` suas igrejas anteriores. Outro irmao disse que a obra de pregac ao foi como um fogo se espalhando nas principais religioes. A assistencia ˆ as ` reunioes da Congregac ao Kigali logo passou de 200. De in ıcio, o clero nao nos deu tanta importancia, ˆ porque eramos poucos. No entanto, amedidaqueaument a- vamos em n umero, alguns nos acusavam de ser uma ameaca para o pa ıs. O interessante eque,porvoltadessa epoca, o arcebispo da Igreja Cat olica em Ruanda, Vincent Nsengiyumva, se tornou membro da comissao central do partido pol ıtico governante. Em vista de nosso r apido crescimento, precis avamos de reconhecimento legal a fim de trazer missio- n arios, construir Saloes do Reino e realizar reunioes maiores. A sede do Quenia ˆ pediu que Ernest Heuse, da B elgica, entrasse em contato com ministros do governo para solicitar reconhecimento legal, mas seus esforcos nao deram certo. Posteriormente, em 1982, a sede do Quenia ˆ nos aconselhou a enviar uma carta para o Ministro da Justica e o Ministro de Assuntos Internos pedindo o reconhecimento legal. Eu e dois outros pioneiros especiais assinamos esse pedido. Mas nao recebemos resposta. 176 ANU ARIO DE 2012

179 Nesse meio-tempo, a oposic ao aumentou. Antoine Rugwiza, um irmao calmo e respeitado, lembra-se de que, numa transmissao nacional de r adio, o presidente declarou que nao toleraria a difamac ao da f eruandesa. Todos entenderam essa declarac ao como uma referencia ˆ as ` Testemunhas de Jeov a. Nao muito tempo depois, os irmaos foram proibidos de se reunir. Espalharam-se rumores de que em breve tamb em ocorreriam detenc oes. Gaspard Rwakabubu foi convocado duas vezes aagˆ ` encia de seguranca do Estado para ser interrogado. Entao,emnovembrode1982,KialaMwangofoi enviado com sua esposa, Elaine, para Nair obi a fim de supervisionar assembleias de circuito em Butare, Gisenyi e Kigali. O irmao Rwakabubu serviu como presidente nessas assembleias. A assembleia em Kigali mal havia acabado quando ele foi convocado pela terceira vez aagˆ ` encia de seguranca do Estado. Mas dessa vez ele nao voltou. Dentro de quatro dias, os outros dois pioneiros especiais que haviam assinado o pedido de reconhecimento legal tamb em foram detidos. Os tres ˆ foram presos sem julgamento nem direito de se defender legalmente. Outras detenc oes ocorreram em seguida. O Salao do Reino foi fechado, e suas portas lacradas. Uma carta do Ministro da Justica as ` prefeituras proscreveu a obra das Testemunhas de Jeov a. Por fim, em outubro de 1983, os tres ˆ irmaos que haviam assinado o pedido de reconhecimento legal foram julgados. O tribunal os acusou de fraudar e enganar pessoas acusac oes que eram totalmente infundadas. Nao se apresentou nem uma unica testemunha ou documento como evidencia. ˆ Mas os tres ˆ irmaos foram sentenciados a dois anos de prisao. Quando assassinos condenados foram libertados num RUANDA 177

180 programa de anistia, nenhum benef ıcio foi estendido a esses fi eis irmaos. Em Gisenyi, cinco outras Testemunhas de Jeov a ficaram presas durante quase dois anos sem nenhuma condenac ao ou ordem judicial v a- lida. AVIDANAPRIS AO A vida na prisao era muito dif ıcil. As refeic oes, servidas uma vez por dia, consistiam em mandioca e feijao. S ohaviacarneumavezpormˆ es. Os colchoes tinham percevejos, mas muitos prisioneiros dormiam no chao por causa da Ele disse a ` assistencia ˆ para superlotac ao. Quase nao havia agua para se lavar. Os irmaos dividiam celas com criminosos violentos. Os guar- tomar cuidado com as das costumavam ser duros, mas um Testemunhas deles, Jean Fataki, era bondoso com de Jeov a os irmaos. Ele aceitou um estudo b ıblico, foi batizado como Testemunha de Jeov a e serve fielmente como pioneiro at ehoje. Gaspard Rwakabubu se lembra: Enquanto est avamos presos, o arcebispo realizou uma missa na pri- sao. Ele disse aassistˆ ` encia para tomar cuidado com as Testemunhas de Jeov a. Depois, alguns dos cat olicos presentes nos perguntaram por que o arcebispo ti- nha dito isso, pois percebiam que as Testemunhas de Jeov an ao eram perigosas. Enquanto isso, Roger e Noella Poels vieram da B elgica para Kigali. Roger tinha um contrato de trabalho. Os tres ˆ irmaos ainda estavam presos, de modo que Roger pediu uma audiencia ˆ com o Ministro da Justica para explicar nossas crencas e perguntar respeitosamenteoqueogovernotinhacontraastestemunhas de Jeov a. O ministro interrompeu o irmao, dizendo: 178 ANU ARIO DE 2012

181 Sr. Poels, j a ouvi o bastante! Voceser ˆ a colocado no pr oximo aviao para Bruxelas. Est aexpulsodopa ıs. Visto que os tres ˆ irmaos permaneceram firmes e nao se deixaram intimidar, eles tiveram de cumprir sua sentenca de dois anos, embora no segundo ano tenham sido transferidos para uma prisao com condicoes bem melhores. Eles foram libertados em novembro de A PERSEGUIC AO SE INTENSIFICA Aoposi cao continuou. Uma transmissao de r adio acusou as Testemunhas de Jeov a de serem m as pessoas e extremistas. Em marco de 1986, as detenc oes j a tinham se tornado comuns em todo o pa ıs. Um dos detidos foi Augustin Murayi, que havia sido demitido de seu cargo de diretor-geral do Minist erio da Educacao Prim aria e Secund aria por causa de sua neutralidade crista. Ele foi duramente criticado pelos jornais e ainda mais pelo r adio. Outros irmaos, e at emesmoirm as gr avidas e com filhos pequenos, foram presos em v arias partes do pa ıs. Perto do fim de 1986, eles foram transferidos para Phocas Hakizumwami apris ao central em Kigali para aguardar julgamento. Visto que os irmaos nao cantavam hinos patri oticos, nao usavam o emblema do presidente e nao compravam o cartao de afiliac ao partid aria, as pessoas chegaram aconclus ` ao equivocada de que as Testemunhas de Jeov a se opunham ao governo e estavam tentando derrub a-lo. RUANDA 179

182 Palatin Nsanzurwimo com sua esposa ( ` adireita) e seus filhos Phocas Hakizumwami se lembra com um sorriso de satisfac ao: Os irmaos da Congregac ao Nyabisindu estavam entre os primeiros que foram presos. Visto que, mais cedo ou mais tarde, o restante de n os poderia ser preso, percebemos que nosso territ orio mudaria de fora da prisao para dentro dela. Entao, decidimos realizar primeiro uma grande campanha de pregac ao em nosso territ orio externo. Pregamos em feiras e mercados, e distribu ımos muitas revistas e livros. Oramos a Jeov a pedindo que nos ajudasse a cobrir nosso territ orio antes de sermos presos. E Jeov a nos ajudou, pois conseguimos isso em 1. o de outubro de Fomos presos umasemanadepois. No ano seguinte, Palatin Nsanzurwimo e sua esposa, Fatuma, foram presos por agentes de seguranca do Estado. Depois de um interrogat orio de oito horas e uma busca minuciosa em sua casa, eles foram levados para a prisao com seus tres ˆ filhos. A caminho da prisao, oirm ao mais novo de Palatin, que os seguia a certa 180 ANU ARIO DE 2012

183 distancia, ˆ se ofereceu para tomar conta do menino de 5 anos e da menina de 4 anos. Palatin e Fatuma foram colocados na mesma cela com sua filhinha de 1 ano e 2 meses. Fatuma depois foi transferida para outra prisao, onde ficou nove meses. Naquela epoca, os quatro filhos de Jean Tshiteya foram expulsos da escola. Pouco depois, quando ele voltou para casa, encontrou seus filhos sozinhos e a casa revirada, e descobriu que sua esposa havia sido presa. Nao muito tempo depois, o pr oprio Jean foi detido e levado para a prisao em Butare, onde estavam sua esposa e outros irmaos. Depois, todososirm aospresosembutare foram transferidos para a prisao Os irmaos se central em Kigali. Nesse per ıodo, cumprimentavam, os irmaos dizendo: Komera!, de Kigali cuidaram dos que significa filhos de Jean. Animo! ˆ Eleselembra: Quandoeram trazidos de outras prisoesparaapris ao central em Kigali, os irmaos se cumprimentavam com alegria, dizendo: Odette Mukandekezi Komera!, que significa Animo!. ˆ Quando um dos guardas ouviu esse cumprimento, retrucou: Voces ˆ sao loucos! Como algu em pode ficar animado na prisao? Apesar dessas detenc oes, pessoassincerasn ao desistiram, e a perseguic ao muitas vezes teve resultados positivos. Odette Mukandekezi, uma irma ativa e extrovertida, foi uma das muitas Testemunhas de Jeov a RUANDA 181

184 Henry Ssenyonga em sua moto presas na epoca. Ela conta: Durante a perseguic ao, irmaos foram presos e espancados. Certo dia, passamos por uma menininha chamada Josephine, que estava cuidando do gado. Ela possu ıa uma B ıbliaehavialido que os primeiros cristaos foram caluniados, perseguidos, acoi- tados e presos. Visto que ela sa- bia que as Testemunhas de Jeov a estavam sendo perseguidas, concluiu que eram a religiao verdadeira e pediu um estudo b ıblico. Hoje ela euma irma batizada. Durante a proscric ao, Gaspard Niyongira trabalhava como motorista de caminhao e viajava com frequen- cia a Nair obi, no Quenia. ˆ Ao voltar para Ruanda, ele ˆ trazia publicac oes escondidas num compartimento secreto de seu caminhao, em que cabiam seis caixas de publicac oes. Na mesma epoca, Henry Ssenyonga, do oeste de Uganda, regularmente atravessava a fronteira trazendo revistas em sua moto. As reunioes congregacionais tinham de ser realizadas em grupos pequenos. Se suspeitassem que as Testemunhas de Jeov a realizavam reunioes, as autoridades fariam uma busca. Gaspard Niyongira se lembra: Mandei construir um anexo aminhacasa,ondepod ıamos nos reunir secretamente. Enterr avamos nossas ` publicac oes embaladas em sacos pl asticos e as cobr ıamos com carvao. 182 ANU ARIO DE 2012

185 Com o in ıcio da onda de detenc oes, Jean-Marie Mutezintare, que na epoca era rec em-batizado, conseguiu assistir ao Congresso Internacional Especial Mantenedores da Integridade em Nair obi, em dezembro de No caminho de volta para Ruanda, ele e Isaie Sibomana conseguiram revistas com os irmaos do oeste de Uganda. Na fronteira, os agentes encontraram as revistas, algemaram os irmaos e os levaram para ser interrogados e passar a noite numa cela fria. Nao demorou muito e os irmaos j aestavamnapris ao central em Kigali. Ali encontraram cerca de 140 irmaos e irmas que estavam presos e que ficaram muito contentes de ouvir em primeira mao um relat orio do congresso em Nair o- bi. Com certeza, o que disseram foi encorajador e ajudou a fortalecer os irmaos. Os irmaospresosrealizavamreuni oes e organizavam a pregac ao. Al em de pregar aos presos, eles tamb em ensinavam alguns a ler e escrever. Tamb em estudavam a B ıblia com pessoas interessadas e ajudaram a preparar muitos novos publicadores para o batismo. Alguns deles j a estavam estudando quando foram presos, e outros aprenderam a verdade na prisao. UMA VISITA DO SUPERINTENDENTE DE CIRCUITO NA PRISAO Um dos irmaos descreve o que aconteceu na prisao em Kigali em 1986: Muitos irmaos estavam l a. Fizemos uma reuniao para ver como poder ıamos ajudar os irmaos fora da prisao. Decidimos escrever uma carta para encoraj a-los. Escrevemos que, quando cobr ıssemos nosso territ orio na prisao, voltar ıamos para casa. Assim, pregamos a cada um dos prisioneiros e dirigimos estudos b ıblicos. Depois, ficamos sabendo que um superintendente de circuito estava visitando as congregac oes da regiao e, como tamb em quer ıamos uma visita, RUANDA 183

186 oramos a Jeov a sobre isso. Pouco tempo depois, aquele superintendente de circuito, Gaspard Rwakabubu, foi preso pela segunda vez. Do nosso ponto de vista, isso aconteceu para que pud essemos ter uma visita do superintendente. Durante a perseguic ao, s oumirm ao transigiu. Quando ele colocou o emblema do partido pol ıtico, os prisioneiros que nao eram Testemunhas de Jeov abateram nele, o chutaram e o insultaram, chamando-o de covarde. Sua esposa, que estava estudando a B ıblia, lhe perguntou por que nao tinha permanecido fiel. Arrependido, ele mais tarde escreveu uma carta aos ju ızes dizendoquehaviacometidoumerroequeaindaera Testemunha de Jeov a. At e mesmo escreveu asededo ` Quenia ˆ para pedir desculpas. Hoje ele serve a Jeov afielmente. APREGA CAO FORA DA PRISAO PROSSEGUE Os que nao tinham sido presos continuaram a pregar com zelo, dedicando uma m edia de 20 horas por mes ˆ aprega ` cao. Um desses irmaos, Alfred Semali, se lembra: Embora nunca tivesse sido preso, eu sabia que isso poderia acontecer e estava preparado. Visto que o Salao do Reino estava fechado, n os nos reun ıamos em pequenos grupos e continu avamos pregando. Eu colocava as revistas num envelope pardo, ia acidadecomo ` se estivesse procurando emprego e ficava atento a oportunidadesparaoferecerasrevistasefalarsobreab ı- blia. Em 1986, muitos irmaos e pessoas interessadas foram presos, mesmo os que estavam estudando a B ıblia havia pouco tempo. Foi impressionante ver como eles se mantiveram ıntegros. Enquanto isso, Testemunhas de Jeov adev arios pa ıses escreveram para o presidente de 184 ANU ARIO DE 2012

187 ` ` Jeov avir a atr as de n os! EMMANUEL NGIRENTE ANO DE NASCIMENTO 1955 ANO DE BATISMO 1982 RESUMO BIOGR AFICO Faz parte da Comissao de Filial de Ruanda e e superintendente do Departamento de Traduc ao. EM 1989, eu era pioneiro no leste de Ruanda. Entao, no fim daquele ano, fui designado para o escrit orio de traduc ao. Como eu nao tinha nenhuma experiencia ˆ em traduc ao, fiquei preocupado e achava que nao estava a ` altura dessa designacao. Mesmo assim, comecei a traduzir tres ˆ publicac oes. Encontramos uma casa para alugar e conseguimos alguns dicion arios. Asvezes,eutrabalhavaanoiteinteiraebebiacaf e para me manter acordado. Quando o ex ercito invasor atacou em outubro de 1990, algumas pessoas suspeitaram que as Testemunhas de Jeov a estivessem envolvidas com as forcas invasoras. Os agentes de seguranca comecaram a averiguar isso. Visto que trabalhava em casa, acharam que eu era um desempregado e quiseram saber o que estava fazendo. Certa vez, eu havia datilografado a noite inteira e, as 5 horas da manha, tentei dormir. De repente, os agentes de seguranca chegaram para fazer busca. Eles ordenaram que eu deixasse a casa para participarnumaobracomunit aria. Enquanto eu estava fora, as autoridades locais reviraram minha casa. Quando voltei, meus vizinhos disseram que um policialeummembrodoconselholocaltinhamficadouma hora lendo minhas traduc oes, que faziam v arias referencias ˆ a Jeov a. Por fim, eles disseram: Vamos embora desta casa antes que Jeov avenhaatr as de n os!

