ANÁLISE ACERCA DA EFETIVIDADE DO ESTATUTO DO DESARMAMENTO

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1 João Eduardo Conde de Souza ANÁLISE ACERCA DA EFETIVIDADE DO ESTATUTO DO DESARMAMENTO Centro Universitário Toledo Araçatuba SP 2018

2 João Eduardo Conde de Souza ANÁLISE ACERCA DA EFETIVIDADE DO ESTATUTO DO DESARMAMENTO Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em Direito, sob a orientação da Profª Ma. Leiliane Rodrigues da Silva Emoto. Centro Universitário Toledo Araçatuba SP 2018

3 Banca Examinadora Prof ª. Ma. Leiliane Rodrigues da Silva Emoto Profª. Ma. Flávia Elaine Soares Ferreira Lombardi Prof. Me. Paulo Roberto Cavasana Abdo Araçatuba, de de 2018.

4 AGRADECIMENTOS Agradeço a minha mãe, Nair, por todo amor e por não medir esforços para que eu possa atingir meus objetivos, a minha namorada, Marília, que me apoia incondicionalmente e se mostra a pessoa mais incrível a cada dia, e aos meus amigos, que entenderam a minha ausência durante a realização do presente trabalho. São as pessoas que compartilharam os melhores momentos da minha vida. Muito obrigado.

5 RESUMO O Estatuto do Desarmamento (Lei nº , de 2003) tem como objetivo fiscalizar e controlar a produção, o comércio, o registro e o cadastramento de armas de fogo no Brasil. O presente trabalho visa elucidar questões sobre o Estatuto do Desarmamento e fomentar algumas reflexões sobre sua eficácia, analisar a realidade brasileira e de outros países em que se verifica maior ou menor rigor em relação ao porte e posse de arma de fogo e a violência dela decorrente. Para isso serão utilizados dados e análises comparativas entre diferentes Estados Soberanos, visando uma melhor compreensão das diferenças entre eles. É necessária uma discussão a respeito da liberação ou proibição de armas de fogo para a população, tendo como objetivo desmistificar a violência presente em diferentes realidades socioculturais. Palavras-chave: Desarmamento; Eficácia; Arma de Fogo; Violência.

6 ABSTRACT The Disarmament Statute (Law No of 2003) aims to supervise and control the production, the trade and the registration of firearms in Brazil. This research aims to clarify questions about the Disarmament Statute, to promote reflections on its effectiveness, and to analyze Brazilian s and other countries reality in which there is greater or lesser rigor in relation to the carrying and the ownership of firearms and the resulting violence. In order to accomplish this goal comparative analyzes between different Sovereign Countries will be made so as to achieve a better understanding of the differences between them. A discussion about the release or prohibition of firearms for the population is necessary as a means to demystify the violence present in different sociocultural realities. Keywords: Disarmament; Efficiency; Firearm; Violence.

7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO...09 I. BREVE ANÁLISE SOBRE O ESTATUTO DO DESARMAMENTO Origem do Estatuto do Desarmamento no Brasil O Brasil antes do Estatuto do Desarmamento Governo Fernando Henrique Cardoso e o começo da regulamentação Governo Lula e as campanhas de desarmamento O Brasil após o Estatuto do Desarmamento A proposta do Estatuto do Desarmamento Os objetivos do Estatuto do Desarmamento Os instrumentos elaborados para alcançar os objetivos Do Sistema Nacional de Armas Do Registro Do Porte Dos Crimes e Das Penas...23 II. ANÁLISE DO DESARMAMENTO DE ACORDO COM O CRIVO PERMISSÃO, MODERAÇÃO E RESTRIÇÃO EM DIFERENTES LEGISLAÇÕES Exemplos de países com legislação permissiva em relação à arma de fogo Estados Unidos Tanzânia Exemplos de países com legislação moderada em relação à arma de fogo Austrália Índia Exemplos de países com legislação restritiva em relação à arma de fogo Holanda México Comparações entre o índice de violência dos países com legislação permissiva, moderada e restritiva...35 III. A EFICÁCIA DO ESTATUTO DO DESARMAMENTO NO COMBATE À VIOLÊNCIA NO BRASIL Conceito de Eficácia...39

8 3.2 Comparação entre o índice de violência no Brasil antes e depois da criação do Estatuto do Desarmamento A eficácia do Estatuto do Desarmamento no Brasil...42 CONCLUSÃO...47 REFERÊNCIAS...49

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10 9 INTRODUÇÃO O tema abordado trará fatos e informações acerca da Lei nº , de 22 de dezembro de 2003, mais conhecida como Estatuto do Desarmamento, que foi criada com o objetivo de reduzir a violência no Brasil através de um maior controle acerca do porte e posse das armas de fogo, criando diversos requisitos para se adquirir licença e registro, ou seja, a permissão para possuir tal objeto. Vale ressaltar que um estudo sobre o tema é necessário, tendo em vista que a violência afeta diretamente a qualidade de vida da população e é uma constante no Brasil, sendo que durante todo o período histórico do país pouco se fez para promover sua redução. Outra visão acerca da temática está relacionada aos constantes casos de assassinatos em massa ocorridos nos Estados Unidos, que tem uma legislação muito permissiva no que diz respeito ao acesso às armas de fogo, gerando assim um debate a respeito de seu controle mais rigoroso e como isso é verificado em outros lugares. Portanto, o presente trabalho visa responder a seguinte pergunta: O Estatuto do Desarmamento é eficaz no combate à violência no Brasil? A fim de responder essa pergunta, foram elaboradas diversas pesquisas bibliográficas, e utilizados dados e análises comparativas entre diferentes Estados Soberanos, visando uma melhor compreensão do que gera a violência em diversos lugares, para enfim, ser feito um comparativo entre o Brasil antes e depois da criação do Estatuto do Desarmamento, a fim de elucidar se houve efetividade por parte do referido dispositivo legal no que tange a diminuição da violência. No capítulo I, será abordado o processo histórico do Estatuto do Desarmamento, com informações sobre as campanhas de desarmamento e do número de armas recolhidas, um comparativo do Brasil antes e depois da criação da lei com suas principais mudanças a partir da década de 1990, quando houve uma maior preocupação para a contenção da violência no país, além de uma análise específica dos instrumentos do Estatuto do Desarmamento para o controle e redução da violência no país, como o SINARM e especificações a respeito do registro, porte e crimes tipificados na lei. No capítulo II, será feita uma análise comparativa entre diferentes países, com a devida contextualização, tais como características socioeconômicas, histórico com armas de fogo, legislações e uma coleta de dados acerca do número de mortes por armas de fogo que ilustram o quadro geral da violência em diferentes países e contextos. No capítulo, buscou-se

