PsicoDom, v.2, n.2, jun. 2008

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PsicoDom, v.2, n.2, jun. 2008"

Transcrição

1 1 PsicoDom, v.2, n.2, jun A Clínica do Amor Jorge Sesarino 1... um egoísmo forte constitui uma proteção contra o adoecer, mas num último recurso devemos começar a amar afim de não adoecermos, e estamos destinados a cair doentes se, em conseqüência da frustração, formos incapazes de amar. (FREUD, 1914) Uma pequena minoria de pessoas acha-se capacitada, por sua constituição, a encontrar felicidade no caminho do amor. (FREUD, 1914) O amor é o tema central da existência humana. Falar do amor é falar da essência da vida, e isso nos torna vulneráveis porque falar do amor é falar de uma experiência singular. O amor é antes de tudo uma experiência de linguagem. Da filosofia à religião, da literatura à poesia e à música, o amor está sempre presente sob as mais diversas formas de discursos e de pensamentos. O amor é o laço social, é a base de toda forma de relação social, da família, do namoro, da amizade etc. Do amor se fala, se conta, se canta e se encanta. Em todos os tempos, em todos os lugares, em todos os povos, o amor está presente. É o mistério humano. O amor fascina e faz sina. Quem não se deslumbra ao falar da preciosidade do amor e do seu poder de transformação? Mas o que causa o amor e o que causa o ódio? Existe amor sem ódio? Qual a relação entre amor e ódio? Qual a relação entre o amor e a pulsão? Como se articulam amor e desejo? O que é pior: amar sem ser amado ou ser amado e não poder amar? Qual a relação entre o amor e a felicidade? Seríamos capazes de amar se não existisse a palavra amor? O que a psicanálise tem a dizer sobre o amor? Na filosofia, o amor resulta da tensão que o bem causa no humano. Assim, para Platão, o amor é o entusiasmo através do qual a alma, sensível à atração da beleza perfeita, tende à imortalidade. O amor não é beleza nem bondade, nem perfeição ou 1 Psicólogo, psicanalista, mestre em Antropologia pela UFPR, doutor em psicologia pela Universidade de Liège, Bélgica; professor da Faculdade Dom Bosco e da UTP.

2 2 acabamento; é por essência um élan, não somente em direção à depuração do ser, mas em direção à depuração do Bem. Na religião, o amor se apresenta em duas categorias, o amor humano, sensual, carnal, voltado aos objetos; e o amor divino, espiritual, que visa à doação e à adoração. Santo Agostinho (1989) afirmou que o amor é um dom de Deus, e que é o amor de Deus que nos conduz a amar. É porque Deus nos ama que podemos amar a nós mesmos e aos outros. O amor é um dom divino, sendo todo o amor divino. Por isso propõe a ética do amor como a ética da liberdade, que pode ser resumida numa frase: ama e faz o que quiser. Santo Agostinho concilia amor e desejo, como propõe Freud ao falar de cura em análise e, como aponta Lacan, ao afirmar que somente o amor faz suplência à falta. Freud, como Empédocles, entende o amor e o ódio como forças constitutivas do movimento universal. Para Freud, o amor é a matéria-prima da análise. O que torna o analisando capaz de entender as palavras que o analista lhe diz, é o amor na transferência. É com esse material que se faz análise. Foi a partir dos fenômenos pessoais do tratamento que ele passou a usar o termo transferência. O amor na psicanálise se manifesta como amor de transferência e na transferência, como condição para a invenção de um novo amor. A psicanálise desloca o amor do campo da pulsão para o campo do discurso, situando o amor como conseqüência da incompletude e, portanto, articulado ao desejo. Lacan (1992), no Seminário VIII, sugere que a psicanálise teve seu surgimento a partir do encontro de um homem com uma mulher, Breuer e Ana O.: no começo da experiência analítica, vamos lembrar, foi o amor (LACAN, 1992, p. 8). Ele faz referência à difícil relação dos dois. À difícil experiência, ela batizou de talk-cure, cura pela fala, ou ainda, limpeza de chaminé (FREUD, 1980). Breuer não suportou a transferência amorosa da paciente, abandonou-a e partiu, com sua esposa, em viagem à Veneza, cujo resultado foi o nascimento de uma filha. O amor é um modo de sustentação do desejo e da relação do sujeito com o inconsciente, isso quer dizer que amamos com nosso inconsciente. O amor na

3 3 psicanálise se manifesta como amor de transferência, porque a transferência põe em causa o amor. Somente o amor de transferência permite a construção de um saber sobre a singularidade de uma história. A psicanálise é um discurso sobre o amor, pois nasceu de um discurso amoroso, o discurso de Ana O. Para Freud, é a ordem do amor que instaura o pai. No capítulo VII da Psicologia das massas e análise do ego, Freud (1980) chama de amor ao pai a primeira forma de identificação, também chamada de identificação primária. Em seu estudo Sobre o narcisismo: uma introdução, ele demonstra como o amor e o ódio resultam da relação de prazer e desprazer entre o eu e seus objetos. Freud (1980, p. 229) afirma que o protótipo de toda relação de amor é a experiência de uma criança que suga o seio da mãe. A partir daí, cada encontro com um objeto é, na realidade, um reencontro dele. Podendo-se entender com isso que todo objeto de amor é uma substituição de um objeto primordial, anterior à barreira do incesto, sendo o amor, uma substituição de um objeto recalcado, um amor de repetição. É de um primeiro amor que resulta o recalque e o inconsciente; logo, o amor traumatiza porque é impossível dar a ele o que lhe falta. Todavia, o amor resulta de um aprendizado que obedece a diversas etapas como o auto-erotismo, o narcisismo primário e o narcisismo secundário. Assim diz Freud (1980, p. 229): As crianças amam em primeiro lugar a si próprias, e apenas mais tarde é que aprendem a amar os outros e a sacrificar algo de seu eu aos outros. As próprias pessoas a quem uma criança parece amar desde o início, no começo são amadas pela criança porque esta necessita delas e não pode dispensá-las por motivos egoístas, mais uma vez. Somente mais tarde o impulso de amar se torna independente do egoísmo. É literalmente verdadeiro que seu egoísmo ensinou a amar. Freud considera que as paixões são, na verdade, ecos das lembranças do amor infantil. É o amor vivido na tenra infância que rege a vida de cada um. Dessa vivência resulta o que cada um será no futuro e o Complexo de Édipo seria a modulação da forma de cada um amar.

4 4 Freud afirma que todo objeto de amor é uma substituição de um objeto recalcado; assim, o amor seria uma forma de repetição. Uma clivagem do objeto do amor seria a causa de duas correntes amorosas, uma afetiva e outra sensual. A corrente sensual resultaria numa separação entre amor e desejo, onde o objeto seria ou superestimado ou degradado, levando a amar sem desejar e a desejar sem poder amar. Segundo Freud, uma pessoa somente poderia amar em conformidade com o tipo narcisista dela própria; isto é, em conformidade com ela mesma: o que ela própria foi, o que ela própria gostaria de ser, ou ainda, alguém que foi uma vez parte dela mesma. Ou então, poderia amar em conformidade com o tipo anaclítico; ou seja, com o tipo de ligação objetal, a mulher que a alimenta, o homem que a protege e a sucessão de substitutos que tomam o seu lugar. Freud descreve dois tipos de narcisismo, o primário e o secundário. O narcisismo primário está relacionado à função do eu ideal, matriz das identificações imaginárias. Ele toma a imagem do corpo como objeto de investimento libidinal e como primeiro objeto de amor, objeto sexual auto-erótico que inscreve o prazer no corpo. Esse é o tempo de uma vivência puramente narcísica, onde o desprazer não participa. O narcisismo secundário é marcado por uma relação de prazer e de desprazer entre o eu e seus objetos. Diferente do primeiro, ele é relacionado ao ideal do eu, matriz simbólica das identificações. Consiste em tomar o objeto como ideal e deslocar parte da libido do eu para o objeto amado, investindo-o simbolicamente. Essa relação inclui o outro. Uma vez que o corpo já está marcado pelo prazer, tornase instrumento de prazer e pode ser socializado no prazer partilhado com o outro. Esse prazer partilhado é o que Lacan chama de gozo fálico. Essa é a erótica freudlacaniana. Eros é um amor ao significante unário. Esse amor à imagem (Ürbild) permite que na ausência de um objeto, outros venham substituir.

