ENFERMEIROS. 15 a 22/Outubro/2013. GREVE NACIONAL DE ENFERMEIROS do sector público. Um poderoso instrumento de Luta A GREVE É UM DIREITO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ENFERMEIROS. 15 a 22/Outubro/2013. GREVE NACIONAL DE ENFERMEIROS do sector público. Um poderoso instrumento de Luta A GREVE É UM DIREITO"

Transcrição

1 SINDICATO DOS ENFERMEIROS PORTUGUESES ENFERMEIROS 15 a 22/Outubro/2013 GREVE NACIONAL DE ENFERMEIROS do sector público Um poderoso instrumento de Luta A GREVE É UM DIREITO CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA (CRP), Direitos, Liberdades e Garantias (Título II), Cap. III Direitos, Liberdades e Garantias dos Trabalhadores (art.º 57). Regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas RCTFP Lei nº 59/ Setembro Código do Trabalho CT Lei n.º 7/ Fevereiro 1

2 1 - Quem pode fazer Greve? Todos os Enfermeiros a trabalhar nas Instituições abrangidas pelo Pré-Aviso de Greve do SEP. (Setor Público) TODOS os Enfermeiros, independentemente da relação de emprego (RTCFP, Contrato a Termo ou Sem Termo/Tempo Indeterminado CTC e CIT), de todo o Setor Público podem fazer Greve. Sector Público: Instituições Setor Público Administrativo sem e com Gestão Empresarial/EPE e PPP (Hospitais, CHospitalares, ULSaúde, ACES/CSaúde, INEM, IPSangue, EPrisionais, HMilitares, IOGPinto, SCMLisboa, etc). 2 E os que trabalham no Sector Privado, também podem fazer Greve? NÃO. Os Enfermeiros do Setor Privado NÃO podem fazer esta GREVE Apesar de todos os problemas dos Enfermeiros do Setor Privado (elevada precariedade, baixa remuneração, ausência de dotações seguras, desregulamentação dos horários de trabalho, etc), esta Greve tem por objetivo a exigência de negociação do Caderno Reivindicativo dos Enfermeiros do Setor Público, designadamente a manutenção dos regimes de trabalho consagrados na Carreira de Enfermagem (35h semanais e outros) e as questões remuneratórias para TODOS os enfermeiros. 3 E quem exerce funções numa Instituição Pública mas tem uma relação de emprego com uma Empresa Privada de Subcontratação de Trabalho Temporário está subcontratado também pode fazer Greve? E os que estão a Recibo Verde em regime liberal também pode fazer Greve? Os SubContratados NÃO podem fazer esta Greve Os Recibos Verdes Podem faltar Os Enfermeiros SubContratados, que detêm um Contrato de Trabalho com uma Empresa de Trabalho Temporário/Prestação de Serviços (Instituição Privada), NÃO estão cobertos pelo Pré-Aviso de Greve. Logo, NÃO podem fazer esta Greve. Os Enfermeiros que trabalham a Recibo Verde / Regime Liberal, numa Instituição Pública não estão cobertos pelo Pré-Aviso. CONTUDO PODEM FALTAR. Os Enfermeiros nesta situação devem avaliar as suas condições concretas e contactar o SEP. 2

3 4 Os não sindicalizados também podem fazer? Podem e devem! Os não sócios e sócios de outros Sindicatos também podem aderir à Greve. Contudo, se estiver sindicalizado está mais protegido e seguro integra uma Organização/Instituição que existe para defender os seus direitos. 5 - Tenho um Contrato a Termo (Vínculo Precário). 5.1 Também posso fazer? Podem cessar-me o Contrato? Pode fazer Greve e legalmente não podem cessar o Contrato. É nulo e de nenhum efeito todo o acto que implique coacção, prejuízo ou discriminação sobre qualquer trabalhador por motivo de adesão ou não à greve (art.º 404º/RCTFP). Nas Greves é habitual surgirem estes boatos como forma de pressão para não aderirem às formas de luta, designadamente as Greves. Os Vínculos Precários têm razões acrescidas para fazer Greve. Quanto menos Greves fizermos mais o MSaúde/Administração está à vontade para não nos passar a efectivos e degradar as nossas condições de trabalho ; eles não reivindicam não lutam. 5.2 A pressão para não aderirmos à Greve é legal?. É, ética e legalmente, reprovável, nos termos do art.º 404º/RCTFP. NÃO PODEM! Mais, quem exerce a pressão/coação é susceptível de ser punido: Constitui Contra-ordenação MUITO GRAVE o acto do empregador que implique coacção do trabalhador no sentido de não aderir a greve, ou que o prejudique ou discrimine por aderir (art.º 540.º/CT). 6 Antes da Greve, estou legalmente obrigado a informar se adiro ou não? Legalmente não está obrigado a explicitar previamente a sua decisão. Inclusive pode decidir aderir no decurso da Greve. Contudo, há Serviços onde a equipa reúne/discute previamente a questão dos Serviços/Cuidados Mínimos, se for o caso: Quem os assegura e reflexão acerca dos Cuidados Mínimos a prestar, tendo em consideração o Pré-Aviso e Diretivas de Greve. 3

4 7 Estou legalmente obrigado a ir ao Serviço? APELA-SE A QUE OS ENFERMEIROS, previamente à Greve, REUNAM PARA, entre outros aspectos, DISCUTIREM COMO SE ORGANIZAM PARA A GREVE, AFERIREM OS CUIDADOS MINIMOS, etc. Nos Serviços que encerram (não têm que prestar Cuidados Mínimos), nos termos do Pré-Aviso/Directivas, não está legalmente obrigado a comparecer ao serviço (Ver Directivas). Nos Serviços onde têm que ser garantidos Serviços/Cuidados Mínimos deve comparecer para os prestar (se for o caso) ou integrar o Piquete de Greve. 8 - O que é o Pré-Aviso de Greve? Nos termos da Constituição e da Lei (art.º 396º/RCTFP) o Sindicato é obrigado a emitir Pré-Aviso de Greve, publicitado num órgão de comunicação social de expansão nacional. No nosso caso (Saúde), o aviso prévio é de 10 dias úteis. Este Pré-Aviso visa no essencial duas coisas: que as partes em conflito tentem ainda acordar soluções antes de efectivar a Greve; que os Serviços alvo da Greve se reorganizem (com as limitações decorrentes da Lei) para minimizar o impacto junto dos destinatários do serviço. 9 O que faz e quem constitui o Piquete de Greve? O Piquete de Greve é constituído por TODOS OS enfermeiros GREVISTAS O Piquete é constituído pelos grevistas que permanecem nos Serviços a assegurar Cuidados Mínimos, pelos grevistas sediados na sala do Piquete e pelos grevistas ausentes da Instituição. O Piquete visa, para além do levantamento rigoroso dos dados (escalados/aderentes), informar e esclarecer os grevistas sobre e mesmo os não grevistas no sentido de aderirem à greve. Intervém junto das Administrações para resolver problemas. TEM UM PAPEL FUNDAMENTAL NA INFORMAÇÃO E ESCLARECIMENTO DOS UTENTES através de ACÇÕES planeadas para esse efeito. Daí a necessidade e importância de todos os enfermeiros grevistas, à excepção dos que permanecem nos Serviços a assegurar Cuidados Mínimos, permanecerem na Instituição e integrarem o seu Piquete de Greve. 10 Enquanto grevista, qual a minha subordinação hierárquica? Os grevistas estão subordinados ao Sindicato/Piquete de Greve e às suas orientações/directivas de Greves. A greve suspende, no que respeita aos trabalhadores que a ela aderirem, as relações emergentes do contrato, em consequência, desvincula-os dos deveres de subordinação e assiduidade (art.º 398.º/RCTFP) e os trabalhadores em greve são representados pelo Sindicato (art.º 394º/RCTFP). 4

5 Significa que os grevistas estão subordinados ao Sindicato/Piquete de Greve e às suas orientações. Por isso emitimos as designadas DIRECTIVAS DE GREVE, DE LEITURA IMPRESCINDÍVEL, a que todos os grevistas estão subordinados. 11 Pode a Administração substituir os enfermeiros grevistas? Não pode A entidade empregadora pública não pode, durante a greve, substituir os grevistas por pessoas que à data do aviso prévio não trabalhavam no respectivo órgão ou serviço, nem pode, desde aquela data, admitir novos trabalhadores para aquele efeito e A concreta tarefa desempenhada pelo trabalhador em greve não pode, durante esse período, ser realizada por empresa especialmente contratada para o efeito (art.º 397.º/RCTFP). 12 Durante a Greve a Administração pode colher dados pessoais dos aderentes? Não pode A Administração só pode recolher os n.ºs globais - escalados e aderentes. A recolha de outros elementos, diferentes dos anteriormente citados, pode indiciar pressão com vista à não adesão. A Comissão Nacional de Protecção de Dados deliberou proibir, ao abrigo da al. b), n.º3, art.º 22º da Lei 67/98, qualquer tratamento autónomo de dados recolha de tipo de vínculo/nome/n.º mecanográfico/outros dados similares relativos aos aderentes à greve por constituir violação do disposto no art.º 13º e n.º 3 do 35º da CRP e nos n.ºs 1 e 2 do art.º 7º da Lei de Protecção de Dados Pessoais (Deliberação n.º 225/2007 de 28 de Maio). 13 Serviços/Cuidados Mínimos 13.1 São obrigatórios na Saúde? Na Saúde, a definição de Serviços Mínimos é legalmente obrigatória Nos termos da Constituição (art.º 57º) e da Lei nos órgãos ou serviços que se destinam à satisfação de necessidades sociais impreteríveis ficam as associações sindicais e os trabalhadores obrigados a assegurar, durante a greve, a prestação dos serviços mínimos indispensáveis para ocorrer à satisfação daquelas necessidades (art.º 399º/RCTFP). Por isso, nos termos legais, o Pré-Aviso de Greve enquadra sempre os Serviços Mínimos e os meios (n.º de Enfermeiros) para os assegurar Quem os define? Para o Sector Público, Cooperativo, Social e Privado não abrangido pelo Acordo com APHP (SPA, EPE, PPP, SCML, IPSS, Misericórdias, SAMS) : Estão definidos desde 1992/1994 por Acordo estabelecido entre o SEP, MSaúde e MTrabalho. Por isso, desde essa data, constam sempre do Pré-Aviso e Directivas do SEP. Entretanto já houve 4 Acórdãos do Tribunal Arbitral, do Conselho Económico e Social, e, uma Decisão do Colégio Arbitral da DGAEP/Min.Finanças/Adm.Pública que nos deram, sempre, razão. 5

