Paula Matuoka. Instituto de Física da Universidade de São Paulo 14 de outubro de 2016

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Paula Matuoka. Instituto de Física da Universidade de São Paulo 14 de outubro de 2016"

Transcrição

1 Estudo das reações nucleares envolvendo núcleos pesados e prótons a energias intermediárias e altas e de uma aplicação em física de reatores nucleares (ADS) Paula Matuoka Instituto de Física da Universidade de São Paulo paula.matuoka@usp.br 14 de outubro de 2016 Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

2 Conteúdo 1 Introdução 2 Reações Nucleares 3 CRISP MCMC MCEF Multimode-Fission 4 Física de Reatores 5 MCNPX 6 Resultados Reações Nucleares Reator ADS Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

3 Introdução A busca por fontes de energias não-emissoras de gases do efeito estufa resultou em uma renovada atenção dispendida à geração de energia nucleoelétrica. O aumento progressivo da participação dos reatores de potência na grade energética mundial acarretaria em: Exploração excessiva das reservas de urânio; Comprometimento da capacidade de depositar combustível nuclear queimado e rejeitos de alta radioatividade em repositórios geológicos profundos. Estratégias em relação ao combustível nuclear queimado: Reprocessamento (MOX); Partição & Transmutação (P&T); Minimização da geração de rejeitos. [NIFENECKER et al., 2001] Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

4 ADS Reatores Nucleares Acionados por Fontes (Accelerator Driven System) Fonte externa de nêutrons (spallation): Acelerador de prótons ( 1 GeV): LINAC, cíclotron, ou combinações; Alvo: metal pesado ( 1 m), sólido ou ĺıquido. Meio multiplicativo subcrítico (k eff < 1). Interesse: Excesso de nêutrons e nêutrons energéticos; Transmutação de TRU (MA) e LLFP; Utilização do ciclo do tório para produção de energia; Segurança quanto a acidentes por criticalidade. Desafios: Demanda por dados nucleares e demonstrações; Aceleradores potentes; Escala industrial. Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

5 Objetivos A pesquisa foi dividida em duas etapas: Estudo das reações nucleares com prótons a energias intermediárias e altas e núcleos pesados. Cascata intranuclear, processo competitivo evaporação/fissão e multifragmentação. Simulações com o código CRISP. Objetivo: identificar parâmetros relevantes na otimização da produção de nêutrons. Aplicação em física de reatores (ADS). Fonte de spallation acoplada a meio multiplicativo subcrítico. Simulações com o código MCNPX. Objetivo: influência da fonte externa na operação de um ADS para transmutação/geração de energia. Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

6 Reações Nucleares Reações nucleares a energias intermediárias e altas podem ser descritas como um mecanismo de duas etapas: I. Cascata intranuclear É a distribuição da energia e do momento da partícula incidente por interações bárion-bárion; partículas secundárias são criadas e estas podem interagir ou deixar o núcleo caso tenham energia superior à de ligação; a cascata termina quando nenhuma partícula puder ser emitida, e todas as colisões a partir desse momento levam apenas à termalização do sistema nuclear; núcleo residual excitado (E ). [DEPPMAN et al., 2012] Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

7 Reações Nucleares II. Desexcitação A segunda etapa, mais lenta que a anterior, depende da energia de excitação E do núcleo formado após a cascata intranuclear: Se E < 3 MeV/A, ocorre um processo competitivo entre a evaporação dominante para nucleons com numero de massa A < 230, caracterizada pela emissão de partículas (principalmente neutrons, prótons e alfas) como forma de desexcitação do núcleo, e formação de um resíduo de spallation e a fissão dominante para núcleos com A > 230, caracterizada pela formação de dois fragmentos de fissão. Se E > 3 MeV/A, pode ocorrer a multifragmentação nuclear, que é um processo mais rápido que a competição evaporação/fissão e que consiste na produção simultânea de diversos fragmentos com características nucleares variadas. [DEPPMAN et al., 2012] Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

8 CRISP MCMC Código Monte Carlo CRISP Colaboração Rio-Ilhéus-São Paulo Modelo da Cascata Intranuclear (MCMC): Partícula incidente (p, γ, híperon) com energia E; Núcleo (A,Z); Modelo de gás de Fermi degenerado. Potencial nuclear poço quadrado. Bloqueio de Pauli. Abordagem multicolisional. Ordenação temporal. Emissões de pré-equiĺıbrio. Termalização. Núcleo remanescente excitado (A, Z, E ). [RODRIGUES, 2005, MEDINA, 2014] Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

9 CRISP MCEF Modelo do processo competitivo evaporação-fissão (MCEF) Processo governado por eventos aleatórios com base nas probabilidades de emissão de partículas (prótons, nêutrons e alfas) e na de fissão. Continua enquanto houver energia suficiente para evaporar partículas ou até a fissão. Resíduo de spallation: desexcitação apenas por evaporação. Núcleo fissionante: características armazenadas para a simulação dos produtos de fissão. [ANDRADE-II, 2012] Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

10 CRISP MCEF K f = K 0a n Γ α Γ n = 2Eα E n Γ k P k = (1) Γ n + Γ p + Γ α + Γ f Γ { p = Ep exp 2 [(a pe p) 1/2 (a ne n) 1/2]} Γ n E n { exp 2 [(a αe α) 1/2 (a ne n) 1/2]} (2) Γ f Γ n = K f exp [ 2(a f E f ) 1/2 1 (4A 2/3 a f E n) E n = E B n { 2 [(a f E f ) 1/2 (a ne n) 1/2]} ] E p = E B p V p ; K 0 = ; 2m nr0 2 r0 2 = 1, 2 fm (3) E α = E B α V α E f = E B f (4) E: energia do núcleo; V p, V α: potenciais coulombianos. B n, B p, B α: energias de ligação; B f barreira de fissão de Nix. a n, a p, a α: fórmulas empíricas de Dostrovsky; a f = r f a n, r f dependente de Z 2 /A. [ANDRADE-II, 2012] Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

11 CRISP Multimode-Fission Modelo de produção de fragmentos de fissão (Multimode-Fission). Fissão (modelo da gota ĺıquida): o valor máximo do balanço entre as forças superficial e coulombiana de um núcleo deformado (modelo da gota ĺıquida) é a chamada barreira de fissão, que é a energia mínima para que a reação ocorra. [BOHR & WHEELER, 1939] Multimodos de fissão: cada nucĺıdeo possuiria uma sequência de barreiras de fissão acessíveis de acordo com sua deformação nuclear no momento da cisão; já o instante da ruptura, seria aleatório.[brosa et al., 1990] Para núcleos pesados, três modos de fissão são identificados: Simétrico (Superlong SL): 2 fragmentos idênticos (A S, Z S ), deformação alongada. Assimétrico I (Standard I S1): fragmento pesado (A H 1, Z H 1 ) e fragmento leve (A L 1, Z L 1 ), influência das camadas fechadas Z H 1 50 e NH Assimétrico II (Standard II S2): fragmento pesado (A H 2, Z H 2 ) e fragmento leve (A L 2, Z L 2 ), influência da camada deformada NH 2 = e Z H Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

