UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA SAZONALIDADE COMO MODULADOR DA DIVERSIDADE DE CRUSTÁCEOS DECAPODA DE REGIÃO TROPICAL Bruna Maria Braga Figueiredo Orientador: Professor Dr. Fúlvio Aurélio Morais Freire Coorientador: Dr. Carlos Eduardo Rocha Duarte Alencar Natal - RN 2017

2 2 SAZONALIDADE COMO MODULADOR DA DIVERSIDADE DE CRUSTÁCEOS DECAPODA DE REGIÃO TROPICAL Bruna Maria Braga Figueiredo Licenciada em Ciências Biológicas Licenciatura Plena Universidade Federal do Rio Grande do Norte Dissertação submetida à Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN, para Defesa do curso de Mestrado Acadêmico para o Programa de Pós-Graduação em Ecologia. BANCA EXAMINADORA Prof. Dr. Fúlvio Aurélio de Morais Freire Presidente da banca e Orientador Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN Prof. Dra. Ariádine Cristine de Almeida Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita - UNESP Dr. Tiego Luiz de Araújo Costa Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN Natal 2017

3 3 UFRN / Biblioteca Central Zila Mamede Catalogação da Publicação na Fonte Figueiredo, Bruna Maria Braga. Sazonalidade como modulador da diversidade de decapoda de região tropical / Bruna Maria Braga Figueiredo f. : il. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Biociências, Programa de Pós-Graduação em Ecologia. Natal, RN, Orientador: Prof. Dr. Fúlvio Aurélio de Morais Freire. Coorientador: Carlos Eduardo Rocha Duarte Alencar. 1. Crustacea decapoda Dissertação. 2. Estudo de assembléia Dissertação. 3. Sazonalidade Dissertação. 3. Crustáceos - Diversidade Dissertação. 4. Preservação ambiental Dissertação. I. Freire, Fúlvio Aurélio de Morais. II. Alencar, Carlos Eduardo Rocha Duarte. III. Título. RN/UF/BCZM CDU

4 4 AGRADECIMENTOS À Deus, por todos os anos que eu quase caí mas me segurei no Seu manto acreditando estar puxando a barra do meu próprio vestido. Obrigada por não desistir. À minha família. Meus pais, Adailton e Ana, à minha mãe/irmã Pipia, à meu cunhado Brê, às minhas irmãs Ananda, Amanda, Bruna e Juliana, à meu irmão Rafael e à Edna, por todo amor e por nunca realmente entenderem o que eu venho fazendo a dois anos nesse mestrado mas me apoiarem mesmo assim. Amo muito todos vocês. À todos os animais que foram sacrificados para a realização desse estudo em prol da ciência. À todas as mulheres que lutaram por condições melhores de estudo e ingressaram no meio científico antes de mim, vocês foram fundamentais para eu chegar aqui, obrigada. À cafeína, dipirona, calmam, sea kalm, buscopan, ibuprofeno, chá verde com gengibre e álcool por me ajudarem a substituir minhas horas de sono por essa dissertação. Ao CNPq pelo apoio financeiro e incentivo à pesquisa. Vocês arrasam! Ao Museu de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco, ao Prof. Jesser Fidelis, Prof. Alexandre Almeida e toda equipe do museu pela ajuda. Obrigada! Aos meus amigos, o orientador Fúlvio e coorientador, o famoso Doutor Caducas, por cada mensagem de Whats App, cada almoço produtivo, cada reunião, cada análise ensinada, cada bronca, cada dica e cada . Muito obrigada. À todos os meus amigos de laboratório do GEFFAA: Sávio (meu migõ-segundo-coorientador-informal), Carol Loira, Carol Morena, Isa (que é quase do GEFFAA), Van (que sempre será do GEEFAA), Thábata, Val, Nathi do Axé, Laura e Matheus. Aos meus amigos do LISE: Dr. Márcio, Xérxus, Luquinhas, Germano, Lulu, Jana (que é quase do LISE), Roney-Gourmet, Flavinha, Silvia, Thaís Mão-Pelada e Aninha Bulimã. Vocês foram fundamentais! Aos outros integrantes do laboratório, por me ensinarem a lidar com pessoas difíceis, me fazendo crescer ainda mais, e por me mostrarem, exatamente, o tipo de pessoa e pesquisadora que não quero me tornar. Aprendi muito com vocês. Aos amigos lindos Robertinha, Samir, meus amigos de mestrado Melão, Lenice, Clarice, Renato, Leo e Rafa. Aos amigos Dan, Bru, à todo meu GC Joy, todo meu PG, à Shashá e todos os outros cujo o choro me impede de lembrar: obrigada! E à ele pois sem ele seria impossível, mas não pelo cargo social que ele ocupa ou pela influência de qualquer sentimento, e sim por gratidão à tudo que ele é: apoio incondicional, ombro-amigo, desconhecedor da palavra desistir, segurança, suporte, ajuda, fotógrafo oficial de crustáceos, revisor de ortografia e compreensão: Victor, cada página dessa dissertação tem um pouco de você. Obrigada, Pey.

5 5 SUMÁRIO Resumo Capítulo I...7 Abstract Chapter I...7 1) CAPÍTULO I: Diversidade de crustáceos Decapoda de Região Tropical: lista de espécies 1.1) Introdução ) Materiais e métodos ) Área de Estudo ) Coleta de Dados ) Identificação do Material ) Estimativas de Diversidade e Análises de Dados ) Resultado ) Lista de espécies ) Diversidade ) Discussão ) Referências Resumo Capítulo II...74 Abstract Chapter II ) CAPÍTULO II: Sazonalidade: fator de impacto na fauna Decapoda acompanhante da pesca de arrasto camaroeira 2.1) Introdução ) Materiais e Métodos ) Coleta de Dados ) Identificação do Material ) Fatores abióticos ) Análise Estatística ) Resultados ) Fatores Abióticos ) Análise Sazonal ) Análise Espacial ) Dados Bióticos ) Discussão ) Dados Ambientais...110

6 ) Dados Bióticos ) Referências

7 7 RESUMO CAPÍTULO I: DIVERSIDADE DE CRUSTÁCEOS DECAPODA DE REGIÃO TROPICAL: LISTA DE ESPÉCIES Os Crustacea Decapoda representam um dos grupos mais abundantes e diversos em ambientes marinhos consolidados e não consolidados. Regiões litorâneas constituem a maior parcela de adensamento populacional humano e, por meio de ações diretas e indiretas podem impactar negativamente a diversidade e a estruturação populacional e de assembléia. Assim, o estudo objetivou inventariar a diversidade de Crustacea Decapoda, constituindo a primeira lista de espécies oficial, com dados de fauna acompanhante da pesca de arrasto, para o estado do Rio Grande do Norte. As coletas foram na região litorânea não consolidada no município de Baía Formosa, mensalmente (março/2013 a fevereiro/2015), através de um barco de pesca artesanal com rede de porta do tipo single trawl, em 6 arrastos georreferenciados padronizados por tempo (20min). Foram capturados um total de animais, dos quais pertencem a Palinura, Brachyura, Caridea, Dendrobranchiata e Anomura, totalizando 57 espécies, dentre elas:, Acetes americanus, Alpheus intrinsecus,, Nematopalaemon schmitti, Xiphopenaeus kroyeri,, Litopenaeus schmitti, Callinectes ornatus e Petrochirus Diógenes, como espécies mais abundantes. Além da nova ocorrência para o estado (Lysmata. cf. bahia), há a ocorrência de espécies com grande apelo econômico, como Xiphopenaeus kroyerii que obteve a maior abundância, mostrando a importância da preservação dessa área. Para as demais espécies, o resultado já era esperado para a região, uma vez que os animais descritos são encontrados em regiões com características geográficas semelhantes, constituintes da ecorregião Nordeste do Brasil. Há também presença de espécies invasoras (Charybdis (charybdis) hellerii e Litopenaeus vannamei, o que pode ocasionar futuros desequilíbrios ambientais uma vez que essas espécies náo possuem predadores naturais na região. Dessa forma, têm-se a necessidade de estudo e preservação da área com intuito de conservação ambiental. Palavras-chave: Estudo de assembléia, diversidade, preservação.

8 8 ABSTRACT - CHAPTER I: DIVERSITY OF CRUSTACEANS DECOPODE OF TROPICAL REGION: LIST OF SPECIES Crustacea Decapoda represent one of the most abundant and diverse groups in both consolidated and non-consolidated marine environments. Coastal regions constitute the largest portion of human population density and, through direct and indirect actions, may negatively impact diversity and population and assembly structuring. Thus, the study aimed at inventorying the diversity of Crustacea Decapoda, constituting the first official species list, with accompanying trawl fauna data, for the state of Rio Grande do Norte. The collections were in the unconsolidated coastal region in the municipality of Baía Formosa, monthly (March / 2013 to February / 2015), by means of an artisanal fishing boat with a single trawl port network, in 6 time-standardized geo-referenced trawls (20min ). A total of 23,218 animals were captured, including Palinura, Brachyura, Caridea, Dendrobranchiata and Anomura, totaling 57 species, among them: Acetes americanus, Alpheus intrinsecus, Nematopalaemon schmitti, Xiphopenaeus kroyeri, Litopenaeus schmitti, Callinectes ornatus and Petrochirus diogenes, as more abundant species. In addition to the new occurrence for the state (Lysmata cf. bahia), there is the occurrence of species with great economic appeal, like Xiphopenaeus kroyerii, which obtained the greatest abundance, showing the importance of the preservation of this area. For the other species, the result was already expected for this region, since the described animals are found in regions with similar geographic characteristics, constituents of the Northeastern Ecoregion of Brazil. There are also invasive species (Charybdis (charybdis) hellerii and Litopenaeus vannamei), which may cause future environmental imbalances since these species do not have natural predators in the region. Therefore, there is a need to study and preserve the area to environmental conservation. Keywords: Assembly study, diversity, preservation.

9 9 1) CAPÍTULO I: DIVERSIDADE DE CRUSTÁCEOS DECAPODA DE REGIÃO TROPICAL: LISTA DE ESPÉCIES FIGUEIREDO, B. M. B.¹; FREIRE, F. A. M.¹; ALENCAR, C. E. R. D.¹; MORAES, S. A. S. N.¹; ROCHA, M. A. L.¹ ¹ Grupo de Estudos Ecológicos e Fisiológicos de Animais Aquáticos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Bruna Figueiredo - brunambfigueiredo@gmail.com 1.1) INTRODUÇÃO Há cerca de espécies de Decapoda descritos (MELO, 1999; MELO 1996; DE GRAVE et al., 2009). Em sua maioria, os mais representativos para a atividade pesqueira apresentam grande porte (macrocrustáceos), sendo itens importantes em atividades pesqueiras e, consequentemente, apresentando uma grande importância econômica (MMA, 2011; MPA, 2011). Por esse motivo os decápodes têm sido alvo de estudos biológicos populacionais, mais frequentemente nos últimos 30 anos (MARTINELLI et al., 2002). Os crustáceos Decapoda em ambiente marinho representam o grupo mais abundante e diverso da macrofauna bentônica, porém, as atividades antrópicas podem impactar negativamente esses animais (ALVES et al., 2012). A atividade humana tem sido continuamente responsável por mudanças ambientais em escalas global e local, e está levando à mudanças na estrutura e composição das comunidades ecológicas, seja pela perda de espécies ou introdução de espécies exóticas (HOOPER et al., 2005; LEÃO et al., 2011). Atividades pesqueiras, destruição de habitat devido à exploração de recursos, liberação de toxinas por fontes de poluição e introdução de espécies exóticas são os principais impactos humanos no ambiente (NORSE, 1993). O mesmo autor ainda chama atenção para o fato que todo o consumo (alimentação, água) humano é dependente dos recursos naturais e que essa exploração sem controle acarretará, possivelmente em breve, na extinção de organismos, havendo necessidade de manejo e preservação. Além do efeito antrópico, a disponibilidade de recursos alimentares (matéria orgânica no solo e nutrientes suspensos) e variação dos fatores ambientais influenciam na abundância e diversidade de espécies (NEGREIROS-FRANSOZO et al., 1997;

10 10 SANTOS, 2010). Fatores como gradiente de profundidade podem afetar a composição das comunidades marinhas (BLAKE & GRASSEL, 1994), bem como influenciar a variação dos fatores ambientais (BERTINI & FRANSOZO, 2002). Estudos de diversidade e distribuição de Decapodas no Brasil veem sendo bastante discutidos nos últimos anos (FRANSOZO et al., 1992; FRANSOZO et al., 1998; COSTA et al., 2008; FURLAN et al., 2012; SILVA et al., 2016; SIMÕES et al., 2012). Esses estudos mostram que os fatores ambientais exercem influencias sobre os fatores bióticos, como o aumento da profundidade, que, para alguns estudos, ocasiona uma maior abundância e diversidade de espécies (BERTINI & FRANSOZO, 2004; BERTINI et al., 2010). Outro fator que influencia a diversida e abundância é a maior concentração de sedimento mais fino (silte e argila) e consequente maior disponibilidade de matéria orgânica no sedimento, que é utilizada pelos crustáceos para alimentação (SANTOS et al., 2010). Além disso, as mudanças climáticas atuais também podem ser responsáveis pela composição das comunidades aquáticas. Essas mudanças estão causando impacto negativo na pesca à nível mundial, que são causadas principalmente devido ao aumento da poluição, afetando os ciclos biogeoquímicos da água e temperatura da mesma (SUMALLIA, et al., 2011). Para o Brasil é observado um aumento anual na produção de pescados, no entando esse aumento vem decaindo quando comparado com os anos anteriores (IBAMA, 2006), gerando preocupação em relação aos estoques pesqueiro. Para o Nordeste do Brasil, estudos de diversidade foram iniciados em 1888, com os estudos de Pocock, o qual descreveu 24 espécies para o arquipélago de Fernando de Noronha. Posteriormente, estudos como os de Rathbun (1900; 1930) descreveram a diversidade no Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Maceió. Coelho et al. (1972) descreveram espécies para o Estado do Rio Grande do Norte e Santos (2004; 2010; 2013) descreveu espécies para o Município de Baía Formosa, área onde foi realizado o presente estudo. No entanto, as informações sobre os animais utilizados para a realização dos estudos citados acima são provenientes de expedições e desembarque de pesca, muitas vezes ocorrendo uma única coleta nas regiões acima citadas, podendo não possuir uma amostragem precisa de, exatamente, quais espécies ocorrem em cada região. Estudos objetivando o conhecimento da biodiversidade Decapoda disponibilizam informações que podem possibilitar o estabelecimento de metas e planos de manejo visando à compreensão e conservação da biota marinha e dos ecossistemas aquáticos. Essas metas e planos garantiriam uma futura extração de recursos segura, para as

11 11 comunidades marinhas, e consciente, para as populações humanas que necessitam desse importante recurso pesqueiro. Além disso, percebe-se a importância sobre o conhecimento da biodiversidade pois permite a sua inclusão em vários acessos de usos imediatos, como livros didáticos e de interesses acadêmicos, na maioria das vezes relacionados ao meio ambiente (WEIGEL, 2001), aprimorando o conhecimento sobre o habitat de vida de várias espécies. A pouca informação acerca da biodiversidade para os estados nordestinos chega a ser preocupante, uma vez que os estados constituintes dessa região, também conhecida como ecorregião Tropical Sudoeste Atlântico (SPALDING et al., 2007), não apresentam período de defeso para a pesca de camarão (SANTOS et al., 2013). Há, então, uma necessidade de estudos para aumentar as informações disponíveis, tanto práticas como teóricas, sobre esse ambiente, pois a maioria das ameaças e impactos à biodiversidade marinha é causada por atividades de pesca e poluição (ALVES et al., 2012). Dessa forma, o presente estudo objetiva realizar um levantamento da carcinofauna Decapoda, através da realização de uma lista de espécies, constituindo a primeira lista de espécies do estado do Rio Grande do Norte com dados de fauna acompanhante.

12 12 1.2) MATERIAIS E MÉTODOS 1.2.1) Área de estudo A área de estudo foi a região costeira do município de Baía Formosa, localizado no litoral sul do Estado do Rio Grande do Norte, a 90 km de Natal (GOVINDIN & MILLER, 2015). A região possui um clima tropical chuvoso, caracterizado por um verão seco, de setembro a dezembro, e estação chuvosa no outono, com presença de precipitação maior entre os meses de janeiro a agosto, cuja temperatura média e umidade relativa anual são em torno de 25,6ºC e 79%, respectivamente (MME, 2005). A área costeira de Baia Formosa sofre influência do rio Curimataú, cujo estuário é classificado como tropical raso (IBGE, 2013). Rios com essa característica apresentam flutuações sazonais em sua temperatura e taxa de produtividade primária até três vezes maior quando comparadas com os rios temperados (ELSER et al., 2007; GREGO et al., 2009). Embora o município tenha a pesca como uma das principais atividades econômicas (MME, 2005), não existe defeso do camarão no Estado do Rio Grande do Norte, bem como nos Estados do Ceará, Paraíba e Pernambuco (SANTOS et al., 2013). Essa informação torna-se preocupante pois a pesca de uma espécie-focal sempre acarretará na pesca de outros indivíduos, conhecidos como bycatch (ALVERSON et al., 1994) ou fauna acompanhante, impactando a abundância de espécies, muitas vezes, não comerciais. Os Estados nordestinos abrangem uma extensão de km de costa, onde se registra a existência de 70 municípios (incluindo Baía Formosa, Rio Grande do Norte), compreendendo a ecorregião Nordeste do Brasil da Província Atlântico Tropical (SPALDING et al., 2007), juntamente com os estados do Maranhão, Piauí, Alagoas, Sergipe e Bahia, onde esses estados possuem a prática da pesca motorizada desde a década de 80 (SANTOS, 2010) ) Coleta de dados As coletas do presente estudo ocorreram mensalmente, no período de março de 2013 a fevereiro de Foram realizados arrastos de barco de pesca artesanal com seis pontos de coleta (Figura 1) sendo Ponto Amostral (P. A.) I à VI.

