CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DO KAIRÓS DA RECONCILIAÇÃO O movimento propõe um tempo especial de espiritualidade para todas as mães por meio da unidade ent

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6 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DO KAIRÓS DA RECONCILIAÇÃO O movimento propõe um tempo especial de espiritualidade para todas as mães por meio da unidade entre os serviços AMO - Intercessão, Música e Escola de Nazaré. Tempo dedicado à oração, formação e meditação da palavra de Deus, durante o qual faremos uma caminhada de reconciliação de dezembro de 2018 a agosto de Teremos dois momentos distintos: Coletivo: dia do Grupo - 1 encontro mensal 1 Momento: Terço. 2 Momento: Formação (Estudo da Exortação Apostólica direcionado pela AMO Formação - Escola de Nazaré). 3 Momento: Momento oracional, direcionado pela AMO Intercessão e pela AMO Música. Individual: em casa Meditação diária, ao longo do mês, do trecho bíblico proposto pela AMO Intercessão - Diário Espiritual Término da Reflexão: última sexta-feira do mês Dia da Reconciliação. Nossa Senhora de La Salette, Reconciliadora dos pecadores, rogai sem cessar por nós que recorremos a vós!

7 KAIRÓS DA RECONCILIAÇÃO ESCOLA DE NAZARÉ AMO-FORMAÇÃO, através da Escola de Nazaré, desenvolverá no momento de formação dos Grupos de Mães o estudo da Exortação Apostólica Reconciliação e Penitência. Será enviado mês a mês (dezembro a agosto), durante este Kairós, material para reflexão. A exortação que será estudada é de Foi emitida pelo Papa São João Paulo II e recebeu o nome de Reconciliatio et Paenitentia, sobre a Reconciliação e a Penitência. Apesar de ter passado tantos anos, esse documento continua muito atual e faz-se necessário aprofundá-lo e vivê-lo nos dias de hoje. Mas por que estudar essa exortação? Angela Abdo recebeu uma moção (inspiração do Espírito Santo), indicando a direção na qual Deus quer que o movimento caminhe, direcionando-a a anunciar um tempo de restauração. Para viver este tempo, é fundamental um direcionamento da Mãe Igreja e, nessa exortação, será apresentado todo o embasamento cristão necessário para conduzir o tempo de reconciliação com Deus, consigo, com os irmãos (pai, mãe, filhos, amigos, cônjuges, vizinhos) e com o mundo criado. Informa-se que os estudos que já estão sendo realizados não deverão ser interrompidos. Atos ou Evangelho, conforme o grupo, e as formações litúrgicas, de acordo com o cronograma a seguir: CRONOGRAMA DA ESCOLA DE NAZARÉ PARA O TEMPO DO KAIRÓS: 03 Encontros: estudos bíblicos; 01 encontro: exortação; Totalizando 4 encontros no mês PROPOSTA DA FORMAÇÃO Propor o estudo relativo aos números da Exortação determinados no mês para todas as mães; Fazer um resumo (formadora) para apresentar no grupo; Conduzir uma partilha baseada nas perguntas propostas.

8 Observação importante: Os grupos que ficarem de recesso todo o mês de janeiro, só terminarão as formações em setembro. Nesse caso, sugere-se terminar antes do dia 19 de setembro. Iniciem o estudo sob à luz do Espírito Santo, na certeza de que Deus caminha com todas. Nossa Senhora de La Salett, Reconciliadora dos pecadores, rogai, sem cessar, por nós que recorremos a vós. UM OLHAR BREVE ANTES DE APROFUNDAR Exortação de João Paulo II com o tema Reconciliação e Penitência O texto começa com uma introdução para situar o leitor a perceber o convite ao reencontro dessa realidade tão importante para nós nesse mundo despedaçado que vivemos por causa do pecado que cada um comete, abusando da própria liberdade. É uma nostalgia de reconciliação para recompor as fraturas em busca da unidade; é quase uma utopia, mas não podemos desistir do desejo de reconciliação sincera e de paz nos afastando do pecado. Por isso, o sínodo volta-se com olhar penetrante para a reconciliação e a penitência, que significa a íntima mudança do coração amparado pela palavra de Deus e a certeza do Reino, por isso temos de mudar de vida, mudando o coração. A penitência é conversão que passa do coração às obras. A reconciliação para ser total exige libertação do pecado. PRIMEIRA PARTE A Parábola da reconciliação de Lucas 15 nos ajuda a perceber que devemos proporcionar a festa do regresso para o pecador e participar dela, pois a família humana está dividida pelo egoísmo. Esse percurso fazemos à luz do Cristo Reconciliador, como nos diz São Paulo em suas cartas. Temos uma missão reconciliadora em Cristo, que nos reconciliou na cruz, temos um ministério da reconciliação por participar da obra reconciliadora de Cristo. É tarefa da Igreja, e, portanto, nossa, a de reconciliação do homem em quatro dimensões: com Deus, consigo mesmo, com os irmãos e com toda a criação. Os meios são da escuta da palavra, da oração pessoal e comunitária e dos sacramentos. Por isso, para sermos reconciliadores, temos de ser reconciliados, temos de dar o exemplo nos esforçando em apaziguar os ânimos, moderar as tensões, superar as divisões, sanar as feridas e estar unidos no que é essencial. Para isso, contamos com a ação do Espírito Santo, que é também Espírito de reconciliação. É tempo da grande festa do perdão e da reconciliação, pois Deus é amor e está aberto a todos. Somos chamados a cooperar com Cristo para reconciliar o mundo com Deus por meio de quatro vias: a oração, a pregação, a ação pastoral e o testemunho. Assim vamos construir a civilização do amor.

9 SEGUNDA PARTE Somos convidados a ver que o pecado está presente em nossa vida, mesmo quando nos enganamos dizendo não ter pecado; se o nosso coração de alguma coisa nos acusa, Deus é maior que o nosso coração. Reconciliar-se com Deus é apartar-se do pecado no qual se caiu, por isso fazer penitência e arrepender-se é regressar ao Pai. Inspirados na narração de Babel, vemos o pecado como desagregação da família e problema social, gerando assim o pecado social em suas diversas acepções. Uma reflexão sobre pecado mortal e venial nos faz perceber as diferenças na sua essência e não perder o sentido do pecado, que tem sua raiz na consciência moral. O Papa faz uma chamada de atenção para o perigo do ritualismo rotineiro, que tira ao sacramento da reconciliação o seu significado pleno e a sua eficácia formativa. O apóstolo Paulo nos lembra que o mistério da piedade vence o pecado. Por isso, é preciso um esforço de todo cristão para uma vida reconciliada, pois o mistério da piedade é o caminho aberto pela misericórdia divina à vida reconciliada. TERCEIRA PARTE É preciso fazer da reconciliação uma pastoral, suscitar no coração do homem a conversão e a penitência para chegar ao dom da reconciliação. O essencial dessa pastoral da penitência e reconciliação são dois pontos assinalados na exortação: os meios usados e as vias seguidas pela Igreja para promover a penitência e a reconciliação, e o sacramento por excelência da penitência e da reconciliação. São meios a catequese e os sacramentos; e ainda, o diálogo sincero e frutuoso é um diálogo de salvação. Tudo isso nos ajuda a viver a reconciliação e ainda nos oferece outros pontos que são: sobre o sentido do pecado, sobre a tentação e as tentações, sobre o jejum, sobre a esmola, sobre o nexo íntimo e sobre as circunstâncias concretas em que a reconciliação se deve realizar. Particularmente sobre as quatro reconciliações: reconciliação do homem com Deus, consigo mesmo, com os irmãos e com o mundo criado. Destaca ainda os quatro novíssimos do homem: morte, juízo, inferno e paraíso. Somente nessa visão escatológica é possível ter a medida exata do pecado e sentir-se impelido para a penitência e a reconciliação. Isso tudo nos leva-nos a uma constatação que o sacramento da penitência está em crise; sendo assim, é nossa missão reverter isso com nossa ação por crer nas convicções fundamentais que o texto apresenta. O fruto mais precioso do perdão é a reconciliação, que gera gratidão para com Deus pelo dom da misericórdia. Vemos ainda as formas de celebração da reconciliação sacramental com seus ritos, que de maneira objetiva podem auxiliar-nos a fazer um bom processo, por isso a importância do exame de consciência e das orações para que seja um acontecimento de salvação.