12 CRISP Multimode Fission Curva de rendimento dos fragmentos de fissão do núcleo fissionante (A,Z) { [ Ki L σ(a, Z) = exp ( (A ) AL i ) 2 + K i H exp ( (A ) ] AH i ) 2 i=1,2 2πΓ L i 2(Γ L i )2 2πΓ H i 2(Γ H i ) 2 + K S exp ( (A A )} ) S) 2 1 (Z Zp)2 exp ( 2πΓS 2Γ 2 S 2πΓZ 2Γ 2 Z (5) Distribuição do número atômico mais provável: Z p = µ 1 + µ 2 A (6) Largura da distribuição de Z p : Γ Z = ν 1 + ν 2 A (7) Parâmetros livres (input): K H(L) i, Γ H(L) i, A H(L) i, K S, Γ S, µ 1, µ 2, ν 1, ν 2. [ANDRADE-II, 2012] Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

13 CRISP Multimode Fission Sorteio da massa do fragmento mais pesado A H para o i-ésimo modo, i = 1, 2, S: p(a) = p i exp [ (A A i) 2 ] 2πΓi 2Γ 2 ; p i = K i i i i K (8) i Sorteio do número atômico do fragmento mais pesado Z H : p(z) = 1 exp [ (Z Z p) 2 ] πγi Γ 2 i i (9) A energia de excitação do núcleo fissionante é dividido entre os dois fragmentos primários proporcionalmente à sua massa; o módulo de evaporação é chamado novamente para cada um deles e, quando não houver mais energia suficiente para evaporar partículas, o fragmento de fissão final é registrado. Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

14 Física de Reatores A interação de nêutrons com a matéria ocorre por: espalhamento elástico (n, n) emissão de partículas carregadas (n, p),(n, α) espalhamento inelástico (n, n ) emissão de nêutrons (n, xn) captura radioativa (n, γ) fissão (n, f ) Equação de transporte de nêutrons (Boltzmann): Balanço do número de nêutrons em um volume V e superfície S dependência com ( r, ˆΩ, E, t). Ganhos: fontes, espalhamento, entrando através de S. Perdas: absorção, espalhamento, saindo através de S. Fator de multiplicação de nêutrons k: k = número de nêutrons em uma geração número de nêutrons da geração anterior (10) Sistema pode ser crítico (k = 1), supercrítico (k > 1) ou subcrítico (k < 1). Quando se leva todos os fatores de materiais e geometria em consideração, fala-se em k efetivo (k eff ). Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

15 MCNPX Método Monte Carlo para transporte de radiação. Figura 1 : Transporte de nêutrons com MCNPX.[ROSSI, 2011] Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

16 Resultados Figura 2 : Distribuição da multiplicidade de nêutrons emitidos na reação p (1200 MeV) Pb e sua origem em escala logarítmica. Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

17 Resultados Figura 3 : Distribuição da energia cinética dos nêutrons evaporados durante a cascata intranuclear, em escala logarítmica, da reação p (1200 MeV) Pb. Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

18 Resultados Figura 4 : Distribuição da energia cinética dos nêutrons evaporados no processo competitivo evaporação-fissão, em escala logarítmica, da reação p (1200 MeV) Pb. Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

19 Resultados Figura 5 : Seção de choque da produção de resíduos de spallation da reação p (1200 MeV) Pb. A seção de choque total da reação de spallation encontrada foi de 1787,84 mb. (Experimental: 1723 mb [LERAY et al., 2002]) Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

20 Resultados Figura 6 : Seção de choque da produção de fragmentos de fissão em função da massa da reação p (1200 MeV) Pb. Seção de choque total σ f = 210 mb. Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

21 Resultados Quanto à distribuição angular, é possível observar na Figura 7, que, para os nêutrons da cascata, há uma predominância de ângulos fechados (média de 60 o ), enquanto que, para os nêutrons de spallation, a emissão de nêutrons é simétrica em relação ao valor médio de 90 o. Figura 7 : Distribuição angular dos nêutrons emitidos durante a cascata intranuclear (à esquerda) e na evaporação/fissão (à direita) da reação p (1200 MeV) Pb. Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

22 Resultados Figura 8 : Evolução dos isótopos de urânio presentes no combustível nuclear durante sua queima em um reator PWR por aproximadamente um ano (350 dias). Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

23 Resultados Figura 9 : Evolução dos isótopos de plutônio presentes no combustível nuclear durante sua queima em um reator PWR por aproximadamente um ano (350 dias). Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

24 Resultados Modelo 1: Geração de energia. Fonte (cilindro de altura e diâmetro de 1m) de chumbo ĺıquido. Emissão de nêutrons isotrópica com multiplicidade e energia determinadas na etapa anterior. Reator térmico, cujo combustível é o combustível nuclear queimado de um PWR (primeiro terço de troca). Resultado: ADS apenas como sistema de controle (acionamento do reator): a faixa de energia de operação do reator definida pelo pitch (combinação moderador-geometria-material). k eff < 0,95 gerando 200 MW elétrico. Aumento de elementos TRU: embora haja depleção mais efetiva do combustível, há produção de TRU. Possibilidade: ADS Intermediário como alternativa ao reprocessamento imediato do combustível a ser descartado por um reator comercial. (Modelo 2: minimização da produção de TRU/ciclo do tório.) Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

25 Resultados Plutônio: leve aumento do 239 Pu, mas tendência ao equiĺıbrio. Figura 10 : Evolução dos isótopos de plutônio presentes no combustível nuclear durante sua queima em um reator ADS térmico por aproximadamente um ano (350 dias). Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

26 Resultados Urânio: 238 U estável, 235 U consumido (3 casas), obviamente responsável pela potência, 234 U e 236 U aumentam. Figura 11 : Evolução dos isótopos de urânio presentes no combustível nuclear durante sua queima em um reator ADS térmico por aproximadamente um ano (350 dias). Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

27 Resultados Amerício: aumento considerável; diferença entre as taxas de crescimento atribuída a variações da seção de choque. Figura 12 : Evolução dos isótopos de amerício presentes no combustível nuclear durante sua queima em um reator ADS térmico por aproximadamente um ano (350 dias). Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

28 Referências NIFENECKER, H. et al. Basics of accelerator driven subcritical reactors. Nuc. Inst. Meth. in Phys. Res. A 3(463), DEPPMAN A., et al. Monte carlo calculation of fragment distributions in nuclear reactions. Sci. and Tech, of Nuc, Install., v2012, p.9, RODRIGUES, T.E. O modelo de cascata intranuclear MCMC e aplicações para o mecanismo do quase-dêuteron e a fotoprodução de pions em energias intermediárias e altas Tese Dout., USP, MEDINA, I.A.G. Estudos de processos a energias médias e altas pelo método Monte Carlo Tese Dout., USP, ANDRADE-II, E. Estudo da fissão induzida de núcleos pesados por fótons e prótons a energias intermediárias e altas via Monte Carlo Dis. Mest., USP, Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

29 Referências BOHR, N.; WHEELER, J.A. The Mechanism of Nuclear Fission Phys. Rev., 56(5), p , Sep BROSA, U.; GROSSMANN, S.; MÜLLER, A. Nuclear scission Phys. Rep., 197(4), p , ROSSI, P. C. R. Reações nucleares de alta energia ( Spallation ) e sua aplicação em cálculo de sistemas nucleares acionados por fonte Tese Dout., USP, LERAY et al. Spallation neutron production by 0.8, 1.2, and 1.6 GeV protons on various targets Phys. Rev. C, 65(4), p , Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

