ESTRUTURAS CLIVADAS: EVIDÊNCIA DOS DADOS DO PORTUGUÊS EUROPEU NÃO STANDARD 1 AS CLIVADAS DO PE STANDARD: HIPÓTESES DE ANÁLISE ANTERIORES

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ESTRUTURAS CLIVADAS: EVIDÊNCIA DOS DADOS DO PORTUGUÊS EUROPEU NÃO STANDARD 1 AS CLIVADAS DO PE STANDARD: HIPÓTESES DE ANÁLISE ANTERIORES"

Transcrição

1 3800 ESTRUTURAS CLIVADAS: EVIDÊNCIA DOS DADOS DO PORTUGUÊS EUROPEU NÃO STANDARD João Costa (UNL) Maria Lobo (UNL) INTRODUÇÃO Neste trabalho, pretendemos contribuir para a discussão de diferentes hipóteses teóricas de análise de estruturas clivadas, com base em nova evidência empírica de variedades não standard do português europeu. Este trabalho tem, assim, como objectivos, por um lado, contribuir para o conhecimento teórico sobre o funcionamento sintáctico das estruturas de clivagem em diferentes sistemas linguísticos, tomando como referência o modelo de princípios e parâmetros e, por outro lado, alargar o domínio empírico a estruturas até agora desconhecidas na literatura. Defenderemos, em particular, que as estratégias de clivagem disponíveis em variedades não standard do português europeu apoiam a hipótese de que as clivadas de é que são estruturas monooracionais em que a expressão é que lexicaliza a categoria funcional C (ou uma categoria funcional na periferia esquerda da frase). O trabalho está organizado da seguinte forma: na secção 2, apresentamos as diferentes estratégias de clivagem existentes em português europeu (PE) e diferentes propostas de análise existentes na literatura; na secção 3, apresentamos as predições feitas pela hipótese de que as clivadas de é que são estruturas mono-oracionais e, na secção 4, os dados das variedades não standard do PE que confirmam estas predições; na secção 5, propomos uma análise dos dados. 1 AS CLIVADAS DO PE STANDARD: HIPÓTESES DE ANÁLISE ANTERIORES Existem em português europeu standard (PES) diferentes estratégias de formação de estruturas clivadas (cf. Casteleiro 1979; Ambar, 1997; Duarte 2000; Costa & Duarte 2001; Duarte 2003; e.o.), exemplificadas em (1), que podemos designar de clivadas canónicas (cf. (1a)), clivadas-qu (cf. (1b)), pseudo-clivadas (cf. (1c)), pseudo-clivadas invertidas (cf. (1d)); clivadas de é que (cf. (1e)) 1, e clivadas de ser (cf. (1f)) 2 : (1) a. Foi o bolo que o João comeu. b. Foi o bolo o que o João comeu. c. O que o João comeu foi o bolo. d. O bolo foi o que o João comeu. e. O bolo é que o João comeu. f. O João comeu foi o bolo. Estas estruturas têm recebido diferentes propostas de análise (cf. Modesto 1995, Ambar 1997, 2005, Duarte & Costa 2001, Lobo 2006, Soares 2006, e.o.). Alguns autores propõem uma análise unificada para todas as estruturas clivadas ilustradas em (1). De acordo com Ambar 1997, trata-se de estruturas complexas em que ser selecciona uma oração completiva, sendo o constituinte clivado deslocado do interior da subordinada. De acordo com Costa & Duarte 2001, trata-se de estruturas identificacionais, sendo a oração subordinada uma relativa livre que funciona como sujeito da oração pequena. 3 1 Também designadas pseudo-clivadas invertidas de é que em Duarte (2003: 688) e Infl-less clefts em Ambar Também designadas semi-pseudo-clivadas em Duarte (2003: 688) e that-less clefts em Ambar (2005). 3 Ambar 2005 modifica ligeiramente a sua proposta de 1997, propondo que ser selecciona uma SC, dando conta das propriedades copulativas deste verbo, e que o constituinte clivado é gerado dentro de um CP interno a esta SC.

2 3801 Ao contrário destes autores, Lobo 2006 e Soares 2006 defendem que é necessário distinguir as clivadas de é que das restantes clivadas, inviabilizando uma análise unificada para todas as estruturas de clivagem. As autoras propõem, com base em contrastes de concordância e em restrições à clivagem de categorias, que as clivadas de é que, ao contrário de outras clivadas, são frases simples em que a expressão é que lexicaliza a categoria C. Soares 2006 apresenta ainda dados da aquisição que favorecem a análise de que as clivadas de é que são menos complexas do que as clivadas canónicas. Para distinguir os dois tipos de análise, importa entender se é sustentável a ideia de que apenas as clivadas de é que são mono-oracionais, contrastando com outras estratégias de clivagem, como proposto em Lobo 2006 e Soares Referimos, de seguida, os principais argumentos a favor de que as clivadas de é que são estruturas mono-oracionais. i) A forma verbal ser é invariável apenas nestas estruturas: Conforme notado por praticamente todos os autores que estudam as clivadas, ao contrário do que acontece nas restantes estruturas de clivagem, apenas em estruturas como (2e) a forma verbal ser se mantém invariável, não flexionando em tempo nem em pessoa/número: (2) a. *É os amigos ingleses que o Pedro não convidou. b. *É os amigos ingleses quem o Pedro não convidou. c. *Quem o Pedro não convidou é os amigos ingleses. d. *Os amigos ingleses é quem o Pedro não convidou. e. Os amigos ingleses é que o Pedro não convidou. f. *O Pedro não convidou é os amigos ingleses. ii) Adjacência estrita entre é e que: Tal como foi observado em Ambar (1992), entre outros, as formas é e que não podem ser interrompidas por nenhum constituinte, o que permite supor que formam uma unidade: (3) a. De facto, o bolo é que o João comeu. b. O bolo, de facto, é que o João comeu. c. O bolo é que, de facto, o João comeu. d. *O bolo é, de facto, que o João comeu. Estes dois argumentos, em conjunto, sustentam a hipótese de que o verbo ser, neste tipo de clivadas não é uma forma verbal autónoma, que lexicalize um núcleo flexional. Por outras palavras, não constitui evidência para a existência de um domínio oracional autónomo relativamente ao do verbo principal. Assim, nas estruturas em análise, haverá apenas um domínio oracional. Outras propriedades das clivadas de é que não põem em causa esta análise, a saber: iii) Manutenção das propriedades sintácticas de constituinte clivado: Conforme ilustrado nos exemplos seguintes, o constituinte clivado à esquerda de é que apresenta propriedades que permitem supor que é gerado numa posição interna à estrutura oracional (concordância com V quando é sujeito (4); compatibilidade casual com complementos (5); ausência de restrições categoriais a PPs, AdvPs (6)). Estas propriedades são comuns a outras construções que envolvem movimento para a periferia esquerda: (4) a. Eu é que comi o bolo. b. *Eu é que comeu o bolo. (5) a. A mim é que ele não viu. b. *Eu é que ele não viu.

3 3802 (6) a. De mim é que ele não gosta. b. Aqui é que ele mora. iv) Impossibilidade de clivar VPs Como se mostra em (7), a clivagem de VPs é agramatical: (7) *Ir ao futebol no próximo Domingo é que eu não faço. Se a clivagem de é que envolvesse uma estrutura bi-oracional, em que o VP clivado fosse independente de uma estrutura relativa livre, esperar-se-ia que uma frase como (7) fosse possível, dado que o VP seria um antecedente legítimo para o relativo que. Se, pelo contrário, se estiver perante uma frase simples com movimento para a periferia esquerda, espera-se que haja restrições categoriais ao tipo de constituintes que podem ser deslocados, à semelhança do que acontece por exemplo no movimento de interrogativos, que também não afecta VPs. 2 HIPÓTESE. Tendo em conta os dados e hipóteses discutidos na secção anterior, defenderemos, com Lobo 2006, que as clivadas de é que têm uma estrutura simples, em que CP domina IP e é que é uma expressão fixa que lexicaliza C: (8) [ CP [é que] [ IP...]] Esta estrutura, bem como o facto de assumirmos que as clivadas canónicas são estruturas predicativas, faz duas predições interessantes: i) A estrutura não impede que haja co-ocorrência de clivadas de é que com outras estratégias de clivagem; ii) Sendo o português uma língua de recomplementação, é possível que é que ocorra recursivamente. À primeira vista, estas predições são infirmadas pelos dados do PES: (9) *Era o bolo é que o João comia. (10) a. *O bolo é que é que o João comeu. b. *O bolo é que o João é que comeu. Mostraremos, contudo, que, ao pesquisar-se os dados de variedades não standard do PE, se encontram dados que permitem confirmar as predições feitas pela análise. 3 OS DADOS DO PE NÃO STANDARD A partir de dados de fala espontânea de variedades não standard do PE, que integram o corpus Cordial-sin do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa 4, identificámos uma série de estratégias de clivagem, ausentes do PES. As estratégias em causa podem envolver: i) para além do complementador que ou de um constituinte-qu, a expressão é que, como em (11) e (12): 4 O Corpus Dialectal para o Estudo da Sintaxe (Cordial-sin) está disponível online no seguinte endereço: A indicação entre parênteses corresponde ao código da localidade e número do excerto, de acordo com as normas do Cordial-sin.