188 Ruanda protestando contra o tratamento injusto dado aos irmaos, e noticiou-se no r adio que ele recebia centenasdecartastododia.issodeucerto,poisosirm aos e as pessoas interessadas foram libertados por decreto presidencial no ano seguinte. N os ficamos muito felizes. Logo depois, os anciaos organizaram um batismo em Kigali, e 36 dos que foram libertados se batizaram. Dentre esses, 34 iniciaram imediatamente o servico de pioneiro auxiliar. No momento mais intenso da perseguic ao em 1986, uma m edia de 435 publicadores relatava atividades, dos quais 140 tinham sido presos. Esses irmaos formaram o n ucleo da organizac ao de Jeov aemruanda.sua f e tinha uma qualidade provada. Tia. 1:3. Por fim, ap osaturbulentad ecada de 80, as congregac oes em Ruanda entraram num per ıodo de relativa paz e prosperidade espiritual. Mas o que o futuro traria? Mais pessoas estavam aceitando a verdade. Ser a que os novos tamb em seriam disc ıpulos constru ıdos com materiais aprovadefogo?(1cor.3:10-15)ser ` aque sua f esobreviveria as ` provas que ainda estavam por vir? S ootempodiria. GUERRA E INSTABILIDADE POL ITICA Em 1990, havia quase mil publicadores ativos em Ruanda. Mas o cen ario pol ıtico estava ficando inst a- vel e, em outubro, forcas da Frente Patri otica Ruandesa (FPR) invadiram o norte de Ruanda entrando por Uganda. Ferdinand Mugarura, um irmao corajoso que havia sido preso duas vezes por causa de sua f e, estava morando em Ruhengeri quando essa invasao comecou. Eleselembra: O odio e o orgulho tribal estavam se espalhando. Mas as Testemunhas de Jeov a mantiveram 186 ANU ARIO DE 2012

189 sua posic ao neutra e nao se envolveram com as facc oes pol ıticas e os preconceitos etnicos. Visto que os irmaos se recusaram a violar sua neutralidade, alguns tiveram de fugir de suas casas, e outros perderam o emprego. Uma irmaqueeraprofessora,vi uva e mae de tres ˆ filhos se recusou a fazer contribuic oes para o ex ercito. Por isso, o professor coordenador a denunciou as ` autoridades militares, e ela foi presa pela segunda vez; a primeira havia sido nos anos 80. Quando as forcas invasoras chegaram acidade,apris ` ao foi arrombada e todos os prisioneiros fugiram, mas ela ficou. Depois que o ex ercito invasor se retirou, ela foi presa novamente e transferidaparaapris ao central em Kigali. Como nao queria perder a Comemorac ao, orou pedindo para saber qual seria a data. Para sua grande surpresa, foi soltabemnodiadacomemora cao! Por causa de sua posic ao neutra, ela perdeu sua casa e o emprego de professora, mas se tornou uma zelosa pioneira. Com uma intervenc ao internacional, a invasao a partir de Uganda foi temporariamente interrompida. Em 1991, comecaram a surgir movimentos para instaurar uma pol ıtica multipartid aria no pa ıs. Alguns partidos maiores e v arios partidos menores foram formados, oquecriouumesp ırito de orgulho regional e tribal. Alguns partidos tinham objetivos mais razo aveis, mas outros eram militantes e extremistas. Pela primeira vez, aposi cao neutra das Testemunhas de Jeov afoivista de modo favor avel. Como nao tinham nenhuma ligac ao com as facc oes pol ıticas e tribais, os irmaos nao eram mais encarados como inimigos nem pelo governo nem pelas pessoas em geral. Em setembro de 1991, uma delegac ao de irmaos de outros pa ıses, acompanhada de dois irmaos ruandeses, Gaspard Rwakabubu e Tharcisse Seminega, visitou RUANDA 187

190 ` importantes ministros do governo em Kigali. Os irmaos conversaram com o novo Ministro da Justica, que os ouviu de modo compreensivo. Os irmaos lhe agradeceram pelas medidas positivas tomadas e lhe pediram para conceder liberdade religiosa total as Testemunhas de Jeov a. Em janeiro de 1992, antes de ser concedido o reconhecimento legal, os irmaosrealizaramumcongresso de distrito em Kigali. Godfrey e Jennie Bint relembram: N os est avamos servindo em Uganda na epoca e ficamos surpresos ao receber uma carta da sede do Que- ˆ nia. Eles nos pediram para passar tres ˆ semanas em Ruanda a fim de ajudar na organizac ao do congresso e na gravac ao do drama. Os irmaos foram extremamente hospitaleiros, e cada dia fomos convidados para tomar uma refeic ao com uma fam ılia diferente. Um est adio particular de futebol havia sido alugado, e os preparativos j a estavam bem adiantados quando n os chegamos. Os irmaos j atinhamagendadoagrava cao do drama, que ocorreu de maneira suave, apesar dos poucos equipamentos dispon ıveis. Embora muitos irmaos do norte do pa ıs nao Certificado de registro tivessem conseguido os documentos necess a- legal, 13 de abril de 1992 rios para viajar, e as fronteiras com Burundi e Uganda estivessem fechadas, havia pessoas na assistencia ˆ no domingo, e 75 foram batizadas. FINALMENTE O RECONHECIMENTO LEGAL Alguns meses depois, em 13 de abril de 1992, a obra 188

191 das Testemunhas de Jeov aporfim epelaprimeira vez foi legalmente registrada em Ruanda. Esse era o fim da longa batalha para proclamar as boas novas sob proscric ao, ameacas e prisoes. Os irmaos podiam aguardar uma nova era de crescimento e expansao teocr aticos. OCorpoGovernanten ao perdeu tempo e designou mission arios para o pa ıs. Os primeiros mission arios a obter vistos de residencia ˆ foram Henk van Bussel, que j a tinha servido no Chade e na Rep ublica Centro-Africana, e Godfrey e Jennie Bint, que j a tinham servido em Uganda e no Zaire (hoje Rep ublica Democr atica do Congo). Designou-se uma Comissao do Pa ıs para supervisionaraobradeprega cao. Godfrey Bint conta o que aconteceu quando eles chegaram ao pa ıs com Henk van Bussel: Logo encontramos uma casa adequada para um lar mission ario bem perto do Salao do Reino. Mergulhamos de cabeca no estudo do quiniaruanda e percebemos que seria um desafio e tanto, assim como foi para os primeiros pioneiros especiais na d ecada de 70. Um dos livros did aticos dizia: As letras CW juntas sao pronunciadas TCHKW. Tamb em nos lembramos das palavras da irmaqueera nossa professora: Voces ˆ s ov ao conseguir pronunciar corretamente o shy de isi nshya [a nova terra] se sorrirem. Mais tarde naquele ano, um novo auge de publicadores foi atingido e, em janeiro de 1993, outro congresso de distrito foi realizado em Kigali. Dessa vez, a assistencia ˆ foi de pessoas, e 182 foram batizadas. Kiala Mwango foi o representante da sede do Quenia. ˆ Naquela epoca, ningu em poderia imaginar que, em 2006, a sede seria constru ıda no terreno bem em frente ao est adio em que realizamos o congresso. RUANDA 189

192 Apesar de outra invasao a partir do norte, a pregac ao nao diminuiu. Em 1993, o ex ercito invasor j atinhachegado a poucos quilometros ˆ de Kigali. As fronteiras com Uganda continuavam fechadas, e ouvia-se o barulho de artilharia pesada bem atr as dos morros perto da capital. Cerca de 1 milhao de pessoas tinham fugido do norte do pa ıs. Isso inclu ıa 381 irmaos e irmas, que foram acolhidos pelos irmaos de Kigali e das redondezas. Mas em Arusha, Tanzania, ˆ negociou-se um cessar-fogo e foi estabelecida uma zona-tampao. O governo concordou em dividir o poder com as forcas invasoras e v arios partidos pol ıticos. UM DIA DE ASSEMBLEIA ESPECIAL MUITO ESPECIAL Naquele ano, programou-se um dia de assembleia especial no Est adio Regional de Kigali. Mas a administrac ao do est adio tinha agendado um jogo de futebol para as 3 horas da tarde no mesmo dia da assembleia. Irmaos retirando o palco para o in ıcio do jogo de futebol

193 Os irmaos assistiram asess ` ao da manha, mas, antes do in ıcio da sessao da tarde, os torcedores comecaram a entrar, e os policiais nao conseguiram impedi-los. O administrador do est adio disse que o jogo s oacabariadepois das 6 horas da tarde. Assim, os irmaos sa ıram do est adio e voltaram as ` 6 horas para assistir ao restante do programa. Os irmaos ficaram preocupados por causa do toque de recolher que estava em vigor. Nao se permitia que ve ı- culos circulassem depois das 6 horas da tarde e que as pessoas ficassem na rua ap os as 9 horas da noite. No entanto, por volta das 7 horas da noite, foi anunciado no r adio que o toque de recolher havia sido adiado para as 11 horas da noite. Al em disso, nao se tinha garantia de que haveria eletricidade para a iluminac ao. Visto que o contrato de aluguel do est adio havia sido desrespeitado, o prefeito de Kigali providenciou que se fornecesse energia para a assembleia. Ele at emesmoprovidenciou transporte de graca, que ficou adisposi ` cao dos irmaos ap os o programa. Assim, eles puderam assistir atodaaassembleia.imagineasurpresaquetiveramao sair do est adioeverummontede onibus ˆ esperando por eles! G unter Reschke visitou Ruanda no fim de setembro de Ele se lembra: Fui enviado pela sede do Que- ˆ niaparakigaliafimdeservircomoinstrutordaescola do Minist erio do Reino com Gaspard Rwakabubu. Na epoca s ohavia63anci aos em Ruanda, embora o n umero de publicadores tivesse aumentado para J a havia muita tensao no pa ıs, e ouvimos rumores de conflitos no norte. Naturalmente, ningu em imaginava os tempos terr ıveis que viriam, mas a escola com certeza forneceu alimento espiritual no tempo certo. Ela fortaleceu a f edosanci aos, capacitando-os como pastores, RUANDA 191

194 exatamente o que eles precisariam com a aproxima c ao dasnuvensnegrasdaguerra. PLANOS PARA ESTABELECER UM ESCRIT ORIO No fim de marco de 1994, Leonard Ellis e sua esposa, Nancy, vieram de Nair obiparaassistiraalgunsdias de assembleia especial e ajudar no escrit orio de traducao. A sede em Nair obi tinha recomendado que o lar mission ario e o escrit orio de traduc ao em Ruanda fossem combinados. Na segunda-feira, 4 de abril, o Estudo de ASentinelateve na assistencia ˆ uma equipe ampliada de traduc ao, a Comissao do Pa ıs, os mission arios e o casal Ellis. Foi uma ocasiao memor avel, o in ıcio de uma expansao ainda maior. Ao concluir seu trabalho, o casal Ellis saiu do pa ıs no que foi o ultimo voo de passageiros a sair de Kigali por v arios meses. Na tarde seguinte, Gaspard Rwakabubu telefonou para o lar mission ario para avisar que a em- Leonard e Nancy Ellis (centro) com as fam ılias Rwakabubu e Sombe

195 baixadarussahaviarenunciadoa ` posse de um terreno em que os irmaos esperavam construir o pr edio onde funcionaria o escrit orio do pa ıs. Agora o terreno poderia ser concedido as ` Testemunhas de Jeov a, e haveria uma reuniao sobre isso na manha seguinte, quinta-feira, 7 de abril. Mas essa reuniao nunca aconteceu. COMECA O GENOC IDIO Nanoitedequarta-feira,6deabril,umavi ao foi derrubado e pegou fogo perto de Kigali. A bordo estavam os presidentes de Ruanda e de Burundi. Ningu em sobreviveu. Poucas pessoas ficaram sabendo do acidente naquela noite; a r adio oficial nao noticiou o acontecido. Os tres ˆ mission arios, Henk van Bussel e o casal Bint, nunca se esqueceraodosdiasqueseseguiram. Oirm ao Bint explica: Cedo na manha do dia 7 de abril, acordamos com o barulho de tiros e explosoes de granada. Isso nao foi nenhuma surpresa, j aqueasitua cao pol ıtica do pa ıs nos ultimos meses tinha se tornado Destroços do acidente de avi aopertodekigali RUANDA 193

196 Um milh ao de mortos em cem dias O genoc ıdio em Ruanda em 1994 foi um dos piores da hist oria moderna. Do in ıcio de abril a meados de julho de 1994, pessoas da etnia majorit aria hutu desse pequeno pa ıs da Africa Central sistematicamente assassinaram membros da minoria etnica t utsi. Um regime hutu extremista, temendo a perda de poder em face de um movimento democrata e uma guerra civil, planejou a eliminac ao de todos tanto hutus moderados como t utsis que considerava uma ameaca a ` sua autoridade. O genoc ıdio s oterminou quando um ex ercito rebelde de maioria t utsi ocupou o pa ıs e mandou os genocidas para o ex ılio. Num per ıodo de apenas cem dias, 1 milhao de pessoas perderam a vida no genoc ı- dio e na guerra, tornando a matanca de ruandeses uma das maiores ondas de assassinato registradas na Hist oria. Encyclopedia of Genocide and Crimes Against Humanity (Enciclop edia de Genoc ıdio e Crimes contra a Humanidade). Cerca de 400 Testemunhas de Jeov a morreram no genoc ıdio, incluindo hutus que foram mortos por proteger seus irmaos t utsis. Nenhuma Testemunha de Jeov afoimortapelas maos de outra Testemunha de Jeov a. Refugiados fugindo de Ruanda

