UMA EXPERIÊNCIA COM O PIBID EM APUCARANA

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1 UMA EXPERIÊNCIA COM O PIBID EM APUCARANA GONÇALVES, Marcia Cristina Leciuk 1 Grupo de Trabalho Educação Matemática Agência Financiadora: não contou com financiamento Resumo O presente relato é resultado de uma monografia apresentada ao curso de especialização em Gestão e Organização Escolar pela ESAP E UNIVALE tendo como objetivo analisar no contexto da educação básica a questão da gestão educacional nas políticas públicas, focando a forma como o subprojeto PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência) desenvolvido pela primeira vez pela UNESPAR FECEA de Apucarana Paraná no departamento de Matemática pode contribuir para a melhoria do aprendizado da Matemática tanto pelos graduandos no contexto de sua formação profissional quanto pelos alunos da educação básica. Nesse sentido, apresenta uma abordagem sobre esses programas educacionais, e dentre eles destaca o sub projeto do PIBID, como vêm sendo desenvolvido no Colégio Estadual Professor Izidoro Luiz Cerávolo de Apucarana sob a coordenação do Professor Fábio Bacarin docente da instituição, tendo como supervisora deste colégio a professora Marcia Cristina Leciuk Gonçalves, desde sua implementação em agosto de 2012 e como tem contribuído para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem de Matemática com alunos da Educação Básica, sendo desenvolvido com alunos do 1º e 3º ano do Ensino Médio e 8º ano no ano de 2012, e atualmente com alunos do 9º ano tendo como objetivo central a Prova Brasil a ser aplicada este ano com os mesmos. A pesquisa é de cunho qualitativo uma vez que envolve coletas de dados e informações com posterior análise. Caracteriza-se de natureza aplicada, considerando que o que se busca é um aprofundamento teórico-prático para a melhoria profissional no campo da educação. Palavras-chave: Matemática. PIBID. Ensino. Introdução A educação assume na atualidade, um papel imprescindível na formação humana e no preparo para a cidadania plena, devendo voltar-se, nesse sentido, para a sua qualidade, 1 Graduada em Matemática: Universidade Estadual de Londrina (UEL). Especialista no Ensino da Matemática: Universidade Norte do Paraná (UNOPAR). Professora da Educação Básica do Colégio Estadual Professor Izidoro Luiz Cerávolo Apucarana Pr. Professora Educação Básica Colégio Nossa Senhora da Glória Apucarana Pr. Supervisora do Programa Institucional de Iniciação à Docência PIBID (UNESPAR) campus FECEA Apucarana Pr. marcialeciuk@bol.com.br

2 25879 visando a superação das dificuldades que os educandos do Ensino Fundamental e Médio apresentam nesse processo, com estratégias pedagógicas que contribuam para a concretização desses objetivos. Nesse sentido o presente trabalho apresenta um relato de experiência referente a um projeto desenvolvido em 2012 com continuidade em 2013 por meio do Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID). Os resultados obtidos foram apresentados à disciplina Metodologia da Pesquisa no curso de especialização em Gestão e Organização Escolar da UNIVALE. O Programa propôs um subprojeto de Matemática, desenvolvido no Colégio Estadual Professor Izidoro Luiz Cerávolo de Apucarana - Paraná, local de atuação dessa professora da Educação Básica e também supervisora do Projeto. A realização desse estudo se justifica considerando a importância que assume na melhoria da qualidade do Ensino, para a qual os programas educacionais em diferentes esferas são propostos, objetivando ampliar a oportunidade de aprendizagem dos alunos da rede pública e os resultados apresentados por avaliações externas como IDEB, PROVA BRASIL, ENEM, SAEP entre outras. O eixo central e objeto desse estudo se constituem na análise do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência), sua forma de organização e funcionamento e resultados já alcançados no contexto da educação básica, na questão da gestão educacional e suas políticas pública. A base dos Programas voltados para atendimento e melhoria da Educação Básica A garantia do direito a educação foi estabelecido pela Constituição Federal de Em seu artigo 205 destaca que a educação é direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Nesse sentido, efetivar esse direito passa pela implementação das políticas públicas, que por meio de seus órgãos administrativos e consultivos (MEC, Conselho Federal de educação) viabilizam recursos, propõem e aprovam projetos e programas, avaliam por meio de estratégias avaliativas os resultados escolares sempre sob orientações da legislação vigente, Nesse aspecto a Educação Básica a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9394/96) assume um papel inclusivo, pois todos têm direito a dela se beneficiar