11 10 a desmitificação da questão permissividade/restritividade da lei e como isso pouco importa no índice de violência dos países caso a questão não seja analisada conforme outras variáveis, que influenciam de maneira mais direta a violência presente nos exemplos escolhidos. No capítulo III, será exposto o conceito de eficácia com embasamento em doutrinas de grande importância para o Direito brasileiro e posteriormente os números em relação à violência no Brasil, por meios de dados e pesquisas realizadas para a verificação dos resultados promovidos pelo Estatuto do Desarmamento, ou seja, uma análise dos índices de mortes por armas de fogo antes e depois da implantação da Lei nº , de 22 de dezembro de 2003, buscando exemplificar a eficácia das políticas públicas promovidas pelo Estatuto do Desarmamento e se ainda é uma forma viável para a contenção da violência no Brasil.

12 11 I. BREVE ANÁLISE SOBRE O ESTATUTO DO DESARMAMENTO 1.1 Origem do Estatuto do Desarmamento no Brasil O Brasil antes do Estatuto do Desarmamento Assim como nos Estados Unidos, ocorreu no Brasil um grande lobby armamentista durante as décadas de 1980 e 1990, onde empresas de armas e munições financiavam campanhas milionárias de políticos, dos quais poderiam receber apoio importante (ALESSI, 2017). Segundo Daniel Ricardo de Castro Cerqueira, economista e pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a crise econômica da década de 1980 originária dos anos de Ditadura Civil-Militar ampliou a desigualdade social e foi um dos principais fatores pelo alto índice de criminalidade e homicídio no país. O que observamos é que a partir dessa que ficou conhecida como a década perdida, há uma falência do sistema de Justiça e Segurança Pública, e as pessoas, no meio desse processo, começaram a comprar mais armas, explica (ALESSI, 2017). Anos depois, durante o governo de Anthony Garotinho no Rio de Janeiro, chegou-se, inclusive, à aprovação da Lei Ordinária nº 3.716, de 26 e novembro de 2001, que assim disciplinava em seu artigo primeiro, in verbis Art. 1º Ficam obrigadas casas noturnas, boates, cinemas, teatros, clubes, estádios, escolas de samba e estabelecimentos assemelhados, no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, a possuírem, em suas instalações, guarda-volumes apropriados para o depósito de armas, visando o fiel cumprimento da Lei nº 2526, de 22 de janeiro de 1996, regulamentada pelo Decreto nº 22370, de 18 de julho de Parágrafo único - Os estabelecimentos citados no caput serão responsáveis pela posse e guarda das armas até a devolução aos respectivos portadores. Observa-se, portanto, que até dezembro de 2003, era possível a compra de armas de fogo em lojas de artigos esportivos, grandes lojas de departamentos ofereciam aos clientes a opção de registro grátis e pagamento parcelado, além de se encontrar anúncios de promoções em revistas e jornais de grande circulação. Em alguns Estados o porte de arma era tão comum que era possível encontrar munições de baixo calibre em lojas de ferragens e elétrica (ALESSI, 2017).

13 12 Contudo, em razão do alto índice de violência e homicídios em decorrência do emprego de armas de fogo, em dezembro de 2003, após intenso diálogo entre as organizações do estado e da sociedade civil, o Congresso Nacional aprovou o Estatuto do Desarmamento, o qual previa um controle rigoroso de todas as fases da circulação de armas de fogo e munições no país Governo Fernando Henrique Cardoso e o começo da regulamentação As primeiras iniciativas a favor do desarmamento no Brasil remontam a 1997, quando o controle de armas de fogo começou a figurar com mais vigor nos debates de autoridades, estudiosos e agentes de segurança pública. A partir desse momento, pesquisas começaram a relacionar o fácil acesso a armas de fogo com o aumento da violência e do número de homicídios (ELO, [200-?]). Em decorrência do aumento da criminalidade frente a uma punição bastante branda, o Governo Federal, chefiado pelo então Presidente Fernando Henrique Cardoso, editou a Lei nº 9.437, de 20 de fevereiro de 1997, visando reprimir com maior rigidez o porte ilegal de arma de fogo (ALEIXO, BEHR, 2015, p. 13). A nova disciplina legal regulou melhor a matéria, estabelecendo diversas condutas típicas e aumentando relativamente a punição nas várias modalidades que procurou abordar (CONJUR, 2003). A partir de então, o porte ilegal de arma de fogo, que antes era uma contravenção penal, passou a ser crime punido, no mínimo, com detenção de 1 (um) a 2 (dois) anos e multa, conforme dispõe o art. 10 da referida lei, in verbis Art. 10. Possuir, deter, portar, fabricar, adquirir, vender, alugar, expor à venda ou fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda e ocultar arma de fogo, de uso permitido, sem a autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Pena - detenção de um a dois anos e multa. 1 Nas mesmas penas incorre quem: I - omitir as cautelas necessárias para impedir que menor de dezoito anos ou deficiente mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade, exceto para a prática do desporto quando o menor estiver acompanhado do responsável ou instrutor; II - utilizar arma de brinquedo, simulacro de arma capaz de atemorizar outrem, para o fim de cometer crimes; III - disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que o fato não constitua crime mais grave.

