DIOGO IKARO DE A. F. & GUSTAVO BARREIROS SERPA ESTUDO DE DOSAGENS DE CONCRETO PERMEÁVEL PARA PEÇAS PRÉ- MOLDADAS E UMA ANÁLISE DO SISTEMA DRENANTE
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1 i DIOGO IKARO DE A. F. & GUSTAVO BARREIROS SERPA ESTUDO DE DOSAGENS DE CONCRETO PERMEÁVEL PARA PEÇAS PRÉ- MOLDADAS E UMA ANÁLISE DO SISTEMA DRENANTE Artigo apresentado ao curso de graduação em Engenharia Civil da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para a obtenção de Título de Bacharel em Engenharia Civil. Orientador: Msc. Luciana Nascimento Lins Brasília 2016
2 ii Artigo de autoria de Diogo Íkaro de Andrade Figueiredo & Gustavo Barreiros Serpa intitulado Estudo de dosagens de concreto permeável para peças pré-moldadas e uma análise do sistema drenante, apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil da Universidade Católica de Brasília, em (Data de aprovação), defendido e aprovado pela banca examinadora abaixo assinada: Prof. Msc. Luciana Nascimento Lins Orientadora Curso de Engenharia Civil UCB Prof. (titulação). (Nome do membro da banca) Examinador Curso de Engenharia Civil UCB Brasília 2016
3 iii DEDICATÒRIA Gustavo Barreiros Serpa Em muitas fases de minha vida não tinha certeza do que ao certo eu seria, ou poderia alcançar, venho por meio deste trabalho de conclusão dedicar e agradecer aos meus pais Marcos José Serpa e Sheila Barreiros Serpa que permitiram tal benfeitoria, e me apoiaram para que este sonho pudesse se tornar realidade, tenho a certeza que junto a eles, com apoio deles poderei sonhar ainda mais alto e obter mais conquistas.
4 4 DEDICATÒRIA Diogo Ikaro de A. Figueiredo Em primeiro lugar a Deus, pela força e coragem durante toda esta longa caminhada, o meu pai Dayen Willy Figueiredo, minha mãe Valdilene Silva de Andrade Figueiredo, e meu irmão, pela dedicação há mim, acreditar, investir e tornar realidade este sonho. Agradeço а minha professora orientadora pelo convívio, apoio, compreensão е amizade, teve paciência е foi primordial para conclusão deste trabalho
5 5 ESTUDO DE DOSAGENS DE CONCRETO PERMEÁVEL PARA PEÇAS PRÉ- MOLDADAS E UMA ANÁLISE DO SISTEMA DRENANTE DIOGO IKARO DE A. FIGUEIREDO & GUSTAVO BARREIROS SERPA RESUMO Neste trabalho é desenvolvido o estudo de peças de concreto pré-fabricadas permeável, visando a substituição das peças convencionais por estas que são benéficas ao meio ambiente, hoje principal prejudicado com a impermeabilização das grandes metrópoles. É notável que com a variação da porcentagem de agregado (Areia artificial e Brita 0) existe um evidente ganho tanto de resistência quanto a de permeabilidade. Portanto o objetivo e foco principal deste trabalho é estudar e avaliar os diferentes resultados obtidos a partir dessas combinações. Como citado acima, são utilizados diversas dosagens de agregados. Assim foram definidos cinco traços, para os quais a variação de areia artificial vai de 13% à 17% e a de brita 0 tem sua variação de 83% à 87%, concluindo-se assim qual melhor opção a ser utilizada hoje em dia. Todos os traços gerados foram feitos no laboratório da Concretecno, situado na Ceilândia. Palavras-chave: Concreto permeável. Pré-moldado permeável. Concreto drenante.
