ABNT NBR Cabeamento Estruturado Cabeamento Estruturado para Edifícios Comerciais e Data Centers Parte 2/2
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- Leandro Galindo de Sá
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1 ABNT NBR Cabeamento Estruturado Cabeamento Estruturado para Edifícios Comerciais e Data Centers Parte 2/2 ALUNO: REDES DE COMP. TURMA: RDN2 DATA: 12/11/2013 Av. Vitória, 950 Forte São João Vitória-ES Tel: (27) Fax: (27) Dimensionamento e Configuração A Infraestrutura de Entrada (EF - Entrance Facility) compreende a interface com os serviços externos ao edifício, complexo de edifícios ou data center, e o encaminhamento dos cabos aos distribuidores internos. É necessária quando o backbone de campus e os cabos de redes públicas e privadas (incluindo antenas) entram no edifício e necessitam de uma transição para cabos internos. Normas locais podem requerer infraestrutura especial onde os cabos externos são terminados. Neste local de terminação, a mudança de cabos externos para cabos internos deve ser feita. Cabeamento de Serviços Externos: A distância entre a EF/ENI (Entrance Facility/External Network Interface) e o distribuidor correspondente pode ser significativa. O desempenho do cabo entre esses pontos deve ser considerado parte do projeto inicial e da implementação das aplicações do cliente. Distribuidores para edifícios comerciais: A quantidade e tipo de subsistemas que fazem parte do cabeamento dependem da distribuição e extensão do campus ou edifício. Recomenda-se que seja implementado: a) Apenas um distribuidor de campus para cada campus; b) Apenas um distribuidor de edifício para cada edifício; c) Apenas um distribuidor de piso para cada piso; Recomenda-se ainda que no projeto dos distribuidores de piso o comprimento de patch cords e jumpers seja o menor possível para a operação. Os distribuidores devem ser posicionados de tal maneira que os comprimentos de cabos sejam coerentes com os requisitos de desempenho de canal especificados. Os distribuidores de piso devem ser posicionados para garantir que o comprimento do canal não EXCELÊNCIA UNIVERSITÁRIA NA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS COMPROMETIDOS COM A VIDA E A TRANSFORMAÇÃO SOCIAL. NUMERO: NOTA: VALOR: xx Pontos exceda 100m, independente do meio físico utilizado. Pelo menos um distribuidor de piso deve ser instalado em cada piso. Deve-se considerar, no mínimo, um distribuidor de piso para cada m² de área reservada para escritórios (área útil). Se a área de piso for pouco ocupada (saguão, por exemplo), permite-se servir este piso por meio de um distribuidor localizado em um piso adjacente. O mesmo espaço físico pode conter diferentes subsistemas de cabeamento. A seguir, temos um exemplo de cabeamento em edifício comercial onde: edifício A temos cada distribuidor localizado separadamente e no edifício B as funções de distribuidor de piso e distribuidor de edifício foram combinadas no mesmo espaço físico. Figura 1 - Exemplo de cabeamento com distribuidor de edifício e de piso combinados Em certas circunstâncias, por segurança ou confiabilidade, redundâncias podem ser consideradas no projeto do cabeamento. A figura a seguir apresenta um exemplo de conexão de elementos funcionais para oferecer proteção contra falhas em uma ou mais partes da infraestrutura de cabeamento. Esta pode ser a forma básica para um projeto de cabeamento em edifícios comerciais, para oferecer alguma proteção contra danos causados por fogo, falhas nos cabos das redes pública ou interna.
