INTRODUÇÃO À TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ORGANIZAÇÃO COMPUTACIONAL
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- Luiz Eduardo Nicolas Figueiredo
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1 INTRODUÇÃO À TECNOLOGIA DA ORGANIZAÇÃO COMPUTACIONAL PROFESSOR CARLOS MUNIZ
2 Uma das principais características definidas no projeto de arquitetura do sistema de Von Neumann, o qual se constitui na primeira geração dos computadores, consistia no fato de ser uma máquina "de programa armazenado". O fato de as instruções, uma após a outra, poderem ser imediatamente acessadas pela CPU é que garante o automatismo do sistema e aumenta a velocidade de execução dos programas (uma máquina executando ações sucessivas, sem intervalos e sem cansar, como não acontece com os seres humanos). E a CPU pode acessar imediatamente uma instrução após a outra porque elas estão armazenadas internamente no computador. Esta é a importância da memória. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 2
3 E, desde o princípio, a memória especificada para armazenar o programa (e os seus dados) a ser executado é a memória que atualmente chamamos de principal (ou memória real), para distingui-la da memória de discos e fitas (memória secundária). A memória principal é, então, a memória básica de um sistema de computação desde seus primórdios. É o dispositivo onde o programa (e seus dados) que vai ser executado é armazenado para que a CPU vá "buscando" instrução por instrução. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 3
4 Seus parâmetros possuem as seguintes características: Tempo de acesso/ciclo de memória - a memória principal é construída com elementos cuja velocidade operacional se situa abaixo das memórias cache, embora sejam muito mais rápidas que a memória secundária. Nas gerações anteriores de computadores (até o advento da família IBM /360) o tipo mais comum de memória principal era uma matriz de pequenos núcleos magnéticos, os quais armazenavam o valor 1 ou o valor 0 de bit conforme a adição do campo magnético armazenado. Essas memórias possuíam baixa velocidade, a qual foi substancialmente elevada com o surgimento das memórias de semicondutores. Atualmente, as memórias desse tipo possuem tempo de acesso entre 50ns e l50ns. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 4
5 Capacidade - em geral, a capacidade da memória principal é bem maior que a da memória cache. Enquanto esta oscila atualmente entre 16 e 512 Kbytes, valores típicos de memória principal, seja para microcomputadores, computadores médios ou de grande porte, estão na faixa de MBytes (1000K), pois raramente vai se adquirir, nos dias de hoje, um microcomputador que não possua algo em torno de 32 Mb de memória principal, e já se vendem estes computadores com até 64 MBytes, embora eles possam endereçar memórias de 4 GBytes (gigabytes). Computadores de grande porte costumam funcionar com memória principal de até 512 MBytes. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 5
6 Volatilidade - sendo atualmente construídos com semicondutores e circuitos eletrônicos correlatos, este tipo de memória também é volátil, tal como acontece com os registradores e a memória cache. No entanto, há normalmente uma pequena quantidade de memória não volátil fazendo parte da memória principal, a qual serve para armazenar pequena quantidade de instruções que são executadas sempre que o computador é ligado. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 6
7 Tecnologia - conforme já mencionado, nos primeiros sistemas usavam-se núcleos de ferrite (processo magnético) para armazenar os bits na memória principal, até que foram substituídos pela tecnologia de semicondutores. Os circuitos que representam os bits nas memórias atuais possuem uma tecnologia bem mais avançada que seus predecessores de ferrite e, portanto, têm velocidade mais elevada de transferência, garantindo baixos tempos de acesso em comparação com o modelo anterior. São, porém, elementos mais lentos do que aqueles que constituem as memórias cache. Na maioria dos sistemas atuais esta tecnologia produz memória com elementos dinâmicos (DRAM), como será mostrado adiante. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 7