10 O Papa faz questão ainda em falar sobre casos delicados das pessoas que estão impedidas pela própria condição pessoal como os casais de segunda união. Por isso, ele ressalta o princípio da compaixão e da misericórdia e diz que a Igreja procura sempre facultar o caminho do retorno a Deus e da reconciliação com ele. Nenhum desses irmãos há de sentirse abandonado pela Igreja. CONCLUINDO A exortação finaliza lembrando-nos da unidade, das bem-aventuranças, do perdão e de que o Pai é rico em misericórdia. Convida-nos a ir ao Coração de Cristo, sinal eloquente da misericórdia divina, e ao Coração Imaculado de Maria, no qual se operou a reconciliação de Deus com a humanidade, tornando-se com a maternidade divina aliada de Deus na obra da reconciliação. Vamos então percorrer o caminho de penitência, o único que nos poderá conduzir à plena reconciliação.

11 Kairós da Reconciliação Intercessão FAMÍLIA E EU COM DEUS, COMIGO MESMA, COM O PRÓXIMO, COM O MOVIMENTO DE MÃES E COM A CRIAÇÃO. AMO INTERCESSÃO - Nossa Mãe e Padroeira, em suas mensagens, nos convida à reconciliação com Deus. E como Graça Dele, para as Mães que Oram pelos Filhos, esse tempo, o Kairós é agora! Lembre-se: Você ora pelo seu filho, mas primeiro é você quem precisa reconciliar-se com DEUS E COM TUDO QUE ELE CRIOU. Sem reservas, abandone-se a essa ação Divina e perceba como Deus te busca incessantemente. Abaixo, o Movimento propõe uma caminhada mensal, na Palavra do Senhor, com meditações e atitudes fundamentais para que seu coração tenha um arrependimento sincero dos pecados que te afastam de Deus. Santo Inácio de Loyola sugere alguns indicadores para que você possa ter um discernimento correto e reto de suas atitudes. 1. Quando você está em pecado: O bom espírito provoca remorsos; O mau espírito provoca maiores tentações. 2. Quando você está procurando converter-se, ocorre o oposto: O bom espírito provoca maiores motivações, impulsos para frente; O mau espírito provoca remorsos, escrúpulos, dúvidas, mal-estar, desertos, falsas motivações sob aspecto de serem santas. 3. Quando você tem sentimentos de consolação : A experiência se move para Deus, conduz para uma aceitação interior dos outros; você é gentil, carinhoso, sente a presença da graça; a fé e o amor se sobrepõem à tensão existente, e outros sentimentos que te levam à paz e à alegria.

12 4. Quando você tem sentimentos de desolação : Voltado para si mesmo, Deus não faz parte de minhas considerações, a experiência move-se para o sensual e material, solidão, tristeza, carência afetiva, tudo parece difícil, mas pode haver uma alegria de superfície cobrindo a busca de si mesmo, imediatismo. A causa é a negligência da vida espiritual, autossuficiência, posse, egoísmo e suas manifestações. A mudança tem de ser em você, com mais oração, exame das raízes da desolação e penitência. Não se mudam os propósitos e decisões tomadas anteriormente. Mas você pode mudar seu agir, que vai gerar seu amadurecimento, e pela fé e pela confiança na graça é o suficiente para te sustentar. (*) texto retirado dos Exercícios Espirituais Inacianos, Spencer Custódio Filho, S.J.- Ed Loyola. Passos: 1) Tenha uma proposta de conversão, atitude de mudar. O que importa é o amor com que você se coloca na presença de Deus, não permitindo que obstáculos na sua alma impeçam que você fique disponível para o Senhor. 2) Crie uma rotina a cada semana do mês que favoreça estar junto Dele. 3) Busque local sossegado e paz. Tenha um caderno espiritual ou registre da forma como desejar tudo o que o Espírito Santo te revelar, seus passos, como está conduzindo sua vida diante do Senhor, erro e tudo que desagrada o coração de Deus. 4) Faça uma oração espontânea pedindo a ação do Espírito Santo para este momento. Fazeis bem vossa oração, meus filhos? (N. Sra de La Salette)

13 SUMÁRIO 1ª MÊS DEZEMBRO FORMAÇÃO - ESTUDO DA EXORTAÇÃO APOSTÓLICA RECONCILIAÇÃO INTERCESSÃO RECONCILIAR-ME COM DEUS, EU E MINHA FAMÍLIA ª MÊS JANEIRO FORMAÇÃO - ESTUDO DA EXORTAÇÃO APOSTÓLICA RECONCILIAÇÃO INTERCESSÃO RECONCILIAR-ME COM DEUS/EU VOLTO ª MÊS FEVEREIRO FORMAÇÃO - ESTUDO DA EXORTAÇÃO APOSTÓLICA RECONCILIAÇÃO...21 INTERCESSÃO RECONCILIAR-ME COM DEUS/ELE ME BUSCA ª MÊS MARÇO FORMAÇÃO - ESTUDO DA EXORTAÇÃO APOSTÓLICA RECONCILIAÇÃO INTERCESSÃO RECONCILIAR-ME COM O PRÓXIMO/RECONHEÇO MEU PECADO ª MÊS ABRIL FORMAÇÃO - ESTUDO DA EXORTAÇÃO APOSTÓLICA RECONCILIAÇÃO INTERCESSÃO RECONCILIAR-ME COM PRÓXIMO/ TROCO O JULGAMENTO PELA MISERICÓRDIA ª MÊS MAIO FORMAÇÃO - ESTUDO DA EXORTAÇÃO APOSTÓLICA RECONCILIAÇÃO INTERCESSÃO RECONCILIAR-ME COM O MOVIMENTO DE MÃES QUE SIRVO ª MÊS JUNHO FORMAÇÃO - ESTUDO DA EXORTAÇÃO APOSTÓLICA RECONCILIAÇÃO INTERCESSÃO RECONCILIAR-ME COM A CRIAÇÃO ª MÊS JULHO FORMAÇÃO - ESTUDO DA EXORTAÇÃO APOSTÓLICA RECONCILIAÇÃO INTERCESSÃO RECONCILIAR COMIGO MESMA ª MÊS AGOSTO FORMAÇÃO - ESTUDO DA EXORTAÇÃO APOSTÓLICA RECONCILIAÇÃO INTERCESSÃO RECONCILIAR-ME COM A IGREJA... 50

14 13 1ª FORMAÇÃO DE ESTUDO DA EXORTAÇÃO APOSTÓLICA RECONCILIAÇÃO E PENITÊNCIA MÊS DEZEMBRO PROPOSTA A- Leitura dos números de 1 a 4 da exortação; B- Fazer um pequeno resumo de cada número; C- Refletir em cima das perguntas propostas e partilhar com as mães no momento da formação. ORIGEM E SIGNIFICADO DO DOCUMENTO Perdão e reconciliação parecem termos fora de uso e distante da sensibilidade da sociedade atual. Reconhecer o valor de perdoar e reconciliar-se coloca aquele que age de tal forma na contramão do mundo atual. É preciso perdoar e reconciliar-se para dar nova vida aos relacionamentos familiares e sociais e para romper o círculo vicioso da vingança. A reconciliação com Deus é sempre necessária e urgente. Reconciliar-se com o Senhor, deixar-se fazer novamente amigo d Ele! Experimentar a misericórdia d Ele, deixar que Ele exercite em mim a Sua misericórdia. Na verdade, todos nós necessitamos de misericórdia. Mãe, se hoje você enfrenta um grande desafio interior de perdoar seu filho, seu marido ou quem quer que seja, creia e dê o passo. Perdoar e reconciliar-se é experimentar um pouco de Deus! É a sensação de vitória, de bem-estar por ter vencido um obstáculo. Tenha a disposição interior de perdoar. Perdoar é libertação para o coração, para a alma. Não tenha medo! O Papa fala de uma série de fenômenos sociais do mundo daquela época, que ele caracteriza com o rosto doloroso da divisão. Ao revisar esses fenômenos, vê-se que são vigentes nos tempos atuais. A população é convidada por ele a ter um olhar mais profundo sobre a realidade, a fim de descobrir a raiz desta divisão, o pecado: À luz da fé chamamos-lhe pecado, começando pelo pecado original, que cada um traz consigo desde o nascimento, como uma herança recebida dos primeiros pais, até os pecados que cada um comete, abusando da própria liberdade. A conversão pessoal é, portanto, caminho necessário para a concórdia com as pessoas, com o mundo, com Deus e consigo mesmo. Há uma estreita ligação interna, que une conversão e reconciliação: é impossível dissociar as duas realidades ou falar de uma, sem falar da outra. A conversão pessoal é o caminho necessário para a concórdia entre as pessoas. É dessa reconciliação, fruto da conversão, que trata a presente Exortação Apostólica sobre a Reconciliação e a