6 Para as Instituições Privadas sócias da Assoc. Port. Hosp. Privada: Estão definidos no Acordo estabelecido entre o SEP e a APHP Onde se concretizam? Serviços de Internamento, Atendimentos Permanentes e outros que funcionam 24H00/dia, Cuidados Intensivos, Urgências, Serviços de Hemodiálise e de Tratamento Oncológico. Ver Pré- Aviso/Directivas Quem os concretiza? Todos ou alguns Enfermeiros da Equipa de Enfermagem? De entre TODOS OS ENFERMEIROS ESCALADOS para o(s) dia(s)/turno(s) de Greve à data da emissão do Pré-Aviso de Greve e de acordo com o número mínimo fixado nas Diretivas de Greve - número de enfermeiros igual ao que figurar para o turno da noite, no horário aprovado, a EQUIPA DE ENFERMAGEM define quais os enfermeiros que devem permanecer no Serviço para assegurar os Cuidados Mínimos a prestar. A EQUIPA DE ENFERMAGEM de qualquer serviço É CONSTITUÍDA POR TODOS os enfermeiros que fazem parte dos horários aprovados, independentemente da sua categoria ou função, PELO QUE TODOS DEVERÃO SER CONSIDERADOS PARA O NÚMERO MÍNIMO DE ENFERMEIROS QUE DEVEM ASSEGURAR O TURNO Quando nasce a obrigação de prestar Cuidados Mínimos pelos Enfermeiros aderentes à Greve? A OBRIGAÇÃO de prestar Cuidados Mínimos pelos Enfermeiros aderentes à Greve SÓ NASCE QUANDO O NÚMERO DE ENFERMEIROS NÃO ADERENTES FOR INFERIOR AO NÚMERO MÍNIMO FIXADO no Pré- Aviso e nas Diretivas de Greve para os assegurar - número de enfermeiros igual ao que figurar para o turno da noite, no horário aprovado à data do anúncio da greve Enfermeiros aderentes à Greve e adstritos à prestação de Cuidados Mínimos devem efetuar o Registo Biométrico (Registo/Controle da Assiduidade)? Surgiram algumas questões em algumas/poucas Instituições sobre esta matéria. Pretendem estas Administrações que os Enfermeiros que asseguram os Serviços/Cuidados Mínimos efetuem o Registo Biométrico. Os argumentos para esta pretensão são essencialmente dois: i) Consta do Regulamento Interno; ii) Só pagam a remuneração a quem prestou Serviços/Cuidados Mínimos se efetuarem o Registo Biométrico porque isto permite/facilita a validação, no sistema informático, pelo Enf.º Chefe/em Chefia. Sobre esta matéria o SEP reafirma a sua Orientação constante do Pré Aviso e das Diretivas de Greve 1 Nos termos da lei, a greve suspende, relativamente aos trabalhadores que a ela adiram, as relações emergentes do contrato, e, designadamente, desvincula-os do dever de assiduidade; 2 Neste quadro, o Pré-Aviso de Greve sempre fixou que A adesão à greve manifesta-se pela não assinatura do livro de ponto ou pela não marcação no relógio de ponto 3 Entretanto, legalmente, os Enfermeiros aderentes à Greve e que ficam adstritos ao cumprimento dos Serviços/Cuidados Mínimos têm direito, nomeadamente, à remuneração. 6

7 4 Com vista à concretização do direito à remuneração, os Enfermeiros referidos anteriormente, nos termos das Directivas de Greve do SEP, devem preencher o impresso fornecido pelo SEP ( em duplicado, para a Instituição, e, como comprovativo da sua entrega, para o próprio. 5 Assim, os Enfermeiros aderentes à Greve e que ficam adstritos ao cumprimento dos Serviços/Cuidados Mínimos NÃO DEVEM EFETUAR O HABITUAL REGISTO BIOMÉTRICO. Notas: 1 A confirmação, por parte do Enf.º Chefe, dos Enfermeiros (aderentes à Greve) que ficaram adstritos à prestação dos Serviços/Cuidados Mínimos pode ser feita no citado impresso entregue pelos respetivos Enfermeiros; 2 A conjugação da concretização do Registo Biométrico com o fornecimento de dados de aderentes à Greve por parte das Administrações, falseia os dados de aderentes à Greve. Entrando na Instituição e efetuando o Registo Biométrico, ainda que aderente à Greve e adstrito à prestação de Serviços/Cuidados Mínimos, para efeitos de dados, para a Administração/Min. da Saúde estou ao serviço, estou a trabalhar normalmente O que são Cuidados Mínimos? São, EXCLUSIVAMENTE, OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM que, quando não prestados, PONHAM EM RISCO A VIDA DO UTENTE Ver Pré-Aviso/Directivas. Manter os Serviços Mínimos/Prestar os Cuidados Mínimos não poderá entender-se como funcionamento normal. A garantia de prestação de Serviços Mínimos, em regra, não pode sequer ser aproximada a funcionamento do serviço e muito menos a funcionamento normal. (Cfr.ª Parecer da Procuradora-Geral da República, nº 100/89 in D.R., de 29/11/90). Os Serviços Mínimos não podem ter como objectivo a reposição da situação laboral que existiria se não se verificasse a greve. A ser assim dar-se-ia um boicote constitucional ao direito à greve. (Conf.ª Drs. Alexandre Sousa Pinheiro e Mário João de Brito Fernandes - in Comentário à IV Revisão Constitucional) Pode-se fazer uma Lista de Cuidados Mínimos? NÃO! Nenhum Sindicato, Organização, Pessoa Colectiva ou Entidade Individual pode fazer uma Lista de Cuidados Mínimos Os Cuidados de Enfermagem não são padronizáveis, e porquê? Porque, AS ACÇÕES realizadas pelos Enfermeiros, SOB SUA ÚNICA E EXCLUSIVA INICIATIVA E RESPONSABILIDADE, de acordo com as respectivas qualificações profissionais, são consideradas AUTÓNOMAS (cfr.ª n.º 1, art.º 9º, REPE) - AUTONOMIA (REPE - Regulamento do Exercício Profissional dos Enfermeiros -1996) 7

8 De acordo com as suas qualificações inerentes (não só) à sua habilitação académica (Licenciatura), os Enfermeiros identificam fenómenos, realizam diagnósticos de enfermagem, concebem planos de prestação estabelecendo prioridades, prescrevem cuidados de enfermagem, prestam esses cuidados, monitorizam e avaliam os resultados das intervenções. Por outro lado, os destinatários das nossas intervenções são seres únicos, com necessidades únicas, perante situações e em contextos únicos. Só os Enfermeiros que, estando a prestar cuidados directos aos utentes/doentes, conhecedores da situação concreta daquela pessoa, das necessidades concretas daquela pessoa e do contexto concreto em que estão a intervir, sabem os cuidados de enfermagem que, quando não prestados, ponham em risco a vida desse utente/doente! Só eles é que sabem porque é que os cuidados que prestam a um utente são prioritários, e, esses mesmos cuidados não o serão para outro utente. Sabemos que isto requer SEGURANÇA para a DECISÃO CLINICA e que existem conceitos diferentes de Cuidados Mínimos. Por isso apelamos aos Enfermeiros para debaterem/aferirem, nas Equipas de Enfermagem, os seus conceitos e uma estratégia de intervenção harmonizada entre todos. Não devem os colegas admitir a imposição de uma qualquer lista de Serviços ou Cuidados Mínimos 13.9 Sobre a prossecução dos Cuidados Mínimos A Número de Enfermeiros adstrito aos Serviços/Cuidados Mínimos Nos termos do Pré-Aviso e das Diretivas de Greve, o número de Enfermeiros adstrito à prossecução dos Cuidados Mínimos é o número de Enfermeiros igual ao que figurar para o turno da noite no horário aprovado à data do anúncio da greve. B Aderentes e Não Aderentes à Greve e a prossecução de Cuidados Mínimos De entre os Enfermeiros escalados para o respetivo Turno, Quando o número de Enfermeiros NÃO ADERENTES for IGUAL OU SUPERIOR ao número de Enfermeiros fixado para assegurar os Cuidados Mínimos, não nasce a obrigação legal dos Enfermeiros aderentes à Greve prosseguirem Cuidados Mínimos; Quando o número de Enfermeiros NÃO ADERENTES for INFERIOR ao número de Enfermeiros fixado para assegurar os Cuidados Mínimos, de entre os Enfermeiros aderentes à Greve, permanecem adstritos à prestação de Cuidados Mínimos um número que, somado ao número de Enfermeiros não aderentes, perfaça o número fixado para assegurar os Cuidados Mínimos - número de Enfermeiros igual ao que figurar para o turno da noite no horário aprovado à data do anúncio da greve. Quando o número de Enfermeiros ADERENTES for superior ao número de Enfermeiros fixado para assegurar os Cuidados Mínimos, 8

9 decidem entre si quem permanece adstrito à prestação de Cuidados Mínimos e quem integra o Piquete de Greve sediado na Instituição. C - Enfermeiros-Chefes ou Enfermeiros em Chefia não aderentes: circunstâncias em que é legalmente imposta a sua afetação à prestação de cuidados Os Enfermeiros-Chefes ou em Chefia estão legalmente habilitados e capacitados para a prestação de cuidados; Não se encontram, nesta hipótese (não aderentes à Greve), desvinculados dos deveres de subordinação e assiduidade. Por isso, é aos Enfermeiros não aderentes à greve incluindo os Enfermeiros-Chefes que a entidade empregadora tem que recorrer, em primeiríssima linha, para resolver o problema do funcionamento essencial dos serviços. VER ANEXO 1 14 O exercício do direito à Greve e o direito à amamentação/aleitamento No decurso de greves anteriores têm sido levantadas questões relativamente à compatibilização do exercício do direito à greve e, simultaneamente, o exercício de outros direitos fundamentais, de que é exemplo a redução da jornada diária de trabalho para a amamentação ou aleitamento. Recordamos que este é um direito exercido pelas mães/pais mas em favor de criança (ver enfermagem nº 39, Maio/Julho págs 24-25). Relativamente a esta matéria é consensual entre nós que em dia de greve, deve ser respeitada a redução da jornada diária de trabalho. Recomendamos: A - Aderentes à greve: As enfermeiras aderentes à greve, que estão a amamentar, devem ser dispensadas da prestação de Cuidados Mínimos; Caso tal não seja possível, o seu período de prestação de Cuidados Mínimos nunca pode ultrapassar a duração da jornada diária de trabalho nos termos que tem vindo a cumprir. B - Não aderentes à greve Os períodos de amamentação têm obrigatoriamente de ser respeitados; Caso haja outros Enfermeiros não aderentes à greve a solução do problema terá de ser assegurada por eles; Caso todos os outros Enfermeiros do serviço sejam aderentes à greve, a sua substituição será garantida pelos Enfermeiros em greve, em prestação de Cuidados Mínimos. 15 Enfermeiros em Greve rendem Enfermeiros não aderentes? Enfermeiros Grevistas NÃO RENDEM Enfermeiros não grevistas Os enfermeiros grevistas não têm, o dever legal de render os enfermeiros não aderentes à greve. Ver ANEXO 2 e 3 9