5 5 Lacan aponta o lado cômico do amor: pensar que algum dia poderá ter um outro para si, a fazer um com o outro. O amor tende à união e o ódio tende à destruição. Mas não existe amor puro, a não ser o amor de Deus. O amor sempre comporta o seu oposto, o ódio. Por exemplo: na vida amorosa, no namoro, o outro é chamado a ocupar a posição de ideal, na medida em que não satisfaz, produz ódio. O amor envolve o eu na sua capacidade de estabelecer relação imaginária via narcisismo. Toda relação ao semelhante é marcada pela incidência do ideal narcisista e suas oscilações. Por um lado o amor é erotismo fundado na relação especular; por outro, é um dom simbólico na cadeia significante. O amor na sua vertente imaginária é narcísico, espelhamento da imagem de si mesmo no outro. No amor narcísico, a libido não reflui para os objetos, ela se encontra fixada na própria imagem idealizada, chamada de eu ideal. A ameaça de perda põe em risco a própria vida, porque o efeito do investimento libidinal no outro é maciço. O mortífero é desconhecer que ama a si mesmo no outro, que se crê ser seu objeto de amor, sua própria imagem. Segundo Freud, o amor supõe três posições: O amor não admite apenas um, mas três opostos. Além da antítese amar/odiar, existe a outra de amar/ser amado ; além destas, o amar e o odiar considerados em conjunto são o oposto da condição de desinteresse ou indiferença. A segunda dessas três antíteses, amar/ser amado, corresponde exatamente à transformação da atividade em passividade e pode remontar a uma situação subjacente, da mesma forma que no caso do instinto escopofílico. Essa situação é a de amar-se a si próprio, que consideramos como sendo o traço característico do narcisismo. Então, conforme o objeto ou o sujeito seja substituído por um estranho, o que resulta é a finalidade ativa de amar ou a passiva de ser amado ficando a segunda perto do narcisismo. Freud propõe que talvez cheguemos a uma melhor compreensão dos vários opostos do amar se refletirmos que nossa vida é como um todo que se rege por três polaridades, as antíteses sujeito/objeto, prazer/desprazer, e ativo/passivo. A função do sujeito nos mostra que amamos ao outro por nossa libido. Ama-se com a libido, por isso não amamos mais que nosso corpo, inclusive quando transferimos esse amor ao corpo do outro. Do ponto de vista do desejo, o corpo do outro, por

6 6 pouco que o ame vale pelo que lhe falta. Por isso a heterossexualidade é possível. A fronteira que separa o desejo do amor consiste no fato de que o desejo busca no outro mais o desejante que o desejável. Deseja-se o que falta. Desejo o outro como desejante e não como me desejando, pois sou eu o que deseja e desejando o desejo só me amo no outro, sou eu que amo. Lacan dedica o Seminário IV ao estudo das relações de objeto. Assim, retoma a tese de Freud de que não existe o objeto da necessidade, o que existe é a falta de objeto como condição para a existência humana. A necessidade, ao ser satisfeita, resulta insatisfeita, tornando-se demanda de amor de um objeto simbólico que é dom de amor, situando aí o nascimento do amor. A partir daí nada na vida é mais importante do que o amor. Lacan, no Seminário VIII, situa o amor como conseqüência da impossibilidade de completude. O amor seria uma suplência ao ser. No Seminário XX, afirma que a psicanálise só opera pela via do amor. A fórmula da transferência, SsS (sujeito suposto saber), não se distingue do amor àquele a quem suponho o saber, eu o amo (LACAN, 1985, p. 91). Lacan, no Seminário I, se refere à tríade amor ódio ignorância como as três paixões do ser, denominando-as de posições subjetivas primárias, figuras de transferência e vias de realização do ser. A via do amor, com seu ideal de fusão com o ser do outro, responde pelo eixo ambigüidade/condensação; a via do ódio, com seu apagamento do ser, responde pelo eixo da denegação/erro; e a via da ignorância, do indizível do ser, responde pelo eixo engano/recalque. Por exemplo, falamos sem saber o que dizemos. Não é algo que podemos aprender, é o que nos impede de cair no delírio do saber absoluto. Freud, cita um exemplo da paixão da ignorância, ao dizer que o neurótico demanda uma análise pelo sofrimento do sintoma, mas não quer pagar o preço do saber da castração. Em princípio, ele ama mais o seu sintoma do que a si mesmo, e por isso

7 7 não pode amar e sofre e adoece. Nada na vida é mais caro quanto a doença e a estupidez (Freud, 1913). Para Lacan, o amor é o encontro de dois saberes inconscientes. Amar é dar o que não se tem a quem não o é, isto é, ama-se um ser para além do que ele parece ser. O amor é dar o que não se tem, e só se pode amar fazendo-se como se não se tivesse, mesmo que se tenha. O amor como resposta implica o domínio do não ter. Dar o que se tem é a festa; não é o amor. O que se busca no amor é a parte para sempre perdida de si mesmo, constituída pelo fato de que ele não passa de um vivente sexual, mortal. Para Lacan, o amor é um acontecimento particular que ocorre a um sujeito frágil, falível e que é incitado à particularidade do seu ser na convivência com o outro. Trata-se de um objeto imaginarizado, que vem ocupar o lugar do vazio da falta. Supor que alguém tenha em si algo precioso que possa preencher o que lhe falta, leva o amante em direção ao amado. O amante espera do amado a possibilidade de recuperar a totalidade onde nada falta. Assim, amar é reconhecer e exaltar no outro o que ele próprio denega, olha e não pode ver. Um homem e uma mulher sentem-se atraídos e cumprem as alternativas de uma reciprocidade de amor sem saber qual é o conteúdo inconsciente que os move. A experiência do amor está sumamente ligada à experiência dos efeitos inconscientes. Os amantes no momento do amor, no tempo do amor, na situação de amor, na experiência ou prova de amor, não sabem o que lhes acontece, não sabem o que é isso que é como uma paixão. O que leva o amante em direção ao amado é supor que ele tenha dentro de si algo precioso que possa preencher o que lhe falta. Um parceiro causa algo no outro, toca de alguma forma o fantasma do outro, encarna-o na medida em que se apresenta como objeto que causa seu desejo. O amor necessita que esse objeto que falta seja encarnado numa pessoa, enquanto o desejo vai além da pessoa, visando sempre um objeto.

8 8 A experiência do amor está sumamente ligada à experiência dos efeitos inconscientes. A psicanálise é um discurso sobre o amor, porque a transferência põe em causa o amor que permite a construção de um saber sobre a singularidade de uma história. Lacan afirma que a análise só opera pela via do amor. A fórmula da transferência não se distingue do amor: àquele a quem suponho o saber, eu o amo (1985, p. 91). O amor necessita que esse objeto seja encarnado numa pessoa, enquanto que o que está em questão no desejo não é uma pessoa, mas o objeto. A psicanálise provoca uma mudança de posição diante do amor. Promove uma torção do desejo de reconhecimento ao reconhecimento do desejo para além do narcisismo com que o amor costuma se apresentar. Para Lacan, o amor é uma invenção que possibilita novos amores. O ato analítico é uma constante surpresa, pois o analista não tem certeza do que irá acontecer. Tem como meta o novo, o imprevisível, e caminha pela obscuridade. O amor, não mais como paixão, mas como dom ativo, visa sempre, para além da cativação imaginária, ao ser do sujeito amado, à sua particularidade. E por isso pode aceitar dele até muito longe as fraquezas e os rodeios, pode mesmo admitir os erros, mas há um ponto em que pára, situado a partir do ser quando o ser amado vai muito longe na traição de si mesmo e persevera na tapeação de si, o amor não segue mais. A demanda de análise é determinada pelo sofrimento presente no sintoma. Isso constitui um paradoxo porque o sujeito ao mesmo tempo quer e não quer se livrar de seu sintoma. É preciso esperar que ele esteja disposto a abrir mão da satisfação obtida pelo sintoma e se disponha a pagar o preço de seu saber. Para Lacan, a psicanálise situa o amor como conseqüência da impossibilidade de completude. O ser é a verdade que se abre entre as palavras [...] o ser não está em nenhum lugar, a não ser nos intervalos, ali onde ele é o menor significante dos significantes, a saber, o corte. [...] Se quisermos dar ao ser sua definição mínima, diremos que ele é o real, enquanto este se inscreve no simbólico (Lacan, 1988).