14 13 2 A pena é de reclusão de dois anos a quatro anos e multa, na hipótese deste artigo, sem prejuízo da pena por eventual crime de contrabando ou descaminho, se a arma de fogo ou acessórios forem de uso proibido ou restrito. 3 Nas mesmas penas do parágrafo anterior incorre quem: I - suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou artefato; II - modificar as características da arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito; III - possuir, deter, fabricar ou empregar artefato explosivo e/ou incendiário sem autorização; IV - possuir condenação anterior por crime contra a pessoa, contra o patrimônio e por tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins. 4 A pena é aumentada da metade se o crime é praticado por servidor público. É perceptível que a Lei nº 9.437/97 trata a questão com demasiada pobreza. Ela possui apenas um artigo, que se utiliza de vários verbos de conduta para tipificar um único crime, diferenciando apenas os casos de crimes qualificados, e incluindo uma única majorante, a qual está prevista no 4 do tipo legal, que aumenta a pena na metade caso o agente for servidor público (ALEIXO, BEHR, 2015, p. 15). Nota-se clara violação aos princípios da proporcionalidade e da individualização da pena, ao punir condutas diferentes com a mesma intensidade. O porte de arma de fogo foi disciplinado no capítulo III da Lei nº 9.437/97, que assim dizia, in verbis Art. 6 O porte de arma de fogo fica condicionado à autorização da autoridade competente, ressalvados os casos expressamente previstos na legislação em vigor. Art. 7 A autorização para portar arma de fogo terá eficácia temporal limitada, nos termos de atos regulamentares e dependerá de o requerente comprovar idoneidade, comportamento social produtivo, efetiva necessidade, capacidade técnica e aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo. 1 O porte estadual de arma de fogo registrada restringir-se-á aos limites da unidade da federação na qual esteja domiciliado o requerente, exceto se houver convênio entre Estados limítrofes para recíproca validade nos respectivos territórios. Art. 8 A autorização federal para o porte de arma de fogo, com validade em todo o território nacional, somente será expedida em condições especiais, a serem estabelecidas em regulamento. Art. 9 Fica instituída a cobrança de taxa pela prestação de serviços relativos à expedição de Porte Federal de Arma de Fogo, nos valores constantes do Anexo a esta Lei. Parágrafo único. Os valores arrecadados destinam-se ao custeio e manutenção das atividades do Departamento de Polícia Federal. A lei era bastante simplória nesse aspecto, deixando que atos regulamentares condicionassem a aquisição dos armamentos, o que tornava sua eficácia limitada e questionável (ALEIXO, BEHR, 2015, p. 14). Como verificado por Márcio Santos Aleixo e Guilherme Antônio Behr, Para adquirir uma autorização para o porte de armas de fogo, o requerente deveria comprovar idoneidade, comportamento social produtivo, efetiva necessidade,

15 14 capacidade técnica e aptidão psicológica para o manuseio de tal objeto. Além disso, essa norma dividia o porte de armas de fogo em dois grupos: o estadual, que restringia sua validade aos limites do Estado de domicílio do requerente, e o federal, que era válido em todo território nacional, mas expedida apenas em condições especiais (2015, p. 14). Outro ponto importante da Lei nº 9.437/97 foi a criação do Sistema Nacional de Armas (SINARM), vinculado ao Ministério da Justiça, sendo de sua responsabilidade a manutenção de um banco de dados com cadastro dos registros, características, propriedades, transferências e modificação das armas de fogo, tendo como finalidade a fiscalização e o controle da fabricação e comércio de armas de fogo no Brasil, in verbis Art. 1º Fica instituído o Sistema Nacional de Armas - SINARM no Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, com circunscrição em todo o território nacional. Art. 2 Ao SINARM compete: I - identificar as características e a propriedade de armas de fogo, mediante cadastro; II - cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no País; III - cadastrar as transferências de propriedade, o extravio, o furto, o roubo e outras ocorrências suscetíveis de alterar os dados cadastrais; IV - identificar as modificações que alterem as características ou o funcionamento de arma de fogo; V - integrar no cadastro os acervos policiais já existentes; VI - cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as vinculadas a procedimentos policiais e judiciais. Parágrafo único. As disposições deste artigo não alcançam as armas de fogo das Forças Armadas e Auxiliares, bem como as demais que constem dos seus registros próprios. Em 1999 iniciou-se o Projeto de Lei 292, de autoria do então senador Gerson Camata, que dispunha sobre o fabrico, depósito, trânsito e porte de arma de fogo, tendo o intuito de efetivar mecanismos para o controle do mercado de armas. O projeto sofreu diversos embargos, prevalecendo naquele momento os interesses da indústria armamentista (JUSTICA, 2014, p. 6). Mesmo com o grande avanço proveniente da Lei nº 9.437/97 em relação ao controle e fiscalização de armas no Brasil, fazia-se necessário a criação de uma norma mais elaborada e condizente com a realidade sociocultural brasileira Governo Lula e as campanhas de desarmamento Por meio da ação direta da Secretaria Nacional de Segurança Pública e com o apoio de ONGs, entidades religiosas, universidades, personalidades públicas, associações e movimentos populares, em 2003, o crescente número de homicídios na virada do século XXI