2 Figura 2 - Inter-relação dos elementos funcionais em uma instalação com redundância Cabos A norma ABNT NBR regulamenta a utilização dos tipos de cabos também para esta norma. O hardware de3 conexão de cabos deve oferecer a conexão direta para cada condutor e não pode permitir contatos entre mais de um condutor (não pode haver derivações). Os cordões da área de trabalho conectam as tomadas de telecomunicações ao equipamento terminal. Os cordões de equipamento conectam equipamentos aos distribuidores do cabeamento. Eles não são permanentes e podem se utilizados para aplicações específicas. Nesses casos, devem ser levados em consideração comprimento e desempenho de transmissão desses cordões. A contribuição desses cordões para o desempenho deve ser levada em consideração no projeto do canal. Os patch cords e jumpers são utilizados na implementação de conexões cruzadas nos distribuidores. A contribuição desses cordões para o desempenho deve ser levada em consideração quando do projeto do canal. Tomadas Deve-se assegurar que as tomadas de telecomunicações sejam instaladas em toda a área utilizável do piso. Uma alta densidade de tomadas de telecomunicações melhora a capacidade do cabeamento de acomodar mudanças. As tomadas de telecomunicações podem estar presentes em grupos, por exemplo, em áreas de trabalho de usuário, ou individualmente, em aplicações específicas (automação, sensores etc.). Em uma implementação geral de um cabeamento em edifícios comerciais, cada área de trabalho para usuário deve ser atendida por um mínimo de duas tomadas de telecomunicações. Para diretrizes sobre a dimensão da área de trabalho, ver ISO/IEC/TR A primeira tomada deve ser para a terminação de um cabo balanceado de quatro pares e a segunda deve ser para terminação de: um cabo óptico de duas ou mais fibras; ou cabo de quatro pares balanceado; Cada tomada de telecomunicações deve ter um meio permanente de identificação que seja visível ao usuário. Dispositivos como baluns, splitters (adaptadores em Y) e casadores de impedância, se usados, devem ser externos ao hardware de conexão. O comprimento dos cordões da área de trabalho deve ser o menor possível, respeitando o comprimento do canal. A implementação da topologia do cabeamento deve ser selecionada entre as opções de configuração usando cabos balanceados e cabos ópticos, a fim de garantir o desempenho do canal. O MUTO (Multi-User Telecomunications Outlet), ou tomada de telecomunicações multiusuário, em um ambiente de escritório aberto pode ser usado para atender a mais de uma área de trabalho. Obrigações: a) deve ser instalada em área aberta, para anteder a um grupo de áreas de trabalho; b) deve atender entre 1 e no máximo 12 áreas de trabalho; c) deve ser instalada em local de fácil acesso e esta a uma distância mínima de 15m do FD; d) um MUTO não pode ser instalado em áreas obstruídas; e) os patch cords devem ser instalados segundo recomendações de construção desta norma; É permitida a instalação de Ponto de Consolidação (CP) no cabeamento horizontal, entre o distribuidor de piso e a tomada de telecomunicações, sendo útil em escritórios abertos onde a flexibilidade de realocação das tomadas de telecomunicações é uma necessidade. O CP deve conter apenas hardware de conexão e não pode utilizar conexões cruzadas.