9 9 Então o amor é uma forma de suplência à completude do ser. Isso o aproxima de Heidegger, para quem o ser só existe na linguagem. O fundamento do amor, como também de qualquer erotismo, está na relação especular, mas não se restringe à dimensão imaginária como aparece nas neuroses. O amor é também um dom constituído no plano simbólico e sustentado na cadeia significante. O neurótico ama aquilo que ele crê e sofre quando percebe que é um engano, um engodo, uma ilusão. Alguém que vem pedir uma análise possui um sintoma qualquer e crê nisso, por isso sofre e reclama seu amor. Assim, no espaço analítico, poderá aprender a amar. O amor e o ódio não são pulsões nem pertencem a esse registro. As pulsões pertencem à ordem do sexual e o amor e o ódio ao campo do narcisismo, ao campo do eu. Por isso o amor de transferência e o ódio de transferência não são reproduções falsas, mas verdadeiros sentimentos que entram em jogo na direção da cura. A transferência positiva é aquela que torna possível a elaboração, é a transferência de amor sublimado. Ao contrário, a transferência negativa é o ódio e o amor não sublimado. É entre o gozo e o saber que as paixões se articulam, logo, a revelação da fala é a realização do ser e o ser é gozo, que por um lado responde pelo real do trauma, e por outro, pelo saber. Há o gozo do ser, por isso o inconsciente não significa que o ser pense, e sim que o ser falando goze, pois o significante faz existir o gozo e o ser como um fato dito. O pensamento é gozo. Não é porque pensamos que falamos, ao contrário, é porque falamos que pensamos. A fala é sempre demanda de complemento à falta-a-ser na forma de amor, ódio e ignorância. Ao falar o sujeito diz mais do que sabe, diz também do que ignora. Assim, a ignorância do lado do analisante e a suposição do saber do lado do analista, constituem o pivô da transferência. Lacan (2003) situa a transferência no sujeito suposto saber, dizendo que um sujeito nada supõe, ele é suposto: S >sq S(S¹,S²,S³,...Sn).

10 10 A transferência é a condição para a invenção de um novo amor, que no tratamento psicanalítico se dá a partir do patológico do sintoma. O neurótico ama seu sintoma como a si mesmo, dizia Freud. A transferência possibilita o deslocamento do amor do campo da pulsão para o campo do discurso, e situa o amor como conseqüência da incompletude do ser, articulado ao desejo. A associação livre engendra a metáfora do amor que faz do amado um amante, do objeto, um sujeito. Exemplo: aquele que é amado, mas não ama, depois que perde seu amante, passa a dar valor (como Aquiles e Patroclo, no filme Tróia). O uso que o analista faz do amor é totalmente inédito: visa a produzir um efeito de ser, compensação da falta-a-ser do sujeito. O analista faz do amor um uso desinteressado, pois não espera seu ser da transferência, se já está curado de sua neurose. Lacan, no Seminário 8, chama de Erastes, ou o amante, o sujeito da falta: aquele que não tem e pode desejar; e de Erômeno, ou amado, o objeto de amor, aquele a quem se ama porque ele tem alguma coisa. Quem ama não sabe dizer o que ele tem, que também não sabe porque é amado, porque também não sabe o que ele tem. É com a falta que se ama. Quem não tem falta não ama. O amor gira em torno da falta imaginária, e é nesse ponto que se aloja o objeto de amor. Assim, falar de amor é contornar essa falta e reforçá-la. O que se tem a dar é um diálogo com a falta. Um sujeito é capaz de amar somente se tiver a inscrição do Nome-do-Pai na sua falta-a-ser. O amor, no sentido erótico, é balizado pela metáfora paterna, o que faz com que o amor também seja uma metáfora. O amor é dar aquilo que não se tem porque o outro do amor é demandado em relação àquilo que tem e àquilo que não tem, o que assegura o lugar do desejo. Já que não se pode por si ter todas as coisas, se ama visando a ter o que não se tem. O amante crê que o outro possui os dons que ele não tem, mas deseja possuí-los.

11 11 A psicanálise permitiria a vocês, seguramente, esperar se pôr em claro o inconsciente. Mas todos sabem que eu não encorajo ninguém a isso, ninguém cujo desejo não seja decidido (Lacan, 1981). Referências AGOSTINHO, S. As Confissões. São Paulo: Quadrante, FREUD, Sigmund. Os três ensaios sobre a sexualidade (1905). In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, FREUD, Sigmund. Delírios e sonhos na Gradiva de Jensen (1907). In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, FREUD, Sigmund. Observações sobre o amor transferencial. In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, FREUD, Sigmund. Três ensaios sobre uma teoria da sexualidade (1905). In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, FREUD, Sigmund. Contribuições à psicologia do amor I, II e III (1910). In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, FREUD, Sigmund. Sobre o início do tratamento (1913). in: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, FREUD, Sigmund. Psicologia de grupo e análise do ego (1921). In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, FREUD, Sigmund. O mal-estar na civilização (1930). In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, FREUD, Sigmund. Sobre o narcisismo: uma introdução (1914). In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, LACAN, Jaques. Outros Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. LACAN, Jaques. O Seminário Livro 1. Os Escritos Técnicos de Freud. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1983.

12 12 LACAN, Jaques. O Seminário Livro 3. As Psicoses. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, LACAN, Jaques. O Seminário Livro 8. A Transferência. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, LACAN, Jaques. O Seminário Livro 11. Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, LACAN, Jaques. O Seminário Livro 20. Mais Ainda. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, LACAN, Jaques. RSI. Seminário inédito. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,1973. LACAN, Jaques. Televisão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, Psicólogo, psicanalista, mestre em Antropologia pela UFPR, doutor em psicologia pela Universidade de Liège, Bélgica; professor da Faculdade Dom Bosco e da UTP.

Desdobramentos: A mulher para além da mãe

Desdobramentos: A mulher para além da mãe Desdobramentos: A mulher para além da mãe Uma mulher que ama como mulher só pode se tornar mais profundamente mulher. Nietzsche Daniela Goulart Pestana Afirmar verdadeiramente eu sou homem ou eu sou mulher,

Leia mais

ISSO NÃO ME FALA MAIS NADA! (SOBRE A POSIÇÃO DO ANALISTA NA DIREÇÃO DA CURA) 1

ISSO NÃO ME FALA MAIS NADA! (SOBRE A POSIÇÃO DO ANALISTA NA DIREÇÃO DA CURA) 1 ISSO NÃO ME FALA MAIS NADA! (SOBRE A POSIÇÃO DO ANALISTA NA DIREÇÃO DA CURA) 1 Arlete Mourão 2 Essa frase do título corresponde à expressão utilizada por um ex-analisando na época do final de sua análise.