3 25880 independente da idade. Sabe-se que pelo IDEB, um dos indicadores dos resultados da educação, que de um modo geral é necessário melhorar a educação. Sabe-se também que nesses resultados vários determinantes estão envolvidos de ordem pedagógica, administrativa social e cultural. Questões de gestão são pontos frágeis nesse processo. De acordo com Paro (2001) como o gestor é o que assume o papel de gerir recursos, de diferente natureza, de estabelecer parcerias com Instituições de Ensino Superior e órgãos da comunidade, muitos Projetos, Programas que não são realizados na escola em função da falta de informação do gestor sobre os mesmos e dos benefícios poderiam trazer pedagogicamente maiores benefícios se desenvolvidos pelo coletivo. O PIBID Vários programas e projetos de governos na área da educação foram criados a partir dessa LDB, dentre esses inúmeros projetos e programas destaca-se o PIBID (Programa Institucional de Iniciação à Docência). O PIBID é uma iniciativa para o aperfeiçoamento e a valorização da formação de professores para a educação básica. O programa concede bolsas a alunos de licenciatura participantes de projetos de iniciação à docência desenvolvida por Instituições de Educação Superior (IES) em parceria com escolas de educação básica da rede pública de ensino. (CAPES, 2.013). Esses projetos devem promover a inclusão dos estudantes dos cursos de licenciaturas no contexto das escolas públicas desde o início da sua formação acadêmica para que desenvolvam atividades didático-pedagógicas sob orientação de um docente da licenciatura e de um professor da escola. De acordo com a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior),o programa tem como objetivos: básica. Incentivar a formação de docentes em nível superior para a educação Contribuir para a valorização do magistério; Elevar a qualidade da formação inicial de professores nos cursos de licenciatura, promovendo a integração entre educação superior e educação básica; Inserir os licenciados no cotidiano de escolas da rede pública de educação, proporcionando-lhes oportunidades de criação e participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e

4 25881 interdisciplinar que busquem a superação de problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem; Incentivar escolas públicas de educação básica, mobilizando seus professores como conformadores dos futuros docentes e tornando-as protagonistas nos processos de formação inicial para o magistério; Contribuir para a articulação entre teoria e prática necessárias à formação dos docentes, elevando a qualidade das ações acadêmicas nos cursos de licenciatura. A formação de docente no Brasil carrega marcas de várias tendências pelas quais a educação atravessou no seu percurso histórico em linhas tradicionais, técnicas e críticas de ensino. Dentro da perspectiva crítica, o Programa PIBID vem levantar o ego e contribuir com a formação dos futuros profissionais da educação uma vez que envolve os acadêmicos do curso de Licenciatura em Matemática e alunos da escola pública da educação básica. É a oportunidade de se estabelecer a relação teoria e prática, mostrando ao acadêmico os desafios da docência, preparando-os para o enfrentamento didático/metodológico na sala de aula e de que forma poderá desenvolver ações que possibilitem a aprendizagem dos conteúdos matemáticos por meio de diferentes estratégias e a troca de experiências entre professores dos colégios onde o Programa é desenvolvido e os acadêmicos. A Implementação do Programa O subprojeto do PIBID foi pela primeira vez implementado pela UNESPAR Universidade Estadual do Paraná campus (FECEA) de Apucarana Pr no curso de licenciatura em Matemática sob a coordenação do Professor Fábio Bacarin 2 juntamente com o apoio do Núcleo Regional da Educação, do Município. O programa oferece bolsas de iniciação à docência aos alunos de cursos presenciais que se dediquem ao estágio nas escolas públicas pública. O objetivo é antecipar o vínculo entre os futuros mestres e as salas de aula da rede pública. Com essa iniciativa, o Pibid faz uma articulação entre a educação superior (por meio das licenciaturas), a escola e os sistemas estaduais e municipais. 2 Professor Coordenador do Programa PIBID pela UNESPAR campus FECEA.