3 Quando o Ponto de Consolidação (CP) for utilizado, deve: a) ser instalado de maneira que um grupo de áreas de trabalho sejam atendidos; b) limitar-se ao atendimento de no máximo 12 áreas de trabalho; c) ser instalado em locais que possibilitem o acesso para manutenção; d) distância mínima de 15m do distribuidor de piso para cabos balanceados; e) mínimo de 5m da tomada de telecomunicações; f) fazer parte do sistema de gerenciamento; g) estar localizado em espaço fisico próximo às áreas de trabalho atendidas. Sala de Equipamentos e de Telecomunicações A sala de equipamentos é a área dentro do edifício ou de um complexo de edifícios onde os equipamentos de uso comum a todos os usuários da rede são instalados. A sala de equipamentos recebe um tratamento diferente das salas de telecomunicações devido à natureza ou complexidade dos equipamentos (PABX, servidores, roteadores, switches principais etc). Deve haver uma única sala de equipamentos para cada edifício ou campus, podendo conter mais de um distribuidor (de campus, de edifício ou de piso). A sala de telecomunicações é a área dentro do edifício localizada em cada um dos pavimentos que contém o distribuidor de piso, bem como os equipamentos ativos dedicados a atender aos usuários desse pavimento. As salas de telecomunicações devem oferecer todas as facilidades (espaço, alimentação elétrica, controle ambiental etc.) para a instalação dos componentes passivos, dispositivos ativos e interfaces com o sistema de cabeamento de backbone. Cada sala de telecomunicações deve ter acesso direto ao subsistema de cabeamento de backbone. Em uma instalação de campus, os distribuidores de edifício devem ser instalados em salas de telecomunicações. No caso da existência de um data center no edifício comercial, a sala de equipamentos deve ser a ele conectada. posicionados para garantir que o comprimento do canal não exceda 100m, independente do meio utilizado. O Projeto dos distribuidores deve assegurar que o comprimento dos patch cords e jumpers seja minimizado e o gerenciamento deve garantir que comprimentos projetados sejam mantidos durante a operação. O comprimento resultante nos distribuidores deve ser compatível com os requisitos ditados nesta norma. O mesmo espaço físico pode conter diferentes subsistemas de cabeamento. As funções de um distribuidor principal e de um distribuidor de zona podem ser combinadas no mesmo espaço físico, contudo cada data center deve possuir pelo menos um distribuidor principal. Redundância: considerações devem ser feitas a respeito da capacidade de recuperação de um data center com relação à infraestrutura de cabeamento. Ela pode ser melhorada com a inclusão de distribuidores, cabeamento e encaminhamentos redundantes. Em certos casos, por segurança ou confiabilidade, a redundância pode ser adotada no projeto de cabeamento. A figura a seguir mostra um dos vários exemplos possíveis de conexão de elementos funcionais dentro da estrutura para prover tal proteção contra falha em uma ou mais partes da infraestrutura de cabeamento. Isso pode formar a base para o projeto de cabeamento genérico de um data center provendo alguma proteção contra danos causados por incêndio ou falha em uma rede externa. Distribuidores em data centers A quantidade e o tipo de subsistemas incluídos em uma implementação de cabeamento no data center dependem de sua configuração e tamanho. Os elementos funcionais do cabeamento devem ser Figura 3 - Conexão de elementos funcionais provendo redundância
4 Adicionalmente, a redundância pode ser provida com a utilização de diversos cabos entre distribuidores, seguindo diferentes rotas. Interface de rede externa (ENI): A interface de rede externa provê uma terminação do cabeamento de acesso à rede que permite a sua conexão aos serviços externos, como mostrado na figura a seguir. Nesta, o cabeamento de serviço externo (fora do escopo desta Norma) se localiza à esquerda. A conexão do cabeamento de acesso à rede ao cabeamento de serviço externo pode incluir equipamento ativo ou passivo. O LDP deve ser uma interconexão e não uma conexão cruzada. Não pode haver equipamentos ativos no LDP. Este, se utilizado, deve ser capaz de suportar a área do data center a ser atendido durante sua vida operacional. A área