30 Obrigada! Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

31 Apêndice A Equação de transporte de nêutrons (Boltzmann): 1 φ( r, E, ˆΩ, t) = ˆΩ φ( r, E, ˆΩ, t) Σ t( r, E, t)φ( r, E, ˆΩ, t)+ v(e) t + dω de Σ s( r, E E, ˆΩ ˆΩ, t)φ( r, E, ˆΩ, t)+ 4π 0 χ( r, E) + dω νσ f ( r, E, t)φ( r, E, ˆΩ, t+ 4π 4π + S( r, E, ˆΩ, t) 4π 0 CARLUCCIO, T. Implementação e qualificação de metodologia de cálculos neutrônicos em reatores subcríticos acionados por fontes externa de nêutrons e aplicações. Tese Dout., USP, (11) Paula Matuoka (IFUSP) Reações Nucleares & Reatores ADS 14 de outubro de / 31

Universidade de São Paulo Instituto de Física

Universidade de São Paulo Instituto de Física Universidade de São Paulo Instituto de Física Estudo das reações nucleares envolvendo núcleos pesados e prótons a energias intermediárias e altas e de uma aplicação em física de reatores nucleares (ADS)

Leia mais

ATIVIDADES DO PCTN NA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM ENGENHARIA NUCLEAR E DA ENERGIA

ATIVIDADES DO PCTN NA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM ENGENHARIA NUCLEAR E DA ENERGIA III SENCIR Semana de Engenharia Nuclear e Ciências das Radiações ATIVIDADES DO PCTN NA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM ENGENHARIA NUCLEAR E DA ENERGIA Departamento de Engenharia Nuclear - UFMG Dr. Carlos E. Velasquez

Leia mais

Reações Fotonucleares em Energias Intermediárias e Altas. Airton Deppmam

Reações Fotonucleares em Energias Intermediárias e Altas. Airton Deppmam Reações Fotonucleares em Energias Intermediárias e Altas Airton Deppmam 1 Sumário Introdução; Medidas de seção de choque de fotoabsorção total; Resultados experimentais e novos problemas; Análise dos problemas

Leia mais

Física Nuclear: Radioatividade

Física Nuclear: Radioatividade Física Nuclear: Radioatividade Descoberta da Radioatividade Becquerel, estudando fenômenos de fluorescência e raios-x Observava fluorescência no Urânio quando exposto ao Sol. Becquerel protegia uma chapa

Leia mais

Física Nuclear: Radioatividade

Física Nuclear: Radioatividade Física Nuclear: Radioatividade Descoberta da Radioatividade Becquerel, estudando fenômenos de fluorescência e raios-x Observava fluorescência no Urânio quando exposto ao Sol. Becquerel protegia uma chapa

Leia mais

(MEU)DOUTORADO, REVISITADO

(MEU)DOUTORADO, REVISITADO (MEU)DOUTORADO, REVISITADO INTRODUÇÃO Durante os anos de 1980 até 1995 foram obtidos, experimentalmente, dados sistemáticos da Seção de Choque Não Inclusiva* de Fotofissão do limiar de fissão (~35 MeV)

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FÍSICA Estudo de Fissão e Espalação em Núcleos Actinídeos e Pré-actinídeos a Energias Intermediárias CARLOS DAVID GONZALES LORENZO Orientador: Prof. Dr. Airton Deppman

Leia mais

Teste do CRISP com a Fórmula de Kikuchi-Kawai

Teste do CRISP com a Fórmula de Kikuchi-Kawai Teste do CRISP com a Fórmula de Kikuchi-Kawai ORIGES o final da década de 1980, durante os estudos sistemáticos da fotofissão de preactinídeos surgiu a ideia de estender para fotoreações nucleares a aplicação

Leia mais

José Augusto Perrotta

José Augusto Perrotta José Augusto Perrotta Comissão Nacional de Energia Nuclear Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN/CNEN-SP perrotta@ipen.br Sumário Conceitos básicos sobre energia nuclear Aplicação na medicina

Leia mais

Estudo da Fissão de Núcleos Pesados Induzida por Fótons e Prótons a Energias Intermediárias e Altas via Monte Carlo

Estudo da Fissão de Núcleos Pesados Induzida por Fótons e Prótons a Energias Intermediárias e Altas via Monte Carlo UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FÍSICA Estudo da Fissão de Núcleos Pesados Induzida por Fótons e Prótons a Energias Intermediárias e Altas via Monte Carlo EVANDRO OLIVEIRA ANDRADE SEGUNDO Dissertação

Leia mais

Física das Radiações & Radioatividade. Tecnologia em Medicina Nuclear Prof. Leonardo

Física das Radiações & Radioatividade. Tecnologia em Medicina Nuclear Prof. Leonardo Física das Radiações & Radioatividade Tecnologia em Medicina Nuclear Prof. Leonardo ÁTOMO Menor porção da matéria que mantém as propriedades químicas do elemento químico correspondente. Possui um núcleo,

Leia mais

Física Moderna II Aula 24

Física Moderna II Aula 24 Universidade de São Paulo Instituto de Física 2 º Semestre de 2015 Profa. Márcia de Almeida Rizzutto Oscar Sala sala 220 rizzutto@if.usp.br Física Moderna II Aula 24 Monitor: Gabriel M. de Souza Santos

Leia mais

Vimos que a energia de ligação de um núcleo com Z prótons e N nêutrons é dado por:

Vimos que a energia de ligação de um núcleo com Z prótons e N nêutrons é dado por: Vimos que a energia de ligação de um núcleo com Z prótons e N nêutrons é dado por: E lig = Mc E lig = = Mc Zm H c + = Zm Nm c n p c M Nm c A c n M E como a massa de um átomo é praticamente igual a soma

Leia mais

Detetores de Neutrons

Detetores de Neutrons Detetores de Neutrons Marcelo G Munhoz Técnicas Experimentais em Física de Partículas Elementares Detetores de Nêutrons Princípio básico de funcionamento: Conversão da energia do nêutron para uma partícula

Leia mais

FNC Física Moderna 2 Aula 26

FNC Física Moderna 2 Aula 26 FNC 0376 - Física Moderna Aula 6 1 Física Nuclear: cronologia do início Descoberta da Radioatividade (Becquerel) 1896 Separação química do Ra (Marie e Pierre Curie) 1898 Modelo atômico de Rutherford 1911

Leia mais

Física Moderna II Aula 15

Física Moderna II Aula 15 Física Moderna II ula 15 Marcelo G. Munhoz munhoz@if.usp.br Lab. Pelletron, sala 245 ramal 6940 Reações Nucleares n Reações nucleares correspondem à interação de um núcleo com outro quando promovemos a

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ PROFÍSICA - Programa de Pós-Graduação em Física MESTRADO EM FÍSICA ORESTES TUMBARELL ARANDA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ PROFÍSICA - Programa de Pós-Graduação em Física MESTRADO EM FÍSICA ORESTES TUMBARELL ARANDA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ PROFÍSICA - Programa de Pós-Graduação em Física MESTRADO EM FÍSICA ORESTES TUMBARELL ARANDA DESENVOLVIMENTO DE MODELO FÍSICO-COMPUTACIONAL PARA O ESTUDO DAS REAÇÕES

