NOTA INFORMATIVA NOVO REGIME JURÍDICO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR - ISAG
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- Artur Faro
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1 NOTA INFORMATIVA NOVO REGIME JURÍDICO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR - ISAG Na sequência da publicação da Lei n.º 62/2007, de 10 de Setembro, sobre o assunto em epígrafe, dá-se a conhecer a toda a comunidade escolar um resumo das principais implicações desta nova Lei para o ISAG. Considerando a dimensão dos desafios decorrentes, convidamos, desde já, todos os órgãos de gestão, docentes, discentes e funcionários a participar activa e empenhadamente na reorganização institucional, através de sugestões/propostas a serem enviadas para o novoregime@isag.pt, que poderá também ser utilizado para a apresentação de qualquer dúvida. Mais se informa que, oportunamente serão realizadas sessões de trabalho em que as várias partes interessadas irão ser consultadas. 14 de Novembro de 2007 A Entidade Instituidora 1
2 1) Há que atender à nova e mais ampla missão do ensino superior (art. 2º, n.º 1 a 5) e, em particular, à especial vocação e atribuições das instituições de ensino politécnico (orientadas sobretudo para a criação, transmissão e difusão da cultura e do saber de natureza profissional, através da articulação do estudo, do ensino, da investigação orientada e do desenvolvimento experimental art. 7º, n.º 1, e art. 8º); 2) Considerar que serão objecto de regulação genérica por lei especial determinadas matérias com impacto no ISAG, sendo de destacar as condições de atribuição do título de especialista, a acreditação e avaliação das instituições e dos ciclos de estudos e o regime do pessoal docente das instituições privadas (art. 9º, n.º 5, alíneas d), g) e j); 3) O ISAG poderá definir códigos de boas práticas e de boa governação e gestão (art. 9º, n.º 7); 4) A entidade instituidora é quem organiza e gere o estabelecimento de ensino, designadamente nos domínios da gestão económica e financeira (art. 138º, n.º 1). Nesta conformidade, a entidade instituidora passa a ter um vasto conjunto de obrigações próprias (art. 30º), competindo-lhe, em particular, criar e assegurar as condições para o normal funcionamento do estabelecimento de ensino, assegurando a sua gestão administrativa, económica e financeira (art. 30º, n.º 1, alínea a), sendo que, face à entidade instituidora e ao Estado, o estabelecimento de ensino goza de autonomia pedagógica, científica e cultural (art.11º, n.º 3). Em particular, o exercício do poder disciplinar sobre professores e demais pessoal e sobre os estudantes cabe à entidade instituidora (art.138º, n.º 3), sendo que as propinas e demais encargos devidos pelos estudantes são fixados igualmente pela entidade instituidora, ouvidos os órgãos de direcção do estabelecimento (art. 139º); 5) Compete igualmente à entidade instituidora do estabelecimento de ensino certificar as suas contas através de um revisor oficial de contas (art. 30º, n.º1, alínea g); 2
3 6) Deverá ser ponderada a criação de unidades de investigação (p. ex., centros de investigação) (art. 13º, n.º 1), através de esquemas de cooperação com outras instituições de ensino superior (art.16º), assim como modalidades de participação na política do ensino e investigação (art. 19º); 7) Deverão ser identificadas e estimuladas actividades artísticas, culturais e científicas, assim como promovidos espaços de experimentação e de apoio ao desenvolvimento de competências extracurriculares, nomeadamente de participação colectiva e social (art. 21, n.º 2); 8) Deverá, igualmente, ser desenvolvido e apoiado um quadro de ligação aos antigos estudantes e respectivas associações, facilitando-se e promovendo-se a sua contribuição para o desenvolvimento estratégico da instituição (art. 23º); 9) Terão de ser desenvolvidas soluções de apoio eficaz à inserção na vida activa dos diplomados do ISAG, incluindo a criação de um sistema eficaz de recolha e divulgação de informação sobre o emprego dos mesmos, bem como sobre os seus percursos profissionais, com base em metodologias comuns a definir pelo Estado (art. 24º); 10) Terá de existir, nos termos a fixar nos estatutos, um provedor do estudante, cuja acção se desenvolverá em articulação com a associação de estudantes e com os órgãos e serviços do ISAG, designadamente com o Conselho Pedagógico (art.25º); 11) Deverão ser tidos em particular atenção os requisitos gerais definidos para a criação e o funcionamento de estabelecimentos de ensino superior, sendo de destacar a existência de um projecto educativo, científico e cultural, a disponibilidade de instalações e recursos apropriados, um corpo docente próprio, a garantia do elevado nível pedagógico, científico e cultural, e a prestação de serviços à comunidade (art. 40º); 12) Ter em consideração que irá ser regulado por decreto-lei a atribuição do título de especialista, que comprovará a qualidade e a especial relevância do currículo profissional numa determinada área (art. 48º); 3