10 16 Após o anúncio da Greve, os Horários podem ser alterados? NÃO. APÓS A EMISSÃO DO PRÉ-AVISO DE GREVE (no mínimo, 10 dias úteis antes da concretização da Greve) OS HORÁRIOS DE TRABALHO NÃO PODEM SER ALTERADOS. Nos termos do n.º 5 do art.º 400º e seu lugar paralelo no Código do Trabalho (n.º 7 do art.º 538º), os Sindicatos devem designar os trabalhadores que ficam adstritos à prestação dos Serviços/Cuidados Mínimos. Ora, quando emitimos o Pré-Aviso de Greve com os Serviços Mínimos há muito acordados e quando é referido que os Serviços/Cuidados Mínimos são assegurados, de entre os Enfermeiros escalados para o(s) dia(s)/turno(s) de Greve e de acordo com o número mínimo fixado nas Diretivas de Greve, pelos Enfermeiros que a Equipa de Enfermagem defina, já estamos legalmente a designar os enfermeiros que ficam adstritos à prestação dos Serviços/Cuidados Mínimos: - de entre os Enfermeiros escalados para o(s) dia(s)/turno(s) de Greve; - os Enfermeiros que a Equipa de Enfermagem defina. Por esta razão, APÓS A EMISSÃO DO PRÉ-AVISO DE GREVE OS HORÁRIOS DE TRABALHO NÃO PODEM SER ALTERADOS. A Direcção 10

11 ANEXO 1 SINDICATO DOS ENFERMEIROS PORTUGUESES NOTA Assunto: - Greve e serviços mínimos; - Enfermeiros-Chefes não aderentes: circunstâncias em que é legalmente imposta a sua afectação à prestação de cuidados. A) DA GREVE 1 - O artº 1º da Constituição proclama que Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária. 2 - Assim, é no princípio da dignidade da pessoa humana... que repousa a unidade de sentido, de valor e de concordância prática do sistema de direitos fundamentais. A dignidade de pessoa humana, como princípio axiológico fundamental da República, fundamenta e confere unidade aos direitos fundamentais, desde os direitos pessoais (direito à vida, à integridade física e moral, etc.), até aos direitos sociais (direito ao trabalho, à saúde, à habitação) passando pelos direitos dos trabalhadores (direito à segurança no emprego, liberdade sindical, etc.), como se diz, citando autorizada doutrina, no acórdão nº 155/2004 do Tribunal Constitucional (in D.R., I-A, nº 95, de 22/Abril/2004, pág. 2460). 3 - Dispõe o artº 57º, nº 1, da Constituição, que é garantido o direito à greve, estatuindo o nº 2 do mesmo preceito que compete aos trabalhadores definir o âmbito de interesses a defender através da greve, não podendo a lei limitar esse âmbito. 4 - Aquele preceito está sistematicamente inserido no Capítulo III ( Direitos, Liberdades e Garantias dos Trabalhadores ), do Título II ( Direitos, Liberdades e Garantias ) pelo que comunga do regime dos direitos, liberdades e garantias (cfr. artº 17º). Ou seja, É de aplicação directa e imediata (é dizer: não necessita de mediação legislativa concretizadora) e vincula as entidades públicas e privadas (cfr. artº 18º, nº 1). 11

12 5 - Estatui o artº 18º, nº 2, da Constituição, no que para aqui interessa, que a lei só pode restringir os direitos, liberdades e garantias nos casos expressamente previstos na Constituição.... Ora, 6 - O direito à greve é um direito não sujeito a reserva de lei restritiva (cfr. Profs. Gomes Canotilho e Vital Moreira, Constituição, Anotada, 2ª edição, 1984, Tomo I, págs. 316). Deste modo, 7 - Os eventuais limites imanentes resultantes da determinação do seu âmbito normativo constitucional só podem ser revelados (que não constituídos ) em caso de colisão de direitos, por necessidade de defesa de outros direitos constitucionalmente protegidos (cfr. Profs. Gomes Canotilho e Vital Moreira, ob. e loc. cit; V., tb., Prof. Bernardo Lobo Xavier, Direito de Greve, Lisboa, 1984, págs. 92; Prof. J.C. Vieira de Andrade, Os Direitos Fundamentais na Constituição de 1976, Coimbra, 1983, págs. 215 e segs.). Sendo que, 8 - Para os Profs. Gomes Canotilho e Vital Moreira, o problema constitucional da greve é sobretudo uma questão das garantias do direito à greve e não de restrições dele. B) DOS SERVIÇOS MÍNIMOS : O QUE SÃO 9 - Nesta linha, o artº 57º, nº 3, da Constituição, dispõe que a lei define as condições de prestação, durante a greve, de serviços necessários à segurança e manutenção de equipamentos e instalações, bem como de serviços mínimos indispensáveis para ocorrer à satisfação de necessidades sociais impreteríveis Esta norma foi aditada pela revisão levada a efeito pela Lei Constitucional nº 1/97, de 20 de Setembro, e resulta do Projecto do Deputado Arménio Santos e outros do PSD, e aceite pelo Acordo PS/PSD (in Uma Constituição Moderna para Portugal, edição do Grupo Parlamentar do PSD, Lisboa, 1997, pág. 106) E, 11 - Isto porque, como se diz, é uma questão de bom senso, num Estado de direito, encarar-se o direito à greve não como um direito absoluto, mas como um direito que necessariamente tem de conviver com alguns que se lhe sobrepõem as necessidades sociais impreteríveis e outros que por ele não podem ser espezinhados como o direito à segurança de equipamento e instalações. Ou seja, 12 - Diz-se também ali, trata-se de um princípio de equilíbrio e colocar o exercício do direito à greve na justa tensão com os outros direitos referidos Deste preceito decorre que, durante a greve, há lugar à prestação de: a) Serviços necessários destinados à defesa da empresa, enquanto unidade e geradora de emprego; b) Serviços mínimos para satisfação de necessidades sociais impreteríveis Mas, esta norma tem um limite essencial : justamente o princípio segundo o qual garantido constitucionalmente um direito, a interpretação de qualquer preceito que lhe estabeleça restrições deve ser feita em termos de não inutilizar esse direito, de garantir o seu núcleo fundamental, respeitando, naturalmente, a unidade do sistema jurídico (cfr. Parecer da Procuradora-Geral da República, nº 100/89 in D.R., II Série, nº 276, de 29/11/90). Deste modo, 15 - E como no referido Parecer se diz, manter os serviços mínimos não poderá (salvo excepcionalidade 12

13 técnica) entender-se como funcionamento normal adiantando-se que a garantia de prestação de serviços mínimos em regra não pode sequer ser aproximada a funcionamento do serviço e muito menos a funcionamento normal. E, 16 - Também para os Profs. Gomes Canotilho e Vital Moreira só se pode visar assegurar a prestação dos serviços mínimos indispensáveis e não a prestação normal de serviços (ob. cit., pág. 317) ou, conforme os Drs. Alexandre Sousa Pinheiro e Mário João de Brito Fernandes, os serviços necessários e os serviços mínimos não podem ter como objectivo a reposição da situação laboral que existiria se não se verificasse a greve. A ser assim dar-se-ia um boicote constitucional ao direito à greve (in Comentário à IV Revisão Constitucional, edição da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa, 1999, pág. 175). Por isso, 17 - E consoante o referido Parecer nº 100/89 da Procuradoria-Geral da República, prestar serviços mínimos, será levar a cabo actividades imprescindíveis para uma cobertura no limite mínimo de praticabilidade funcional na satisfação das necessidades a que o serviço se destina. E que, 18 - No caso, são as prestações de urgência (cfr. Prof. Monteiro Fernandes, Direito de Greve, Coimbra, 1982, págs. 63). C) DOS SERVIÇOS MÍNIMOS: QUEM OS PRESTA 19 - Isto posto, vejamos o dia da greve Dispõe o artº 598º, nº 1, do Código do Trabalho, que nas empresas ou estabelecimentos que se destinem à satisfação de necessidades sociais impreteríveis ficam as associações sindicais e os trabalhadores obrigados a assegurar, durante a greve, a prestação dos serviços mínimos indispensáveis para ocorrer à satisfação de necessidades sociais impreteríveis. É claro que, 21 - A obrigação de prestação de serviços mínimos deve ser cumprida pelos trabalhadores em greve pois os serviços só podem ser prestados por trabalhadores. Daí que, 22 - A referência às associações sindicais tem unicamente em vista a necessidade de organização (cfr., sobre o ponto, Prof. Menezes Cordeiro, Direito do Trabalho, pág. 723). Mas, 23 - Que trabalhadores? 24 - Em princípio (adiante se explicará o porquê do sublinhado) são trabalhadores que em termos de normalidade (isto é: sem ser em situação de greve) estavam afectos à prestação de serviço. Porém, 25 - E esta é a explicação para o sublinhado, a obrigação de prestar serviços mínimos pressupõe a necessidade de recorrer a trabalhadores em greve; quando o empregador possa resolver o problema do funcionamento essencial dos serviços recorrendo a trabalhadores disponíveis, não aderentes, não chega a nascer a obrigação imposta, às associações sindicais e aos trabalhadores em greve, enquanto tais (cfr., com destacado nosso, o já várias vezes citado Parecer nº 100/89 da Procuradoria-Geral da República). E, 26 - É AQUI QUE ENTRAM OS ENFERMEIROS-CHEFES, quando não aderentes à greve. Na verdade, 13