15 14 Penitência. Essa reconciliação deve ser profunda e atingir a raiz de todos os males: o pecado. Deve recuperar a comunhão consigo mesmo, com os irmãos e com a criação. A Igreja é por natureza reconciliadora e não cansa de mostrar os meios para a conversão: a fiel e amorosa escuta da Palavra de Deus, a oração pessoal e comunitária e os sacramentos. Dirigindo às pessoas o convite de Paulo:... Em nome de Cristo, pedimos: Reconciliem-se com Deus. (2 Cor 5, 20b) PROPOSTA A- Leitura dos números de 1 a 4 da exortação; B- Fazer um pequeno resumo de cada número; C- Refletir em cima das perguntas propostas e partilhar com as mães no momento da formação. QUESTÕES PARA REFLEXÃO Apesar de ter 35 anos dessa exortação, por que estudando-a de novo nesse momento? O que tem provocado divisões em nossa casa, família, trabalho, vizinhança, Igreja e no nosso movimento? O que se entende por nostalgia de reconciliação? Como você vê a graça de Deus no processo de reconciliação? Por que se faz necessária e urgente a reconciliação? Sem conversão não há reconciliação, o que concluímos disso? Mãe, qual o significado dessa proposta de reconciliação em sua vida? Como Mães que oram pelos filhos, estamos acolhendo o anúncio jubiloso do amor, da adoção como filhas de Deus, e vivendo na unidade o Kairós da Reconciliação? Aproximemo-nos, portanto, de coração sincero e cheio de fé, com o coração purificado de toda a má consciência e o corpo lavado com água pura. (Hb10,22)

16 15 Reconciliar-me com Deus, eu e minha família Dia da Reconciliação Sexta-feira/ a Meditar todo o mês de dezembro Sou parte e contribuo para a condição de pecado da minha família. Apesar disso, Deus continua a amar-me (*). Sei e posso, com o Espírito Santo, levar minha família a buscar essa redenção através do Sacrifício de Jesus. Se meu povo não quer submeter-se, sou forçada a deixar cair o braço de meu Filho. (N. Sra de La Salette) VER Dn 9, 4-19 Qual a palavra que me chamou atenção? JULGAR O que esse texto me diz como Mãe? O que o texto mostra para minha família? Como estou buscando levar meus familiares para Deus? AGIR O que devo fazer de concreto para que eu e minha família vivamos a reconciliação inspirada nesse texto? Faço meu exame de consciência pessoal e, se estou pronta, busco o sacramento REZAR Senhor, agradeço pela família que tenho, peço perdão pelos nossos pecados, pelos momentos de desavenças, palavras, mágoas e ressentimentos, que nos levam a magoar Seu Coração (...) Te peço, Senhor, a graça da reconciliação com (...) Pai Nosso... Mãe Reconciliadora de La Salette, preciso de tua ajuda para viver a reconciliação com (...). Ave Maria... Nossa Senhora de La Salette, Reconciliadora dos pecadores, rogai sem cessar por nós que recorremos a vós! (3x) Em unidade com o movimento das mães que oram pelos filhos, quero amor e perdão.

17 16 Oração da Mãe Reconciliadora... Quero de joelhos ver meus filhos reconciliados!... Deus, mantenha minha família reconciliada! (3x) (*) EE de Sto Inácio de Loyola

18 17 2ª FORMAÇÃO DE ESTUDO DA EXORTAÇÃO APOSTÓLICA RECONCILIAÇÃO E PENITÊNCIA MÊS JANEIRO PROPOSTA A- Leitura dos números de 5 a 12 da exortação; B- Fazer um pequeno resumo de cada número; C- Refletir em cima das perguntas propostas e partilhar com as mães no momento da formação. PRIMEIRA PARTE CONVERSÃO E RECONCILIAÇÃO TAREFA E COMPROMISSO DA IGREJA CAPÍTULO PRIMEIRO Uma parábola da Reconciliação (n 5 e 6) *Do irmão que se tinha perdido... *... ao irmão que ficara em casa A parábola do filho pródigo, ou como é atualmente chamada, do Pai Misericordioso, é uma obra-prima do arrependimento, da misericórdia e da reconciliação (Lc 15,11-32). Essa parábola representa o grande amor do Pai. E ao evocar, na figura do irmão mais velho, o egoísmo que divide os irmãos entre si, ela se torna também a história da família humana. A história narra a situação de cada pecador que se afasta de Deus e nos ensina claramente que o pecado é um distanciar-se da harmonia com o Pai, e que a atitude do filho mais velho é um recusar-se à compaixão e à misericórdia. Mas Deus não desiste de nenhum pecador; espera que ele volte, mesmo que seja movido pela dor, pelas lavagens do mundo, pelas traições dos amigos e pela desilusão das riquezas. Deus sabe esperar sem desesperar. Num abraço, o Pai sufoca as palavras do filho, estava perdido, foi salvo, o resto não interessa. Ninguém entende essa misericórdia sem limites. Por isso o filho mais velho ficou irritado; não entende o que é a misericórdia do Pai.

19 18 a) Como o pai recebeu o filho? b) Qual foi o grande erro do filho fiel? c) A parábola fala que cada homem tem um pouco do filho pródigo e um pouco do irmão mais velho. Que filha estou sendo em meu convívio familiar? Como mãe, estou sabendo me posicionar cada vez que meus filhos agem como os filhos da parábola? CAPÍTULO SEGUNDO Nas fontes da reconciliação (n 7, 8 e 9) *À luz de Cristo Reconciliador; *A Igreja Reconciliadora; *A Igreja Reconciliada. A reconciliação é um dom e iniciativa de Deus. Uma vez que Deus nos reconciliou consigo através de Jesus Cristo, nós também devemos nos reconciliar com Ele, com nós mesmos, com os irmãos e com a criação. O próprio Jesus nos ensina que a reconciliação fraterna deve vir antes do sacrifício. Reconciliar é reunir, é um trazer de volta à harmonia perdida. É um curar à divisão, à separação, à ruptura. Deus confiou sua obra reconciliadora à Igreja através de seus apóstolos que a exercem em virtude do poder de agir in persona Christi, mas não só a eles, também a toda a Igreja. A Igreja nos oferece os meios para essa reconciliação, mas para ser reconciliadora ela precisa, antes de tudo, ser reconciliada no seu interior. a) Jesus nos ensina que a reconciliação fraterna deve realizar-se antes do sacrifício. O que entendemos por isso? b) O nosso grupo de mães tem sido um lugar de reconciliação? Fale um pouco desta experiência. c) O que entendemos, no mistério da reconciliação, por agir in persona Christi? d) A Igreja tem a missão de anunciar a reconciliação. E você, mãe, como tem sido canal de reconciliação na sua casa, família, trabalho e movimento de mães?