13 13 A amostragem foi realizada por meio de uma rede de arrasto de 28 mm (de altura e largura entre os ângulos opostos da malha esticada), com esforço de captura de 20 minutos a uma velocidade de 1,08 nós, em média. O material biológico foi triado, separado por ponto amostral, os espécimes foram submetidos a crioanestesia acondicionados em caixas térmicas com gelo picado e depositado no Laboratório de Fauna Aquática, no Departamento de Botânica e Zoologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte para procedimentos de identificação. Figura 1. Mapa da área de estudo com os pontos de coleta amostrados em Baía Formosa RN. A Continente Sul Americano enfatizando país onde o presente estudo foi realizado; B Estado do Rio Grande do Norte, com destaque para o Município de Baía Formosa, região de realização do estudo; C Região costeira do município de Baía Formosa. Pontos amostrais indicados pelos algarismos I, II, III, IV, V e VI. Linha tracejada indicando o caminho percorrido pelo barco de pesca artesanal para realização do arrasto.

14 ) Identificação do Material A biometria ocorreu no Laboratório de Fauna Aquática da UFRN, local onde os os exemplares foram medidos com paquímetro digital Western PRO, tendo sua medida padrão (MP) aferida (medição do cefalotórax). Cálculos da média e desvio padrão dessas medidas foram realizados através do software Microsoft Excel. As espécies que ocorreram uma vez durante o período de coleta (um único exemplar ocorrendo em todo o período de estudo) foram consideradas de ocorrência rara. Os exemplares da Infraordem Brachyura e Achelata foram identificados com o auxílio dos trabalhos de Holthuis (1959), Melo (1996) e Williams (1965, 1984), seguindo a ordem taxonômica proposta por Ng et al. (2008), para os espécimes de Brachyura, e Melo (1996) para os indivíduos de Achelata. Os espécimes de Peneiodea foram identificados a partir dos trabalhos de Burkenroad (1934, 1936) e Holthuis (1980), seguindo a ordem taxonômica de Farfante & Kensley (1997). Os espécimes de Anomura foram identificados com o auxílio dos trabalhos de Melo (1999), Veloso & Melo (1993), Rodriguez et al. (2005) e Nucci & Melo (2007, 2011, 2012 e 2015), seguindo a ordem taxonômica proposta por McLaughlin et al. (2010) e Osawa & McLaughlin (2010). Após identificação preliminar, uma sub-amostra dos lotes (a qual contemplou todas as espécies ocorrentes) armazenados na coleção de Invertebrados da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) foi selecionada para ser submetida à comparação com material do Museu de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Os exemplares coletados no presente estudo foram comparados com, pelo menos, duas fêmeas e dois machos da mesma espécie do material que já se encontrava identificado e tombado no Museu de Oceanografia da UFPE. Após identificação do material, os exemplares coletados no presente estudo retornaram para o Laboratório de Fauna Aquática da UFRN para comparação com o restante do material coletado. Atualmente, todo o material do presente estudo encontra-se tombado na Coleção Oficial da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em 478 lotes (GEEFAA/UFRN-362 à GEEFAA/UFRN-840) ) Estimativas de diversidade e Análises de Dados A diversidade total das espécies ocorrentes foi estimada por dois índices: o de Shannon (PIELOU, 1966) e o de Simpson (SIMPSON, 1949), utilizando permutações do

15 15 tipo bootstrap. Esses índices foram utilizados uma vez que o de Shannon leva em consideração que a comunidade não pode ser completamente inventariada, porém considera todas as espécies com o mesmo peso. Já o de Simpson considera com peso maior as espécies dominantes e dá um peso menor para as espécies raras. A diversidade (H ), então, foi estimada pelo índice de Shannon-Wiener que é capaz de aliar os dois componentes da diversidade: a riqueza de espécies (S), sendo o número de espécies, e equitatividade (J ) que representa a distribuição dos indivíduos entre as espécies. O índice é expresso pela fórmula: s i=1 H [N. ln. (N) = N H J = log²s H = Índice de Shannon n. i. ln(ni)] ni=número de indivíduos amostrados da i-ésima espécie N=número total de indivíduos amostrados S=número total de espécies amostradas. ln=logaritmo de base neperiana pela fórmula: O índice de Simpson (D) (SIMPSON, 1949) também foi utilizado, sendo expresso D = n (n 1) N (N 1) N= Total de organismos presentes n = Total de organismos por espécie Além disso, o índice de Dominância de Simpson também foi mensurado. Ele mede a probabilidade de dois indivíduos que foram selecionados aleatoriamente no conjunto de dados pertencerem à mesma espécie (BROWER & ZARR, 1984). É dado pela fórmula: s C = 1 i=1 ni (ni 1) N (N 1) C = índice de dominância de Simpson

16 16 n i = número de indivíduos amostrados da i-ésima espécie N = número total de indivíduos amostrados; Os dados bióticos e abióticos foram testados quanto a outlier, normalidade e homocedasticidade seguindo a metodologia proposta por Zurr et al. (2010), através do software R (R Development Core Team, 2013). O cálculo dos índices de diversidade ocorreram com a utilização do software Past (versão 2.17, 2013).

17 17 1.3) RESULTADOS 1.3.1) Lista de Espécies Foi coletado um total de organismos, pertencentes a 38 gêneros, 21 famílias e 57 espécies (Tabela 01 a 16). O camarão sete-barbas, Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) foi a espécie mais abundante, com espécimes (76,07%), seguida por Litopenaeus schmitti (Burkenroad, 1936) com 1646 espécimes (6,60%) e Exhippolysmata oplophoroides (Holthuis, 1948) com 1084 espécimes (4,32%). As espécies consideradas de ocorrência rara foram aquelas que cuja coleta aconteceu uma vez durante o tempo do estudo, representando 0,0042% do total de animais coletados, sendo: Alpheus formosus Gibbes, 1850, Hepatus pudibundus (Herbst, 1785), Calappa sulcata Rathbun, 1898, Williamstimpsonia denticulatus (White, 1848), Sicyonia parri (Burkenroad, 1934), Pitho lherminieri (Desbonne in Desbonne & Schramm, 1867), Pagurus leptonyx Forest & de Saint Laurent, 1968, Pagurus brevidactylus (Stimpson, 1859), Damithrax hispidus (Herbst, 1790), Macrocoeloma laevigatum (Stimpson, 1860), Lysmata cf. bahia Rhyne & Lin, 2006 e Isocheles sawaya Forest & de Saint Laurent, Do total capturado, 11 espécimes correspondentes aos puerulus do gênero Panulirus e 249 indivíduos jovens do gênero Callinectes foram removidos da referida lista. Isso ocorreu devido não haver na literatura material de descrição para estes taxa em estágios de vida iniciais. O total geral de animais e suas respectivas distribuições nos pontos amostrais são expostos na Tabela 17.

18 18 Tabela 01. Listagem de espécies Superfamília Penaeoidea Rafinesque, 1815, Subordem Dendrobranchiata Bate, 1888, da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn Mínimo; Máx Máximo; σ: desvio padrão e x : média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e x Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/max FAMÍLIA PENAEIDAE Rafinesque, espécimes analisados, 13 machos e 9 fêmeas Atlântico ocidental. Desde os Estados Unidos (Carolina Xiphopenaeus (Heller, 1862) kroyeri [4,4 : 29,1] 3,41 e 14,48 (adultos). Lote GEEFAA/UFRN-621. Comparado com Xiphopenaeus kroyeri (MOUFPE 1383, coletado em 2000, sem localidade). do Norte) ao Brasil. No Brasil ocorre do nordeste até o sul do Rio Grande do Sul (PÉREZ FARFANTE & KENSLEY, 1997). (Figura 02 A) 7 espécimes analisados, 4 machos e 3 fêmeas Atlântico ocidental. Desde Cuba, Jamaica, Haiti, (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-789, República Dominicana, Porto Rico, Ilhas Virgens, GEEFAA/UFRN-790 e GEEFAA/UFRN-825. Guadalupe, Belize, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Comparado com Litopenaeus schmitti (MOUFPE Colômbia, Venezuela, Trinidad, Guiana, Suriname, Litopenaeus schmitti 1646 [5,2 : 33,5] 2,92 e 21, , coletado em 28/07/1972 em Canal de Santa Cruz PE); Litopenaeus vannamei (MOUFPE 15120, Guiana Francesa e Uruguai. No Brasil ocorre do Amapá ao Rio Grande do Sul (COSTA et al., 2003; SANTOS (Burkenroad, 1936) coletado em 04/05/2012, em Rio Capibaribe, Ilha de et al., 2008). (Figura 02 E) Deus PE, lat. 8º 5'66" sul long. 34º54'09" oeste). 5 espécimes analisados, machos (adultos). Lote Pacífico oriental. Desde o México (Tijuana) ao Peru GEEFAA/UFRN-764. (Arica). No Brasil ocorre em Pará, Bahia, Alagoas, 115 [5,7 : 34,2] 4,7 e 19,1 Comparado com Litopenaeus schmitti (MOUFPE 1400, coletado em 28/07/1972 em Canal de Santa Cruz PE); Litopenaeus vannamei (MOUFPE 15120, Sergipe, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Maranhão, Piauí, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná (BOONE, 1931;

19 19 Litopenaeus vannamei coletado em 04/05/2012, em Rio Capibaribe, Ilha de TAVARES & MENDONÇA, 2004; BARBIERI & (Boone, 1931) Deus PE, lat. 8º 5'66" sul long. 34º54'09" oeste). MELO, 2006). (Figura 02 D) 7 espécimes analisados, 3 machos e 4 fêmeas Atlântico ocidental. Desde os Estados Unidos (Carolina (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-673 e do Norte), Bermudas, Bahamas, Antilhas e ao longo da GEEFAA/UFRN-646. Comparado com Litopenaeus Costa Atlântica da América do Sul. No Brasil ocorre em Farfantepenaeus brasiliensis (Latreille, 1817) (Figura 02 B) 26 [3,8 : 27,8] 2,3 e 17,3 subtilis (MOUFPE 1461, coletado em 19/08/1980 em Tamandaré PE); Litopenaeus. brasiliensis (MOUFPE 1282, coletado em 10/09/ 1979 em Canal de Santa Cruz - PE). toda a região litorânea, até o Rio Grande do Sul (PEREZ-FARFANTE, 1988; COSTA et al., 2003; GUSMÃO et al., 2005). 6 espécimes analisados, 3 machos e 3 fêmeas Antilhas, ao longo da costa ocidental atlântica da (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-696; América Central. No Brasil ocorre do Rio de Janeiro ao GEEFAA/UFRN-690; GEEFAA/UFRN-691. nordeste. (PEREZ-FARFANTE, 1988; GUSMÃO et Farfantepenaeus subtilis (Pérez Farfante, 1967) 766 [4,3 : 28,4] 3,7 e 18,4 Comparado com Litopenaeus subtilis (MOUFPE 1461, coletado em 19/08/1980 em Tamandaré PE); Farfantepenaeus brasiliensis (MOUFPE 1282, al., 2005). (Figura 02 C) coletado em 10/09/ 1979 em Canal de Santa Cruz - PE). 2 espécimes analisados, 1 macho e 1 fêmea (adultos). Mar Mediterrâneo (Bacia Oriental) e Atlântico Lote GEEFAA/UFRN-421. Comparado com Ocidental. Estados Unidos (desde a California) e Golfo Rimapenaeus similis (MOUFPE 1569, coletado do México. No Brasil ocorre em toda a costa, até o sul Rimapenaeus (Smith, 1885) similis 2 [9,1: 1,4] - em S 0º31'33 W47º49'45, sem data); R. constrictus (MOUFPE 1288, coletado em 1962 sem local). do Rio Grande do Sul) (PEREZ-FARFANTE & KINSLEY, 1997). (Figura 02 F)

20 20 FAMÍLIA SICYONIIDAE Ortmann, espécimes analisados, 4 machos e 7 fêmeas Atlântico ocidental. Desde os Estados Unidos (Carolina (adultos). Lote GEEFAA/UFRN-370; do Norte) ao Brasil. No Brasil ocorrem em toda a costa GEEFAA/UFRN-433; GEEFAA/UFRN-434; brasileira, até Santa Catarin) (COSTA et al., 2003). GEEFAA/UFRN-441. Comparado com Sycionia dorsalis (MOUFPE 1650, coletado em 2001, em Foz do Rio São Francisco PE); S. parri (MOUFPE Sicyonia Kingsley, 1878 dorsalis 53 [4,4 : 10,2] 2,9 e 7, , coletado em 19/07/2001 em Itamaracá - PE); S. laevigata (MOUFPE 1675, coletado em 2001, sem local). (Figura 03 A) 3 espécimes analisados, 2 machos e 1 fêmea (adulta). Atlântico Ocidental. Desde Estados Unidos (Beaufort, Lote GEEFAA/UFRN-442. Comparado com Sycionia Carolina do Norte) ao Brasil. Pacífico Oriental laevigata (MOUFPE 1675, coletado em 2001, sem Panamá (Golfo do Panamá) até o México (Mazatla). No Sicyonia laevigata Stimpson, [4,5 : 8,2] 1,93 e 6,67 local); S. parri (MOUFPE 13364, coletado em 19/07/2001, em Itamaracá - PE); S. dorsalis (MOUFPE 1650, coletado em Foz do Rio São Brasil ocorre do Amapá até o Rio Grande do Sul. (COSTA et al., 2003). (Figura 03 B) Francisco - PE). Sicyonia parri 1 5,2-1 espécime analisado, fêmea (adulto). Lote Atlântico Ocidental. Desde os Estado Unidos (Carolina (Burkenroad, 1934) GEEFAA/UFRN-438. Comparado com Sicyonia parri do Norte) ao Brasil. No Brasil ocorre do Maranhão à São (MOUFPE 13364, coletado em Itamaracá - PE em Paulo (COSTA et al., 2003). 19/07/2001); Sicyonia dorsalis (MOUFPE 1650, coletado em Foz do Rio São Francisco, sem data).

21 21

22 22 Tabela 02. Listagem de espécies Superfamília Sergestoidea Dana, 1852 e Subordem Dendrobranchiata Bate, 1888, da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn Mínimo; Máx Máximo; σ: desvio padrão e x : média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e x Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/max Família Sergestidae Dana, 1852 Acetes americanus Ortmann, 1893 (Figura 04) 345 [3,4 : 4,6] 0,43 e 3, espécimes analisados, 24 machos e 11 fêmeas (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-410; GEEFAA/UFRN-414; GEEFAA/UFRN-423; GEEFAA/UFRN-496; GEEFAA/UFRN-497; GEEFAA/UFRN-498; GEEFAA/UFRN-499; GEEFAA/UFRN-502; GEEFAA/UFRN-509; GEEFAA/UFRN-513; GEEFAA/UFRN-529; GEEFAA/UFRN-532; GEEFAA/UFRN-533; GEEFAA/UFRN-534; GEEFAA/UFRN-543; GEEFAA/UFRN-546; GEEFAA/UFRN-548; GEEFAA/UFRN-549; GEEFAA/UFRN-554; GEEFAA/UFRN-556; GEEFAA/UFRN-558; GEEFAA/UFRN-562; GEEFAA/UFRN-568; GEEFAA/UFRN-573. Comparado com Acetes americanus (MOUFPE 1825, coletado em 18/03/19881, lat. 32º06'5" oeste e long. 52º01'00" leste); Acetes paraguayensis (MOUFPE 432, coletado em 17/09/1966 em Ria Araguaia, Aruanã Goiás). Atlântico Ocidental - Guyana, Porto Rico até o Brasil. No Brasil ocorre do Pará até o Rio Grande do Sul. (COSTA et al., 2003).

23 23 Tabela 03. Listagem de espécies Subordem Pleyocemata Burkenroad, 1963, Infraordem Caridea Dana, 1852 e Superfamília Palaemonoidea Rafinesque, 1815 da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn Mínimo; Máx Máximo; σ: desvio padrão e x : média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e x Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/max FAMÍLIA PALAEMONIDAE Rafinesque, 1815; SUBFAMÍLIA PALAEMONINAE Rafinesque, espécimes analisados, 28 machos e 11 fêmeas Atlântico Ocidental. Desde os Estados Unidos (Florida) (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-362; ao Brasil. No Brasil ocorre em toda a costa até o Paraná. GEEFAA/UFRN-363; GEEFAA/UFRN-365; (FERREIRA et al., 2010). GEEFAA/UFRN-367; GEEFAA/UFRN-368; Leander paulensis 57 [5,4 : 12,4] 3,5 e 8,9 GEEFAA/UFRN-369; GEEFAA/UFRN-373; GEEFAA/UFRN-372; GEEFAA/UFRN-374; Ortmann, 1897 GEEFAA/UFRN-375; GEEFAA/UFRN-382; (Figura 05 A) GEEFAA/UFRN-385; GEEFAA/UFRN-390; GEEFAA/UFRN-389; GEEFAA/UFRN-391; GEEFAA/UFRN-395; GEEFAA/UFRN-425; GEEFAA/UFRN-427; GEEFAA/UFRN-429; GEEFAA/UFRN-431; GEEFAA/UFRN-436; GEEFAA/UFRN-439; GEEFAA/UFRN- 727;GEEFAA/UFRN-729; GEEFAA/UFRN-730; GEEFAA/UFRN-731; GEEFAA/UFRN-736. Comparado com Leander paulensis Ortmann, 1897 (MOUFPE 10168, coletado em 15/11/1969 em Vila Velha PE); L. tenuicornis (Say, 1818) (MOUFPE 10107, coletado em 11/07/1972 em Tamandaré PE).