14 27 - Eles primeiro são enfermeiros e só depois são chefes (ou seja, não são chefes DE enfermeiros ) Explicando melhor Como bem se sabe, a carreira é o conjunto hierarquizado de categorias às quais correspondem funções da mesma natureza e categoria é a posição ocupada no âmbito de uma carreira fixada de acordo com o conteúdo e qualificação da função ou funções (cfr., com interesse, o artº 4º do Decreto-Lei nº 248/85, de 15 de Julho). Ora, 30 - Enfermeiro-Chefe é categoria da carreira de enfermagem. E, 31 - O universo de recrutamento para a categoria de enfermeiro-chefe é preenchido pelas categorias de enfermeiro graduado e de enfermeiro especialista (cfr. artº 11º, nº 4, do Decreto-Lei nº 437/91, de 8 de Novembro). O que, 32 - Com meridiana clareza (não há recrutamento lateral para a categoria de enfermeiro-chefe ), evidencia que antes do acesso à categoria de enfermeiro chefe há obrigatória passagem pela área da prestação de cuidados : e é nesta área que estão as categorias de enfermeiro graduado e de enfermeiro especialista. E, 33 - Não é uma passagem qualquer: tem módulo de permanência e desempenho avaliado (cfr. citado artº 11º, nº 4, corpo, do Decreto-Lei nº 437/91, de 8 de Novembro, na sua actual redacção). Por outro lado, 34 - Além do módulo de permanência, e do desempenho avaliado nas categorias que são universo de recrutamento para a também categoria de enfermeiro-chefe é necessário um plus : qualquer uma das habilitações previstas nas diversas alíneas do nº 4 do artº 11º do Decreto-Lei nº 437/91, de 8 de Novembro, na sua actual redacção. Aliás, 35 - É da competência própria do enfermeiro-chefe determinar as necessidades em enfermeiros, tendo em vista os cuidados de enfermagem a prestar, propor o nível e tipo de qualificações exigidas ao pessoal de enfermagem, em função dos cuidados de enfermagem a prestar e avaliar o pessoal de enfermagem... (cfr., com destacados nossos, o artº 8º, nº 1, c), d), e n), do Decreto-Lei nº 437/91, de 8 de Novembro). O que, 36 - Como é evidente, deixa autorizadamente assente, face à lei, que o enfermeiro-chefe não pode deixar de saber fazer e que será melhor a sua prestação E a hipótese sobre a qual estamos a trabalhar é a seguinte: enfermeiros-chefes não aderentes à greve. Ora, 38 - E como mostrado: a) Os enfermeiros-chefes estão, sem qualquer tergiversação, legalmente habilitados e capacitados para a prestação de cuidados; b) Não se encontram, nesta hipótese, desvinculados dos deveres de subordinação e assiduidade (cfr. artº 597º, nº 1, do Código do Trabalho). Por isso, 14

15 39 - É aos enfermeiros não aderentes à greve incluindo os enfermeiros-chefes que a entidade empregadora tem que recorrer, em primeiríssima linha, para resolver o problema do fundamento essencial dos serviços. É que, 40 - Se estes bastarem não chega a nascer a obrigação das associações sindicais e dos trabalhadores aderentes à greve. Lisboa, 25 de Outubro de 2004 O COORDENADOR DO CONTENCIOSO, ANEXO - 2 SINDICATO DOS ENFERMEIROS PORTUGUESES Assunto: - Greve; - Não rendição dos trabalhadores não aderentes à greve. 1 - O artº 1º da Constituição proclama que Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária. 2 - Assim, é no princípio da dignidade da pessoa humana... que repousa a unidade de sentido, de valor e de concordância prática do sistema de direitos fundamentais. A dignidade de pessoa humana, como princípio axiológico fundamental da República, fundamenta e confere unidade aos direitos fundamentais, desde os direitos pessoais (direito à vida, à integridade física e moral, etc.), até aos direitos sociais (direito ao trabalho, à saúde, à habitação) passando pelos direitos dos trabalhadores (direito à segurança no emprego, liberdade sindical, etc.), como se diz, citando autorizada doutrina, no acórdão nº 155/2004 do Tribunal Constitucional (in D.R., I-A, nº 95, de 22/Abril/2004, pág. 2460). 3 - Dispõe o artº 57º, nº 1, da Constituição, que é garantido o direito à greve, estatuindo o nº 2 do mesmo preceito que compete aos trabalhadores definir o âmbito de interesses a defender através da greve, não podendo a lei limitar esse âmbito. 15

16 4 - Aquele preceito está sistematicamente inserido no Capítulo III ( Direitos, Liberdades e Garantias dos Trabalhadores ), do Título II ( Direitos, Liberdades e Garantias ) pelo que comunga do regime dos direitos, liberdades e garantias (cfr. artº 17º). Ou seja, É de aplicação directa e imediata (é dizer: não necessita de mediação legislativa concretizadora) e vincula as entidades públicas e privadas (cfr. artº 18º, nº 1). 5 - Estatui o artº 18º, nº 2, da Constituição, no que para aqui interessa, que a lei só pode restringir os direitos, liberdades e garantias nos casos expressamente previstos na Constituição.... Ora, 6 - O direito à greve é um direito não sujeito a reserva de lei restritiva (cfr. Profs. Gomes Canotilho e Vital Moreira, Constituição, Anotada, 2ª edição, 1984, Tomo I, págs. 316). Deste modo, 7 - Os eventuais limites imanentes resultantes da determinação do seu âmbito normativo constitucional só podem ser revelados (que não constituídos ) em caso de colisão de direitos, por necessidade de defesa de outros direitos constitucionalmente protegidos (cfr. Profs. Gomes Canotilho e Vital Moreira, ob. e loc. cit; V., tb., Prof. Bernardo Lobo Xavier, Direito de Greve, Lisboa, 1984, págs. 92; Prof. J.C. Vieira de Andrade, Os Direitos Fundamentais na Constituição de 1976, Coimbra, 1983, págs. 215 e segs.). Sendo que, 8 - Para os Profs. Gomes Canotilho e Vital Moreira, o problema constitucional da greve é sobretudo uma questão das garantias do direito à greve e não de restrições dele. 9 - Nesta linha, o artº 57º, nº 3, da Constituição, dispõe que a lei define as condições de prestação, durante a greve, de serviços necessários à segurança e manutenção de equipamentos e instalações, bem como de serviços mínimos indispensáveis para ocorrer à satisfação de necessidades sociais impreteríveis Esta norma foi aditada pela revisão levada a efeito pela Lei Constitucional nº 1/97, de 20 de Setembro, e resulta do Projecto do Deputado Arménio Santos e outros do PSD, e aceite pelo Acordo PS/PSD (in Uma Constituição Moderna para Portugal, edição do Grupo Parlamentar do PSD, Lisboa, 1997, pág. 106) E, 11 - Isto porque, como se diz, é uma questão de bom senso, num Estado de direito, encarar-se o direito à greve não como um direito absoluto, mas como um direito que necessariamente tem de conviver com alguns que se lhe sobrepõem as necessidades sociais impreteríveis e outros que por ele não podem ser espezinhados como o direito à segurança de equipamento e instalações. Ou seja, 16

17 12 - Diz-se também ali, trata-se de um princípio de equilíbrio e colocar o exercício do direito à greve na justa tensão com os outros direitos referidos Deste preceito constitucional (conjugadamente com o artº 598º, nºs 1 e 3, do Código do Trabalho) decorre que, durante a greve, há lugar à prestação de: a) Serviços necessários destinados à defesa da empresa, enquanto unidade e geradora de emprego; b) Serviços mínimos para satisfação de necessidades sociais impreteríveis Mas, tudo isto tem um limite essencial : justamente o princípio segundo o qual garantido constitucionalmente um direito, a interpretação de qualquer preceito que lhe estabeleça restrições deve ser feita em termos de não inutilizar esse direito, de garantir o seu núcleo fundamental, respeitando, naturalmente, a unidade do sistema jurídico (cfr. Parecer da Procuradora-Geral da República, nº 100/89 in D.R., II Série, nº 276, de 29/11/90). Deste modo, 15 - E como no referido Parecer se diz, manter os serviços mínimos não poderá (salvo excepcionalidade técnica) entender-se como funcionamento normal adiantando-se que a garantia de prestação de serviços mínimos em regra não pode sequer ser aproximada a funcionamento do serviço e muito menos a funcionamento normal. E, 16 - Também para os Profs. Gomes Canotilho e Vital Moreira só se pode visar assegurar a prestação dos serviços mínimos indispensáveis e não a prestação normal de serviços (ob. cit., pág. 317) ou, conforme os Drs. Alexandre Sousa Pinheiro e Mário João de Brito Fernandes, os serviços necessários e os serviços mínimos não podem ter como objectivo a reposição da situação laboral que existiria se não se verificasse a greve. A ser assim dar-se-ia um boicote constitucional ao direito à greve (in Comentário à IV Revisão Constitucional, edição da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa, 1999, pág. 175). Por isso, 17 - E consoante o referido Parecer nº 100/89 da Procuradoria-Geral da República, prestar serviços mínimos, será levar a cabo actividades imprescindíveis para uma cobertura no limite mínimo de praticabilidade funcional na satisfação das necessidades a que o serviço se destina. E que, 18 - No caso, são as prestações de urgência (cfr. Prof. Monteiro Fernandes, Direito de Greve, Coimbra, 1982, págs. 63) Isto posto, vejamos o dia da greve. 17

18 20 - Dispõe o artº 598º, nº 1, do Código do Trabalho, que nas empresas ou estabelecimentos que se destinem à satisfação de necessidades sociais impreteríveis ficam as associações sindicais e os trabalhadores obrigados a assegurar, durante a greve, a prestação dos serviços mínimos indispensáveis para ocorrer à satisfação de necessidades sociais impreteríveis. É claro que, 21 - A obrigação de prestação de serviços mínimos deve ser cumprida pelos trabalhadores em greve pois os serviços só podem ser prestados por trabalhadores. Daí que, 22 - A referência às associações sindicais tenha unicamente em vista a necessidade de organização (cfr., sobre o ponto, Prof. Menezes Cordeiro, Direito do Trabalho, pág. 723). Mas, 23 - Que trabalhadores? 24 - Em princípio (adiante se explicará o porquê do sublinhado) são trabalhadores que em termos de normalidade (isto é: sem ser em situação de greve) estavam afectos à prestação de serviço. Porém, 25 - E esta é a explicação para o sublinhado, a obrigação de prestar serviços mínimos pressupõe a necessidade de recorrer a trabalhadores em greve; quando o empregador possa resolver o problema do funcionamento essencial dos serviços recorrendo a trabalhadores disponíveis, não aderentes, não chega a nascer a obrigação imposta, às associações sindicais e aos trabalhadores em greve, enquanto tais (cfr., com destacado nosso, o já várias vezes citado Parecer nº 100/89 da Procuradoria-Geral da República). E, 26 - É aqui que entram os trabalhadores não aderentes à greve. Na verdade, 27 - Tais trabalhadores, porque não aderentes à greve, não estão desvinculados dos deveres de subordinação e assiduidade (cfr. artº 597º, nº 1, do Código do Trabalho). Ora, 28 - O Decreto-Lei nº 161/96, de 4 de Setembro, como se vê do seu artigo 1º, definiu os princípios gerais respeitantes ao exercício profissional dos enfermeiros constituindo o Regulamento do Exercício Profissional dos Enfermeiros (REPE). E, 29 - À face do artº 12º, nº 6, do REPE, os enfermeiros estavam obrigados a manter-se no seu posto de trabalho, enquanto não forem substituídos, quando a sua ausência interferir na continuidade de cuidados. É certo que, 18