20 19 Reconciliar-me com Deus Eu Volto Dia da Reconciliação Sexta-feira/ Meditar todo o mês de janeiro Neste mês, continuo minha caminhada de reconciliação com DEUS, experimentando a Misericórdia e a Bondade de um Pai amoroso. Decido viver conforme a orientação e os planos Dele. Renovo a cada dia, a cada erro e a cada engano o propósito de continuar voltando para Ele. Vinde meus filhos, não tenhais medo. (N. Sra de La Salette) VER Lc 15, O que esse texto me diz? JULGAR Em que momento este texto entra na minha vida? Estou pronta para voltar? Há um arrependimento sincero? AGIR O que devo fazer de concreto para viver a reconciliação inspirada nesse texto? Anoto. Faço meu exame de consciência pessoal e apuro o que tenho de me desvencilhar e abandonar que ofende a Deus. E tomo a iniciativa de buscar o sacramento. REZAR Senhor, errei pequei contra Ti... busquei viver as facilidades que o mundo oferecia... não consegui enxergar seus cuidados, as bênçãos que recebia todos os dias, e o jeito que me amava! Fui atraído por coisas e situações passageiras, como (...), desisti de tudo, de amar as pessoas da forma que elas precisavam naquele momento, das coisas que a vida tinha me dado, de lutar por relacionamentos, de procurar Te conhecer e (...). Mas o Senhor continuou a me Amar. Eu fiquei longe, mas o Senhor perto! Hoje volto e quero me reconciliar contigo! (...) Amém! Pai Nosso... Mãe Reconciliadora de La Salette, preciso de tua ajuda para viver a reconciliação com... Ave Maria... Nossa Senhora de La Salette, Reconciliadora dos pecadores, rogai sem cessar por nós que recorremos a vós! (3x) Em unidade com o movimento das mães que oram pelos filhos, quero amor e perdão.

21 20 Oração da Mãe Reconciliadora... Quero de joelhos ver meus filhos reconciliados!... Deus, mantenha minha família reconciliada!

22 21 3ª FORMAÇÃO DE ESTUDO DA EXORTAÇÃO APOSTÓLICA RECONCILIAÇÃO E PENITÊNCIA MÊS FEVEREIRO PROPOSTA CAPÍTULO TERCEIRO A Iniciativa de Deus e o Mistério da Igreja (n 10, 11 e 12) *A reconciliação vem de Deus; * A Igreja, grande sacramento de reconciliação; *Outros caminhos de reconciliação Deus sempre permanece fiel no seu amor, mesmo quando nos afastamos d Ele, pois é rico em misericórdia e não se fecha a nenhum pecador, permanece na espera, procurando sempre um meio de nos fazer voltar, para juntos participarmos da grande festa do perdão e da reconciliação. Paulo nos exorta a sermos embaixadores a serviço de Cristo nesse processo de reconciliação com Deus e com os irmãos, chamando todos à conversão e a acreditar na Boa Nova. A Igreja tem como missão anunciar a reconciliação e ser a guardiã da Boa Nova, deve, portanto, anunciar esse amor do Pai e ajudar os homens a se reconciliarem através dos Sacramentos. A reconciliação vem de Deus, pois sabemos que, como o pai da parábola, Ele não fecha o coração a nenhum de seus filhos. Nesse aspecto, a Igreja tem a missão de anunciar essa reconciliação e para isso nos aponta algumas vias. Percorrendo essas vias, a Igreja poderá atuar para fazer com que nasça aquilo que o Papa Paulo VI chamava a civilização do amor. a) Mães, como superar as divisões em nossas casas e família? b) Quais são os sacramentos que a Igreja tem para nos ajudar na reconciliação? c) Quantas e quais são as vias que a Igreja nos oferece como ação salvadora? d) O quanto estou contribuindo para que a Igreja que participo expresse sua missão reconciliadora?

23 22 Portanto, quando estiveres levando a tua oferenda ao altar e ali te lembrares de que teu irmão tem algo contra ti, deixa tua oferenda diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferenda. (Mt 5, 23-24) PROPOSTA SEGUNDA PARTE O AMOR MAIOR DO QUE O PECADO A- Leitura dos números 13,14 e 15; B- Fazer um pequeno resumo de cada número; C- Refletir em cima das perguntas propostas e partilhar com as mães no momento da formação. O DRAMA DO HOMEM Todos somos pecadores e se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós próprios, nos diz o apóstolo São João. Reconhecer o próprio pecado, ou melhor, reconhecer-se pecador é o princípio indispensável do retorno a Deus. É essencial ao homem que pecou reconhecer seu pecado e arrepender-se; a seguir, colocar-se no caminho de regresso ao Pai. Reconciliar-se com Deus supõe e inclui o apartar-se com lucidez e determinação do pecado no qual se caiu. Reconciliar-se é fazer as pazes com Deus. Mas a própria reconciliação é dom de Deus. É iniciativa do Pai, quando enviou Jesus Cristo como Salvador. Foi Cristo pelo seu sacrifício que, abrindo os braços na cruz como num grande abraço, nos reconciliou com o Pai. Mas precisamos também nos reconciliar com o outro, pois esse é o caminho indispensável para garantirmos a nossa reconciliação com Deus. Podemos dizer que o drama do homem de hoje, como o do homem de todos os tempos, consiste precisamente em confiar apenas em si mesmo e esquecer Deus, seu Criador e Senhor. O MISTÉRIO DO PECADO A desobediência a Deus A divisão entre irmãos Precisamos perceber que além da consciência, da vontade e da sensibilidade do homem, existe algo obscuro e de inexplicável no pecado. Em ambas as narrativas: Torre de Babel e do Éden, vemos uma exclusão de Deus e uma pretensão de ser como Ele. A essência mais íntima e obscura do pecado consiste na desobediência a Deus, à sua lei, à norma moral que Ele deu ao homem. Excluir, romper e desobedecer a Deus nisso consiste o pecado, que pode chegar até a

24 23 ponto do que chamamos ateísmo; a negação de Deus e sua existência. O pecado desemboca dramaticamente na divisão da família humana, que inicia na sua desagregação até chegar ao extremo da sua forma social. Com o pecado, o homem se desorganiza e se desequilibra interiormente, o que o leva inevitavelmente a uma laceração das suas relações com outros homens e com o mundo criado. O mistério do pecado é formado por uma dupla ferida que o pecador abre no seu próprio seio e na relação com o próximo. *O que se entende por mistério da iniquidade? *O que é pecado? Como é que eu sei que esta ou aquela ação é pecado ou não é? *O que acontece conosco quando pecamos? *O que é indispensável ao pecador para retornar a Deus? *No caso do Éden, aparece com toda a sua gravidade e dramaticidade aquilo que constitui a essência mais íntima e mais obscura do pecado: a desobediência. a) Tenho sido obediente ao meu chamado? b) Tenho sido fiel ao carisma do movimento? c) Tenho consciência que minha desobediência gera divisão? *Como mãe que ora, estou me submetendo com obediência aos desígnios de Deus inspirados ao movimento, ou tenho esquecido o que Deus através de Seu Espírito determinou? Se dissermos que não temos pecado, estamos enganando a nós mesmos, e a verdade não está em nós. (1Jo 1,8)

25 24 Lc 15, 8-10 Reconciliar-me com Deus - Ele me busca Dia da Reconciliação Sexta-feira/ Qual palavra que me chamou atenção? Meditar todo o mês de fevereiro Fazeis bem vossa oração, meus filhos? (N. Sra de La Salette) VER JULGAR O que esse texto me diz? Se o Senhor me busca, qual minha desobediência? Julgue isso a cada dia. Sinto-me uma ovelha nos ombros de Jesus? AGIR O que devo fazer de concreto para viver a reconciliação inspirada nesse texto? Fazer seu exame de consciência pessoal e se puder procure o sacramento. REZAR Senhor, sei que Tu me buscas neste tempo de reconciliação. Não importa o quanto estou distante, o quanto me afastei. O Senhor não desiste mesmo de mim. Preciso escutar a sua voz, sentir o teu cuidado comigo. Mesmo perdida, esta palavra hoje me enche de esperança e de certeza de ser muito amada. Peço perdão... Quero me sentir uma mulher nova, restaurada pelo se amor Pai Nosso... Mãe Reconciliadora de La Salette, preciso de tua ajuda para viver a reconciliação com nosso Deus! Ave Maria... Nossa Senhora de La Salette, Reconciliadora dos pecadores, rogai sem cessar por nós que recorremos a vós! (3x) Em unidade com o movimento das mães que oram pelos filhos, quero amor e perdão.