16 15 ganhou uma nova configuração na agenda política, aumentando-se os debates públicos sobre a violência armada (JUSTICA, 2014, p. 6). Como resultado, houve um recuo da influência dos meios tradicionais até então presentes no país e o tema do desarmamento recebeu o apoio institucional necessário do Senado e do Executivo Federal, cujo desdobramento foi a Lei nº , de 22 de dezembro de 2003, elaborada durante o governo do então Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mais conhecida como Estatuto do Desarmamento (JUSTICA, 2014, p. 6). Com o implemento do referido Estatuto, foram implantados critérios mais rigorosos com relação ao controle de armas lícitas por parte dos populares e das agências de segurança privadas, tais como, restrição para que somente as armas devidamente registradas pudessem ser portadas em residências ou em locais de trabalho do responsável legal do estabelecimento; exigência de autorização concedida pela Polícia Federal para realizar o transporte de arma pelas vias públicas, sendo que tal autorização só poderia ser concedida aos maiores de 25 anos que possuíssem ocupação lícita (JUSTICA, 2014, p. 9-10). Ocorre que, apesar das mudanças, os índices de morte ainda eram altos, o que levou a adoção de medidas urgentes. A partir de então, o governo federal iniciou uma maciça Campanha de Desarmamento, sendo a primeira delas de julho de 2004 a outubro de 2005 (JUSTICA, 2014, p.14). As Campanhas de Desamamento basearam-se na Cultura de Paz, com o intuito de diminuir a violência no país. De acordo com a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), Cultura de Paz é um conjunto de valores, atitudes, tradições, comportamentos e estilos de vida baseados no respeito à vida, à prevenção e à resolução não-violenta de conflitos, por meio da educação, diálogo e cooperação (UNESCO, 2010, p ). As Campanhas de Desarmamento tinham por objetivo regularizar o registro de armas de fogo ou instigar a entrega delas à Polícia Federal, no prazo de 180 dias a partir de 23 de junho de 2004, com direito a indenização, conforme dispõe o artigo 1º da Lei nº , de 17 de junho de 2004, in verbis Art. 1 o O termo inicial dos prazos previstos nos arts. 29, 30 e 32 da Lei nº , de 22 de dezembro de 2003, passa a fluir a partir da publicação do decreto que os regulamentar, não ultrapassando, para ter efeito, a data limite de 23 de junho de 2004.

17 16 Portanto, os cidadãos que entregaram suas armas voluntariamente receberam uma indenização e aqueles que tinham posse ilegal foram anistiados. Em 23 de outubro de 2005, foi realizado um referendo público (Referendo Sobre a Proibição do Comércio de Armas e Munição no Brasil), onde se verificou o posicionamento favorável à comercialização de armas para civis no Brasil, sendo essa a intenção de 63,94% dos votantes. O resultado foi respeitado, visto que a posse continuou a ser permitida no país. Caso o resultado fosse em sentido contrário, a posse de armas de fogo também seria inviabilizada (SEMANAON, 2018). Ademais, com a Lei nº , de 19 de junho de 2008, que alterou o art. 32 do Estatuto do Desarmamento, foi garantido o anonimato e uma indenização mais rápida, sem o risco de prisão ou processo, mesmo que o armamento já tenha sido utilizado para a prática de algum crime, in verbis Art. 32. Os possuidores e proprietários de arma de fogo poderão entregá-la, espontaneamente, mediante recibo, e, presumindo-se de boa-fé, serão indenizados, na forma do regulamento, ficando extinta a punibilidade de eventual posse irregular da referida arma. (Redação dada pela Lei nº , de 2008) A partir de 2011, a campanha atingiu maior cobertura em decorrência do acordo de cooperação firmando entre 26 (vinte e seis) Estados e o Distrito Federal, além de 9 (nove) municípios e 1 (um) consórcio intermunicipal formado por 7 (sete) municípios, e a entrega que antes era realizada apenas à Polícia Federal foi ampliada ao Corpo de Bombeiro Militar, Guarda Municipal, Polícia Civil, Polícia Militar, Policia Rodoviária Federal e Sociedade Civil (JUSTICA, p. 76). Além das indenizações e anistias para os que entregaram armas de fogo, as campanhas do desarmamento promoveram intenso marketing publicitário, enfatizando os riscos provenientes de uma arma de fogo no ambiente familiar. Segundo elas, há o risco de suicídio, acidente e homicídio entre os familiares e não há garantia de proteção contra a ação de criminosos profissionais, que contam com o fator surpresa em suas ações. Outro ponto levantado pelas campanhas é o fato de que grande parte das armas utilizadas por criminosos tem origem do furto de armas legalizadas (JUSTICA, p ). Tais campanhas foram veiculadas em diversas mídias, como emissoras de televisão, rádio, revistas e jornais de grande circulação, além de cartazes, camisetas, folders e panfletos, visando uma extensa cobertura. Seu principal slogan era Proteja sua família, desarme-se, e passou por 3 (três) fases distintas, conforme a chegada dos resultados pretendidos, com início