5 25882 Nesse sentido, para o início do programa foram selecionados três colégios estaduais de Apucarana: Colégio Estadual Padre José Canale, Colégio Estadual Professor Izidoro Luiz Cerávolo e Colégio Estadual Antônio dos Três Reis. Para a escolha utilizou-se como critério o colégio com menor Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), o colégio com maior índice e o colégio que é o único estadual do município a ofertar a educação em período integral. Para a formação da equipe foi realizada uma seleção onde participaram alunos do curso de Licenciatura da instituição e professores dos três colégios. Tanto os graduandos, como os professores participaram de prova escrita (redação) e entrevista, sendo que dentre estes foram escolhidos quinze estudantes, cinco para atuar em cada colégio e três professores supervisores, um de cada colégio. Sendo um programa de iniciação à docência os participantes, inseridos no cotidiano de escolas da rede pública, planejam e participam de experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar, e buscam a superação de problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem através de reuniões, realizadas periodicamente nas dependências da UNESPAR, para troca de experiências e planejamento junto ao coordenador do curso e as supervisoras. A Implantação do Projeto no Colégio Cerávolo O Colégio Estadual Professor Izidoro Luiz Cerávolo - Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante está situado na Rua Edílio Stábile, 379, bairro 28 de Apucarana. Conta hoje com aproximadamente alunos, 90 professores e cerca de 21funcionários, funciona nos períodos matutino, vespertino e noturno sob a direção da professora Micaela da Fonte Sanches Prestes. A escola tem amplo espaço adequado para o desenvolvimento de Projetos e das diversas atividades escolares, propostas no seu Projeto Político Pedagógico. Em sua estrutura física possui vinte e três salas de aulas, Biblioteca, Laboratórios de Informática, de Ciências Biológicas, Química e Física e outros ambientes da área administrativos. Cabe destacar que o Colégio possui um IDEB de 5,7 em Matemática e 5,9 em Lingua Portuguesa e mantém em pleno funcionamento programas e projetos, como Salas de Apoio de Português e Matemática, Show de talentos, Festa da Primavera, Aula de Espanhol, Aulas Treinamento Esportivo, Projeto Fanfarra e o projeto PIBID na área de Matemática.

6 25883 Tendo pleno conhecimento dos benefícios que o subprojeto do PIBID traria aos educandos incentivando-os a avançar cada vez mais, no desenvolvimento do raciocínio lógico matemático e na capacidade para resolução de problemas, entre outros benefícios, a direção e a equipe pedagógica deram e continuam dando todo apoio na sua implantação e efetivação do Programa, no colégio. Metodologia adotada A implementação do programa aconteceu no mês de agosto de 2012, inicialmente com alunos do Ensino Fundamental II (8º ano) e Ensino Médio (3º ano) em contra turno de suas aulas. Os alunos do Ensino Fundamental II participaram do programa no período matutino, com a orientação de dois alunos bolsistas 3. Os alunos do Ensino Médio tinham aulas no período vespertino com o acompanhamento e três bolsistas 4. Como foi uma experiência nova para todos, adotamos como critério que os alunos ao participantes fossem de preferência, alunos das turmas onde a supervisora do projeto atuasse também como docente da turma,no turno regular de aula. Por isso as turmas acima descritas foram contempladas. As aulas foram desenvolvidas por meio de oficinas, onde os alunos tinham 1 encontro semanal de 2 horas de duração. Os alunos foram convidados a participar, sem nenhuma imposição, pois nosso objetivo maior era começar a desenvolver nos mesmos a consciência da importância no próprio crescimento e superação de suas próprias dificuldades. Assim a participação no programa não foi atrelada à nota. Optamos por desenvolver o projeto com o 3º ano do Ensino Médio, pois muitos alunos apresentavam dificuldades de raciocínio lógico e estavam às vésperas de prestar vestibular. Apresentado o programa aos mesmos, muitos ficaram bem interessados. A escola enviou um comunicado aos pais informando do programa, pois o mesmo acontece no contraturno, para que os mesmos fossem orientados sobre a importância do programa e estimulassem a participação de seus filhos. 3 Alunos da Curso de Licenciatura em Matemática da FECEA: Lúcia Lopes e Fábio Giacomini. 4 Alunos do Curso de Licenciatura em Matemática: Diego Aparecido Maronese, Iria Bonfim Gaviolli e Emily Caroline Félix Cordeiro.

