ESTRUTURAS CLIVADAS: EVIDÊNCIA DOS DADOS DO PORTUGUÊS EUROPEU NÃO STANDARD 1 AS CLIVADAS DO PE STANDARD: HIPÓTESES DE ANÁLISE ANTERIORES
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1 3800 ESTRUTURAS CLIVADAS: EVIDÊNCIA DOS DADOS DO PORTUGUÊS EUROPEU NÃO STANDARD João Costa (UNL) Maria Lobo (UNL) INTRODUÇÃO Neste trabalho, pretendemos contribuir para a discussão de diferentes hipóteses teóricas de análise de estruturas clivadas, com base em nova evidência empírica de variedades não standard do português europeu. Este trabalho tem, assim, como objectivos, por um lado, contribuir para o conhecimento teórico sobre o funcionamento sintáctico das estruturas de clivagem em diferentes sistemas linguísticos, tomando como referência o modelo de princípios e parâmetros e, por outro lado, alargar o domínio empírico a estruturas até agora desconhecidas na literatura. Defenderemos, em particular, que as estratégias de clivagem disponíveis em variedades não standard do português europeu apoiam a hipótese de que as clivadas de é que são estruturas monooracionais em que a expressão é que lexicaliza a categoria funcional C (ou uma categoria funcional na periferia esquerda da frase). O trabalho está organizado da seguinte forma: na secção 2, apresentamos as diferentes estratégias de clivagem existentes em português europeu (PE) e diferentes propostas de análise existentes na literatura; na secção 3, apresentamos as predições feitas pela hipótese de que as clivadas de é que são estruturas mono-oracionais e, na secção 4, os dados das variedades não standard do PE que confirmam estas predições; na secção 5, propomos uma análise dos dados. 1 AS CLIVADAS DO PE STANDARD: HIPÓTESES DE ANÁLISE ANTERIORES Existem em português europeu standard (PES) diferentes estratégias de formação de estruturas clivadas (cf. Casteleiro 1979; Ambar, 1997; Duarte 2000; Costa & Duarte 2001; Duarte 2003; e.o.), exemplificadas em (1), que podemos designar de clivadas canónicas (cf. (1a)), clivadas-qu (cf. (1b)), pseudo-clivadas (cf. (1c)), pseudo-clivadas invertidas (cf. (1d)); clivadas de é que (cf. (1e)) 1, e clivadas de ser (cf. (1f)) 2 : (1) a. Foi o bolo que o João comeu. b. Foi o bolo o que o João comeu. c. O que o João comeu foi o bolo. d. O bolo foi o que o João comeu. e. O bolo é que o João comeu. f. O João comeu foi o bolo. Estas estruturas têm recebido diferentes propostas de análise (cf. Modesto 1995, Ambar 1997, 2005, Duarte & Costa 2001, Lobo 2006, Soares 2006, e.o.). Alguns autores propõem uma análise unificada para todas as estruturas clivadas ilustradas em (1). De acordo com Ambar 1997, trata-se de estruturas complexas em que ser selecciona uma oração completiva, sendo o constituinte clivado deslocado do interior da subordinada. De acordo com Costa & Duarte 2001, trata-se de estruturas identificacionais, sendo a oração subordinada uma relativa livre que funciona como sujeito da oração pequena. 3 1 Também designadas pseudo-clivadas invertidas de é que em Duarte (2003: 688) e Infl-less clefts em Ambar Também designadas semi-pseudo-clivadas em Duarte (2003: 688) e that-less clefts em Ambar (2005). 3 Ambar 2005 modifica ligeiramente a sua proposta de 1997, propondo que ser selecciona uma SC, dando conta das propriedades copulativas deste verbo, e que o constituinte clivado é gerado dentro de um CP interno a esta SC.