4 3803 (11) A Serra de São Mamede é que era que pagava. (CBV44) (12) Onde é que se empregava o nome de roupeiro era só do gado bravo. (ALC21) ii) a estrutura ser x é que: (13) a. É assim é que a gente corta. (CLC09) b. É o senhor é que é o pai do Cristiano? (STJ06) c. Era o que dava a terra é que comiam! (UNS09) iii) clivadas que envolvem recursividade de é que: (14) a. E lá é que é que eu vi. (SRP21) b. Só eu é que é que disse coisas a um veterinário. (CBV59) (15) lá na Caixa é que é que foi que me ensinaram aquela coisa. (AAL33) (16) a. É por causa disso é que é que lhe chamavam o ladrão. (AAL12) b. Era com pão mole é que é que se fazia aquilo. (CBV38) Estas estruturas, que parecem estar geograficamente circunscritas 5, assumem diferentes formatos, conforme ilustrado em (14), (15) e (16). 4 ANÁLISE De acordo com a hipótese de que é que em clivadas lexicaliza a categoria C, prediz-se não só que possa haver co-ocorrência de estruturas clivadas complexas com estruturas em que C está lexicalizado, mas também que haja restrições à ordem de ocorrência destes elementos. A diferença entre a forma verbal da expressão é que e a forma verbal ser flexionada é corroborada pelo facto de: i) não estarem produtivamente atestadas clivadas com duas formas verbais flexionadas, do tipo era que era que, ao passo que a estratégia é que é que é produtiva, a par de é que era que; ii) e pelo facto de a forma invariável preceder sempre a forma variável, e.g. é que era que e não era que é que. Apenas quando é que corresponde a uma lexicalização de C teremos a forma verbal invariável. A forma não flexionada pode seguir a forma flexionada quando corresponde a uma lexicalização de C subordinado, em estruturas em que o constituinte clivado segue a forma ser (cf. (13)). A possibilidade de haver recursividade de é que não é estranha, uma vez que as estruturas de recomplementação são comuns nas variedades do português. Assim, encontram-se frequentemente estruturas como (17), em que um constituinte está topicalizado entre dois complementadores (cf. Uriagereka 1995, Barbosa 2000, e.o.): (17) Eu disse que amanhã que nós falamos. Independemente da análise específica da recomplementação, é importante notar que a recomplementação envolve sempre uma cópia perfeita do complementador utilizado. A existência destas estruturas prediz que outros casos em que C esteja envolvido possam também ser recursivos. Se é que for uma lexicalização de C, esta possibilidade poderá ser explicada. Há, no entanto, uma quebra de paralelismo entre a construção de recomplementação descrita em Uriagereka 1995 e a recursividade de é que. A recomplementação envolve sempre a intercalação de um constituinte topicalizado, sendo impossível a mera justaposição de dois complementadores, conforme ilustrado em (18): 5 Só foram registadas clivadas com duplicação nas seguintes regiões/localidades Alto Alentejo (AAL), Cabeço de Vide (CBV), Monsanto (MST), Alcochete (ALC) e Serpa (SRP) todas elas inseridas na área geográfica das variedades centro-meridionais.

5 3804 (18) *Eu disse que que nós falamos amanhã. Ora, com é que, encontram-se dois exemplos no corpus em que há um constituinte intercalado entre as duas formas é que (cf. 19), mas, na maior parte dos casos, as duas formas encontram-se adjacentes (cf. (14)-(16)): (19) a. E daí é que a água que saía da parte que era já madeira é que batia ali naquela coisa que chamam as penas do moinho. CLH01 b. Tanto que quando se rompe é que eles é que vêem ele. VPC25 Esta quebra de paralelismo pode ser facilmente entendida, se se tiver em conta que há restrições aos constituintes que podem ser interpolados. Conforme descrito em Barbosa (2000), a interpolação não pode, por exemplo, afectar sintagmas negativos: (20) a. Eu disse que o Pedro que te telefonou. b. * Eu disse que ninguém que te telefonou. Suponhamos que, tal como os constituintes negativos, as categorias nulas são excluídas da interpolação com que. Esta suposição explicaria a agramaticalidade de (18). Se esta exclusão não se aplicar à interpolação com é que, esperamos que, superficialmente, possam ocorrer sequências em que duas formas é que se encontrem adjacentes. Evidência independente a favor desta explicação vem do facto de se encontrarem frases em que é que se encontra em posição inicial, em contextos em que se esperaria que fosse precedido de um constituinte: (21) a. Primeiro fincavam os paus na parede e é que ficava mais altinho. (CLH20) b. E eu, às vezes, era rapazote e é que ia a cavalo nela. (GIA19) c. E depois deita-se coalho e é que se faz o queijo. (STE32) Outro fenómeno específico das variedades não standard é o facto de só nestas variedades se encontrar na mesma frase duas estratégias de clivagem diferentes, havendo uma dupla construção de clivagem. 6 Ao contrário do que acontece com a duplicação de é que, este fenómeno não se encontra geograficamente circunscrito, sendo transversal a todo o território português. Em (22) a estratégia de clivagem com é que co-ocorre com uma estrutura em que temos a forma verbal ser flexionada, o complementador que e o constituinte clivado em posição inicial. (22) A Serra de São Mamede é que era que pagava. (CBV44) Em (23), a clivagem com é que co-ocorre com uma forma verbal flexionada de ser, de acordo com a ordem «ser x é que»: (23) a. É o senhor é que é o pai do Cristiano? (STJ06) b. Foi ali o Rádio Sorraia é que veio aqui, para ser entrevistada. (STJ29) Crucialmente, as construções de clivagem com duas formas verbais ser estão aparentemente sujeitas a diferentes restrições: a) a forma invariável é que precede, na grande maioria dos casos, a forma flexionada: (24) a. Depois é que foi que eu (COV22) b. E depois, a serra de S. Mamede é que era que pagava. (CBV44) c. Eles mesmo, lá na Caixa, é que é que foi que me ensinaram aquela coisa (AAL33) 6 Ver, no entanto, Soares 2006.