Leia mais

Fissão Nuclear. Danilo Leal Raul Miguel Angel Mosquera Molina

Fissão Nuclear. Danilo Leal Raul Miguel Angel Mosquera Molina Fissão Nuclear Danilo Leal Raul Miguel Angel Mosquera Molina Estados Excitados dos Núcleos Cada um dos estados de muitas partículas num grupo tem o mesmo impulso angular e paridade que o estado da partícula

Leia mais

Física Moderna II. Universidade de São Paulo Instituto de Física. Prof. Nemitala Added Profa. Márcia de Almeida Rizzutto 2 o Semestre de 2014

Física Moderna II. Universidade de São Paulo Instituto de Física. Prof. Nemitala Added Profa. Márcia de Almeida Rizzutto 2 o Semestre de 2014 Universidade de São Paulo Instituto de Física Física Moderna II Prof. Nemitala Added Profa. Márcia de Almeida Rizzutto o Semestre de 014 1 Força Nuclear no modelo atômico (átomo mais simples, H) descrevemos

Leia mais

Interação da radiação com a matéria

Interação da radiação com a matéria Interação da radiação com a matéria 8 a aula/9 ª aula i - INTRODUÇÃO ii - IONIZAÇÃO, EXCITAÇÃO, ATIVAÇÃO E RADIAÇÃO DE FRENAGEM iii RADIAÇÕES DIRETAMENTE IONIZANTES iv RADIAÇOES INDIRETAMENTE IONIZANTES

Leia mais

FNC Física Moderna 2 Aula 26

FNC Física Moderna 2 Aula 26 1 Física Nuclear: cronologia do início Descoberta da Radioatividade (Becquerel) 1896 Separação química do Ra (Marie e Pierre Curie) 1898 Modelo atômico de Rutherford 1911 Descoberta de isótopos (J.J. Thomson)

Leia mais

Applications of Nuclear Physics. Slides Based on Atoms, Radiation and Radiation Protection,James E. Turner

Applications of Nuclear Physics. Slides Based on Atoms, Radiation and Radiation Protection,James E. Turner Applications of Nuclear Physics Slides Based on Atoms, Radiation and Radiation Protection,James E. Turner Fusion ) Energetic balance? 2) Transfered energy to the neutron in a) and b)? %? n He H H 0 4 2

Leia mais

Outro exemplo de fissão acontece quando um próton, com uma energia cinética de 0,15 MeV, penetra e é absorvido por um núcleo de lítio 7 (Fig.

Outro exemplo de fissão acontece quando um próton, com uma energia cinética de 0,15 MeV, penetra e é absorvido por um núcleo de lítio 7 (Fig. Fissão Nuclear Fissão nuclear é o processo pelo qual um núcleo de número de massa grande se divide em dois fragmentos de números de massa comparáveis. Os núcleos com número de massa grande estão sujeitos

Leia mais

Estudo da emissão de partículas leves em reações nucleares com núcleos não fissionáveis na faixa 0,5-2,0 GeV

Estudo da emissão de partículas leves em reações nucleares com núcleos não fissionáveis na faixa 0,5-2,0 GeV UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS Dissertação de Mestrado Dania Consuegra Rodríguez Estudo da emissão de partículas leves em reações nucleares com núcleos

Leia mais

Desintegração Nuclear. Paulo R. Costa

Desintegração Nuclear. Paulo R. Costa Desintegração Nuclear Paulo R. Costa Sumário Introdução Massas atômicas e nucleares Razões para a desintegração nuclear Decaimento nuclear Introdução Unidades e SI Introdução Comprimento metro Tempo segundo

Leia mais

QUÍMICA. Transformações Químicas e Energia. Radioatividade: Reações de Fissão e Fusão Nuclear, Desintegração Radioativa e Radioisótopos - Parte 6

QUÍMICA. Transformações Químicas e Energia. Radioatividade: Reações de Fissão e Fusão Nuclear, Desintegração Radioativa e Radioisótopos - Parte 6 QUÍMICA Transformações Químicas e Energia Radioatividade: Reações de Fissão e Fusão Nuclear, - Parte 6 Prof ª. Giselle Blois 1. (CESGRANRIO-RJ) A partir da década de 40, quando McMillan e Seaborg obtiveram

Leia mais

Átomos. Retrospectiva do átomo de hidrogênio Estrutura eletrônica do átomo neutro Estrutura nuclear do átomo RMN

Átomos. Retrospectiva do átomo de hidrogênio Estrutura eletrônica do átomo neutro Estrutura nuclear do átomo RMN Átomos Retrospectiva do átomo de hidrogênio Estrutura eletrônica do átomo neutro Estrutura nuclear do átomo RMN Átomo neutro O átomo é constituido de um núcleo positivo com Z próton que definem o confinamento

Leia mais

Descoberta do Núcleo

Descoberta do Núcleo Unidade 2: Aula 4 (1a. Parte) Núcleo Atômico Descoberta do Núcleo Propriedades dos Núcleos Forças Nucleares Estabilidade Nuclear Ressonância Magnética Nuclear Consultas http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/nuccon.html#nuccon

Leia mais

PRINCÍPIO BÁSICO: Isótopo Estável + Partícula incidente (n, p, a, g ) Isótopo Radioativo + Partículas emitidas. Medida das radiações emitidas

PRINCÍPIO BÁSICO: Isótopo Estável + Partícula incidente (n, p, a, g ) Isótopo Radioativo + Partículas emitidas. Medida das radiações emitidas Radioquímica PRINCÍPIO BÁSICO: Isótopo Estável + Partícula incidente (n, p, a, g ) Isótopo Radioativo + Partículas emitidas (n, p, a, g ) Medida das radiações emitidas O Núcleo Atómico Importância de A

Leia mais

Descoberta do Núcleo

Descoberta do Núcleo Unidade 3 Núcleo Atômico Descoberta do Núcleo Propriedades dos Núcleos Forças Nucleares Estabilidade Nuclear Ressonância Magnética Nuclear Consultas http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/nuccon.html#nuccon

Leia mais

Introdução às interações de partículas carregadas Parte 1. FÍSICA DAS RADIAÇÕES I Paulo R. Costa

Introdução às interações de partículas carregadas Parte 1. FÍSICA DAS RADIAÇÕES I Paulo R. Costa Introdução às interações de partículas carregadas Parte 1 FÍSICA DAS RADIAÇÕES I Paulo R. Costa Sumário Introdução Radiação diretamente ionizante Partículas carregadas rápidas pesadas Partículas carregadas

Leia mais

Física Moderna II - FNC376

Física Moderna II - FNC376 Universidade de São Paulo Instituto de Física Física Moderna II - FNC376 Profa. Márcia de Almeida Rizzutto 1o. Semestre de 008 1 Núcleos não podem conter elétrons O Princípio da Incerteza nos diz que:

Leia mais

Capítulo 43: Energia Nuclear

Capítulo 43: Energia Nuclear Cap. 43: Sumário A Fissão do Urânio: O Processo Básico; Um Modelo para a Fissão Nuclear; O Reator Nuclear; Fusão Termonuclear: O Processo Básico A Fusão termonuclear no Sol; Fusão Termonuclear Controlada.