6 6 1 INTRODUÇÃO 1.1 INTRODUÇÃO Devido ao grande crescimento das cidades, os números de problemas acarretados em épocas de chuva nas grandes metrópoles vêm aumentando com grande frequência, muitas vezes causando malefícios à população. Isso se dá principalmente deixando grande área impermeável dentro de grandes centros, onde as redes coletoras não são suficientes ou eficazes, assim não havendo destino para a grande quantidade de água. Os problemas estão cada vez mais graves e causando maiores estragos à população. Diante da necessidade de manter o desenvolvimento das cidades em prol do crescimento econômico e da melhoria de infraestrutura, é indispensável que sejam pensadas soluções que visem reduzir o grande impacto ambiental causado pela impermeabilização dos solos decorrentes das construções e edificações. Com isso, as novas tecnologias aliadas às novas legislações ambientais e também construções verdes, visando favorecimento social e ambiental, vem aumentando cada vez mais, principalmente em grandes centros, até mesmo taxados de centros tecnológicos ou sustentáveis. Uma das novas tecnologias estudadas e desenvolvidas é o concreto permeável para pavimentos, que a partir de 2015 foi normatizado no Brasil. Os pavimentos permeáveis possuem uma taxa de permeabilidade elevada, que permite a penetração da água nas camadas inferiores ao pavimento, reabastecendo os aquíferos subterrâneos. Em países desenvolvidos, a utilização deste já é muito frequente, tendo em vista a facilidade de utilização e também as vantagens trazidas por ele. No Brasil, as pesquisas ainda são muito limitadas e de difícil acesso, assim dificultando o aprimoramento desta tecnologia. A norma brasileira NBR 16416, intitulada Pavimentos Permeáveis de Concreto Requisitos e Procedimentos, vigora a partir de setembro de 2015, ou seja, cerca de apenas 10 meses. Julga-se interessante a discussão do tema, devido a crescente impermeabilização do solo, que se agrava com o crescimento dos centros urbanos. Problemas socioambientais vem se intensificando por meio desses impactos antrópicos, como escoamento superficial ou run off e a redução do abastecimento dos aquíferos subterrâneos.
7 7 1.2 OBJETIVO Este trabalho tem como objetivo o estudo do concreto permeável, com alto índice de vazios, com boa aparência e que possua uma real eficiência na absorção de líquidos, atendendo às especificações da norma brasileira. O estudo tem como base a produção de peças de concreto, substituindo o piso intertravado convencional por piso intertravado drenante, de modo a tornar o uso mais benéfico para o meio ambiente. O foco deste trabalho abranger o desenvolvimento e criação de peças pré-fabricadas, com suas respectivas normas, a saber, NBR 16416: Pavimentos Permeáveis de Concreto, NBR 9781: Peças de concreto para pavimentação Especificação e métodos de ensaio e estudos de compressão seguindo as normas de desempenho técnico para pavimento intertravados, NBR 15953: Pavimento intertravado com peças de concreto Execução, NBR12655:2015 Concreto - Preparo, Controle e Recebimento. Para execução deste trabalho são utilizados os seguintes materiais: cimento CPV, sílica, brita 0, areia artificial e aditivo. 2 MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 CARACTERÍSTICAS DO ENSAIO Os procedimentos laboratoriais se deram principalmente na análise da estrutura, criada com a utilização de normas e ensaios. A utilização de materiais corretos conforme a NBR 16416, a qual determina não apenas os procedimentos para pavimentos permeáveis de concreto, mas também os materiais a serem utilizados. Acrescenta-se ainda mais três normas que complementam os ensaios para caracterização futura do concreto. Normas estas: NBR 5738, NBR e NBR MATERIAIS UTILIZADOS Como descrito no item 2.1, a definição dos materiais utilizados no traço de concreto é definido principalmente com a utilização das normas técnicas brasileiras. A caracterização do solo e os materiais utilizados são descritos abaixo:
8 8 Areia Artificial: De acordo com a NBR 7211, o agregado miúdo é aquele cujos grãos passam por completo na peneira de abertura 4,75mm. Conforme figura 1. Figura 1: Areia Artificial Cimento: A escolha do cimento CPV, requisito decisivo para a escolha do mesmo, foi sua propriedade de obter alta resistência inicial. Ainda, este atende requisitos da NBR Fonte: Autor Figura 2: Cimento CPV Brita 0: de acordo com a NBR 7211, o agregado graúdo é aquele cujos grãos passam pela peneira com abertura de 75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de 4,75 mm.