6 3805 b) há uma só atestação em que se encontram duas formas flexionadas de ser: (25) e depois ficava aquele linho a luzir, que aquilo era depois era que fazia estrigas. (PVC20) Como se explicam estas restrições? Para as estruturas de (24), teremos a co-ocorrência de duas estruturas de clivagem, em que é que lexicaliza C da oração matriz (cf. (26)): (26) [ CP Depois [ C é que] [ IP foi que eu ]] Em estruturas como (23), se é que for uma lexicalização de C encaixado, teremos clivadas canónicas em que é que substitui o complementador. (26) [ CP [ IP foi [ o Rádio Sorraia [ CP [ C é que] [ IP veio aqui]] Assim, espera-se que não haja lugar na estrutura para duas formas flexionadas, o que se confirma na sua praticamente nula atestação. CONCLUSÕES Propusemos neste artigo que, com uma hierarquia simples CP-IP, é possível derivar as diferentes estratégias de clivagem encontradas no PE, independentemente da variedade (standard ou não standard). Desta proposta decorre que se possam encontrar diferentes padrões de clivagem numa só frase. Em conclusão, verificamos que as variedades não standard do português fornecem evidência indirecta para a análise das clivadas de é que como estruturas mono-oracionais em que é que lexicaliza C. De acordo com a nossa proposta, as diferenças entre o PES e as variedades dialectais do português não se devem a diferenças estruturais, mas antes à possibilidade de haver lexicalização recursiva de núcleos funcionais e aplicação recursiva de operações de clivagem. Nesta medida, o que aqui se identifica como factor crucial de variação entre variedades é a possibilidade de tornar recursivo o nó CP, o que explica a possibilidade de recomplementação e, no caso, em estudo aqui, a co-ocorrência de diferentes estratégias de clivagem. REFERÊNCIAS Ambar, Manuela (1997) The Syntax of Focus in Portuguese - a unified approach, ms. Universidade de Lisboa. Ambar, Manuela (2005) Clefts and tense asymmetries. In A. M. Di Sciullo, ed. UG and External Systems. Language, brain and computation. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins; Barbosa, Pilar "Clitics: a window into the null subject property" in joão costa (ed.) Portuguese Syntax. Oxford University Press, New York Casteleiro, J. Malaca (1979) Sintaxe e Semântica das Construções Enfáticas com é que. Boletim de Filologia, XXV. Costa, João & Inês Duarte (2001) Minimizando a Estrutura: uma Análise Unificada das Construções de Clivagem em Português. Actas do XVI Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística, Lisboa: APL/Colibri, pp Costa, João & Inês Duarte (2005) Cleft Strategies in Portuguese: A Unified Approach, ms. Duarte, Inês (2000) Sobre interrogativas-q em português europeu e português brasileiro. Congresso Internacional 500 Anos da Língua Portuguesa no Brasil, Évora, 8-13 Maio. Duarte, Inês (2003) Construções de clivagem. In Mateus et al. Gramática da Língua Portuguesa. Lisboa: Caminho.

7 3806 Lobo, Maria (2006) Assimetrias em construções de clivagem do português: movimento vs. Geração na base. In Fátima Oliveira & Joaquim Barbosa, orgs. Textos seleccionados. XXI Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística. APL/Colibri, Lisboa; Modesto, Marcello (1995) As construções clivadas no PB: relações entre interpretação focal, movimento sintático e prosódia. Dissertação de mestrado, Universidade de São Paulo. Soares, Carla (2006) La syntaxe de la périphérie gauche en portugais européen et son acquisition. Diss. Doutoramento. Univ. Paris 8. Uriagereka, Juan (1995). "An F Position in Western Romance". In: K.E. Kiss (ed.), Discourse Configurational Languages. Oxford: Oxford University Press. pp

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos OBSERVAÇÕES SOBRE MOVIMENTO Nataniel dos Santos Gomes (CiFEFiL/UFRJ/UNAM/UniverCidade/UNESA) INTRODUÇÃO O objetivo do presente artigo é de fazer algumas observações sobre Movimento, que parecer algo por

Leia mais

Aula- conferência ministrada por: Francisco João Lopes Doutorando DLCV- FFLCH- USP Sob orientação: Profª Drª Márcia Oliveira

Aula- conferência ministrada por: Francisco João Lopes Doutorando DLCV- FFLCH- USP Sob orientação: Profª Drª Márcia Oliveira UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO / USP - FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS / FFLCH DEPARTAMENTO DE LETRAS CLÁSSICAS E VERNÁCULAS / DLCV, ÁREA DE FILOLOGIA E LÍNGUA PORTUGUESA / AFLP Disciplina:

Leia mais

COMO É QUE É COM O É QUE? ANÁLISE DE ESTRUTURAS COM É QUE EM VARIEDADES NÃO STANDARD DO PORTUGUÊS EUROPEU.

COMO É QUE É COM O É QUE? ANÁLISE DE ESTRUTURAS COM É QUE EM VARIEDADES NÃO STANDARD DO PORTUGUÊS EUROPEU. Aleksandra Vercauteren Como é que é com o é que? Análise de estruturas com é que em variedades não standard do português euorpeu. Lisboa 2010 COMO É QUE É COM O É QUE? ANÁLISE DE ESTRUTURAS COM É QUE EM

Leia mais

Relativas clivadas em variedades não standard do PE

Relativas clivadas em variedades não standard do PE XXVIII ENAPL Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, UAlgarve 25-27 de outubro de 2012 Relativas clivadas em variedades não standard do PE 0. Introdução Adriana Cardoso & Nélia Alexandre CLUL/ESELx adrianaprincipe@gmail.com

Leia mais

Pronome relativo A língua portuguesa apresenta 7 formas de pronomes e advérbios relativos consensuais: Que O que Quem O qual Onde Quanto Cujo

Pronome relativo A língua portuguesa apresenta 7 formas de pronomes e advérbios relativos consensuais: Que O que Quem O qual Onde Quanto Cujo Orações Subordinadas Relativas / Adjectivas (Bibliografia: Peres, J. e Móia, T., (1995), Áreas Críticas da Língua Portuguesa, Editorial Caminho, Lisboa) Não são argumentos de um predicador (ou seja, não

Leia mais

Interrogativas, relativas e clivadas

Interrogativas, relativas e clivadas Capítulo 10 Interrogativas, relativas e clivadas Maria Lobo Centro de Linguística da Universidade Nova de Lisboa & Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa Carla Soares-Jesel

Leia mais

1 Complementos e modificadores Distinção estrutural entre complementos e modificadores... 3

1 Complementos e modificadores Distinção estrutural entre complementos e modificadores... 3 Guião 4 3 A estrutura da frase 34 A estrutura interna de alguns constituintes: sintagma verbal, nominal, adjectival e preposicional 35 Funções sintácticas (de constituintes obrigatórios e de constituintes

Leia mais

do português europeu (PE)

do português europeu (PE) III Seminário Internacional de Fonologia - 12.04.2007 Entoação e domínios prosódicos em sentenças pseudo-clivadas do português europeu (PE) FLAVIANE ROMANI FERNANDES (pós-graduação em Lingüística - Unicamp)

Leia mais

Peso fonológico e foco informacional no sujeito em português europeu (PE)

Peso fonológico e foco informacional no sujeito em português europeu (PE) FLAVIANE ROMANI FERNANDES (pósgraduação Unicamp) flaviane@iel.unicamp.br XXI Encontro da Associação Portuguesa de Lingüística 28.09.2005 Peso fonológico e foco informacional no sujeito em português europeu

Leia mais

O sujeito pré-verbal focalizado informacionalmente em português: prosódia e posição sintática

O sujeito pré-verbal focalizado informacionalmente em português: prosódia e posição sintática 28 de setembro de 2007 Encontro do GT em Teoria da Gramática ANPOLL Universidade Estadual de Campinas Instituto de Estudos da Linguagem O sujeito pré-verbal focalizado informacionalmente em português:

Leia mais

Construções-Q e de clivagem no português de São Tomé 1. Rita Gonçalves 2 Centro de Linguística da Universidade de Lisboa

Construções-Q e de clivagem no português de São Tomé 1. Rita Gonçalves 2 Centro de Linguística da Universidade de Lisboa Construções-Q e de clivagem no português de São Tomé 1 Rita Gonçalves 2 Centro de Linguística da Universidade de Lisboa Abstract This paper assesses the properties of Wh-constructions (relative clauses

Leia mais

Is he a book? Animacy restrictions of the overt pronoun in European Portuguese

Is he a book? Animacy restrictions of the overt pronoun in European Portuguese Animacy restrictions of the overt pronoun in European Portuguese NOVA FCSH/CLUNL XII Fórum de Partilha Linguística Lisboa, 23 novembro 2017 Índice 1 2 3 4 5 Teorias processamento Teoria da Acessibilidade

Leia mais

SENTENÇAS PSEUDOCLIVADAS E FOCO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO

SENTENÇAS PSEUDOCLIVADAS E FOCO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO SENTENÇAS PSEUDOCLIVADAS E FOCO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO Lívia de Mello Rs (IFSC) liviademellors@hotmail.com Sandra Quarezemin (UFSC) quarezeminsandra@gmail.com INTRODUÇÃO Este artigo é resultado de uma