24 24 Nematopalaemon 20 espécimes analisados, 8 machos e 12 fêmeas Atlântico Ocidental. Desde a Guyana até o Brasil. No schmitti (Holthuis, (adultos). Lote GEEFAA/UFRN-619. Comparado Brasil ocorre em toda a costa do país, até o Rio Grande 1950) (Figura 05 B) com Nematopaleomon schmitii (Holthuis, do Sul (FERREIRA et al., 2010) [0,89 a 16,1] 7,6 e 8,5 1950) (MOUFPE 10623, coletado em 1964, sem localidade). Tabela 04. Listagem de espécies Subordem Pleyocemata Burkenroad, 1963, Infraordem Caridea Dana, 1852 e Superfamília Alpheoidea Rafinesque, 1815 da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn Mínimo; Máx Máximo; σ: desvio padrão e x : média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e x Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/max FAMÍLIA ALPHEIDAE Rafinesque, espécime analisado, macho (adulto). Lotes Atlântico Ocidental. Desde os Estados Unidos (Flórida, GEEFAA/UFRN-359. Comparado com Alpheus do Mississippi ao Texas), Cuba, República Dominicana, estuariensis Christoffersen, 1984 (MOUFPE 13633, Trinidad e Tobago, Curaçao e Brasil. Pacífico Leste. coletado em 17/02/1995 em Vila Velha PE); A. Desde o Golfo da Califórnia (Baía Concepción), Costa Alpheus estuariensis Christoffersen, 1984 (Figura 06 A) 1 7,2 - formosus Gibbes, 1850 (MOUFPE 8806, coletado em 22/11/1968 em Piedade - PE); A. intrinsecus Spence Bate, 1888 (MOUFPE 9515, coletado em 12/06/1996 em Acaú - PB) Rica, Panamá à Colômbia (Baía Málaga). No Brasil ocorre do Pará ao Paraná. (CHRISTOFFERSEN, 1984; PIRES et al., 2008). 1 espécime analisada, fêmea (adulta). Lote Atlântico Ocidental. Desde Bermuda, estados Unidos GEEFAA/UFRN-392. Comparado com Alpheus (Carolina do Norte a Florida), Golfo do Mexico,

25 25 estuariensis Christoffersen, 1984 (MOUFPE 13633, Bahamas, Índias Ocidentais, América Central, coletado em 17/02/1995 em Vila Velha PE); A. Colombia, Venezuela e Brazil. No Brasil ocorre no Atol formosus Gibbes, 1850 (MOUFPE 8806, coletado das Rocas, Fernando de Noronha e do Ceará ao Paraná. Alpheus formosus Gibbes, 1850 (Figura 06 B) 1 4,1 - em 22/11/1968 em Piedade - PE); A. intrinsecus Spence Bate, 1888 (MOUFPE 9515, coletado em 12/06/1996 em Acaú - PB). (CHRISTOFFERSEN, 1984; MASUNARI & DUBIASKI-SILVA, 1998; SOLEDADE & ALMEIDA, 2013). 28 espécimes analisados, 21 machos e 7 fêmeas Atlântico Ocidental. Desde Porto Rico ao Brasil. (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-364; Atlântico Oriental, desde o Saara Ocidental ao Gabão. GEEFAA/UFRN-366; GEEFAA/UFRN-371; No Brasil ocorre do Piauí à Santa Catarina. GEEFAA/UFRN-376; GEEFAA/UFRN-377; (CHRISTOFFERSEN, 1998; COELHO et al., 2006; GEEFAA/UFRN-378; GEEFAA/UFRN-379; SOLEDADE & ALMEIDA, 2013). GEEFAA/UFRN-380; GEEFAA/UFRN-381; Alpheus Spence Bate, 1888 intrinsecus 45 [2,5 : 10,6] 1,69 e 5,68 GEEFAA/UFRN-383; GEEFAA/UFRN-386; GEEFAA/UFRN-388; GEEFAA/UFRN-384; GEEFAA/UFRN-387; GEEFAA/UFRN-393; GEEFAA/UFRN-394; GEEFAA/UFRN-397; GEEFAA/UFRN-409; GEEFAA/UFRN-424; GEEFAA/UFRN-435; GEEFAA/UFRN-544; GEEFAA/UFRN-732; GEEFAA/UFRN-733; GEEFAA/UFRN-735; GEEFAA/UFRN-739. Comparado com Alpheus estuariensis Christoffersen, 1984 (MOUFPE 13633, coletado em 17/02/1995 em Vila Velha PE); A. formosus Gibbes, 1850 (MOUFPE 8806, coletado em 22/11/1968 em Piedade - PE); A. intrinsecus Spence Bate, 1888 (MOUFPE 9515, coletado em 12/06/1996 em Acaú - PB). FAMÍLIA LYSMATIDAE Dana, 1852

26 26 1 espécime analisado, fêmea ovígera (adulta). Lote Atlântico ocidental - Panamá (Bocas del Toro) e Brasil. Lysmata cf. bahia*, Rhyne & Lin, ,1 - GEEFAA/UFRN-739. Lysmata wurdemanni (Gibbes, 1850) (MOUFPE 8355, coletado em 1991 em Rio Sergipe - SE). No Brasil ocorre no Ceará, Sergipe, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo (PACHELLE et al., 2016; RHYNE & LIN, 2006; BAEZA, 2008; BARROS-ALVES, (Figura 06 C) 2015). 949 espécimes tombados, dispostos nos lotes Atlântico Ocidental - Estados Unidos (Cape Fear River, GEEFAA/UFRN-926 à GEEFAA/UFRN-954. Carolina do Norte) até Port Aransas, Texas. Guiana Inglesa até o Uruguai. Caribe até a foz do Rio Exhippolysmata oplophoroides (Holthuis, 1948) 1084 [4 : 14,8] 2,10 e 9,42 Amazonas (Brasil). No Brasil ocorre do Amapá ao Rio Grande do Sul. (CHRISTOFFERSEN, 1982; Christoffersen, 2016 in PINHEIRO, M. & BOOS, H, 2016). * Nova ocorrência. Tabela 05. Listagem de espécies Subordem Pleyocemata Burkenroad 1963, Infraordem Achelata Scholtz & Richter, 1995 da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn Mínimo; Máx Máximo; σ: desvio padrão e x : média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e x Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/max FAMÍLIA PALINURIDEA Latreille, 1802

27 27 2 espécimes analisados, fêmeas (adultas). Lote Atlântico Ocidental. Ilhas Atlânticas de Cabo Verde, GEEFAA/UFRN-463. Comparado com P. echinatus Santa Helena, Ilha da Ascensão, Tristão da Cunha, Ilhas (n de tombo 8242; Coletado em Rio Doce - PE, em Canárias, Arquipélogo São Pedro e São Paulo e Brasil 31/05/74; P. laevicauda (MOUFPE 8299, coletado (MELO, 2000). em Piedade - PE em 15/02/1972); P. argus Panulirus Smith, 1869 echinatus 2 [30,6 : 40,7] - (MOUFPE 8258, Tamandaré - PE em 05/02/1989). (Figura 07 A) 3 indivíduos analisados, 2 machos e 1 fêmea Atlântico Ocidental. Golfo do México ao Brasil. No (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-449; Brasil ocorre em toda a região litorânea brasileira GEEFAA/UFRN-466; GEEFAA/UFRN-472; (MELO, 1999). GEEFAA/UFRN-473; GEEFAA/UFRN-597; GEEFAA/UFRN-613; GEEFAA/UFRN-614; GEEFAA/UFRN-744; GEEFAA/UFRN-746. Panulirus laevicauda (Latreille, 1817) 13 [34,9 : 52,5] 6,47 e 38,78 Comparado com Panulirus laevicauda (MOUFPE 8299, Coletado em Piedade - PE, em 15/02/72); P. argus (MOUFPE 8258, em Tamandaré - PE em (Figura 07 B) 05/02/1989); P. echuinatus (MOUFPE 8242, em Rio Doce - PE em 31/06/1974). FAMÍLIA SCYLLARIDAE Latreille, 1825 e SUBFAMÍLIA IBACINAE Holthuis, espécimes analisados, 1 fêmea adulta e 1 fêmea jovem. Lotes GEEFAA/UFRN-419; GEEFAA/UFRN-822. Comparado com Parribacus Atlântico ocidental. Desde os Estados Unidos (Flórida) ao norte do Brasil. Costa sul da África, no Oceano Índico, e no Havaí e Polinésia e no Pacífico Sul. No

28 28 Parribacus antarcticus 2 [19,4 : 23,5] - antarticus (MOUFPE 8313, coletado em Pontal do Brasil ocorre no nordeste com Porto de Galinhos (Lund, 1793) Peba - AL em 12/12/1993). (MELO, 1999; PORTO et al., 2005; GIRALDES et al., 2012). Tabela 06. Listagem de espécies da Subordem Pleyocemata Burkenroad 1963, Infraordem Anomura McLeay, 1838 e Superfamília Paguroidea Latreille, 1802 da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn Mínimo; Máx Máximo; σ: desvio padrão e x : média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e x Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/max FAMÍLIA PAGURIDEA Latreille, espécime analisado, macho (adulto). Lote Atlântico Ocidental. Goldo do México até o Brasil. No GEEFAA/UFRN-443. Comparado com Pagurus Brasil ocorre no nordeste, Santa Catarina e São Paulo brevidactylus (Stimpson, 1859) (MOUFPE 3674, (COELHO & SANTOS, 1980; MELO, 1999; NUCCI & Pagurus brevidactylus (Stimpson, 1859) (Figura 08 D) coletado em Itamaracá - PE, sem data); P. criniticornis (Dana, 1852) (MOUFPE 5010, coletado em 11/03/1989 em Forte Orange - Itamaracá - PE). MELO, 2007). 3 espécimes analisados, fêmeas (adultas). Lote Atlântico Ocidental. Golfo do México, Antilhas, Norte GEEFAA/UFRN-883. Comparado com Pagurus da América do Sul, Colômbia e Venezuela. No Brasil brevidactylus (Stimpson, 1859) (MOUFPE 3674, ocorre d Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, coletado em Itamaracá - PE, sem data); P. Uruguai e Argentina (COELHO & SANTOS, 1980; criniticornis (Dana, 1852) (MOUFPE 5010, MELO, 1999; NUCCI & MELO, 2007).

29 29 Pagurus (Dana, 1852) criniticornis 3 [2,7 : 3,7] 0,5 e 3,2. coletado em 11/03/1989 em Forte Orange - Itamaracá - PE). (Figura 08 E) 1 espécime analisado, fêmea (adulta); Lote Atlântico Ocidental. Desde a Venezuela ao Brasil. No GEEFAA/UFRN-446. Comparado com Pagurus Brasil ocorre do Ceará à Santa Catarina (MELO, 1999; criniticornis (Dana, 1852) (MOUFPE 5010, NUCCI & MELO, 2007). Pagurus leptonyx Forest & de Saint Laurent, ,6 - coletado em 11/03/1989 em Forte Orange - Itamaracá - PE); P. brevidactylus (Stimpson, 1859) (MOUFPE 3674, coletado em Itamaracá - PE, sem data). FAMÍLIA DIOGENIDAE Ortmann, espécimes analisados, 13 machos e 6 fêmeas Atlântico Ocidental. Estados Unidos (Florida), Dardanus venosus (H. Milne Edwards, 1848) 32 [7,3 : 40,3] 12,58 e 29,03 (adultos); Lotes GEEFAA/UFRN-467; GEEFAA/UFRN-512; GEEFAA/UFRN-521; GEEFAA/UFRN-526; GEEFAA/UFRN-797; Bermudas, Antilhas, Venezuela e região Norte da América do Sul. No Brasil ocorre do Pará ao Rio de Janeiro, incluindo Rocas, Fernando de Noronha, Ceará (Figura 08 A) GEEFAA/UFRN-824. Compardo com Dardanus venosus (H. Milne Edwards, 1848) (MOUFPE 3855, e Rio Grande do Norte (MELO, 1999; NUCCI & MELO, 2015). coletado em 1973, sem local); D. fucosus Biffar & Provenzano, 1972 (MOUFPE 3903, sem data, sem local); D. insignes (de Saussure, 1858) (MOUFPE 3824, coletado em 01/11/1968, sem local). Isocheles sawayai Forest 1 espécime analisado, fêmea (adulta); Lote Atlântico Ocidental. Desde a Venezuela ao Brasil. No & de Saint Laurent, 1968 (Figura 08 B) 1 13,6 - GEEFAA/UFRN-448. Comparado com Isocheles sawayai (MOUFPE 3798, coletado em 16/08/1964 em Fortaleza CE). Brasil o corre em toda a costa até Santa Catarina) (MELO, 1999; NUCCI & MELO, 2015). 17 espécimes analisados, 12 machos e 5 fêmeas Atlântico occidental. Estados Unidos (Carolina do (adultos); Lotes GEEFAA/UFRN-531; Norte ao Sul da Flórida), Caribe e Golfo do México. No

30 30 GEEFAA/UFRN-564; GEEFAA/UFRN-575; Brasil ocorre em todo o litoral (MELO, 1999; NUCCI Petrochirus diogenes (Linnaeus, 1758) ] 95 [3,1 : 83,2] 16,77 e 31,93. GEEFAA/UFRN-589. Comparado com Petrochirus diogenes (MOUFPE 3552, coletado em 26/04/1983, Praia dos Carneiros PE). & MELO, 2015). (Figura 08 C)

31 31 Tabela 07. Listagem de espécies da Subordem Pleyocemata Burkenroad 1963, Infraordem Anomura McLeay, 1838 e Superfamília Galatheoidea Samouelle, 1819 da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn Mínimo; Máx Máximo; σ: desvio padrão e x : média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e x Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/max FAMÍLIA PORCELLANIDAE Haworth, espécimes analisados, 1 macho e 1 fêmea Atlântico Ocidental. América Central (Honduras), (adultos). Lote GEEFAA/UFRN-432. Comparado Venezuela, Suriname e Brasil (do Pará até Santa com Minyocerus angustus (Dana, 1852) (MOUFPE Catarina) (MELO, 1999). Minyocerus angustus 2 [2,8 : 3,4] , coletado em 26/08/1988 em Itamaracá PE). (Dana, 1852) (Figura 09 A) 2 espécimes analisados, fêmeas (adultas). Lote Atlântico ocidental. Desde os Estads Unidos (Carolina GEEFAA/UFRN-087. Comparado com Porcellana do Norte, Carolina do Sul, Geórgia, Flórida, sayana (MOUFE 7722, coletado em outubro de Mississippi, Louisiana e Texas), México (Tamaulipas, 1966, em Praia de Piedade, Município de Jaboatão Veracruz, Campeche, Yucatán e Quintana Roo), Belize PE) (Twin Cays), Panamá (Caledonia Bay), Bahamas,Cuba, Jamaica, Porto Rico, Ilhas Virgens, Antigua, Barbados, Porcellana (Leach, 1820) sayana 2 [3,6 : 4,8] - Colômbia (Golfo de Morrosquillo, La Guajira, Cabo De La Vela e Ilhas de Providência, Rosário e Santa Marta), Venezuela (Ilhas Blanquilla, Los Roques, Margarita, (Figura 09 B) Cubagua e Coche), Guiana, Suriname, Guiana Francesa e Uruguai. No Brasil ocorre do Amapá ao Rio Grande do Sul (MELO, 1999; RODRIGUEZ et al., 2005).

32 32

33 33 Tabela 08. Listagem de espécies da Subordem Pleyocemata Burkenroad 1963, Infraordem Brachyura Linnaeus, 1758, Seção Eubrachyura Saint Laurent, 1980, Subseção Heterotremata Guinot, 1977 e Superfamília Aethroidae Dana, 1851 da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn Mínimo; Máx Máximo; σ: desvio padrão e x : média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e x Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/max FAMÍLIA AETHRIDAE Dana, espécimes analisados, 5 machos e 2 fêmeas (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-417; GEEFAA/UFRN-454; GEEFAA/UFRN-458 Atlântico Ocidental. Desde Colômbia, Venezuela, Guianas ao Brasil. No Brasil ocorre do Amapá à Santa Catarina (MELO, 1999; MELO, 2000). Hepatus Holthuis, 1959 gronovii 15 [9,3 : 40,7] 9,43 e 21,91. Comparado com H. gronovii (MOUFPE 5338, coletado em Baia do Tubarão - MA em 1975); H. (Figura 10 A) scaber (MOUFPE 5313, coletado em 1988, sem localidade). 1 espécime analisado, macho (adulto). Lote Atlântico Ocidental. Ocorre ao sul dos Estados Unidos, Hepatus pudibundus (Herbst, 1785) (Figura 10 B) 1 17,3 mm. - GEEFAA/UFRN-417. Comparado com Hepatus pudibundus (MOUFPE 13105; coletada em 15/07/1998, sem local); Calappa ocellata (MOUFPE 5216, coletado em Rio Paripe - Itamaracá - PE em 15/09/1969). Guiné à África do Sul. No Brasil ocorre em toda a região costeira até o sul do Rio Grande do Sul (MELO, 19996; MELO, 2000).

34 34

35 35 Tabela 09. Listagem de espécies da Subordem Pleyocemata Burkenroad 1963, Infraordem Brachyura Linnaeus, 1758, Seção Eubrachyura Saint Laurent, 1980, Subseção Heterotremata Guinot, 1977 e Superfamília Calappoidea De Haan, 1833 da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn Mínimo; Máx Máximo; σ: desvio padrão e x : média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e x Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/max FAMÍLIA CALAPPIDAE De Haan, espécimes analisados, machos (adultos). Lotes Atlântico Ocidental. Desde os Estados Unidos (Carolina GEEFAA/UFRN-451 e GEEFAA/UFRN-514. do Norte a Flórida), Golfo do México, Antilhas, Comparado com Calappa ocellata Holthuis, Colômbia, Venezuela e Brasil (Amapá ao Rio de Calappa Holthuis, 1958 ocellata 2 [25 : 47,1] (MOUFPE 5216, coletado em Rio Paripe - Itamaracá - PE em 15/09/1969). Janeiro) (MELO, 2000). (Figura 11 A) 1 espécime analisado, macho (adulto). Lote Atlântico Ocidental. Desde os Estados Unidos (Carolina Calappa sulcata Rathbun, ,2 - GEEFAA/UFRN-840. Comparado com Calappa ocellata Holthuis, 1958 (MOUFPE 5216, coletado em Rio Paripe - Itamaracá - PE em 15/09/1969). do Norte, à Flórida), Golfo do México, Antilhas, Colômbia, Guianas, Venezuela e Brasil (Amapá ao Espírito Santo, Paraná) (MELO, 2000). (Figura 11 B)

36 36 Tabela 10. Listagem de espécies da Subordem Pleyocemata Burkenroad 1963, Infraordem Brachyura Linnaeus, 1758, Seção Eubrachyura Saint Laurent, 1980, Subseção Heterotremata Guinot, 1977 e Superfamília Eriphioidea MacLeay, 1838 da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn Mínimo; Máx Máximo; σ: desvio padrão e x : média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e x Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/max FAMÍLIA MENIPPIDAE Ortmann, espécimes analisados, 1 macho e 1 fêmea Atlântico ocidental. Desde os Estados Unidos (Flórida), Menippe nodifrons Stimpson, 1859 (Figura 12 A) 2 [34,5 : 48,2] - (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-469 e GEEFAA/UFRN-470. Comparado com Menippe nodifrons Stimpson, 1859 (MOUFPE 2823, coletado em Calhetas - PE, em 05/09/1990). Golfo do México, América Central, Antilhas, região norte da América do Sul, Guianas e Brasil. Atlântico oriental, de Cabo Verde até Angola. No Brasil ocorre do Maranhão à Santa Catarina (MELO, 1996).