8 Temporariedade - para que um programa seja executado é necessário que ele esteja armazenado na memória principal (e seus dados também). Atualmente esta afirmação é parcialmente verdadeira, visto que não é mais necessário que o programa completo (todas as instruções) esteja na MP; neste caso, é obrigatório apenas o armazenamento, na MP, da instrução que será acessada pela CPU (na prática, não se usa somente a instrução que será executada, mas sim esta e um grupo de outras). Não importa, contudo, se é o programa todo ou parte dele que deve estar armazenado na MP para ser utilizado pela CPU. Fica claro que, em qualquer circunstância, as instruções e os dados permanecem temporariamente na MP, enquanto durar a execução do programa (ou até menos tempo). Esta temporariedade é bastante variável, dependendo de várias circunstâncias, como, por exemplo, o tamanho do programa e sua duração, a quantidade de programas que estão sendo processados juntos, e outras mais. No entanto, a transitoriedade com que as informações permanecem armazenadas na MP é, em geral, mais duradoura que na memória cache ou nos registradores, embora mais lenta que na memória secundária. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 8
9 Custo - memórias dinâmicas usadas como memória principal têm um custo mais baixo que o custo das memórias cache, por isso podem ser vendidos computadores com uma quantidade apreciável de MP (com 16 MB, 32 MB e até 64 MB) sem que seu preço seja inaceitável. Valores típicos de MP oscilam entre U$ 2,00 e U$ 4,00 por MByte. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 9
10 CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO Bit: um bit é a menor unidade de dados que um computador usa. Ele pode ser usado para representar dois estados de informação, Sim ou Não. Byte: um byte é igual a 8 Bits. Um byte pode representar 256 (2 8 ) estados de informações, por exemplo, números ou uma combinação de números e letras. 1 Byte pode ser igual a um caractere. 10 bytes podem ser iguais a uma palavra. 100 Bytes seriam iguais a uma frase. Kilobyte: um kilobyte é igual a 1024 bytes. 1 Kilobyte seria igual a esse parágrafo que você está lendo, enquanto que 100 Kilobytes seriam iguais a uma página inteira. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 10
11 CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO Megabyte: um megabyte é igual a 1024 Kilobytes. Nos primórdios da computação, um Megabyte foi considerado uma grande quantidade de dados. Hoje em dia é comum encontrar computadores que possuem discos rígidos de 500 Gigabytes ou mais. Um desses disquetes antigos 3 ½ polegadas podiam armazenar 1,44 Megabytes, ou o equivalente a um pequeno livro. 100 Megabytes podem comportar dois volumes de uma enciclopédia. 640 Megabytes é a quantidade de dados que caberá em um disco CD-ROM. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 11
12 CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO Gigabyte: um gigabyte é igual a 1024 Megabytes. Um Gigabyte ainda é um termo muito comum usado nos dias de hoje quando se refere ao espaço em disco ou unidade de armazenamento. 1 Gigabyte de dados é quase o dobro da quantidade de dados que um CD-ROM pode suportar. Mas trata-se de mil vezes a capacidade de um disco flexível de 3 ½. 1 Gigabyte pode armazenar o conteúdo de cerca de 10 metros de livros em uma prateleira. 100 Gigabytes poderiam armazenar o equivalente a uma biblioteca inteira de revistas acadêmicas. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 12
13 CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO Terabyte: um terabyte é igual a um trilhão de bytes, ou 1024 Gigabytes. Houve um tempo em que eu nunca pensei que veria um disco de 1 terabyte, agora um disco de 1 ou 2 terabytes é a especificação normal para muitos computadores novos. Para colocá-lo em perspectiva, um terabyte pode armazenar cerca de 3,6 milhões de 300 imagens de 1 Kilobyte ou talvez cerca de 300 horas de vídeo de boa qualidade. Um terabyte poderia armazenar mil cópias da Enciclopédia Britannica. Dez Terabytes poderiam armazenar a coleção de impressos da biblioteca do Congresso Americano. Isso é um monte de dados. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 13
14 CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO Petabyte: um petabyte igual a 1024 Terabytes ou um milhão de gigabytes. É difícil visualizar o que poderia compor um petabyte. 1 petabyte poderia conter cerca de 20 milhões de estantes de biblioteca de 4 portas cheias de livros. Poderia contêm 500 bilhões de páginas de texto impresso padrão. Seriam necessários cerca de 500 milhões de disquetes para armazenar a mesma quantidade de dados. Exabyte: um exabyte é igual a 1024 Petabytes. Outra maneira de olhar para ele é que um exabyte é de aproximadamente um quintilhões de bytes ou um bilhão de Gigabytes. Não há muito para comparar com um Exabyte. Tem sido dito que 5 exabytes seriam igual a todas as palavras já faladas pela humanidade. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 14
15 CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO Zettabyte: um zettabyte é igual a 1024 exabytes. Não há nada que se compare a um Zettabyte, mas dizem que levaria um monte de zeros e uns para preenchê-lo. Yottabyte: um yottabyte é igual a 1024 zettabytes. Levaria cerca de de anos para fazer o download de um arquivo Yottabyte a partir da Internet em banda larga de alta velocidade. Você pode compará-lo com toda a Internet, somando todos os dados lá dentro, isso quase ocupa um Yottabyte. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 15