26 Oração da Mãe Reconciliadora... Quero de joelhos ver meus filhos reconciliados!... Deus, mantenha minha família reconciliada! (3x) 25

27 26 PROPOSTA 4ª FORMAÇÃO DE ESTUDO DA EXORTAÇÃO APOSTÓLICA RECONCILIAÇÃO E PENITÊNCIA MÊS MARÇO A- Leitura dos números 16,17 e18 da exortação; B- Fazer um pequeno resumo de cada número para apresentar no momento da formação; C- Refletir em cima das perguntas propostas e partilhar com as mães. PECADO PESSOAL E PECADO SOCIAL O pecado é uma falta contra a razão, a verdade, a consciência reta; é uma falta ao amor verdadeiro para com Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e ofende a solidariedade humana. (CIC 1849) O pecado ergue-se contra o amor de Deus por nós e desvia dele os nossos corações e, portanto, amor de si mesmo até o desprezo de Deus. O pecado é sempre um ato da pessoa, pois toda pessoa humana é livre. Por isso, em todos e em cada um dos homens, não há nada tão pessoal e intransferível como o mérito da virtude ou a responsabilidade da culpa. Falar de pecado social quer dizer, antes de tudo, reconhecer que o pecado torna os homens cúmplices uns dos outros, faz reinar entre eles a concupiscência, a violência e a injustiça, portanto o pecado de cada um se repercute de algum modo sobre os outros. Uma segunda acepção são os pecados que pelo seu próprio objeto são uma agressão direta ao próximo, ao irmão. É social todo pecado contra os direitos da pessoa humana ou contra a integridade física de alguém, contra a liberdade de outrem, contra a dignidade e a honra do próximo. É também pecado social tanto o pecado de comissão como o de omissão: da parte de quem governa e dirige, que, embora podendo, não se empenhe na transformação da sociedade, como também dos trabalhadores que faltem aos seus deveres. A terceira acepção de pecado social diz respeito às relações entre as várias comunidades humanas. Quando a Igreja fala de situações de pecados ou denuncia como pecados sociais certas situações, ela sabe e proclama que tais casos são fruto, a acumulação e a concentração de muitos pecados pessoais. No fundo de cada situação de pecado, porém encontram-se sempre pessoas pecadoras.

28 27 PECADO MORTAL E PECADO VENIAL Convém avaliar os pecados segundo sua gravidade: por que e em que medida o pecado é grave na ofensa que faz a Deus e na sua repercussão sobre o homem? A Igreja tem uma doutrina própria a respeito disso e reafirma-a nos seus elementos essenciais, sabendo, embora nem sempre seja fácil, no concreto das situações, fazer delimitações nítidas de fronteiras. Segundo Santo Tomás, o pecado mortal é uma desordem perpetrada pelo homem contra o princípio supremo da vida, que é Deus, enquanto fim último de todo o seu ser e do seu agir; por outro lado, todas as vezes que a desordem fica aquém da separação de Deus, então o pecado é venial. Por essa razão, o pecado venial não priva da graça santificante, da amizade com Deus, da caridade, nem, por conseguinte, da bem-aventurança eterna. Sob o aspecto da pena que implica, Santo Tomás e outros doutores chamam de mortal ao pecado que, se não for remido, faz contrair uma pena eterna; venial, ao pecado que merece uma simples pena temporal. Para que o pecado seja mortal, requerem-se três condições ao mesmo tempo: É pecado mortal todo pecado que tem como objeto uma matéria grave e que é cometido com plena consciência e de liberalidade. A matéria grave é precisada pelos Dez mandamentos. O pecado mortal requer pleno conhecimento e pleno consentimento. Todo pecado, toda blasfêmia será perdoada aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada (Mt 12,31). Pelo contrário, quem profere é culpado de um pecado eterno. A misericórdia de Deus não tem limites, mas quem se recusa deliberadamente a acolher a misericórdia de Deus pelo arrependimento rejeita o perdão de seus pecados e a salvação oferecida pelo Espírito Santo. A Igreja tem o dever de recordar a todos os estudiosos desta matéria (a gravidade do pecado): a necessidade, por um lado, de serem fiéis à palavra de Deus, que nos elucida também sobre o pecado; e, por outro lado, o risco que se corre de contribuir para atenuar ainda mais, no mundo moderno, o sentido do pecado. PERDA DO SENTIDO DO PECADO Quando Deus não está presente entre os homens, se perde o sentido do pecado, e assim podemos fazer com que os outros paguem o preço da nossa mediocridade cristã, nos diz Papa Francisco. Mas como não se pode apagar completamente o sentido de Deus, nem extinguir a consciência, também não se dissipa nunca inteiramente o sentido do pecado. O maior pecado de hoje é que os homens perderam o sentido do pecado, declarou um dia o Papa Pio XII. E essa perda vai de par com a perda do sentido de Deus. Já o Papa Francisco nos lembra de que quando se perde o sentido do pecado, emerge uma visão antropológica superpoderosa, que diz eu posso tudo e O poder do homem no lugar da glória de Deus. É por isso que a Igreja não cessa de implorar a Deus a graça de que não venha faltar a retidão nas consciências humanas, que não se embote a sua sensibilidade sã diante do bem e do mal.

29 28 O secularismo, que pela própria natureza e definição nos arrasta pela embriaguez do consumo e do prazer, sem preocupação com o perigo de perder a própria alma, não pode deixar de minar o sentido do pecado. O homem pode construir um mundo sem Deus, mas esse mundo acabará por voltar-se contra o mesmo homem, nos disse o Papa João Paulo II. Na realidade, Deus é a origem e o fim supremo do homem, e este leva consigo um gérmen divino. Por isso, é a realidade de Deus que desvenda e ilumina o mistério do homem. Quando se falta o sentido da ofensa cometida contra Deus, falta o sentido do pecado. A perda do sentido do pecado, portanto, é uma forma ou um fruto da negação de Deus: não só da negação ateísta, mas também da negação secularista. Se o pecado é a interrupção da relação filial com Deus para levar a própria existência a ele devida, então pecar não é só negar Deus; pecar é também viver como se ele não existisse, bani-lo do próprio cotidiano. Até mesmo no campo eclesial, algumas tendências favorecem inevitavelmente o declínio do sentido do pecado. Devido a divergências de opiniões entre os membros da Igreja nas pregações, catequeses e direção espiritual, têm-se criado confusões que acabam diminuindo, ou quase até extinguindo, o verdadeiro sentido do pecado na consciência dos fiéis acerca de questões graves e delicadas da moral cristã. Esperamos que, sobretudo no mundo cristão eclesial, reaflore um salutar sentido do pecado. *Como mães, estamos carregando culpas e erros de nossos filhos? *Quais os efeitos gerados no grupo quando não obedeço ao tripé e/ou à metodologia do movimento? Um pecado que seria meu (desobediência) gera quais consequências no movimento como um todo? *Tenho confiança na misericórdia de Deus? *O que podemos fazer para restabelecer o justo sentido do pecado em nossas vidas, família e sociedade? E quando Ele vier, convencerá o mundo a respeito do pecado, da justiça e do juízo. (Jo 16,8)

30 29 Reconciliar-me com o próximo Reconheço meu pecado Dia da Reconciliação Sexta-feira/ Meditar todo o mês de março AMO INTERCESSÃO - independentemente desse um dia de Kairós no grupo, a meditação da Palavra no material da intercessão é todos os dias ao longo do mês e na última sexta do mês termina a meditação. Vivida a experiência do Amor do Pai, na caminhada anterior busco agora me reconciliar com o meu próximo. Procuro a cada dia rever minhas atitudes com as pessoas que se relacionam comigo. Muitas vezes somos tentados e perdemos o sentido do que é pecado e nivelamos pelo que mais nos deixa confortável. 2Sm 12, 1-15 E quanto a vós nem fazeis caso! Por mais que rezeis, por mais que façais, jamais podereis recompensar a aflição que sofro por vós. (N. Sra de La Salette) VER O que esse texto me diz? JULGAR Quais foram as ocasiões em que me comportei assim? A quem devo pedir perdão? AGIR O que devo fazer de concreto para viver a reconciliação inspirada nesse texto? Faço meu exame de consciência e, se arrependida, procuro o sacramento. REZAR Senhor, entrego meu coração e peço perdão por ter cometido tantos erros com meus irmãos (...) e nunca ter reconhecido que errei, pelo contrário, segui adiante ignorando a quem e como tinha ferido ou lesado cada um. Essa tentação me leva a agravar o meu pecado, pois acabo encobrindo ela com outro pecado maior. Faltou-me humildade, compaixão! E quanto a Ti, ignorei sua presença, que sempre me vê e sua Majestade sobre todas as coisas... Cura, Senhor, restaura meu coração... Pai Nosso... Mãe Reconciliadora de La Salette, preciso de tua ajuda para viver a reconciliação com... Ave Maria...