atendida pode ser definida em termos de quantidade de racks ou gabinetes a serem suportados e deve-se considerar expansão futura. Desde que os requisitos desta norma sejam atendidos, os LDP podem ser instalados em espaços de teto ou sob o piso elevado, por exemplo. Para cabeamento balanceado, o efeito de diversas conexões próximas no desempenho de transmissão deve ser levado em consideração ao se planejar o comprimento dos cabos entre o ZD e o LDP. Aterramento e Equipotencialização Consultar ABNT NBR 5419 e ABNT NBR Figura 4 - Exemplos de conexões do cabeamento de serviços externos à interface de rede externa (ENI) Cabos Para cabeamento balanceado, o requisito mínimo de desempenho deve ser Categoria 6A e para cabeamento de fibras ópticas deve ser OM3. Os cordões de equipamentos não são permanentes e podem ser específicos por aplicação. Os patch cords e jumpers são usados em implementações de conexões cruzadas em distribuidores. A contribuição de desempenho desses cordões deve ser levada em consideração no projeto do canal. O projeto de cabeamento em data center deve prover a instalação de EO (Tomada de Equipamento) em alta densidade e em grande proximidade aos equipamentos específicos de aplicações aos quais são conectadas. Não há restrição quanto ao número de EO no projeto de data center. Um grupo de EO pode ser servido por diversos ZD (Distribuidor de Zona), diretamente, ou por meio de vários LDP (Ponto de Distribuição Local). A instalação de um Ponto de Distribuição Local (LDP) no cabeamento de distribuição de zona, entre o ZD e a EO, pode ser útil onde acréscimos ou mudanças de equipamentos são frequentes. Geral Desempenho do cabeamento estruturado Especifica-se aqui o desempenho mínimo de um cabeamento balanceado para canal, enlace permanente e enlace do CP, conforme figura a seguir. Figura 5 - Canal, enlace permanente e enlace do ponto de consolidação de um cabeamento balanceado Quando usado o compartilhamento do cabo por diferentes aplicações, requisitos adicionais de diafonia devem ser levados em consideração para o cabeamento balanceado. As especificações de desempenho são estabelecidas por categorias para cabeamento balanceado. Isto garante a transmissão de aplicações sobre os canais de acordo com requisitos mínimos de cada categoria.
5 Os requisitos de desempenho do canal descritos aqui podem ser usados para o projeto e verificação em qualquer implementação desta Normal. Onde exigidos, os métodos de ensaios definidos ou referenciados nesta seção devem ser aplicados. Além disso, estes requisitos podem ser usados para desenvolvimento de aplicações e diagnósticos. Os requisitos de desempenho do enlace permanente e do enlace do ponto de consolidação podem ser usados como ensaio de aceitação de qualquer implantação desta Norma. As especificações de desempenho de canal, enlace permanente e enlace do CP de uma determinada categoria devem ser atendidas para a faixa de temperatura de operação do cabeamento. Deve haver margens adequadas que levem em conta a dependência da temperatura dos componentes do cabeamento conforme especificações e instruções de seus fabricantes. Atenção especial deve ser dada à medição de desempenho em temperaturas de pior caso ou à estimativa de desempenho de pior caso, com base em medições feitas em outras temperaturas. A compatibilidade entre os cabos usados no mesmo canal ou enlace permanente deve ser mantida ao longo de todo o sistema de cabeamento. Assim sendo, não podem ser feitas conexões entre cabos com impedâncias nominais diferentes. Edifícios Comerciais Configuração Nos Edifícios Comerciais, o desempenho de um canal é especificado nas conexões e entre conexões ao equipamento ativo. O canal compreende apenas as seções passivas de cabo, o hardware de conexão, os cordões da área de trabalho, os cordões de equipamentos e jumpers. As conexões do equipamento ativo ao hardware de conexão não são consideradas. A implementação de diferentes aplicações depende apenas do desempenho do canal, que por sua vez, depende do comprimento do cabo, do número de conexões, das práticas de terminação do conector e da qualidade da instalação. É possível conseguir um desempenho equivalente sobre comprimentos maiores de canal usando menos conexões ou usando componentes