Leia mais

DO DESENVOLVIMENTO DA TEORIA PULSIONAL FREUDIANA PARA UMA REFLEXÃO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE AMOR E ÓDIO. Ligia Maria Durski

DO DESENVOLVIMENTO DA TEORIA PULSIONAL FREUDIANA PARA UMA REFLEXÃO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE AMOR E ÓDIO. Ligia Maria Durski DO DESENVOLVIMENTO DA TEORIA PULSIONAL FREUDIANA PARA UMA REFLEXÃO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE AMOR E ÓDIO. Ligia Maria Durski Iniciemos este texto fazendo uma breve retomada de alguns momentos importantes da

Leia mais

AMOR, TRANSFERÊNCIA E DESEJO

AMOR, TRANSFERÊNCIA E DESEJO AMOR, TRANSFERÊNCIA E DESEJO Lucia Serrano Pereira 1 Afirmo em nada mais ser entendido, senão nas questões do amor. Isso é o que está dito por Sócrates na obra de Platão O Banquete. O Banquete nos é indicado

Leia mais

Clínica Psicanalítica e Ambulatório de Saúde Mental

Clínica Psicanalítica e Ambulatório de Saúde Mental Clínica Psicanalítica e Ambulatório de Saúde Mental Trabalho apresentado na IV Jornada de Saúde Mental e Psicanálise na PUCPR em 21/11/2009. A prática da psicanálise em ambulatório de saúde mental pode

Leia mais

A sua revista eletrônica CONTEMPORANEIDADE E PSICANÁLISE 1

A sua revista eletrônica CONTEMPORANEIDADE E PSICANÁLISE 1 A sua revista eletrônica CONTEMPORANEIDADE E PSICANÁLISE 1 Patrícia Guedes 2 Comemorar 150 anos de Freud nos remete ao exercício de revisão da nossa prática clínica. O legado deixado por ele norteia a

Leia mais

A fala freada Bernard Seynhaeve

A fala freada Bernard Seynhaeve Opção Lacaniana online nova série Ano 1 Número 2 Julho 2010 ISSN 2177-2673 Bernard Seynhaeve Uma análise é uma experiência de solidão subjetiva. Ela pode ser levada suficientemente longe para que o analisante

Leia mais

Considerações acerca da transferência em Lacan

Considerações acerca da transferência em Lacan Considerações acerca da transferência em Lacan Introdução Este trabalho é o resultado um projeto de iniciação científica iniciado em agosto de 2013, no Serviço de Psicologia Aplicada do Instituto de Psicologia

Leia mais

A DOENÇA O REAL PARA O SUJEITO

A DOENÇA O REAL PARA O SUJEITO A DOENÇA O REAL PARA O SUJEITO 2014 Olga Cristina de Oliveira Vieira Graduada em Psicologia pela Universidade Presidente Antônio Carlos. Docente no Centro Técnico de Ensino Profissional (CENTEP). Especialização

Leia mais

Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil.

Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil. Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil. 1 Autora :Rosângela Azevedo- PIBID, UEPB. E-mail: rosangelauepb@gmail.com ²Orientador: Dr. Valmir pereira. UEPB E-mail: provalmir@mail.com Desde

Leia mais

UMA TOPOLOGIA POSSÍVEL DA ENTRADA EM ANÁLISE 1

UMA TOPOLOGIA POSSÍVEL DA ENTRADA EM ANÁLISE 1 UMA TOPOLOGIA POSSÍVEL DA ENTRADA EM ANÁLISE 1 Celso Rennó Lima A topologia..., nenhum outro estofo a lhe dar que essa linguagem de puro matema, eu entendo por aí isso que é único a poder se ensinar: isso

Leia mais

Os encontros de Jesus. sede de Deus

Os encontros de Jesus. sede de Deus Os encontros de Jesus 1 Jo 4 sede de Deus 5 Ele chegou a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, que ficava perto das terras que Jacó tinha dado ao seu filho José. 6 Ali ficava o poço de Jacó. Era mais ou

Leia mais

FUNÇÃO MATERNA. Luiza Bradley Araújo 1

FUNÇÃO MATERNA. Luiza Bradley Araújo 1 FUNÇÃO MATERNA Luiza Bradley Araújo 1 Entendemos por função materna a passagem ou a mediação da Lei que a mãe opera. Nós falamos de uma função e não da pessoa da mãe, função de limite entre o somático

Leia mais

GRUPO DE ESTUDOS: TRANSFERÊNCIA:- HISTÓRIAS DE (DES)AMOR SUELI SOUZA DOS SANTOS. 3º Encontro - 31 de agosto 2015. No começo era o amor (Cap.

GRUPO DE ESTUDOS: TRANSFERÊNCIA:- HISTÓRIAS DE (DES)AMOR SUELI SOUZA DOS SANTOS. 3º Encontro - 31 de agosto 2015. No começo era o amor (Cap. GRUPO DE ESTUDOS: TRANSFERÊNCIA:- HISTÓRIAS DE (DES)AMOR SUELI SOUZA DOS SANTOS 3º Encontro - 31 de agosto 2015 No começo era o amor (Cap.I) No primeiro capítulo do Livro 8, Lacan (1960-1961) inicia com

Leia mais

O desenho e sua interpretação: quem sabe ler?

O desenho e sua interpretação: quem sabe ler? O desenho e sua interpretação: quem sabe ler? Sonia Campos Magalhães Em seu artigo Uma dificuldade da psicanálise de criança, Colette Soler 1 lança uma questão aos psicanalistas que se ocupam desta prática,

Leia mais

Oração. u m a c o n v e r s a d a a l m a

Oração. u m a c o n v e r s a d a a l m a Oração u m a c o n v e r s a d a a l m a 11 12 O Evangelho relata que por diversas vezes, quando ninguém mais estava precisando de alguma ajuda ou conselho, Jesus se ausentava para ficar sozinho. Natural

Leia mais

AGOSTINHO, TEMPO E MEMÓRIA

AGOSTINHO, TEMPO E MEMÓRIA AGOSTINHO, TEMPO E MEMÓRIA Fábio de Araújo Aluno do Curso de Filosofia Universidade Mackenzie Introdução No decorrer da história da filosofia, muitos pensadores falaram e escreveram há cerca do tempo,

Leia mais

Músicos, Ministros de Cura e Libertação

Músicos, Ministros de Cura e Libertação Músicos, Ministros de Cura e Libertação João Paulo Rodrigues Ferreira Introdução Caros irmãos e irmãs; escrevo para vocês não somente para passar instruções, mas também partilhar um pouco da minha experiência

Leia mais

ADOLESCÊNCIA SEXUALIDADE

ADOLESCÊNCIA SEXUALIDADE ADOLESCÊNCIA E SEXUALIDADE Adolescência É o período de transição entre a infância e a idade adulta. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS),o período da adolescência situa-se entre os 10 e os 20 anos.

Leia mais

UMA CRIANÇA E EX-PANCADA: RELAÇÃO DO MASOQUISMO INFANTIL AO SADISMO ADULTO

UMA CRIANÇA E EX-PANCADA: RELAÇÃO DO MASOQUISMO INFANTIL AO SADISMO ADULTO UMA CRIANÇA E EX-PANCADA: RELAÇÃO DO MASOQUISMO INFANTIL AO SADISMO ADULTO 2015 Marcell Felipe Alves dos Santos Psicólogo Clínico - Graduado pela Centro Universitário Newton Paiva (MG). Pós-graduando em

Leia mais

Márcio Peter de Souza Leite 4 de abril de 1997 PUC

Márcio Peter de Souza Leite 4 de abril de 1997 PUC O Pai em Freud 1997 O Pai em Freud Márcio Peter de Souza Leite 4 de abril de 1997 PUC Conteudo: Pais freudianos... 3 O pai de Dora... 3 O pai de Schreber.... 4 O pai castrador, que é o terceiro em Freud,

Leia mais

Quem te fala mal de. 10º Plano de aula. 1-Citação as semana: Quem te fala mal de outra pessoa, falará mal de ti também." 2-Meditação da semana:

Quem te fala mal de. 10º Plano de aula. 1-Citação as semana: Quem te fala mal de outra pessoa, falará mal de ti também. 2-Meditação da semana: 10º Plano de aula 1-Citação as semana: Quem te fala mal de outra pessoa, falará mal de ti também." Provérbio Turco 2-Meditação da semana: Mestre conselheiro- 6:14 3-História da semana: AS três peneiras