197 extremamente inst avel. Mas, enquanto prepar avamos o caf edamanh a, recebemos um telefonema. Emmanuel Ngirente, que estava no escrit orio de traduc ao, nos disse que a r adio local tinha anunciado a morte dos dois presidentes no acidente de aviao. O Ministro da Defesa aconselhou todos em Kigali a nao sair de casa. Por volta das 9 horas da manha, ouvimos saqueadores invadindo a casa de nossos vizinhos. Eles roubaram o carro e mataram a mae da fam ılia. Em pouco tempo, vieram soldados e saqueadores, bateramemnossoport ao de metal e tocaram a campainha. Ficamos quietos e nao sa ımos para atende-los. ˆ Por algum motivo, eles nao tentaram forcar o portao, mas foram para outras casas. O barulho de disparos de armas autom aticas e de explosoes continuou vindo de todos os lados; nao pod ıamos nem pensar em fugir. Visto que obarulhodostiroseraaltoepareciavirdeperto,nos refugiamos no corredor entre os quartos, no meio da casa, para nos proteger de balas perdidas. Percebendo que a situac ao nao ia melhorar tao cedo, decidimos racionar nossa comida por fazer apenas uma refeic ao por dia, que tom avamos juntos. No dia seguinte, assim que acabamos de almocar e enquanto ouv ıamos as not ıcias internacionais no r adio, Henk gritou: Eles estao pulandoonossomuro! Quase nao tivemos tempo para pensar. Corremos para o banheiro e trancamos a porta. Oramos juntos pedindo a Jeov a que nos ajudasse a suportar o que quer que acontecesse. Antes de terminarmos a oracao, ouvimos a mil ıcia e os saqueadores quebrando as janelas e arrombando as portas. Em questao de minutoselesj a estavam dentro da casa, gritando e virando os m oveis. Com a mil ıcia havia uns 40 saqueadores homens, mulheres e criancas. Tamb em ouvimos RUANDA 195

198 tirosenquantoelesbrigavampelosobjetosqueencontravam. Depois de uns 40 minutos que pareceram uma eternidade, eles tentaram abrir a porta do banheiro. Como estava trancada, eles comecaram a arromb a-la. Nessa hora percebemos que ter ıamos de sair. Os homens estavam drogados e fora de si. Eles nos ameaca- ram com facas e facoes. Jennie invocava bem alto o nome de Jeov a. Um deles deu uma pancada com a lateral do facao no pescoco de Henk, e ele caiu dentro da banheira. Nao sei como, mas encontrei dinheiro e o entreguei aos agressores, e eles comecaram a brigar por ele. Foi a ı que percebemos um jovem nos encarando. Nao sab ıamos quem era, mas ele nos reconheceu, provavelmente da pregac ao. Ele nos empurrou para dentro do banheiro, nos mandou fechar a porta e disse que nos protegeria. O saque continuou por mais uns 30 minutos, e por fim tudo ficou quieto. Depois, o jovem voltou e disse que pod ıamos sair. Insistindo que dev ıamos ir embora imediatamente, ele nos levou para fora da casa. Nao paramos para pegar nada. Ficamos horrorizados ao ver os corpos de alguns de nossos vizinhos que tinham sido assassinados. Dois membros da Guarda Presidencial nos escoltaram at e a casa de um oficial militar ali perto. Entao, o oficial nos escoltou at e o Hotel Mille Collines, onde muitas pessoas haviam se refugiado. Finalmente, em 11 de abril, fomos levados para o Quenia. ˆ Depois de muitas horas de ansiedade e de uma estressante operac ao militar que nos transportou por um caminho menos conhecido, chegamos ao aeroporto, onde entramos pelos fundos. Ao chegar a ` recepc ao do Lar de Betel em Nair obi, no Quenia, ˆ est avamos com o cabelo despenteado e as roupas amarrotadas. Henk, que ficou 196 ANU ARIO DE 2012

199 C ˆ amaras da morte Os organizadores do genoc ıdio se aproveitaram do hist orico conceito de santu ario para iludir dezenas de milhares de t utsis a se refugiar em igrejas, com falsas promessas de protecao; da ı, os desafortunados que haviam procurado ref ugio foram sistematicamente assassinados pela mil ıcia hutu e pelos soldados, que jogaram granadas e atiraram nas multidoes reunidas nas igrejas e escolas; depois usaram facoes, foices e facasparamatarmetodicamenteosquetinhamsobrevivido... No entanto, o envolvimento das igrejas foi muito al em do uso passivo de seus pr edios como camaras ˆ da morte. Em algumas comunidades, os cl erigos, os catequistas e outros funcion arios da Igreja usaram seu conhecimento da populac ao local a fim de identificar os t utsis para que fossem eliminados. Em outros casos, os pr oprios religiosos participaram ativamente da matanca. Christianity and Genocide in Rwanda (Cristianismo e Genoc ıdio em Ruanda). A principal alegac ao contra a Igreja [Cat olica] equeela trocou sua lealdade aelitet ` utsi pela criac ao de uma revoluc ao liderada pelos hutus, ajudando assim a subsequente ascensao de Habyarimana ao poder num Estado de maioria hutu. Quanto ao genoc ıdio em si, os cr ıticos mais uma vez responsabilizam diretamente a Igreja por incitar o odio, acobertar os criminosos e falhar em proteger os que vieram procurar ref ugio em seus dom ınios. H a ainda os que acreditam que, como l ıder espiritual da maioria da populac ao de Ruanda, a Igreja emoralmente respons avel por nao ter tomado todas as medidas dispon ıveis para acabar com a matanca. Encyclopedia of Genocide and Crimes Against Humanity (Enciclop edia de Genoc ıdio e Crimes contra a Humanidade).

200 separado de n os durante a operac ao, chegou algumas horas depois. Ficamos emocionados com o carinho e o apoio que recebemos da fam ılia de Betel. SALVOS PELA ORAC AO DE UMA MENININHA No dia seguinte ao acidente de aviao em que morreram os presidentes de Ruanda e de Burundi, seis soldados do governo foram a ` casa de Gaspard Rwakabubu. Estavam com os olhos vermelhos, seu h alito cheirava a alcool, e pareciam estar drogados. Eles exigiram armas. Gaspard disse que ele e sua fam ılia eram Testemunhas de Jeov aen ao tinham nenhuma arma. Ao ouvirem isso, os soldados ficaram furiosos, pois sabiam que as Testemunhas de Jeov a, por causa de sua neutralidade, haviam se recusado a apoiar o governo e nao tinham feito contribuic oes para o ex ercito. O casal Rwakabubu nao era t utsi, mas a mil ıcia hutu Interahamwe estava matando nao s oostutsis, mas tamb em hutus moderados, especialmente quando suspeitavam que eram simpatizantes dos t utsis ou do ex ercito invasor. Os soldados surraram Gaspard e Melanie com paus e os levaram com seus cinco filhos para o quarto. Da ı, arrancaram os lenc ois da cama e comecaram a cobrir a fam ılia com eles. Alguns seguravam granadas, de modo que sua intenc ao era obvia. Gaspard pediu: Por favor, podemos fazer uma orac ao? Um soldado desdenhosamente negou o pedido deles. Entao, depois de discutirem o assunto, os soldados com relutancia ˆ deixaram que orassem, dizendo: Tudo bem, voces ˆ tem ˆ dois minutos. Eles oraram em silencio, ˆ mas a filha deles, Deborah, de 6 anos, orou em voz alta: Jeov a, eles querem matar a gente. Mas como vamos revisitar as pessoas com quem 198 ANU ARIO DE 2012

201 Faltou fraternidade, diz este letreiro numa igreja cat olica em Kibuye (hoje Karongi) eu e papai falamos e com quem eu deixei cinco revistas? Elas estao esperando a gente e precisam aprender a verdade. Eu prometo que, se o Senhor nos salvar, vou ser publicadora, me batizar e ser pioneira! Jeov a, salve a gente! Ao ouvir isso, os soldados ficaram impressionados. Por fim, um deles disse: Por causa da orac ao dessa menininha, nao vamos matar voces. ˆ Se outros vierem, digam que j aestivemosaqui. ASITUA CAO PIORA Aospoucos,aguerraseintensificouamedidaqueo ` ex ercito invasor (a Frente Patri otica Ruandesa) avanca- va para a capital, Kigali. Isso levou os desesperados Deborah realmente se tornou publicadora, foi batizada aos 10 anos e hoje e pioneira regular com sua mae. RUANDA 199

202 ` soldados da mil ıcia Interahamwe a matar ainda mais pessoas. Bloqueios com soldados, homens armados da Interahamwe e moradores locais foram montados na cidade inteira e em todos os cruzamentos de estrada. Todososhomensfisicamentecapazesforamobrigadosa ficar dia e noite nos bloqueios com a Interahamwe. O objetivo desses bloqueios era identificar e matar t utsis. Amedidaqueamatan ca continuava em todo o pa ıs, centenas de milhares de ruandeses abandonaram suas casas. Muitos deles, incluindo Testemunhas de Jeov a, buscaram ref ugio nos vizinhos Congo e Tanza- ˆ nia. F E E CORAGEM AO ENFRENTAR A GUERRA E A MORTE Aseguir,vocˆ eler aosrelatosdenossosirm aos e irmas que viram seu mundo desabar asuavolta.lembrese que as Testemunhas de Jeov aemruandahaviam ` passado por provas severas nos anos 80, provas essas que fortaleceram e refinaram sua f eecoragem.af e desses irmaos os ajudou a nao fazer parte do mundo. (Joao 15:19) Assim, eles se recusaram a se envolver com eleic oes, mil ıcias locais e assuntos pol ıticos. Sua coragem os ajudou a enfrentar as consequencias ˆ disso: zombaria, prisoes, perseguic ao e morte. Essas qualidades provadas, bem como seu amor a Deus e ao pr oximo, nao s o ajudaram as Testemunhas de Jeov aan ao ter parte no genoc ıdio, mas tamb em as motivaram a arriscar a vida para proteger umas as ` outras. Muitas experiencias ˆ nao foram inclu ıdas. Visto que nossos irmaos nao buscam vinganca, a maioria deles prefere esquecer os terr ıveisdetalhes.esperamosquea hist oria de f e desses irmaos motive todos n os a demonstrar de modo mais pleno o amor que identifica os verdadeiros disc ıpulos de Jesus Cristo. Joao 13:34, ANU ARIO DE 2012

203 Como podemos matar algu em que todo mundo quer defender? JEAN-MARIE MUTEZINTARE ANO DE NASCIMENTO 1959 ANO DE BATISMO 1985 RESUMO BIOGR AFICO Um irmao fiel que temumsorrisocalorosoetrabalha como construtor. Ficou preso por oito meses em 1986, logo depois de seu batismo. Em 1993, casou-se com Jeanne e hoje serve como coordenador da Comissao do Salao de Assembleias de Kigali. EM 7 DE ABRIL, eu e minha esposa, Jeanne, e nossa filha, Jemima, de apenas 1 mes ˆ de idade, fomos subitamente acordados pelo barulho de um tiroteio. De in ıcio, achamos que era apenas uma manifestac ao pol ıtica, mas logo ficamos sabendo que a mil ıcia Interahamwe havia iniciado uma matanca sistem atica de todos os t utsis. Visto que eramos t utsis, nao nos atrevemos a sair de casa. Oramos com fervor ajeov aparanosajudarasaberoquefazer.nessemeiotempo, tres ˆ corajosos irmaos hutus Athanase, Charles e Emmanuel arriscaram a vida para nos trazer comida. Por cerca de um mes, ˆ eu e minha esposa tivemos de nos esconder nas casas de v arios irmaos. No auge da cacada aos t utsis, a mil ıcia veio com facas, lancas e facoes ao lugar onde eu estava escondido. Eu os vi se aproximando e corri omaisr apido que pude para me esconder no mato, mas eles me encontraram. Cercado por um grupo de homens armados, eu lhes disse suplicando que era Testemunha de

204 Jeov a,maselesgritaram: Vocˆ e e um rebelde! Eles me derrubaram no chao e me bateram com rifles e paus. A essa altura, uma multidao j a tinha se formado. No meio dela, havia um homem a quem eu tinha pregado. Ele corajosamente gritou: Parem de bater nele! Entao, um dos irmaos hutus, Charles, apareceu. Ao me verem ca ıdonoch ao, todo ensanguentado, a esposa e os filhos de Charles comecaram a chorar. Os assassinos ficaram transtornados e me deixaram ir, dizendo: Como podemos matar algu em que todo mundo quer defender? Charles me levou para a casa dele e cuidou de meus ferimentos. A mil ıcia nos advertiu que, se eu fugisse, eles matariam Charles no meu lugar. Nesse meio-tempo, eu havia sido separado de Jeanne e de nossa filhinha. Num terr ıvel ataque, Jeanne tamb em foi espancada e por pouco nao foi morta. Mais tarde, as pessoas lhe disseram que eu tinha sido morto. At emandaram que ela arrumasse uns lenc ois e fosse cobrir meu corpo. Na casa de Athanase, eu e Jeanne choramos aliviados ao nos encontrarmos. Apesar disso, ach avamos que morrer ıamos no dia seguinte. Esse foi outro dia de terror, um pesadelo, pois tivemos de nos esconder em v arios lugares. Eu me lembro de suplicar a Jeov aemora cao: O Senhor nos ajudou ontem. Por favor, nos ajude de novo. Queremos cuidar de nossa filha e continuar a servir ao Senhor! Durante a noite, tres ˆ irmaos hutus se arriscaram muito para nos levar para um lugar seguro, atravessando perigosos bloqueios de estrada. Eramos um grupo de cerca de 30 t utsis. Desse grupo, seis aceitaram a verdade. Mais tarde, soubemos que Charles e os irmaos continuaram a ajudar outros. Mas a Interahamwe ficou furiosa ao descobrir que eles haviam ajudado dezenas de t utsis a escapar. Por fim, a mil ıcia capturou Charles e um publicador hutu chamado Leonard. A esposa de Charles os ouviu dizer:

205 Voces ˆ vao morrer porque ajudaram os t utsis a fugir. Da ı mataram os dois. Isso faz lembrar as palavras de Jesus: Ningu em tem maior amor do que este, que algu em entregueasuaalmaafavordeseusamigos. Jo ao 15:13. Antes da guerra, quando eu e Jeanne est avamos planejando nos casar, decidimos que um de n os seria pioneiro. Mas, depois da guerra, visto que muitos de nossos parentes haviam sido mortos, passamos a cuidar de seis orf aos, apesar de j a termos duas filhas. Mesmo assim, Jeanne conseguiu ser pioneira e j aest a nesse servico h a12anos.al em disso, todos os seis orf aos, cujos pais nao eram Testemunhas de Jeov a, hoje sao batizados. Os tres ˆ meninos sao servos ministeriais, e uma das meninas serve com o marido em Betel. Com o tempo, tivemos mais dois filhos, e nossas duas filhas mais velhas sao batizadas. O casal Mutezintare com dois de seus filhos ecincodos orf aos que eles criaram RUANDA 203

