Portaria N º 01, de 19 de dezembro de 2018.

Transcrição

1 Portaria N º 01, de 19 de dezembro de Estabelece normas e procedimentos para prestação de serviços comerciais pelas balsas flutuantes localizadas nas Piscinas Naturais de Cairu, Área de Proteção Ambiental (APA) das Ilhas de Tinharé e Boipeba, município de Cairu/BA. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável (SEDES) no exercício de suas competências legais, que lhes foram outorgadas pela Lei Complementar Nº 458, de 02 de setembro de 2014, que Reedita e Altera a Lei Nº 423/2013, que institui a Política Ambiental Municipal e dispõe sobre o Sistema Municipal do Meio Ambiente para a administração da qualidade ambiental, proteção, controle e desenvolvimento do meio ambiente e uso adequado dos recursos naturais no Município de Cairu., e: CONSIDERANDO a Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, regulamentada pelo Decreto nº 4.340, de 22 de agosto de 2002; CONSIDERANDO, o Decreto nº 1.240, de 05 de junho de 1992, que cria a Área de Proteção Ambiental das Ilhas de Tinharé e Boipeba no município de Cairu e dá outras providências onde estabelece como objetivos dá criação da APA o ordenamento do turismo ecológico, científico e cultural e demais atividades econômicas compatíveis com a conservação ambiental; CONSIDERANDO, a Resolução do Conselho Estadual de Meio Ambiente CEPRAM de n de 19 de junho de 1998, que aprova o Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) das Ilhas de Tinharé e Boipeba, no Estado da Bahia, que prevê a necessidade de ordenamento das atividades de uso público; CONSIDERANDO, que as Piscinas Naturais são importantes pontos turísticos, de beleza exuberante com a presença de recifes de corais, peixes coloridos e um mar de águas cristalinas;

2 CONSIDERANDO, a importância da conservação das Piscinas Naturais e a busca de equilíbrio entre a geração de renda e a preservação ambiental, mantendo a atratividade sem que ocorra degradação; CONSIDERANDO, a necessidade de normatizar e regulamentar as atividades comerciais nas piscinas naturais promovidas pelas balsas flutuantes localizadas nas Piscinas Naturais de Cairu, Área de Proteção Ambiental (APA) das Ilhas de Tinharé e Boipeba; CONSIDERANDO, que compete ao Município a função de planejar, ordenar e monitorar as piscinas naturais que se estendem desde a Ilha do Rato até Velha Boipeba e da Baía de Garapuá até Morro de São Paulo, assim como promover a proteção do bem público municipal, bem como sua fiscalização. RESOLVE: Art. 1º - Estabelecer normas e procedimentos para prestação de serviços comerciais promovidas pelas balsas flutuantes localizadas nas Piscinas Naturais de Cairu, Área de Proteção Ambiental (APA) das Ilhas de Tinharé e Boipeba, município de Cairu/BA. CAPÍTULO 01 DO CADASTRAMENTO Art. 2º - A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável (SEDES), irá cadastrar os prestadores de serviço que já possuem balsas flutuantes nas Piscinas Naturais de Cairu. 1º Os prestadores de serviço terão um prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias após a publicação dessa portaria para requisitar o seu cadastramento junto SEDES. 2º No cadastramento de prestadores de serviço os interessados devem apresentar o Título de Inscrição da Embarcação (TIE), classificado como atividade/serviço: Apoio ao Turismo e o Seguro Obrigatório (DEPM).