31 30 Nossa Senhora de La Salette, Reconciliadora dos pecadores, rogai sem cessar por nós que recorremos a vós! (3x) Em unidade com o movimento das mães que oram pelos filhos, quero amor e perdão. Oração da Mãe Reconciliadora... Quero de joelhos ver meus filhos reconciliados!... Deus, mantenha minha família reconciliada! (3x)

32 31 PROPOSTA 5ª FORMAÇÃO DE ESTUDO DA EXORTAÇÃO APOSTÓLICA RECONCILIAÇÃO E PENITÊNCIA MÊS ABRIL A- Leitura dos números 19, 20, 21 e 22 da exortação; B- Fazer um pequeno resumo de cada número para apresentar no momento de formação; C- Refletir em cima das perguntas propostas e partilhar com as mães. MYSTERIM PIETATIS Na economia da salvação, o pecado, tal como nos é revelado, não é o protagonista e nem vencedor, mas antagonista, com um princípio operante que São Paulo chama de o mistério da piedade. O pecado do homem seria vencedor e, por fim, destruidor, e o desígnio salvífico de Deus ficaria incompleto, ou mesmo vencido, se este mistério da piedade não se tivesse inserido no dinamismo da história para vencer o pecado do homem. Encontramos essa expressão numa carta pastoral de São Paulo, a Primeira a Timóteo. Segundo Papa Francisco, a economia da salvação é esse caminho que Deus percorre com a humanidade à medida que esta vai amadurecendo e crescendo na sua história. Projeto de amor que nosso Deus sonhou e construiu, sonha e constrói com a humanidade que é a sua casa. São passos no caminho para imergir-se no mistério de Cristo, que não é fácil de entender, considera o Papa. É tão superabundante, gênero e inexplicável que não se pode entender com argumentos, porque estes levam até certo ponto. Para entender quem é Jesus Cristo, precisamos imergir nesse mistério. São Paulo nos impulsiona a caminhar no mistério de Cristo. Mas o que é, na concepção paulina, esta piedade? Como nós todos reconhecemos e professamos, é grande o mistério da piedade: Ele foi manifestado na carne, justificado pelo Espírito, contemplado pelos anjos, proclamado entre as nações, acreditado no mundo, arrebatado na glória. (1Tm 3,16) É O PRÓPRIO CRISTO O mistério da piedade é o próprio mistério de Cristo. Para apresentar esse mistério, São Paulo transcreve três linhas de um hino cristógico, recordando que esse mistério é o recôndito, princípio vital que faz da Igreja a casa de Deus, a coluna e o fundamento verdade. Esse mistério da infinita piedade de Deus para conosco é capaz de penetrar até as raízes escondidas da nossa iniquidade, para suscitar na alma um movimento de conversão em direção à reconciliação. Grande é o mistério da piedade. São Paulo tem algo muito mais amplo em mente do que meramente a devoção (pieta) cristã. Ele está se referindo ao próprio sentido da história e para onde ela converge. Indica mistério para referir-se a algo que estava escondido e foi revelado por Deus.

33 32 São João também se refere ao mistério, mas em uma linguagem própria. O cristão, para não pecar, dispõe do conhecimento de Deus, pois nele habita uma semente divina: Jesus Cristo, que é o próprio mistério da piedade. O ESFORÇO CRISTÃO Mas há nesse mistério outro aspecto: a piedade de Deus para com o cristão há de corresponder a piedade do cristão para com Deus. Entender esse mistério de Jesus Cristo não é coisa de estudo, porque Jesus é entendido somente por pura graça. Mas precisamos mergulhar nesse mistério de Jesus Cristo, que nos ama, que deu a si mesmo até a morte por nós, que nos fez justos diante de Deus, que perdoou todos os pecados e suas raízes. PARA UMA VIDA RECONCILIADA As Escrituras nos abrem a inteligência para a reconciliação e a conversão, valores cristãos concretos que precisam ser conquistados no dia a dia, pois muitos perderam o sentido do pecado e precisam ser advertidos pela Palavra, como nos diz São João: Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não está em nós. Da parte de Deus, o mistério é a sua infinita misericórdia, o amor de Deus é mais poderoso que o pecado. Precisamos dar conta de que esse amor não se detém diante do nosso pecado. O mistério da piedade é o caminho aberto pela misericórdia divina à vida reconciliada. Cada um, pois, é convidado pela voz da Verdade divina a ler realisticamente na própria consciência e a confessar que foi gerado na iniquidade, como dizemos no Salmo Miserere (salmo 51). * O que significa o mistério da piedade? * Nossa consciência está sendo a bússola que nos aponta o caminho da conversão através da Reconciliação com Deus, comigo mesmo, com o irmão e com a criação? * Como estamos traçando esse caminho de conversão e reconciliação junto com o movimento de mães? Ó Deus, tem piedade de mim, conforme a tua misericórdia; no teu grande amor cancela a meu pecado. (Sl 51,3)

34 33 Reconciliar-me com o próximo Troco o julgamento pela misericórdia Dia da Reconciliação Sexta-feira/ Meditar todo o mês de abril Todo relacionamento entre duas pessoas, muitas vezes, requer de você renúncia pessoal para que, por meio do seu ato de humildade, você enxergue as misérias do outro e pratique misericórdia com ele. Esse foi o ensinamento de Jesus; Ele é a Misericórdia do Pai para nós. Procure a cada dia rever como você age com as pessoas que se relacionam como você. Mt 18, Há quanto tempo sofro por vós! Se quero que Meu Filho não vos abandone, sou incumbida de suplicá-lo sem cessar. (N. Sra de La Salette) VER Qual palavra me chamou atenção? O que esse texto me diz? JULGAR Quais foram as ocasiões em que me comportei assim? Julguei sem piedade, tanto em pensamento quanto em palavras? AGIR O que devo fazer de concreto para viver a reconciliação inspirada nesse texto? Vou expressar o perdão de forma concreta (rezar pela pessoa de quem tenho mágoa ou mudar meu vocabulário, optando por um elogio de amor ágape, mesmo sendo um esforço sobrenatural). É nessa decisão sincera que Deus Espírito Santo age. Faço meu exame de consciência e, se arrependida, procuro o sacramento. REZAR Senhor, meu coração está contaminado por mágoas e ressentimentos. Preciso da força do teu Espírito agindo em mim. Quero olhar para esse (a) irmão (ã)... como o Senhor olharia, pois conheces o que o levou a agir assim. Eu não quero julgá-lo (a) mais. Não quero mais ficar preso a sentimentos passados. Renova, Senhor,... Te peço, Senhor, a graça da reconciliação com...