37 37 Tabela 11. Listagem de espécies da Subordem Pleyocemata Burkenroad 1963, Infraordem Brachyura Linnaeus, 1758, Seção Eubrachyura Saint Laurent, 1980, Subseção Heterotremata Guinot, 1977, Superfamília Leucosioidea Samouelle, 1819 da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn Mínimo; Máx Máximo; σ: desvio padrão e x : média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e x Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/max FAMÍLIA LEUCOSIIDAE Samouelle, 1819 e SUBFAMÍLIA EBALIINAE Stimpson, espécimes analisados, machos (adultos). Lote Atlântico Ocidental. Desde os Estados Unidos (Flórida) Ebalia stimpsoni A. Milne-Edwards, ,4 - GEEFAA/UFRN-411. Comparado com Ebalia stimpsoni A. Milne-Edwards, 1880 (MOUFPE 13760, coletado em 25/11/2003 em Bacia Potiguar ao Brasil. No Brasil ocorre do Amapá ao Rio Grande do Sul (MELO, 2000). RN). 15 espécimes espécimes, 7 machos e 8 fêmeas Atlântico Ocidental. Desde a Venezuela, Suriname, (adultas). Lote GEEFAA/UFRN-455; Guiana Francesa e Brasil. No Brasil ocorre do Amapá à GEEFAA/UFRN-471; GEEFAA/UFRN-480; São Paulo (MELO, 1996; MELO, 2000). Persephona lichtensteinii Leach, [14,5 : 23,8] 3,24 e 20,56 GEEFAA/UFRN-482; GEEFAA/UFRN-527; GEEFAA/UFRN-530. Comparado com Persephona lichtensteinii Leach, 1817 (MOUFPE 6333, (Figura 13 A) coletado em 13/11/1977 em Tamandaré PE); Persephona punctata (Linnaeus, 1758) (MOUFPE 13465, 04/11/2005 em Santo Aleixo - PE).

38 38 Persephona punctata (Linnaeus, 1758) (Figura 13 B) 5 [17,3 : 35,6] 6,80 e 24,46. 5 espécimes, 3machos e 2 fêmeas (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-461; GEEFAA/UFRN-517 e GEEFAA/UFRN-523. Comparado com Persephona punctata (Linnaeus, 1758) (MOUFPE 13465, coletado em 04/11/2005 em Ilha de Santo Aleixo PE); Persephona licheisteinii Leach, 1817 (MOUFPE 6333, coletado em 13/11/1977 em Tamandaré - PE) Atlântico Ocidental. Antilhas, Colombia, Venezuela, Guianas e Brasil. No Brasil ocorre do Amapá ao Rio Grande do Sul (MELO,1996; MELO, 2000). Tabela 12. Listagem de espécies da Subordem Pleyocemata Burkenroad 1963, Infraordem Brachyura Linnaeus, 1758, Seção Eubrachyura Saint Laurent, 1980, Subseção Heterotremata Guinot, 1977 e Superfamília Majoidea Samouelle, 1819 da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn Mínimo; Máx Máximo; σ: desvio padrão e x : média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e x Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/max FAMÍLIA EPIALTIDAE MacLeay, 1838 e SUBFAMÍLIA EPIALTINAE MacLeay, 1838 Acanthonyx dissimulatus Coelho, 1993 (Figura 14 A) 4 [2,7 : 5,6] 1,31 e 3,83 4 espécimes analisados, 2 machos e 2 fêmeas (adultos), Lotes GEEFAA/UFRN-437; GEEFAA/UFRN-551; GEEFAA/UFRN-555; GEEFAA/UFRN-572; GEEFAA/UFRN-574. Compardo com Acantonyx dissimulatus Coelho, 1993 (MOUFPE 4109, coletado em Itamaracá PE em 17/01/1969). Atlântico Ocidental.No Brasil ocorre do Piauí à Bahia e em São Paulo (MELO, 1996; COELHO et al., 2008; TAMBURUS & MANTELLATO, 2012).

39 39 3 espécimes analisados, 1 macho e 2 fêmeas Atlântico Ocidental. Desde os Estados Unidos (Flórida), Epialtus bituberculatus H. Milne Edwards, [4,3 : 5,1] 0,42 e 4,63 (adultos). Lote GEEFAA/UFRN-403. Comparado com Epialtus bituberculatus H. Milne Edwards, 1834 (MOUFPE 4509, coletado em Praia da Piedade Golfo do México, Antilhas, Colombia, Venezuela. No Brasil ocorre do Piauí até São Paulo (LIMA-JÚNIOR, et al., 2010). (Figura 14 B) - PE, em 02/06/1988). 1 espécime analisado, fêmea (adulto). Lote Atlântico Ocidental. Desde os Estados Unidos (Florida), Macrocoeloma laevigatum (Stimpson, 1860) 1 7,1 - GEEFAA/UFRN-404. Comparado com Macroceloma laevigatum (Stimpson, 1860) (MOUFPE 4327, coletado em Recife - PE, em 2003); M. concavum Miers, 1886 (MOUFPE 4416, Golfo do México, Antilhas e Brasil. No Brasil ocorre do Pará ao Alagoas (MELO, 2000). (Figura 14 C) Coletado em Recife - PE, sem data). FAMÍLIA INACHIDAE MacLeay, 1838 e SUBFAMÍLIA PODOCHELINAE Neumann, espécime analisado, macho (adulto). Lote Atlântico Ocidental. Colômbia e Brasil. No Brasil Coryrhynchus Stebbing, 1914 algicola 2 [2,6 : 3,1] - GEEFAA/UFRN-402. Comparado com Coryrhynchus algicola Stebbing, 1914 (MOUFPE 13419, coletado em março de 2004 em Ilheus ocorre do Maranhão a São Paulo (MELO, 1996). BA). FAMÍLIA INACHIDAE MacLeay, 1838 e SUBFAMÍLIA TYCHINAE Dana, 1851 Pitho lherminieri 1 espécime analisado, macho (adulto). Lote Atlântico Ocidental. Desde os Estados Unidos (Desbonne 1867) (Figura 14 D) 1 2,3 - GEEFAA/UFRN-405. Comparado com Pitho lherminieri (Desbonne 1867) (MOUFPE 13903, coletado em 17/11/2003 na Bacia Potiguar RN). (California a Florida), Golfo do México, Antilhas e Brasil. No Brasil ocorre em Fernando de Noronha e do Pará à São Paulo (MELO, 1996).

40 40 1 5,9 1 espécime analisado, macho (adulto). Lote Atlântico Ocidental. Desde os Estados Unidos Damithrax (Herbst, 1790) hispidus GEEFAA/UFRN-462. Comparado com Damithrax hispidus (Herbst, 1790) (MOUFPE 6145, coletado em Praia do Janga PE em 17/08/1993; Damithrax (Delaware à Flórida), Golfo do México, Antilhas e Brasil. No Brasil ocorre do Pará à Santa Catarina (MELO, 1996; WINDSOR & FELDER, 2014). (Figura 14 E) tortugae (Rathbun, 1920) (MOUFPE 4891, coletado em 1985, sem localidade). FAMÍLIA INACHIDAE MacLeay, 1838 e SUBFAMÍLIA PISINAE Dana, espécimes analisados, 2 machos e 2 fêmeas Atlântico Ocidental. América Central, Guianas e Brasil. (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-464; No Brasil ocorre do Ceará ao Rio de Janeiro e Paraná GEEFAA/UFRN-465; GEEFAA/UFRN-474; (MELO, 1996; MELO, 2000). GEEFAA/UFRN-477; GEEFAA/UFRN-478; Stratiolibinia bellicosa (Oliveira, 1944) 12 [36,4 : 58,2] 8,36 e 44,06. GEEFAA/UFRN-479; GEEFAA/UFRN-615; GEEFAA/UFRN-620; GEEFAA/UFRN-588; GEEFAA/UFRN-616; GEEFAA/UFRN-830. (Figura 14 F) Comparado com Stratiolibina bellicosa (MOUFPE 4374, coletado em Fortaleza CE, sem localidade, em 1962). Notolopas brasiliensis 5 espécimes analisados, 3 machos e 2 fêmeas sendo Atlântico Ocidental. Desde Colômbia, Venezuela ao Miers, 1886 uma ovígera (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-398; Brasil. No Brasil ocorre do Amapá à São Paulo (MELO, (Figura 14 G) 6 [6,3 : 40,9] 5,24 e 15,73 GEEFAA/UFRN-406; GEEFAA/UFRN-408; GEEFAA/UFRN-550. Comparado com Notolopas brasiliensis Miers, 1886 (MOUFPE 15463, 1996; MELO, 2000). coletado na Bacia Potiguar - RN, sem data).

41 41 Tabela 13. Listagem de espécies da Subordem Pleyocemata Burkenroad 1963, Infraordem Brachyura Linnaeus, 1758, Seção Eubrachyura Saint Laurent, 1980, Subseção Heterotremata Guinot, 1977 e Superfamília Pilumnoidea Samouelle, 1819 da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn Mínimo; Máx Máximo; σ: desvio padrão e x : média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e x Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/max FAMÍLIA PILUMNIDAE Samouelle, 1819 e SUBFAMÍLIA PILUMNINAE Samouelle, indivíduos analisados, 1 macho e 1 fêmea. Lote Atlântico Ocidental. Estados Unidos (Carolina do Norte), - GEEFAA/UFRN-440. Comparado com Pilumnus reticulatus Stimpson, 1860 (MOUFPE 13508, Antilhas, região Norte da América do Sul e Brasil. No Brasil ocorre do Rio Grande do Norte à Santa Catarina Pilumnus dasypodus Kingsley, [3 : 4,3] coletado em 03/03/2006 em Ilha de Santo Aleixo PE); Pilumnus daysipodus Kingsley, 1879 (MOUFPE 10569, coletado em 18/10/1997 em Praia (MELO, 1996; LIMA-JÚNIOR et al., 2010; MORAES et al. 2015). (Figura 15 A) dos Carneiros - PE); Pilumnus caribaeus Desbonne in Desbonne & Schramm, 1867 (MOUFPE 6669, coletado em 19/07/1987, sem localidade). - 2 espécimes analisados, 1 macho e 1 fêmea. Lotes GEEFAA/UFRN-557; GEEFAA/UFRN-563. Comparado cm Pilumnus reticulatus Stimpson, 1860 (MOUFPE 13508, coletado em 03/03/2006 em Ilha de Santo Aleixo PE); Pilumnus daysipodus Kingsley, 1879 (MOUFPE 10569, coletado em 18/10/1997 em Praia dos Carneiros - PE); Pilumnus Atlântico Ocidental. Golfo do México, Antilhas e Brasil. No Brasil ocorre do Amapá ao Rio Grande do Sul (MELO, 1996).

42 42 Pilumnus diomedeae Rathbun, 1894 (Figura 15 B) 2 [6,2 : 10,6] caribaeus Desbonne in Desbonne & Schramm, 1867 (MOUFPE 6669, coletado em 19/07/1987, sem localidade). Pilumnus reticulatus 3 espécimes analisados, 2 machos e 1 fêmea. Lotes Atlântico Ocidental. América Central, Antilhas, região Stimpson, 1860 GEEFAA/UFRN-444; GEEFAA/UFRN-445; norte da América do Sul e Brasil (Pará ao Rio Grande (Figura 15 C) 6 [3,3 : 5,5] 1,3 e 4,7 GEEFAA/UFRN-447. Comparado com Pilumnus reticulatus Stimpson, 1860 (MOUFPE 13508, coletado em 03/03/2006 em Ilha de Santo Aleixo do Sul) (MELO, 1996; LIMA-JÚNIOR et al., 2010 ). PE); Pilumnus daysipodus Kingsley, 1879 (MOUFPE 10569, coletado em 18/10/1997 em Praia dos Carneiros - PE); Pilumnus caribaeus Desbonne in Desbonne & Schramm, 1867 (MOUFPE 6669, coletado em 19/07/1987, sem localidade).

43 43 Tabela 14. Listagem de espécies da Subordem Pleyocemata Burkenroad 1963, Infraordem Brachyura Linnaeus, 1758, Seção Eubrachyura Saint Laurent, 1980, Subseção Heterotremata Guinot, 1977 e Superfamília Portunoidea Rafinesque, 1815 da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn Mínimo; Máx Máximo; σ: desvio padrão e x : média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e x Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/max FAMÍLIA PORTUNIDAE Rafinesque, 1815 e SUBFAMÍLIA PORTUNINAE Rafinesque, indivíduos analisados, 4 machos e 2 fêmeas. Lotes Atlântico Ocidental. Estados Unidos (Carolina do Norte), GEEFAA/UFRN-452; GEEFAA/UFRN-460; Antilhas, região norte da América do Sul e Brasil. No GEEFAA/UFRN-590; GEEFAA/UFRN-623; Brasil ocorre no Ceará ao Rio Grande do Sul (MELO, Arenaeus cribrarius (Lamarck, 1818) 23 [31,7 : 85,9] 17,78 e 63,22. GEEFAA/UFRN-755. Comparado com Arenaeus cribrarius (Lamarck, 1818) (MOUFPE 6862, coletado em 17/08/1989 em Piedade PE, área do 1996). (Figura 16 A) Hospital da aeronáutica). 7 espécimes analisadas, 4 machos e 3 fêmeas Atlântico Ocidental. Bermudas, Estados Unidos (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-450; (Flórida, Golfo do México, Antilhas, Colômbia, GEEFAA/UFRN-453; GEEFAA/UFRN-580; Venezuela e Brasil. No Brasil ocorre no Rio Grande do Callinectes danae Smith, 1869 (Figura 16 B) 39 [19,20 : 87,50] 12,62 e 64,67 GEEFAA/UFRN-622; GEEFAA/UFRN-625; GEEFAA/UFRN-756. Comparado com Callinectes danae Smith, 1869 (MOUFPE 7752, coletado em 30/09/2005, sem localidade); Callinectes ornatus Norte ao Rio Grande do Sul (MELO, 1996; COSTA & NEGREIROS-FRANSOZO, 2003; LIMA-JÚNIOR et al., 2010).

44 44 Ordway, 1863 (MOUFPE 13795, coletado em 21/11/2003, sem localidade). 28 espécimes analisados, 17 machos e 11 fêmeas Atlântico Ocidental. Desde os Estados Unidos (Carolina (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-457; do Norte à Flórida), Golfo do México, Antilhas, GEEFAA/UFRN-484; GEEFAA/UFRN-485; Colômbia, Venezuela e Guianas. No Brasil ocorre do GEEFAA/UFRN-486; GEEFAA/UFRN-487; Amapá ao Rio Grande do Sul (MELO, 1996). Callinectes ornatus 244 [4,3 : 61,2] 18,16 e 48,46. GEEFAA/UFRN-488; GEEFAA/UFRN-524; GEEFAA/UFRN-489; GEEFAA/UFRN-577; Ordway, 1863 GEEFAA/UFRN-585; GEEFAA/UFRN-587; (Figura 16 C) GEEFAA/UFRN-595; GEEFAA/UFRN-600; GEEFAA/UFRN-599; GEEFAA/UFRN-601; GEEFAA/UFRN-602; GEEFAA/UFRN-605; GEEFAA/UFRN-606; GEEFAA/UFRN-607; GEEFAA/UFRN-611; GEEFAA/UFRN-612; GEEFAA/UFRN-624; GEEFAA/UFRN-626; GEEFAA/UFRN-627; GEEFAA/UFRN-628; GEEFAA/UFRN-629; GEEFAA/UFRN-630; GEEFAA/UFRN-631; GEEFAA/UFRN-632; GEEFAA/UFRN-633; GEEFAA/UFRN-634; GEEFAA/UFRN-635; GEEFAA/UFRN-636; GEEFAA/UFRN-823. Comparado com Callinectes danae Smith, 1869 (MOUFPE 7752, coletado em 30/09/2005, sem localidade); Callinectes ornatus Ordway, 1863 (MOUFPE 13795, coletado em 21/11/2003, sem localidade). 1 espécime analisado, fêmea (adulta). Lote Atlântico ocidental. Nova Scocia, Argentina (incluindo GEEFAA/UFRN-468. Comparado com Callinectes Bermudas), Antilhas, Mar do Caribe e Atlântico danae Smith, 1869 (MOUFPE 7752, coletado em Oriental (Mar Noth e sudoeste da França), sul da Itália Callinectes Rathbun, 1896 sapidus 4 [72,0 : 89,70] 9,96 e 75,23 30/09/2005, sem localidade); Callinectes ornatus e Japão (MELO, 1996). No Brasil ocorre do Amapá ao Rio Grande do Sul.