Leia mais

Construções-Q e de clivagem no português de São Tomé 1 Rita Gonçalves 2 Centro de Linguística da Universidade de Lisboa

Construções-Q e de clivagem no português de São Tomé 1 Rita Gonçalves 2 Centro de Linguística da Universidade de Lisboa Construções-Q e de clivagem no português de São Tomé 1 Rita Gonçalves 2 Centro de Linguística da Universidade de Lisboa Abstract This paper assesses the properties of Wh-constructions (relative clauses

Leia mais

Efeitos de animacidade do antecedente na interpretação de pronomes sujeito

Efeitos de animacidade do antecedente na interpretação de pronomes sujeito Efeitos de na interpretação de pronomes sujeito Morga 1 Maria Lobo 1 2 1 CLUNL/FCSH Universidade NOVA de Lisboa 2 Universidade de Lisboa CLUL XXXIII ENAPL, Évora, 27-29 setembro 2017 Índice 1 2 3 4 5 Teorias

Leia mais

IX SEMINÁRIO DE PESQUISA E ESTUDOS LINGUÍSTICOS 21 e 22 de setembro de 2017

IX SEMINÁRIO DE PESQUISA E ESTUDOS LINGUÍSTICOS 21 e 22 de setembro de 2017 Página 103 de 511 CONTEXTOS RESTRITIVOS PARA O REDOBRO DE PRONOMES CLÍTICOS NO PB: COMPARAÇÃO COM O ESPANHOL E COM OUTRAS VARIEDADES SINCRÔNICAS E DIACRÔNICAS DO PORTUGUÊS Sirlene Freire dos Santos Pereira

Leia mais

A REALIZAÇÃO DO SUJEITO PRONOMINAL DE REFERÊNCIA ARBITRÁRIA NA COMUNIDADE LINGUÍSTICA DE VITÓRIA DA CONQUISTA *

A REALIZAÇÃO DO SUJEITO PRONOMINAL DE REFERÊNCIA ARBITRÁRIA NA COMUNIDADE LINGUÍSTICA DE VITÓRIA DA CONQUISTA * 249 de 298 A REALIZAÇÃO DO SUJEITO PRONOMINAL DE REFERÊNCIA ARBITRÁRIA NA COMUNIDADE LINGUÍSTICA DE VITÓRIA DA CONQUISTA * Daiane Gomes Bahia ** Elisângela Gonçalves *** Paula Barreto Silva **** RESUMO

Leia mais

Marisa Cruz & Sónia Frota. XXVII Encontro Nacional da APL

Marisa Cruz & Sónia Frota. XXVII Encontro Nacional da APL Marisa Cruz & Sónia Frota Laboratório de Fonética (CLUL/FLUL) Universidade de Lisboa XXVII Encontro Nacional da APL FCSH, Universidade Nova de Lisboa, 28 de Outubro de 2011 Para a prosódia do foco em variedades

Leia mais

Estruturas com é que em variedades não standard do PE. Aleksandra Vercauteren Centro de Linguística da Universidade Nova de Lisboa

Estruturas com é que em variedades não standard do PE. Aleksandra Vercauteren Centro de Linguística da Universidade Nova de Lisboa Estruturas com é que em variedades não standard do PE Aleksandra Vercauteren Centro de Linguística da Universidade Nova de Lisboa Abstract This article discusses the status and the internal structure of

Leia mais

Telmo Móia Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Telmo Móia Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa Telmo Móia Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa PROPOSTA DE REVISÃO DA ELEVAÇÃO DE OBJECTO NO QUADRO DA TEORIA DA REGÊNCIA E DA LIGAÇÃO Esta comunicação tem por objectivo analisar dentro do quadro

Leia mais

A SELEÇÃO ARGUMENTAL NA AQUISIÇÃO DE PORTUGUÊS ESCRITO POR SURDOS

A SELEÇÃO ARGUMENTAL NA AQUISIÇÃO DE PORTUGUÊS ESCRITO POR SURDOS 179 de 666 A SELEÇÃO ARGUMENTAL NA AQUISIÇÃO DE PORTUGUÊS ESCRITO POR SURDOS Joyce Maria Sandes da Silva 47 (UESB) Adriana Stella Cardoso Lessa de Oliveira 48 (UESB) RESUMO Esse estudo objetiva, a partir

Leia mais

INSTITUTO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO PANORAMA. do PORTUGUÊS ORAL. de MAPUTO VOLUME III ESTRUTURAS GRAMATICAIS DO PORTUGUÊS:

INSTITUTO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO PANORAMA. do PORTUGUÊS ORAL. de MAPUTO VOLUME III ESTRUTURAS GRAMATICAIS DO PORTUGUÊS: INSTITUTO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO PANORAMA do PORTUGUÊS ORAL de MAPUTO VOLUME III ESTRUTURAS GRAMATICAIS DO PORTUGUÊS: PROBLEMAS E APLICAÇÕES Perpétua Gonçalves e Christopher Stroud Cadernos

Leia mais

ESTRUTURA DE CONSTITUINTES FUNDAMENTOS DE SINTAXE APOIO PEDAGÓGICO 02/05/2018 SAULO SANTOS

ESTRUTURA DE CONSTITUINTES FUNDAMENTOS DE SINTAXE APOIO PEDAGÓGICO 02/05/2018 SAULO SANTOS ESTRUTURA DE CONSTITUINTES FUNDAMENTOS DE SINTAXE APOIO PEDAGÓGICO 02/05/2018 SAULO SANTOS PROGRAMA DA AULA 1. O que é um sintagma? 2. Estrutura de constituintes 3. Evidências para a estrutura de constituintes

Leia mais

Compreensão de estruturas clivadas na aquisição do português europeu. Maria Lobo*, Ana Lúcia Santos**, Carla Soares-Jesel*** & Stéphanie Vaz*

Compreensão de estruturas clivadas na aquisição do português europeu. Maria Lobo*, Ana Lúcia Santos**, Carla Soares-Jesel*** & Stéphanie Vaz* Compreensão de estruturas clivadas na aquisição do português europeu Maria Lobo*, Ana Lúcia Santos**, Carla Soares-Jesel*** & Stéphanie Vaz* *FCSH, Universidade Nova de Lisboa **Faculdade de Letras da

Leia mais

1 Complementos e Modificadores de Nome... 2

1 Complementos e Modificadores de Nome... 2 Guião 4 3 A estrutura da frase 3.4 A estrutura interna de alguns constituintes: sintagma verbal, nominal, adjectival e preposicional. 3.5 Funções sintácticas (de constituintes obrigatórios e de constituintes

Leia mais

OS SINTAGMAS ADVERBIAIS NA ARQUITETURA DA SENTENÇA DAS LÍNGUAS NATURAIS: DUAS PERSPECTIVAS FORMALISTAS DE ANÁLISE LINGUÍSTICA

OS SINTAGMAS ADVERBIAIS NA ARQUITETURA DA SENTENÇA DAS LÍNGUAS NATURAIS: DUAS PERSPECTIVAS FORMALISTAS DE ANÁLISE LINGUÍSTICA Página 87 de 315 OS SINTAGMAS ADVERBIAIS NA ARQUITETURA DA SENTENÇA DAS LÍNGUAS NATURAIS: DUAS PERSPECTIVAS FORMALISTAS DE ANÁLISE LINGUÍSTICA Paulo Roberto Pereira Santos 34 (UESB/CAPES) RESUMO Neste

Leia mais

LINGUAGEM E COGNIÇÃO: A REFERENCIALIDADE

LINGUAGEM E COGNIÇÃO: A REFERENCIALIDADE LINGUAGEM E COGNIÇÃO: A REFERENCIALIDADE COMO UM CONSTRUTO MENTAL * (Language and Cognition: Referentiality as a Mental Construct) Lucia Maria Pinheiro LOBATO (Universidade de Brasília/CNPq) ABSTRACT:

Leia mais

Novo Programa de Português do Ensino Básico SD3_ANO7. Leitura. Compreensão do oral/ ESCRITA. Expressão oral. Conhecimento explícito da língua

Novo Programa de Português do Ensino Básico SD3_ANO7. Leitura. Compreensão do oral/ ESCRITA. Expressão oral. Conhecimento explícito da língua Leitura Conhecimento explícito da língua ESCRITA Compreensão do oral/ Expressão oral 1 Apresentação 1. Nome da Sequência: 2. Contexto/projecto: Aconselhamento para a biblioteca escolar: como recomendar