35 Pai Nosso... Mãe Reconciliadora de La Salette, preciso de tua ajuda para viver a reconciliação com... Ave Maria... Nossa Senhora de La Salette, Reconciliadora dos pecadores, rogai sem cessar por nós que recorremos a vós! (3x) Em unidade com o movimento das mães que oram pelos filhos, quero amor e perdão. Oração da Mãe Reconciliadora... Quero de joelhos ver meus filhos reconciliados!... Deus, mantenha minha família reconciliada! (3x) 34

36 35 6ª FORMAÇÃO DE ESTUDO DA EXORTAÇÃO APOSTÓLICA RECONCILIAÇÃO E PENITÊNCIA MÊS MAIO PROPOSTA A- Leitura dos números 23, 24, 25 e 26 da exortação; B- Fazer um pequeno resumo de cada número para apresentar no momento da formação; C- Refletir em cima das perguntas propostas e partilhar com as mães. A PASTORAL DA PENITÊNCIA E DA RECONCILIAÇÃO PROMOÇÃO DA PENITÊNCIA E DA RECONCILIAÇÃO Suscitar no coração do homem a conversão e a penitência e proporcionar-lhe o dom da reconciliação é a missão conatural da Igreja, como continuadora da obra redentora do seu divino Fundador. O pecado é o princípio ativo da divisão divisão entre o homem e o Criador, no coração e no ser do homem; entre os indivíduos e entre os grupos humano; entre o homem e a natureza criada por Deus. Só a conversão do pecado é capaz de operar uma reconciliação profunda e duradoura onde quer que a divisão tenha penetrado. MEIOS E VIAS PARA A PROMOÇÃO DA PENITÊNCIA E DA RECONCILIAÇÃO Para promover a penitência e a reconciliação, a Igreja tem a seu dispor dois meios que lhe foram confiados pelo seu próprio Fundador: a Catequese e os Sacramentos. Para colocar em prática esses meios, a Igreja pode usar formas e modos antigos e novos, entre os quais podemos designar o diálogo, que o Papa Paulo VI designou por método do diálogo. O DIÁLOGO O diálogo é para Igreja, em certos sentido, um meio e, sobretudo, um modo de desenvolver a sua ação no mundo contemporâneo; em vista da reconciliação, continua a ser hoje uma solicitude fundamental em diversos âmbitos e em vários níveis. A Igreja usa o método do diálogo para melhor conduzir os homens aqueles que pelo Batismo e pela profissão de fé se reconhecem membros da comunidade cristã e aqueles que lhe são estranhos a conversão e a penitência pelos caminhos de uma profunda renovação da própria consciência e da própria vida à luz do mistério da Redenção e da Salvação, realizadas por Cristo e confiadas ao ministério da sua Igreja.

37 36 A Igreja promove um diálogo entre Igrejas e comunidades eclesiais que se atêm à fé em Cristo, Filho de Deus e único Salvador, e um diálogo com as outras comunidades de homens que buscam a Deus e desejam estabelecer uma relação de comunhão com Ele. Mas é preciso um grande esforço de diálogo também no seu próprio interior, pois se sabe também que em seu seio existem tensões que correm o risco de se transformar em fatores de divisão. Que esse diálogo inter-religioso possa fazer chegar pelo menos à superação das atitudes de hostilidade, de desconfiança, de mútua condenação e, quiçá, de mútuas invectivas, para encontrar-nos pelo menos na fé num Deus único e na certeza da vida eterna para a alma imortal. A Santa Sé também se esforça num diálogo junto aos governantes das nações e dos responsáveis pelas várias instituições internacionais, estimulando-os a um diálogo entre si, em favor da reconciliação no meio dos numerosos conflitos. É importante relembrar que o diálogo, seja qual for a forma sob a qual ele se desenrole, não poderá nunca partir de uma atitude de indiferença em relação à verdade; mas tem de ser, sobretudo, uma apresentação da verdade, feita serenamente e com respeito pela inteligência e pela consciência dos outros. Esse diálogo da reconciliação não poderá nunca substituir ou atenuar o anúncio da verdade evangélica, que tem como objetivo preciso a conversão, abandonando o pecado, e a comunhão com Cristo e com a Igreja; mas deverá servir para a sua transmissão e realização, através dos meios deixados por Cristo à Igreja para a pastoral da reconciliação, a catequese e a Penitência. A CATEQUESE A pastoral da penitência e da reconciliação dirige-se em primeiro lugar aos membros do corpo da Igreja, por uma adequada catequese. Aqui destacamos um pressuposto fundamental: aquilo que é pastoral não se opõe ao doutrinal, e a ação pastoral não pode prescindir do conteúdo doutrinal; pelo contrário, a ele vai buscar a sua substância e a sua validade real. Dos pastores da Igreja espera-se uma catequese sobre: a) A reconciliação. Esta não pode deixar de fundamentar-se no ensino bíblico, em especial no do Novo Testamento, sobre a necessidade de reconstituir a aliança com Deus em Cristo Redentor e Reconciliador; e, à luz dessa comunhão e dessa amizade, a necessidade de reconciliar-se com o irmão. Jesus insiste muito nesse tema da reconciliação fraterna. b) A penitência. Também aqui a riqueza da mensagem bíblica deve ser a fonte. A penitência como valor de conversão. Conversão como um reviramento do espírito para o fazer voltar-se para Deus. Conversão exige dois elementos fundamentais que emergem da parábola do filho pródigo: o cair em si e a decisão de voltar para o pai. A catequese deve explicá-las com conceitos e expressões adaptados às várias idades e às diversas condições culturais, morais e sociais. Penitência significa também arrependimento. Uma boa catequese deve mostrar que o arrependimento, assim como a conversão, bem longe de ser um sentimento superficial, é uma verdadeira reviravolta da alma. Portanto conversão e arrependimento são valores da penitência. Fazer penitência quer dizer, além do mais, restabelecer o equilíbrio e a

38 37 harmonia alterados pelo pecado, mudar de direção, mesmo à custa de sacrifícios. c) A consciência e a sua formação. Tema muito atual visto que no meio dos abalos a que estamos sujeitos somos postos à prova, perturbados e obscurecidos nesse santuário interior, ou seja, no nosso íntimo: a consciência, esse sentido moral que nos leva a distinguir o bem do mal, como que os olhos da alma, capacidade visual do espírito, em condições de guiar os nossos passos no caminho do bem; lugar sagrado onde Deus lhe revela o seu verdadeiro bem. Também se espera que a catequese dos Pastores da Igreja incida sobre os outros pontos: sentido do pecado; tentação e as tentações; jejum; esmola; nexo íntimo; circunstâncias concretas em que a reconciliação se deve realizar; e, particularmente, sobre as quatro reconciliações: do homem com Deus, consigo mesmo, com os irmãos e com o mundo criado. A Igreja não pode omitir ainda a catequese sobre os quatro novíssimos do homem: morte, juízo (particular e universal), inferno e paraíso. Muitas outras iniciativas podem ser tomadas com o mesmo objetivo, tais como: pregações, palestras, debates, encontros e cursos de cultura religiosa, etc. Relembrando também as antigas missões populares. *Quais são os meios seguidos pela Igreja para promover a penitência e a reconciliação? *Quais são as catequeses fundamentais que a Igreja deve desenvolver? * Como o movimento de mães pode contribuir para essa catequese entre os seus membros? Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes? Jesus respondeu: Digo-te, não até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes. (Mt 18,21-23)

39 38 Reconciliar-me com o Movimento de mães que sirvo Dia da Reconciliação Sexta-feira/ Meditar todo o mês de maio As tendências desordenadas e pecaminosas que carrego podem influenciar nos relacionamentos de grupos de que participo. Por isso, nestes momentos, busco a depender sempre de Deus. É pela graça Dele que eu consigo fugir de tentações que me levam ao pecado. Somente minha vontade não basta. Eu decido, e Deus põe em prática o que decidi. A experiência profunda de se reconhecer pecador, de esvaziar-me de mim mesmo, deixa espaço para o Espírito Santo fazer a obra de conversão em Cristo, pela ação do Pai no Espírito Santo em mim. (*) Se meu povo não quer submeter-se, sou forçada a deixar cair o braço de meu Filho. (N. Sra de La Salette) VER 2 Sm 24, 2-4 e 8-15 Qual palavra me chamou atenção? JULGAR Tenho consciência de que os nomes, os títulos e toda a autoridade que tenho no Movimento de mães são por graça Dele? Pratico humildade com relação a isso? Que tipo de impulsos, pensamentos ou movimentos interiores tem me levado a agir com autossuficiência, desprezando o depender de Deus e o respeitar o próximo? Quais foram as ocasiões em que me comportei assim? Em que áreas da minha vida eu preciso de perdão e cura quando estou diante do grupo? AGIR O que devo fazer de concreto para viver a humildade, a obediência e a unidade que o Movimento me pede? O que posso mudar? Nesta semana, vou meditar com Nossa Senhora Reconciliadora dos Pecadores, nossa Padroeira. Vou pedir que interceda para que seja revelado em meu coração todo pecado oculto ou inconsciente que levo para o Movimento. Após essa intimidade com a Mãe, busco Nela, no silêncio, as virtudes de que preciso.