18 17 em 6 de maio de 2011, sendo a segunda fase a partir 12 de setembro de 2011 e a terceira em 9 de dezembro de 2012 (JUSTICA, 2014, p. 14) O Brasil após o Estatuto do Desarmamento Em 2005, a UNESCO realizou a pesquisa Vidas Poupadas, com colaboração da Secretaria da Segurança e Saúde, do Ministério da Saúde e do Ministério da Justiça, com o objetivo de mensurar o número de mortes evitadas em decorrência da primeira campanha do desarmamento, logo após a implantação do Estatuto. Com base nos números de anos anteriores à implantação, estimaram-se quantas mortes ocorreriam em 2004 por armas de fogo (JUSTICA, 2014, p. 15). Foi verificado que em 2004 ocorreu um total de mortes causadas por armas de fogo, número inferior ao registrado em 2003, quando foram constatadas mortes pelas mesmas causas, ou seja, um número 8,2% menor. O único fato relevante que permite explicar a diminuição do número de mortes causadas por armas de fogo, depois de anos de aumentos constantes, é o Estatuto do Desarmamento e suas posteriores campanhas, que retirou um grande número de armas de circulação (UNESCO, 2005, p. 4). Segundo o estudo, foram poupadas em 2004 um total de vidas, que, caso não ocorresse a implantação do Estatuto e das campanhas de desarmamento, seriam vítimas de armas de fogo naquele ano. Desse total, vidas foram poupadas no primeiro semestre de 2004 e do segundo semestre, sendo esse aumento explicado pelo recolhimento de armas do segundo semestre (UNESCO, 2005, p. 8). Ocorreram mortes por armas de fogo em 2004 no Brasil, sendo nas capitais, ou seja, 38,3% do total. Proporção elevada, visto que as capitais, na época, representavam 23,8% da população nacional. O interessante é notar que, segundo o estudo, no primeiro semestre de 2004 aconteceram mortes por armas de fogo nas capitais e no segundo, mortes. Segundo as estimativas, era previsto mortes por arma de fogo no primeiro semestre e no segundo, 8.104, totalizando mortes ao longo de Chega-se a conclusão, por meio das estimativas observadas pelo estudo, que houve nas capitais uma queda de 10,3% de mortes no primeiro semestre e 22,2% no segundo (UNESCO, 2005, p. 8). Do começo da campanha em 2004, até 2010, aproximadamente 550 mil armas de fogo foram entregues voluntariamente em função da política nacional de desarmamento. Em 2011,

19 18 após o início das campanhas publicitárias, foram entregues armas de fogo. Em 2012, o montante foi de ; em 2013, armas; e em 2014, foram entregues armas de fogo (até 30/06/2014). Ou seja, perceptível o impacto proveniente das campanhas de desarmamento em razão do alto número de armas recolhidas e seu consequente resultado, com a redução de mortes por arma de fogo logo no primeiro ano (JUSTICA, 2014, p. 19). Apesar dos resultados alcançados, atualmente ocorre no Brasil um intenso lobby promovido pelas empresas de armas, que financiam a bancada da bala no Congresso Nacional, gerando assim constantes projetos de lei que visam à revogação da Lei nº / A Proposta do Estatuto do Desarmamento Segue-se uma exposição dos objetivos visados pelo Estatuto do Desarmamento, assim como uma análise dos instrumentos por ele criados para atingir tais fins Os Objetivos do Estatuto do Desarmamento Na busca de instrumento que coibisse o alto índice de violência e mortes causadas por armas de fogo, acreditou-se que ao restringir a circulação de armas de fogo pelas mãos de populares, haveria uma maior dificuldade na obtenção de tais objetos por criminosos, reduzindo, consequentemente, a taxa de homicídios provocados por tais instrumentos, bem como de possíveis acidentes decorrentes do uso indevido de tal instrumento por um popular (FUTURA, [200-?]). Isto porque, nem todos os indivíduos possuem o preparo físico e psicológico para fazer o uso correto de uma arma de fogo, o que, na prática, gera uma expressiva quantidade de óbitos causados por motivos fúteis (SOUTO, 2015). À título de exemplo, imagine a situação hipotética em que dois indivíduos se desentenderam no trânsito, sendo que, um dos sujeitos, no calor da discussão, sacou um revólver e matou o outro. É notório que tal situação poderia ter sido evitada se o referido indivíduo, com evidente despreparo psicológico, não possuísse um instrumento de ataque tão letal quanto uma arma de fogo.

20 19 Portanto, com o intuito de reduzir a violência e os altos índices de mortes provocadas pelo uso indevido de armas de fogo no Brasil, criou-se o Estatuto do Desarmamento, o qual utiliza-se de diversos instrumentos para atingir seus fins, os quais serão analisados a seguir Os instrumentos elaborados para alcanças os objetivos O Estatuto do Desarmamento inovou a legislação brasileira no que se refere ao porte, comércio e controle de armas de fogo e munições, revogando a Lei nº 9.437/97. Em artigos distintos, a Lei nº aumentou as penas e corrigiu equívocos da legislação anterior, além de tipificar crimes inexistentes, como por exemplo, o tráfico internacional de armas (BINA, 2014). A seguir, uma análise dos dispositivos da Lei nº / Do Sistema Nacional de Armas O Estatuto do Desarmamento manteve o SINARM (Sistema Nacional de Armas), criado na vigência da Lei nº 9.437/97, entretanto, suas atribuições foram ampliadas com a Lei nº /2003. O SINARM está ligado ao Ministério da Justiça e conta com o apoio da Polícia Federal para fiscalizar e controlar a fabricação, comércio, registro e cadastro de armas de fogo no Brasil (BINA, 2014). Segundo o Art. 2º da Lei nº /2003, compete ao SINARM, in verbis I identificar as características e a propriedade de armas de fogo, mediante cadastro; II cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no País; III cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações expedidas pela Polícia Federal; IV cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto, roubo e outras ocorrências suscetíveis de alterar os dados cadastrais, inclusive as decorrentes de fechamento de empresas de segurança privada e de transporte de valores; V identificar as modificações que alterem as características ou o funcionamento de arma de fogo; VI integrar no cadastro os acervos policiais já existentes; VII cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as vinculadas a procedimentos policiais e judiciais; VIII cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença para exercer a atividade; IX cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, varejistas, exportadores e importadores autorizados de armas de fogo, acessórios e munições; X cadastrar a identificação do cano da arma, as características das impressões de raiamento e de microestriamento de projétil disparado, conforme marcação e testes obrigatoriamente realizados pelo fabricante;