Leia mais

Língua portuguesa: ultrapassar fronteiras, juntar culturas

Língua portuguesa: ultrapassar fronteiras, juntar culturas INTERROGATIVAS ENCAIXADAS: FORMA E FUNÇÃO NAS VARIEDADES LUSÓFONAS 1 Gisele Cássia de SOUSA 2 RESUMO: Este trabalho focaliza orações que se iniciam por palavras interrogativas e que funcionam como argumentos

Leia mais

..AASsrâT" ROSA VIRGÍNIA MATTOS E SILVA. O Português Arcaico. Uma Aproximação. Vol. I Léxico e morfologia

..AASsrâT ROSA VIRGÍNIA MATTOS E SILVA. O Português Arcaico. Uma Aproximação. Vol. I Léxico e morfologia ..AASsrâT" ROSA VIRGÍNIA MATTOS E SILVA O Português Arcaico Uma Aproximação Vol. I Léxico e morfologia Imprensa Nacional-Casa da Moeda Lisboa 2008 ÍNDICE GERAL Abreviaturas, convenções e alfabeto fonético

Leia mais

Relativas clivadas em variedades não standard do PE 1. Adriana Cardoso & Nélia Alexandre 2

Relativas clivadas em variedades não standard do PE 1. Adriana Cardoso & Nélia Alexandre 2 Relativas clivadas em variedades não standard do PE 1 Adriana Cardoso & Nélia Alexandre 2 (CLUL/ESELx, CLUL) Abstract European Portuguese is the only Romance language displaying an é que-cleft structure,

Leia mais

Dicionário Terminológico uma ferramenta auxiliar do professor de português

Dicionário Terminológico uma ferramenta auxiliar do professor de português Dicionário Terminológico uma ferramenta auxiliar do professor de português Paula Batista Guerreiro Escola Secundária Mouzinho da Silveira O Dicionário Terminológico (DT) apresenta-se como uma ferramenta

Leia mais

Relatório. Ano lectivo

Relatório. Ano lectivo Relatório Ano lectivo 2006-2007 111014 acessos (independentemente do estatuto dos professores inscritos: tutores; convidados; participantes; visitantes) de 28 de Setembro de 2006 a 28 de Setembro de 2007.

Leia mais

REFLEXÕES SOBRE A FUNÇÃO SINTÁTICA DE ATRIBUTO Antônio Sérgio Cavalcante da Cunha (UERJ; UNESA)

REFLEXÕES SOBRE A FUNÇÃO SINTÁTICA DE ATRIBUTO Antônio Sérgio Cavalcante da Cunha (UERJ; UNESA) DEPARTAMENTO DE LETRAS REFLEXÕES SOBRE A FUNÇÃO SINTÁTICA DE ATRIBUTO Antônio Sérgio Cavalcante da Cunha (UERJ; UNESA) sergio03@ism.com.br INTRODUÇÃO O presente artigo pretende fazer uma reflexão sobre

Leia mais

Adjetivos e advérbios

Adjetivos e advérbios Adjetivos e advérbios Adjetivo Palavra pertencente a uma classe aberta de palavras. Varia em género, número e em grau. É o núcleo do grupo adjetival. Adjetivo relacional Deriva de uma base nominal e, tipicamente,

Leia mais

Uma proposta de arquitetura

Uma proposta de arquitetura Terceira semana do curso de Linguística III Professor Alessandro Boechat de Medeiros Departamento de Linguística e Filologia Uma proposta de arquitetura A teoria gerativa dominante dos anos oitenta foi

Leia mais

1.1 Qual a relevância do sistema pronominal para uma teoria da aquisição da linguagem? Por que os complementos pronominais?

1.1 Qual a relevância do sistema pronominal para uma teoria da aquisição da linguagem? Por que os complementos pronominais? 1 Introdução Nesta dissertação, o problema da aquisição do sistema pronominal, no que concerne aos complementos acusativos de terceira pessoa, é investigado em função de um contraste entre o sistema pronominal

Leia mais

A ideia de organizares o festival Dias da Cultura Portuguesa, agradou-me. (oração completiva)

A ideia de organizares o festival Dias da Cultura Portuguesa, agradou-me. (oração completiva) Orações relativas As orações adjectivas, denominadas de acordo com a terminologia actual como relativas, são orações subordinadas tradicionalmente introduzidas pelos seguintes consituintes relativos: os

Leia mais

Produção do Português Escrito

Produção do Português Escrito Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa 2015-2016 Produção do Português Escrito Sintaxe e Pontuação 14 e 16 de março 18 e 20 de abril 23 e 25 de maio Conceitos introdutórios segunda-feira 14 de março

Leia mais

6 Análise de dados. Predicados Existenciais Haver com sentido existencial 21 ocorrências (91%) Existir 2 ocorrências (9%)

6 Análise de dados. Predicados Existenciais Haver com sentido existencial 21 ocorrências (91%) Existir 2 ocorrências (9%) 6 Análise de dados A linha teórica escolhida para fundamentar esta pesquisa, o funcionalismo, justifica-se porque pretendo analisar a língua em uso, diferente da abordagem tradicional, que faz análise

Leia mais

FUNÇÕES SINTÁTICAS NA ORAÇÃO FUNDAMENTOS DE SINTAXE APOIO PEDAGÓGICO 11/05/2018 SAULO SANTOS

FUNÇÕES SINTÁTICAS NA ORAÇÃO FUNDAMENTOS DE SINTAXE APOIO PEDAGÓGICO 11/05/2018 SAULO SANTOS FUNÇÕES SINTÁTICAS NA ORAÇÃO FUNDAMENTOS DE SINTAXE APOIO PEDAGÓGICO 11/05/2018 SAULO SANTOS PROGRAMA DA AULA 1. Definição formal das funções 2. A hierarquia dos constituintes 3. Predicado e Núcleo do

Leia mais

o transporte dos advérbios de modo em português 1 Maria Elizabeth Fonseca

o transporte dos advérbios de modo em português 1 Maria Elizabeth Fonseca Maria Elizabeth Fonseca o transporte dos advérbios de modo em português 1 No primeiro capítulo de nossa dissertação. de mestrado, procuramos verificar as possibilidades de colocação dos advérbios de modo

Leia mais

Aula6 CONSTRUÇÕES NEGATIVAS. Lêda Corrêa

Aula6 CONSTRUÇÕES NEGATIVAS. Lêda Corrêa Aula6 CONSTRUÇÕES NEGATIVAS META Apresentar construções oracionais negativas da língua portuguesa; discriminar os modos de construções negativas. OBJETIVOS Ao final desta aula, o aluno deverá: Relacionar

Leia mais

O Estudo da Linguagem Humana

O Estudo da Linguagem Humana O Estudo da Linguagem Humana Chris'ne Daniloff/MIT (h4p://www.livescience.com/46372-human-language-evolu'on-monkey-song.html) Sónia Frota 2017/20181 Combinar palavras Chris'ne Daniloff/MIT (h4p://www.livescience.com/46372-human-language-evolu'on-monkey-song.html)

Leia mais

Classes de palavras: o pronome e o determinante

Classes de palavras: o pronome e o determinante Classes de palavras: o pronome e o determinante A. Pronome O pronome pertence a uma classe fechada de palavras, podendo variar em género, número, pessoa Não pode preceder um nome, exceto se ambos forem

Leia mais

a) houve uma mudança na direção de cliticização do PB (NUNES, 1996); b) os pronomes retos estão sendo aceitos em função acusativa;

a) houve uma mudança na direção de cliticização do PB (NUNES, 1996); b) os pronomes retos estão sendo aceitos em função acusativa; A ordem pronominal do português brasileiro atual: uma análise via Teoria da Otimidade Rubia Wildner Cardozo 1 1 Introdução Apresentamos um estudo acerca da ordem pronominal do português brasileiro (PB)

Leia mais

ELEMENTOS ANAFÓRICOS NA COORDENAÇÃO 1

ELEMENTOS ANAFÓRICOS NA COORDENAÇÃO 1 47 de 368 ELEMENTOS ANAFÓRICOS NA COORDENAÇÃO 1 Jaqueline Feitoza Santos * (Uesb) Adriana Stella Cardoso Lessa-de-Oliveira (Uesb) RESUMO O presente trabalho focaliza os aspectos elipse de constituintes