Leia mais

Influência da Temperatura no Equilíbrio dos Fragmentos em um Modelo de Emissão Simultânea para Núcleos Leves

Influência da Temperatura no Equilíbrio dos Fragmentos em um Modelo de Emissão Simultânea para Núcleos Leves Anais do 13 O Encontro de Iniciação Científica e Pós-Graduação do ITA XIII ENCITA / 2007 Instituto Tecnológico de Aeronáutica, São José dos Campos, SP, Brasil, Outubro, 01 a 04, 2007. Influência da Temperatura

Leia mais

Leonnardo Cruvinel Furquim PROCESSOS NUCLEARES

Leonnardo Cruvinel Furquim PROCESSOS NUCLEARES Leonnardo Cruvinel Furquim PROCESSOS NUCLEARES Radioatividade Três espécies de emissões radioativas naturais foram identificadas e caracterizadas e foi demonstrado que todas são emitidas pelo núcleo atomico,

Leia mais

Decaimento radioativo

Decaimento radioativo Decaimento radioativo Processo pelo qual um nuclídeo instável transforma-se em outro, tendendo a uma configuração energeticamente mais favorável. Tipos de decaimento: (Z, A) * (Z, A) (Z, A) (Z, A)! γ!

Leia mais

Lista elaborado por coletânea de exercícios, traduzida e organizado por Emerson Itikawa sob supervisão do Prof. Eder R. Moraes

Lista elaborado por coletânea de exercícios, traduzida e organizado por Emerson Itikawa sob supervisão do Prof. Eder R. Moraes Física Nuclear e Decaimento 1) (HOBBIE, R.K.; Interm Phys Med Bio) Calcular a energia de ligação, e a energia de ligação por núcleon, a partir das massas dadas, para os nuclídeos (a) 6 Li, (b) 12 C, (c)

Leia mais

Definições de Estabilidade

Definições de Estabilidade Radioquímica Definições de Estabilidade 1. Não se deteta radioatividade. Não há transformação em outro nuclídeo.. Sistema nuclear é estável em relação a outro quando a diferença de energia é negativa:

Leia mais

Laboratório de Sistemas de Detecção Seminários do LSD. Rio de Janeiro, Brasil 11 de Outubro de Detectores a Gás

Laboratório de Sistemas de Detecção Seminários do LSD. Rio de Janeiro, Brasil 11 de Outubro de Detectores a Gás Laboratório de Sistemas de Detecção Seminários do LSD Rio de Janeiro, Brasil 11 de Outubro de 2016 Detectores a Gás Parte 1: Princípio de Funcionamento Paulo Marinho, DSc. Coordenação de Instalações Nucleares

Leia mais

AS RADIAÇÕES NUCLEARES 4 AULA

AS RADIAÇÕES NUCLEARES 4 AULA AS RADIAÇÕES NUCLEARES 4 AULA Nesta Aula: Caracterização das radiações Nucleares Caracterização das radiações Nucleares UM POUCO DE HISTÓRIA... O físico francês Henri Becquerel (1852-1908), em 1896, acidentalmente

Leia mais

Lista 1 - Radioatividade

Lista 1 - Radioatividade 1. Para cada um dos radionuclídeos mostrados a seguir, escreva a equação que representa a emissão radioativa. Consulte a tabela periódica. a) b) c) d) e) 222 86 Rn, um alfa emissor presente no ar. 235

Leia mais

Cap. 42 Física Nuclear

Cap. 42 Física Nuclear Radiação Fukushima (2011) Cap. 42 Física Nuclear A descoberta do núcleo. Propriedades do núcleo: Núcleons; Carta de nuclídeos; Raio; Massa; Energia de ligação; Força forte. Decaimento radioativo: Decaimento

Leia mais

Estudo da Criticalidade da Equação de Difusão Monoenergética com Fonte de Fissão através do Método Monte Carlo Físico

Estudo da Criticalidade da Equação de Difusão Monoenergética com Fonte de Fissão através do Método Monte Carlo Físico Trabalho apresentado no CNMAC, Gramado - RS, 2016. Proceeding Series of the Brazilian Society of Computational and Applied Mathematics Estudo da Criticalidade da Equação de Difusão Monoenergética com Fonte

Leia mais

Carga, massa e spin do núcleo

Carga, massa e spin do núcleo Carga, massa e spin do núcleo Núcleo: conjunto ligado de prótons e nêutrons. Nuclídeo: configuração particular de um núcleo. Algumas características: E lig ~ MeV; ρ N ~ 10 1 g/cm 3 ~ 10 1 ρ Átomo A Z X

Leia mais

CURSO DE RADIOPROTEÇÃO COM ÊNFASE NO USO, PREPARO E MANUSEIO DE FONTES RADIOATIVAS NÃO SELADAS

CURSO DE RADIOPROTEÇÃO COM ÊNFASE NO USO, PREPARO E MANUSEIO DE FONTES RADIOATIVAS NÃO SELADAS CURSO DE RADIOPROTEÇÃO COM ÊNFASE NO USO, PREPARO E MANUSEIO DE FONTES RADIOATIVAS NÃO SELADAS Walter Siqueira Paes DIVISÃO DE HIGIENE, SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO SETOR DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA PROGRAMAÇÃO

Leia mais

Decaimento α. Wednesday 12 May 2010 at 3:46 pm. Versão para impressão

Decaimento α. Wednesday 12 May 2010 at 3:46 pm. Versão para impressão Decaimento α Wednesday 12 May 2010 at 3:46 pm Versão para impressão Notas de aula são propriedade intelectual. Sendo assim, qualquer uso, no todo ou em parte, deve ter a origem referenciada apropriadamente,

Leia mais

INSTRUMENTAÇÃO NUCLEAR INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATÉRIA. Claudio C. Conti

INSTRUMENTAÇÃO NUCLEAR INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATÉRIA. Claudio C. Conti INSTRUMENTAÇÃO NUCLEAR INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATÉRIA Claudio C. Conti 1 Interação da Radiação com a Matéria A operação de qualquer tipo de detector é baseada no tipo da interação da radiação com

Leia mais

Como definir a estabilidade de um átomo? Depende. Eletrosfera. Núcleo. Radioatividade

Como definir a estabilidade de um átomo? Depende. Eletrosfera. Núcleo. Radioatividade Como definir a estabilidade de um átomo? Depende Eletrosfera Ligações Núcleo Radioatividade O que é radioatividade? Tem alguma ver com radiação? Modelos atômicos Átomo grego Átomo de Thomson Átomo de

Leia mais

Os fundamentos da Física Volume 3 1. Resumo do capítulo

Os fundamentos da Física Volume 3 1. Resumo do capítulo Os fundamentos da Física Volume 1 Capítulo 0 Física Nuclear AS FORÇAS FUNDAMENTAIS DA NATUREZA Força nuclear forte Mantém a coesão do núcleo atômico. Intensidade 10 8 vezes maior do que a força gravitacional.