16 CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO Brontobyte: um Brontobyte é (você adivinhou) igual a 1024 Yottabytes. A única coisa que há para dizer sobre um Brontobyte é que é um 1 seguido por 27 zeros! Geopbyte: um geopbyte é igual a 1024 Brontobytes! Estou duvidando que alguém vivo hoje possa ver um disco rígido Geopbyte. Uma forma de olhar para um geopbyte é bytes! Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 16
17 CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO Um byte, frequentemente confundido com bit, é um dos tipos de dados integrais em computação. É usado com frequência para especificar o tamanho ou quantidade da memória ou da capacidade de armazenamento de um computador, independentemente do tipo de dados armazenados. A codificação padronizada de byte foi definida como sendo de 8 bits. O byte de 8 bits é, por vezes, também chamado de octeto, nomeadamente no contexto de redes de computadores e telecomunicações. A uma metade de um byte, dá-se o nome de nibble ou semioctecto. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 17
18 CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO Para os computadores, representar 256 números binários é suficiente. Por isso, os bytes possuem 8 bits. Basta fazer os cálculos. Como um bit representa dois valores (1 ou 0) e um byte representa 8 bits, basta fazer 2 (do bit) elevado a 8 (do byte) que é igual a 256. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 18
19 CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO Note que um byte nada tem de especial, é apenas um número binário de oito algarismos. Sua importância na informática deriva apenas do fato do código ASCII haver adotado números de oito bits, além de razões meramente construtivas ou operacionais. Por exemplo: os códigos enviados a impressoras para controlar a impressão têm oito bits, os valores trocados pelos modems entre computadores também, assim como diversas outras operações elementares de intercâmbio de informações. Além disso, memórias costumam ser organizadas de tal forma que as operações de leitura e escrita são feitas com quantidades de um byte ou de um múltiplo de bytes (oito, dezesseis, trinta e dois, sessenta e quatro ou cento e vinte e oito bits o que corresponde a um, dois, quatro, oito e dezesseis bytes, respectivamente). Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 19
20 CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO Segundo norma da IEC, lançada em 2000, foi definida uma nova nomenclatura para dados de base dois em substituição a nomenclatura usada erroneamente de base dez separando a confusão causada entre proporção 1:1000 ou 1:1024, veja mais em Prefixos Binários. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 20
21 CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO 1 bit =menor ponto compreensível para o computador 8 bits = 1 Byte 1024 bytes = 1 Kilobyte (kb) bytes = 1 Megabyte (Mb) bytes = 1 Gigabyte (Gb) bytes = 1 Therabyte (Tb) bytes = 1 Petabyte (Pb) Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 21
22 ENDEREÇAMENTO DE MEMÓRIA Bit: 0 e 1 Byte: conjunto de 8 bits Palavra: é um conjunto de bits que representa uma informação transferida ou processada pela unidade central de processamento. Atualmente os processadores são capazes de utilizar palavras de até 64 bits, isto é, processa e transfere informações, internamente através de um canal de 64 bits. Uma máquinas de 64 bits terá registradores de 64 bits e instruções para movimentar, somar, subtrair e, em geral, manipular palavras de 64 bits. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 22
23 ENDEREÇAMENTO DE MEMÓRIA Bit: 0 e 1 Byte: conjunto de 8 bits Palavra: é um conjunto de bits que representa uma informação transferida ou processada pela unidade central de processamento. Atualmente os processadores são capazes de utilizar palavras de até 64 bits, isto é, processa e transfere informações, internamente através de um canal de 64 bits. Uma máquinas de 64 bits terá registradores de 64 bits e instruções para movimentar, somar, subtrair e, em geral, manipular palavras de 64 bits. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 23
24 ENDEREÇAMENTO DE MEMÓRIA Analogia: A memória é semelhante a uma rua cheia de edificíos de apartamentos; Cada edifício (palavra) possui vários apartamentos (bytes) Cada apartamento possui seu próprio endereço; Todos os apartamentos são numerados (endereçados) sequencialmente, de 0 ao número total de apartamentos do complexo; Os edificios agrupam os apartamentos (a palavra faz o mesmo); O endereço dos apartamentos é fixo, mas as correspondências (informações) que chegam nos apartamentos são variáveis. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 24