Leia mais

Devastação: um nome para dor de amor Gabriella Dupim e Vera Lopes Besset

Devastação: um nome para dor de amor Gabriella Dupim e Vera Lopes Besset Opção Lacaniana online nova série Ano 2 Número 6 novembro 2011 ISSN 2177-2673 Gabriella Dupim e Vera Lopes Besset No início da experiência analítica, foi o amor, diz Lacan 1 parafraseando a fórmula no

Leia mais

2015 O ANO DE COLHER ABRIL - 1 A RUA E O CAMINHO

2015 O ANO DE COLHER ABRIL - 1 A RUA E O CAMINHO ABRIL - 1 A RUA E O CAMINHO Texto: Apocalipse 22:1-2 Então o anjo me mostrou o rio da água da vida que, claro como cristal, fluía do trono de Deus e do Cordeiro, no meio da RUA principal da cidade. De

Leia mais

Correlação e Regressão Linear

Correlação e Regressão Linear Correlação e Regressão Linear A medida de correlação é o tipo de medida que se usa quando se quer saber se duas variáveis possuem algum tipo de relação, de maneira que quando uma varia a outra varia também.

Leia mais

TIPOS DE BRINCADEIRAS E COMO AJUDAR A CRIANÇA BRINCAR

TIPOS DE BRINCADEIRAS E COMO AJUDAR A CRIANÇA BRINCAR TIPOS DE BRINCADEIRAS E COMO AJUDAR A CRIANÇA BRINCAR As crianças precisam atravessar diversos estágios no aprendizado de brincar em conjunto, antes de serem capazes de aproveitar as brincadeiras de grupo.

Leia mais

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Aline Trindade A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Introdução Existem várias maneiras e formas de se dizer sobre a felicidade. De quando você nasce até cerca dos dois anos de idade, essa

Leia mais

ESPIRITUALIDADE E EDUCAÇÃO

ESPIRITUALIDADE E EDUCAÇÃO Instituto de Educação infantil e juvenil Outono, 2013. Londrina, de. Nome: Ano: Tempo Início: término: total: Edição IX MMXIII texto Grupo A ESPIRITUALIDADE E EDUCAÇÃO Há alguns meses estamos trabalhando

Leia mais

Os nós e o amor. Silvia Emilia Espósito* Palavras - chave: nós, real, amor, três registros

Os nós e o amor. Silvia Emilia Espósito* Palavras - chave: nós, real, amor, três registros Os nós e o amor Silvia Emilia Espósito* Palavras - chave: nós, real, amor, três registros Aprendemos com Freud que o amor é sempre narcísico, ou seja, não importa de que escolha de objeto se trate, ele

Leia mais

Por uma pedagogia da juventude

Por uma pedagogia da juventude Por uma pedagogia da juventude Juarez Dayrell * Uma reflexão sobre a questão do projeto de vida no âmbito da juventude e o papel da escola nesse processo, exige primeiramente o esclarecimento do que se

Leia mais

FILHOS UMA NECESSIDADE? PROTESTO!

FILHOS UMA NECESSIDADE? PROTESTO! FILHOS UMA NECESSIDADE? PROTESTO! INTRODUÇÃO Uma mudança de paradigma. Dados que fundamentam a mudança de paradigmas Casais estão demorando mais para ter o primeiro filho. Uma média de 5 a 6 anos após

Leia mais

MOURA, Marisa Decat de (ORG). Psicanálise e hospital 3 Tempo e morte: da urgência ao ato analítico. Revinter: Rio de Janeiro, 2003.

MOURA, Marisa Decat de (ORG). Psicanálise e hospital 3 Tempo e morte: da urgência ao ato analítico. Revinter: Rio de Janeiro, 2003. MOURA, Marisa Decat de (ORG). Psicanálise e hospital 3 Tempo e morte: da urgência ao ato analítico. Revinter: Rio de Janeiro, 2003. Prefácio Interessante pensar em um tempo de começo. Início do tempo de

Leia mais

satisfeita em parte insatisfeita em parte insatisfeita totalmente

satisfeita em parte insatisfeita em parte insatisfeita totalmente SATISFAÇÃO COM A VIDA SEXUAL comparativos 2001/ 2010 e mulheres/ homens [estimulada e única, em %] Base: Total da amostra M/ H1 2001 2010 HOMENS MENTE SATISFEITA 61 68 80 INSATISFEITA EM ALGUM GRAU 35

Leia mais

Dra. Nadia A. Bossa. O Olhar Psicopedagógico nas Dificuldades de Aprendizagem

Dra. Nadia A. Bossa. O Olhar Psicopedagógico nas Dificuldades de Aprendizagem O Olhar Psicopedagógico nas Dificuldades de Aprendizagem Aprendizagem humana Ao nascer, o bebê humano é recebido num mundo de cultura e linguagem que o antecede e ao qual necessita ter acesso. Porém falta

Leia mais

Violência Simbólica: possíveis lugares subjetivos para uma criança diante da escolha materna

Violência Simbólica: possíveis lugares subjetivos para uma criança diante da escolha materna Violência Simbólica: possíveis lugares subjetivos para uma criança diante da escolha materna Henrique Figueiredo Carneiro Liliany Loureiro Pontes INTRODUÇÃO Esse trabalho apresenta algumas considerações,

Leia mais

FREUD: IMPASSE E INVENÇÃO

FREUD: IMPASSE E INVENÇÃO FREUD: IMPASSE E INVENÇÃO Denise de Fátima Pinto Guedes Roberto Calazans Freud ousou dar importância àquilo que lhe acontecia, às antinomias da sua infância, às suas perturbações neuróticas, aos seus sonhos.

Leia mais

Opção Lacaniana online nova série Ano 3 Número 8 julho 2012 ISSN 2177-2673. Há um(a) só. Analícea Calmon

Opção Lacaniana online nova série Ano 3 Número 8 julho 2012 ISSN 2177-2673. Há um(a) só. Analícea Calmon Opção Lacaniana online nova série Ano 3 Número 8 julho 2012 ISSN 2177-2673 Analícea Calmon Seguindo os passos da construção teórico-clínica de Freud e de Lacan, vamos nos deparar com alguns momentos de

Leia mais

FILOSOFIA SEM FILÓSOFOS: ANÁLISE DE CONCEITOS COMO MÉTODO E CONTEÚDO PARA O ENSINO MÉDIO 1. Introdução. Daniel+Durante+Pereira+Alves+

FILOSOFIA SEM FILÓSOFOS: ANÁLISE DE CONCEITOS COMO MÉTODO E CONTEÚDO PARA O ENSINO MÉDIO 1. Introdução. Daniel+Durante+Pereira+Alves+ I - A filosofia no currículo escolar FILOSOFIA SEM FILÓSOFOS: ANÁLISE DE CONCEITOS COMO MÉTODO E CONTEÚDO PARA O ENSINO MÉDIO 1 Daniel+Durante+Pereira+Alves+ Introdução O+ ensino+ médio+ não+ profissionalizante,+

Leia mais

A RESPONSABILIDADE DO SUJEITO, A RESPONSABILIDADE DO ANALISTA E A ÉTICA DA PSICANÁLISE

A RESPONSABILIDADE DO SUJEITO, A RESPONSABILIDADE DO ANALISTA E A ÉTICA DA PSICANÁLISE A RESPONSABILIDADE DO SUJEITO, A RESPONSABILIDADE DO ANALISTA E A ÉTICA DA PSICANÁLISE Maria Fernanda Guita Murad Pensando a responsabilidade do analista em psicanálise, pretendemos, neste trabalho, analisar

Leia mais

A origem dos filósofos e suas filosofias

A origem dos filósofos e suas filosofias A Grécia e o nascimento da filosofia A origem dos filósofos e suas filosofias Você certamente já ouviu falar de algo chamado Filosofia. Talvez conheça alguém com fama de filósofo, ou quem sabe a expressão

Leia mais

IV Congresso Internacional de Psicopatologia Fundamental X Congresso Brasileiro de Psicopatologia Fundamental. Curitiba, de 04 a 07 de Julho de 2010.