Leia mais

A descoberta da radioatividade

A descoberta da radioatividade 10. Radioatividade Sumário Histórico da radioatividade Lei do decaimento radioativo Decaimentos alfa, beta e gama Séries radioativas Datação pelo Carbono-14 Fissão nuclear Fusão nuclear A descoberta da

Leia mais

O Decaimento Radioativo (6 aula)

O Decaimento Radioativo (6 aula) O Decaimento Radioativo (6 aula) O decaimento Radioativo Famílias Radioativas Formação do Material Radioativo O Decaimento Radioativo Quando um átomo instável emite partículas a, b, ou radiação g, ele

Leia mais

18/Maio/2016 Aula 21. Introdução à Física Nuclear. Estrutura e propriedades do núcleo. 20/Maio/2016 Aula 22

18/Maio/2016 Aula 21. Introdução à Física Nuclear. Estrutura e propriedades do núcleo. 20/Maio/2016 Aula 22 18/Maio/2016 Aula 21 Introdução à Física Nuclear Estrutura e propriedades do núcleo 20/Maio/2016 Aula 22 Radioactividade: Poder de penetração. Regras de conservação. Actividade radioactiva. Tempo de meia

Leia mais

Reações de Spallation em Protonterapia e em Reatores acionados por feixes de prótons - Sistemas (ADS)

Reações de Spallation em Protonterapia e em Reatores acionados por feixes de prótons - Sistemas (ADS) Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas Coordenação de Física Experimental de Altas Energias Antonio Romero da Costa Pinheiro Reações de Spallation em Protonterapia

Leia mais

FÍSICA. Física Moderna. Física Atômica e Nuclear. Prof. Luciano Fontes

FÍSICA. Física Moderna. Física Atômica e Nuclear. Prof. Luciano Fontes FÍSICA Física Moderna Física Atômica e Nuclear Prof. Luciano Fontes * O életron, o núcleo atômico e o modelo de Bohr = FÍSICA ATÔMICA * A Estrutura do núcleo atômico = FÍSICA NUCLEAR. Henri Becquerel (

Leia mais

Decaimento Radioativo

Decaimento Radioativo Unidade 3 Radioatividade Decaimento Radioativo Decaimentos Alfa, Beta, e Gama Nuclídeos Radioativos Datação Radioativa 14 C Medidas de Dose de Radiação Modelos Nucleares Marie e Pierre Curie Marie Curie

Leia mais

Sumário. núcleons propriedades dos núcleos modelos nucleares energia de ligação

Sumário. núcleons propriedades dos núcleos modelos nucleares energia de ligação 9. O núcleo atômico Sumário núcleons propriedades dos núcleos modelos nucleares energia de ligação Experiência de Geiger-Marsden (1911) descoberta do núcleo atômico espalhamento de partículas alfa por

Leia mais

Capítulo 9 Colisões. Num processo de colisão de 2 partículas muitas coisas podem acontecer:

Capítulo 9 Colisões. Num processo de colisão de 2 partículas muitas coisas podem acontecer: Capítulo 9 Colisões Num processo de colisão de 2 partículas muitas coisas podem acontecer: O processo de colisão pode ocorrer tanto por forças de contacto como no jogo de bilhar como por interação à distância

Leia mais

(a) Quando um átomo emite uma partícula α, seu Z aumenta 2 unidades e seu A aumenta 4 unidades.

(a) Quando um átomo emite uma partícula α, seu Z aumenta 2 unidades e seu A aumenta 4 unidades. SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO REGIONAL DE ENSINO TRABALHO DE QUÍMICA (Recuperação) 3º. ANO ENSINO MÉDIO 1º. BIMESTRE 2017 Aluno(a): Nº: Professor: Matson Souza Turma: Data: / / Observações

Leia mais

Como definir a estabilidade de um átomo? Depende. Eletrosfera. Núcleo. Radioatividade

Como definir a estabilidade de um átomo? Depende. Eletrosfera. Núcleo. Radioatividade Como definir a estabilidade de um átomo? Depende Eletrosfera Ligações Núcleo Radioatividade O que é radioatividade? Tem alguma ver com radiação? Radiação eletromagnética Ampla faixa de frequência Modelos

Leia mais

Combustíveis para ADS

Combustíveis para ADS Graiciany de Paula Barros Combustíveis para ADS Belo Horizonte Junho de 2014 Graiciany de Paula Barros Combustíveis para ADS Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Ciências e Técnicas Nucleares

Leia mais

Efeito Fotoelétrico. Dosimetria e Proteção Radiológica. Efeito Fotoelétrico

Efeito Fotoelétrico. Dosimetria e Proteção Radiológica. Efeito Fotoelétrico Dosimetria e Proteção Radiológica Prof. Dr. André L. C. Conceição Departamento Acadêmico de Física (DAFIS) Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Informática Industrial (CPGEI) Universidade

Leia mais

P L A N I F I C A Ç Ã O A N U A L

P L A N I F I C A Ç Ã O A N U A L P L A N I F I C A Ç Ã O A N U A L DEPARTAMENTO: MATEMÁTICA E CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS ÁREA DISCIPLINAR: 510 - CIÊNCIAS FÍSICO-QUÍMICAS DISCIPLINA: Física NÍVEL DE ENSINO: Secundário CURSO: Ciências e Tecnologias

Leia mais

FUNDAMENTOS DE TECNOLOGIA NUCLEAR. Ipen Tópicos do Módulo

FUNDAMENTOS DE TECNOLOGIA NUCLEAR. Ipen Tópicos do Módulo FUNDAMENTOS DE TECNOLOGIA NUCLEAR Materiais e Ciclo do Combustível Profs.: Afonso Aquino e Arnaldo Andrade Ipen 2007 Tópicos do Módulo Noções sobre o Ciclo do Combustível Nuclear Materiais e Componentes

Leia mais

15/08/2017. É a propriedade que os núcleos instáveis possuem de emitir partículas e radiações eletromagnéticas, para se tornarem estáveis.

15/08/2017. É a propriedade que os núcleos instáveis possuem de emitir partículas e radiações eletromagnéticas, para se tornarem estáveis. É a propriedade que os núcleos instáveis possuem de emitir partículas e radiações eletromagnéticas, para se tornarem estáveis. 1 Descoberta dos raios X No final do século XIX, o físico alemão Wilheim Konrad

Leia mais

Física Moderna II Aula 16

Física Moderna II Aula 16 Física Moderna II Aula 16 Marcelo G. Munhoz munhoz@if.usp.br Lab. Pelletron, sala 245 ramal 6940 Do potencial médio à força nucleonnucleon n Até o momento, tratamos a interação nuclear com um potencial

Leia mais

LISTA 1 PARA ENTREGAR. Raios ultravioletas

LISTA 1 PARA ENTREGAR. Raios ultravioletas LISTA 1 PARA ENTREGAR 1) a) Radiação é energia em trânsito. É uma forma de energia emitida por uma fonte e transmitida por meio do vácuo, do ar ou de meios materiais. b) Radiações ionizantes são partículas

Leia mais

Colisões atômicas é uma área da física muito estudada por dois motivos básicos: primeiro, o desafio de uma descrição teórica da natureza da matéria e

Colisões atômicas é uma área da física muito estudada por dois motivos básicos: primeiro, o desafio de uma descrição teórica da natureza da matéria e 1 Introdução Colisões atômicas é uma área da física muito estudada por dois motivos básicos: primeiro, o desafio de uma descrição teórica da natureza da matéria e seu comportamento, atrelada a um campo

Leia mais

Redução da emissão dos gases do efeito estufa na indústria, nos transportes e na geração de energia

Redução da emissão dos gases do efeito estufa na indústria, nos transportes e na geração de energia Redução da emissão dos gases do efeito estufa na indústria, nos transportes e na geração de energia Prof. Dr. João Manoel Losada Moreira Programa de Pós-graduação em Energia Universidade Federal do ABC