9 9 Fonte: Autor Figura 3: Brita 0 Sílica: É utilizada em concretos para obter melhor desempenho e melhores resultados com relação às resistências mecânicas e a durabilidade do concreto. Aditivo: O aditivo utilizado foi o polifuncional, Tec-Mult 829 SPX, este aditivo funciona como redutor de água e dispersante, portanto, reduzindo a quantidade de água da mistura. 2.3 EQUIPAMENTOS E ENSAIOS UTILIZADOS Dentre os ensaios para caracterização do solo, os equipamentos utilizados são todos de fácil manuseio e compreensão, seguindo processos simples, os quais, são determinados através das normas citadas. Com todos os materiais definidos, dá-se início a caracterização dos materiais em laboratório.
10 10 Figura 4: Peneiras da série Normal Realizou-se primeiramente a caracterização por meio de ensaio granulométrico. O material é analisado utilizando-se as peneiras de série normal para a definição da curva granulométrica do material. Nesta série o material fica contido nas peneiras de número: 6,3mm, 4,75mm, 2,4mm, 1,18mm, 0,6mm, 0,3mm e 0,149mm. Após este processo de separação, o material é posto no agitador de peneiras por 5 minutos, com uma potência de 60%, como é mostrado na Figura 5. Com um total de 5kg, o material foi dividido em etapas de 1kg, como observa-se na Figura 3, e a quantidade total como mostrado e na Figura 6. Este ensaio foi executado por cinco vezes, obtendo assim cinco parâmetros para maior confiabilidade do resultado final, pelo cálculo da média.
11 11 Figura 5: Agitador de Peneiras Figura 6: Total de 5kg da amostra
12 12 Figura 7: Amostra de 1kg Com o processo é obtido a quantidade de material passante e retido, como mostra a Tabela 1. É possível então determinar a dimensão máxima, que por norma deve ser igual ou inferior a 5%. Neste caso a dimensão máxima obtida é de 4,75mm. Também é determinado o módulo de finura, que é obtido a partir da soma das peneiras normais, dividido por cem, neste caso o módulo de finura encontrado é de 3,42. Tabela 1 - Areia Artificial Abertura (mm) Peso Peneira (g) Peso retido (g) % Retido % Acumulado 6, ,03 0,10% 0,10% 4, ,1 0,41% 0,51% 2, ,05 27,41% 27,92% 1, ,39 30,62% 58,54% 0, ,92 18,46% 77,00% 0, ,75% 83,76% 0, ,08 10,93% 94,69% Fundo 53,51 5,31% 100,00% Total 1007, ,00% 100,00%
13 13 Fonte: Autor Figura 8: Separação do material após vibração Realizou-se também o ensaio para avaliação da massa específica (seca e aparente). Para isso, a umidade dos materiais foi determinada pelo frasco de Chapman. Para este ensaio foi utilizado material miúdo, o qual foi submerso em água, e agitado por alguns minutos, para o preenchimento dos espaços vazios por água. Determina-se, assim, a massa específica da areia artificial que foi de 2,72 g/cm³. Autor: Autores Figura 9: Frasco de Chapman
14 14 Autor: Autores Figura 10: Frasco de Chapman com Material Após toda a disposição e separação dos materiais, definiu-se o traço de concreto a ser utilizado para desenvolver a pesquisa e assim obter os dados necessários. O traço utilizado foi: 1: 4, sendo 1 kg de aglomerante (cimento e sílica) e 4 kg de agregados (areia artificial e brita 0), variando a porcentagem dos agregados, da areia artificial de 13% a 17% e brita 0 de 87% a 83%, a fim de analisar qual é o mais eficiente no ganho de resistência mecânica, à permeabilidade e a não colmatação dos espaços vazios. Visando obter uma melhor resistência do concreto, melhor distribuição dos agregados e maior permeabilidade, variou-se a porcentagem de agregado em diferentes traços, representados na Tabela 2.