21 20 XI informar às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal os registros e autorizações de porte de armas de fogo nos respectivos territórios, bem como manter o cadastro atualizado para consulta. Parágrafo único. As disposições deste artigo não alcançam as armas de fogo das Forças Armadas e Auxiliares, bem como as demais que constem dos seus registros próprios. O objetivo é registrar tanto as armas de fogo em circulação fabricadas no Brasil, quanto as que são fabricadas no exterior. Todavia, as armas importadas precisam ser de calibre autorizado no Brasil (SOARES, 2017). As empresas fabricantes, de exportação, de importação e de venda de armas de fogo necessitam de documentação providenciada por órgãos federais e estaduais, alvará de funcionamento para comércio e certidão de bons antecedentes criminais (POLICIA FEDERAL, 2010). As armas de atiradores e colecionadores sejam elas restritas, de uso militar ou da polícia militar são registradas em um sistema denominado SIGMA (Sistema de Gerenciamento Militar de Armas), cujo controle é exercido pelo Exército. De outro lado, o SINARM é exclusivo para as armas comercializadas a civis e agentes públicos, federais, estaduais e municipais, que não integrem a Polícia Militar e o Exército (BINA, 2014). Nas palavras do professor Alexis Augusto Couto de Brito, O Banco de dados, tanto do SINARM quanto do SIGMA, deverá registrar um histórico completo do nascimento, vida e morte da arma de fogo, identificando as características de toda arma de fogo produzida, importada e vendida em território brasileiro, bem como os dados de seu proprietário (BRITO, 2005, p. 35). Para que uma arma de uso permitido seja adquirida, o cidadão interessado precisa preencher um formulário, apresentar certidões negativas, expor seus motivos para compra e comprovar que não está respondendo por nenhum inquérito policial. O interessado também deve procurar um psicólogo credenciado, responsável pela sua avaliação. Após a aprovação psicológica, é necessária a realização de uma avaliação escrita acerca dos conhecimentos técnicos sobre armas e munições e uma avaliação prática de manuseio e destreza de tiro. Só então o interessando pode juntar ao seu processo os comprovantes de aprovação e providenciar o registro da arma (ZULTAUSKAS, 2012) Do Registro

22 21 O registro se refere ao direito de possuir arma de fogo, ou seja, é a autorização para que o proprietário mantenha a arma de fogo em sua residência ou em seu local de trabalho, exclusivamente (JUNQUE, p. 741). A obrigatoriedade do registro de arma de fogo é citada no art. 3º da Lei nº , que assim dispõe, in verbis Art. 3 o É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente. Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército, na forma do regulamento desta Lei. Para a realização do registro, o cidadão deve dirigir-se a uma unidade da Polícia Federal e apresentar a autorização para aquisição de arma de fogo, nota fiscal de compra e comprovante bancário de pagamento da taxa de recolhimento da União (POLICIA FEDERAL, 2010). O art. 4º disciplina os procedimentos e os requisitos para aquisição de arma de fogo, quais sejam, in verbis Art. 4 o Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade, atender aos seguintes requisitos: I - comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que poderão ser fornecidas por meios eletrônicos; (Redação dada pela Lei nº , de 2008) II apresentação de documento comprobatório de ocupação lícita e de residência certa; III comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na forma disposta no regulamento desta Lei. 1 o O Sinarm expedirá autorização de compra de arma de fogo após atendidos os requisitos anteriormente estabelecidos, em nome do requerente e para a arma indicada, sendo intransferível esta autorização. 2 o A aquisição de munição somente poderá ser feita no calibre correspondente à arma registrada e na quantidade estabelecida no regulamento desta Lei. (Redação dada pela Lei nº , de 2008) 3 o A empresa que comercializar arma de fogo em território nacional é obrigada a comunicar a venda à autoridade competente, como também a manter banco de dados com todas as características da arma e cópia dos documentos previstos neste artigo. 4 o A empresa que comercializa armas de fogo, acessórios e munições responde legalmente por essas mercadorias, ficando registradas como de sua propriedade enquanto não forem vendidas. 5 o A comercialização de armas de fogo, acessórios e munições entre pessoas físicas somente será efetivada mediante autorização do Sinarm. 6 o A expedição da autorização a que se refere o 1 o será concedida, ou recusada com a devida fundamentação, no prazo de 30 (trinta) dias úteis, a contar da data do requerimento do interessado. 7 o O registro precário a que se refere o 4 o prescinde do cumprimento dos requisitos dos incisos I, II e III deste artigo. 8 o Estará dispensado das exigências constantes do inciso III do caput deste artigo, na forma do regulamento, o interessado em adquirir arma de fogo de uso permitido que comprove estar autorizado a portar arma com as mesmas características daquela a ser adquirida. (Incluído pela Lei nº , de 2008)