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Física Departamento de Física. FIS01184 Física IV-C Área 3 Lista 2

Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Física Departamento de Física. FIS01184 Física IV-C Área 3 Lista 2 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Física FIS01184 Física IV-C Área 3 Lista 2 1.Calcule a distância máxima de aproximação para uma colisão frontal entre uma partícula

Leia mais

QUESTÕES DE FÍSICA MODERNA

QUESTÕES DE FÍSICA MODERNA QUESTÕES DE FÍSICA MODERNA 1) Em diodos emissores de luz, conhecidos como LEDs, a emissão de luz ocorre quando elétrons passam de um nível de maior energia para um outro de menor energia. Dois tipos comuns

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE ESTRUTURA DA MATÉRIA

NOTAS DE AULAS DE ESTRUTURA DA MATÉRIA NOTAS DE AULAS DE ESTRUTURA DA MATÉRIA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 15 MODELOS NUCLEARES Primeira Edição junho de 2005 CAPÍTULO 15 MODELOS NUCLEARES ÍNDICE 15.1- Introdução 15.2- Composição dos Núcleos

Leia mais

Interação Radiação-Matéria p/ Física de Partículas. Thiago Tomei IFT-UNESP Março 2009

Interação Radiação-Matéria p/ Física de Partículas. Thiago Tomei IFT-UNESP Março 2009 Interação Radiação-Matéria p/ Física de Partículas Thiago Tomei IFT-UNESP Março 009 Sumário Definição de detecção. Interações fundamentais. Processos de interação. Processos eletromagnéticos. Excitação/ionização.

Leia mais

QUÍMICA. Transformações Químicas e Energia. Radioatividade: Reações de Fissão e Fusão Nuclear, Desintegração Radioativa e Radioisótopos - Parte 2

QUÍMICA. Transformações Químicas e Energia. Radioatividade: Reações de Fissão e Fusão Nuclear, Desintegração Radioativa e Radioisótopos - Parte 2 QUÍMICA Transformações Químicas e Energia Radioatividade: Reações de Fissão e Fusão Nuclear, - Parte 2 Prof ª. Giselle Blois As emissões gama, na verdade, não são partículas e sim ondas eletromagnéticas

Leia mais

O NÚCLEO ATÔMICO. 4 ª Aula. 1-O Núcleo e Sua Estrutura 2 - Isótopos 3 - Unidade de Massa Atômica 4 - Energia de Ligação 5 - Estabilidade Nuclear

O NÚCLEO ATÔMICO. 4 ª Aula. 1-O Núcleo e Sua Estrutura 2 - Isótopos 3 - Unidade de Massa Atômica 4 - Energia de Ligação 5 - Estabilidade Nuclear O NÚCLEO ATÔMICO 4 ª Aula 1-O Núcleo e Sua Estrutura 2 - Isótopos 3 - Unidade de Massa Atômica 4 - Energia de Ligação 5 - Estabilidade Nuclear 1 - O Núcleo e Sua Estrutura Questões em aberto: como garantir

Leia mais

Descoberta do núcleo. Forças nucleares. Nuclídeos experimento de Rutherford Núcleo pequeno e positivo

Descoberta do núcleo. Forças nucleares. Nuclídeos experimento de Rutherford Núcleo pequeno e positivo Descoberta do núcleo 1911- experimento de Rutherford Núcleo pequeno e positivo Raio nuclear: fentometro (1 fm = 10-15 m) Razão entre os raios (r): r núcleo / r átomo = 10-4 Forças nucleares Prótons muito

Leia mais

CURSO DE RADIOPROTEÇÃO COM ÊNFASE NO USO, PREPARO E MANUSEIO DE FONTES RADIOATIVAS NÃO SELADAS

CURSO DE RADIOPROTEÇÃO COM ÊNFASE NO USO, PREPARO E MANUSEIO DE FONTES RADIOATIVAS NÃO SELADAS CURSO DE RADIOPROTEÇÃO COM ÊNFASE NO USO, PREPARO E MANUSEIO DE FONTES RADIOATIVAS NÃO SELADAS COORDENADORIA DE ADMINISTRAÇÃO GERAL DIVISÃO DE SAÚDE OCUPACIONAL SEÇÃO TÉCNICA DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA PROGRAMAÇÃO

Leia mais

Colégio FAAT Ensino Fundamental e Médio

Colégio FAAT Ensino Fundamental e Médio Colégio FAAT Ensino Fundamental e Médio Lista de exercícios de Química - 2º Bimestre Nome: Ano: 9ºA/B/C Prof. Marcos Miranda N.: / /17 Constituição da matéria Elementos químicos e a representação atômica

Leia mais

Química A Extensivo V. 8

Química A Extensivo V. 8 Química A Extensivo V. Exercícios 0) A α 90 Th3 Ra 9 Ac 90 Th α Ra Número de massa: Prótons: Neutons: 36 0) 90 Th 3 α Ra α 6 Rn α Po 0 5 At 0 03) B 0) C Prótons: 5 Elétons: 5 Neutons: 00 5 = 35 6X O elemento

Leia mais

3 Experimentos com Reatores Nucleares e seus Resultados

3 Experimentos com Reatores Nucleares e seus Resultados 3 Experimentos com Reatores Nucleares e seus Resultados A física de neutrinos usa com freqüência experimentos baseados em reatores nucleares. Quase todos os experimentos realizados com antineutrinos originários

Leia mais

RADIOATIVIDADE E FÍSICA NUCLEAR

RADIOATIVIDADE E FÍSICA NUCLEAR RADIOATIVIDADE E FÍSICA NUCLEAR O começo... 1895 Wilhelm Conrad Roengten descobre a radiação X 1896 Antoine Henri Bequerel descobriu que determinado material emitia radiações espontâneas radioatividade

Leia mais

Figura 1: Fotos dos cogumelos formados após a explosão das bombas nucleares Little Boy (à esquerda Hiroshima) e Fat Man (à direita Nagasaki).

Figura 1: Fotos dos cogumelos formados após a explosão das bombas nucleares Little Boy (à esquerda Hiroshima) e Fat Man (à direita Nagasaki). O Núcleo Atômico É do conhecimento de todos o enorme poder energético contido no núcleo dos átomos! Quem nunca ouviu falar sobre as bombas nucleares que foram lançadas, no final da II Guerra Mundial, nas

Leia mais

O ÂTOMO TIPOS DE RADIAÇÕES. TIPOS DE RADIAÇÕES As radiações podem ser classificadas da seguinte forma: Quanto à composição

O ÂTOMO TIPOS DE RADIAÇÕES. TIPOS DE RADIAÇÕES As radiações podem ser classificadas da seguinte forma: Quanto à composição O ÂTOMO Prof. André L. C. Conceição DAFIS Curitiba, 27 de março de 2015 TIPOS DE RADIAÇÕES Radiação é energia em trânsito (emitida e transferida por um espaço). Do mesmo jeito que o calor (energia térmica

Leia mais

Introdução à Astrofísica. Lição 21 Fontes de Energia Estelar

Introdução à Astrofísica. Lição 21 Fontes de Energia Estelar Introdução à Astrofísica Lição 21 Fontes de Energia Estelar A taxa de energia que sai de uma estrela é extremamente grande, contudo ainda não tratamos da questão que relaciona à fonte de toda essa energia.