45 45 (Figura 16 D) Ordway, 1863 (MOUFPE 13795, coletado em 21/11/2003, sem localidade). 5 espécimes analisados, 3 machos e 2 fêmeas Atlântico Ocidental. Estados Unidos, Antilhas, Guianas Cronius (Stimpson, 1871) tumidulus 5 [5,2 : 11,8] 2,57 e 25,53 (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-428; GEEFAA/UFRN-519. Comparado com Cronius tumidurus (Stimpson, 1871) (MOUFPE 13807, e Brasil. No Brasil ocorre do Pará à São Paulo (MELO, 1996). coletado em 15/11/2003, sem localidade). FAMÍLIA PORTUNIDAE Rafinesque, 1815 SUBFAMÍLIA THALAMITINAE Paul'son, 1875 Charybdis (Charybdis) 3 espécimes analisados, 1 macho e 2 fêmeas Indo-Pacífico. Região Costeira do Pacífico. Atlântico hellerii (A. Milne- (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-456; Ocidental. Estados Unidos (Flórida), Colômbia, Edwards, 1867) GEEFAA/UFRN-570; GEEFAA/UFRN-571; Venezuela e Cuba. No Brasil ocorre em toda a costa, (Figura 16 E) 10 [6,1 : 46,9] 17,04 e 25,53 GEEFAA/UFRN-581; GEEFAA/UFRN-728; GEEFAA/UFRN-829. Comparado com Charybdes exceto Sergipe, Espírito Santo, Paraná e Rio Grande do Sul (MELO, 1996; MANTELATO & DIAS, 1999). hellerii (MOUFPE , coletado em 27/09/2004 em Pontal do Maceio, Fortim CE).

46 46 Tabela 15. Listagem de espécies da Subordem Pleyocemata Burkenroad 1963, Infraordem Brachyura Linnaeus, 1758, Seção Eubrachyura Saint Laurent, 1980, Subseção Heterotremata Guinot, 1977 e Superfamília Xanthoidea MacLeay, 1838 da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn Mínimo; Máx Máximo; σ: desvio padrão e x : média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e x Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/max FAMÍLIA PANOPEIDAE Ortmann, 1893 Hexapanopeus caribbaeus (Stimpson, 1871) (Figura 17 A) 3 [7,3 : 10,5] 1,70 e 8,57 3 espécimes analisados, 1 macho e 2 fêmeas (adultos). Lotes GEEFAA/UFRN-415; GEEFAA/UFRN-430; GEEFAA/UFRN-525; GEEFAA/UFRN-559. Comparado cm Hexapanopeus caribbaeus (Stimpson, 1871) (MOUFPE 2594, coletado em 11/12/1989 em Forte Orange PE); Hexaponopeus paulensis Rathbun, 1930 (MOUFPE 5880, em 26/05/1990 em Forte Orange- PE). Atlântico Ocidental. Antilhas, região nordeste da América do Sul e Brasil. No Brasil ocorre do Piauí ao Rio Grande do Sul (MELO, 1996). Hexapanopeus paulensis Rathbun, 1930 (Figura 17 B) 10 [4,2 : 10,6] 1,95 e 7,22 4 espécimes analisados, 1 machos e 3 fêmeas (2 fêmeas ovígeras). Lotes GEEFAA/UFRN-416. Comparado com Hexapanopeus caribbaeus (Stimpson, 1871) (MOUFPE 2594, coletado em 11/12/1989 em Forte Orange PE); Hexaponopeus paulensis Rathbun, 1930 (MOUFPE 5880, em 26/05/1990 em Forte Orange- PE). Atlântico Ocidental. Estados Unidos (Sul da Carolina à Flórida) e Golfo do México. No Brasil ocorre do Pará à Santa Catarina (MELO, 1996).

47 47 FAMÍLIA XANTHIDAE MacLeay, 1838 e SUBFAMÍLIA XANTHINAE MacLeay, espécime analisado, macho (adulto). Lote Atlântico Ocidental. Estados Unidos (Flórida), Williamstimpsonia denticulatus (White, 1848) 1 11,6 - GEEFAA/UFRN-400. Comparado com Williamstimpsonia denticulatus (White, 1848) MOUFPE 2686, coletado 29/11/1978 em Praia de Suape PE); Xanthodius parvulus (Fabricius, Bermuda, Golfo do México, Antilhas e Venezuela. No Brasil ocorre no Arqueipélogo São Pedro e São Paulo, do Ceará à Bahia e São Paulo (MELO, 1996). 1793) (MOUFPE 5896, coletado em Ilha do Farol, Atol das rocas PE, sem data).

48 48 Tabela 16. Listagem de espécies da Subordem Pleyocemata Burkenroad 1963, Infraordem Brachyura Linnaeus, 1758, Seção Eubrachyura Saint Laurent, 1980, Subseção Heterotremata Guinot, 1977 e Superfamília Pinnotheroidea De Haan, 1833 da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de Organizados por Família/Espécie com N, tamanho padrão (Mìn Mínimo; Máx Máximo; σ: desvio padrão e x : média), Material Comparativo e Distrbuição Geográfica, informada respectivamente. Família/Espécie (N) Tamanho σ e x Material de Identificação e Comparação Distribuição Geográfica mín/max FAMÍLIA PINNOTHERIDAE De Haan, 1833 e SUBFAMÍLIA PINNOTHERINAE Alcock, 1900 Dissodactylus 2 espécimes analisados, machos (adultos). Lote Atlântico Ocidental. Estados Unidos, região nordeste da crinitichelis 1901 Moreira, 2 [4 : 4,4] - GEEFAA/UFRN-399. Comparado com Dissodactylus crinitichelis Moreira, 1901 América do Sul, constituindo Brasil e Argentina (região costeira). No Brasil ocorre do Pará ao Rio Grande do (Figura 18 A) (MOUFPE 6240, coletado em 09/04/1993 em Praia de Itamaracá - PE). Sul (MELO, 1996).

49 49 Tabela 17. Espécies coletadas na enseada de Baía Formosa entre março de 2013 a fevereiro de 2015, com suas respectivas presenças e abundância total nos pontos amostrais. Espécies I II III IV V VI Xiphopenaeus kroyeri Litopenaeus schmitti Litopenaues vanammai Farfantepenaeus brasiliensis Farfantepenaeus subtilis Rimopenaeus similis Sicyonia dorsalis Sicyonia laevigata Sicyonia parri Acetes americanos Leander paulensis Nematopalaemon schmitti Alpheus estuarensis Alpheus formosus Alpheus intrinsecus Lysmata cf. bahia Exhippolysmata oplophoroides Panulirus echinatus Panulirus laevicauda Parribaus antarcticus Pagurus brevidactylus Pagurus crinicornis Pagurus leptonyx Dardanus venosus Isocheles sawayai Petrochirus diogenes Minyocerus angustus Porcellana sayana Hepatus gronovii Hepatus pudibundus Calappa ocellata Calappa sulcata Mennipe nodifrons Ebalia stimpsoni Persephona lichtensteini Persephona punctata Acanthonyx dissimulatus Epialtus bituberculatus Macroceloma laevigatum Coryrhynchus algicola Pitho lherminieri

50 50 Damithrax hispidus Stratiolibinia belicosa Notolopas brasiliensis Pilumnus dasypodus Piluminus diomedeae Pilumnus reticulatus Arenaeus cribrarius Callinectes danae Callinectes ornatos Callinectes sapidus Cronius tumidurus Charybdis hellerii Hexapanopeus caribbaeus Hexapanopeus paulensis Williamstimpsonia denticulatus Dissodactylus crinitichelis Dentre a biodiversidade ocorrente na região, houve a ocorrência de duas espécies exótica, Litopenaeus vannammei (Boone, 1931) (Figura 02 D) e Charybdis (Charybdis) hellerii (A. Milne-Edwards, 1867) (Figura 16 E). C. hellerii mostrou-se ocorrente na região do presente estudo com 5 espécimes coletados, sendo 4 machos (1 jovem e 3 adultos) e 1 fêmea adulta não-ovígera. Já L. vannamei foi ocorrente no presente estudo com 115 espécimes. Além disso, uma nova ocorrência de Decapoda para o estado do Rio Grande do Norte (Figura 18) foi registrada através da coleta de um indivíduo do camarão Lysmata cf. bahia Rhyne & Lin, 2006 (Figura 06 C). Figura 02. Espécies Superfamília Penaeoidea, Subordem Dendrobranchiata, da enseada de Baía Formosa, Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de A Xiphopenaeus kroyeri; B -

51 51 Farfantepenaeus brasiliensis; C Farfantepenaues subtilis; D Litopenaeus vanammei; E Litopenaeus schmitti ; F - Rimapenaeus similis. A B Figura 03. Espécies da Superfamília Penaeoidea, Subordem Dendrobranchiata, da enseada de Baía Formosa Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de A - Sicyonia dorsalis; B Sicyonia laevigata. Figura 04. Espécie Acetes americanos da Família Sergestidae Dana, 1852 e Superfamília Sergestoidea Dana, 1852, Subordem Dendrobranchiata, da enseada de Baía Formosa Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de Figura 05. Espécies da Infraordem Caridea Dana, 1852 e Superfamília Palaemonoidea, Subordem Pleyocemata, da enseada de Baía Formosa Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de A Leander paulensis e B Nematopalaemon schmitti.

52 52 Figura 06. Espécies da Infraordem Caridea e Superfamília Alpheoidea, Subordem Pleyocemata, da enseada de Baía Formosa Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de A Alpheus estuariensis; B Alpheus formosus; C Lysmata cf. bahia. Figura 07. Espécies da Infraordem Achelata, Subordem Pleyocemata, da enseada de Baía Formosa Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de A Panulirus echinatus e B Panulirus laevicauda.

53 53 Figura 08. Espécies da Infraordem Anomura e Superfamília Paguroidea, Subordem Pleyocemata, da enseada de Baía Formosa Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de A - Dardanus venosus; B - Isocheles sawayai; C - Petrochirus diogenes; D- Pagurus brevidactylus; E - Pagurus criniticornis. Figura 09. Espécies da Infraordem Anomura e Superfamília Galatheoidea, Subordem Pleyocemata, da enseada de Baía Formosa Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de A - Minyocerus angustus; B Porcellana sayana.

54 54 Figura 10. Espécies da Infraordem Brachyura, Seção Eubrachyura, Subseção Heterotremata e Superfamília Aethroidae, Subordem Pleyocemata, da enseada de Baía Formosa Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de A Hepatus gronovii e B Hepatus pudibundus. Figura 11. Espécies da Infraordem Brachyura, Seção Eubrachyura, Subseção Heterotremata e Superfamília Calappoidea, Subordem Pleyocemata, da enseada de Baía Formosa Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de A Calappa ocellata; B Calappa sulcata.

55 55 Figura 12. Espécie Menippe nodifrons da Infraordem Brachyura, Seção Eubrachyura, Subseção Heterotremata e Superfamília Eriphioidea, Subordem Pleyocemata, da enseada de Baía Formosa Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de Figura 13. Espécies da Infraordem Brachyura, Seção Eubrachyura, Subseção Heterotremata e Superfamília Leucosioidea, Subordem Pleyocemata, da enseada de Baía Formosa Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de A Persephona lichtensteinii; B Persephona punctata.

56 56 Figura 14. Espécies da Infraordem Brachyura, Seção Eubrachyura, Subseção Heterotremata e Superfamília Majoidea, Subordem Pleyocemata, da enseada de Baía Formosa Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de A - Acanthonyx dissimulatus; B - Epialtus bituberculatus; C - Macrocoeloma laevigatum; D - Pitho lherminieri; E - Damithrax hispidus; F - Stratiolibinia bellicosa; G - Notolopas brasiliensis.

57 57 Figura 15. Espécies da Infraordem Brachyura, Seção Eubrachyura, Subseção Heterotremata e Superfamília Pilumnoidea, Subordem Pleyocemata, da enseada de Baía Formosa Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de A - Pilumnus dasypodus; B - Pilumnus diomedeae; C - Pilumnus reticulatus.

58 58 Figura 16. Espécies da Infraordem Brachyura, Seção Eubrachyura, Subseção Heterotremata e Superfamília Portunoidea, Subordem Pleyocemata, da enseada de Baía Formosa Rio Grande do Norte, coletados entre março de 2013 e fevereiro de A Arenaeus cribrarius; B - Callinectes danae; C - Callinectes ornatus; D Callinectes sapidus; E - Charybdis (Charybdis) hellerii. A B Figura 17. Espécies da Infraordem Brachyura, Seção Eubrachyura, Subseção Heterotremata e Superfamília Xanthoidea da enseada de Baía Formosa Rio Grande do Norte, coletadas entre março de 2013 e fevereiro de A - Hexapanopeus caribbaeus; B Hexapanopeus paulensis.

59 59 Figura 18. Mapa da ocorrência descrita de Lysmata bahia, ocorrendo pela primeira vez para o Estado do Rio Grande do Norte ) Diversidade O índice de diversidade Simpson, Shannon e Dominância de Simpson foi aferido pelo período de coleta com a abundância total de animais coletado (Tabela 18). Todos os [ndices resultaram dentro do intervalo de confiança (limite superior e inferior do intervalo de confiança). Tabela 18. Resultados da aplicação estatística dos índices de Shannon, Simpson e Dominância de Simpson com os dados de abundância total de animais coletados durante o período amostrado (24 meses). Em negrito os resultados que se enquadram dentro do intervalo de confiança. Índices Total Intervalo de Confiança Mín/Máx Simpson 0,9872 [0,9869 : 0,9873] Shannon 4,535 [4,524 : 4,541] Dominância 0,01282 [0,01266 : 0,01307]

60 60 1.4) DISCUSSÃO Um total de 57 espécies foi amostrado para a região do referido estudo, com a presença de uma nova ocorrência para o estado do Rio Grande do Norte e duas espécies exóticas. Além disso, todos os índices de diversidade mostraram-se dentro do intervalo de confiaça. As espécies mais abundantes no presente estudo foram os camarões sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri) e o camarão-branco (Litopenaeus schmitti). Xiphopenaeus kroyeri apresenta uma faixa de distribuição de até 30 m de profundidade (BOSCHI, 1963), cujo seu ciclo de vida dá-se com a entrada e saída do estuário para o mar aberto, restringindo-se à faixa de até 5m em sua fase pós-larva (DALL et al., 1991). Para essa espécie, em relação a sua distribuição, foram encontrados resultados semelhantes para o sudeste do Brasil, onde uma maior abundância de X. kroyeri é encontrada na profundidade entre 5 e 15m, sendo uma espécie de grande importância comercial (BERTINI & FRANSOZO, 2004; CASTILHO et al., 2015). O camarão sete-barbas apresenta uma grande importância econômica para esse município (SANTOS, 2004; 2010). A mesma autora, em estudos realizados no nordeste do Brasil, informa sobre a problemática da sua pesca ocorrer com redes de arrasto, método pouco seletivo que acaba ocasionando na coleta de outros animais como bycatch (ALVERSON et al., 1994), ou fauna acompanhante, onde muitas vezes não tem importância comercial. Estudos no sudeste do Brasil são realizados com esses animais e, quando comparados com os animais do nordeste do Brasil e do presente estudo, seu comprimento e biomassa são superiores, fator que se deve, principalmente, pela maior disposição de matéria orgânica trazida pela Corrente Central do Atlântico Sul (ACAS) (CASTILHO et al., 2015; SILVA et al., 2016; COSTA et al., 2007), sendo a matéria orgânica principal recurso utilizado para alimentação Já para Litopenaeus schmitti, há dois principais fatores que podem explicar sua ocorrência para a área de estudo. O primeiro é em relação aos seus hábitos de desova, cuja Pérez-Farfante (1970), em estudos realizados no sudeste do Brasil, explica que o camarão-branco tem uma preferência por profundidades entre 14 e 27m para desovar, mas habita em paguas rasas (FAUSTO-FILHO, 1978). O segundo fator de influência da ocorrência poderia ser o substrato, uma vez que essa profundidade está, predominantemente, associada à ocorrência de substratos com maior presença de silte e argila (lamosos), sendo esse um habitat de preferência dessa espécie para alimentação

61 61 (SANTOS, 2010; SILVA et al., 2016). No entanto, há uma necessidade de estudos populacionais para essas duas espécies objetivando compreender esse efeito na região do estudo. Os índices de diversidade de Shannon e de Simpson enquadraram-se dentro do limite mínimo e máximo do intervalo de confiança, sendo 4,535 e 0,9872, respectivamente, podendo considerar a área de estudo com alta diversidade (NEGREIROS-FRANSOZO et al., 1997; MANTELATTO et al., 2004). Já para o índice de Dominância de Simpson mensurada para o período de coleta, foi observada uma dominância notória de Xiphopenaeus kroyeri. A presença de espécies dominantes em um ecossistema é reflexo de flutuações ambientais e processos biológicos que selecionam as espécies com melhores desempenhos (YACHI & LOREAU, 1999). A dominância de uma espécie pode ser prejudicial para a biodiversidade local uma vez que compete por espaço e recursos com outras espécies, podendo diminuir, consequentemente, a biodiversidade e consequente biomassa local (LANGENHEDER et al., 2012). Porém, embora tenham resultado dentro do intervalo de confiança, esses índices (diversidade e dominância) podem ser arbitrários uma vez que, possivelmente, o método de coleta utilizado não é adequado para catalogar a comunidade bentônica, pois a rede de arrasto visa a captura de camarões em tamanho comercial, sendo proibida a pesca com redes de malha inferiores a 28 mm (MMA, 2004), havendo necessidade de maia estudos para comprovação desses resutados. Em relação à essa biodiversidade encontrada no presente estudo, a composição de espécies de macroinvertebrados de Decapoda observada no presente estudo foi semelhante à outras localidades do nordeste brasileiro (RIUL et al., 2008; COELHO et al., 1972; ALMEIDA et al., 2013; MARCOLIN et al., 2010; PACHELLE et al., 2016). Dentre os Decapoda encontrados, a ocorrência das espécies exóticas Charybdis (charybdis) hellerii e Litopenaeus vannamei torna-se preocupante. Charybdis (charybdis) hellerii é uma espécie de ocorrência natural no Pacífico (MANTELATO & DIAS, 1999), a qual teve seu primeiro registro de ocorrência para o Brasil em 1996 (TAVARES, M., & MENDONÇA, 1996). Acredita-se que a introdução de C. hellerii seja através de água de lastro (FRIGOTTO & SERAFIM-JÚNIOR, 2007). Já Litopenaeus vannamei é de ocorrência natural do Pacífico Oriental (SILVA & BARROS, 2011) e foi trazida ao Brasil para ser cultivada em viveiros, podendo ser explicada pelo transbordamento dos viveiros para zona estuarina nos períodos de chuva, uma vez que foi trazido ao país para fins de