com níveis de desempenho superiores. Os limites de desempenho para canais de cabeamento balanceado são derivados dos limites de desempenho de componentes da ABNT NBR 14703, assumindo que o canal é composto de 90m de cabo de condutor sólido, 10 m de cordões e quatro conexões. A figura a seguir mostra um exemplo de um equipamento terminal na área de trabalho conectado ao equipamento de transmissão usando dois canais com meios físicos diferentes, interligados. De fato há um canal de fibra óptica conectado por um componente ativo no FD a um canal de cabeamento balanceado. Figura 6 - Exemplo de um sistema mostrando a localização de interfaces de cabeamento e a extensão de canais interligados Há quatro interfaces de canal; uma em cada extremidade do canal balanceado e uma em cada extremidade do canal de fibra. O desempenho de um enlace permanente é especificado entre a TO e o primeiro hardware de conexão na outra extremidade do cabo horizontal, contendo um CP opcional. O desempenho de um enlace do CP é especificado entre este e o primeiro hardware de conexão na outra extremidade do cabo horizontal. Para o cabeamento de backbone, o enlace permanente é especificado entre os hardwares de conexão em cada extremidade do cabo de backbone. O enlace permanente e o enlace do CP compreendem apenas as seções passivas de cabo e hardware de conexão. Data Centers Em data centers, o desempenho de um canal é especificado para componentes e entre conexões ao equipamento ativo. O canal compreende apenas as seções passivas de cabo, o hardware de conexão, os patch cords e jumpers. As conexões do equipamento ativo ao hardware de conexão não são consideradas, como mostrado na figura a seguir. Figura 7 - Exemplo de um canal com quatro conexões
6 A implementação de diferentes aplicações depende apenas do desempenho do canal, que por sua vez, depende do comprimento do cabo, do número de conexões, das práticas de terminação do conector e da qualidade da instalação. É possível conseguir um desempenho equivalente sobre comprimentos maiores de canal usando menos conexões ou usando componentes com níveis de desempenho superiores. Os canais são implementados utilizando-se: cabeamento de acesso à rede; cabeamento de backbone; cabeamento horizontal; combinação desses itens. A figura a seguir mostra um exemplo de um equipamento no MD (Distribuidor Principal) conectado a outro equipamento na EO por meio de dois canais, um canal de cabeamento em fibra óptica e um canal de cabeamento balanceado. Os canais de fibra óptica e de cabeamento balanceado são interligados utilizando-se um conversor de fibra óptica para cabeamento balanceado. Há quatro interfaces de canal; uma em cada extremidade do canal balanceado e uma em cada extremidade do canal de fibra. Figura 8 - Exemplo de um sistema mostrando a localização de interfaces de cabeamento e a extensão de canais interligados no data center Desempenho de transmissão As especificações de desempenho do canal de transmissão são divididas em classes de aplicações. Os requisitos de desempenho do canal descritos nesta seção devem ser utilizados para projetos e podem ser usados para a verificação do cabeamento instalado de acordo com esta Norma, utilizando-se os métodos de ensaio definidos ou referenciados nesta seção. Além disso, estes requisitos podem servir para o desenvolvimento de novas aplicações, bem como para a determinação de problemas. Classificação do cabeamento balanceado: Esta norma especifica as seguintes classes para cabeamento balanceado: a) Classe A: especificada até 100Khz; b) Classe B: especificada até 1 Mhz; c) Classe C/Categoria 3: especificada até 16 Mhz; d) Classe D/Categoria 5e: especificada até 100Mhz; e) Classe E/Categoria 6: especificada até 250Mhz; f) Classe Ea/Categoria 6a: especificada até 500Mhz; g) Classe F/Categoria 7: especificada até 600 Mhz; Um canal classe A é especificado de modo a oferecer um desempenho mínimo de transmissão para suportar aplicações classe A. Similarmente, os canais classes B, C, D, E, EA e F oferecem desempenho de transmissão para suportar as aplicações de classes B, C, D, E, EA e F, respectivamente. Enlaces e canais de uma dada classe suportam todas as aplicações de uma classe inferior. A classe A é considerada a menor. Canais, enlaces