Leia mais

Relativas clivadas em variedades não standard do PE 1 Adriana Cardoso & Nélia Alexandre 2 (CLUL/ESELx, CLUL)

Relativas clivadas em variedades não standard do PE 1 Adriana Cardoso & Nélia Alexandre 2 (CLUL/ESELx, CLUL) Relativas clivadas em variedades não standard do PE 1 Adriana Cardoso & Nélia Alexandre 2 (CLUL/ESELx, CLUL) Abstract: European Portuguese is the only Romance language displaying an é quecleft structure,

Leia mais

Classes de palavras: o pronome e o determinante. Porto Editora

Classes de palavras: o pronome e o determinante. Porto Editora Classes de palavras: o pronome e o determinante A. Pronome O pronome pertence a uma classe fechada de palavras, podendo variar em género, número, pessoa Não pode preceder um nome, exceto se ambos forem

Leia mais

Avaliar o comportamento das crianças DEL no que concerne ao valor dado à informação de pessoa em Dmax e no afixo verbal;

Avaliar o comportamento das crianças DEL no que concerne ao valor dado à informação de pessoa em Dmax e no afixo verbal; 164 9 Conclusão Este estudo focalizou a aquisição de pessoa como traço formal no Português Brasileiro (PB) com o objetivo de caracterizar a manifestação de pessoa no curso normal do desenvolvimento lingüístico

Leia mais

OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO EM UM LIVRO DIDÁTICO: GRAMÁTICA NORMATIVA VS. GRAMÁTICA EXPLICATIVA/GERATIVA

OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO EM UM LIVRO DIDÁTICO: GRAMÁTICA NORMATIVA VS. GRAMÁTICA EXPLICATIVA/GERATIVA OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO EM UM LIVRO DIDÁTICO: GRAMÁTICA NORMATIVA VS. GRAMÁTICA EXPLICATIVA/GERATIVA Jessé Pantoja SERRÃO (G-UFPA) Antônia Fernanda de Souza NOGUEIRA (UFPA) 120 Resumo Este artigo

Leia mais

Critérios para transcrição da fala espontânea

Critérios para transcrição da fala espontânea Critérios para transcrição da fala espontânea Heloísa Vale Heliana Mello Tommaso Raso UFMG Visão geral desta apresentação O corpus C-ORAL-BRASIL Originalidade e vantagens da transcrição Alguns fenômenos

Leia mais

ESTARÁ O PORTUGUÊS BRASILEIRO DEIXANDO DE SER LÍNGUA DE SUJEITO-PREDICADO? *

ESTARÁ O PORTUGUÊS BRASILEIRO DEIXANDO DE SER LÍNGUA DE SUJEITO-PREDICADO? * 255 de 298 ESTARÁ O PORTUGUÊS BRASILEIRO DEIXANDO DE SER LÍNGUA DE SUJEITO-PREDICADO? * Elisângela Gonçalves ** Daiane Gomes Bahia *** Paula Barreto Silva **** RESUMO Este trabalho consiste em um recorte

Leia mais

Universidade de São Paulo Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Sintaxe do Português I Maria Clara Paixão de Sousa

Universidade de São Paulo Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Sintaxe do Português I Maria Clara Paixão de Sousa 1 III. Aspectos da Gramática do Português Brasileiro 1. Alguns Dados Fundamentais 2 Aspectos da gramática do Português Brasileiro Reestruturação do paradigma pronominal: - Disseminação de {você} (referencial

Leia mais

Mayara Nicolau de Paula 1 Elyne Giselle de Santana Lima Aguiar Vitório 2

Mayara Nicolau de Paula 1 Elyne Giselle de Santana Lima Aguiar Vitório 2 PAULA, Mayara Nicolau de; VITÓRIO, Elyne Giselle de Santana Lima Aguiar. Resenha de DUARTE, Maria Eugênia Lammoglia. (org.). O sujeito em peças de teatro (1983-1992): estudo diacrônicos. São Paulo: Parábola,

Leia mais

Niina Ning ZHANG. Coordination in Syntax. Cambridge University Press, U.K., pp. ISBN (hardback)

Niina Ning ZHANG. Coordination in Syntax. Cambridge University Press, U.K., pp. ISBN (hardback) Niina Ning ZHANG. Coordination in Syntax. Cambridge University Press, U.K., 2010. 273 pp. ISBN 978-0-521-76755-2 (hardback) Maria do Carmo Oliveira Centro de Linguística da Universidade do Porto (Portugal)

Leia mais

MORFOSSINTAXE. Ana Vilacy Galucio

MORFOSSINTAXE. Ana Vilacy Galucio SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE LETRAS E COMUNICAÇÃO PROGRAMA DE POSGRADUAÇÃO EM LETRAS MORFOSSINTAXE Ana Vilacy Galucio RELAÇÃO MORFOLOGIA E SINTAXE 1. Demarcação de

Leia mais

Introdução a uma abordagem formal da sintaxe Teoria X-barra, II

Introdução a uma abordagem formal da sintaxe Teoria X-barra, II Universidade de São Paulo Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Letras Clássicas e Vernáculas Sintaxe do Português I FLC0277 Maria Clara Paixão de Sousa Introdução a uma abordagem formal da

Leia mais

Conhecimento explícito da língua LEITURA

Conhecimento explícito da língua LEITURA Compreensão do oral/expressão oral Leitura Conhecimento explícito da língua Escrita LEITURA 1 Apresentação 1. Nome da Sequência: 2. Contexto/projecto: Conhecimento explícito da língua 3. Ano de escolaridade:

Leia mais

4 A expressão do tempo através da conjunção quando

4 A expressão do tempo através da conjunção quando 4 A expressão do tempo através da conjunção quando A definição da categoria tempo nos estudos de língua portuguesa está ligada, conforme examinamos no capítulo três, à idéia de que uma situação localiza-se

Leia mais

Marisa Cruz & Sónia Frota. XXVI Encontro Nacional da APL

Marisa Cruz & Sónia Frota. XXVI Encontro Nacional da APL Marisa Cruz & Sónia Frota Laboratório de Fonética (CLUL/FLUL) Universidade de Lisboa XXVI Encontro Nacional da APL Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 21 de Outubro de 2010 A prosódia dos tipos

Leia mais

A VARIAÇÃO/ESTRATIFICAÇÃO DO SUBJUNTIVO EM ORAÇÕES PARENTÉTICAS

A VARIAÇÃO/ESTRATIFICAÇÃO DO SUBJUNTIVO EM ORAÇÕES PARENTÉTICAS Página 109 de 511 A VARIAÇÃO/ESTRATIFICAÇÃO DO SUBJUNTIVO EM ORAÇÕES PARENTÉTICAS Vânia Raquel Santos Amorim (UESB) Valéria Viana Sousa (UESB) Jorge Augusto Alves da Silva (UESB) RESUMO Neste trabalho,

Leia mais

Versão 1 COTAÇÕES GRUPO I

Versão 1 COTAÇÕES GRUPO I Teste Intermédio de Língua Portuguesa Versão 1 Teste Intermédio Língua Portuguesa Duração do Teste: 45 minutos 28.01.2010 9.º Ano de Escolaridade Decreto Lei n.º 6/2001, de 18 de Janeiro COTAÇÕES GRUPO

Leia mais

(1) A análise dos resultados experimentais indicaram um efeito principal de número do núcleo interveniente no processamento da concordância.