40 39 REZAR Senhor, dai-me um coração humilde, quando desempenho minhas funções no Movimento. Que eu saiba e tenha consciência de que tudo vem de Ti e, mesmo nas incertezas, que eu confie que o Senhor está no controle de tudo. Dai-me um coração obediente para acolher tudo que é decidido e repassado, e um coração acolhedor para aceitar todas as pessoas com quem me relaciono. Que sua vontade sempre prevaleça no meu querer. Peço, Senhor, a graça da reconciliação com (...). Pai Nosso... Mãe Reconciliadora de La Salette, preciso de tua ajuda para viver a reconciliação com... Ave Maria... Nossa Senhora de La Salette, Reconciliadora dos pecadores, rogai sem cessar por nós que recorremos a vós! (3x) Em unidade com o movimento das mães que oram pelos filhos, quero amor e perdão. Oração da Mãe Reconciliadora... Quero de joelhos ver meus filhos reconciliados!... Deus, mantenha minha família reconciliada! (3x)

41 40 7ª FORMAÇÃO DE ESTUDO DA EXORTAÇÃO APOSTÓLICA RECONCILIAÇÃO E PENITÊNCIA MÊS JUNHO PROPOSTA A- Leitura dos números 27, 28, 29 e 30 da exortação; B- Fazer um pequeno resumo de cada número para apresentar no momento da formação; C- Refletir em cima das perguntas propostas e partilhar com as mães. OS SACRAMENTOS O segundo meio de instituição divina, que é oferecido pela Igreja à pastoral da penitência e da reconciliação, é constituído pelos sacramentos. O Batismo é, certamente, uma ablução salvífica, e um fato de conversão e reintegração na justa ordem das relações com Deus, de reconciliação com Deus, com o apagamento da mancha original e a consequente inserção na grande família dos reconciliados. O Crisma é a confirmação do Batismo e, com ele, como sacramento de iniciação, ao conferir a plenitude do Espírito Santo e ao encaminhar a vida cristã à idade adulta, significa e realiza, por isso exatamente uma maior conversão do coração e uma mais íntima e efetiva inserção na assembleia dos reconciliados, que é a Igreja de Cristo. A Confissão é o sacramento da penitência e da reconciliação. A Eucaristia, segundo Santo Agostinho é o sacramento de santificação pessoal (piedade), e de reconciliação comunitária (unidade e caridade). Que derivam da própria essência do mistério eucarístico, como renovação incruenta do sacrifício da Cruz e fonte de salvação e de reconciliação para todos os homens. Aqui vale lembrar que a Igreja, guiada pela fé, ensina que nenhum fiel cristão, consciente de estar em pecado grave, pode receber a Eucaristia sem ter obtido antes o perdão de Deus. A Ordem destina-se a dar à Igreja os Pastores, mestres, guias, testemunhas e operadores de unidade, construtores da família de Deus, defensores e preservadores da comunhão dessa família contra os fermentos de divisão e de dispersão. O Matrimônio, exaltação do amor humano sob a ação da graça, é sinal, sim, do amor de Cristo pela Igreja, mas também da vitória que Ele concede aos esposos obterem sobre as forças que deformam e destroem o amor. A família nascida desse sacramento se torna sinal da Igreja reconciliada e reconciliadora para um mundo reconciliado em todas as suas estruturas e instituições. A Unção dos Enfermos, na provação, na doença e na velhice, especialmente na hora derradeira do cristão, é sinal da definitiva conversão ao Senhor, bem como da total aceitação da dor e da morte como penitência pelos pecados. A suprema reconciliação com o Pai.

42 41 O SACRAMENTO DA PENITÊNCIA E DA RECONCILIAÇÃO A Igreja reconhece e valoriza numerosas formas de penitência (ato penitencial da Missa, peregrinações, jejuns e outras), mas nenhuma é mais significativa, mais divinamente eficaz e mais elevada e ao mesmo tempo acessível no seu rito, do que o Sacramento da Penitência. O Sínodo afirma: o Sacramento da Penitência está em crise! Fatores que incidem sobre essa situação: obscurecimento da consciência moral e religiosa, atenuação propensão para uma vida autenticamente cristã; a mentalidade difundida de que se poderia obter o perdão diretamente de Deus, mesmo de modo ordinário, sem receber o Sacramento da Reconciliação, bem como a rotina de uma prática sacramental destituída de verdadeiro fervor e sem espontantaneidade espiritual. Devido a tudo isso, recomenda-se uma aprofundada catequese. A quem perdoardes O poder de perdoar os pecados Jesus confere-o, mediante o Espírito Santo, a simples homens, sujeitos também eles próprios à insídia do pecado, isto é, aos seus Apóstolos, como transmissível aos seus sucessores, investidos pelos mesmos Apóstolos na missão e na responsabilidade de continuar a sua obra de anunciadores do Evangelho e de ministro da obra redentora de Cristo. O ministro do Sacramento da Penitência é chamado de confessor. No altar onde celebra a Eucaristia e em cada um dos Sacramentos, o sacerdote, ministro da penitência, age in persona Christi. Trata-se, sem dúvida do ministério mais difícil e delicado, do mais cansativo e exigente, mas um dos mais belos e consoladores ministérios do Sacerdote. O papa não hesita em afirmar que os grandes santos canonizados saíram geralmente desses confessionários, e, com os santos, o patrimônio espiritual da Igreja e o próprio florescimento de uma civilização impregnada de espírito cristão! Honra seja, portanto, a esse silencioso exército de irmãos nossos, que bem serviram e servem cada dia a causa da reconciliação, mediante esse ministério. O Sacramento do Perdão A prática desse sacramento conheceu um longo processo de desenvolvimento, mas, quanto à substância do Sacramento, permaneceu sempre sólida e imutável na consciência da Igreja a certeza de que, por vontade de Cristo, o perdão é oferecido a cada um por meio da absolvição sacramental dada pelos ministros da Penitência. Como dado essencial da fé sobre o valor e a finalidade da Penitência deve reafirmar-se que o nosso Salvador Jesus Cristo instituiu na sua Igreja o Sacramento da Penitência, para que os fiéis caídos no pecado depois do Batismo recebessem a graça e se reconciliassem com Deus. *Quais são os aspectos principais do Sacramento da Penitência? * Para você, o sacramento da penitência está em crise? Por quê? *Como os padres, também sujeitos eles próprios às insídias do pecado, têm o poder de perdoar? Então, soprou sobre eles e falou: Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados serão perdoados; a quem os retiverdes, lhes serão retidos. (Jo )

43 42 Reconciliar-me com a Criação Dia da Reconciliação Sexta-feira/ Meditar todo o mês de junho Se meu povo não quer submeter-se, sou forçada a deixar cair o braço de meu Filho. (N. Sra de La Salette) VER SALMO 104 (Biblia CNBB) 103 (Ave Maria) Qual palavra me chamou atenção? O que esse texto me diz? JULGAR Quais são meus pecados contra a natureza (destruo com lixo, maltrato, meu descaso traz prejuízo)? Blasfemei em algum momento contra algo que foi criado por Deus? AGIR Devo mudar meu olhar depois de tudo que li? Vou expressar o perdão de forma concreta. Faço meu exame de consciência e, se arrependida, procuro o sacramento. REZAR Senhor, fizestes tudo com muito amor para mim. Quero retribuir esse amor cuidando de tudo que criastes. Peço perdão pelas vezes que... Pai Nosso... Mãe Reconciliadora de La Salette, preciso de tua ajuda para viver a reconciliação com... Ave Maria... Nossa Senhora de La Salette, Reconciliadora dos pecadores, rogai sem cessar por nós que recorremos a vós! (3x) Em unidade com o movimento das mães que oram pelos filhos, quero amor e perdão. Oração da Mãe Reconciliadora... Quero de joelhos ver meus filhos reconciliados!... Deus, mantenha minha família reconciliada! (3x)

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