19 30 - O artº 12º do Decreto-Lei nº 161/96, de 4 de Setembro, foi revogado pelo artº 6º do Decreto-Lei nº 104/98, de 24 de Abril. Porém, 31 - Este Decreto-Lei nº 104/98, de 24 de Abril, criou a Ordem dos Enfermeiros e aprovou, como sua parte integrante, o seu Estatuto. E, 32 - Consoante o artº 83º, e), do Estatuto da Ordem dos Enfermeiros, o enfermeiro, no respeito do direito ao cuidado na saúde ou doença, assume o dever de... manter-se no seu posto de trabalho enquanto não for substituído, quando a sua ausência interferir na continuidade de cuidados. Assim, 33 - Os enfermeiros não aderentes à greve continuam vinculados a este dever (cfr. o que promana do artº 597º, nº 1, do Código do Trabalho) e, pois, é, em primeira linha, com eles (todos eles isto é, enfermeiros, enfermeiros graduados, enfermeiros especialistas, enfermeiros-chefes, enfermeiros supervisores, quando não aderentes à greve) que a entidade empregadora tem de resolver o problema do funcionamento essencial dos serviços. E, 34 - É justamente por isso que nos serviços mínimos por nós contratualizados com o Governo se consigna que os grevistas não têm o dever legal de render não aderentes, findo o turno destes. Sendo que, 35 - A contratualização formal com o Governo remonta a 1994 (e, por isso, releva nos termos e para os efeitos do artº 599º, nº 1, do Código do Trabalho). Aliás, 36 - Nas greves por nós decretadas (incluindo a que se vai realizar a 30/Maio/2007) o actual Governo, através do Ministério da Saúde, externou, expressa e formalmente, ao Ministério do Trabalho a sua concordância com os serviços mínimos que (como sempre fazemos) inscrevemos no pré-aviso. E, 37 - O certo é que pacta sunt servanda ( os contratos devem ser cumpridos ). Lisboa, Maio 2007 A DIRECÇÃO, 19

20 ANEXO - 3 SINDICATO DOS ENFERMEIROS PORTUGUESES NOTA DE ESCLARECIMENTO Os grevistas não têm o dever legal de render não aderentes, findo o turno destes 1 - No nosso aviso prévio de greve e, como ali se diz, no seguimento do há muito acordado com o Ministério da Saúde, está inscrito que os grevistas não têm o dever legal de render não aderentes, findo o turno destes. Sendo que, 2 - Com referência à greve agora decretada, a Secretaria-Geral (do Ministério da Saúde) informou o Ministério do Trabalho de, pela parte do Ministério da Saúde, (...) ser concedido acordo à proposta de definição de serviços mínimos e aos meios necessários para os assegurar, já que ela consubstancia o que há muito foi admitido por acordo com o Ministério da Saúde, tem sido aceite em anteriores greves decretadas pelo Sindicato e mostrado adequado à satisfação das necessidades sociais impreteríveis : Parecer nº 441/2007, Procº nº 07/0258, de 14/Novembro/2007 (os destacados são nossos). Por outro lado, 3 - Como melhor se sabe, no domínio contratual a Administração Pública está despida do seu jus imperium, actuando com as mesmas vestes do contraente particular. Por isso, 4 - A lei postula que os actos administrativos que interpretem cláusulas contratuais ou que se pronunciem sobre a respectiva validade não são definitivos e executórios, pelo que na falta de acordo do contratante a Administração só pode obter os efeitos pretendidos através de acção a propor no tribunal competente (artº 186º, nº 1, do Código do Procedimento Administrativo sendo nossos os destacados). Assim, 5 - Se o contraente público pretender, autoritariamente, impor a sua interpretação, ou a sua pronúncia sobre a validade de cláusulas contratuais estará a incorrer em usurpação do poder o que é causal de nulidade: artº 133º, nº 2, a), do Código do Procedimento Administrativo. Por outro lado, 20

21 6 - E se bem que com a nossa discordância expressa (o acordo firmado com o Ministério da Saúde é relevante à face do Código do Trabalho e oponível às entidades públicas empresariais da Saúde pelo que, como na sede própria e no tempo certo se verá, nas greves por nós decretadas não há lugar ao procedimento do artº 599º do Código do Trabalho), a questão dos serviços mínimos para a greve agora decretada foi submetida a colégio arbitral. E, 7 - No que para aqui interessa, o Colégio Arbitral, em 27/Novembro/2007, incisivamente, deliberou: Assim, mais uma vez, entende este colégio arbitral manter a definição dos serviços mínimos constantes dos pré-avisos (um dos avisos prévios é o nosso). E, 8 - Isto após ter referenciado (...) a circunstância de existir há anos, um Acordo quanto aos serviços mínimos, que tem sido regular e reiteradamente observado, e a que, aliás, o próprio Ministério da Saúde deu publicidade através de uma circular informativa. Por outro lado, 9- E regressando à nulidade, o acto nulo não produz quaisquer efeitos jurídicos, independentemente da declaração de nulidade (artº 134º, nº 1, do Código do Procedimento Administrativo). E, 10- Porque assim, escrevem o Prof. Freitas do Amaral Et Alii: A característica fundamental da nulidade é a inaptidão intrínseca do acto para a produção de quaisquer efeitos jurídicos, pelo que quer os particulares quer os próprios funcionários têm o direito de desobedecer a um acto nulo e de opor resistência à sua execução (in Código do Procedimento Administrativo Anotado, Almedina, 4ª edição, págs V., tb. como assim, Prof. Marcello Caetano, Manual..., 10ª edição, pág. 516). Assim, 11- E é com lisura, frontalidade e firmeza que o dizemos, é deste modo que situaremos e enquadraremos, em termos de consequenciação jurídico-legal, os (eventuais) actos concretos dessintónicos com o consistentemente firmado: os grevistas não têm o dever legal de render não aderentes, findo o turno destes. Lisboa, 29 de Novembro de 2007 A DIRECÇÃO, 21

SECÇÃO I Greve. Artigo 530.º Direito à greve. 1 A greve constitui, nos termos da Constituição, um direito dos trabalhadores.

SECÇÃO I Greve. Artigo 530.º Direito à greve. 1 A greve constitui, nos termos da Constituição, um direito dos trabalhadores. LEI DA GREVE Código do Trabalho Lei nº 7/ 2009 de 12 de Fevereiro SECÇÃO I Greve Artigo 530.º Direito à greve 1 A greve constitui, nos termos da Constituição, um direito dos trabalhadores. 2 Compete aos

Leia mais

Projecto de Lei n.º 408/ X

Projecto de Lei n.º 408/ X Grupo Parlamentar Projecto de Lei n.º 408/ X Consagra o processo eleitoral como regra para a nomeação do director-clínico e enfermeiro-director dos Hospitais do Sector Público Administrativo e dos Hospitais,

Leia mais

PARECER N.º 81/CITE/2012

PARECER N.º 81/CITE/2012 PARECER N.º 81/CITE/2012 Assunto: Parecer prévio à intenção de recusa de autorização de trabalho em regime de horário flexível a trabalhadora com responsabilidades familiares, nos termos do n.º 5 do artigo

Leia mais

PARECER N.º 45/CITE/2011

PARECER N.º 45/CITE/2011 PARECER N.º 45/CITE/2011 Assunto: Parecer prévio à intenção de recusa de autorização de trabalho em regime de horário flexível a trabalhadora com responsabilidades familiares, nos termos do n.º 5 do artigo

Leia mais

FEDERAÇÃO NACIONAL DOS MÉDICOS

FEDERAÇÃO NACIONAL DOS MÉDICOS FEDERAÇÃO NACIONAL DOS MÉDICOS INFORMAÇÃO Carreiras Médicas e Contratação Colectiva Na sequência da entrada em vigor da nova legislação laboral da Administração Pública (Lei n.º 12 A/2008 e Lei n.º 59/2008),

Leia mais

PARECER N.º 403/CITE/2015

PARECER N.º 403/CITE/2015 PARECER N.º 403/CITE/2015 Assunto: Parecer prévio à intenção de recusa do pedido de autorização de trabalho em regime de horário flexível de trabalhadora com responsabilidades familiares, nos termos do

Leia mais

Despacho conjunto n.º 413/99, de 15 de Maio

Despacho conjunto n.º 413/99, de 15 de Maio Despacho conjunto n.º 413/99, de 15 de Maio MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE Aprova o Regulamento do Fundo de Compensação Sócio-Económica no âmbito do Programa de Expansão

Leia mais

Regulamento de Horário de Funcionamento e de Atendimento e Horário de Trabalho da Secretaria-Geral da Presidência da República

Regulamento de Horário de Funcionamento e de Atendimento e Horário de Trabalho da Secretaria-Geral da Presidência da República Regulamento de Horário de Funcionamento e de Atendimento e Horário de Trabalho da Secretaria-Geral da Presidência da República Considerando a necessidade de proporcionar aos Serviços da Secretaria-Geral,

Leia mais

Só um ou, quando muito, dois membros do órgão de gestão ou administração da empresa local pode ser remunerado.

Só um ou, quando muito, dois membros do órgão de gestão ou administração da empresa local pode ser remunerado. 1 Só um ou, quando muito, dois membros do órgão de gestão ou administração da empresa local pode ser remunerado. Artigo 25.º, n.ºs 3 e 4 da Lei n.º 50/2012, de 31 de agosto O valor da remuneração do(s)

Leia mais

RECOMENDAÇÃO N.º 6/ B / 2004 [art.º 20.º, n.º 1, alínea b), da Lei n.º 9/91, de 9 de Abril]

RECOMENDAÇÃO N.º 6/ B / 2004 [art.º 20.º, n.º 1, alínea b), da Lei n.º 9/91, de 9 de Abril] Número: 6/B/2004 Data: 25-03-2004 Entidade visada: Secretária de Estado da Administração Pública Assunto: Curso de Estudos Avançados em Gestão Pública. Promoção a técnico superior de 1.ª classe. Processo:

Leia mais

FORMAÇÃO PROFISSIONAL A FORMAÇÃO CONTÍNUA DE TRABALHADORES NAS EMPRESAS

FORMAÇÃO PROFISSIONAL A FORMAÇÃO CONTÍNUA DE TRABALHADORES NAS EMPRESAS FORMAÇÃO PROFISSIONAL A FORMAÇÃO CONTÍNUA DE TRABALHADORES NAS EMPRESAS OBJECTIVOS DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL A Formação Profissional tem como objetivos: Proporcionar e promover a qualificação do trabalhador

Leia mais

PARECER N.º 38/CITE/2005

PARECER N.º 38/CITE/2005 PARECER N.º 38/CITE/2005 Assunto: Parecer nos termos do n.º 3 do artigo 133.º do Código do Trabalho e da alínea j) do n.º 1 do artigo 496.º da Lei n.º 35/2004, de 29 de Julho Não renovação de contrato

Leia mais

SINDICATO DOS MÉDICOS DA ZONA SUL PARECER N.º 05/2011

SINDICATO DOS MÉDICOS DA ZONA SUL PARECER N.º 05/2011 1 PARECER N.º 05/2011 Referência: Assunto: Legislação: SM/15/2011.SM.0214 (CJ) Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa. Deliberação do Conselho de Administração. Circular Informativa. Internato Médico.