(1) A análise dos resultados experimentais indicaram um efeito principal de número do núcleo interveniente no processamento da concordância. 1 Introdução A presente tese tem como tema o processamento da concordância de número entre sujeito e verbo na produção de sentenças e está vinculada ao Projeto Explorando relações de interface língua-sistemas

Leia mais

Sintaxe. Prof. Dr. Felipe Venâncio Barbosa

Sintaxe. Prof. Dr. Felipe Venâncio Barbosa Sintaxe Prof. Dr. Felipe Venâncio Barbosa Categorias gramaticais! A competência linguística e a intuição sobre as propriedades dos itens lexicais. cair chorou brinquedo berço querer mesa comi mamãe Categorias

Leia mais

A LIBRAS FALADA EM VITÓRIA DA CONQUISTA: ORDEM DOS CONSTITUINTES NA SENTENÇA 39

A LIBRAS FALADA EM VITÓRIA DA CONQUISTA: ORDEM DOS CONSTITUINTES NA SENTENÇA 39 Página 105 de 315 A LIBRAS FALADA EM ITÓRIA DA CNQUISTA: RDEM DS CNSTITUINTES NA SENTENÇA 39 Jaqueline Feitoza Santos 40 (UESB) Adriana Stella Cardoso Lessa-de-liveira 41 (UESB) RESUM Este estudo investiga

Leia mais

PRONOMES E CATEGORIAS VAZIAS EM PORTUGUÊS E NAS LÍNGUAS ROMÂNICAS, UMA CONVERSA COM SONIA CYRINO

PRONOMES E CATEGORIAS VAZIAS EM PORTUGUÊS E NAS LÍNGUAS ROMÂNICAS, UMA CONVERSA COM SONIA CYRINO CYRINO, S. M. L.; OTHERO, G. A. Pronomes e categorias vazias em português e nas línguas românicas, uma conversa com Sonia Cyrino. ReVEL, v. 16, n. 30, 2018. [www.revel.inf.br]. PRONOMES E CATEGORIAS VAZIAS

Leia mais

GALVES, Charlotte Ensaios sobre as gramáticas do português. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 280pp.

GALVES, Charlotte Ensaios sobre as gramáticas do português. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 280pp. 355 RESENHA/REVIEW GALVES, Charlotte. 2001. Ensaios sobre as gramáticas do português. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 280pp. Resenhado por/by: João COSTA (Universidade Nova de Lisboa) Palavras-chave:

Leia mais

Alexandra Soares Rodrigues 241

Alexandra Soares Rodrigues 241 Alexandra Soares Rodrigues 241 Ina BORNKESSEL-SCHLESEWSKY; Matthias SCHLESEWSKY. Processing syntax and morphology. A neurocognitive perspective. Oxford: Oxford University Press. 2009. 360 pp. ISBN: 978-0-19-920782-4

Leia mais

Um dos principais filtros impostos pela estrutura de superfície é o filtro de Caso. O filtro de Caso pode ser expresso da seguinte maneira:

Um dos principais filtros impostos pela estrutura de superfície é o filtro de Caso. O filtro de Caso pode ser expresso da seguinte maneira: Sétima semana do curso de Linguística III Professor Alessandro Boechat de Medeiros Departamento de Linguística e Filologia Sobre os movimentos Vimos logo no início do curso que as línguas naturais apresentam

Leia mais

A FLEXÃO PORTUGUESA: ELEMENTOS QUE DESMISTIFICAM O CONCEITO DE QUE FLEXÃO E CONCORDÂNCIA SÃO CATEGORIAS SINTÁTICAS DEPENDENTES 27

A FLEXÃO PORTUGUESA: ELEMENTOS QUE DESMISTIFICAM O CONCEITO DE QUE FLEXÃO E CONCORDÂNCIA SÃO CATEGORIAS SINTÁTICAS DEPENDENTES 27 Página 75 de 315 A FLEXÃO PORTUGUESA: ELEMENTOS QUE DESMISTIFICAM O CONCEITO DE QUE FLEXÃO E CONCORDÂNCIA SÃO CATEGORIAS SINTÁTICAS DEPENDENTES 27 Iany França Pereira 28 (UESB) Cristiane Namiuti Temponi

Leia mais

CONSTITUINTES DA FRASE E FUNÇÕES SINTÁCTICAS

CONSTITUINTES DA FRASE E FUNÇÕES SINTÁCTICAS NOVA TERMINOLOGIA NO ENSINO DO PORTUGUÊS CONSTITUINTES DA FRASE E FUNÇÕES SINTÁCTICAS Helena Mateus Montenegro hmateus@uac.pt Ponta Delgada, 2010 I. Constituintes da frase Grupo nominal Grupo adjectival

Leia mais

XXX ENAPL Porto, 22 a 24 de Outubro de Sara Morgado*, CLUNL João Costa, CLUNL Paula Luegi, CLUL

XXX ENAPL Porto, 22 a 24 de Outubro de Sara Morgado*, CLUNL João Costa, CLUNL Paula Luegi, CLUL XXX ENAPL Porto, 22 a 24 de Outubro de 2014 Sara Morgado*, CLUNL João Costa, CLUNL Paula Luegi, CLUL * Bolseira de Doutoramento FCT: SFRH/BD/52264/2013 Procuram determinar: quais os fatores linguísticos

Leia mais

Novo Programa de Português do Ensino Básico

Novo Programa de Português do Ensino Básico Etapa 2 Laboratório de Língua Para que possas redigir com consistência a tua apreciação crítica, é importante aprofundares os teus conhecimentos sobre alguns elementos gramaticais e sobre algumas construções

Leia mais

A ORDEM LINEAR DOS CONSTITUINTES VERBO- SUJEITO EM ORAÇÕES RAÍZES EM TEXTOS DO CORPUS TYCHO BRAHE

A ORDEM LINEAR DOS CONSTITUINTES VERBO- SUJEITO EM ORAÇÕES RAÍZES EM TEXTOS DO CORPUS TYCHO BRAHE Página 87 de 510 A ORDEM LINEAR DOS CONSTITUINTES VERBO- SUJEITO EM ORAÇÕES RAÍZES EM TEXTOS DO CORPUS TYCHO BRAHE Fernanda Gusmão Silva (UESB) Juliana Oliveira (UESB) Cristiane Namiuti Temponi (UESB/PPGLin)

Leia mais

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO...9. A NOÇÃO DE CONSTITUINTE...15 Objetivos gerais do capítulo Leituras complementares...53 Exercícios...

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO...9. A NOÇÃO DE CONSTITUINTE...15 Objetivos gerais do capítulo Leituras complementares...53 Exercícios... SUMÁRIO APRESENTAÇÃO...9 A NOÇÃO DE CONSTITUINTE...15 Objetivos gerais do capítulo...15 1. Unidades de análise: constituintes sintáticos...16 2. Testes de identificação de constituintes...21 3. Sintagmas

Leia mais

Estratégias de anteposição de PPs em construções-q no português de São Tomé e no português europeu

Estratégias de anteposição de PPs em construções-q no português de São Tomé e no português europeu Estratégias de anteposição de PPs em construções-q no português de São Tomé e no português europeu Rita Gonçalves 1 Centro de Linguística da Universidade de Lisboa Abstract: This paper aims to compare

Leia mais

Obs: *Predicativo do sujeito Ex.: A situação parece perfeita. * Predicativo do objeto Ex.: Os presos acharam a comida péssima.

Obs: *Predicativo do sujeito Ex.: A situação parece perfeita. * Predicativo do objeto Ex.: Os presos acharam a comida péssima. Obs: *Predicativo do sujeito Ex.: A situação parece perfeita. * Predicativo do objeto Ex.: Os presos acharam a comida péssima. Termos essenciais 1) Sujeito: é o termo a respeito do qual se declara alguma

Leia mais

Construções de "é que" em Português Europeu

Construções de é que em Português Europeu Sofia Ciuysen Pereira Gonçalves Construções de "é que" em Português Europeu Dissertação de Mestrado em Linguística Portuguesa Descritiva apresentada à Faculdade de Letras da Universidade do Porto Porto

Leia mais

Keywords/Palavras-chave: PP-fronting, pied-piping, chopping, complexity, anteposição de PPs, cortadoras,

Keywords/Palavras-chave: PP-fronting, pied-piping, chopping, complexity, anteposição de PPs, cortadoras, Estratégias de anteposição de PPs em construções-q no português de São Tomé e no português europeu Rita Gonçalves 1 Centro de Linguística da Universidade de Lisboa Abstract: This paper aims to compare

Leia mais

V SEMINÁRIO DE PESQUISA E ESTUDOS LINGUÍSTICOS

V SEMINÁRIO DE PESQUISA E ESTUDOS LINGUÍSTICOS Página 93 de 315 A AGRAMATICALIDADE DE PRONOMES PLENOS DE TERCEIRA PESSOA COMO RESUMPTIVOS EM POSIÇÃO DE OBJETO DIRETO: RESTRIÇÃO DA GRAMÁTICA NUCLEAR OU INTERFERÊNCIA DA ESCOLARIZAÇÃO? Sinval Araújo de