62 62 carcinicultura (SANTOS & COELHO, 2002). Uma espécie exótica invasora é assim classificada quando ocorrentes em um local distinto de sua distribuição natural (LEÃO et al., 2011). Segundo o mesmo autor, sua presença torna-se uma ameaça à biodiversidade nativa, uma vez que pode estender seu habitat, tornando-se competidora por recursos alimentícios ou habitat com outras espécies nativas ou endêmicas (MMA, 2011). Houve também uma nova ocorrência para o Estado. Lysmata cf. bahia foi descrita em 2006 por Rhyne & Lin e tem distribuição conhecida, até o presente estudo, para Ceará, Sergipe, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo (Figura 18) (PACHELLE et al., 2016; RHYNE & LIN, 2006; BAEZA, 2008; BARROS-ALVES, 2015). Lysmata cf. bahia ocorreu no ponto amostral I e apresenta hábito e preferência por áreas de sedimento fino e presença de rochas (PACHELLE et al., 2016). Sua ocorrência já era esperada, uma vez que ocorre em outros estados constituintes da mesma ecorregião Nordeste do Brasil, uma vez que essas ecorregiões são definidas com características semelhantes em sua composição ambiental (SPALDING et al., 2007). Quanto a conservação, a região Nordeste do Brasil apresenta conhecimento limitado sobre a biologia e pesca dos peneídeos, não sendo, portanto, contemplada com o defeso (paralisação da pesca por um determinado período) como forma de conservação (SANTOS, 2013). Para alguns estados como Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, os quais não apresentam a implantação de um período de defeso para pesca de camarão (SANTOS et al., 2013) a pesca ocorre o ano inteiro e a maior parte dessas capturas de camarões ocorre em estágio jovem (SANTOS et al., 2010), antes da sua primeira reprodução (DALL et al., 1991). Em Baía Formosa, entretanto, o ápice da atividade pesqueira de X. kroyeri ocorre durante a estação chuvosa sendo utilizada, portanto, um aumento substancial de mão de obra e de insumos (SANTOS, 2013; MMA, 2011). Dentre as espécies coletadas, 19 foram analisadas no Livro Vermelho dos Crustáceos (2016), com 12 entre as Menos Preocupantes (Alpheus formosus, Leander paulensis, Nematopalaemon schmitti, Farfantepenaeus subtilis, Rimapenaues similis, Arenaeus cribrarius, Callinectes danae, C. ornatus, Sicyonia dorsalis, S. laevicauda, Parribacus antarticus e Acetes americanus), 1 como Quase Ameaçada (Panulirus laevicauda) e 6 com Dados Insuficientes para a classificação (P. echinatus, F. brasiliensis, Litopenaeus schmitti, Xiphopenaeus kroyeri, Minyocerus angustus e C. sapidus).

63 63 Mesmo para as espécies consideradas como Menos Preocupantes tem-se notado uma diminuição na abundância dos animais coletados com o decorrer dos anos (com o mesmo esforço de captura) e para Panulirus laevicauda, considerada como Quase Ameaçada, há uma estimativa para que nos próximos 15 anos a espécie entre para uma categoria de risco (SANTANA et al., 2016 in PINHEIRO & BOOS, 2016). Segundo os mesmos autores, tal fato deve-se à pressão de pesca que vem sendo realizada sem monitoramento, a pesca ilegal e a pesca indiscriminada de indivíduos com tamanho inferior ao de primeira maturação. Têm-se, então, uma comunidade diversa que encontra-se ameaçada pelas atividades pesqueiras que vem se intensificando na região. Essa sobrepesca realizada através do arrasto tem como característica ser multiespecífica (CARNEIRO et al., 2014), sendo observada, para o presente estudo, a captura de outras 56 espécies que acompanham a espécie alvo Xiphopenaeus kroyeri. A pesca dessas espécies, sem interesse comercial, constituintes da fauna acompanhante pode causar desequilíbrios ambientais (ALVERSON, et al., 1994). Dessa forma, mais estudos sobre o tema são necessários como forma de proteção para as espécies da região, dando abertura para a elaboração de um futuro licenciamento ambiental ou plano de manejo para conservação de ecossistemas marinhos.

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75 75 RESUMO CAPÍTULO II: SAZONALIDAD: FATOR DE IMPACTO NA FAUNA DECAPODA ACOMPANHANTE DA PESCA DE ARRASTO CAMAROEIRA A pesca motorizada é uma prática comum na região nordeste do brasil, a qual tem grande importância econômica para essa região. Essas atividades, no entanto, apresentam foco em uma única espécie, mas o método de coleta não é seletivo, ocasionando na pesca de espécies não-focais e que não tem interesse comencial. Isso impacta negativamente a diversidade marinha. Além disso, a pesca no nordeste ocorre com mais intensidade no período chuvoso, conhecido como safra da camarão. Essa alta pluviosidade afeta outras variáveis ambientais, como temperaturam velocidade dos ventos, salinidade. Desse modo, presente estudo objetivando descrever e caracterizar a fauna Decapoda acompanhante da pesca camaroeira, acreditando haver uma maior abundância e diversidade de espécies durante o períoso chuvoso. As coletas ocorreram na região litorânea não consolidada do município de Baía Formosa, mensalmente (março/2013 a fevereiro/2015), através de um barco de pesca artesanal com rede de porta do tipo single trawl, em 6 arrastos georreferenciados padronizados por tempo (20min). Informações abióticas de temperatura, transparência da água, salinidade, oxigênio dissolvido, profundidade, ph e presença e ausência de algas. Além disso, amostras de sedimento foram coletadas mensalmente, uma por ponto amostral. Foram definidos, temporalmente, um período de chuva e um período de seca, de acorodo com as maiores concentrações de pluviosidade. Os dados foram testados quanto à outlier, colinearidade e parametricidade (normalida e homocedasticidade), resultando em não-paramétricos. Foram obtidas imagens com o sensor OLI/Landsat-8 na composição RGB-321 durante o período de chuva e seca, além de análise sedimentológica e testes estatísticos. A abundância e diversidade de espécies capturadas está relacionada positivamente com a pluviosidade, uma vez que mais indivíduos foram coletados no período chuvoso, havendo maior influencia da transparência da água e pluviosidade. O substrato de areia fina (silte e argila) mostra uma relação positiva com o aumento da abundância. A pesca de arrasto sem controle (ausência de plano de manejo) pode ser um agravante para a degradação dos ecossistemas aquáticos, uma vez que não é licenciada para alguns estados nordestinos, havendo necessidade de preservação dessas áreas. Palavras-chaves: Crustáceos, diversidade, abundância, pluviosidade, impacto ambiental.

76 76 ABSTRACT - CHAPTER II: SEASONALITY: IMPACT FACTOR IN THE FAUNA DECAPODA ACCOMPANYING THE FISHING OF ARRASTO CAMAROEIRA Motorized fishing is a common practice in the northeastern region of Brazil, which has great economic importance for this area. These activities, however, have a focus on a single species, but the collection method is not selective, causing non-focal species to be caught and which has no comercial interest. This has a negative impact on marine diversity. In addition, fishing in the northeast occurs most intensively in the rainy season, known as the "harvest" of shrimp. This high rainfall affects other environmental variables, such as temperature, wind speed, salinity. This study aims to describe and characterize the Decapoda fauna accompanying the shrimp fishery, believing that there is a greater abundance and diversity of species during the rainy season. The samples were collected in the unconsolidated coastal region of Baía Formosa, monthly (March / 2013 to February / 2015), by means of a traditional fishing boat with a single trawl port network, in 6 geo-referenced gears standardized by time). Abiotic information on temperature, water transparency, salinity, dissolved oxygen, depth, ph and presence and absence of algae. In addition, sediment samples were collected monthly, one per sampling point. A period of rain and a period of drought were defined, in agreement with the highest concentrations of rainfall. The data were tested for outlier, collinearity and parametricity (normality and homoscedasticity), resulting in non-parametric. Images with the OLI / Landsat-8 sensor were obtained in the RGB-321 composition during the rainy and dry period, besides sedimentological analysis and statistical tests. The abundance and diversity of captured species is positively related to rainfall, since more individuals were collected in the rainy season, with greater influence of water transparency and rainfall. The substrate of fine sand (silt and clay) shows a positive relation with the increase of abundance. Trawling without control (absence of a management plan) may be an aggravating factor for the degradation of aquatic ecosystems, since it is not licensed for some northeastern states, and there is a need to preserve these areas. Key words: Crustaceans, diversity, abundance, rainfall, environmental impact.

77 77 2) CAPÍTULO II SAZONALIDADE COMO FATOR DE INFLUENCIA NA FAUNA DECAPODA ACOMPANHANTE DA PESCA DE ARRASTO CAMAROEIRA FIGUEIREDO, B. M. B.¹; FREIRE, F. A. M.¹; ALENCAR, C. E. R. D.¹ ¹ Grupo de Estudos Ecológicos e Fisiológicos de Animais Aquáticos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN. Bruna Figueiredo - brunambfigueiredo@gmail.com 2.1) INTRODUÇÃO Atividades de pesca de interesse comercial apresentam, em sua maioria, foco em uma espécie. No entanto, a captura acidental de indivíduos pertencentes a outras espécies não-focais é frequente, devido à pouca seletividade proporcionada pelos equipamentos de captura (SEDREZ et al., 2013). Essas espécies acompanhantes da pesca, porém que não são as espécies focais são denominadas como bycatch (ALVERSON et al., 1994), em sua tradução conhecida como fauna acompanhante. Grande parte da fauna acompanhante de crustáceos, provenientes dessa pesca de camarões, é constituída por caranguejos e siris (Brachuyra; Linnaeus, 1763), ermitões e caranguejos não-verdadeiros (Anomura; MacLaclay, 1838) e lagostas sem pinças (Achelata; SCHOLTZ & RICHTER, 1995) (LUNARDON-BRANCO & BRANCO, 1993; SEVERINO-RODRIGUES et al., 2002). Ainda dentre os animais constituintes da fauna acompanhante pode existir uma parcela comercializável de espécies, que pode complementar a economia da atividade de pesca, como algumas espécies de crustáceos e peixes. Grande parte dessa parcela da pesca acompanhante é rejeitada, ocasionando um problema operacional para os pescadores, bem como uma mortandade inútil de espécimes. Consequentemente, essa morte sem utilidade comercial de espécimes pode interferir no equilíbrio ecológico das áreas de pesca, pois os crustáceos constituem o segundo grupo zoológico de importância ecológica (diversidade e biomassa) que compõem essa fauna acompanhante da pesca de camarões, perdendo apenas para os peixes (SEVERINO-RODRIGUES et al., 2002). Além disso, Haimovici & Mendonça (1996) afirmaram que as populações de crustáceos de pequeno porte sofrem mais com esse descarte, uma vez que não apresentam tamanho suficiente para despertar o interesse

78 78 comercial, dificultando ainda mais uma elaboração de planos de manejo para essas espécies. Essa mortandade de espécies torna-se então prejudicial para a cadeia trófica, causando desequilíbrios ambientais (ALVERSON et al., 1994). A pesca de crustáceos marinhos é uma importante atividade comercial no Brasil. Sua comercialização, em relação ao retorno financeiro de pescados marinhos, é a segunda maior do país, perdendo apenas para a pesca de peixes marinhos, representando 10% da quantia monetária total comercializada (MPA, 2011). No Estado do Rio Grande do Norte, a pesca é efetuada, principalmente, de forma artesanal, a qual representa 80% da produção pesqueira do estado (LESSA et al., 2004; SANTOS, 2004). Esse tipo de pesca é realizada ao longo da faixa costeira do Estado, englobando 25 municípios litorâneos (embora não sejam todos os municípios que tem colônias de pescadores), de Baía Formosa (ao sul do Estado) à Tibau (ao norte do Estado) (BARBALHO et al., 2013). Dentre os animais pescados na pesca artesanal no Estado, há os camarões peneídeos, como o Xiphopenaeus kroyeri (HELLER, 1862) e Litopenaeus schmitti Burkenroad, 1936, sendo algumas das espécies de crustáceos de maior interesse comercial no Rio Grande do Norte (SANTOS, 2004; SANTOS, 2013). Economicamente, estes camarões perdem apenas para a pesca de lagosta e são considerados o segundo recurso pesqueiro de maior importância para os estados nordestinos (IBAMA, 2006), os quais, segundo Teixeira & Sá (1998), são importantes, principalmente, para a população de baixa renda que vive perto da região costeira e estuarina. Embora esses camarões sejam capturados regularmente nas atividades de pesca de arrasto, durante um período anual é percebida uma variação na abundância e diversidade de indivíduos relacionada ao período chuvoso, principalmente para a região nordeste (SANTOS & COELHO, 1998; MARTINELLI et al., 2002; VIANA et al., 2005; CASTILHO et al., 2008; SANTOS, et al., 2010; SANTOS, 2004; SANTOS et al., 2013; MPA, 2001; IBAMA 2006). Entretanto, há exceções como na região sudeste, a qual sofre influência da ACAS (Água Central do Atlântico Sul), uma corrente marítima fria capaz de influenciar na abundância, diversidade e biomassa de crustáceos (MARTINS et al., 2014). A pluviosidade pode ser considerada como umas das principais variáveis meteorológica moduladoras da pesca para a região nordestina. Sendo assim, a pesca de camarões no nordeste é realizada de forma, praticamente, temporária, quando uma maior captura de camarões é registrada durante os meses com maior índice de precipitação (SANTOS, 2010; VIANA et al., 2005). Estudos também observam esse mesmo

79 79 fenômeno para o Estado do Rio Grande do Norte (MPA, 2001; IBAMA, 2006; SANTOS, 2010). Além dessa influência positiva da pluviosidade na abundância de crustáceos marinhos, há ainda relatos da pluviosidade exercendo influência em outras variáveis ambientais, como as influências positivas que exerce tanto na concentração de matéria orgânica e como velocidade dos ventos, facilitando a entrada de larvas e pós-larvas de peixes e crustáceos no ambiente estuarino, havendo uma maior captura de animais nessa fase de vida nos meses chuvosos (SANTOS, 2004). Estudos no Brasil sobre a abundância e diversidade de crustáceos mostram, também, preferência da maioria desses animais por temperaturas e salinidade mais baixas (GARCIA et al., 1993), fatores esses que podem ser influenciados pela pluviosidade. Há também relatos da pluviosidade exercendo influencias negativas sobre o ph (UMETSU et al., 2007). Com o aumento da precipitação há uma diminuição do ph, sendo essa diminuição um fator importante que determina a ocorrência de muda em crustáceos decápodes e consequente ocorrência desses animais em locais com ph neutro (BLISS, 1983). Estudos para o Brasil também mostram que crustáceos apresentam uma certa tolerância a pequenas variações dos fatores abióticos (MANTELATTO et al., 1995; BRAGA et al., 2005), o que justifica sua ocorrência em diferentes habitats, mesmo havendo mudanças na estrutura populacional e abundância de acordo com a mudança dos fatores abióticos (MARTINELLI et al., 2002). Já para o Nordeste, estudos mostram, principalmente, a influência da pluviosidade na variação de temperatura e intensidade luminosa (SANTIAGO et al., 2005; MATTOS et al., 2014). Entretanto, registros sobre os crustáceos constituintes da fauna acompanhante da pesca de camarões relacionando-se com a pluviosidade, no Rio Grande do Norte, são pouco relatados (COELHO & RAMOS, 1972; SANTOS, 2004, 2010, 2013). Percebe-se a importância do estudo desse tema visto que durante o período de chuva há registros de um aumento na abundância e diversidade de animais pescado, bem como há um aumento nos insumos de pesca para o estado do Rio Grande no Norte, mesmo sem haver o devido manejo ou controle. A sobrepesa então, realizada sem manejo, pode causar o desequilíbrio de ecossistemas marinhos. Dessa forma, acredita-se que a variação de pluviosidade exerça influência positiva na abundância de crustáceos nessas regiões, bem como influencia outras variáveis ambientais, através de análises estatísticas para saber de dados coletados em campo.