206 S omantivemosoequil ıbrio emocional por causa da verdade Valerie Musabyimana e Angeline Musabwe sao irmas. Elas vem ˆ de uma fam ılia muito cat olica, e seu pai era presidente de uma das comissoes paroquiais. Valerie estudou quatro anos para ser freira. Mas, por ter se decepcionado com a conduta de um padre, deixou seus estudos em Mais tarde, ela estudou a B ıblia com as 204 ANU ARIO DE 2012

207 Testemunhas de Jeov a, foi batizada e, em 1979, comecou a servir como pioneira. Angeline, sua irma, tamb em estudou a B ıblia e foi batizada. Elas servem como pioneiras especiais na mesma congregac ao e j aajudarammuitas pessoas a aprender a verdade. Na epoca do genoc ıdio, Angeline e Valerie moravam em Kigali. Elas esconderam nove pessoas em sua casa, incluindo duas mulheres gr avidas; o marido de uma delas havia sido assassinado. Depois de um tempo, essa mulher deu a ` luz. Visto que era muito perigoso deixar a casa, as irmas ajudaram no parto. Quando os vizinhos ficaram sabendo disso, levaram agua e comida para elas. Quando os homens da Interahamwe souberam que Angeline e Valerie estavam escondendo t utsis, eles foram l a e disseram: Viemos matar as Testemunhas de Jeov at utsis. No entanto, visto que a casa que as irmas alugavam pertencia a um oficial do ex ercito, os assassinos ficaram com medo de entrar. Todosnacasasobreviveram. Por fim, quando a guerra se intensificou e os tiroteios se tornaram constantes, Angeline e Valerie tiveram de deixar a regiao. Elas fugiram com outras Testemunhas de Jeov a para Goma, onde os irmaoscongoleseslhesde- ram uma acolhida calorosa. Ali elas continuaram a pre- gar e dirigiram muitos estudos b ıblicos. Como elas lidaram com seus sentimentos ap os o genoc ıdio? Valerie disse com tristeza: Eu perdi muitos de meus filhos espirituais, incluindo EugeneNtabanaesua ` fam ılia. S omantivemosoequil ıbrio emocional por causa da verdade. Sabemos que Jeov a julgar aosmalfeitores. Depois da guerra, o dono da casa comecou a estudar a B ıblia. Ele morreu, massuaesposaeseusdoisfilhossetornaramtestemunhasdejeov a. RUANDA 205

208 Eles estavam dispostos a morrer por n os ALFRED SEMALI ANO DE NASCIMENTO 1964 ANO DE BATISMO 1981 RESUMO BIOGR AFICO Morou nos arredores de Kigali com sua esposa, Georgette. Alfred, um pai e marido amoroso, hoje faz parte da Comissao de Ligac ao com Hospitais de Kigali. DEPOIS que o genoc ıdio comecou, Athanase, um irmao hutu que morava perto de n os, mandou nos avisar: Eles estao matando todos os t utsis e vao matar voces ˆ tamb em. Ele insistiu que fossemos ˆ para sua casa. Antes da guerra, ele havia cavado um abrigo subterraneo ˆ de uns 3,5 metros de profundidade, e disse que poder ıamos nos esconder l a. Eu fui o primeiro a descer a escada que ele havia feito. Athanase arranjou comida e colchoes para n os. Enquanto isso, a matanca continuava a ` nossa volta. Embora os vizinhos suspeitassem que estiv essemos escondidos ali e ameacassem queimar a casa de Athanase, ele e sua fam ılia continuaram a nos esconder. Era obvio que eles estavam dispostos a morrer por n os. Depois de tres ˆ dias, houve um combate violento ali perto. Por isso, a fam ılia de Athanase se juntou a n os, e passamos a ser 16 pessoas naquele buraco. Permanec ıamos em total escuridao porque nao nos atrev ıamos a acender nenhuma luz. Todos os dias, cada um comia uma colher de arroz cru deixado de molho em agua com ac ucar. Depois de dez dias, at e mesmo isso acabou. No 13. dia, est avamos famintos. Oquepoder ıamos fazer? Do alto da escada, dava para ver 206 ANU ARIO DE 2012

209 um pouco do que acontecia l afora,epercebemosqueasituac ao tinha mudado. Pod ıamos ver soldados usando um uniforme diferente. J aqueafam ılia de Athanase havia me protegido, achei que era a minha vez de me arriscar. Decidi sair do buraco com um filho adolescente de Athanase para procurar comida. Mas, antes de sairmos, todos n os oramos. Depois de uns 30 minutos, voltamos com a not ıcia de queeraafrentepatri oticaruandesaquecontrolavaaregiao agora. Alguns soldados estavam conosco, e eu lhes mostrei nosso esconderijo. Eles s o acreditaram que havia tantas pessoas naquele buraco quando todos comecaram a sair, um por um. Georgette diz que nunca esquecer aaquele momento: Est avamos imundos; passamos quase tres ˆ semanas l a embaixo sem poder tomar banho nem lavar nossas roupas. Os soldados ficaram impressionados com o fato de pessoas dos dois grupos etnicos terem ficado juntas naquele buraco.euexpliquei: SomosTestemunhasdeJeov aen ao temos nenhum preconceito racial. Eles ficaram perplexos e disseram: Deem comida e ac ucar para eles! Entao eles nos levaram para uma casa onde cerca de cem pessoas estavam sendo abrigadas. Depois disso, uma irmainsistiuque todos n os 16pessoas fic assemos com sua fam ılia. Somos muito gratos por termos sobrevivido. Mas meu irmao, minha irmaesuasfam ılias todostestemunhas de Jeov a foram assassinados, bem como muitos conhecidos. Sofremos muito com essa perda, mas tamb em sabemosque otempoeoimprevistosobrevˆ em a todos n os. Georgette descreve nossos sentimentos assim: Perdemos muitos irmaos e irmas, e outros passaram por coisas terr ı- veis enquanto fugiam e se escondiam. Mas fortalecemos nossa relac ao com Jeov a por meio da orac ao e vimos que sua mao e poderosa. Ele nos consolou usando sua organizacaoparanosajudarnahoracerta,esomosmuitogratospor isso. Jeov anosaben coou muito. Ecl. 9:11.

210 ` Jeov a nos ajudou naquela epoca terr ıvel ALBERT BAHATI ANO DE NASCIMENTO 1958 ANO DE BATISMO 1980 RESUMO BIOGR AFICO Um calmo irmao hutu que eanci ao, casado e pai de tres ˆ filhos. Aesposaeafilhamaisvelhas ao pioneiras regulares. O filho e servo ministerial. Quando Albert comecou a frequentar as reunioes em 1977, havia apenas uns 70 publicadores no pa ıs. Em 1988, ele foi preso e espancado. Quando se recusou a usar o emblema do partido pol ıtico, um vizinho que havia sido soldadoespetouoalfinetedoemblemadiretamentenapeledele e disse com sarcasmo: Agora sim voceest ˆ a usando o emblema! DEPOIS que os presidentes morreram, alguns irmaos, parentes e vizinhos fugiram para minha casa. Mas eu fiquei preocupado com Goretti e Suzanne, duas irmas t utsis que nao estavam conosco. Apesar de ser extremamente perigoso, fui procur a-las. No meio das pessoas que estavam fugindo, encontrei Goretti e seus filhos, e os levei para minha casa, pois sabia que havia um bloqueio de estrada na direcao para onde iam, e eles com certeza seriam mortos. Alguns dias depois, Suzanne e outras cinco mulheres conseguiram se juntar a n os. Agora, com essas rec em-chegadas, havia mais de 20 pessoas na casa, todas correndo grande perigo. Pelo menos em tres ˆ ocasioes a Interahamwe foi aminha casa. Numa delas, eles viram minha esposa, Vestine, pela janela e a mandaram sair. Ela et utsi. Eu entrei na frente dela e disse: Voces ˆ vao ter de me matar primeiro! Depois 208 ANU ARIO DE 2012

211 de discutirem, eles a mandaram entrar na casa. Um deles disse: Eu nao quero matar mulheres; quero matar homens. Entao eles voltaram sua atenc ao para o irmao da minha esposa. Quando o levaram para fora, eu me coloquei entre eles e o jovem, e implorei: Pelo amor de Deus, nao o matem! Eu nao trabalho para Deus, retrucou um deles, dandome uma cotovelada. Mas ele acabou cedendo e disse: Entao, tome! Fique com ele! Assim, meu cunhado foi poupado. Cerca de um mes ˆ depois, dois irmaos vieram em busca decomida.vistoqueeutinhaumestoquedefeij ao, lhes dei um pouco, mas enquanto lhes mostrava um caminho seguro, ouvi um tiro e perdi a consciencia. ˆ Eu havia sido atingido no olho por um estilhaco de bala perdida. Um vizinho me ajudou a chegar ao hospital, mas acabei perdendo a visao no olho ferido. O pior de tudo era que eu nao podia voltar para casa. Nesse meio-tempo, o combate se intensificou, e se tornou perigoso demais para os irmaos que estavam l acontinuarem na minha casa. Assim, eles fugiram para as casas de outros irmaos, que arriscaram a vida para proteger todos eles. Essa situac ao continuou at e junho de S oconsegui reencontrar minha esposa e minha fam ılia em outubro daquele ano. Agradeco a Jeov apornosajudarnaquela epoca terr ıvel. Albert Bahati com sua fam ılia e outros que ele escondeu

212 Este e o caminho GASPARD NIYONGIRA ANO DE NASCIMENTO 1954 ANO DE BATISMO 1978 RESUMO BIOGR AFICO Sorridente e positivo, e um destemido defensor da verdade. Casado e pai de tres ˆ filhas, hoje Gaspard faz parte da Comissao de Filial de Ruanda. NA MANHA de 7 de abril, ouvi tiroteios logo cedo e, em seguida, vi umas 15 casas de t utsis em chamas. Visto que duas delas eram casas de irmaos, nos perguntamos: Ser a que a nossa ser aapr oxima? Fiquei extremamente preocupado com o que poderia acontecer com minha esposa, que era t utsi, e com minhas duas filhas. Ficamos sem saber o que fazer. Havia panico ˆ e confusao, al em de boatos e not ıcias falsas. Eu achei que seria melhor se minha esposa e filhas fossem para a casa de um irmao nas proximidades e depois eu me encontrasse com elas. Quando foi seguro ir l a, descobri que elas haviam sido obrigadas a fugir para uma grande escola. Naquela tarde, um vizinho me disse: Todos os t utsis refugiados na escola serao massacrados! Corri imediatamente para l a, encontrei minha esposa e filhas, reuni mais 20 pessoas, incluindo irmaos, e disse-lhes que voltassem para suas casas. Quando est avamos saindo, vimos a mil ıcia levando as pessoas para fora da cidade a umlugarondemaisde2milt utsis foram assassinados. Enquanto isso, a esposa de outro vizinho tinha dado a ` luz na escola. Quando a Interahamwe jogou uma granada 210 ANU ARIO DE 2012

213 na escola, o marido fugiu com o rec em-nascido. Em pani- co, a mae correu em outra direc ao. Apesar de ser t utsi, o ˆ pai conseguiu passar pelos bloqueios de estrada porque estava com o bebee,da ˆ ı, correu para nossa casa. Ele me pediu para arranjar leite para seu filho. Quando criei coragem para sair, acabei indo parar num bloqueio controlado pela mil ıcia. Achando que eu era simpatizante dos t utsis por tentar conseguir leite para um bebet ˆ utsi, eles disseram: Vamos mat a-lo! Um soldado me deu uma coronhada com o rifle, e eu perdi a consciencia, ˆ sangrando pelo nariz e no rosto. Achando que eu estava morto, eles me arrastaram para tr as de uma casa ali perto. Um vizinho me reconheceu e disse: Voceprecisair ˆ embora, senao eles voltarao para acabar com voce. ˆ Ele me ajudou a voltar para casa. Por mais doloroso que tenha sido, esse incidente acabou me protegendo. Visto que todos sabiam que eu era motorista, cinco homens vieram no dia seguinte para me obrigar a dirigir para um comandante militar. Mas, ao ver meus ferimentos, eles nao insistiram nem tentaram me forcarafazeraspatrulhascomainterahamwe. A seguir, vieram dias de medo, incerteza e fome. Certa vez, uma mulher t utsi entrou correndo na minha casa com seus dois filhos pequenos. N os a escondemos num arm a- rio na cozinha e colocamos as duas criancas com minhas filhas em outro comodo. ˆ O ex ercito invasor, a Frente Patri o- tica Ruandesa (FPR), avancava ainda mais, e surgiram boatos de que a Interahamwe estava matando todos os hutus casados com mulheres t utsis. Por isso, nossa fam ı- lia inteira se preparou para fugir novamente. No entanto, visto que a FPR j atinhatomadoaregi ao, os t utsis estavam fora de perigo. Mas agora eu corria o risco de ser morto. RUANDA 211

214 Entao, fui com alguns vizinhos ao bloqueio de estrada que agora era controlado pelos soldados da FPR. Quandomeviram umhutucomacabe ca enfaixada, pensaram que eu era da mil ıcia e gritaram: Entre voces ˆ h a assassinos e saqueadores, e mesmo assim voces ˆ estao pedindo ajuda! Quem de voces ˆ est aescondendoouprotegendo t utsis? Mostrei a mulher e as criancas que eu havia escondido. Chamando as criancas de lado, eles perguntaram: Quem e esse homem com a cabeca enfaixada? Elas responderam: Ele nao e da Interahamwe; ele etestemunhadejeov ae e bonzinho. Eu havia salvado a mulher t utsi e seus dois filhos, e agora eles estavam me salvando! Satisfeitos com a resposta, os soldados nos levaram para um campo a aproximadamente 20 quilometros ˆ de Kigali, onde havia cerca de 16 mil sobreviventes. Ali nos encontramoscomuns60irm aos de 14 congregac oes. Realizamos reunioes, e 96 pessoas compareceram aprimeira. Mas era muito dif ıcil quando fic avamos sabendo ` de amigos que tinham sido mortos ou de irmas que haviam sido estupradas. Eu era o unico anciao, e muitos irmaos precisavam de consolo e ajuda das Escrituras. Eu ouvia suas comoventes hist orias e lhes garantia que Jeov aosamavaecompreendiasuador. Finalmente, em 10 de julho, depois de muitas semanasdeterror,pudemosvoltarparanossoslares.eume lembro que, durante aquele per ıodo de medo e perigo, eu sempre pensava no cantico ˆ intitulado Este eocaminho. As palavras desse cantico ˆ me encorajaram muito: Jamais pensaremos em nos desviar, s onestecaminho iremos andar. 212 ANU ARIO DE 2012