Leia mais

A CATEGORIA VERBAL DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS- LIBRAS

A CATEGORIA VERBAL DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS- LIBRAS 195 de 667 A CATEGORIA VERBAL DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS- LIBRAS Ione Barbosa de Oliveira Silva (UESB) 51 Adriana Stella Cardoso Lessa-de-Oliveira (UESB) 52 RESUMO Apresentamos resultados parciais

Leia mais

Dependência entre fraseamento prosódico e distribuição de acentos tonais? Evidências da variação no Português Europeu

Dependência entre fraseamento prosódico e distribuição de acentos tonais? Evidências da variação no Português Europeu Marisa Cruz & Sónia Frota Laboratório de Fonética (CLUL/FLUL) Universidade de Lisboa XXVIII Encontro Nacional da APL FCHS, Universidade do Algarve, Faro, 25 de Outubro de 2012 Dependência entre fraseamento

Leia mais

Guião 1 Anexo (v1.0) 2. Do léxico à frase 2.1. Classes de palavras e critérios para a sua identificação

Guião 1 Anexo (v1.0) 2. Do léxico à frase 2.1. Classes de palavras e critérios para a sua identificação F a c u l d a d e d e L e t r a s d a U n i v e r s i d a d e d e L i s b o a D e p a r t a m e n t o d e L i n g u í s t i c a G e r a l e R o m â n i c a E s t r u t u r a d a s F r a s e s e m P o r

Leia mais

Morfologia, Sintaxe e Morfossintaxe substantivo, verbo, Morfologia. Morfologia classes gramaticais

Morfologia, Sintaxe e Morfossintaxe substantivo, verbo, Morfologia. Morfologia classes gramaticais Língua Portuguesa Nesta bimestral você aprendeu sobre diversos conceitos como Morfologia, Sintaxe e Morfossintaxe, e partir desses conceitos vamos revisar os principais assuntos estudados. Quando falamos

Leia mais

Keywords/Palavras-chave: PP-fronting, pied-piping, chopping, complexity, anteposição de PPs, cortadoras,

Keywords/Palavras-chave: PP-fronting, pied-piping, chopping, complexity, anteposição de PPs, cortadoras, Estratégias de anteposição de PPs em construções-q no português de São Tomé e no português europeu Rita Gonçalves 1 Centro de Linguística da Universidade de Lisboa Abstract: This paper aims to compare

Leia mais

Relatório. Ano lectivo Dados extraídos da Plataforma Moodle da DGIDC.

Relatório. Ano lectivo Dados extraídos da Plataforma Moodle da DGIDC. Relatório Dados extraídos da Plataforma Moodle da DGIDC. 199.921 acessos de 28 de SETEMBRO 2006 a 28 de Setembro de 2008 (registados no Arquivo 2006-2007 e na versão Ano lectivo 2007-2008 para 2007-2008).

Leia mais

Apresentação 11 Lista de abreviações 13. Parte I: NATUREZA, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA LINGUAGEM

Apresentação 11 Lista de abreviações 13. Parte I: NATUREZA, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA LINGUAGEM Sumário Apresentação 11 Lista de abreviações 13 Parte I: NATUREZA, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA LINGUAGEM O homem, a linguagem e o conhecimento ( 1-6) O processo da comunicação humana ( 7-11) Funções da

Leia mais

Key Words. Palavras-chave. Introduction 1

Key Words. Palavras-chave. Introduction 1 i ii iii iv TABLE OF CONTENTS Abstract Key Words Resumo Palavras-chave page vii vii viii viii Introduction 1 Chapter 1 Background regarding Bulgarian Yes-No Questions 5 1.1. Dali-questions 5 1.2 Nali-questions

Leia mais

Professora: Jéssica Nayra Sayão de Paula Disciplina: Introdução aos estudos linguísticos II

Professora: Jéssica Nayra Sayão de Paula Disciplina: Introdução aos estudos linguísticos II Professora: Jéssica Nayra Sayão de Paula Disciplina: Introdução aos estudos linguísticos II Alguns fenômenos da língua que constituem evidência sintática para o fato de que a sentença é uma estrutura hierárquica.

Leia mais

A ORDEM DE AQUISIÇÃO DOS PRONOMES SUJEITO E OBJETO: UM ESTUDO COMPARATIVO 10

A ORDEM DE AQUISIÇÃO DOS PRONOMES SUJEITO E OBJETO: UM ESTUDO COMPARATIVO 10 107 de 297 A ORDEM DE AQUISIÇÃO DOS PRONOMES SUJEITO E OBJETO: UM ESTUDO COMPARATIVO 10 Tatiane Macedo Costa * (UESB) Telma Moreira Vianna Magalhães (UESB) RESUMO Várias pesquisas têm investigado o uso

Leia mais

(2) Alteração no papel temático do sujeito a depender da semântica do argumento: matou dez pessoas matou dez pessoas

(2) Alteração no papel temático do sujeito a depender da semântica do argumento: matou dez pessoas matou dez pessoas Aula 7 Parte ii - Hierarquia temática, constituência, e estrutura da sentença DUARTE, I. & BRITO, A. M (2003). Predicação e classes de predicadores verbais. In M.H.M. Mateus et al, Gramática da língua

Leia mais

Variação prosódica no Português Europeu: um falar, uma identidade

Variação prosódica no Português Europeu: um falar, uma identidade Marisa Cruz Laboratório de Fonética (CLUL/FLUL) Universidade de Lisboa Compreensão e Produção do Português Oral Professora Doutora Sónia Frota 4 de Dezembro de 2012 Variação prosódica no Português Europeu:

Leia mais

Clivadas Básicas e Pseudo-clivadas Extrapostas: uma análise unificada

Clivadas Básicas e Pseudo-clivadas Extrapostas: uma análise unificada Clivadas Básicas e Pseudo-clivadas Extrapostas: uma análise unificada Carlos Felipe da Conceição Pinto Instituto de Estudos da Linguagem Universidade Estadual de Campinas (IEL-UNICAMP) Fundação de Amparo

Leia mais

(2) Alteração no papel temático do sujeito a depender da semântica do argumento: matou dez pessoas matou dez pessoas

(2) Alteração no papel temático do sujeito a depender da semântica do argumento: matou dez pessoas matou dez pessoas Aula 8 Hierarquia temática, constituência e estrutura da sentença DUARTE, I. & BRITO, A. M (2003). Predicação e classes de predicadores verbais. In M.H.M. Mateus et al, Gramática da língua portuguesa.

Leia mais

Fechando a estrutura formal da sentença

Fechando a estrutura formal da sentença Universidade de São Paulo Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Letras Clássicas e Vernáculas Fechando a estrutura formal da sentença Bibliografia Fundamental: MIOTO, Carlos et al. (2004).

Leia mais

As construções pseudoclivadas: perguntas e respostas Maria do Pilar Pereira Barbosa

As construções pseudoclivadas: perguntas e respostas Maria do Pilar Pereira Barbosa As construções pseudoclivadas: perguntas e respostas Maria do Pilar Pereira Barbosa ILCH/CEHUM, Universidade do Minho Abstract This paper examines a number of syntactic differences between two subtypes

Leia mais

4 Metodologia. 4.1 Metodologia naturalista: produção da fala espontânea

4 Metodologia. 4.1 Metodologia naturalista: produção da fala espontânea 4 Metodologia 4.1 Metodologia naturalista: produção da fala espontânea O presente estudo fez uso de dados naturalistas ou ecológicos coletados para um estudo longitudinal (Martins, 2007). Um estudo naturalista

Leia mais

SUMÁRIO ORTOGRAFIA... 29

SUMÁRIO ORTOGRAFIA... 29 SUMÁRIO CAPÍTULO I ORTOGRAFIA... 29 1. Ditongo... 31 2. Formas variantes... 35 3. Homônimos e parônimos... 36 4. Porque, por que, por quê, porquê... 44 5. Hífen... 45 6. Questões desafio... 50 CAPÍTULO

Leia mais