7 25884 Para participarem das aulas que aconteceriam às quintas-feiras à tarde, doze (12) alunos iniciaram o programa, mas no decorrer das aulas, como estávamos no 2º semestre, 3 começaram a trabalhar, 2 foram fazer cursinho pré-vestibular fora de Apucarana. Assim, no mês de outubro estávamos com apenas 7 alunos. Tivemos, que buscar outras alternativas para continuar com o projeto. Divulgamos então para os alunos do 1º ano (E.M.) e 1º e 2º do curso Técnico em Administração. Houve uma boa aceitação, mais dezoito (18) alunos passaram a fazer parte da turma. Com os alunos dos oitavos anos a maior dificuldade foi com relação ao transporte para que pudessem estar no colégio no período da manhã. Enviamos o comunicado aos pais explicando sobre o programa e a procura foi satisfatória, em média vinte e cinco alunos participaram das aulas até o final do ano. Os conteúdos trabalhados nas oficinas eram passados para os acadêmicos uma (1) a duas (2) semanas antes para que pudessem preparar o material a ser utilizado nas aulas. Estas eram desenvolvidas com muitos materiais concretos para facilitar o aprendizado. O trabalho com os alunos era desenvolvido sempre em grupos com o objetivo que eles se ajudassem. Trabalhamos conteúdos para o desenvolvimento do raciocínio matemático, sempre priorizando a resolução de problemas, jogos e o uso da tecnologia (GEOGEBRA). Durante o desenvolvimento de cada oficina os alunos eram estimulados o tempo todo a pensar sobre o que estavam aprendendo, discutindo alternativas para chegar à solução das atividades, expondo formas diferenciadas de resoluções de problemas, de discussão de resultados, de troca de informações. Com os alunos do Ensino Médio foram desenvolvidos conteúdos de Geometria Plana, Espacial e Estatística. Optamos por tais conteúdos, pois estes são os que mais deixam de ser trabalhados nas aulas e são conteúdos curriculares essenciais para melhor compreensão da realidade, também muitos alunos fariam vestibular para Administração, assim pensamos em contribuir para o aprimoramento desses conteúdos frente a situações do cotidiano nas quais eles se apresentam. Com os alunos do oitavo ano priorizamos o trabalho baseado na resolução de problemas relativos às equações de 1º grau e frações, por percebemos a grande dificuldade dos mesmos.

8 25885 Resultados obtidos Durante o desenvolvimento das oficinas, observou-se a melhoria do aprendizado dos conteúdos abordados, por meio de diferentes estratégias de ensino adotadas e muitos alunos que estavam participando do projeto começaram a ter um melhor desempenho na disciplina, uma vez que estavam sendo desenvolvidos paralelamente tanto em sala de aula como nas oficinas. Essa melhoria motivou-os a continuar participando das oficinas, principalmente os alunos dos oitavos anos que permaneceram assiduamente às aulas. Cabe destacar que em cada oficina ocorreu uma avaliação diagnóstica, por meio da observação direta do desempenho de cada aluno, tanto pelas atividades desenvolvidas individualmente como em grupos, a forma de raciocínio, o encaminhamento das respostas, as dificuldades demonstradas. Os resultados apresentados pelos alunos confirmou que o Projeto atingiu resultados positivos. Demonstraram mudança de postura em relação a argumentação de suas respostas, que tinham coerência no processo de resolução dos problemas propostos, atuaram em grupo satisfatoriamente, responderam 90% das questões de forma correta. Ao final do ano letivo, finalizando as atividades os alunos realizaram uma avaliação individual escrita. O instrumento utilizado foi a prova com questões que exigiam um esforço de pensar, estimar, interpretação e análise de resultados, comunicação de resultados. O valor da prova era de zero a dez e todos os alunos tiveram uma nota superior ou igual a sete. Também foi desenvolvida pelos bolsistas Diego Aparecido Maronese, Emily Caroline Félix Cordeiro e Íria Bonfim Gaviolli uma outra avaliação na qual foram utilizados jogos e desafios: Tabuleiro Gigante e Torta na Cara, onde abordaram de maneira dinâmica e divertida todos os conteúdos trabalhados nas oficinas. Para essa atividade os alunos foram divididos em equipes por cores. Cada equipe participou do jogo interativamente. Ao final das atividades as equipes foram premiadas. Pelo bom resultado do Programa a direção e professores do estabelecimento nos solicitaram que o PIBID continuasse nesse ano letivo. Os rumos do Programa em 2013 No mês de janeiro deste ano (2013), foi realizada a primeira reunião para darmos continuidade ao programa, permanecendo as mesmas escolas. No Colégio Izidoro Luiz Cerávolo continuamos com os mesmos bolsistas. O enfoque do programa este ano está