215 AHIST ORIA DE JEAN ECHANTAL Jean de Dieu Mugabo, um irmao animado e a- moroso, comecou a estudar a B ıblia com as Testemunhas de Jeov aem Mesmo antes de seu batismo, em 1984, ele j a havia sido preso tres ˆ vezes por causa de sua posicao como Testemunha de Jeov a. Chantal tamb em foi batizada em 1984, e eles se casaram em Quando comecou o genoc ıdio, eles tinham tres ˆ filhas. As duas mais velhas estavam morando com os av os fora da cidade, e apenas a bebede6mesesestavacomjean ˆ echantal. No primeiro dia do genoc ıdio, 7 de abril de 1994, homens da Interahamwe e soldados comecaram a atacar as casas de todos os t utsis. Jean foi preso e espancado com paus, mas conseguiu escapar e, com outro irmao, correu para um Salao do Reino ali perto. Enquanto isso, sem saber o que havia acontecido com seu marido, Chantal desesperadamente tentava sair da cidade com a bebe ˆ para encontrar as outras duas filhas. Jean conta o que aconteceu com ele: No passado, osal ao do Reino havia sido uma padaria e ainda tinha uma grande chamin e. Por uma semana, eu e o irmao nosescondemosnosal ao do Reino, e uma irmahutu nos levava comida quando era seguro. Depois, tivemos de nos esconder no vao entre o forro e o telhado de zinco, que durante o dia era quente como um forno. Desesperados para encontrar um esconderijo melhor, RUANDA 213

216 ` conseguimos remover alguns tijolos da chamin eeentrar nela. Ficamos escondidos l a dentro, sempre aga- chados, por mais de um mes. ˆ Ali perto, havia um bloqueio de estrada, e os homens da Interahamwe costumavam entrar no Salao do Reino para conversar ou se proteger da chuva. N os os ouv ıamos falando bem embaixo de n os. A irmaconti- nuou a nos levar comida sempre que poss ıvel. As vezes, eu pensava que nao conseguir ıamosmaissuportar aquilo, mas continuamos a orar pedindo perseveranca. Por fim, em 16 de maio, a irmaveionosavisarque Da esquerda para a direita: (atr as) Andr etwahirwa, Jean de Dieu, Immacul ee, Chantal (com bebe) ˆ e Suzanne; (na frente) filhos do casal Mugabo: Jean-Luc e Agap e

217 afrentepatri otica Ruandesa tinha assumido o controledaqueleladodacidadeequepod ıamos sair do esconderijo. No entanto, o que havia acontecido com Chantal, a esposa de Jean? Ela continua: Consegui sair de casa com nossa bebe ˆ em 8 de abril. Encontrei duas irmas, Immacul ee, cujo documento de identidade dizia que ela era hutu, e Suzanne, que era t utsi. Pretend ıamos ir para Bugesera, uma cidade a uns 50 quilometros ˆ de distancia, ˆ onde minhas outras duas filhas estavam com meus pais. Mas, ao saber que havia bloqueios em todas as estradas que sa ıam da cidade, decidimos ir para um povoado nos arredores de Kigali, onde Immacul ee tinha um parente chamado Gahizi, que tamb em era hutu e Testemunha de Jeov a. Ele nos acolheu e, apesar de ameacas dos vizinhos, fez de tudo para nos ajudar. Quando os soldados do governo e a Interahamwe souberam que Gahizi havia protegido t utsis, o mataram a tiros. Depois disso, os soldados nos levaram ao rio para nos matar. Aterrorizadas, esperamos nosso fim. De repente, surgiu uma forte discussao entre os soldados, e um deles disse: Nao matem as mulheres. Isso d a azar. S o os homens devem morrer. Da ı, um dos irmaos que estavam nos seguindo, Andr etwahirwa,ques o tinha uma semana de batismo, conseguiu nos levar para sua casa, apesar dos protestos de seus vizinhos. No dia seguinte, ele nos acompanhou de volta a Kigali, onde esperava achar um lugar seguro para n os. Ele nos ajudou a passar por alguns bloqueios extremamente perigosos. Immacul ee estava levando minha filhaparaque,senosparassem,abebˆ e fosse poupada. Eu e Suzanne hav ıamosrasgadonossosdocumentos numa tentativa de esconder nossa identidade. RUANDA 215

218 Num dos bloqueios, os homens da Interahamwe bateram em Immacul eeedisseram: Porquevocˆ eest a viajando com essas t utsis? Eles nao queriam permitir que eu e Suzanne pass assemos. Entao, Immacul ee eandr e continuaram at echegar acasadegaspard ` Rwakabubu. Correndo grande perigo, Andr evoltou comdoisoutrosirm aos, Simon e Mathias, para nos ajudar a passar pelo bloqueio. Eles me levaram para a casa do irmao Rwakabubu, e Suzanne foi para a casa de um parente. No entanto, era perigoso demais ficar na casa do irmao Rwakabubu. Por isso, com grande dificuldade, os irmaos conseguiram me levar para o Salao do Reino, onde outras Testemunhas de Jeov aestavamse escondendo. Dez irmaos e irmas, bem como outros t utsis que tinham fugido, j aestavaml a. Immacul ee era taolealqueserecusouamedeixar.eladisse: Se V edaste Bimenyimana dirigindo um estudo b ıblico 216 ANU ARIO DE 2012

219 eles a matarem e eu sobreviver, vou salvar sua filhinha. Enquanto isso, um irmao que morava ali perto, V edaste Bimenyimana, casado com uma t utsi, tinha acabado de levar sua fam ılia para um lugar seguro. Depois disso, ele voltou para ajudar os que haviam ficado no Salao do Reino a encontrar um ref ugio. Felizmente, todos sobreviveram. Algum tempo depois do genoc ıdio, Jean e Chantal souberamquesuasfilhasde2e5anoseospaisde Chantal tinham sido assassinados, al em de outras cem pessoas de sua fam ılia. Como eles lidaram com essas perdas terr ıveis? No in ıcio, foi insuport avel, disse Chantal. Ficamos meio que em estado de choque. Ningu em esperava que tantas pessoas fossem morrer. S opod ıamosdeixarascoisasnasm aos de Jeov aenosapegar aesperan ` ca de rever nossas filhas na ressurreic ao. ESCONDIDOS POR 75 DIAS Tharcisse Seminega foi batizado no Congo em Na epoca do genoc ıdio, ele morava em Butare, Ruanda, a uns 120 quilo- ˆ metros de Kigali. Ele conta: Depois da queda do aviao presidencial em Kigali, ouvimos falar que havia sido dada uma ordem para matar todos os t utsis. Dois A filha de Chantal hoje euma irma batizada. Tharcisse Seminega e sua esposa, Chantal

220 TharcisseeJustinaoladodacabanaemqueTharcisse esuafam ılia ficaram escondidos por um mes ˆ irmaos pretendiam nos ajudar a fugir atrav es de Burundi, mas todas as estradas e trilhas estavam sendo vigiadas pela Interahamwe. Jeov a, nao Eramos prisioneiros em nossa podemos fazer pr opria casa e nao t ınhamos como nada para salvar escapar. Quatro soldados estavam nossas vidas. S o vigiando nossa casa, e um deles havia posicionado uma metralhadora o Senhor pode! a menos de 200 metros de distan- cia. Numa orac ao fervorosa, implo- ˆ rei: Jeov a, nao podemos fazer nada para salvar nossas vidas. S o o Senhor pode! Perto do anoitecer, um irmao correu at e nossa casa, temendo que j aestiv essemos mortos. Os militares permitiram que ele entrasse e fi- 218 ANU ARIO DE 2012

221 casse alguns minutos. Ele ficou aliviado ao nos encontrar vivos, e deu um jeito de levar dois de nossos filhos para sua casa. Da ı,disseadoisoutrosirm aos, Justin Rwagatore e Joseph Nduwayezu, que minha fam ılia estava escondida e que precis avamos de ajuda. Eles vieram imediatamente naquela mesma noite e, apesar das dificuldades e perigos, levaram nossa fam ı- liaparaacasadejustin. Ficamos pouco tempo na casa dele porque, no dia seguinte, as pessoas souberam que est avamos nos escondendo l a. No mesmo dia, um homem chamado Vincent veio nos avisar que a Interahamwe estava se preparando para nos atacar e matar. Ele havia estudado a B ıblia com Justin, mas nao tinha tomado posic ao a favor da verdade. Vincent sugeriu que primeiro nos escondessemos ˆ no mato perto da casa de Justin. Entao, assim que anoiteceu, Vincent nos levou at esua casa. Ele nos escondeu numa cabana redonda de sape, ˆ sem janelas, que era usada para abrigar cabras. Passamoslongosdiasenoitesnaquelacabana, queficavapertodeumaencruzilhadaapoucosmetros do mercado mais movimentado da regiao. Dava para ouvir as pessoas conversando sobre seus planos para o futuro e o que tinham feito durante o dia, incluindo relatos assustadores sobre suas matancas. Tudo isso nos deixou com mais medo ainda, e continuamos orando por nossa sobrevivencia. ˆ Vincent fez de tudo para cuidar de nossas necessidades. Ficamos um mes ˆ l a.mas,pertodofimdemaio, o lugar ficou perigoso demais por causa da chegada dos homens da Interahamwe que estavam fugindo de Kigali. Os irmaos decidiram nos levar para a casa de um irmao que tinha um pequeno porao. Ele j aestava escondendo dois irmaos e uma irmaali.parachegar a ` RUANDA 219

222 ` casa dele, fizemos uma perigosa viagem de quatro horasemeiaap e. Estava chovendo muito naquela noite, e isso foi uma ben ˆ c ao, pois acabou nos escondendo dos assassinos. Esse novo esconderijo era um buraco de mais ou menos 1,5 metro de profundidade, com uma t abua que servia de porta. Para entrar no buraco, tivemos de descer por uma escada e, entao, nos agachar e rastejar por um t unel at echegaraumacˆ amara de uns 4 metros quadrados. O lugar cheirava a mofo, e apenas um pequeno feixe de luz entrava por uma rachadura. Eu, minha esposa e nossos cinco filhos dividimos esse espaco com mais tres ˆ pessoas. Todos n os ficamos seis semanas nesse buraco claustrof obico. Nao nos atrev ıamos nem a acender uma vela, pois isso poderia revelar nossa presenca. Mas, durante toda essa dificuldade e sofrimento, sentimos o apoio de Jeov a. Irmaos arriscaram a vida para nos levar comida, rem edios e palavras de encorajamento. As vezes, dava para acender uma vela durante o dia para lermos a B ıblia, ASentinelaou otextodi ario. Toda hist oria tem seu fim, continua Tharcisse. E essa hist oria terminou em 5 de julho de Vincent nos disse que Butare havia sido tomada pelo ex ercito invasor. Quando sa ımos do porao, algumas pessoas nao acreditaram que eramos ruandeses porque nossa pele estava p alida por falta de luz do sol. Al em disso, por um tempo, nao conseguimos mais falar em voz alta, apenas sussurrar. Levamos semanas para nos recuperar. Todos esses acontecimentos mexeram muito com minha esposa, que nos dez anos anteriores havia se recusadoaestudarab ıblia com as Testemunhas de Jeov a. Mas, depois de tudo o que aconteceu, ela come- 220 ANU ARIO DE 2012

223 cou a estudar a B ıblia. Quando lhe perguntaram por que, ela disse: Fiquei comovida com o amor que os irmaos demonstraram por n os e os sacrif ıcios que fizeram para nos salvar. Tamb em senti a mao poderosa de Jeov a, que nos salvou dos facoes dos assassinos. Ela se dedicou a Jeov aefoibatizadanaprimeiraassembleia ap os a guerra. Nao sabemos como retribuir a todos os irmaos que nos ajudaram a sobreviver por meio de suas ac oes e orac oes fervorosas. Sentimos seu amor profundo e sincero, capaz de vencer qualquer barreira etnica. AJUDA PARA QUEM DEU AJUDA Justin Rwagatore, um dos irmaos que ajudaram a salvar a fam ılia de Tharcisse Seminega, tamb em acabou precisando de ajuda. Em 1986, ele havia sido preso por se recusar a se envolver com o governo da epoca.algunsanosdepoisdeprotegerafam ılia Seminega, Justin e outros irmaos foram novamente presos por causa de sua posic ao neutra. Entao, Tharcisse fez parte de uma delegac ao que compareceu perante as autoridades locais para esclarecer a posic ao das Testemunhas de Jeov aemrela cao a ` pol ıtica. Ele explicou as ` autoridades que Justin tinha ajudado a salvar sua fam ılia. Por causa dessa conversa, todos os irmaos foram libertados. O exemplo de nossos irmaos durante o genoc ıdio motivou outras pessoas a aceitar a verdade. Suzanne Lizinde, uma cat olica de 60 e poucos anos, viu como a Igreja apoiou o genoc ıdio. A conduta das Testemunhas de Jeov adesuaregi ao durante o genoc ıdio e o amor existente entre elas a motivaram a fazer r apido progresso. Suzanne foi batizada em janeiro de 1998 e nunca perdeu nenhuma reuniao congregacional, mesmo RUANDA 221

224 tendo de caminhar 5 quilometros, ˆ subindo e descendo morros, para assistir a elas. Suzanne tamb em ajudou sua fam ılia a aprender a verdade. Hoje, um de seus filhos eanci ao, e um de seus netos e servo ministerial. CENTENAS DE MILHARES FOGEM Henk van Bussel, um mission ario que havia sido designado para Ruanda em 1992, foi para o Quenia ˆ em abril de Depois disso, ele viajou v arias vezes para Goma, no leste do Congo, a fim de participar no programa de ajuda humanit aria para refugiados ruandeses. No lado congoles ˆ da fronteira, os irmaos ficavam atentos, segurando publicac oes b ıblicas e cantando ou assobiando canticosdoreinoparaqueosirm ˆ aos que viessem de Ruanda os reconhecessem. Opˆ anico era generalizado. Com o avanco da guerra entre as forcas do governo e a Frente Patri otica Ruandesa, centenas de milhares de pessoas fugiram para o Congo e a Tanzania. ˆ O ponto de encontro dos irmaos quefugiamparagomaeraosal ao do Reino. Mais tarde, um campo de refugiados exclusivo para Testemunhas de Jeov a, seus filhos e pessoas interessadas foi estabelecido perto da cidade e chegou a abrigar mais de 2 mil pessoas. Os irmaos estabeleceram campos desse tipo em outros lugares no leste do Congo. Em sua maioria, os que fugiam eram hutus com medo de repres alias. Mas entre os irmaos que fugiam tamb em havia t utsis. Ajudar os t utsis a atravessar a fronteira e chegar at e Goma era muito perigoso, pois a matanca continuava. A certa altura, o custo para levar secretamente t utsisparaforadopa ıs equivalia a 100 d olares por pessoa. Depois de chegar ao Congo, os irmaos quiseram ficar juntos. Nao queriam ter nada a ver com a 222 ANU ARIO DE 2012