15 15 Tabela 2 : Porcentagem e variação dos agregados Traço /Material Brita 0 (Kg) Areia Artificial (Kg) Água (Kg) Aditivo (g) Sílica (Kg) Cimento (Kg) Traço 1: 1:14 87% Brita 0 13% Areia Artificial Traço 2: 1:4 3,48 0,52 0,35 7,36 0,08 0,92 86% Brita 0 14% Areia Artificial Traço 3: 1:4 3,44 0,56 0,35 7,36 0,08 0,92 85% Brita 0 15% Areia Artificial Traço 4: 1:4 3,40 0,60 0,35 7,36 0,08 0,92 84% Brita 0 16% Areia Artificial Traço 5: 1:4 3,36 0,64 0,35 7,36 0,08 0,92 83% Brita 0 17% Areia Artificial 3,32 0,68 0,35 7,36 0,08 0, PROCESSOS E ANÁLISES Com todos os materiais determinados e ensaios concluídos, dá-se início a execução das dosagens experimentais em laboratório e moldagem dos corpos de prova para ensaios de resistência mecânica e permeabilidade. Utilizando uma betoneira com capacidade para 120l, foram rodados 5 traços. Foram misturados na betoneira primeiramente os materiais secos, tais como areia, brita, cimento e posteriormente, adicionou-se água à mistura, sendo por fim acrescido o aditivo polifuncional. Após este processo misturou-se o concreto por cinco minutos, obtendo-se uma mistura homogênea. É então realizada a moldagem dos corpos de prova cilíndricos, utilizando a NBR 5738:2015, a qual se refere à moldagem e cura de corpos de prova. Para manter a comparação de forma igualitária adotou-se o padrão de adensamento em três camadas, sendo executados 20 golpes ao fim de cada uma destas, de modo que a moldagem não fosse prejudicada por possíveis problemas de adensamento. Para cada traço rodado foram confeccionados 6 corpos de prova cilíndricos, sendo estes rompidos nas seguintes idades: 2 corpos de prova aos 3 dias, 2 corpos com 7 dias e 2 corpos com 28 dias.
16 16 Figura 11: Máquina Contest Calibrada em: 02/03/2016 A Figura 11 representa uma prensa hidráulica da marca Contest, utilizada para o realizar os ensaios de resistência á compressão dos corpos de prova cilíndricos, cujos resultados posteriormente foram tabelados. Fonte:autores Figura 12: Corpos de prova rompidos
17 17 Figura 13: Corpo de prova após rompimento Foto: Autor A produção das peças de concreto permeável obedece a NBR 9781:2013, para pisos de concreto em peças. Os tamanhos das peças foram feitos de acordo com o tipo 1 estabelecido pela norma, a qual exige que as peças de concreto com formato retangular possuam a relação comprimento/largura igual a dois, se arranjem entre si nos quatro lados e podem ser assentadas em fileiras ou em espinha de peixe. Abaixo seguem as tolerâncias: Comprimento máximo de 250 mm, neste o comprimento adotado é de 220 mm; Medida real da largura de no mínimo 97 mm na área da peça destinada à aplicação de carga no ensaio de resistência à compressão, conforme especificado; Medida nominal da espessura de no mínimo 60 mm, especificada em múltiplos de 20 mm, neste a espessura adotada foi de 100 mm; O índice de forma (IF) para peças de concreto utilizadas em vias com tráfego de veículos ou áreas de armazenamento deve ser menor ou igual a 4. peças. Segue na Tabela 3 os valores estabelecidos como tolerâncias para as dimensões das
18 18 Tabela 3 - Tolerâncias dimensionais das peças de concreto Comprimento Largura Espessura ± 3 mm ± 3 mm ± 3 mm Autor: NBR 9781 Peças de concreto para pavimentação Ensaio de Absorção de água Posteriormente avaliou-se, com base na NBR 9781, a absorção de água na peça de concreto. Este processo tem início com a peça saturada, coloca-se esta sobre uma tela metálica por 1 min, em seguida com um pano úmido retirou-se a água superficial visível, sendo então realizada a pesagem da peça. Repete-se este processo até que sua massa atinja uma diferença menor ou igual 0,5% da anterior. Abaixo na Figura 14, são peças moldadas, o ensaio da absorção é mostrado na Figura 15. Figura 14: Peças Moldadas em Concreto Permeável Autor: Autoria própria
19 19 Tela Metálica Figura 15: Ensaio de Absorção de água Posteriormente, é realizado o processo de secagem, levando as peças até a estufa, por 24h, realizando sua pesagem novamente por 2h sequenciais, até que sua massa supere 0,5% da massa anterior, obtendo o valor de m1. Para obter a capacidade de absorção das peças é necessária utilização da seguinte equação: Equação (1) Sendo A o valor a ser obtido, correspondente a absorção de água de cada corpo de prova, sendo m1 a massa do corpo de prova seco, e m2 a massa do corpo de prova saturado, ambos expressas em gramas (g) Ensaio de Resistência à Compressão Para este ensaio é necessário que todas as peças a serem rompidas se encontrem no seu estado saturado, e estejam devidamente retificadas. Após este processo o resultado é dado através da divisão da carga obtida na ruptura, pela área em milímetros (mm), multiplicado por um fator P, relacionado à altura da peça.