2 3801 Ao contrário destes autores, Lobo 2006 e Soares 2006 defendem que é necessário distinguir as clivadas de é que das restantes clivadas, inviabilizando uma análise unificada para todas as estruturas de clivagem. As autoras propõem, com base em contrastes de concordância e em restrições à clivagem de categorias, que as clivadas de é que, ao contrário de outras clivadas, são frases simples em que a expressão é que lexicaliza a categoria C. Soares 2006 apresenta ainda dados da aquisição que favorecem a análise de que as clivadas de é que são menos complexas do que as clivadas canónicas. Para distinguir os dois tipos de análise, importa entender se é sustentável a ideia de que apenas as clivadas de é que são mono-oracionais, contrastando com outras estratégias de clivagem, como proposto em Lobo 2006 e Soares Referimos, de seguida, os principais argumentos a favor de que as clivadas de é que são estruturas mono-oracionais. i) A forma verbal ser é invariável apenas nestas estruturas: Conforme notado por praticamente todos os autores que estudam as clivadas, ao contrário do que acontece nas restantes estruturas de clivagem, apenas em estruturas como (2e) a forma verbal ser se mantém invariável, não flexionando em tempo nem em pessoa/número: (2) a. *É os amigos ingleses que o Pedro não convidou. b. *É os amigos ingleses quem o Pedro não convidou. c. *Quem o Pedro não convidou é os amigos ingleses. d. *Os amigos ingleses é quem o Pedro não convidou. e. Os amigos ingleses é que o Pedro não convidou. f. *O Pedro não convidou é os amigos ingleses. ii) Adjacência estrita entre é e que: Tal como foi observado em Ambar (1992), entre outros, as formas é e que não podem ser interrompidas por nenhum constituinte, o que permite supor que formam uma unidade: (3) a. De facto, o bolo é que o João comeu. b. O bolo, de facto, é que o João comeu. c. O bolo é que, de facto, o João comeu. d. *O bolo é, de facto, que o João comeu. Estes dois argumentos, em conjunto, sustentam a hipótese de que o verbo ser, neste tipo de clivadas não é uma forma verbal autónoma, que lexicalize um núcleo flexional. Por outras palavras, não constitui evidência para a existência de um domínio oracional autónomo relativamente ao do verbo principal. Assim, nas estruturas em análise, haverá apenas um domínio oracional. Outras propriedades das clivadas de é que não põem em causa esta análise, a saber: iii) Manutenção das propriedades sintácticas de constituinte clivado: Conforme ilustrado nos exemplos seguintes, o constituinte clivado à esquerda de é que apresenta propriedades que permitem supor que é gerado numa posição interna à estrutura oracional (concordância com V quando é sujeito (4); compatibilidade casual com complementos (5); ausência de restrições categoriais a PPs, AdvPs (6)). Estas propriedades são comuns a outras construções que envolvem movimento para a periferia esquerda: (4) a. Eu é que comi o bolo. b. *Eu é que comeu o bolo. (5) a. A mim é que ele não viu. b. *Eu é que ele não viu.
3 3802 (6) a. De mim é que ele não gosta. b. Aqui é que ele mora. iv) Impossibilidade de clivar VPs Como se mostra em (7), a clivagem de VPs é agramatical: (7) *Ir ao futebol no próximo Domingo é que eu não faço. Se a clivagem de é que envolvesse uma estrutura bi-oracional, em que o VP clivado fosse independente de uma estrutura relativa livre, esperar-se-ia que uma frase como (7) fosse possível, dado que o VP seria um antecedente legítimo para o relativo que. Se, pelo contrário, se estiver perante uma frase simples com movimento para a periferia esquerda, espera-se que haja restrições categoriais ao tipo de constituintes que podem ser deslocados, à semelhança do que acontece por exemplo no movimento de interrogativos, que também não afecta VPs. 2 HIPÓTESE. Tendo em conta os dados e hipóteses discutidos na secção anterior, defenderemos, com Lobo 2006, que as clivadas de é que têm uma estrutura simples, em que CP domina IP e é que é uma expressão fixa que lexicaliza C: (8) [ CP [é que] [ IP...]] Esta estrutura, bem como o facto de assumirmos que as clivadas canónicas são estruturas predicativas, faz duas predições interessantes: i) A estrutura não impede que haja co-ocorrência de clivadas de é que com outras estratégias de clivagem; ii) Sendo o português uma língua de recomplementação, é possível que é que ocorra recursivamente. À primeira vista, estas predições são infirmadas pelos dados do PES: (9) *Era o bolo é que o João comia. (10) a. *O bolo é que é que o João comeu. b. *O bolo é que o João é que comeu. Mostraremos, contudo, que, ao pesquisar-se os dados de variedades não standard do PE, se encontram dados que permitem confirmar as predições feitas pela análise. 3 OS DADOS DO PE NÃO STANDARD A partir de dados de fala espontânea de variedades não standard do PE, que integram o corpus Cordial-sin do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa 4, identificámos uma série de estratégias de clivagem, ausentes do PES. As estratégias em causa podem envolver: i) para além do complementador que ou de um constituinte-qu, a expressão é que, como em (11) e (12): 4 O Corpus Dialectal para o Estudo da Sintaxe (Cordial-sin) está disponível online no seguinte endereço: A indicação entre parênteses corresponde ao código da localidade e número do excerto, de acordo com as normas do Cordial-sin.