225 Ouvi algu em me chamar HENK VAN BUSSEL ANO DE NASCIMENTO 1957 ANO DE BATISMO 1976 RESUMO BIOGR AFICO Serviu no Betel da Holanda antes de cursar Gileade em Foi designado para a Rep ublica Centro-Africana, depois para o Chade e, em setembro de 1992, para Ruanda. Hoje serve com a esposa, Berthe, na sede de Ruanda. KIGALISUDfoiaprimeiracongrega cao em Ruanda a ` qual fui designado. L a havia muitas criancas, e os irmaos eram calorosos e hospitaleiros. Em 1992, havia apenas algumas congregac oesepoucomaisde1.500publicadores no pa ıs. Visto que as autoridades ainda nao confiavam em n os, de vez em quando a pol ıcia interrompia nossa pregacao para verificar nossos documentos. Quando o genoc ıdio comecou, fui obrigado a deixar o pa ıs.maspoucodepoisdechegaraoquˆ enia, me pediram para ajudar os refugiados no leste do Congo. De Nair obi, viajei para Goma, uma cidade congolesa na fronteira com Ruanda. Eu nunca havia estado ali e nao tinha nenhuma informac ao al em do nome de um anciao. Fiquei imaginando como eu o encontraria. Mas ao chegar pedi informacoesameutaxista.eleconsultououtrostaxistase,em meia hora, eu estava em frente acasadoanci ` ao. Dois irmaos de Ruanda, da Comissao do Pa ıs, puderam atravessar a fronteira para Goma, e eu lhes dei o dinheiro que havia recebido da sede do Quenia ˆ para ajudar os irmaos em Ruanda.

226 Na segunda vez que fui de Nair obi para Goma, lembrome de andar at e a fronteira de Ruanda. Apesar da curta distancia, ˆ demorei muito para chegar por causa da enorme multidao de refugiados ruandeses que vinha em sentido contr ario. De repente, ouvi algu em me chamar: Ndugu (irmao, em sua ıli) Henk! Ndugu Henk! Quando tentei ver de onde vinha a voz, me deparei com Alphonsine, uma menina de uns 14 anos de minha antiga congregac ao em Kigali. Ela havia se perdido de sua mae. Permanecemos juntos no meio daquela multidao, e eu a levei para o Salao do Reino que servia como ponto de encontro para os irmaos refugiados. Uma fam ılia congolesa cuidou dela, e depois disso uma irma refugiada, que era da mesma congregac ao de Alphonsine, tomou conta dela. Alphonsine mais tarde reencontrou sua mae em Kigali. Henk van Bussel com sua esposa, Berthe

227 Interahamwe, que atuava nos campos estabelecidos pelas Nac oes Unidas. Al em disso, a maioria dos que nao eram Testemunhas de Jeov a apoiava o governo que estava deixando o poder. Eles, e principalmente a Interahamwe, nao gostavam das Testemunhas de Jeov a porque elas nao tinham se juntado a eles. Os irmaos tamb em queriam se manter separados para que pudessem proteger seus irmaos t utsis. Visto que os irmaos que fugiram de Ruanda haviam abandonado tudo o que tinham, eles precisavam de ajuda. Essa ajuda veio de Testemunhas de Jeov ada B elgica, Congo, Franca, Quenia ˆ e Su ı ca, em forma de dinheiro, rem edios, alimentos e roupas, bem como m e- dicos e enfermeiros. Num dos primeiros voos de ajuda humanit aria chegaram muitas barracas pequenas enviadas pela sede da Franca. Mais tarde, a sede da B elgica enviou barracas maiores, que podiam abrigar fam ı- lias inteiras. Camas de campanha e colchoes infl aveis tamb em foram enviados. A sede do Quenia ˆ mandou mais de 2 toneladas de roupas e mais de 2 mil cobertores. OSURTODEC OLERA Depois de fugir de Ruanda, mais de mil Testemunhas de Jeov a e pessoas interessadas ficaram no Salao do Reino de Goma e no terreno vizinho. Infelizmente, por causa da grande quantidade de refugiados, houve um surto de c olera em Goma. A sede do Congo Kinshasa sem demora enviou medicamentos para combater a epidemia, e Henk Van Bussel voou de Nair obi para Goma com 60 caixas cheias de medicamentos. O Salao do Reino foi temporariamente usado como hospital, e fizeram-se esforcos para isolar os doentes. Loic Domalain e outro irmao, ambos m edicos, RUANDA 225

228 Goma, Congo Acima: campo de refugiados para Testemunhas de Jeov a ruandesas; abaixo: campo de refugiados para Testemunhas de Jeov a e outras pessoas Benaco, Tanz ˆ ania

229 junto com Aimable Habimana, um m edico assistente ruandes, ˆ deram tudo de si. O irmao Hamel, da Franca, tamb emfoidegrandeajudaduranteessa epoca dif ıcil, assim como muitos outros irmaos e irmas com experiencia ˆ na area m edica que vieram como volunt arios para cuidar dos doentes. Apesar dos grandes esforcos para evitar o cont a- gio, mais de 150 irmaosepessoasinteressadasfo- ram infectados, e cerca de 40 deles morreram antes que essa doenca mort ıfera pudesse ser contida. Depois, um grande terreno foi alugado e serviu de campo de refugiados para Testemunhas de Jeov a. Centenas de pequenas barracas foram montadas, e uma barraca maior que veio do Quenia ˆ serviu de hospital. Profissionais americanos da area de sa ude ficaram impressionados com a limpeza e a ordem do campo. No in ıcio de agosto de 1994, a Comissao de Ajuda Humanit aria de Goma estava cuidando de refugiados Testemunhas de Jeov a, criancas e pessoas interessadas. Ao mesmo tempo, havia muitos outros irmaos refugiados em Bukavu e Uvira, no leste do Congo, bem como em Burundi. Outros 230 estavam num campo de refugiados na Tanzania. ˆ Quando os irmaos do escrit orio de traduc ao em Kigali tiveram de fugir para Goma, eles alugaram uma casa a fim de continuar o servico de traduc ao. Esse servico s o prosseguiu porque os irmaos conseguiram salvar um computador e um gerador durante a guerra e os levaram de Kigali para Goma. Em Goma, praticamente nao havia servicos de telefonia e correio. No entanto, com a ajuda de Testemunhas de Jeov a que trabalhavam no aeroporto, os irmaos enviavam materiais de traduc ao e outros tipos de correspondencia ˆ num voo semanal de Goma para RUANDA 227

230 Nair obi. Os irmaos na sede do Quenia ˆ enviavam correspondenciaparagomadamesmamaneira. ˆ Emmanuel Ngirente e outros dois tradutores continuaram a realizar seu servico da melhor forma poss ı- vel, apesar das circunstancias ˆ dif ıceis. Durante a guerra, eles nao conseguiram traduzir todos os artigos de ASentinela,mas depois os artigos omitidos foram traduzidos e publicados em brochuras especiais, que foram consideradas no Estudo de Livro de Congregac ao. A VIDA NOS CAMPOS DE REFUGIADOS Enquanto a populac aoaindaestavafugindode Kigali, uma irma chamada Francine, que havia fugido para Goma ap os o assassinato de seu marido, Ananie, foi transferida para um dos campos das Testemunhas de Jeov a. Ela descreve a vida nesse campo: Todo dia, alguns irmaos e irmas eram designados para cozinhar. N os prepar avamos um caf edamanh asimples, que consistia de um mingau de painco ou milho. Tamb em faz ıamos o almoco. Depois de cumprir nossas tarefas, pod ıamos sair no minist erio. D avamos testemunho principalmente a parentes nao cristaos em nosso pr oprio campo e tamb em a pessoas que moravam do lado de fora. Depois de algum tempo, por em, os homens da Interahamwe, que estavam em outros campos, ficaram furiosos ao ver que as Testemunhas de Jeov a moravam em campos separados dos outros refugiados, e a situac ao ficou perigosa. Em novembro de 1994, ficou evidente que j aeraseguro os irmaos voltarem para Ruanda. De fato, isso era at eaconselh avel em vista da falta de seguranca nos campos no Congo que nao eram de Testemunhas de Jeov a. Mas a volta seria dif ıcil. A Interahamwe esperava se reorganizar e atacar Ruanda, e qualquer um que 228 ANU ARIO DE 2012

231 OSal ao do Reino foi usado como hospital

232 deixasse o Congo a fim de voltar para Ruanda seria considerado um desertor. Os irmaos informaram ao governo de Ruanda que as Testemunhas de Jeov a,quehaviamsemantidoneutras na guerra e nao tinham participado no genoc ıdio dos t utsis, queriam ser repatriadas. O governo aconselhou os irmaos a negociar com o Alto Comissariado das Nac oesunidaspararefugiados(acnur),quepossu ıa ve ıculos que poderiam ser usados na repatriac ao. No entanto, visto que a mil ıcia poderia impedir os irmaos de voltar para Ruanda, eles tiveram de ser criativos. Os irmaos informaram que seria realizado um dia de assembleia especial em Goma e prepararam faixas anunciando a assembleia. Da ı, secretamente avisaram os irmaos sobre a repatriac ao para Ruanda. Assim, para nao levantar suspeitas, os orientaram a abandonar seus pertences nos campos e levar apenas suas B ı- blias e cancioneiros, como se estivessem apenas indo a uma assembleia. Francine se lembra de terem andado algumas horas at e que, por fim, encontraram caminhoes esperando para lev a-los at e a fronteira. No lado ruandes ˆ da fronteira, o ACNUR providenciou transporte para eles at ekigalie,del a, para as regioes onde moravam. Assim, a maioria dos irmaos, suas fam ılias e pessoas interessadas foi repatriada para Ruanda em dezembro de O jornal belga Le Soir de 3 de dezembro de 1994 noticiou: Percebendo que nao havia total garantia de seguranca, refugiados ruandeses decidiram deixar o Zaire [Congo]. Sao Testemunhas de Jeov a que estabeleceram seu pr oprio campo perto do campo de Katale. As Testemunhas de Jeov aforamespecialmente perseguidas pelo governo anterior por te- 230 ANU ARIO DE 2012

233 rem se recusado a usar armas e a participar de cerimo- ˆ nias pol ıticas. Depois de voltar para Ruanda, Francine conseguiu assistir a um congresso de distrito em Nair obi. Depois de ser consolada por causa da morte de seu marido e edificada pela associac ao com os irmaos, ela voltou para o escrit orio de traduc ao, que havia sido reaberto em Kigali. Posteriormente, casou-se com Emmanuel Ngirente, e eles continuam servindo na sede. Como Francine lidou com seus sentimentos duranteaguerra?eladisse: Naquela epoca, s opens avamos numa coisa: precis avamos perseverar at eofim.decidimos nao nos concentrar nas coisas terr ıveis que es- tavam acontecendo. Lembro-me de encontrar consolo em Habacuque 3:17-19, que fala de manter a alegria mesmo em situac oes dif ıceis. Os irmaos e irmas me encorajaram muito. Alguns me mandaram cartas. Isso me ajudou a manter uma atitude positiva e espiritual. Eu sabia que Satan as usa muitas artimanhas. Quando ficamos pensando demais em certos problemas, podemos nos tornar v ıtimas de outros problemas. Quando nao ficamos atentos, podemos enfraquecer de uma forma ou de outra. DE VOLTA A RUANDA Henk Van Bussel foi de grande ajuda para os irmaos que estavam voltando. Ele explicou: Deu-se in ı- cio a um programa de recomeco para ajudar os irmaos a se reerguer ap os a guerra, incluindo os que tinham permanecido em Ruanda e perdido quase tudo. Irmaos foram designados para visitar cada congregac ao e verificar quais eram suas necessidades. Os irmaos visitados receberam pacotes de suprimentos de acordo com suas circunstancias. ˆ Eles sabiam RUANDA 231

234 que, depois de tres ˆ meses, teriam de cuidar de si mesmos. Naturalmente, tamb em se deu atenc ao as ` necessidades espirituais dos irmaos. A equipe de traduc ao voltou ao seu lugar original em Kigali. Henk se lembra de que a casa que tinha servido como escrit orio estava cheia de buracos de bala, mas a maioria dos livros ainda estava no dep osito. Meses depois, eles ainda encontravam balas nas caixas de publicac oes. Um dos tradutores at e encontrou uma granada no jardim! Por volta de outubro do ano seguinte,1995, a equipe de traduc ao se mudou para um pr edio maior e mais bem localizado, do outro lado da cidade. Esse pr edio alugado foi usado como escrit orio e edif ıcio residencial at eaconstruc ao da nova sede, em PARECIA A RESSURREIC AO! Em dezembro de 1994, a maioria dos irmaos j atinha voltado do Congo, bem a tempo para o oportu- no Congresso de Distrito Temor Piedoso. Planejou-se realiz a-lo no terreno de um dos Saloes do Reino de Kigali. Vieram irmaos da Franca, Quenia ˆ e Uganda. Na manha de sexta-feira, o local estava lotado de irmaos. Uma irma se lembra: Foi comovente ver os irmaos se abracarem com l agrimas nos olhos. Essa era a primeira vez que se viam desde o in ıcio da guerra. Estavam reencontrando amigos que pensavam estar mortos! Outra irma disse: Parecia a ressurreic ao! G unter Reschke era um dos congressistas que vieram do Quenia. ˆ Ele disse: Que alegria foi nos reunir novamentedepoisdetantasdificuldadesereencontrar os irmaos que haviam sobrevivido! Mas havia um problema. As autoridades estavam preocupadas com toda aquela multidao reunida. No in ıcio da tarde, sol- 232 ANU ARIO DE 2012