25 ENDEREÇAMENTO DE MEMÓRIA Professor Carlos Muniz 25
26 ENDEREÇAMENTO DE MEMÓRIA Analogia: A memória é semelhante a uma rua cheia de edificíos de apartamentos; Cada edifício (palavra) possui vários apartamentos (bytes) Cada apartamento possui seu próprio endereço; Todos os apartamentos são numerados (endereçados) sequencialmente, de 0 ao número total de apartamentos do complexo; Os edificios agrupam os apartamentos (a palavra faz o mesmo); O endereço dos apartamentos é fixo, mas as correspondências (informações) que chegam nos apartamentos são variáveis. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 26
27 ENDEREÇAMENTO DE MEMÓRIA Um endereço de memória identifica uma locação física na memória de um computador de forma similar ao de um endereço residencial em uma cidade; O endereço aponta para o local onde os dados estão armazenados, da mesma forma como o seu endereço indica onde você reside; Na analogia do endereço residencial, o espaço de endereçamento seria uma área de moradias, tais como um bairro, vila, cidade ou país; Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 27
28 ENDEREÇAMENTO DE MEMÓRIA Dois endereços podem ser numericamente os mesmos, mas se referirem a locais diferentes se pertencem a espaços de endereçamento diferentes; É o mesmo que você morar na "Rua Central, 32", enquanto outra pessoa reside na "Rua Central, 32" numa outra cidade qualquer. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 28
29 ENDEREÇAMENTO DE MEMÓRIA Se a memória tiver n células, então elas terão de 0 a n-1 endereços. Exemplo: Uma memória com 20 células 20 1 = 19 Portanto, 19 endereços, de 0 a 19. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 29
30 ENDEREÇAMENTO DE MEMÓRIA Endereço físico: é o endereço real na memória física; Endereço virtual: é o endereço lógico ou de programa que o processo usa. Sempre que a unidade central de processamento gera um endereço, ele é sempre em relação ao espaço de endereçamento virtual; Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 30
31 MEMÓRIA CACHE Como visto, esse tipo de memória possui alta velocidade e tem por função armazenar dados e instruções que a CPU poderá precisar em breve. Ela possibilita que o processador trabalhe com toda a capacidade e tenha o mínimo de tempo ocioso possível. Cada fabricante utiliza a memória cache de uma forma diferente. Isso também pode variar de acordo com a microarquitetura usada no chip. No entanto, o padrão é que, quando a CPU precisa buscar a sua primeira instrução, ela terá de ir até a memória RAM, visto que a memória cache estará vazia. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 31
32 MEMÓRIA CACHE Apesar disso, em vez de trazer apenas a solicitação feita pela CPU, a unidade de busca traz um bloco inteiro de instruções que, por sua vez, é armazenado na memória cache. Assim, se o processador for continuar a executar o referido programa, as instruções subsequentes estarão já armazenadas na memória cache. Então, a unidade de busca não precisará ir até a memória RAM para obtê-las. Nem sempre a unidade de busca armazena as informações corretas na memória cache. No entanto, a taxa de acerto é bem alta, cerca de 80% a 99% das vezes. Com isso, é possível afirmar que quase todo o acesso à memória RAM é feito através da memória cache. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 32
33 MEMÓRIA CACHE (NÍVEIS DE MEMÓRIA CACHE) A memória cache é dividida em alguns níveis, conhecidos como L1, L2 e L3 (L significa Level, em inglês). Eles dizem respeito à proximidade da memória cache das unidades de execução do processador. Quanto mais próxima ela estiver da unidade de execução do processador, menor será o seu número. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 33
34 MEMÓRIA CACHE (NÍVEIS DE MEMÓRIA CACHE) Assim, o cache L1 é o mais próximo possível. O L2 é um pouco mais distante e o L3 é ainda mais distante. Sempre que a unidade de busca do processador precisa de um novo dado ou instrução, ela procura inicialmente no cache L1. Se não encontrar, parte para o L2 e depois para o L3. Se a informação não estiver em nenhum dos níveis de memória cache, ela terá de ir até a memória RAM. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 34
35 TECNOLOGIAS DE MEMÓRIAS Várias tecnologias de memórias foram (e são) criadas com o passar do tempo. É graças a isso que, periodicamente, encontramos memórias mais rápidas, com maior capacidade e até memórias que exigem cada vez menos energia. Eis uma breve descrição dos principais tipos de memória RAM: Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 35