Leia mais

Despacho n.º 28777/2008, de 10 de Novembro Série II n.º 218

Despacho n.º 28777/2008, de 10 de Novembro Série II n.º 218 Despacho n.º 28777/2008, de 10 de Novembro Série II n.º 218 Regulamento de horário de trabalho aplicável aos trabalhadores da DGCI que prestam serviço no Edifício Satélite 1 - Em conformidade com o disposto

Leia mais

P R E M I S S A S P A R A E L A B O R A Ç Ã O D E C O N T R A T O D E P R E S T A Ç Ã O D E S E R V I Ç O S D E A R Q U I T E C T U R A

P R E M I S S A S P A R A E L A B O R A Ç Ã O D E C O N T R A T O D E P R E S T A Ç Ã O D E S E R V I Ç O S D E A R Q U I T E C T U R A P R E M I S S A S P A R A E L A B O R A Ç Ã O D E C O N T R A T O D E P R E S T A Ç Ã O D E S E R V I Ç O S D E A R Q U I T E C T U R A O Pelouro do Apoio à Prática Profissional entendeu estabelecer um

Leia mais

SINDICATO DOS MÉDICOS DA ZONA SUL

SINDICATO DOS MÉDICOS DA ZONA SUL 1 SM/2012/20.DIR.0302 (CJ) INFORMAÇÃO N.º 13/2012 5 DE MARÇO Trabalho Extraordinário Médico. Redução de Custos. Despacho do Secretário de Estado da Saúde SUMÁRIO 1. Em ordem à prossecução, no corrente

Leia mais

REGULAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE AZAMBUJA

REGULAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE AZAMBUJA MUNICÍPIO DE AZAMBUJA REGULAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE AZAMBUJA Aprovado por deliberação da Assembleia Municipal de 19 de Abril de 2011. Publicado pelo Edital n.º 73/2011. Em vigor desde 27

Leia mais

DIREITOS SINDICAIS I DISPOSIÇÕES GERAIS

DIREITOS SINDICAIS I DISPOSIÇÕES GERAIS DIREITOS SINDICAIS O QUE DIZ A LEI OBSERVAÇÕES Direito de Associação Sindical I DISPOSIÇÕES GERAIS Os trabalhadores têm o direito de constituir associações sindicais a todos os níveis para defesa e promoção

Leia mais

REGULAMENTO NOSSA SENHORA DO MANTO

REGULAMENTO NOSSA SENHORA DO MANTO REGULAMENTO NOSSA SENHORA DO MANTO ACORDO DE PARCERIA ENTRE A SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE LISBOA E A UNIÃO DAS MISERICÓRDIAS PORTUGUESAS A SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE LISBOA E A UNIÃO DAS MISERICÓRDIAS

Leia mais

PARECER N.º 28/CITE/2005

PARECER N.º 28/CITE/2005 PARECER N.º 28/CITE/2005 Assunto: Parecer prévio nos termos do n.º 1 do artigo 45.º do Código do Trabalho e dos artigos 79.º e 80.º da Lei n.º 35/2004, de 29 de Julho Processo n.º 26 FH/2005 I OBJECTO

Leia mais

disponibiliza a LEI DO VOLUNTARIADO

disponibiliza a LEI DO VOLUNTARIADO A disponibiliza a LEI DO VOLUNTARIADO Lei n.º 71/98 de 3 de Novembro de 1998 Bases do enquadramento jurídico do voluntariado A Assembleia da República decreta, nos termos do artigo 161.º, alínea c), do

Leia mais

REGULAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE MIRANDELA. Preâmbulo

REGULAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE MIRANDELA. Preâmbulo REGULAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE MIRANDELA Preâmbulo O voluntariado é definido como um conjunto de acções e interesses sociais e comunitários, realizadas de forma desinteressada no âmbito

Leia mais

REGULAMENTO DO VOLUNTARIADO NO HOSPITAL GERAL. Artigo 1º. Objecto

REGULAMENTO DO VOLUNTARIADO NO HOSPITAL GERAL. Artigo 1º. Objecto REGULAMENTO DO VOLUNTARIADO NO HOSPITAL GERAL Artigo 1º Objecto O presente regulamento tem por objecto definir a natureza, o conteúdo e os termos em que é desenvolvido o trabalho voluntário no Hospital

Leia mais

Câmara Municipal de São Pedro do Sul

Câmara Municipal de São Pedro do Sul Regulamento A elaboração do presente regulamento resulta da necessidade de definir regras e harmonizar os procedimentos relacionados com a duração e organização do tempo de trabalho, conforme impõe o definido

Leia mais

REGULAMENTO INTERNO DE FUNCIONAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE GUIMARÃES

REGULAMENTO INTERNO DE FUNCIONAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE GUIMARÃES REGULAMENTO INTERNO DE FUNCIONAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE GUIMARÃES (aprovado por deliberação de Câmara de 16 de junho de 2011 em conformidade com as orientações do Conselho Nacional para

Leia mais

REGULAMENTO DO COLÉGIO DA ESPECIALIDADE DE URBANISMO

REGULAMENTO DO COLÉGIO DA ESPECIALIDADE DE URBANISMO REGULAMENTO DO COLÉGIO DA ESPECIALIDADE DE URBANISMO PREÂMBULO CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1.º Objecto Artigo 2.º Princípios Artigo 3.º Finalidades Artigo 4.º Atribuições Artigo 5.º Relações

Leia mais

Financiamento de Planos de Benefícios de Saúde através de Fundos de Pensões

Financiamento de Planos de Benefícios de Saúde através de Fundos de Pensões PROJECTO DE NORMA REGULAMENTAR Financiamento de Planos de Benefícios de Saúde através de Fundos de Pensões O Decreto-Lei n.º 12/2006, de 20 de Janeiro - que estabelece o regime jurídico da constituição

Leia mais

Por despacho do Presidente da Assembleia da República de 26 de Julho de 2004, foi aprovado

Por despacho do Presidente da Assembleia da República de 26 de Julho de 2004, foi aprovado Regulamento dos Estágios da Assembleia da República para Ingresso nas Carreiras Técnica Superior Parlamentar, Técnica Parlamentar, de Programador Parlamentar e de Operador de Sistemas Parlamentar Despacho

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º 162/XII/1.ª COMBATE O FALSO TRABALHO TEMPORÁRIO E PROTEGE OS TRABALHADORES TEMPORÁRIOS

PROJETO DE LEI N.º 162/XII/1.ª COMBATE O FALSO TRABALHO TEMPORÁRIO E PROTEGE OS TRABALHADORES TEMPORÁRIOS Grupo Parlamentar PROJETO DE LEI N.º 162/XII/1.ª COMBATE O FALSO TRABALHO TEMPORÁRIO E PROTEGE OS TRABALHADORES TEMPORÁRIOS (TERCEIRA ALTERAÇÃO À LEI N.º /2009, DE 12 DE FEVEREIRO) Exposição de motivos

Leia mais

Normas de Funcionamento do Banco Local de Voluntariado de Sines

Normas de Funcionamento do Banco Local de Voluntariado de Sines Normas de Funcionamento do Banco Local de Voluntariado de Sines Preâmbulo O Decreto-Lei n.º 389/99, de 30 de Setembro, no art. 21º, atribui ao Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado (CNPV) competências

Leia mais

SINDICATO DOS MÉDICOS DA ZONA SUL

SINDICATO DOS MÉDICOS DA ZONA SUL 1 INFORMAÇÃO N.º 12/2010 Medicina Geral e Familiar Clínica Geral HORÁRIO DE TRABALHO 1. O Acordo Colectivo da Carreira Especial Médica (ACCE) foi publicado, sob a designação de Acordo Colectivo de Trabalho

Leia mais

Restituição de cauções aos consumidores de electricidade e de gás natural Outubro de 2007

Restituição de cauções aos consumidores de electricidade e de gás natural Outubro de 2007 Restituição de cauções aos consumidores de electricidade e de gás natural Outubro de 2007 Ponto de situação em 31 de Outubro de 2007 As listas de consumidores com direito à restituição de caução foram

Leia mais

DIREÇÃO REGIONAL DE JUVENTUDE E DESPORTO DESTACAMENTO DE DOCENTES PARA O MOVIMENTO ASSOCIATIVO DESPORTIVO ANO LETIVO 2014/2015

DIREÇÃO REGIONAL DE JUVENTUDE E DESPORTO DESTACAMENTO DE DOCENTES PARA O MOVIMENTO ASSOCIATIVO DESPORTIVO ANO LETIVO 2014/2015 REGULAMENTO Artigo 1.º Objeto 1 - O presente regulamento define as condições de candidatura ao destacamento de docentes para entidades que operam no Sistema Desportivo Regional e regula os procedimentos

Leia mais

PARECER N.º 19/CITE/2006

PARECER N.º 19/CITE/2006 PARECER N.º 19/CITE/2006 Assunto: Parecer prévio nos termos do artigo 45.º do Código do Trabalho e dos artigos 79.º e 80.º da Lei n.º 35/2004, de 29 de Julho Processo n.º 20 FH/2006 I OBJECTO 1.1. A CITE

Leia mais

Regulamento Interno de Execução do Horário de Trabalho

Regulamento Interno de Execução do Horário de Trabalho Regulamento Interno de Execução do Horário de Trabalho Capítulo I Disposições gerais Artigo 1.º Objeto e âmbito de aplicação 1 - O presente Regulamento estabelece os períodos de funcionamento do Gabinete

Leia mais

O REGIME DE EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2012

O REGIME DE EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2012 27 de Fevereiro de 2012 O REGIME DE EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2012 Introdução O Decreto-Lei n.º 32/2012, de 13 de Fevereiro, que regula a execução do Orçamento do Estado para 2012, aprovado

Leia mais

Regulamento Interno da Associação dos Bolseiros de Investigação Científica

Regulamento Interno da Associação dos Bolseiros de Investigação Científica Regulamento Interno da Associação dos Bolseiros de Investigação Científica A Associação dos Bolseiros de Investigação Científica (ABIC) rege-se pelos seus estatutos, regulamento eleitoral e por um regulamento