4 13) Em especial, haverá que atender às novas exigências relacionadas com a composição do corpo docente do ISAG: mínimo de um detentor do título de especialista ou do grau de doutor por cada 30 estudantes sendo que, no conjunto dos docentes e investigadores, pelo menos 15% devem ser doutores em regime de tempo integral e, para além destes, pelo menos 35% devem ser detentores do título de especialista. Por outro lado, a maioria dos docentes detentores do título de especialista deverão desenvolver uma actividade profissional na área em que for atribuído o título. Por outro lado, os docentes e investigadores, se estiverem em tempo integral no ISAG, só poderão ser considerados para esse efeito no ISAG, se em regime de tempo parcial, não poderão ser considerados para esse efeito em mais de duas instituições (art. 49º); 14) Considerar, igualmente, a exigência de um quadro permanente de professores e investigadores beneficiários de um estatuto reforçado de estabilidade no emprego (art. 50º); 15) O novo regime de acumulações e incompatibilidades é, relativamente, mais facilitado (art.51º), sendo que os docentes de instituições de ensino superior poderão acumular funções docentes noutro estabelecimento de ensino superior, quando autorizados para o efeito, podendo temporariamente tal limite ser de seis horas (art. 178º, n.º 1), após comunicação às entidades oficiais (art. 51º, n.º 3). Por outro lado, os docentes em tempo integral de qualquer instituição de ensino superior pública poderão ser vogais dos conselhos científico ou pedagógico do ISAG (art. 51º, n.º 5); 16) Aos docentes do ISAG deverá ser assegurada uma carreira paralela à dos docentes do ensino superior público, sendo que tais docentes deverão possuir as habilitações e os graus legalmente exigidos para o exercício de funções de categoria respectiva no ensino superior público (art. 52º). O regime do pessoal docente e de investigação das instituições privadas ainda irá ser aprovado por decreto-lei (art. 53º); 17) De acordo com o art. 64º, o número anual máximo de novas admissões, bem como o número máximo de estudantes que pode estar inscrito em cada ciclo de 4
5 estudos em cada ano lectivo, é fixado anualmente pelas instituições de ensino superior ; 18) Os representantes do corpo docente, através do conselho científico, deverão passar a ser ouvidos pela entidade instituidora em matérias relacionadas com a gestão administrativa do estabelecimento de ensino (art.146º, n.º 2); 19) O ISAG deverá estabelecer, nos termos dos seus estatutos, mecanismos de autoavaliação regular do seu desempenho (art. 147, n.º 1). Por outro lado, o ISAG, bem com as suas actividades pedagógicas e científicas, estão sujeitas ao sistema nacional de acreditação e de avaliação, nos termos da lei (art. 147º, n.º 2); 20) O estabelecimento de ensino estará sujeito regularmente a visitas de inspecção pelos serviços competentes do ministério (art. 149º); 21) Deverá ser aprovado e publicado um relatório anual consolidado sobre as actividades desenvolvidas, acompanhado dos pareceres e deliberações dos órgãos competentes, com uma extensa estrutura predefinida (art. 159º); 22) Deverão ser salvaguardadas preocupações de transparência relativas ao funcionamento institucional: disponibilização no sítio do ISAG de todos os elementos relevantes relacionados com os ciclos de estudos oferecidos e graus conferidos, investigação realizada e serviços prestados pelo ISAG, incluindo, obrigatoriamente, os relatórios de auto-avaliação e de avaliação externa da instituição, bem como dos ciclos de estudos (art. 161º); 23) Deverá, igualmente, ser dada ampla informação e publicidade a que se refere o art. 162º (documentos informativos sobre a organização do ISAG); 24) No prazo de oito meses a contar da entrada em vigor da lei (ou seja, a contar de 10 de Outubro de 2007, salvo no que depender da aprovação dos novos estatutos e da entrada em funcionamento dos novos órgãos art. 184º, n.º 1), ou seja até 10 de Junho de 2008 (salvo erro de contagem do prazo legal), deverá procederse à revisão dos estatutos do ISAG, de modo a conformá-los com o novo regime legal (art. 172º, n.º 1); 5
6 25) Os estatutos são aprovados pelo órgão competente da entidade instituidora, ouvidos os órgãos do estabelecimento de ensino, e homologados e publicados nos termos da lei (art. 172, n.º 7 e 8); 26) Os membros dos novos órgãos do ISAG deverão ser eleitos ou designados conforme os casos, nos quatro meses seguintes à publicação dos novos estatutos, cessando então o mandato dos órgãos em exercício (art. 174, n.º 1); 27) A adequação aos requisitos relativos à composição do corpo docente previstos nos artigos 48º e 49º deverá ser realizada até ao início do ano lectivo subsequente ao termo do prazo de 18 meses, (ou seja, no ano lectivo 2009/2010) contado a partir da data de entrada em vigor do decreto-lei que regulará a atribuição do título de especialista, sob pena de revogação da autorização de funcionamento dos ciclos de estudos (art. 183, n.º 1 e 2); 28) A adequação ao disposto na lei quanto aos respectivos requisitos deverá ocorrer no prazo de 18 meses contado a partir de 10 de Outubro de 2007, sob pena de revogação do reconhecimento de interesse público e da autorização de funcionamento dos ciclos de estudos do ISAG (art. 183º, n.º 3). 14 de Novembro de
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