80 80 Sendo assim, o presente estudo define dois períodos, baseando-se nessa variável meteorológica: chuvoso e seca, objetivando descrever e caracterizar a fauna Decapoda acompanhante da pesca camaroeira. 2.2) MATERIAIS E MÉTODOS 2.2.1) Coleta de dados Os dados foram coletados na região costeira do município de Baía Formosa (litoral sul do Estado do Rio Grande do Norte), a 90 km de Natal (GOVINDIN & MILLER, 2015). O município possui um clima tropical chuvoso, caracterizado por um verão seco e estação chuvosa no outono, com presença de chuvas entre os meses de janeiro a agosto, onde a temperatura média e umidade relativa anuais são em torno de 25,6 ºC e 79%, respectivamente (MME, 2005). A área costeira selecionada em Baia Formosa sofre influência do rio Curimataú, cujo estuário é classificado como um estuário tropical raso (IBGE, 2013). Os dados foram coletados mensalmente no período de março de 2013 a fevereiro de 2015, totalizando 23 coletas, sendo a coleta de novembro/2014 ausente devido à problemas logísticos e oceanográficos. Foram realizados arrastos por barco de pesca artesanal com seis pontos amostrais por coleta (Figura 01), utilizando uma rede de arrasto, usada na pesca artesanal de camarão. Esta rede possui a malha do saco em torno de 28 mm (entre os ângulos opostos da malha esticada), com esforço de captura de 20 minutos a uma velocidade média de 1,08 nós. O material biológico foi triado, separado por ponto amostral, guardado em sacolas plásticas, acondicionados em caixas térmicas com gelo picado e transportados ao Laboratório de Fauna Aquática, no Departamento de Botânica e Zoologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para procedimentos de identificação e biometria (medição e sexagem). Foi utilizado um multiparâmetro ProPlus YSI Professional, série 11D100819, para a coleta dos fatores ambientais de salinidade (ppm), oxigênio dissolvido (mg/l), ph e temperatura (ºC). Em adição, foi realizado um levantamento batimétrico para saber a profundidade de cada ponto amostral. Utilizou-se também um Disco de Secchi para aferir o nível de transparência da água. Estes fatores ambientais foram coletados na superfície e fundo, da coluna d água. Adicionalmente, dados de velocidade e direção do vento (m/s)

81 81 e precipitação (mm) foram coletados através do site: < e, a partir de uma estação meteorológica portátil que foi instalada em Baía Formosa. A presença e ausência de algas que acompanhavam o arrasto também foi mensurada, por ponto amostral. Além disso, foram utilizadas duas cenas do satélite Landsat-8 sensor OLI, obtidas em 15 julho de 2014 e 07 de janeiro de 2015, compreendendo, respectivamente, período com mês chuvoso e período com mês não chuvoso (seca) na área de estudo, validado por dados de pluviosidade local, obtidas por uma estação meteorológica na cidade de Baía Formosa-RN (Figura 02). O período de chuva foi determinado pelos meses com os maiores níveis de precipitação e o período de seca foi determinado pelos meses com menor nível de precipitação. Para averiguar essa diferença nos períodos de seca e de chuva, duas cenas foram obtidas gratuitamente no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE; Os produtos do sensor OLI consistem em nove bandas multiespectrais com resolução espacial de 30 metros (bandas de 1 a 7 e 9) e resolução radiométrica de 16 Bit. Primeiramente, as imagens foram submetidas à correção geométrica e atmosférica (SCHOWENGERDT, 1983; NOVO, 1992; RICHARDS, 1995; WALSH et al., 1998; SESTINI & FLORENZANO, 2004). Uma composição RGB-321 foi feita com as duas cenas obtidas, objetivando comparar as diferenças visuais nos dois períodos estudados. Uma composição pseudocolor foi gerada posteriormente, com o índice de minerais argilosos de alteração hidrotermal. Este índice é calculado pela razão da banda 1/banda 7 (HOFF et al., 2004). O processamento de todas as imagens foi realizado com o software ERMapper v7.1 (Earth Resource Mapping Pty Ltd). Os dados de hidroacústica em Baía Formosa foram obtidos através de uma área de 132,12 km² que foi imageada. Para isso, foi utilizado o sonar da empresa EdgeTech modelo 4600, instalado na lateral do barco, o qual operou com a frequência de 540 khz, funcionando para aquisição de dados de batimetria e sonografia. A embarcação utilizada possui 11 m de comprimento por 3,5 m de largura e calado de 2,0 m, o qual percorreu a região para aquisição das imagens com velocidade média de 5 nós (aproximadamente 2,6 m/s). Os dados sonográficos obtiveram uma resolução espacial de 0,2 m e os dados batimétricos de 0,5 m. Um sensor inercial de movimento (Dynamic Motion Sensor DMS) foi instalado no centro de massa da embarcação para posterior correção dos movimentos de pitch, roll e wave (movimentos de impacto que o mar possa causar no

82 82 barco). O posicionamento e direção foram feitos utilizando um GPS náutico da empresa Hemisphere, modelo V110, e uma bússola Gyro, respectivamente. O software Hypack (2014) foi utilizado para a aquisição e processamento dos dados batimétricos. Já os dados sonográficos foram adquiridos através do software Discover e processados com o programa SonarWiz 5.0 e, para o georreferenciamento das imagens, classificação e interpretação do sonograma foi usado o software ArcGIS (2011). Os valores de percentuais entre as classes dos tipos de sedimentos que foram determinados correspondem aos resultados obtidos a partir da classificação sedimentológica feita com o backscatter do registro do sonar de varredura lateral ) Identificação do Material Os espécimes de Peneiodea foram identificados através dos artigos de Burkenroad (1934, 1936) e Holthuis (1980), tendo sua ordem taxonômica como sugerido por Farfante & Kensley (1997). Os indivíduos pertencentes à Anomura foram identificados com as publicações de Melo (1999), Veloso & Melo (1993), Rodriguez et al. (2005) e Nucci & Melo (2007, 2011, 2012 e 2015), e a sua organização taxonômica foi realizada seguindo o proposto por McLaughlin et al. (2010) e Osawa & McLaughlin (2010). Por último, os exemplares da Infraordem Brachyura e Palinura foram identificados com pelos trabalhos de Holthuis (1959), Melo (1996) e Williams (1965, 1984), e teve sua organização taxonômica segundo Ng et al. (2008) para os espécimes de Brachyura e Melo (1996) para Palinura. Após essa primeira fase da identificação, os itens foram levados para o Museu de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para confirmação, através de comparação com os exemplares da coleção de acordo com Figueiredo et al. (Capítulo I) ) Fatores abióticos Amostras de sedimento foram coletadas com um pegador de Van Veen (0,025 m 2 ), por ponto amostral, em cada coleta, as quais foram armazenados em baldes e transportados para o Laboratório de Fauna Aquática da Universidade do Rio Grande do Norte. Em seguida estas amostras foram analisadas para determinação de sua composição granulométrica, de acordo com Wentworth (1922). O sedimento foi seco em estufa (100 C por 24 h), após isso, duas subamostras de 100g do sedimento, de cada ponto

83 83 amostral, foram tratadas com solução de NaOH (0,2 mol/l) e ressuspendidos para a liberação das partículas de silte e argila. As subamostras foram lavadas, secas em estufa por 12h, peneiradas em um granulômetro durante 30 min na velocidade 3, com 6 peneiras (malha 2000 mm, 1000 mm, 500 mm, 250 mm, 125mm, 63 mm e fundo), os grãos foram separados por tamanho e armazenados em recipientes identificados por coleta, ponto amostral e tamanho do grão, e utilizada a classificação granulométrica por fração do tamanho dos grãos. As categorias para as frações sedimentares foram determinadas segundo três classes granulométricas principais (KRUMBEIN & PETTIJOHN, 1938 in MAGLIOCCA & KUTNER (1965): Classe A, com mais de 70% de areia média (AM), grossa (AG), e muito grossa (AMG) e fragmentos biodetríticos (FBD) (>0,25mm); Classe B, com mais de 70% de areia fina (AF) e areia muito fina (AMF) (0,25 ] 0,0625mm) e Classe C, com mais de 70% de silte+argila (S+A).

84 84 Figura 01. Mapa da área de coleta com os pontos amostrais em Baía Formosa Rio Grande do Norte. A América do Sul, enfatizando a localização do país o do Estado o qual o presente estudo foi realizado; B - Baía Formosa, município da realização do estudo; C Costa do município de Baía Formosa evidenciando os pontos amostrais, indicados pelos algarismos I, II, III, IV, V e VI. Linha tracejada indica o caminho o qual o barco de pesca artesanal percorreu para realização do arrasto ) Análise estatística Antes da realização das análises estatísticas, os dados foram submetidos à avaliação quanto a presença de outliers, colinearidade e normalidade seguindo os procedimentos e tomadas de decisão descritos em Zuur et al. (2010), tendo em vista que estas metodologias objetivam identificar problemas potenciais ou subsidiar tomadas de decisões inerentes aos dados coletados.

85 85 As espécies de camarões (Dendrobranchiata e Caridea) ocorrentes na coleta de dados do presente estudo foram removidas da análise estatística, uma vez que o objetivo do mesmo foi compreender o impacto causado na fauna acompanhante da pesca camaroeira. As análises estatísticas foram realizadam então com os espécimes de Brachyura, Anomura e Achelata. Ainda, desse total de espécimes, foram removidos das análises os indivíduos juvenis dos gêneros Callinectes e Panulirus, uma vez que não puderam ser identificados ao nível de espécie, pela ausência de chave de identificação para indivíduos em estágio juvenil. Para avaliar a presença de outliers, cada variável da matriz abiótica e biótica, separadamente, foi verificada através do gráfico de boxplot e de Cleveland (CLEVELAND, 1993). Para avaliar a colinearidade dos dados abióticos, uma matriz de correlação de Spearman foi realizada, o qual o valor do coeficiente de correlação de Spearman usado como indicativo de alta colinearidade de uma variável foi superior à 0,5 (BOOTH, et al., 1994). Em adição, os dados abióticos ainda foram avaliados pelo VIF (fator de inflação da variável), sendo a colinearidade determinada para valores superiores à 3 (ZUUR et al., 2010), onde as variáveis que foram superiores à 3 foram retiradas da matriz abiótica. Por fim, as variáveis foram analisadas quanto a sua normalidade pelo teste de Shapiro-Wilk (SHAPIRO & WILK, 1965). Caso os dados seguissem a parametricidade, utilizava-se a média e desvio padrão, respectivamente, caso contrário (não-paramétricos), utilizava-se a mediana e erro padrão. A partir disso, os dados foram transformados usando a transformação de Hellinger na matriz de dados bióticos (abundância das espécies), com intuito de reduzir a influência de espécies muito comuns. Essa transformação consiste em dividir os valores de abundância pela abundância total dos pontos coletados e elevar os resultados à raiz quadrada. A outra transformação utilizada foi na matriz de dados abióticos (variáveis ambientais), utilizando o z-score (GOTELLI & ELLISON, 2004). Esta transformação é útil quando as variáveis coletadas apresentam unidades diferentes, equalizando os dados da matriz de variância. Só então os dados foram analisados com ferramentas de estatística multivariada. Para a caracterização da área de coleta nos períodos amostrados e entre os pontos amostrais, foi realizada uma Análise de Componentes Principais (PCA) para qualificar quais variáveis que possuem capacidade de explicação dos dados, apresentando maior variação explicativa. O número de componentes da PCA foi escolhido utilizandose o critério de Kaiser-Guttmann (YEOMANS & GOLDER, 1982; BORCARD et al.,

86 ). Foi utilizado o comando envfit (OKSANEN et al., 2013) (ajusta fatores ambientais à uma ordenação) do pacote vegan (OKSANEN, et al., 2013) (que fornece ferramentas para tratamentos descritivas da comunidade), para obter os níveis de significância das variáveis ambientais. As variáveis que obtiveram significância abaixo de 5% foram mantidas na análise, enquanto que as que obtiveram níveis acima, foram retiradas da matriz abiótica e não foram inclusas nas demais análises estatísticas. Uma análise de Variância Multivariada Permutacional (PERMANOVA), com matriz de similaridade de distância euclidiana, foi utilizada para analisar se as variáveis ambientais, nos períodos de seca e chuva, são similares (ou diferem) estatisticamente. Essa análise foi utilizada pois os dados não são normais e não são homocedásticos (análise para dados não-paramétricos). Os mesmos procedimentos foram feitos para comparações espaciais, porém caso a PERMANOVA resultasse em p<0,05 (significativo), realizar-se-ia um teste complementar, a análise de Bonferroni, para averiguar quais pontos amostrais apresentam diferenças entre si. Em seguida, os dados bióticos foram submetidos à um teste de Mann-Whitney (para dados não-paramétricos), objetivando saber se há diferença da abundância e riqueza e espécies nos períodos chuvosos e de seca. Sabendo que, para o Nordeste, estudos mostram a influência da pluviosidade na variação da intensidade luminosa (SANTIAGO et al., 2005; MATTOS et al., 2014), afetando a transparência da água, foi realizado ainda um modelo bayesiano, para investigar a relação entre a variável pluviosidade (explicativa) com a variável transparência da água (resposta). Para se observar a relação entre a matriz abiótica e matriz biótica (foi utilizada a análise de redundância baseada em distância (db-rda). Db-RDA é um método de ordenação restrita, que permite o uso de cada medida de distância, visando detectar relações lineares, sobre (dis) similairties geradas por medidas que podem ser não-lineares (GERGS & ROTHHAUPT, 2015). Em seguida, para testar a significância dessa análise, foram realizadas duas Análises de Variância (ANOVA), uma entre a matriz de dados bióticos com as variáveis ambientais que foram selecionadas pelo modelo (db-rda) e outra entre os eixos do modelo (db-rda). Além disso, para averiguar a similaridade entre as espécies e os pontos amostrais, foi realizado um heatmap (mapa de calor) com o índice de similaridade de Jaccard e método de aglomeração de average (médias). Para realização do heatmap foram descartadas as espécies que apresentavam menos de 1% da frequência nos anos de coleta.

87 87 O heatmap foi realizado com os dados de presença e ausência de espécies e com os dados de somatório das médias dos dados abióticos. Os procedimentos de análise exploratória dos dados propostos por Zuur et al. (2010) foram adotados para realização das análises acima descritas. A realização da PCA e do teste db-rda foram utilizados através do software R (R Development Core Team, 2013), considerando α=0.05 (ZAR, 2010). Os pacotes estatísticos vegan (para realização da RDA), envfit (OKSANEN et al., 2013), ggplot2 (WICKHAM, 2009) e lattice (DEEPAYAN, 2008) foram utilizados. Além disso, Modelos Lineares Generalizados (GLM) foram realizados objetivando avaliar a influência das variáveis ambientais (variáveis independentes) nos dados bióticos, as variáveis dependentes de riqueza, abundância, índice de diversidade de Simpson (SIMPSON, 1949) por ponto amostral, índice de diversidade de Shannon (PIELOU, 1966) por ponto amostral e Dominância de Simpson por ponto amostral. Antes da realização dos modelos os dados foram testados quanto ao seu tipo de distribuição (Normal, Binomial, Binomial Negativa, Gama e Poisson). A diversidade de Shannon foi testada quanto à distribuição normal e gama; a de Simpson quanto à normal, binomial e gama; a Dominância quanto à normal e Gama; riqueza quanto à Poisson, normal e binomial negativa e, por último, a abundância quanto à Poisson, normal e binomial negativa. As variáveis de riqueza e abundância foram consideradas dentro da distribuição de Poisson e dominância, diversidade de Shannon e diversidade de Simpson foram consideradas dentro da distribuição Gama. Antes da realização das análises estatísticas, os dados abióticos foram investigados quanto a presença de outliers e a colinearidade. Os dados bióticos também foram avaliados quanto a presença de outliers para cada variável separadamente. Como pré-requisitos à realização da GLM, os dados de abundância foram avaliados (cada variável separadamente) quanto a normalidade, inflação de zeros, relação com as variáveis abióticas e autocorrelação (independência das amostras), adotando os procedimentos e tomadas de decisões propostos por Zuur et al. (2010). Adicionalmente foram realizados testes de distribuição de probabilidade de erro (devido a não normalidade dos dados). Dessa forma, a matriz final usada para realização da análise utilizou os índices de diversidade Shannon, Simpson, Dominância, abundância de espécimes e riqueza de espécies com os dados abióticos de temperatura, pluviosidade, ph, oxigênio dissolvido, transparência da água, profundidade e sedimento tipo C (mais fino).

88 88 2.3) RESULTADOS 2.3.1) Fatores abióticos ) Análise sazonal O período de seca e chuva foram determinados pelos meses que obtiveram maiores e menores índices de pluviosidade, respectivamente (Tabela 01), sendo os meses de seca março de 2013, outubro de 2013 à favereiro de 2014 e outubro de 2014 a janeiro de 2015, já o período de chuva foi de abril de 2013 à setembro de 2013, março de 2014 a setembro de 2014 e fevereiro de Tabela 01. Somatório mensal da pluviosidade local durante a execução do projeto. Em destaque, os meses que foram obtidas as duas imagens de satélite, uma em mês chuvoso e outra em mês não chuvoso. Mês / Ano Somatório da Pluviosidade (mm) mar/ abr/ mai/ jun/ jul/ ago/ set/ out/13 0 nov/13 NA dez/ jan/ fev/14 30 mar/ abr/14 35 mai/ jun/ jul/ ago/14 24 set/ out/14 NA nov/14 NA dez/ jan/ fev/15 67 Após obtenção das imagens com o sensor OLI/Landsat-8 na composição RGB- 321, foi possível comparar as imagens obtidas (Figura 02), percebendo-se na imagem

89 89 registrada no período com mês chuvoso (Figura 02-A) uma maior concentração de píxels de tonalidade escura e cor em tons de marrom. Esse resultado foi alcançado pelo uso da banda 1 (new coastal), a qual foi projetada, especificamente, para os recursos hídricos e investigação da zona costeira. O índice proposto por Hoff et al. (2004) foi gerado (Figura 03). Comparando os dois períodos, o índice de Hoff apresenta uma maior concentração de minerais argilosos de alteração hidrotermal (cores quentes) na área de estudo no período de mês chuvoso (Figura 03-A). Figura 02. Imagem comparativa da área de estudo, com cenas do sensor OLI/Landsat-8 na composição RGB-321, em período chuvoso e não chuvoso. A - Cena do período chuvoso, obtida em de 15 julho de 2014; B - Cena do período de seca, obtida em 07 de janeiro de 2015, no município de Baía Formosa no Rio Grande do Norte.