20 20 Tabela 3 - Fator P Espessura Nominal da peça (mm) P 60 0, , ,05 Autor: NBR 9781 Peças de concreto para pavimentação Neste trabalho, as peças foram produzidas com as seguintes dimensões: 21,5cm x12,0cm x 10cm (comprimento, largura e altura). Sendo, portanto, a espessura nominal de 10 cm, correspondente então a 100mm. O fato P utilizado foi o de 1,05. Observa-se na Figura 16 o rompimento das peças. Figura 16: Rompimento das peças Ensaio de Permeabilidade No ensaio de permeabilidade é necessário adequar o terreno para o qual as peças serão destinadas. Para isso a base e/ou a sub-base, conforme a norma NBR 9781 para pisos intertravados, foi regularizada conforme o necessário. Logo após, posicionou-se sobre todas as peças um cilindro, com massa de calafetar para vedar a saída de água pelas interfaces do encontro do cilindro com a peça. A quantidade de água a ser usada no ensaio é determinada de acordo com o tempo de pré-molhagem no experimento. Após a pré-molhagem, aguarda-se 1 minuto e inicia-se o despejo de água dentro do cilindro, mantendo o nível de água entre as duas linhas de referência dentro do cilindro. Durante o despejo da água dentro do cilindro é cronometrado o tempo, até que não haja mais água acumulada no interior do cilindro. Ao
21 21 fim, quando todo líquido do cilindro tiver sido absorvido para-se o cronometro. Podemos observar na Tabela 4 a seguir, a quantidade de água a ser despejada em função do tempo de molhagem. Tabela 4 Determinação da quantidade de água Tempo de Pré-molhagem (s) Massa de água para o ensaio (Kg) 30 18,00 ± 0,05 > 30 3,60 ± 0,05 Autor: NBR Pavimentos permeáveis de concreto As figras abaixo mostram a preparação do terreno e a execução do experimento. Figura 17: Preparação do terreno
22 22 Figura 18: Cilindro sobre as peças Figura 19: Peças locadas Nas figuras acmia, pode-se observar a locação das peças para execução do ensaio de absorção, sendo realizado também o preenchimento dos espaços vazios com pó de brita,
23 23 utilizado para execução em casos de blocos em calçadas e estacionamento, como é exigido por norma. segue abaixo: O cálculo do coeficiente de permeabilidade (k) é determinado pela equação, que Equação (2) Sendo: k é o coeficiente de permeabilidade expresso em milímetros por hora (mm/h); m é a massa de água infiltrada expressa em quilogramas (Kg); d é o diâmetro interno do cilindro de infiltração expresso em milímetros (mm); t é o tempo necessário para toda a água percolar expresso em segundos (s); C fator de conversão de unidades do sistema SI, com valor igual a Discussões e Resultados A partir dos ensaios realizados, são apresentados abaixo os resultados obtidos: A Tabela 5 apresenta os resultados obtidos nos ensaios de absorção de água das peças moldadas, de acordo com os diferentes traços. Peças Autor: Autores Tabela 5 - Absorção Valores por Amostra Capacidade de Absorção de água Traço 1 4,67% 4,64% 4,42% Traço 2 4,82% 4,36% 4,67% Traço 3 5,32% 5,31% 4,67% Traço 4 3,97% 4,58% 4,94% Traço 5 3,73% 4,73% 6,02% Traços Tabela 6 - Absorção Média Capacidade de Absorção de água Traço 1 4,58% Traço 2 4,61% Traço 3 5,10% Traço 4 4,49% Traço 5 4,83% Autor: Autores