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 16 PROCESSOS E REAÇÕES NUCLEARES Edição Agosto de 2007 CAPÍTULO 08 PROCESSOS E REAÇÕES NUCLEARES ÍNDICE 16.1- Introdução 16.2- Radioatividade

Leia mais

Física Experimental C. Coeficiente de Atenuação dos Raios Gama

Física Experimental C. Coeficiente de Atenuação dos Raios Gama Carlos Ramos (Poli USP)-2016/Andrius Poškus (Vilnius University) - 2012 4323301 Física Experimental C Coeficiente de Atenuação dos Raios Gama Grupo: Nome No. USP No. Turma OBJETIVOS - Medir curvas de atenuação

Leia mais

Fusão e Fissão Nuclear: uma breve introdução

Fusão e Fissão Nuclear: uma breve introdução Fusão e Fissão Nuclear: uma breve introdução Reginaldo A. Zara CCET-Unioeste Unioeste, 14/12/2007. FUSÃO E FISSÃO NUCLEAR Como podem os prótons ficar confinados em uma região tão pequena como é o núcleo

Leia mais

INTRODUÇÃO À FÍSICA MÉDICA

INTRODUÇÃO À FÍSICA MÉDICA Curso de Verão 2018 IF-USP INTRODUÇÃO À FÍSICA MÉDICA Elisabeth M. Yoshimura e.yoshimura@if.usp.br e Ricardo A. Terini rterini@if.usp.br Bloco F Conjunto Alessandro Volta Paulo R. Costa pcosta@if.usp.br

Leia mais

Cap. 10. Interiores Estelares. Fontes de energia. Transporte de energia: radiação. AGA 0293, Astro?sica Estelar Jorge Meléndez

Cap. 10. Interiores Estelares. Fontes de energia. Transporte de energia: radiação. AGA 0293, Astro?sica Estelar Jorge Meléndez Cap. 10. Interiores Estelares. Fontes de energia. Transporte de energia: radiação AGA 0293, Astro?sica Estelar Jorge Meléndez Equação de Conservação de Massa dm r = ρ dv dr Equilíbrio hidrostálco P+dP

Leia mais

Aula 21 Física Nuclear

Aula 21 Física Nuclear Aula 21 Física 4 Ref. Halliday Volume4 Sumário Descobrindo o Núcleo; Algumas Propriedades Nucleares; Decaimento Radioativo; Decaimento Alfa; Decaimento Beta; Radiação Ionizante; Analisando os dados, Rutherford

Leia mais

Universidade de São Paulo Instituto de Física. Física Moderna II. Profa. Márcia de Almeida Rizzutto 2 o Semestre de Física Moderna 2 Aula 24

Universidade de São Paulo Instituto de Física. Física Moderna II. Profa. Márcia de Almeida Rizzutto 2 o Semestre de Física Moderna 2 Aula 24 Universidade de São Paulo Instituto de Física Física Moderna II Profa. Márcia de Almeida Rizzutto o Semestre de 014 Física Moderna Aula 4 1 Do que as coisas são feitas? Fisica Moderna Aula 4 Prof. Celso

Leia mais

Introdução. Carlos Alexandre Wuensche Processos Radiativos I

Introdução. Carlos Alexandre Wuensche Processos Radiativos I Introdução Carlos Alexandre Wuensche Processos Radiativos I 1 1 GERAÇÃO E EMISSÃO DE ENERGIA NAS ESTRELAS CONSIDERAÇÕES DE CARÁTER GERAL: ENERGIA E COMPOSIÇÃO ESPECTRAL determinadas a partir do estudo

Leia mais

Estudo da viabilidade de identificação de razões isotópicas utilizando coincidências gama-partícula

Estudo da viabilidade de identificação de razões isotópicas utilizando coincidências gama-partícula Estudo da viabilidade de identificação de razões isotópicas utilizando coincidências gama-partícula Paula R.P. Allegroª, Márcia A. Rizzuttoª, Vitor A. P. de Aguiarª, Vinicius A. B. Zagattoª, Nilberto H.

Leia mais

Geração de Energia Elétrica

Geração de Energia Elétrica Geração de Energia Elétrica Geração Termoelétrica a Vapor Unidades Nucleares Joinville, 18 de Abril de 2012 Escopo dos Tópicos Abordados Fissão versus Fusão Nuclear; Configurações e Modelos de Reatores

Leia mais

Física IV Poli Engenharia Elétrica: 20ª Aula (04/11/2014)

Física IV Poli Engenharia Elétrica: 20ª Aula (04/11/2014) Física IV Poli Engenharia Elétrica: ª Aula (4/11/14) Prof. Alvaro Vannucci a última aula vimos: Átomos multi-eletrônicos: as energias dos estados quânticos podem ser avaliadas através da expressão: 13,6

Leia mais

Dosimetria e Proteção Radiológica

Dosimetria e Proteção Radiológica Dosimetria e Proteção Radiológica Prof. Dr. André L. C. Conceição Departamento Acadêmico de Física (DAFIS) Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Informática Industrial (CPGEI) Universidade

Leia mais

A3 - CICLO DE NÊUTRONS

A3 - CICLO DE NÊUTRONS A3 - CICLO DE NÊUTRONS 3. INTRODUÇÃO Neste capítulo serão revistos pontos importantes mencionados em capítulos anteriores, mas com enfoque dirigido a nêutrons, em razão da grande importância desta radiação

Leia mais

Disciplina TNR5764. Fundamentos de Tecnologia Nuclear Reatores

Disciplina TNR5764. Fundamentos de Tecnologia Nuclear Reatores Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN-SP) Divisão de Ensino Secretaria de Pós-Graduação Disciplina TNR5764 Fundamentos de Tecnologia Nuclear Reatores Dr. Luís Antônio Albiac Terremoto

Leia mais

QUÍMICA. Transformações Químicas e Energia. Radioatividade: Reações de Fissão e Fusão Nuclear, Desintegração Radioativa e Radioisótopos - Parte 1

QUÍMICA. Transformações Químicas e Energia. Radioatividade: Reações de Fissão e Fusão Nuclear, Desintegração Radioativa e Radioisótopos - Parte 1 QUÍMICA Transformações Químicas e Energia Radioatividade: Reações de Fissão e Fusão Nuclear, - Parte 1 Prof ª. Giselle Blois Reação nuclear: é aquela que altera os núcleos atômicos. * Importante lembrar

Leia mais

PROFESSOR: JURANDIR SOARES DISCIPLINA: QUÍMICA CONTEÚDO: RADIOTIVIDADE AULA: 01

PROFESSOR: JURANDIR SOARES DISCIPLINA: QUÍMICA CONTEÚDO: RADIOTIVIDADE AULA: 01 PROFESSOR: JURANDIR SOARES DISCIPLINA: QUÍMICA CONTEÚDO: RADIOTIVIDADE AULA: 01 RADIOATIVIDADE É a desintegração espontânea ou provocada da matéria com emissões de radiações como consequência de uma estabilidade

Leia mais

INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATERIA

INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATERIA INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATERIA Prof. André L. C. Conceição DAFIS Curitiba, 4 de abril de 015 Interação de Radiação Eletromagnética com a matéria Interação da radiação com a matéria Radiação incide

Leia mais