IV Congresso Internacional de Psicopatologia Fundamental X Congresso Brasileiro de Psicopatologia Fundamental. Curitiba, de 04 a 07 de Julho de 2010. IV Congresso Internacional de Psicopatologia Fundamental X Congresso Brasileiro de Psicopatologia Fundamental. Curitiba, de 04 a 07 de Julho de 2010. Os nomes dos modos de sofrimentos atuais, ou, Transtornos

Leia mais

Introdução. instituição. 1 Dados publicados no livro Lugar de Palavra (2003) e registro posterior no banco de dados da

Introdução. instituição. 1 Dados publicados no livro Lugar de Palavra (2003) e registro posterior no banco de dados da Introdução O interesse em abordar a complexidade da questão do pai para o sujeito surgiu em minha experiência no Núcleo de Atenção à Violência (NAV), instituição que oferece atendimento psicanalítico a

Leia mais

Para a grande maioria das. fazer o que desejo fazer, ou o que eu tenho vontade, sem sentir nenhum tipo de peso ou condenação por aquilo.

Para a grande maioria das. fazer o que desejo fazer, ou o que eu tenho vontade, sem sentir nenhum tipo de peso ou condenação por aquilo. Sonhos Pessoas Para a grande maioria das pessoas, LIBERDADE é poder fazer o que desejo fazer, ou o que eu tenho vontade, sem sentir nenhum tipo de peso ou condenação por aquilo. Trecho da música: Ilegal,

Leia mais

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação Marcela Alves de Araújo França CASTANHEIRA Adriano CORREIA Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Filosofia

Leia mais

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934.

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Vygotsky, viveu na mesma época que Piaget (ambos nasceram em 1896 entanto Vygotsky

Leia mais

A PRÁTICA DO PRECEITO: AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO

A PRÁTICA DO PRECEITO: AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO CURSO A PRÁTICA DA FRATERNIDADE NOS CENTROS ESPÍRITAS A PRÁTICA DO PRECEITO: AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO A PRÁTICA DO PRECEITO: AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO Vimos na videoaula anterior que nas diversas

Leia mais

O Planejamento Participativo

O Planejamento Participativo O Planejamento Participativo Textos de um livro em preparação, a ser publicado em breve pela Ed. Vozes e que, provavelmente, se chamará Soluções de Planejamento para uma Visão Estratégica. Autor: Danilo

Leia mais

escrita como condicionante do sucesso escolar num enfoque psicanalítico

escrita como condicionante do sucesso escolar num enfoque psicanalítico escrita como condicionante do sucesso escolar num enfoque psicanalítico Meu objetivo aqui é estabelecer um ponto de convergência entre a apropriação da linguagem escrita, o fracasso escolar e os conceitos

Leia mais

Nº 8 - Mar/15. PRESTA atenção RELIGIÃO BÍBLIA SAGRADA

Nº 8 - Mar/15. PRESTA atenção RELIGIÃO BÍBLIA SAGRADA SAGRADA Nº 8 - Mar/15 PRESTA atenção RELIGIÃO! BÍBLIA Apresentação Esta nova edição da Coleção Presta Atenção! vai tratar de um assunto muito importante: Religião. A fé é uma questão muito pessoal e cada

Leia mais

"como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus" VIDA RELACIONAL COM DEUS: SERVO-SENHOR

como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus VIDA RELACIONAL COM DEUS: SERVO-SENHOR EBD 03: 21 de setembro, inverno de 2014 ESTAÇÃO 3: VIDA ESPIRITUAL ÊNFASE DO MÊS: Derretendo o gelo nas relações com Deus - Pr. Walmir Vargas A SÓS COM DEUS DA FAMÍLIA LIBERDADE "como servos de Cristo,

Leia mais

Não é o outro que nos

Não é o outro que nos 16º Plano de aula 1-Citação as semana: Não é o outro que nos decepciona, nós que nos decepcionamos por esperar alguma coisa do outro. 2-Meditação da semana: Floresta 3-História da semana: O piquenique

Leia mais

Reconhecida como uma das maiores autoridades no campo da análise infantil na

Reconhecida como uma das maiores autoridades no campo da análise infantil na 48 1.5. Aberastury: o nascimento de um neo-kleinianismo Reconhecida como uma das maiores autoridades no campo da análise infantil na Argentina, Arminda Aberastury fazia parte do grupo de Angel Garma, que

Leia mais

Por muito tempo na história as pessoas acreditaram existir em nós uma capacidade transcendental que nos emanciparia da natureza e nos faria

Por muito tempo na história as pessoas acreditaram existir em nós uma capacidade transcendental que nos emanciparia da natureza e nos faria 1 Por muito tempo na história as pessoas acreditaram existir em nós uma capacidade transcendental que nos emanciparia da natureza e nos faria especiais. Fomos crescendo e aprendendo que, ao contrário dos

Leia mais

Transferência e desejo do analista: os nomes do amor na experiência analítica ou Amar é dar o que não se tem

Transferência e desejo do analista: os nomes do amor na experiência analítica ou Amar é dar o que não se tem 1 Transferência e desejo do analista: os nomes do amor na experiência analítica ou Amar é dar o que não se tem Palavras-chave: Transferência, Desejo do analista, Formação Que haja amor à fraqueza, está

Leia mais

1-PORTO SEGURO-BAHIA-BRASIL

1-PORTO SEGURO-BAHIA-BRASIL 1-PORTO SEGURO-BAHIA-BRASIL LUGAR: EUNÁPOLIS(BA) DATA: 05/11/2008 ESTILO: VANEIRÃO TOM: G+ (SOL MAIOR) GRAVADO:16/10/10 PORTO SEGURO BAHIA-BRASIL VOCÊ É O BERÇO DO NOSSO PAIS. PORTO SEGURO BAHIA-BRASIL

Leia mais

Os impasses na vida amorosa e as novas configurações da tendência masculina à depreciação

Os impasses na vida amorosa e as novas configurações da tendência masculina à depreciação Os impasses na vida amorosa e as novas configurações da tendência masculina à depreciação Maria José Gontijo Salum Em suas Contribuições à Psicologia do Amor, Freud destacou alguns elementos que permitem

Leia mais

Como fazer contato com pessoas importantes para sua carreira?

Como fazer contato com pessoas importantes para sua carreira? Como fazer contato com pessoas importantes para sua carreira? - Tem alguém com quem você gostaria de fazer contato? - Porque você não o fez até agora? - Por que é importante aprender a fazer esses contatos?

Leia mais

A bela Junie 1 : uma conversa sobre o amor Ângela Batista 2

A bela Junie 1 : uma conversa sobre o amor Ângela Batista 2 A bela Junie 1 : uma conversa sobre o amor Ângela Batista 2 Chistophé Honoré, diretor do filme A bela Junie, inspira-se no romance A Princesa de Clèves, publicado anonimamente por Madame de Lafayette,

Leia mais

Relacionamentos felizes num mundo sem fronteiras

Relacionamentos felizes num mundo sem fronteiras Relacionamentos felizes num mundo sem fronteiras Num mundo onde a energia dos relacionamentos nos une e aproxima, por vezes somos levados a pensar que estamos longe e separados, cada um no seu mundinho,

Leia mais

2015 O ANO DE COLHER JANEIRO - 1 COLHER ONDE PLANTEI

2015 O ANO DE COLHER JANEIRO - 1 COLHER ONDE PLANTEI JANEIRO - 1 COLHER ONDE PLANTEI Texto: Sal. 126:6 Durante o ano de 2014 falamos sobre a importância de semear, preparando para a colheita que viria neste novo ano de 2015. Muitos criaram grandes expectativas,

Leia mais

Relacionamento Amoroso

Relacionamento Amoroso CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA GERAL E ANÁLISE DO COMPORTAMENTO PSICOLOGIA CLÍNICA NA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO Relacionamento Amoroso Luisa Guedes Di Mauro Natália Gióia Cípola

Leia mais

Estudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses

Estudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses Estudo de Caso Cliente: Rafael Marques Duração do processo: 12 meses Coach: Rodrigo Santiago Minha idéia inicial de coaching era a de uma pessoa que me ajudaria a me organizar e me trazer idéias novas,

Leia mais

A teoria da Matriz de Identidade e a Teoria dos Papéis. Cybele Ramalho (PROFINT)

A teoria da Matriz de Identidade e a Teoria dos Papéis. Cybele Ramalho (PROFINT) A teoria da Matriz de Identidade e a Teoria dos Papéis Cybele Ramalho (PROFINT) Matriz de Identidade A matriz de identidade é o lugar onde a criança se insere desde o nascimento, relacionando-se com outros

Leia mais

LEIS DA JUSTIÇA, AMOR e CARIDADE 1. O obje6vo deste tema, será o de possibilitar o entendimento das leis de jus6ça, amor e caridade.