23 22 O art. 5º da Lei nº /2003 exige que o proprietário mantenha a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou responsável legal do estabelecimento ou empresa, como dispõe, in verbis Art. 5 o O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa. (Redação dada pela Lei nº , de 2004) 1 o O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será precedido de autorização do Sinarm. 2 o Os requisitos de que tratam os incisos I, II e III do art. 4 o deverão ser comprovados periodicamente, em período não inferior a 3 (três) anos, na conformidade do estabelecido no regulamento desta Lei, para a renovação do Certificado de Registro de Arma de Fogo. 3 o O proprietário de arma de fogo com certificados de registro de propriedade expedido por órgão estadual ou do Distrito Federal até a data da publicação desta Lei que não optar pela entrega espontânea prevista no art. 32 desta Lei deverá renová-lo mediante o pertinente registro federal, até o dia 31 de dezembro de 2008, ante a apresentação de documento de identificação pessoal e comprovante de residência fixa, ficando dispensado do pagamento de taxas e do cumprimento das demais exigências constantes dos incisos I a III do caput do art. 4 o desta Lei. (Redação dada pela Lei nº , de 2008) (Prorrogação de prazo) 4 o Para fins do cumprimento do disposto no 3 o deste artigo, o proprietário de arma de fogo poderá obter, no Departamento de Polícia Federal, certificado de registro provisório, expedido na rede mundial de computadores - internet, na forma do regulamento e obedecidos os procedimentos a seguir: (Redação dada pela Lei nº , de 2008) I - emissão de certificado de registro provisório pela internet, com validade inicial de 90 (noventa) dias; e (Incluído pela Lei nº , de 2008) II - revalidação pela unidade do Departamento de Polícia Federal do certificado de registro provisório pelo prazo que estimar como necessário para a emissão definitiva do certificado de registro de propriedade. (Incluído pela Lei nº , de 2008) Importante lembrar que a autorização e o registro de posse de arma de fogo é pessoal e intransferível, sob pena de sanções previstas em lei Do Porte O porte pode ser conceituado como a permissão em trazer consigo, transportar, portar e carregar arma de fogo em qualquer lugar, inclusive em locais públicos (BINA, 2014). O porte de arma de fogo está previsto no art. 6º do Estatuto do Desarmamento, sendo proibido para todos, salvo quando funcional ou quando concedido ao particular pela Polícia Federal, desde que haja prévia autorização do SINARM (BINA, 2014). Segundo o art. 6º da Lei nº /03, in verbis Art. 6 o É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos previstos em legislação própria e para:

24 23 I os integrantes das Forças Armadas; II os integrantes de órgãos referidos nos incisos I, II, III, IV e V do caput do art. 144 da Constituição Federal e os da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP); (Redação dada pela Lei nº , de 2017) III os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios com mais de (quinhentos mil) habitantes, nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei; IV os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de (cinqüenta mil) e menos de (quinhentos mil) habitantes, quando em serviço; (Redação dada pela Lei nº , de 2004) V os agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência e os agentes do Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República; VI os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da Constituição Federal; VII os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das escoltas de presos e as guardas portuárias; VIII as empresas de segurança privada e de transporte de valores constituídas, nos termos desta Lei; IX para os integrantes das entidades de desporto legalmente constituídas, cujas atividades esportivas demandem o uso de armas de fogo, na forma do regulamento desta Lei, observando-se, no que couber, a legislação ambiental. X - integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributário. (Redação dada pela Lei nº , de 2007) XI - os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 92 da Constituição Federal e os Ministérios Públicos da União e dos Estados, para uso exclusivo de servidores de seus quadros pessoais que efetivamente estejam no exercício de funções de segurança, na forma de regulamento a ser emitido pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP. (Incluído pela Lei nº , de 2012) Para obter o porte de arma de fogo, o interessado deve dirigir-se a uma unidade da Polícia Federal, ter a idade mínima de 25 anos, apresentar requerimento e uma lista de documentos pessoais. Necessário também a declaração escrita da efetiva necessidade, expondo os fatos e circunstâncias que justifiquem o pedido; comprovar idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais; não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal; apresentar documento comprobatório de ocupação lícita e de residência certa; comprovar capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo e a cópia do certificado de registro de arma de fogo (POLICIA FEDERAL, 2010) Dos Crimes e Das Penas Os crimes do Estatuto do Desarmamento são, em regra, da competência da Justiça Estadual, sendo, excepcionalmente de competência da Justiça Federal quando atingirem

25 24 interesses diretos e específicos da União, nesse sentido, o Conflito de Competência /SC, in verbis CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. PROCESSUAL PENAL. CRIME DE PORTEILEGAL DE ARMA DE FOGO. LEI N.º /2003. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇACOMUM ESTADUAL. 1. A Lei n.º /2003, denominada Estatuto do Desarmamento, objetiva a tutela da segurança pública, sendo que os crimes ali definidos ofendem genérica e indiretamente interesse da União, o que não é suficiente para atrair a competência da Justiça Federal, devendo, pois, ser julgados pela Justiça Comum Estadual. 2. Conflito conhecido para declarar competente o Juízo de Direito de Fraiburgo/SC, ora suscitado. (STJ - CC: SC 2004/ , Relator: Ministra LAURITA VAZ, Data de Julgamento: 08/09/2004, S3 - TERCEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: DJ 11/10/2004 p. 233) Segundo o STJ, os crimes do Estatuto do Desarmamento são de competência da justiça estadual porque eles não atingem interesses específicos e diretos da União, mas sim interesses indiretos e genéricos. Ademais, o bem jurídico protegido nesses crimes é a segurança pública, interesse mor da coletividade. Importante ressaltar que, no caso de arma raspada, ainda que atinja diretamente o controle de armas no Brasil, o STJ decidiu que o fato da arma ser raspada, por si só, não fixa a competência da Justiça Federal. A competência para julgar crimes com arma raspada continua sendo da Justiça Estadual. Nesse sentido, o HC 59915/RJ, in verbis HABEAS CORPUS. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO COM NUMERAÇÃO RASPADA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL. AUSÊNCIA DE INTERESSE DA UNIÃO. ORDEM DENEGADA. 1. O simples fato de se tratar de porte de arma de fogo com numeração raspada não evidencia, por si só, a competência da Justiça Federal, porque não caracterizada lesão ou ameaça a bens ou serviços da União, de suas autarquias ou empresas públicas, a fim de atrair a competência da Justiça Federal, nos termos do art. 109 da Constituição Federal. Precedentes. 2. Ordem denegada. (STJ - HC: RJ 2006/ , Relator: Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, Data de Julgamento: 03/04/2008, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: --> DJe 09/06/2008) O crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido está previsto no art. 12 da Lei nº , que assim dispõe, in verbis Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa: Pena detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. Acerca da matéria, Alexandre de Moraes (2008, p. 322) diz que: O crime aqui em análise posse irregular de arma de fogo de uso permitido pressupõe que o fato ocorra no interior da própria residência do agente ou em