24 24 A NBR 9781 determina que todos os valores obtidos através dos ensaios sejam inferiores a 6% na capacidade de absorção. O traço 3 foi o que apresentou maior capacidade de absorção. Podemos observar que no traço 5 a peça três obteve um valor superior a 6%, porém a norma refere-se ao total geral ser inferior a 6%. Já os valores individuais não podem superar 7%, assim satisfazendo todas as exigências da norma no tocante à absorção. Junto ao ensaio de Absorção de água, háo ensaio de permeabilidade, que teve como fonte a NBR16416, onde o coeficiente mínimo de permeabilidade exigido é de 10-3 m/s.estão apresentados na Tabela 8 os tempos cronometrados, e os coeficientes de permeabilidade obtidos. Traço Autor: Autores Tipo Face Superior Face Inferior Face Superior Face Inferior Face Superior Face Inferior Face Superior Face Inferior Face Superior Face Inferior Tabela 8 Traços 1 e 2 - Permeabilidade Tempo de Pré- Molhagem (s) Massa de água (kg) Tempo de permeabilidade (s) Permeabilida de (m/s) 31 3,6 12 4,24E ,6 9 5,66E ,6 13 3,92E ,6 12,63 4,03E ,6 9 5,66E ,6 11 4,63E ,6 13 3,92E ,6 11 4,63E ,6 13,9 3,66E ,6 12,6 4,04E- 03
25 25 Pode-se observar que todos os traços atendem a NBR no que diz respeito à permeabilidade. Os ensaios de resistência à compressão são dividos em duas etapas, a primeira baseada em corpos de prova cilíndricos, moldados a cada traço executado. Neste caso específico, como já explicado acima, foram confeccionados 6 corpos de prova, os quais estão apresentados nas Figuras 21 e 22. A outra etapa a ser avaliada é a ruptura das próprias peças, que de acordo com a NBR 16416, apresenta as seguintes exigências, como se mostra na figura 20: Fonte: NBR Pavimentos permeáveis de Concreto Figura 20: Valores Mínimos de Resistência à compressão
26 Título do Eixo Resistência à compressão (MPa) 26 45,00 40,00 35,00 Resistência à Compressão dos Traços 40,49 37,14 38,10 35,66 35,32 34,33 3 dias 30,00 25,00 22,04 24,36 22,45 28,77 29,76 28,20 26,93 26,01 23,84 7 dias 28 dias 20,00 15, Traço Gráfico 1: Resistência à Compressão Autor: Autores Como podemos observar na tabela de resistência à compressão, temos 5 traços de concreto, no qual todos possuem variância em seus agregados. Ainda observando o gráfico 1 a maior resistência final, foi obtida com o traço 5, que obteve uma resistência final de 38.1 MPa. Na Figura 22 está apresentada a variação de resistência à compressão aos 28 dias. Variação de resistência aos 28 dias 44,00 39,00 37,14 38,10 34,00 29,00 24,00 22,45 28,77 29,76 28 dias Mínimo 19, Traço 20,00 Gráfico 2: Valores crescentes de Resistência
27 27 Autor: Autores No Gráfico 2, observam-se as resistências à compressão obtidas nos 5 traços ensaiados, percebendo-se que todos atendem aos 20,0 MPa exigidos pela NBR 16416, conforme mostrado na Figura 20. Fazendo ainda outra análise, pode-se observar que, em quatro dos cinco traços estudados, os valores obtidos para a resistência à compressão, satisfazem ao mínimo exigido de 35,0 MPa para pavimentos com juntas alargadas. Figura 21: Rompimento de Peças
28 28 Figura 22: detalhe rompimento peça Figura 23: 23: Peça Peças rompida rompidas
29 29 Todas as peças devem ser rompidas sobre um cilindro, como podemos observar na figura 21, conforme procedimento da NBR A resistência da peça é obtida através da relação entre a força necessária para a ruptura e a área dessa peça cilíndrica, de 85 mm de diâmetro. Todas as peças foram moldadas de forma manual, em molde de madeira. Os resultados a seguir são os resultados médios obtidos dentre os três rompimentos feitos por traço. Todas as peças no momento do rompimento encontravam-se no estado seco. Na Tabela 10 estão apresentados os resultados médios obtidos nos ensaios de resistência à compressão das peças Tabela 10 Resistência das Peças Traços Resistência Peça (Mpa) Traço 1 15,37 Traço 2 23,56 Traço 3 13,92 Traço 4 21,84 Traço 5 13,52 Valor Médio 17,65 Por fim temos as densidades encontradas nas peças produzidas em laboratório, densidades estas saturadas e em seu estado seco, como pode-se observar na Tabela 11 a seguir.