LEIS DA JUSTIÇA, AMOR e CARIDADE 1. O obje6vo deste tema, será o de possibilitar o entendimento das leis de jus6ça, amor e caridade. LEIS DA JUSTIÇA, AMOR e CARIDADE 1 O obje6vo deste tema, será o de possibilitar o entendimento das leis de jus6ça, amor e caridade. DIREITOS NATURAIS 2 Direitos Naturais: São os mesmos para todos os indivíduos,

Leia mais

5 Equacionando os problemas

5 Equacionando os problemas A UA UL LA Equacionando os problemas Introdução Nossa aula começará com um quebra- cabeça de mesa de bar - para você tentar resolver agora. Observe esta figura feita com palitos de fósforo. Mova de lugar

Leia mais

PLANO DE AULA OBJETIVOS: Refletir sobre a filosofia existencialista e dar ênfase aos conceitos do filósofo francês Jean Paul Sartre.

PLANO DE AULA OBJETIVOS: Refletir sobre a filosofia existencialista e dar ênfase aos conceitos do filósofo francês Jean Paul Sartre. PLANO DE AULA ÁREA: Ética TEMA: Existencialismo HISTÓRIA DA FILOSOFIA: Contemporânea INTERDISCIPLINARIDADE: Psicologia DURAÇÃO: 4 aulas de 50 cada AUTORIA: Angélica Silva Costa OBJETIVOS: Refletir sobre

Leia mais

QUANDO AMAR É DAR AQUILO QUE SE TEM...

QUANDO AMAR É DAR AQUILO QUE SE TEM... QUANDO AMAR É DAR AQUILO QUE SE TEM... Adelson Bruno dos Reis Santos adelsonbruno@uol.com.br Mestrando em Psicologia - IP/UFRJ; Bolsista CAPES; Membro do CLINP-UFRJ/CNPq (Grupo de Pesquisa Clínica Psicanalítica);

Leia mais

Processo Seletivo 2011-2 Filosofia

Processo Seletivo 2011-2 Filosofia Filosofia 1) Gabarito Final sem distribuição de pontos - Questão 1 A) De acordo com o pensamento de Jean-Jacques Rousseau, o poder soberano é essencialmente do povo e o governo não é senão depositário

Leia mais

Módulo 2 Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção

Módulo 2 Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção Módulo 2 Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção 2.1. Custo de Oportunidade Conforme vínhamos analisando, os recursos produtivos são escassos e as necessidades humanas ilimitadas,

Leia mais

Família. Escola. Trabalho e vida econômica. Vida Comunitária e Religião

Família. Escola. Trabalho e vida econômica. Vida Comunitária e Religião Família Qual era a profissão dos seus pais? Como eles conciliavam trabalho e família? Como era a vida de vocês: muito apertada, mais ou menos, ou viviam com folga? Fale mais sobre isso. Seus pais estudaram

Leia mais

GRUPOS. são como indivíduos, cada um deles, tem sua maneira específica de funcionar.

GRUPOS. são como indivíduos, cada um deles, tem sua maneira específica de funcionar. GRUPOS são como indivíduos, cada um deles, tem sua maneira específica de funcionar. QUANTOS ADOLESCENTES A SUA CLASSE TEM? Pequenos (de 6 a 10 pessoas) Médios ( de 11 pessoa a 25 pessoas) Grandes ( acima

Leia mais

O BRINCAR E A CLÍNICA

O BRINCAR E A CLÍNICA O BRINCAR E A CLÍNICA Christine Nunes (psicóloga clínica, candidata da SPRJ) RESUMO: O presente trabalho, propõe a uma breve exposição do que pensa Winnicott sobre o brincar e a sessão analítica estendendo

Leia mais

APO TAME TOS SOBRE A A GÚSTIA EM LACA 1

APO TAME TOS SOBRE A A GÚSTIA EM LACA 1 APO TAME TOS SOBRE A A GÚSTIA EM LACA 1 Elza Macedo Instituto da Psicanálise Lacaniana IPLA São Paulo, 2008 A angústia é um afeto Lacan (2005) dedica o Seminário de 1962-1963 à angústia. Toma a experiência

Leia mais

Hoje estou elétrico!

Hoje estou elétrico! A U A UL LA Hoje estou elétrico! Ernesto, observado por Roberto, tinha acabado de construir um vetor com um pedaço de papel, um fio de meia, um canudo e um pedacinho de folha de alumínio. Enquanto testava

Leia mais

MECANISMOS DE DEFESA

MECANISMOS DE DEFESA 1 MECANISMOS DE DEFESA José Henrique Volpi O Ego protege a personalidade contra a ameaça ruim. Para isso, utilizase dos chamados mecanismos de defesa. Todos estes mecanismos podem ser encontrados em indivíduos

Leia mais

LIÇÃO 2 AMOR: DECIDIR AMAR UNS AOS OUTROS

LIÇÃO 2 AMOR: DECIDIR AMAR UNS AOS OUTROS LIÇÃO 2 AMOR: DECIDIR AMAR UNS AOS OUTROS RESUMO BÍBLICO I João 4:7-21; Jo 13:35 Tudo começou com o amor de Deus por nós. Ele nos amou primeiro e nós precisamos responder a isso. Ele provou seu amor, através

Leia mais

Homens. Inteligentes. Manifesto

Homens. Inteligentes. Manifesto Homens. Inteligentes. Manifesto Ser homem antigamente era algo muito simples. Você aprendia duas coisas desde cedo: lutar para se defender e caçar para se alimentar. Quem fazia isso muito bem, se dava

Leia mais

5 Dicas Testadas para Você Produzir Mais na Era da Internet

5 Dicas Testadas para Você Produzir Mais na Era da Internet 5 Dicas Testadas para Você Produzir Mais na Era da Internet Uma das verdades absolutas sobre Produtividade que você precisa saber antes de seguir é entender que se ocupar não é produzir. Não sei se é o

Leia mais

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br A U A UL LA O céu Atenção Aquela semana tinha sido uma trabalheira! Na gráfica em que Júlio ganhava a vida como encadernador, as coisas iam bem e nunca faltava serviço. Ele gostava do trabalho, mas ficava

Leia mais

Considerações sobre a elaboração de projeto de pesquisa em psicanálise

Considerações sobre a elaboração de projeto de pesquisa em psicanálise Considerações sobre a elaboração de projeto de pesquisa em psicanálise Manoel Tosta Berlinck Um projeto de pesquisa é um objeto escrito que resulta de um processo de elaboração, esclarecimento e precisão.