235 dados armados chegaram e disseram que, por questoes de seguranca, a assembleia estava cancelada. Tivemos de deixar o local imediatamente. Passamos um tempo encorajando os irmaos, mas por fim tivemos de voltar para Nair obi, frustrados porque os irmaos nao puderam assistir ao congresso inteiro. Por mais triste que isso fosse, sentimos que hav ıamos feito tudo ao nosso alcance para encorajar os irmaos a continuar firmes na f e e fomos embora com a certeza de que eles fariam isso. Agora que o pa ıs tinha certa medida de paz, muitos ruandeses que moravam fora decidiram voltar. Outros que retornaram nao tinham nascido em Ruanda, maseramfilhosderuandesesquefugiramdurante as revoltas etnicas e pol ıticas das d ecadas de 50 e 60. Entre eles tamb em havia pessoas que tinham aprendido a verdade em outros pa ıses. Por exemplo, JamesMunyaburangaesuafam ılia aceitaram a adorac ao verdadeira na Rep ublica Centro-Africana. Visto que o novo governo de Ruanda queria muito oferecer cargos para os exilados que estavam voltando, James recebeu uma oferta de emprego. Mas, depois de voltar para Ruanda, ele enfrentou oposic ao e zombaria de seus parentes e colegas de trabalho por ter escolhido seguir os princ ıpios cristaos. Depois de algum tempo, pediu para se aposentar mais cedo e iniciou o servico de pioneiro regular. Hoje, ele serve como um dos representantes legais da organizac ao de Jeov anopa ıs. Ngirabakunzi Mashariki aprendeu a verdade no leste do Congo. Ele disse: Por ser t utsi, eu havia sofrido discriminac ao por muitos anos. Quando conheci as Testemunhas de Jeov a, foi como se eu estivesse em outro planeta! Era um milagre estar junto de pessoas direitas que viviam em harmonia com o que ensinavam. RUANDA 233

236 Total de publicadores Total de pioneiros Esse amor ficou ainda mais evidente durante o genoc ıdio dos t utsis, em Os irmaos esconderam minha fam ılia e nos protegeram. Fui convidado para Betelem1998,ondehojesirvocomminhaesposa, Emerance. Aguardo ansiosamente o novo mundo, em que todo preconceito e discriminac ao serao coisa do passado, e a Terra ficar a cheia de pessoas que vao invocar o nome de Jeov aemorarjuntasemuni ao. A OBRA DECOLA NOVAMENTE Em marco de 1994, pouco antes da guerra, havia publicadores em Ruanda. Em maio de 1995, alcancou-seoaugede2.807publicadores,apesarde muitos irmaos terem sido mortos no genoc ıdio. Pessoas sinceras aflu ıam aorganiza ` cao de Jeov a. Uma pioneira especial, por exemplo, dirigia mais de 20 estudos b ıblicos, e outros estavam na lista de espera. Um 234 ANU ARIO DE 2012

237 ` Jeov atemfeitocoisas maravilhosas! G UNTER RESCHKE ANO DE NASCIMENTO 1937 ANO DE BATISMO 1953 RESUMO BIOGR AFICO Iniciou o servico de pioneiro em 1958 e cursou a 43. a turma de Gileade. Comecando em 1967, serviu Gabao, na Rep ublica Centro-Africana enoquˆ enia, e visitou outros pa ıses como superintendente viajante. Atualmente faz parte da Comissao de Filial de Ruanda. A PRIMEIRA vez que visitei Ruanda foi em Eu estava no Quenia ˆ e fui designado para visitar Ruanda como superintendente de distrito. Naquela epoca, havia apenas 7 congregac oese127publicadoresnopa ıs. Tamb em fui um dos dois instrutores da primeira turma da Escola do Servico de Pioneiro nesse pa ıs. Muitos dos 22 pioneiros dessa turma ainda estao no servico de tempo integral. Voltei para o Quenia ˆ com boas recordac oesdozelodosirm aos no minist erio e seu apreco pela verdade. Em 1996, recebi uma carta da sede do Quenia ˆ me convidando para servir em Ruanda. Eu j aestavanoquˆ enia havia 18 anos e amava esse pa ıs. Quando cheguei em Ruanda, a situac ao ainda era inst avel. A noite era comum ouvir tiroteios. Mas logo comecei a gostar de minha designac ao, principalmente ao ver como Jeov aestavaaben coando a obra em Ruanda. Os locais de assembleias eram muito simples. No entanto, mesmo que muitas vezes tivessem de se sentar no chao ou em pedras, os irmaos nao reclamavam. A piscina de batismo consistia num grande buraco no chao forrado com lona.

238 Assembleias assim ainda sao realizadas em muitos lugares nointerior,mas,comopassardotempo,foramconstru ıdos alguns saloes simples sem paredes laterais, bem como Saloes do Reino expans ıveis. Os irmaos eram zelosos em proclamar as boas novas. Nos fins de semana, as congregac oes em Kigali comecavam as reunioes bem cedo. Depois, os publicadores iam ao minist erio de campo e ficavam at e escurecer. Eu sempre dedicava tempo aos jovens, os futuros publicadores que um dia poderiam assumir mais responsabilidades nas congregac oes. Era muito bom ver que v arios deles corajosamente tomavam posic ao, o que mostrava que tinham um relacionamento pessoal com Jeov a, apesar de serem bem jovens. Por exemplo, na regiao sul, pediram a Luc, de 11 anos, para cantar o hino nacional em sua classe. Ele respeitosamente perguntou se, em vez disso, poderia cantar um de nossos canticos ˆ do Reino. O professor concordou, e todos aplaudiram quando Luc terminou de cantar. O fato de ele saber nao s o a melodia mas tamb em a letra do cantico ˆ mostra o quanto elegostavadelouvarseucriador.esseeoutrosexemplosme encorajaram muito. Tamb em conheci uma irmaquehavia sidopresaalgunsanosantesporpregarasboasnovas.enquanto estava na prisao, ela deu a ` luz um menino e o chamou de Shikama Hodari ( continue firme, em sua ıli). Shikama viveu a ` altura de seu nome. Ele recentemente cursou a Escola B ıblica para Irmaos Solteiros e e servo ministerial e pioneiro especial. Durante os muitos anos em que nossos irmaos em Ruanda enfrentaram dificuldades extremas incluindo proscricoes, guerra civil e genoc ıdio, seu zelo no minist erio e sua fidelidade sempre me comoveram, e eumgrandeprivil egio servir com eles. Al em disso, sempre senti as ben ˆ c aos, a protec ao e o apoio de Jeov a, o que me achegou mais a ele. Realmente, Jeov a tem feito coisas maravilhosas! Sal. 136:4.

239 superintendente de circuito disse: A guerra ajudou as pessoas a perceber que naovaliaapenaseempenhar por bens materiais. Em janeiro de 1996, os irmaos realizaram o Congresso de Distrito Louvadores Alegres. E que congresso alegre! Visto que o do ano anterior havia sido cancelado, esse era o primeiro congresso a ser realizado depois da guerra. Um irmao que estava presente disse: Os irmaos se abracavam e choravam, e foi especialmente comovente ver irmaos hutus e t utsis se abracando. O auge da assistencia ˆ foi de pessoas, e 285 foram batizadas. G unter Reschke se lembra: Foi emocionante ouvir os candidatos ao batismo responderem bem alto Yego! (sim) as ` duas perguntas do batismo. Eles fizeram fila no gramado, esperando para ser batizados, e ficaram ensopados por causa de um forte temporal. Mas nem se importaram com isso. Sua atitude era: N os j a vamos ficar molhados mesmo! Henk van Bussel voltou para Ruanda; e G unter Reschke, que tinha vindo para ajudar a reiniciar a obra, foi designado para servir permanentemente no pa ıs. Nao muito tempo depois, Godfrey e Jennie Bint tamb em voltaram para Ruanda. SEU FILHO ESTAVA PERDIDO, MAS FOI ACHADO Nosanosdepoisdaguerra,fam ılias que haviam se separado foram reunidas. Em 1994, por exemplo, quando o combate entre os dois ex ercitos em Kigali se intensificou, a populac ao fugiu em massa. Durante o panico ˆ resultante, Oreste Murinda se perdeu da esposa e fugiu com o filho de 2 anos e meio para Gitarama. Depois, quando Oreste saiu para buscar comida, o combate foi reiniciado e, na confusao, ele tamb em acabou se separando do filho. RUANDA 237

240 Oresteesua fam ılia, 1996 Ap os a guerra, Oreste e sua esposa se reencontraram, mas seu filho ainda estava desaparecido. Conclu ıram assim que ele havia sido morto. No entanto, mais de dois anos depois, um homem do interior, que nao era Testemunha de Jeov a, foi para Kigali em busca de emprego. Ele conheceu alguns irmaos e, por acaso, mencionou que a fam ılia dos vizinhos dele em Gisenyi havia perdido os filhos na guerra e estava cuidando de um orf ao. O menino lembrava o nome de seu pai e disse que era filho de Testemunhas de Jeov a. Os irmaos reconheceramonomeeentraramemcontatocomos pais, que por sua vez mostraram fotos de seu filho para o homem. Era o filho deles! Oreste foi busc a-lo imediatamente. Assim, depois de dois anos e meio, eles reencontraram seu filho. Hoje, ele e publicador batizado. E digno de nota que os irmaos cuidaram de todos os orf aos de Testemunhas de Jeov a. Nenhum deles foi levado para orfanatos. Em alguns casos, os irmaos tamb em cuidaram de orf aos de vizinhos ou parentes. Certo casal, que j a tinha dez filhos, adotou e cuidou de dez orf aos. O NORTE FICA INSEGURO NOVAMENTE No fim de 1996, por causa da guerra civil no Congo, ficou cada vez mais dif ıcil manter a segurancanoscamposde

241 ` refugiados,ondeaindahaviamaisde1milh ao de ruandeses. Em novembro, eles foram obrigados a voltar para Ruanda ou fugir para as florestas tropicais do Congo. A maioria voltou, incluindo os irmaos que nao tinham feito isso em dezembro de Foi inesquec ıvel ver toda aquela gente, jovens e idosos, andando pelas ruas de Kigali com a roupa coberta pela poeira africana e carregando trouxas na cabeca. Todos esses refugiados tiveram de voltar para a colina, ou comunidade, onde haviam nascido, a fim de serem registrados novamente. Por algum tempo, a seguranca teve de ser reforcada. Infelizmente, muitas pessoas indesej aveis voltaram com os refugiados, incluindo homens da Interahamwe, quetentaramcontinuarcomsuasatividadesnonoroeste do pa ıs. Por isso, o ex ercito foi enviado para a regiao a fim de restaurar a seguranca. Muitos irmaos moravam ali, e foi um grande desafio manter a neutralidade. Mais de cem publicadores perderam a vida entre 1997 e 1998, na maioria dos casos por lealmente manterem sua neutralidade crista. As vezes, era perigoso demais para superintendentes de circuito fazerem visitas regulares na regiao. UM CASAL CORAJOSO Th eobald Munyampundu, com sua esposa, Berancille, foi um dos poucos superintendentes de circuito que conseguiram visitar as congregac oes naquela regiao inst avel. O perigo nao era novidade para eles. Th eobald foi batizado em 1984 e, dois anos depois, foi um dos muitos irmaos lancados na prisao, onde o espancaram brutalmente. Ele e sua esposa tamb em haviam arriscado a vida para esconder outros durante o genoc ıdio dos t utsis. Depois de salvar a vida de RUANDA 239

242 ` um adolescente que tinha perdido a mae no genoc ı- dio, ele conseguiu atravessarafronteiraparaatanzania. ˆ L a, Th eobald visitou os campos de refugiados de Benaco e Karagwe para encorajar os irmaos, mesmo sendo muito perigoso viajar de um campo para outro, por causa de assaltan- Th eobald e Berancille Munyampundu tes. De volta a Ruanda, Th eobald e sua esposa arriscaram a vida de novo para visitar Testemunhas de Jeov a na conturbada regiao noroeste do pa ıs. As ` vezes, as congregac oes que visit avamos ficavam longe, disse Th eobald. Por causa da falta de seguranca, nao pod ıamos passar a noite l a. Eu me lembro de uma visita em que, cada dia, tivemos de andar quatro horas debaixo dosaguaceirosdaesta cao chuvosa para visitar os irmaos e, ao anoitecer, andar mais quatro horas de volta para nossa hospedagem. Th eobald fala sobre um irmao que ele conheceu ao visitar um grupo isolado naquela regiao: Jean-Pierre e cego, mas fiquei surpreso ao ve-lo ˆ se levantar para fazeraleituradab ıblia na Escola do Minist erio Teocr a- tico e recitar de cor o trecho designado, sem cometer nenhum erro, nem mesmo de pontuac ao. Ele tinha decorado o trecho com a ajuda de um irmao que lia bem. Sua determinac ao me encorajou muito. Relembrando sua vida gratificante e, as vezes, perigosa, Th eobald disse: Durante todos aqueles momentos dif ıceis, n os confiamos em Jeov aemuitasvezes meditamos em Hebreus 13:6, que diz: Jeov a eo 240 ANU ARIO DE 2012

243 meu ajudador; nao terei medo. Que me pode fazer o homem? Depois de servirem fielmente no circuito e no distrito, ele e sua esposa sao hoje pioneiros especiais, apesar de problemas de sa ude. OPRIMEIROSAL AO DE ASSEMBLEIAS Comoaumentononumero de Testemunhas de Jeov a, ficou cada vez mais dif ıcil encontrar locais adequados para congressos em Kigali. Por exemplo, em dezembro de 1996, os irmaos estavam assistindo ao Congresso de Distrito Mensageiros da Paz Divina num est adio. Mas o esgoto de uma prisao vazou de um canal que passava ali perto. O mau cheiro incomodou muito os irmaos, e os pais ficaram preocupados com a sa ude de seus filhos. Por causa das condic oes prec arias, a Comissao do Pa ıs foi una- ˆ nime ao decidir que esse seria o ultimo congresso realizado nesse est adio. Irmaos t utsis e hutus limpando o terreno para o novo Salao de Assembleias

244 Sal ao de Assembleias sem paredes laterais em Kigali, 2006 Mas em que outro lugar os congressos poderiam ser realizados? O Minist erio das Terras havia concedido um terreno a uma das congregac oes de Kigali para a construcao de um Salao do Reino. Mas o terreno era muito maiordoqueonecess ario para um salao. Se os irmaos s o enviassem o projeto de um Salao do Reino, o minist erio poderia conceder a parte nao usada a outras pessoas. Assim, eles confiaram em Jeov a e enviaram o projeto de um Salao do Reino e um local aberto para realizar reunioes maiores, com a opc ao de se construir um segundo Salao do Reino mais tarde. As autoridades locais aprovaram o projeto. Os irmaos fizeram a terraplenagem e constru ıram um muro em volta do terreno. Centenas de volunt a- rios limparam o mato e cavaram latrinas fundas. Agora eles tinham um belo terreno com um declive suave, ideal para reunioes maiores. Nos meses seguintes, os irmaos assistiram a duas assembleias e a uma reuniao especial na propriedade, 242 ANU ARIO DE 2012