permanente e enlaces de CP no cabeamento horizontal devem ser instalados para oferecer um desempenho mínimo de classe D/Categoria 5e. Em data centers, o cabeamento de distribuição principal deve ser instalado para oferecer um desempenho mínimo de classe E/categoria 6. O cabeamento de fibra óptica deve ser projetado utilizando cabos especificados nas normas ABNT NBR 14989, 13990, 14103, 14159, 14160, 14161, 14433, 14566, 14584, 14589, 14771, 14772, 14773, 14774, e No caso de utilização de fibras ópticas multimodo, o cabeamento de distribuição principal e de zona deve oferecer um desempenho de canal considerando, no mínimo, fibras OM3 e hardware de conexão, conforme especificado nesta Norma. Parâmetros de desempenho do cabeamento balanceado Os parâmetros de desempenho aplicam-se a canais com elementos de cabos blindados ou sem blindagem, com ou sem uma blindagem geral, exceto especificação contrária, e devem possuir impedância nominal de 100 Ω. Os principais parâmetros considerados são: a) Perda de retorno (RL) - medido em ambas pontas; b) Perda de inserção (IL) - perda ao longo dos canais, enlaces e componentes, não sendo linearmente proporcional ao comprimento do cabo (como a atenuação); c) NEXT (Paradiafonia) - pode ser par a par ou somados (Powersum NEXT - PS NEXT);
7 d) ACRN (Relação de atenuação paradiafonia na extremidade próxima) - pode ser par a par ou PS ACRN (Powersum ACR - somados); e) ACRF (Relação de atenuação telediafonia - pode ser par a par ou PS ACRF (Powersum ACRF - somados); f) Resistência em corrente contínua (C.C.) g) Desequilíbrio resistivo em corrente continua; h) Capacidade de transmissão de corrente; i) Isolação do dielétrico; j) Atraso de propagação; k) Diferença de atraso de propagação (delay skew); l) Perda de conversão transversal (TCL) e atenuação de acoplamento (ELTCTL) - pode ser medida na extremidade próxima ou mais distante; m) Alien crosstalk - pode ser somado (Powersum ANEXT - PS ANEXT), médio (PS ANEXT médio), PS AACRF, PS AFEXT (para canais de classe EA), PS AACRF (para canais de classe EA), PS AACRF médio (para canais de classe EA). Práticas de Blindagem Quando cabos blindados forem utilizados, esta norma especifica os procedimentos necessários para oferecer um aterramento adequado para proteção elétrica e desempenho eletromagnético. As blindagens do cabeamento devem ser apropriadamente conectadas à terra para proteção elétrica e para garantir compatibilidade eletromagnética. Todos os componentes do cabeamento que formam parte de um canal blindado devem ser blindados e atender aos requisitos de blindagem especificados, assim como os enlaces. As blindagens do cabo devem ser terminadas nas blindagens do conector por terminações de baixa impedância suficientes para manter a continuidade necessária para atender aos requisitos de blindagem do cabeamento. As instruções dos fabricantes de como obter terminações de baixa impedância devem ser observadas. Os patch cords e o equipamento conectado devem ser blindados e devem oferecer a continuidade da blindagem. O aterramento e a equipotencialização devem estar de acordo com as normas ABNT NBR 5410 e Todas as blindagens dos cabos devem ser conectadas à terra em cada distribuidor. Normalmente, as blindagens são conectadas aos racks e gabinetes, que por sua vez, são conectados ao sistema de aterramento de telecomunicações e este ao barramento de equipotencialização principal (BEF) da edificação. Deve ser avaliada a necessidade de aplicação de dispositivos de proteção contra surtos (DPS). Gerenciamento O gerenciamento envolve a identificação precisa e a manutenção do registro de todos os componentes que compõem o sistema de cabeamento, assim como os encaminhamentos, distribuidores e outros espaços nos quais sejam instalados. Todas as mudanças no cabeamento devem ser registradas. Recomenda-se o uso de sistemas de gerenciamento baseados em software para instalações de grande porte. O gerenciamento do cabeamento estruturado deve estar em conformidade com a ISO/IEC Bibliografia ABNT NBR :2012 Norma Brasileira para Cabeamento Estruturado para Edifícios Comerciais e Data Centers. Terceira Edição (12/07/2012), válida a partir de 12/08/2012. ISBN ICS ;
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