Leia mais

INSTITUTO PORTUGUÊS DE ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING DE LISBOA. Regulamento de provas de avaliação da capacidade para a frequência dos maiores de 23 anos

INSTITUTO PORTUGUÊS DE ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING DE LISBOA. Regulamento de provas de avaliação da capacidade para a frequência dos maiores de 23 anos INSTITUTO PORTUGUÊS DE ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING DE LISBOA Diário da República, 2.ª série N.º 186 26 de Setembro de 2006 Regulamento n.º 184/2006 Regulamento de provas de avaliação da capacidade para

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA Artigo: 29º, 36º e 40º

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA Artigo: 29º, 36º e 40º Diploma: CIVA Artigo: 29º, 36º e 40º Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Faturas - Mediadores de seguros que pratiquem operações isentas Processo: nº 4686, por despacho de 2013-05-15, do SDG do IVA, por delegação

Leia mais

REGULAMENTO DAS BOLSAS DE INVESTIGAÇÃO PARA PÓS-GRADUAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO DESTINADAS A ESTUDANTES AFRICANOS DE LÍNGUA PORTUGUESA E DE TIMOR LESTE

REGULAMENTO DAS BOLSAS DE INVESTIGAÇÃO PARA PÓS-GRADUAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO DESTINADAS A ESTUDANTES AFRICANOS DE LÍNGUA PORTUGUESA E DE TIMOR LESTE REGULAMENTO DAS BOLSAS DE INVESTIGAÇÃO PARA PÓS-GRADUAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO DESTINADAS A ESTUDANTES AFRICANOS DE LÍNGUA PORTUGUESA E DE TIMOR LESTE CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artº. 1º. 1. Com o fim principal

Leia mais

Avaliação do Desempenho dos Médicos.

Avaliação do Desempenho dos Médicos. ORDEM DE SERVIÇO Nº. 24/13 De: 12.11.2013 ASSUNTO: Regulamento de Funcionamento do Conselho Coordenador de Avaliação do Desempenho dos Médicos. Vem o Conselho de Administração, por este meio, informar

Leia mais

Normas de Funcionamento do Banco Local de Voluntariado do Cadaval. Capitulo I Disposições Gerais

Normas de Funcionamento do Banco Local de Voluntariado do Cadaval. Capitulo I Disposições Gerais Normas de Funcionamento do Banco Local de Voluntariado do Cadaval Capitulo I Disposições Gerais Artigo 1º (Âmbito) 1. O Banco Local de Voluntariado do Cadaval, adiante designado por BLVC, tem como entidade

Leia mais

PARECER N.º 26/CITE/2007

PARECER N.º 26/CITE/2007 PARECER N.º 26/CITE/2007 Assunto: Direito ao gozo de férias após licença por maternidade Processo n.º 147 QX/2006 I OBJECTO 1.1. Em 20 de Novembro de 2006, a CITE recebeu da funcionária do, com a categoria

Leia mais

Artigo A. Valorizações remuneratórias

Artigo A. Valorizações remuneratórias Artigo A Valorizações remuneratórias 1 - No período de vigência da presente lei está vedada a prática de quaisquer actos que consubstanciem valorizações remuneratórias do seguinte pessoal: a) Trabalhadores

Leia mais

澳 門 特 別 行 政 區 政 府 Governo da Região Administrativa Especial de Macau 個 人 資 料 保 護 辦 公 室 Gabinete para a Protecção de Dados Pessoais

澳 門 特 別 行 政 區 政 府 Governo da Região Administrativa Especial de Macau 個 人 資 料 保 護 辦 公 室 Gabinete para a Protecção de Dados Pessoais Parecer n. 05/P/2007/GPDP Assunto: Dúvida sobre se o conteúdo do Impresso de Requerimento do Cartão A destinado a veículos de empresas Notificação ao Cliente corresponde à Lei da Protecção de Dados Pessoais

Leia mais

Meritíssimo Conselheiro Presidente do Tribunal Constitucional R-1870/11 (A6)

Meritíssimo Conselheiro Presidente do Tribunal Constitucional R-1870/11 (A6) Meritíssimo Conselheiro Presidente do Tribunal Constitucional R-1870/11 (A6) O Provedor de Justiça, no uso da competência prevista no artigo 281.º, n.º 2, alínea d), da Constituição da República Portuguesa,

Leia mais

DECRETO N.º 418/XII. Cria o Inventário Nacional dos Profissionais de Saúde

DECRETO N.º 418/XII. Cria o Inventário Nacional dos Profissionais de Saúde DECRETO N.º 418/XII Cria o Inventário Nacional dos Profissionais de Saúde A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1.º Objeto 1 - A

Leia mais

Regulamento da Creditação

Regulamento da Creditação Regulamento da Creditação Por decisão do Director, ouvido o Conselho Técnico-Científico, é aprovado o presente Regulamento da Creditação, que visa disciplinar o processo de creditação, nos termos definidos

Leia mais

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS PROPOSTA DE LEI N.º 2/XII/1.ª. Exposição de Motivos

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS PROPOSTA DE LEI N.º 2/XII/1.ª. Exposição de Motivos PROPOSTA DE LEI N.º 2/XII/1.ª Exposição de Motivos Em sede da Comissão Permanente de Concertação Social foi firmado, em 22 de Março de 2011, entre o Governo e a maioria dos Parceiros Sociais, o Acordo

Leia mais

Regulamento de Funcionamento do Banco Local de Voluntariado de Viana do Alentejo

Regulamento de Funcionamento do Banco Local de Voluntariado de Viana do Alentejo Regulamento de Funcionamento do Banco Local de Voluntariado de Viana do Alentejo Preâmbulo O Decreto-Lei n.º 389/99, de 30 de Setembro, no art.º 21.º, atribui ao Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado

Leia mais

circular ifdr Noção de Organismo de Direito Público para efeitos do cálculo de despesa pública SÍNTESE: ÍNDICE

circular ifdr Noção de Organismo de Direito Público para efeitos do cálculo de despesa pública SÍNTESE: ÍNDICE N.º 01/2008 Data: 2008/07/16 Noção de Organismo de Direito Público para efeitos do cálculo de despesa pública Elaborada por: Núcleo de Apoio Jurídico e Contencioso e Unidade de Certificação SÍNTESE: A

Leia mais

PARECER N.º 185/CITE/2013

PARECER N.º 185/CITE/2013 PARECER N.º 185/CITE/2013 I OBJETO A CITE recebeu um pedido de parecer sobre o assunto referido em epígrafe. A Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) tem por missão prosseguir a igualdade

Leia mais

Regulamento Cursos de Pós Graduação

Regulamento Cursos de Pós Graduação A Associação Amigos da Grande Idade (AAGI) é uma entidade de direito privado, sem fim lucrativos, tendo por isso capacidade para desenvolver em colaboração com o Instituto Superior de Línguas e Administração

Leia mais

Decreto Legislativo Regional nº. 003/2001

Decreto Legislativo Regional nº. 003/2001 Decreto Legislativo Regional nº. 003/2001 REVALORIZAÇÃO DAS CARREIRAS DO PESSOAL TÉCNICO CONTABILISTA E DE AUXILIAR DE CONTABILIDADE DA DIRECÇÃO REGIONAL DO ORÇAMENTO E TESOURO O Decreto Regulamentar Regional

Leia mais

Programa Nacional de Diagnóstico Pré-Natal Contratualização Processo de Monitorização e Acompanhamento

Programa Nacional de Diagnóstico Pré-Natal Contratualização Processo de Monitorização e Acompanhamento Introdução A saúde materna e infantil em Portugal tem vindo a registar melhorias significativas nos últimos anos, verificando-se expressiva diminuição das taxas de mortalidade perinatal e infantil por

Leia mais

Universidade Nova de Lisboa ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA

Universidade Nova de Lisboa ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA REGULAMENTO O Regulamento do Curso de Especialização em Medicina do Trabalho (CEMT) visa enquadrar, do ponto de vista normativo, o desenvolvimento das actividades inerentes ao funcionamento do curso, tendo

Leia mais

PROTOCOLO. 1. A Fidelidade Mundial é uma entidade legalmente autorizada a desenvolver a actividade seguradora em Portugal;

PROTOCOLO. 1. A Fidelidade Mundial é uma entidade legalmente autorizada a desenvolver a actividade seguradora em Portugal; PROTOCOLO Entre Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados pelas Escolas Superiores de Educação e Universidades, pessoa colectiva número 503 902233, com sede em Lisboa, na Avenida de Paris, nº

Leia mais

Orientação Normativa N.º 1/2004, de 20/02/2004 Módulo de Férias do Manual de Formação Técnica RH

Orientação Normativa N.º 1/2004, de 20/02/2004 Módulo de Férias do Manual de Formação Técnica RH ORIENTAÇÃO NORMATIVA N.º 2/2009 Data: 25 de Maio de 2009 RECURSOS HUMANOS Assunto: FÉRIAS Enquadramento Convencional e Legal: Acordo de Empresa Código do Trabalho Revogações: Orientação Normativa N.º 1/2004,

Leia mais

Proposta de alteração do regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho Posição da CAP

Proposta de alteração do regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho Posição da CAP Proposta de alteração do regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho Posição da CAP Em Geral Na sequência da publicação do novo Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12

Leia mais

PARECER N.º 224/CITE/2014

PARECER N.º 224/CITE/2014 PARECER N.º 224/CITE/2014 Assunto: Parecer prévio à recusa de pedido de autorização de trabalho em regime de horário flexível, nos termos do n.º 5 do artigo 57.º do Código do Trabalho, aprovado pela Lei

Leia mais

REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DO CONSELHO NACIONAL PARA A ECONOMIA SOCIAL

REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DO CONSELHO NACIONAL PARA A ECONOMIA SOCIAL REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DO CONSELHO NACIONAL PARA A ECONOMIA SOCIAL CAPÍTULO I PRINCÍPIOS GERAIS Artigo 1. (Natureza) O Conselho Nacional para a Economia Social, adiante também identificado como CNES,

Leia mais

Ordem dos Advogados Largo São Domingos 14-1º, 1169-060 Lisboa Tel.: 218823550 Fax: 218862403 odc@cg.oa.pt www.oa.pt/odc

Ordem dos Advogados Largo São Domingos 14-1º, 1169-060 Lisboa Tel.: 218823550 Fax: 218862403 odc@cg.oa.pt www.oa.pt/odc Ficha Informativa 3 Março 2015 Ordem dos Advogados Largo São Domingos 14-1º, 1169-060 Lisboa Tel.: 218823550 Fax: 218862403 odc@cg.oa.pt www.oa.pt/odc SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS Quais são os serviços

Leia mais

Grupo Parlamentar SAÚDE PELOS UTENTES DO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE. Exposição de motivos

Grupo Parlamentar SAÚDE PELOS UTENTES DO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE. Exposição de motivos Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI Nº./ X CARTA DOS DIREITOS DE ACESSO AOS CUIDADOS DE SAÚDE PELOS UTENTES DO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE Exposição de motivos A espera por cuidados de saúde é um fenómeno

Leia mais

REGULAMENTO DA COMISSÃO EXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REDITUS - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A.