245 masosfortesventoseachuvaobrigaramospresentes a se amontoar debaixo de lonas e guarda-chuvas. Por isso, foi enviada uma recomendac ao ao Corpo Governante para se construir um Salao de Assembleias simples sem paredes laterais. Em marco de 1998, o Corpo Governante aprovou a construc ao do Salao de Assembleias. O trabalho de preparac ao comecou imediatamente. Durante toda a construc ao os irmaos, incluindo fam ılias inteiras, trabalharam em uniao cavando os buracos para o alicerce das colunas. Em 6 de marco de 1999, Jean-Jules Guilloud,dasededaSu ıca, proferiu o discurso de dedicac ao desse excelente novo local. Opa ıs inteiro j aestavaempaz.emfevereirode 1999, um novo casal de mission arios, Ralph e Jennifer Jones, foi designado para servir no Escrit orio do Pa ıs, eafam ılia de Betel aumentou para 21 membros. Dois irmaos ruandeses haviam se formado na Escola de Treinamento Ministerial (hoje chamada Escola Escola de Treinamento Ministerial em Kigali, 2008

246 B ıblica para Irmaos Solteiros) em Kinshasa, Congo, a uns quilometros ˆ de distancia. ˆ No entanto, visto que o Congo estava em guerra, ficou cada vez mais dif ıcil para os ruandeses viajarem para Kinshasa. Por isso, o Corpo Governante aprovou que a escola fosse realizada em Kigali. A primeira turma, com 28 alunos de Burundi, Congo e Ruanda, se formou em dezembro de Em maio de 2000, Ruanda passou a ter uma sede. Logo depois, os irmaos encontraram um terreno adequado para construir instalac oes a fim de cuidar da obra, que crescia rapidamente. Eles compraram o terreno, de 2 hectares, em abril de Muitos irmaos em Kigali nunca se esquecerao do trabalho que tiveram para limpar o mato, pois o terreno havia ficado abandonado por anos. UM VULCAO NO LESTE DO CONGO ENTRA EM ERUPC AO Em 17 de janeiro de 2002, o vulcao Nyiragongo, a aproximadamente 16 quilometros ˆ de Goma, no leste do Congo, entrou em erupc ao. A maioria dos habitantes da regiao teve de fugir de suas casas. Muitos dos publicadores que moravam l a fugiram com os filhos e pessoas interessadas para Gisenyi, logo do outro lado da fronteira, em Ruanda. Dali, foram encaminhados para Saloes do Reino pr oximos. No dia seguinte, os irmaosdasedederuandaen- viaram um caminhao com itens de primeira necessi- dade, incluindo alimentos, cobertores e rem edios. Os itens foram rapidamente entregues em seis Saloes do Reino na regiao perto da fronteira com o Congo. Por questoes de seguranca, o governo de Ruanda nao queria permitir que tantos congoleses ficassem nos Saloes do Reino e insistiu que fossem mandados 244 ANU ARIO DE 2012

247 para campos de refugiados. IrmaosenviadospelaCo- missao de Filial de Ruanda, dois membros da Comis- sao de Filial do Congo e anciaos das congregac oes de Goma se reuniram nessa cidade para decidir o que fazer. Os irmaoscongolesesn ao queriam de jeito nenhum deixar seus irmaos irem para campos de refugiados em Ruanda. Eles disseram: Em 1994, cuidamosdemaisde2milirm aos ruandeses, al em de suas fam ılias e pessoas interessadas. Assim, em vez de nossos irmaos ficarem em campos, deixem que eles voltem para Goma, e n os cuidaremos deles assim como cuidamos dos irmaos de Ruanda. Oqueosirm aos congoleses fizeram, por trazer seus irmaos de volta e cuidar deles em vez de deixar que fossem para campos administrados por organizac oes do mundo, foi um ato amoroso de hospitalidade. Assim, os irmaos e suas fam ılias voltaram para Goma, onde foram acomodados. Depois, mais suprimentos de ajuda humanit aria, incluindo lonas de pl astico, foram enviados pela B elgica, Franca e Su ı ca para ajudar naquele per ıodo. Os irmaos permaneceram em Goma at eque novas casas fossem constru ıdas para eles. MARCOS HIST ORICOS Quanto anovasede,oescrit ` orio Regional de Engenharia na Africa do Sul fez as plantas, e uma empresa local foi contratada para a construc ao. Volunt arios internacionais participaram no projeto, e muitas Testemunhas de Jeov adaregi ao ajudaram no paisagismo e em outros servicos de acabamento. Apesar de alguns imprevistos e desafios, a fam ılia de Betel se mudou para os belos pr ediosdanovasedeemmar co de Mais tarde naquele ano, Guy Pierce, membro do Corpo Governante, veio com sua esposa para o programa especial de dedicac ao em 2 de dezembro de Na RUANDA 245

248 ` assistencia ˆ havia 553 irmaos, incluindo 112 convidados de 15 pa ıses. Jim e Rachel Holmes, que eram do Canad aetinham participado na construc ao, sabiam l ıngua de sinais americana. Eles se ofereceram para ensin a-la ap osoestudodeasentinelada fam ılia de Betel, as segundas-feiras. Seis betelitas se interessaram, e se tornaram tao habilidosos que logo se formou um grupo de l ıngua de sinais. Entao, em junho de 2007, Kevin Rupp, que havia cursado a Escola de Treinamento Ministerial na Su ı ca, veio para Ruanda como mission ario para ajudar no campo de l ıngua de sinais. Pouco tempo depois, um casal de mission arios canadenses com experiencia ˆ em l ıngua de sinais veio para Ruanda. Em julho de 2008, os irmaos formaram uma congregac ao de l ıngua de si- Seçao de l ınguadesinaisnumdiade assembleia especial em Gisenyi, 2011

249 nais, e logo surgiram mais grupos. No congresso de distrito de 2007, os irmaos ficaram muito empolgados ao saber que a Traduçao do Novo Mundo das EscriturasGregasCrist as em quiniaruanda havia sido conclu ıda. As Sociedades B ıblicasunidashaviam produzido uma B ı- blia completa nesse idioma em Essa traduc ao representava um esforco sincero de traduzir a B ıblia no idioma local, at emesmousandoonomeyehova (Jeov a) sete vezes nas Escrituras Hebraicas. Mas a Traduçao do Novo Mundo tem uma distribuic ao mais ampla e emaisacess ıvel, especialmente para os de poucos meios. Essa nova traduc ao eexataef acil de ler, gracas ao trabalho minucioso dos tradutores locais em colaborac ao com o Departamento de Servicos de Traduc ao, em Nova York, Estados Unidos. E muito animador ver a maioria das criancas no Salao do Reino usando seu pr oprio exemplar da B ıblia e levantando a mao, ansiosas para ler um texto b ıblico. NOVOS DESAFIOS A ` NEUTRALIDADE Embora os irmaos em Ruanda tenham liberdade de adorac ao desde que receberam o reconhecimento legal em 1992, eles continuam enfrentando problemas por causa de sua neutralidade crista. Nos ultimos 15 anos, centenas de irmaos foram presos por nao participarem nas rondas noturnas do ex ercito. No entanto, depois que os irmaos se reuniram com ministros do governo, RUANDA 247

250 as autoridades permitiram que os irmaos realizassem servico alternativo. Em anos recentes, 215 professores perderam o emprego por se recusarem a assistir a semin arios de cunho pol ıtico. Al em disso, 118 criancas foram expulsas da escola por se recusarem a cantar o hino nacional. Representantes de Betel compareceram perante as autoridades para explicar nossa posic ao neutra. Falando da hist oria da obra em Ruanda, os irmaos destacaram que, em 1986, as Testemunhas de Jeov ahaviam sido presas por serem neutras, mas que, em 1994, sua neutralidade havia sido um fator determinante para nao participarem no genoc ıdio. (Joao 17:16) Ap os v a- rios meses, a maioria das criancas recebeu permissao para voltar aescola. ` As Testemunhas de Jeov a obedecem as ` leis do pa ıs; elas sao politicamente neutras, nao importa qual governo esteja no poder. Por exemplo, em 1986, Francois- Xavier Hakizimana passou um ano e meio na prisao por causa de sua neutralidade. Depois da mudanca de governo ap os o genoc ıdio, ele voltou a ser preso em 1997 e 1998 pelo mesmo motivo. Exemplos assim mostram que François-Xavier Hakizimana a posic ao neutra das Testemunhas de Jeov a e coerente e nunca em oposic ao a um governo espec ı- fico. A neutralidade cristaseba- seia totalmente nos princ ıpios de- lineados nas Escrituras. Apesar desses constantes desafios, os irmaos tem ˆ liberdade para realizar reunioes semanais e congressos. Eles tamb em podem pregar e realizar reunioes em 248 ANU ARIO DE 2012

251 ` ` muitas prisoes, onde um bom n umero de detentos tem aceitado a verdade. Al em disso, no ano de servico de 2009, seis casos jur ıdicos foram decididos a favor do povo de Jeov aemruanda. UM FUTURO PROMISSOR Este relato de Ruanda ficaria incompleto se nao mencionasse o muito bem-sucedido programa de construc ao de Saloes do Reino. Esse sistema de construc ao em pa ıses com poucos recursos teve in ıcio em Desde entao, cerca de 290 Saloes do Reino modestos, mas bonitos, foram constru ıdos em Ruanda por volunt arios dispostos. Com o apoio entusi astico de publicadores locais, os irmaos terminam esses saloes em tres ˆ meses. Amedida que SaloesdoReino brotam emtodoopa ıs, surgem oportunidades para o povo de Jeov adartestemunho a observadores curiosos. Al em do Salao de As- sembleias de Kigali, os irmaos constru ıram dez outros Saloes de Assembleias menores e mais simples, todos sem paredes laterais. Isso permite que os publicadores assistam a assembleias sem ter de andar grandes distancias ˆ em terreno montanhoso. Al em disso, os irmaos conclu ıram quatro Saloes do Reino expans ıveis, onde tamb em se pode realizar assembleias. Nos primeiros meses de cada ano, todas as congregac oes participam zelosamente na pregac ao em territ orios nao designados ou pouco trabalhados. As vezes, publicadores viajam para bem longe, arcando com as pr oprias despesas, a fim de cobrir esses territ orios. Para lugares ainda mais distantes, pioneiros especiais tempor arios sao enviados por per ıodos de tres ˆ meses. Em resultado, os grupos formados lancam a base para futuras congregac oes. Por exemplo, na campanha de janeiro a marco de 2010, centenas de estudos b ıblicos RUANDA 249

252 foram iniciados e formaram-se nove grupos. Al em disso, durante o mesmo per ıodo, 30 pioneiros especiais tempor arios iniciaram 15 grupos. MAIS UM MARCO PARA RUANDA No Congresso de Distrito Mantenha-se Vigilante!, de 2009, os irmaos em Ruanda ficaram emocionados ao saber do novo cancioneiro e ao ouvir a gravacao de alguns dos novos canticos ˆ em quiniaruanda. O novo cancioneiro foi logo traduzido nesse idioma e ficouprontoatempodeserusadonascongrega coes em janeiro de 2010, junto com o restante da fraternidade mundial. Naturalmente, ap os o lancamento da Traduçao do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristas em quiniaruanda em 2007, todos ficaram imaginando quando a B ıblia completa seria traduzida nesse idioma. Em 2010, foi anunciado que Guy Pierce, membro do Corpo Governante, visitaria Ruanda em agosto, na epoca do congresso de distrito em Kigali. O congresso seria realizado no est adiobememfrente a ` sede. Havia muita expectativa, e foi emocionante quando o irmao Pierce lancou a Traduçao do Novo Mundo das Escrituras Sagradas completa em quiniaruanda. Cada uma das pessoas presentes na manhadesexta- feira recebeu um exemplar da nova B ıblia. No domin- go, com a chegada de irmaosdeoutrosdistritosde Ruanda, a assistencia ˆ aumentou para pessoas. Durante o congresso, soldados que estavam marchando do lado de fora do est adio pediram a nova B ıblia e receberam 180 exemplares. O prefeito de Kigali, o chefe de pol ıcia e autoridades do Minist erio dos Esportes tamb em ficaram gratos de receber seus exemplares. Aobradeprega cao das boas novas em Ruanda teve in ıcio em 1970, com apenas tres ˆ publicadores. Hoje, h a 250 ANU ARIO DE 2012

253 ` cerca de 20 mil publicadores no pa ıs. Eles dirigem uns 50 mil estudos b ıblicos todo mes. ˆ A Comemorac ao em abrilde2011teveumaassistˆ encia de pessoas. Os irmaos em Ruanda tem ˆ um hist orico e uma reputacao de atividade zelosa. Cerca de 25% dos publicadores estao em alguma modalidade do servico de tempo integral, e os outros publicadores dedicam em m edia 20 horas por mes ˆ aprega ` cao. E evidente que nossos irmaos estao bem ocupados trabalhando lado a lado com o Senhor da colheita nesse campo f ertil e nem pensam em diminuir o passo. AmedidaqueJeov acontinua a abencoar a obra, esperamos ansiosamente ver quantas pessoas ainda afluirao ao monte da verdadeira adorac ao de Jeov anessaterradasmilcolinas. Mat. 9:38; Miq. 4:1, 2. RUANDA 251

254 Eles trabalham lado a lado com o Senhor da colheita nesse campo f ertil e nem pensam em diminuir o passo 252

255

256 MARCOS HIST ORICOS Ruanda ' Primeiros ruandeses 1975 retornam do Congo. Aedi cao mensal 1978 de ASentinela em quiniaruanda e impressa Um terco de todos os publicadores epreso Realizado o primeiro congresso de distrito do pa ıs. Aobra e registrada. Chegam mission arios Mission arios retornam. EstabelecidooDepartamentodeServi co. OSal ao de Assembleias de Kigali ededicado. Obtidooterrenoparaaconstru cao da nova sede Dedicadas as novas instalac oes da sede

257 Primeiros publicadores relatam atividade Ofolheto Estas Boas Novas do Reino epublicadoem quiniaruanda. * 1982 Aobra eproscrita; irmaos da dianteira sao presos Comecaaguerra no norte do pa ıs. Genoc ıdio dos t utsis. * ASentinelaem quiniaruanda passa a ser simultanea ˆ com a edic ao em ingles. ˆ Estabelecida a sede. ODepartamentode Construc ao de Saloes do Reino comecaafuncionar Lancada em quiniaruanda 2007 a Traduçao do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristas Lancada em quiniaruanda a Traduçao do Novo Mundo das Escrituras Sagradas completa. *

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