4 3803 (11) A Serra de São Mamede é que era que pagava. (CBV44) (12) Onde é que se empregava o nome de roupeiro era só do gado bravo. (ALC21) ii) a estrutura ser x é que: (13) a. É assim é que a gente corta. (CLC09) b. É o senhor é que é o pai do Cristiano? (STJ06) c. Era o que dava a terra é que comiam! (UNS09) iii) clivadas que envolvem recursividade de é que: (14) a. E lá é que é que eu vi. (SRP21) b. Só eu é que é que disse coisas a um veterinário. (CBV59) (15) lá na Caixa é que é que foi que me ensinaram aquela coisa. (AAL33) (16) a. É por causa disso é que é que lhe chamavam o ladrão. (AAL12) b. Era com pão mole é que é que se fazia aquilo. (CBV38) Estas estruturas, que parecem estar geograficamente circunscritas 5, assumem diferentes formatos, conforme ilustrado em (14), (15) e (16). 4 ANÁLISE De acordo com a hipótese de que é que em clivadas lexicaliza a categoria C, prediz-se não só que possa haver co-ocorrência de estruturas clivadas complexas com estruturas em que C está lexicalizado, mas também que haja restrições à ordem de ocorrência destes elementos. A diferença entre a forma verbal da expressão é que e a forma verbal ser flexionada é corroborada pelo facto de: i) não estarem produtivamente atestadas clivadas com duas formas verbais flexionadas, do tipo era que era que, ao passo que a estratégia é que é que é produtiva, a par de é que era que; ii) e pelo facto de a forma invariável preceder sempre a forma variável, e.g. é que era que e não era que é que. Apenas quando é que corresponde a uma lexicalização de C teremos a forma verbal invariável. A forma não flexionada pode seguir a forma flexionada quando corresponde a uma lexicalização de C subordinado, em estruturas em que o constituinte clivado segue a forma ser (cf. (13)). A possibilidade de haver recursividade de é que não é estranha, uma vez que as estruturas de recomplementação são comuns nas variedades do português. Assim, encontram-se frequentemente estruturas como (17), em que um constituinte está topicalizado entre dois complementadores (cf. Uriagereka 1995, Barbosa 2000, e.o.): (17) Eu disse que amanhã que nós falamos. Independemente da análise específica da recomplementação, é importante notar que a recomplementação envolve sempre uma cópia perfeita do complementador utilizado. A existência destas estruturas prediz que outros casos em que C esteja envolvido possam também ser recursivos. Se é que for uma lexicalização de C, esta possibilidade poderá ser explicada. Há, no entanto, uma quebra de paralelismo entre a construção de recomplementação descrita em Uriagereka 1995 e a recursividade de é que. A recomplementação envolve sempre a intercalação de um constituinte topicalizado, sendo impossível a mera justaposição de dois complementadores, conforme ilustrado em (18): 5 Só foram registadas clivadas com duplicação nas seguintes regiões/localidades Alto Alentejo (AAL), Cabeço de Vide (CBV), Monsanto (MST), Alcochete (ALC) e Serpa (SRP) todas elas inseridas na área geográfica das variedades centro-meridionais.
5 3804 (18) *Eu disse que que nós falamos amanhã. Ora, com é que, encontram-se dois exemplos no corpus em que há um constituinte intercalado entre as duas formas é que (cf. 19), mas, na maior parte dos casos, as duas formas encontram-se adjacentes (cf. (14)-(16)): (19) a. E daí é que a água que saía da parte que era já madeira é que batia ali naquela coisa que chamam as penas do moinho. CLH01 b. Tanto que quando se rompe é que eles é que vêem ele. VPC25 Esta quebra de paralelismo pode ser facilmente entendida, se se tiver em conta que há restrições aos constituintes que podem ser interpolados. Conforme descrito em Barbosa (2000), a interpolação não pode, por exemplo, afectar sintagmas negativos: (20) a. Eu disse que o Pedro que te telefonou. b. * Eu disse que ninguém que te telefonou. Suponhamos que, tal como os constituintes negativos, as categorias nulas são excluídas da interpolação com que. Esta suposição explicaria a agramaticalidade de (18). Se esta exclusão não se aplicar à interpolação com é que, esperamos que, superficialmente, possam ocorrer sequências em que duas formas é que se encontrem adjacentes. Evidência independente a favor desta explicação vem do facto de se encontrarem frases em que é que se encontra em posição inicial, em contextos em que se esperaria que fosse precedido de um constituinte: (21) a. Primeiro fincavam os paus na parede e é que ficava mais altinho. (CLH20) b. E eu, às vezes, era rapazote e é que ia a cavalo nela. (GIA19) c. E depois deita-se coalho e é que se faz o queijo. (STE32) Outro fenómeno específico das variedades não standard é o facto de só nestas variedades se encontrar na mesma frase duas estratégias de clivagem diferentes, havendo uma dupla construção de clivagem. 