26 25 dependência desta, ou, ainda, no local de trabalho da pessoa responsável ou titular do estabelecimento. Este elemento modal, ou seja, o local em que se caracteriza o crime, consiste na expressão no interior de sua residência ou dependência desta, ou ainda, no seu local de trabalho, desde que seja o responsável ou titular legal do estabelecimento ou empresa e é de inovação introduzida pelo legislador cuja finalidade foi punir menos severamente as hipóteses em que a posse ou a guarda da arma esteja associada à proteção do imóvel da residência ou do local de trabalho, justamente porque neles verifica-se um risco menos acentuado à incolumidade publica. O crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido está disciplinado no art. 14 do Estatuto do Desarmamento, que assim dispõe, in verbis Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do agente. (Vide Adin ) O objeto jurídico, nesse caso, é a incolumidade pública, sendo crime de perigo abstrato de acordo com o que a lei pressupõe e como diz o STF no RHC 91553, in verbis EMENTA: PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO. ARMA DESMUNICIADA. TIPICIDADE. CARÁTER DE PERIGO ABSTRATO DA CONDUTA. RECURSO IMPROVIDO. 1. O porte ilegal de arma de fogo é crime de perigo abstrato, consumando-se pela objetividade do ato em si de alguém levar consigo arma de fogo, desautorizadamente e em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Donde a irrelevância de estar municiada a arma, ou não, pois o crime de perigo abstrato é assim designado por prescindir da demonstração de ofensividade real. 2. Recurso improvido. (RHC 91553, Relator(a): Min. CARLOS BRITTO, Primeira Turma, julgado em 23/06/2009, DJe-157 DIVULG PUBLIC EMENT VOL PP RT v. 98, n. 890, 2009, p ) É preciso fazer uma distinção entre as condutas tipificadas no art. 14 do Estatuto, quais sejam; portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma, acessório ou munição de uso permitido. Se o indivíduo que adquire, transporta e fornece arma de fogo em um mesmo seguimento, dá-se então apenas um único crime. Contudo, se praticar os verbos em contextos diferentes, será aplicada a regra do concurso de crimes. O crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito está disciplinado no art. 16 do Estatuto do Desarmamento, que assim dispõe, in verbis Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

27 26 Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem: I suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou artefato; II modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz; III possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar; IV portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado; V vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente; e VI produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo. A respeito da posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, a assessoria de imprensa do Superior Tribunal de Justiça publicou (2009) em seu site o seguinte artigo: Posse de arma de fogo de uso restrito passou a ser crime após outubro de 2005, segundo a assessoria: A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou habeas corpus a um homem que mantinha em sua residência uma pistola calibre 45mm, arma de uso restrito, e uma pistola calibre 38mm que, embora seja de uso permitido, estava com a numeração raspada. Denunciado por posse ilegal de arma de fogo, o homem pretendia trancar parcialmente o processo contra ele alegando atipicidade temporária da conduta. A defesa sustentou a tese de que, quando os fatos ocorreram, 9 de abril de 2008, a posse das armas estava temporariamente permitida. Com a entrada em vigor do Estatuto do Desarmamento (Lei n ), os proprietários de armas de fogo mantidas irregularmente tiveram várias oportunidades para registrar ou entregar essas armas à Polícia Federal, inclusive recebendo indenização. A data limite para regularização das armas foi prorrogada diversas vezes por diferentes dispositivos legais, de forma que a descriminalização temporária para posse e porte estendeu-se até 25 de outubro de Esse prazo refere-se a armas de uso permitido e restrito. De acordo com o histórico feito pela relatora do caso, ministra Laurita Vaz, em janeiro de 2008, a Medida Provisória n. 417, depois convertida em lei, estendeu o prazo de registro de armas de fogo de fabricação nacional, de uso permitido, até o dia 31 de dezembro de Essa era a regra vigente quando o denunciado foi encontrado com as armas em casa. A ministra ressaltou que esse dispositivo referese exclusivamente a armas de fogo de uso permitido. A norma não contempla as armas de uso restrito ou de numeração raspada, como é o caso analisado. O voto da relatora seguiu o entendimento já adotado pelo STJ e pelo Supremo Tribunal Federal e foi acompanhado por todos os demais ministros da Quinta Turma. A notícia do STJ está relacionada ao Habeas Corpus , in verbis HABEAS CORPUS. PENAL. ESTATUTO DO DESARMAMENTO. ARTIGO 16, CAPUT E INCISO III, DA LEI /03. ABOLITIO CRIMINIS TEMPORÁRIA. INEXISTÊNCIA. CRIME COMETIDO NA VIGÊNCIA DA MEDIDA PROVISÓRIA N.º 417. IMPOSSIBILIDADE DE REGULARIZAR AS ARMAS APREENDIDAS. TIPICIDADE DA CONDUTA. ORDEM DENEGADA. 1. Esta Corte vem entendendo que, diante da literalidade dos artigos relativos ao prazo legal para regularização do registro da arma, prorrogado pelas Leis /04, /05 e /05, houve a descriminalização temporária no tocante às condutas delituosas

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