Leia mais

O TEMPO DA HISTERIA: CONSIDERAÇÕES SOBRE O COLETIVO E O SUJEITO DO INCONSCIENTE Ana Costa

O TEMPO DA HISTERIA: CONSIDERAÇÕES SOBRE O COLETIVO E O SUJEITO DO INCONSCIENTE Ana Costa O TEMPO DA HISTERIA: CONSIDERAÇÕES SOBRE O COLETIVO E O SUJEITO DO INCONSCIENTE Ana Costa No decorrer dos séculos, a histeria sempre foi associada a uma certa imagem de ridículo que por vezes suas personagens

Leia mais

O SUPEREU NA DEMANDA DE AMOR INSACIÁVEL DAS MULHERES

O SUPEREU NA DEMANDA DE AMOR INSACIÁVEL DAS MULHERES O SUPEREU NA DEMANDA DE AMOR INSACIÁVEL DAS MULHERES Daniela de Oliveira Martins Mendes Daibert Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Psicanálise da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ);

Leia mais

Adolescência Márcio Peter de Souza Leite (Apresentação feita no Simpósio sobre Adolescência- Rave, EBP, abril de 1999, na Faculdade de Educação da

Adolescência Márcio Peter de Souza Leite (Apresentação feita no Simpósio sobre Adolescência- Rave, EBP, abril de 1999, na Faculdade de Educação da Adolescência 1999 Adolescência Márcio Peter de Souza Leite (Apresentação feita no Simpósio sobre Adolescência- Rave, EBP, abril de 1999, na Faculdade de Educação da USP) O que é um adolescente? O adolescente

Leia mais

Palestra Virtual. Promovida pelo IRC-Espiritismo http://www.irc-espiritismo.org.br

Palestra Virtual. Promovida pelo IRC-Espiritismo http://www.irc-espiritismo.org.br Palestra Virtual Promovida pelo http://www.irc-espiritismo.org.br Tema: Mediunidade (Consciência, Desenvolvimento e Educação) Palestrante: Vania de Sá Earp Rio de Janeiro 16/06/2000 Organizadores da palestra:

Leia mais

Megalomania: amor a si mesmo Raquel Coelho Briggs de Albuquerque 1

Megalomania: amor a si mesmo Raquel Coelho Briggs de Albuquerque 1 Megalomania: amor a si mesmo Raquel Coelho Briggs de Albuquerque 1 Alfredo estava na casa dos 30 anos. Trabalhava com gesso. Era usuário de drogas: maconha e cocaína. Psicótico, contava casos persecutórios,

Leia mais

FEUSP- SEMINÁRIOS DE ENSINO DE MATEMÁTICA-1º semestre/2008 CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL NA ESCOLA BÁSICA: POSSÍVEL E NECESSÁRIO

FEUSP- SEMINÁRIOS DE ENSINO DE MATEMÁTICA-1º semestre/2008 CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL NA ESCOLA BÁSICA: POSSÍVEL E NECESSÁRIO 1 FEUSP- SEMINÁRIOS DE ENSINO DE MATEMÁTICA-1º semestre/008 CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL NA ESCOLA BÁSICA: POSSÍVEL E NECESSÁRIO Nílson José Machado njmachad@usp.br Sempre que pensamos em grandezas que

Leia mais

CONTEMPORANEIDADE. Palavras-chave: pai, interdição do incesto, Lei, complexo de Édipo, contemporaneidade, psicanálise.

CONTEMPORANEIDADE. Palavras-chave: pai, interdição do incesto, Lei, complexo de Édipo, contemporaneidade, psicanálise. A FUNÇÃO DO PAI NA INTERDIÇÃO E NA LEI: UMA REFLEXÃO SOBRE IDENTIFICAÇÃO E VIOLÊNCIA NA CONTEMPORANEIDADE. Jamille Mascarenhas Lima Psicóloga, Universidade Federal da Bahia. Especialista em psicomotricidade,

Leia mais

Revista Veja 18 de Fevereiro de 2009 Efésios 6. 1-4! Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, pois isso é justo. Honra teu pai e tua mãe este é o primeiro mandamento com promessa para que tudo te corra

Leia mais

Feminilidade e Angústia 1

Feminilidade e Angústia 1 Feminilidade e Angústia 1 Claudinéia da Cruz Bento 2 Freud, desde o início de seus trabalhos, declarou sua dificuldade em abordar o tema da feminilidade. Após um longo percurso de todo o desenvolvimento

Leia mais

1. Você escolhe a pessoa errada porque você espera que ela mude após o casamento.

1. Você escolhe a pessoa errada porque você espera que ela mude após o casamento. 10 Maneiras de se Casar com a Pessoa Errada O amor cego não é uma forma de escolher um parceiro. Veja algumas ferramentas práticas para manter os seus olhos bem abertos. por Rabino Dov Heller, Mestre em

Leia mais

COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações

COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações R E A L I Z A Ç Ã O A P O I O COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações

Leia mais

A tópica lacaniana - simbólico, imaginário, real - e sua relação. com a função paterna

A tópica lacaniana - simbólico, imaginário, real - e sua relação. com a função paterna www.franklingoldgrub.com Édipo 3 x 4 - franklin goldgrub 7º Capítulo - (texto parcial) A tópica lacaniana - simbólico, imaginário, real - e sua relação com a função paterna (Salvo menção expressa em contrário,

Leia mais

CURA ESPIRITUAL DA DEPRESSÃO

CURA ESPIRITUAL DA DEPRESSÃO CURA ESPIRITUAL DA DEPRESSÃO DEPRESSÃO E SUICÍDIO DEPRESSÃO E SUICÍDIO Há uma conexão direta entre a depressão e o suicídio. O suicídio é o auge do estado de rebeldia que a criatura pode se entregar.

Leia mais

5. Autoconsciência e conhecimento humano de Jesus

5. Autoconsciência e conhecimento humano de Jesus 5. Autoconsciência e conhecimento humano de Jesus Através do estudo dos evangelhos é possível captar elementos importantes da psicologia de Jesus. É possível conjeturar como Jesus se autocompreendia. Especialmente

Leia mais

Marcelo Ferrari. 1 f i c i n a. 1ª edição - 1 de agosto de 2015. w w w. 1 f i c i n a. c o m. b r

Marcelo Ferrari. 1 f i c i n a. 1ª edição - 1 de agosto de 2015. w w w. 1 f i c i n a. c o m. b r EUSPELHO Marcelo Ferrari 1 f i c i n a 1ª edição - 1 de agosto de 2015 w w w. 1 f i c i n a. c o m. b r EUSPELHO Este livro explica como você pode usar sua realidade para obter autoconhecimento. Boa leitura!

Leia mais

O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 0 O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 1 O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Renato da Guia Oliveira 2 FICHA CATALOGRÁFICA OLIVEIRA. Renato da Guia. O Papel da Contação

Leia mais

ESTUDO SOBRE VIVÊNCIA DO LUTO EM ADOLESCENTES E SUA MANIFESTAÇÃO EM DECORRÊNCIA DO TÉRMINO DE UM RELACIONAMENTO AMOROSO

ESTUDO SOBRE VIVÊNCIA DO LUTO EM ADOLESCENTES E SUA MANIFESTAÇÃO EM DECORRÊNCIA DO TÉRMINO DE UM RELACIONAMENTO AMOROSO ESTUDO SOBRE VIVÊNCIA DO LUTO EM ADOLESCENTES E SUA MANIFESTAÇÃO EM DECORRÊNCIA DO TÉRMINO DE UM RELACIONAMENTO AMOROSO Autoras: Tânia Regina Goia; Maria Luísa Louro de Castro Valente Instituição: Universidade

Leia mais

Palestra tudo O QUE VOCE. precisa entender. Abundância & Poder Pessoal. sobre EXERCICIOS: DESCUBRA SEUS BLOQUEIOS

Palestra tudo O QUE VOCE. precisa entender. Abundância & Poder Pessoal. sobre EXERCICIOS: DESCUBRA SEUS BLOQUEIOS Palestra tudo O QUE VOCE sobre precisa entender Abundância & Poder Pessoal EXERCICIOS: DESCUBRA SEUS BLOQUEIOS Como aprendemos hoje na palestra: a Lei da Atração, na verdade é a Lei da Vibracao. A frequência

Leia mais