6 Ao contrário do que acontece com a duplicação de é que, este fenómeno não se encontra geograficamente circunscrito, sendo transversal a todo o território português. Em (22) a estratégia de clivagem com é que co-ocorre com uma estrutura em que temos a forma verbal ser flexionada, o complementador que e o constituinte clivado em posição inicial. (22) A Serra de São Mamede é que era que pagava. (CBV44) Em (23), a clivagem com é que co-ocorre com uma forma verbal flexionada de ser, de acordo com a ordem «ser x é que»: (23) a. É o senhor é que é o pai do Cristiano? (STJ06) b. Foi ali o Rádio Sorraia é que veio aqui, para ser entrevistada. (STJ29) Crucialmente, as construções de clivagem com duas formas verbais ser estão aparentemente sujeitas a diferentes restrições: a) a forma invariável é que precede, na grande maioria dos casos, a forma flexionada: (24) a. Depois é que foi que eu (COV22) b. E depois, a serra de S. Mamede é que era que pagava. (CBV44) c. Eles mesmo, lá na Caixa, é que é que foi que me ensinaram aquela coisa (AAL33) 6 Ver, no entanto, Soares 2006.
6 3805 b) há uma só atestação em que se encontram duas formas flexionadas de ser: (25) e depois ficava aquele linho a luzir, que aquilo era depois era que fazia estrigas. (PVC20) Como se explicam estas restrições? Para as estruturas de (24), teremos a co-ocorrência de duas estruturas de clivagem, em que é que lexicaliza C da oração matriz (cf. (26)): (26) [ CP Depois [ C é que] [ IP foi que eu ]] Em estruturas como (23), se é que for uma lexicalização de C encaixado, teremos clivadas canónicas em que é que substitui o complementador. (26) [ CP [ IP foi [ o Rádio Sorraia [ CP [ C é que] [ IP veio aqui]] Assim, espera-se que não haja lugar na estrutura para duas formas flexionadas, o que se confirma na sua praticamente nula atestação. CONCLUSÕES Propusemos neste artigo que, com uma hierarquia simples CP-IP, é possível derivar as diferentes estratégias de clivagem encontradas no PE, independentemente da variedade (standard ou não standard). Desta proposta decorre que se possam encontrar diferentes padrões de clivagem numa só frase. Em conclusão, verificamos que as variedades não standard do português fornecem evidência indirecta para a análise das clivadas de é que como estruturas mono-oracionais em que é que lexicaliza C. De acordo com a nossa proposta, as diferenças entre o PES e as variedades dialectais do português não se devem a diferenças estruturais, mas antes à possibilidade de haver lexicalização recursiva de núcleos funcionais e aplicação recursiva de operações de clivagem. Nesta medida, o que aqui se identifica como factor crucial de variação entre variedades é a possibilidade de tornar recursivo o nó CP, o que explica a possibilidade de recomplementação e, no caso, em estudo aqui, a co-ocorrência de diferentes estratégias de clivagem. REFERÊNCIAS Ambar, Manuela (1997) The Syntax of Focus in Portuguese - a unified approach, ms. Universidade de Lisboa. Ambar, Manuela (2005) Clefts and tense asymmetries. In A. M. Di Sciullo, ed. UG and External Systems. Language, brain and computation. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins; Barbosa, Pilar "Clitics: a window into the null subject property" in joão costa (ed.) Portuguese Syntax. Oxford University Press, New York Casteleiro, J. Malaca (1979) Sintaxe e Semântica das Construções Enfáticas com é que. Boletim de Filologia, XXV. Costa, João & Inês Duarte (2001) Minimizando a Estrutura: uma Análise Unificada das Construções de Clivagem em Português. Actas do XVI Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística, Lisboa: APL/Colibri, pp Costa, João & Inês Duarte (2005) Cleft Strategies in Portuguese: A Unified Approach, ms. Duarte, Inês (2000) Sobre interrogativas-q em português europeu e português brasileiro. Congresso Internacional 500 Anos da Língua Portuguesa no Brasil, Évora, 8-13 Maio. Duarte, Inês (2003) Construções de clivagem. In Mateus et al. Gramática da Língua Portuguesa. Lisboa: Caminho.
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