9 25886 voltado para os alunos do 9º ano Ensino Fundamental II, objetivando além do desenvolvimento de raciocínio lógico, prepará-los para a Prova Brasil. Nesse contexto, as oficinas foram planejadas de acordo com os descritores contidos nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Tais descritores foram divididos entre os grupos de bolsistas para planejarem as atividades de acordo com os mesmos e essas oficinas foram repassadas nas três escolas, fazendo os ajustes necessários de acordo com cada realidade. Os alunos foram divididos em dois grupos, sendo um na segunda-feira e outro na quinta-feira. Cada grupo está com aproximadamente 16 alunos. O grande desafio está sendo motivá-los a comparecer às aulas, pois nessa idade eles querem estar em casa. A cada semana estamos preparando atividades diferentes para motivá-los, sendo que tais atividades além de focarem os descritores precisam estar atreladas aos conteúdos estudados pela manhã, para que vejam que, o que estão estudando tem consonância com suas aulas de Matemática (desafio a ser superado). Outro desafio é que os alunos que participam são aqueles que possuem mais dificuldades com os conhecimentos matemáticos e gostaríamos de abranger um número maior para que eles pudessem trabalhar em conjunto. Assim, surgiu a ideia de criar o Aluno Monitor do PIBID. São aqueles que possuem maior facilidade em desenvolver os conhecimentos matemáticos e que podem colaborar com o crescimento dos colegas, estes ficaram bem empolgados com a ideia, por isso será implantada mais essa experiência a fim de incentivar o maior número de alunos ao projeto. As oficinas serão realizadas com os alunos sempre em grupos, sendo que cada grupo terá um aluno monitor, que irá auxiliá-los na realização das atividades e ao mesmo tempo desenvolverá o espírito cooperativo do trabalho em equipe. Cada aluno terá um caderno só para desenvolver as atividades realizadas no projeto, no final do trimestre (sistema de avaliação da escola) eles apresentarão o caderno para a professora de sua turma, esta avaliará o caderno da maneira que considerar pertinente. Considerações Finais Ao concluirmos a primeira etapa do Programa em 2012 é possível destacar que a educação brasileira ao longo de sua história passou por processos de transformação como foi sendo transformada a sociedade. No cenário dessas mudanças estão as Leis de Diretrizes e Bases da Educação LDB 4.024/61 instituída em 1961 e a atual Lei de Diretrizes e Bases da

10 25887 Educação LDB 9394/96. Esta última coloca a educação como direito de todos incorporando diversos projetos e programa voltados para a garantia desse direito e para o desenvolvimento de sua qualidade, como parte das políticas públicas para a educação envolvendo formas especificas de atendimento com ações pensadas e planejadas para que os objetivos sejam alcançados Nesse sentido podemos comprovar a eficácia dentre os vários Programas Educacionais o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica à Docência (PIBID) por meio de seu subprojeto de Matemática, desenvolvido no Colégio Cerávolo. Através deste, muitos alunos estão melhorando seu rendimento escolar e aprimorando seus conhecimentos matemáticos através de uma maneira diferente de apresentar a disciplina. A troca de experiência entre os bolsistas e professores da escola está trazendo grande riqueza no sentido de aprimoramento das aulas. Contudo sabemos que o ato de ensinar e aprender é diário, sendo necessário um repensar contínuo sobre nossas práticas para que estas sejam aprimoradas. O projeto continua sendo trabalhado e repensado semanalmente para que diante das dificuldades possamos criar novas estratégias no sentido de cada vez mais incentivar os alunos ao estudo levando-os a pensar sobre sua importância para a realização pessoal e profissional. REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição Federal de Disponível em < Acesso em 03 de maio de BRASIL. Lei 9394, de 20 de dezembro de Estabelece as Diretrizes e Bases para a Educação Nacional. CAPES. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Disponível em < Acesso em: 10 de abr DEMO, Pedro. A nova LDB: Ranços e avanços. Campinas: Papirus, l997 GONÇALVES, Marcia Cristina Leciuk; SILVA, Leoni Carlos da; AVANCI, Luciana Mesquita. A Efetivação das Políticas Públicas do Estado do Paraná no Colégio Cerávolo de Apucarana: Uma análise do PIBID. Monografia (Especialização em Gestão e Organização Escolar) ESAP E UNIVALE, PARO, Vitor Henrique. Gestão Democrática da Escola Pública. São Paulo: Ática, 2001.