3 Art. 3º - Para o cadastramento dos prestadores de serviços que trabalham nas Balsas Flutuantes, é necessário a apresentação dos seguintes documentos: 1. Requerimento Geral; 2. Cópia da Carteira de Identidade e do CPF do requerente; 3. Comprovante de Endereço do Requerente; 4. Alvará ou Permissão, expedida pela Prefeitura de Cairu, para prestação de serviços comerciais ofertados nas balsas flutuantes; 5. Contrato Social da Empresa ou Certificado da Condição do Microempreendedor Individual (CCMEI); 6. Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Art. 4º - Para realização do cadastramento que trata o artigo anterior é necessário comprovar que está desenvolvendo a prestação de serviços comerciais a no mínimo 01 (um) ano. Ficando terminantemente proibido a instalação de novas balsas flutuantes. Art. 5º - Alvará ou Permissão, expedida pela Prefeitura de Cairu, para prestação de serviços comerciais ofertados nas balsas flutuantes que trata o Art. 3º é um documento intransferível. CAPÍTULO 02 DAS OBRIGAÇÕES Art. 6º - São obrigações dos prestadores de serviços comerciais nas balsas flutuantes: I. Fornecer aos visitantes informações sobre a unidade de conservação, a atividade a ser desenvolvida em uma área natural aberta e aspectos de segurança; II. Comercializar bebidas apenas em lata de alumínio; III. Executar a coleta dos resíduos sólidos gerados, cuja coleta deverá ser diária; IV. Segregar, identificar, classificar e acondicionar os resíduos sólidos gerados; V. Destinar materiais recicláveis, como papéis, plásticos, papelão e metais, para reciclagem, preferencialmente aos projetos de iniciativa popular/cooperativas de reciclagem do arquipélago, apresentando semestralmente a SEDES, documentação comprobatória da correta destinação;

4 VI. Possuir no mínimo 01 (um) extintor de incêndio Pó Químico ABC (4kg = 2A e 20- BC) em local de fácil acesso, com a devida sinalização informando o tipo e o uso do equipamento de combate a incêndio. CAPÍTULO 03 DAS PROIBIÇÕES Art. 7º - Não é permitido aos prestadores de serviços comerciais nas balsas flutuantes: I - Prestar serviços em mais de uma área de banho, ou seja, em mais de uma piscina natural; II Preparo de alimentos na Balsa Flutuante; III Servir alimentos com uso de espeto, objetos pontiagudos ou perfurocortantes; IV - Utilizar Gás Liquefeito de Petróleo - GLP (Gás de Cozinha); V Comercializar produtos com embalagem de vidro; VI Lançamento de âncora(s) nos recifes de Corais; VII Portar e usar equipamento de som; VIII Comercializar alimentos para peixes, ainda que seja ração; IX Alimentar a fauna local; XI Descartar resíduos sólidos, líquidos, sanitários ou óleo de comida ao mar; XII Lavem de utensílios com produtos químicos (detergente, cloro, sabão etc.) XIII Utilizar água do mar para lavagem de utensílios; XIV Possuir animais domésticos ou da fauna silvestre; XV Comercializar bebida alcoólica em embalagem tipo long neck ou oneway, conforme Lei Municipal 533, de 11 de dezembro de 2018; XVI Contratação de mão de obra infantil; XVII Funcionar com mais de 05 (cinco) empregados por dia. Parágrafo único - O consumo de alimentos por parte da tripulação das embarcações, visitantes e comerciantes será permitido, desde que realizado a bordo das balsas flutuantes e que não implique em nenhum preparo nos locais de visitação. CAPÍTULO 04 DAS SANÇÕES

5 Art. 8º - Fica proibida qualquer infração nos termos desta Portaria, que implicará nas seguintes penalidades: I. Notificação por escrito para adequação a Portaria; II. Auto de Infração (advertência, multa, apreensão, embargo etc.) previsto no Decreto Municipal 990, de 30 de dezembro de 2013, nos casos de reincidência aos termos dessa portaria; III. Cassação de Alvará de Funcionamento; IV. Apreensão e remoção da Balsa Flutuante para o continente; V. Perda ou Restrição de Incentivos fiscais concedidos pelo Município; VI. Sanções previstas na Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 (Lei de Crimes Ambientais). CAPÍTULO 05 DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 9º - Para fiscalizar o cumprimento dessa Portaria a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável (SEDES) designará agentes de fiscalização. Art. 10º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. Fabiana Andrea Oliveira Pacheco Secretária Municipal de Desenvolvimento Sustentável