36 TECNOLOGIAS DE MEMÓRIAS FPM (Fast-Page Mode): uma das primeiras tecnologias de memória RAM. Com o FPM, a primeira leitura da memória tem um tempo de acesso maior que as leituras seguintes. Isso porque são feitos, na verdade, quatro operações de leitura seguidas, ao invés de apenas uma, em um esquema do tipo x-y-y-y, por exemplo: ou A primeira leitura acaba sendo mais demorada, mas as três seguintes são mais rápidas. Isso porque o controlador de memória trabalha apenas uma vez com o endereço de uma linha (RAS) e, em seguida, trabalha com uma sequência de quatro colunas (CAS), ao invés de trabalhar com um sinal de RAS e um de CAS para cada bit. Memórias FPM utilizavam módulos SIMM, tanto de 30 quanto de 72 vias; Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 36
37 TECNOLOGIAS DE MEMÓRIAS EDO (Extended Data Output): a sucessora da tecnologia FPM é a EDO, que possui como destaque a capacidade de permitir que um endereço da memória seja acessado ao mesmo tempo em que uma solicitação anterior ainda está em andamento. Esse tipo foi aplicado principalmente em módulos SIMM, mas também chegou a ser encontrado em módulos DIMM de 168 vias. Houve também uma tecnologia semelhante, chamada BEDO (Burst EDO), que trabalhava mais rapidamente por ter tempo de acesso menor, mas quase não foi utilizada, pois tinha custo maior por ser de propriedade da empresa Micron. Além disso, foi "ofuscada" pela chegada da tecnologia SDRAM; Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 37
38 TECNOLOGIAS DE MEMÓRIAS SDRAM (Synchronous Dynamic Random Access Memory): as memórias FPM e EDO são assíncronas, o que significa que não trabalham de forma sincronizada com o processador. O problema é que, com processadores cada vez mais rápidos, isso começou a se tornar um problema, pois muitas vezes o processador tinha que esperar demais para ter acesso aos dados da memória. As memórias SDRAM, por sua vez, trabalham de forma sincronizada com o processador, evitando os problemas de atraso. A partir dessa tecnologia, passou-se a considerar a frequência com a qual a memória trabalha para medida de velocidade. Surgiam então as memórias SDR SDRAM (Single Data Rate SDRAM), que podiam trabalhar com 66 MHz, 100 MHz e 133 MHz (também chamadas de PC66, PC100 e PC133, respectivamente). Muitas pessoas se referem a essa memória apenas como "memórias SDRAM" ou, ainda, como "memórias DIMM", por causa de seu módulo. No entanto, a denominação SDR é a mais adequada; Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 38
39 TECNOLOGIAS DE MEMÓRIAS DDR SDRAM (Double Data Rate SDRAM): as memórias DDR apresentam evolução significativa em relação ao padrão SDR, isso porque elas são capazes de lidar com o dobro de dados em cada ciclo de clock (memórias SDR trabalham apenas com uma operação por ciclo). Assim, uma memória DDR que trabalha à frequência de 100 MHz, por exemplo, acaba dobrando seu desempenho, como se trabalhasse à taxa de 200 MHz. Visualmente, é possível identificálas facilmente em relação aos módulos SDR, porque este último contém duas divisões na parte inferior, onde estão seus contatos, enquanto que as memórias DDR2 possuem apenas uma divisão. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 39
40 TECNOLOGIAS DE MEMÓRIAS DDR2 SDRAM: como o nome indica, as memórias DDR2 são uma evolução das memórias DDR. Sua principal característica é a capacidade de trabalhar com quatro operações por ciclo de clock, portanto, o dobro do padrão anterior. Os módulos DDR2 também contam com apenas uma divisão em sua parte inferior, no entanto, essa abertura é um pouco mais deslocada para o lado. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 40
41 TECNOLOGIAS DE MEMÓRIAS DDR3 SDRAM: as memórias DDR3 são, obviamente, uma evolução das memórias DDR2. Novamente, aqui dobra-se a quantidade de operações por ciclo de clock, desta vez, de oito. Uma novidade aqui é a possibilidade de uso de Triple-Channel. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 41
42 TECNOLOGIAS DE MEMÓRIAS Rambus (Rambus DRAM): as memórias Rambus recebem esse nome por serem uma criação da empresa Rambus Inc. e chegaram ao mercado com o apoio da Intel. Elas são diferentes do padrão SDRAM, pois trabalham apenas com 16 bits por vez. Em compensação, memórias Rambus trabalham com frequência de 400 MHz e com duas operações por ciclo de clock. Tinham como desvantagens, no entanto, taxas de latência muito altas, aquecimento elevado e maior custo. Memórias Rambus nunca tiveram grande aceitação no mercado, mas também não foram um total fiasco: foram utilizadas, por exemplo, no console de jogos Nintendo 64. Curiosamente, as memórias Rambus trabalham em pares com "módulos vazios" ou "pentes cegos". Isso significa que, para cada módulo Rambus instalado, um "módulo vazio" tem que ser instalado em outro slot. Essa tecnologia acabou perdendo espaço para as memórias DDR. Professor Carlos Muniz professorcarlosmuniz@gmail.com 42
Kbyte: Mbyte: Gbytes:
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