90 90 Figura 03. Composição pseudocolor da razão banda1/banda7 (Índice de Hoff índice de minerais argilosos de alteração hydrotermal. (a) Cena obtida no período chuvoso, em de 15 julho de 2014; (b) Cena obtida no período de seca, em 07 de janeiro de 2015, no município de Baía Formosa, Rio Grande do Norte. A realização de um modelo bayesiano permitiu a observação de uma relação entre a variável pluviosidade (explicativa) com a variável transparência da água (resposta) (Figura 04 A). Esta relação foi inversamente proporcional, de modo que, com o aumento da pluviosidade há uma redução da transparência da água, em um determinado período do ano, sendo ele o chuvoso (Figura 04 B). A

91 91 B Figura 04. A figura A apresentando os resultados dos valores médios, desvios padrões (d.p.), intervalos de confiança e distribuições de probabilidade a posteriori do intercepto e variável explicativa pluviosidade. A figura B apresenta a relação inversamente proporcional entre pluviosidade e transparência da água. Para obter uma visualização melhor dos dados, uma análise de componentes principais (PCA) foi realizada, a qual utilizou as três primeiras principais componentes, totalizando 55,4% da variância total dos fatores ambientais amostradas para a região de Baía Formosa. A Figura 05 (A e B) ilustramos fatores ambientais durante os períodos de seca e chuva. O período de seca mostrou uma tendência para maiores valores de oxigênio dissolvido, transparência da água, salinidade e temperatura. Já a época de chuva mostrou uma tendência para maiores valores de ph e maior ocorrência de algas. A

92 92 B Figura 05. Primeira análise das componentes principais (eixos 1-2, A; e 1-3, B) realizada com os dados abióticos de Baía Formosa (coletados entre março a 2013 a fevereiro de 2015) para os períodos de seca e chuva (determinados pela maior pluviosidade). Para averiguar se há diferença entre os períodos de chuva e seca em relação as varáveis ambientais foi realizada uma PERMANOVA (Análise de Variância Permutacional Multivariada) com 999 permutações. A análise mostrou uma diferença significativa entre os dois períodos com df=1; F=42,099; p=0,003 (onde dl= degrees of freedom, graus de liberdade; F = valor de distribuição da probabilidade e p= significãncia). A Figura 06 mostra a variação anual dos fatores ambientais, tanto no fundo do oceano como na superfície. O valor médio de oxigênio dissolvido (Figura 06 A) para a superfície foi de 3,9 mg/l e para o fundo foram 3,6mg/L. O mês que obteve os maiores valores médio de oxigênio dissolvido foi em maio. A Figura 06 B mostra os valores médios da salinidade, a qual foi maior no fundo (35,9 ppm médio) quando comparado à superfície (média de 31,4ppm médio). O nível de variação foi maior na região mais profunda e têm-se o mês de novembro com a salinidade mais alta. Os valores médios de ph (Figura 06 C) foram 8,6 e 8,8 para a superfície e fundo, respectivamente, sugerindo pouca variação entre ambos. O mês de maior valor de ph foi no mês de julho. Para a temperatura da água (Figura 06 D) os valores médios foram de 28,1 o C para a superfície e 27,9 o C para o fundo. Observou-se a mesma dinâmica de variação em

93 93 relação aos meses quando comparado às outras variáveis, com um pico de temperatura no mês de abril. Uma relação dos valores médios de pluviosidade e temperatura da água foram estabelecidos (Figura 06 E), mostrando uma relação inversamente proporcional entre essas duas variáveis ambientais. Observa-se que os dados apresentaram uma relação inversamente proporcional, pois os períodos de menor índice de precicipitação também apresentaram um aumento na transparência da água, apresentando valores médios de pluviosidade total e transparência da água foram de 140mm e 152cm, respectivamente. A B C D E Figura 06. A - Valores médios de oxigênio dissolvido para a região de Baía Formosa - RN; B - valores médios de salinidade para a região de Baía Formosa - RN; C valores médios de ph para a região de Baía Formosa RN; D - valores médios de temperatura para a região de Baía Formosa- RN; E relação dos valores médios de temperatura com pluviosidade para a região de Baía Formosa. Dados coletados entre março de 2013 e fevereiro de Analisando os dados de salinidade de fundo, temperatura de fundo e pluviosidade total, é possível observar uma relação entre salinidade e temperatura com pluviosidade. Nos períodos de maiores valores de pluviosidade, as temperaturas e salinidades foram menores ) Análise espacial A análise de componentes principais (PCA) foi realizada com a utilização das três primeiras componentes principais, totalizando 57,6% da variância total dos fatores

94 94 ambientais amostrados para a região de Baía Formosa (Figura 7 A e B). Os pontos amostrais III, IV e V apresentaram maior influência das variáveis temperatura, salinidade, oxigênio dissolvido, profundidade e transparência da água (deslocados para a direita do eixo 1 na Figura 7 A e B). Percebe-se então que o resultado da transparência da água na PCA corrobora com os resultados obtidos no modelo Bayesiano, indicando menor transparência com o aumento da pluviosidade, obtendo uma maior intensidade nos pontos amostrais III, IV e V. Os pontos amostrais I, II, VI, apresentaram maior relação com as variáveis sedimento tipo B, ph e algas (deslocados para a esquerda do eixo 1 na Figura 7). A B Figura 7. Análise de componentes principais (PCA) dos fatores ambientais amostrados em Baía Formosa (eixos 1 e 2 A; e eixos 1 e 3 - B). Os grupos representam os valores de centróides dos pontos amostrados. Fatores ambientais: Sal Salinidade de fundo, Prof Profundidade, Transp Transparência, Temp Temperatura de Fundo, OD Oxigênio Dissolvido, B Sedimento do tipo B, ph Potencial hidrogeniônico e Algas Presença de algas. Setas com coloração mais escuras apresentam maiores forçar de contribuição.

95 95 Para averiguar se há diferença entre pontos amostrais em relação às varáveis ambientais foi realizada uma PERMANOVA (Análise de Variância Permutacional Multivariada) com 999 permutações. A análise mostrou uma diferença significativa entre os pontos amostrais, a qual df = 5; F = 10,374; p < 0,001 (df = degrees of freedom, graus de liberdade; F = valor de distribuição de probabilidade; p = significância). A análise de Bonferroni revela diferenças significativas entre os pontos amostrais I e todos os outros, o ponto amostral II e todos os outros, o ponto amostral III apenas com o I, II e VI, ponto amostral IV com apenas o I, II, III e VI e o VI em relação a todos os pontos amostrais (Tabela 02). Tabela 02. Análise de Bonferroni revelando diferenças significativas entre os pontos amostrais amostrados na região de Baía Formosa RN, em relação aos fatores ambientais, coletados em março de 2013 a fevereiro de Bonferroni Pares Modelo F R² Valor de p p Ajustado I vs II I vs III I vs IV I vs V I vs VI II vs III II vs IV II vs V II vs VI III vs IV III vs V III vs VI IV vs V IV vs VI V vs VI

96 96 Os dados batimétricos mostram que a área amostrada apresenta profundidade variando entre 2,9 m e 21,7 m, com média de 13,8 m (desvio padrão de 2,81). A profundidade aumenta com o aumento da distância da linha de costa, com uma inclinação média de 0,24 o (Figura 8). Figura 8. Mapa batimétrico da área de estudo, e perfil batimétrico A - A' que evidencia sua alta inclinação. O sonograma identificou 4 padrões de texturas, os quais foram associados a diferentes tipos de sedimento, de acordo com seu padrão de intensidade de retorno da onda sonora emitida (Figura 9).

97 97 Figura 9. Mosaico dos sonogramas adquiridos com o sonar de varredura lateral da área de estudo, localizada no município de Baía Formosa Rio Grande do Norte. A porção da área que é classificada como substrato argiloso foi encontrada predominantemente na porção mais próxima à costa (pontos amostrais I e VI) (Figura 11) e alcança 21,87% da cobertura sedimentar da área amostrada. A região onde predomina areia está localizada no ponto amostral V e corresponde a 5,26% da cobertura sedimentar, o qual este tipo de sedimento é também encontrado em meio à área composta por areia fina (que corresponde a 26,63% da área) e está distribuída em uma faixa que se aproxima às áreas de argila e areia muito fina/argilosa. Esta faixa tem 450 m de largura (aproximadamente) e se estende do norte ao sul da área amostrada, formando uma zona de transição entre duas áreas de composição sedimentológica distintas. A zona mais próxima ao mar aberto (pontos amostrais III e IV) da área é composta por sedimento de composição areia muito fina/argilosa, a qual corresponde a 46,24% da cobertura

98 98 sedimentar da área. É encontrada predominantemente na porção NE da área, tendo sua frequência diminuída na porção SE (onde há também a presença de areia fina) (Figura 12). Figura 10. Classificação sedimentológica feita a partir do backscatter do registro do sonar de varredura lateral na região de Baía Formosa - RN. A partir da Figura 11-A, observa-se que a salinidade média de fundo foi menor nos pontos amostrais próximos da costa (I e VI) com valores de 34,6 ppm e 35,9 ppm, respectivamente. Os valores médios de salinidade de superfície não apresentaram uma grande variação. Observando-se as figuras 11-B e 12-D, percebe-se que, basicamente, os fatores ph e temperatura (média dos valores) não variaram em relação aos pontos amostrais. Porém, para os valores médios de oxigênio dissolvido observa-se, a ocorrência de um gradiente, com valores menores entre os pontos amostrais I, II e III, aumentando para IV, V e VI (Figura 15-C).

99 99 A B C D Figura 11. Variação dos pontos amostrais I, II, III, IV, V e VI, para as variáveis ambientais (superfície e fundo) salinidade (A), Ph (B), oxigênio dissolvido (C) e temperatura (D). De acordo com a Figura 12 foi possível observar que o sedimento do tipo A, caracterizado por sedimento mais grosso, esteve mais presente no ponto amostral I (38,1%). O sedimento do tipo B ocorreu com maior frequência nos pontos amostrais I, II e VI (35,1%, 39,1% e 63,7%, respectivamente), ou seja, próximo à costa. O sedimento tipo C (silte+argila) ocorreu com maior frequência nos pontos amostrais III, IV e V, com 82,6%, 77,8% e 79,2%, respectivamente (Figura 12). Figura 12. Variação do percentual de sedimento do tipo A, B e C, nos pontos amostrais efetuados, durante o período de estudo.

100 ) Dados bióticos Um total de animais foram capturados durante o período de coleta, distribuídas em 56 espécies, sendo 10 da Subordem Dendrobranchiata (Tabela 03) e 47 da Subordem Pleyocemata (Tabela 04). A espécie mais abundante foi Xiphopenaeus kroyeri, com espécimes. Como resultado, após a remoção dos camarões e dos juvenis de Callinectes e Panulirus das análises, um total de animais foram utilizados no estudo, sendo sua abundância ilustrada na Figura 13 e 14. Tabela 03 Lista de espécies da Subordem Dentrobranchiata de animais coletados no município de Baía Formosa no estado do Rio Grande do Norte, no período de março de 2013 à fevereiro de Subordem Dendrobranchiata Superfamília Penaeoidea (N) Superfamília Sergestoidea (N) Farfantepenaeus brasiliensis (26) Acetes americanus (311) Farfantepenaeus subtilis (766) Litopenaeus schmitti (1646) Litopenaeus vannamei (115) Sicyonia dorsalis (53) Sicyonia laevigata (1) Sicyonia parri (1) Rimapenaeus similis (2) Xiphopenaeus kroyeri (19.453) Tabela 04 Lista de espécies da Subordem Pleyocemata de animais coletados no município de Baía Formosa no estado do Rio Grande do Norte, no período de março de 2013 a fevereiro de À direita no nome de cada espécie, a sigla a qual foi utilizada para realização da db-rda com sua respectiva abundância. Subordem Pleyocemata Infraordem Anomura (N) Infraordem Brachyura (N) Infraordem Caridea (N) Infraordem Achelata (N) Dardanus venosus d.ve (32) Calappa ocellata c.oc (2) Alpheus estuariensis (1) Panulirus echinatus p.ec (2) Pagurus brevidactylus p.b (1) Pagurus criniticornis p.cri (3) Calappa sulcata c.su (1) Alpheus formosus (1) Panulirus laevicauda p.la (13) Callinectes danae c.d (39) Alpheus intrinsecus (41) Parribacus antarcticus p.a (2) Pagurus leptonyx p.l (1) Callinectes ornatus c.o (244) Leander paulensis (41)

101 101 Porcellana sayana p.sa (2) Callinectes sapidus c.s (4) Lysmata cf. bahia (1) Petrochirus diogenes pe.di (95) Charybdis hellerii c.h (10) Nematopalaemon schmitti (1077) Isocheles sawayai- i.s (1) Acanthonyx dissimulatus a.di (4) Minyocerus angustus Arenaeus cribrarius - a.cri m.an (1) (23) Hepatus pudibundus h.pu (1) Stratiolibinia bellicosa l.b (16) Pilumnus dasypodus p.da (2) Pilumnus diomedeae p.di (2) Pilumnus reticulatus p.re (6) Coryrhynchus algicola c.al (2) Damithrax hispidus d.his (1) Cronius tumidulus c.tu (5) Dissodactylus crinitichelis d.cr (2) Ebalia stimpsoni e.s (2) Epialtus bituberculatus e.b (3) Hepatus gronovii h.gr (15) Hexapanopeus caribbaeus h.ca (3) Hexapanopeus paulensis h.pa(10) Macrocoeloma laevigatum m.l (1) Menippe nodifrons m.n (2) Notolopas brasiliensis n.br (6) Persephona lichtensteinii p.lin (27) Persephona punctata p.pu (5) Pitho lherminieri p.lhe (1) Williamstimpsonia denticulatus x.d (1)

102 102 Figura 13. Abundância total de espécimes de Decapoda, distribuídos por ponto amostral (espacialmente) coletados entre março de 2013 e fevereiro de 2015 na região de Baía Formosa - RN. (P. A = ponto amostral; DP = desvio padrão; M = média). Figura 14. Abundância total de espécimes de Decapoda, distribuídos por estação (sazonalmente) coletados entre março de 2013 e fevereiro de 2015 na região de Baía Formosa - RN. (DP S = desvio padrão do período de seca; M S = média do período de seca; DP C = desvio padrão do período de chuva; M C = média do período de chuva). Objetivando saber se há uma diferença entre os períodos de chuva e seca em relação aos dados de abundância e a riqueza de espécies, foram realizados dois testes de Mann-Whitney, os quais mostraram diferenças significativas na abundância e riqueza entre os referidos períodos (seca e chuva) com p<0,001 e p de Monte Carlo<0,001 para abundância e p<0,001 e p de Monte Carlo<0,001 para riqueza, respectivamente.

103 103 A Análise de Redundância baseada em distância (db-rda) (Figura 16, A e B) apresenta a relação entre a composição da assembleia em função dos fatores ambientais. Os três primeiros eixos da RDA apresentaram uma força de variação de 86,45%, onde a componente 1 resultou em 28,5%, a componente 2 resultou em 27,38% e a componente 3 resultou em 20,82% de explicação. A análise revelou que as variáveis ambientais mais explicativas na relação foram: sedimento tipo A, sedimento tipo B, salinidade, ph e temperatura. A análise revelou que o sedimento tipo A influenciou diretamente as espécies Callinectes ornatos, Libinia belicosa, Notolopas brasiliensis e Calappa ocellata. O ph influenciou Persephona lichtenteini, Callinectes danae, Hepatus gronovii, Ebalia stimpsoni, Persephona punctata, Panulirus laevicauda e Pilumnus reticulatus. O sedimento tipo B influenciou as espécies Acanthonyx dissimulatus, Arenaeus cribrarius, Pitho lherminieri e Epialtus bituberculatus. A temperatura influenciou Charybdis hellerii, Cronius tumidurus e Coryhynchus algicola e a salinidade influenciou Petrochiurus diogenes, Dardanus venosus, Hexapanopeus caribbaeus e Callinectes sapidus (Figura 15 A e B). As demais espécies analisadas não mostraram sofrer influência de nenhuma variável ambiental analisada. Conclui-se então que as espécies Calappa sulcata, Dissodactylus crinitichelis, Hexapanopeus paulensis, Isocheles sawayai, Macroceloma laevigatum, Mennipe nodifrons, Minyocerus angustus, Pagurus brevidactylus, Pagurus crinicornis, Pagurus leptonyx, Panulirus echinatus, Parribaus antarcticus, Piluminus diomedeae, Pilumnus dasypodus, Porcellana sayana, Xanthodius denticulatus, Hepatus pudibundus e Damithrax hispidus são espécies generalistas ou de rara ocorrência (Figura 15 A e B). Após realização da ANOVA entre a matriz biótica e as variáveis ambientais, foi realizada uma ANOVA para os eixos do modelo (entre as componentes 1, 2 e 3), resultando em significativa (Componente 1: gl = 1; F = 5, 3741; p< 0,001; Componente 2: gl = 1; F = 3,8470; p< 0,001; Componente 3: gl = 1; F = 2,9253; p< 0,001). Além da db-rda, duas Análises de Variância (ANOVA) foi realizada como um teste geral de significancia da análise. A ANOVA foi realizada entre a matriz biótica de dados e as variáveis ambientais (sedimento tipo A, sedimento tipo B, temperatura, ph e salinidade), resultando em significativa (gl = 5,111; f = 2,9475; p<0,001).

104 104 A B Figura 15. Análise de redundância entre as espécies de Decapoda e fatores ambientais coletados em Baía Formosa, Rio Grande do Norte. Fatores ambientais: Temp Temperatura da água, Sal Salinidade, A Sedimento tipo A, B Sedimento tipo B e ph ph da água.

105 105 O heatmap realizado mostrou uma diferença entre as espécies ocorrentes no período de chuva e seca, porém uma clara similaridade entre as espécies que ocorrem no mesmo período (Figura 16). Analisando as espécies ocorrentes, tem-se Callinectes danae, Callinectes ornatos, Petrochiurus diogenes, Panulirus laevicauda, Persephona lichtenteinii e Persephona punctata como as espécies de maior ocorrência em ambos os períodos. Figura 16. Heatmap (mapa de calor) realizado com os dados bióticos e abióticos serparos por período de chuva e seca das espécies ocorrentes na região costeira de Baía Formosa RN. Os Modelos Lineares Generalizados GLMs resultaram de forma significativa para alguns parâmetros. Em relação à riqueza de espécies, o resultado da GLM mostrou que apenas o ponto amostral VI (sendo esse um dos pontos amostrais mais rasos), sedimento de classe C (mais fino) e o período se seca (exercer influência negativa) influenciam a riqueza de espécies (Tabela 05). Tabela 05. Modelo Linear Generalizado Poisson para Riqueza. Fatores ambientais destacados de negrito indicam significância estatística (p <0,05). GLM Riqueza com as Variáveis Ambientais Variáveis Coeficiente Erro Padrão Valor de z Pr(> z ) Intercepto 3,85E+05 5,04E Transparência -7,24E-01 7,98E Profundidade -2,43E+01 4,67E Salinidade 7,80E+01 8,87E Oxigênio Dissolvido 8,68E+01 6,89E

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