30 30 Tabela 11 Densidade das peças Traços Traço 1 Traço 2 Traço 3 Traço 4 Traço 5 Densidade 1 Densidade 2 Peso (g) Peso (g) 3341,8 3363,8 3196,2 3228,9 3269,0 3296,4 3524,4 3510,5 3423,9 3410,3 3474,1 3460,4 3497,0 3476,3 3363,8 3347,5 3430,4 3411,9 3595,8 3584,8 3444,3 3449,1 3520,0 3516,9 3400,6 3474,9 3234,2 3324,7 3317,4 3399,8 4 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Mediante a crescente quantidade de áreas impermeáveis, fica evidente a necessidade de desenvolvimento de novas tecnologias, que venham solucionar estes problemas, os quais vêm aumentando e acarretando diversos tipos de transtornos para a população. Como escapatória e sem influenciar no crescimento de grandes metrópoles, este trabalho de conclusão de curso abordou uma alternativa eficiente, simples, arrojada e diferenciada. Como se sabe as peças não permeáveis são muito utilizadas hoje em dia, principalmente em estacionamentos, condomínios, áreas para pedestres, entre outros. No entanto o uso de peças permeáveis pode aumentar a capacidade de infiltrações, ajudando a
31 31 recomposição da água para os lençóis e para o solo. Observa-se que os resultados não só superaram e muito os valores solicitados em norma, na permeabilidade, mas em sua resistência, podendo assim ser utilizados com grande facilidade em áreas de grande uso pela população. A baixa variação de agregados não influenciou muito nas variações de resultados e sendonque todos os traços obtiveram resultados satisfatórios. Assim conclui-se que os melhores traços a serem adotados são o de número 2 e 5, compostos simultaneamente por 86% de brita 0 e 14% de areia artificial e 83% de brita 0 e 17% de areia artificial. Entretando, ainda é necessário que haja testes em grande escala, devido a todos os ensaios acima citados terem sido realizados em laboratório. A correta utilização, definição de melhores bases e sub-bases, aplicação do material, e a satisfação do produto como um todo, deverá ser avaliada in loco, com a criação de áreas em tamanhos reais e colocadas em uso. Sugere-se também estudos para avaliar a colmatação do concreto drenante ao longo da sua utilização. Título do artigo em língua estrangeira Abstract: By the large growth in big cities this work proposes some ways to solve the problems with the impermeable area. So because these work completions of the course show peace of permeable concrete to use in different kinds of place for example parking lots, sidewalks, recreation areas. Mainly targeting solves some problems with strong rains and high water flow. Probably now the only thing you can t imagine to use is concrete but this innovation can change your mind, because of the high water permeability of the concrete can make the soil or even the reuse of target and these TCC can prove this in large or small scale. Keywords: Permeable concrete. Pre molded permeable. Concrete drainage. REFERÊNCIAS
32 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 5738: Concreto - Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova. Rio de Janeiro, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 5739: Concreto - Ensaios de compressão de corpos-de-prova cilíndricos. Rio de Janeiro, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 7211: Agregados para concreto. Rio de Janeiro, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 9776: Agregados - Determinação da massa específica de agregados miúdos por meio do frasco Chapman. Rio de Janeiro, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 9781: Peças de concreto para pavimentação Especificação e métodos de ensaio. Rio de Janeiro, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 12655: Concreto de cimento Portland - Preparo, controle, recebimento e aceitação - Procedimento. Rio de Janeiro, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 15953: Pavimento intertravado com peças de concreto - Execução. Rio de Janeiro, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 16416: Pavimentos permeáveis de concreto - Requisitos e procedimentos. Rio de Janeiro, TEIXEIRA, A.R; NÓBREGA, E.S; COSTA, L.A. et al. Estudo do Concreto Permeável de Acordo com as Exigências da Nova Norma NBR 16416:2015. Universidade Católica de Brasília, Brasília CAPUTO, P. HOMERO. Mecânica dos solos e suas Aplicações. Rio de Janeiro FONSECA, E.A. Avaliação do desempenho de concreto permeável com uso de fibra. Universidade Católica de Brasília, Brasília
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