REGULAMENTO DA COMISSÃO EXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REDITUS - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. REGULAMENTO DA COMISSÃO EXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REDITUS - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. ARTIGO 1.º (Âmbito e Aplicabilidade) 1. O presente regulamento estabelece as regras

Leia mais

MINUTA DE CONTRATO DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS FINANCEIROS A PESSOAS COLECTIVAS PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS PROGRAMA MODELAR

MINUTA DE CONTRATO DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS FINANCEIROS A PESSOAS COLECTIVAS PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS PROGRAMA MODELAR MINUTA DE CONTRATO DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS FINANCEIROS A PESSOAS COLECTIVAS PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS PROGRAMA MODELAR Entre O Primeiro Outorgante, A Administração Regional de Saúde de. IP, adiante

Leia mais

Alterações ao Código do Trabalho A partir de 1 de Agosto de 2012

Alterações ao Código do Trabalho A partir de 1 de Agosto de 2012 Alterações ao Código do Trabalho A partir de 1 de Agosto de 2012 A Lei nº 23/2012, de 25 de Junho procede à terceira alteração ao Código do Trabalho, aprovado pela Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro. Principais

Leia mais

ESTATUTO DO TRABALHADOR-ESTUDANTE

ESTATUTO DO TRABALHADOR-ESTUDANTE ESTATUTO DO TRABALHADOR-ESTUDANTE Data de emissão Janeiro 2005 Data de revisão Janeiro 2005 Autor GabIGT Acesso Público ÍNDICE Págs. 1. Quem é considerado trabalhador estudante? 3 2. Como se pode beneficiar

Leia mais

SINDICATO DOS MÉDICOS DA ZONA SUL PARECER N.º 27/2011. Cartas de Condução. Avaliação Médica. Carreira Especial Médica. Medicina Geral e Familiar

SINDICATO DOS MÉDICOS DA ZONA SUL PARECER N.º 27/2011. Cartas de Condução. Avaliação Médica. Carreira Especial Médica. Medicina Geral e Familiar 1 PARECER N.º 27/2011 Referência: SM/53/2011.LS.0808 (CJ) Médico(a): Local de Trabalho: Assunto: Legislação: Cartas de Condução. Avaliação Médica. Carreira Especial Médica. Medicina Geral e Familiar Lei

Leia mais

REGULAMENTO INTERNO DE FUNCIONAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE CAMINHA

REGULAMENTO INTERNO DE FUNCIONAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE CAMINHA REGULAMENTO INTERNO DE FUNCIONAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE CAMINHA PREÂMBULO O Decreto-Lei n.º 389/99, de 30 de Setembro, no art. 21, atribui ao Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado

Leia mais

REGULAMENTO DE OCUPAÇÃO MUNICIPAL TEMPORÁRIA DE JOVENS

REGULAMENTO DE OCUPAÇÃO MUNICIPAL TEMPORÁRIA DE JOVENS REGULAMENTO DE OCUPAÇÃO MUNICIPAL TEMPORÁRIA DE JOVENS REGULAMENTO Artigo 1.º Objecto 1 O programa de ocupação municipal temporária de jovens, adiante abreviadamente designado por OMTJ, visa a ocupação

Leia mais

Extinção da empresa por vontade dos sócios

Extinção da empresa por vontade dos sócios Extinção da empresa por vontade dos sócios A dissolução de uma sociedade por deliberação dos sócios pode fazer-se de várias formas, designadamente de forma imediata, com liquidação simultânea, com partilha,

Leia mais

CAPÍTULO I Disposições gerais

CAPÍTULO I Disposições gerais Regulamento Municipal do Banco Local de Voluntariado de Lagoa As bases do enquadramento jurídico do voluntariado, bem como, os princípios que enquadram o trabalho de voluntário constam na Lei n.º 71/98,

Leia mais

CÂMARA MUNICIPAL MONCHIQUE. Preâmbulo

CÂMARA MUNICIPAL MONCHIQUE. Preâmbulo CÂMARA MUNICIPAL MONCHIQUE REGULAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE MONCHIQUE Preâmbulo Considerando que a participação solidária em acções de voluntariado, definido como conjunto de acções de interesse

Leia mais

EFA- TÉCNICO DE CONTABILIDADE UFCD 567 NOÇÕES DE FISCALIDADE

EFA- TÉCNICO DE CONTABILIDADE UFCD 567 NOÇÕES DE FISCALIDADE EFA- TÉCNICO DE CONTABILIDADE UFCD 567 NOÇÕES DE FISCALIDADE INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DA LEI FISCAL Trabalho realizado: -Patrícia Alves; -Joaquim Mira; -Maria Antónia; -Ana Maltêz; 22 de Maio de 2014

Leia mais

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS REGULAMENTO DE INSCRIÇÃO DE SOCIEDADES PROFISSIONAIS DE TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS E NOMEAÇÃO PELAS SOCIEDADES DE CONTABILIDADE DO RESPONSÁVEL TÉCNICO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1.º Âmbito O

Leia mais

REGULAMENTO INTERNO DO CONSELHO COORDENADOR DA AVALIAÇÃO DO MUNICÍPIO DE LAGOA - AÇORES

REGULAMENTO INTERNO DO CONSELHO COORDENADOR DA AVALIAÇÃO DO MUNICÍPIO DE LAGOA - AÇORES REGULAMENTO INTERNO DO CONSELHO COORDENADOR DA AVALIAÇÃO DO MUNICÍPIO DE LAGOA - AÇORES Ao abrigo do disposto na alínea a) do n.º 2 do artigo 68.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei

Leia mais

Certificação da Qualidade dos Serviços Sociais. Procedimentos

Certificação da Qualidade dos Serviços Sociais. Procedimentos Certificação da Qualidade dos Serviços Sociais EQUASS Assurance Procedimentos 2008 - European Quality in Social Services (EQUASS) Reservados todos os direitos. É proibida a reprodução total ou parcial

Leia mais

IRMANDADE SANTA CASA DA MISERICÓRDIA PÓVOA DE SANTO ADRIÃO

IRMANDADE SANTA CASA DA MISERICÓRDIA PÓVOA DE SANTO ADRIÃO IRMANDADE DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DA PÓVOA DE SANTO ADRIÃO Regulamento Interno para o Voluntariado REGULAMENTO INTERNO PARA O VOLUNTARIADO Capítulo I Disposições Gerais Artigo 1º Âmbito de Aplicação

Leia mais

ACIDENTES DE TRABALHO

ACIDENTES DE TRABALHO ACIDENTES DE TRABALHO CONCEITOS - PROCEDIMENTOS INTERNOS - Divisão Administrativa Serviço de Segurança e Higiene no Trabalho Índice CÂMARA Nota Prévia...2 1. Legislação Aplicável...2 2. Âmbito...3 3. Conceitos...3

Leia mais

Convenção nº 146. Convenção sobre Férias Anuais Pagas dos Marítimos

Convenção nº 146. Convenção sobre Férias Anuais Pagas dos Marítimos Convenção nº 146 Convenção sobre Férias Anuais Pagas dos Marítimos A Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho: Convocada para Genebra pelo conselho administração da Repartição Internacional

Leia mais

APOSENTAÇÃO, FÉRIAS, FALTAS E LICENÇAS

APOSENTAÇÃO, FÉRIAS, FALTAS E LICENÇAS ADENDA AO APOSENTAÇÃO, FÉRIAS, FALTAS E LICENÇAS Páginas 19 O artigo 1.º foi revogado pela Lei n.º 60/2005, de 29 de Dezembro: São revogados o artigo 1.º do Estatuto da Aposentação, aprovado pelo Decreto-Lei

Leia mais

REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DA FORMAÇÃO

REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DA FORMAÇÃO REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DA FORMAÇÃO O presente Regulamento pretende enquadrar as principais regras e linhas de orientação pelas quais se rege a atividade formativa da LEXSEGUR, de forma a garantir

Leia mais

Resolução da Assembleia da República n.º 56/94 Convenção n.º 171 da Organização Internacional do Trabalho, relativa ao trabalho nocturno

Resolução da Assembleia da República n.º 56/94 Convenção n.º 171 da Organização Internacional do Trabalho, relativa ao trabalho nocturno Resolução da Assembleia da República n.º 56/94 Convenção n.º 171 da Organização Internacional do Trabalho, relativa ao trabalho nocturno Aprova, para ratificação, a Convenção n.º 171 da Organização Internacional

Leia mais

Decreto n.º 196/76 de 17 de Março

Decreto n.º 196/76 de 17 de Março Decreto n.º 196/76 de 17 de Março Considerando a profunda reconversão por que passa a Administração Pública em ordem a adaptá-la às finalidades prosseguidas pelo processo revolucionário em curso; Considerando

Leia mais

PARECER N.º 50/CITE/2003. Assunto: Parecer nos termos do artigo 17.º n.º 2 do Decreto-Lei n.º 230/2000, de 23 de Setembro Processo n.

PARECER N.º 50/CITE/2003. Assunto: Parecer nos termos do artigo 17.º n.º 2 do Decreto-Lei n.º 230/2000, de 23 de Setembro Processo n. PARECER N.º 50/CITE/2003 Assunto: Parecer nos termos do artigo 17.º n.º 2 do Decreto-Lei n.º 230/2000, de 23 de Setembro Processo n.º 57/2003 I - OBJECTO 1.1. A CITE recebeu, em 2 de Setembro de 2003,

Leia mais

REGULAMENTO INTERNO DE FUNCIONAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE MONDIM DE BASTO. Preâmbulo

REGULAMENTO INTERNO DE FUNCIONAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE MONDIM DE BASTO. Preâmbulo REGULAMENTO INTERNO DE FUNCIONAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE MONDIM DE BASTO Preâmbulo O Decreto-Lei nº 389/99, de 30 de Setembro, no artigo 21º, atribui ao Conselho Nacional para a Promoção

Leia mais

MPBA sociedade de advogados rl

MPBA sociedade de advogados rl Informação jurídica sobre o exercício da profissão de arquitecto em regime de subordinação I) Objecto da consulta Com a presente informação jurídica pretende-se clarificar se o exercício da profissão de

Leia mais

OFICIAL DA ORDEM MILITAR DE CRISTO MEDALHA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E BONS SERVIÇOS. Circular n.º 023-A/2014 Portal F.P.T. - Inscrições (Aditamento)

OFICIAL DA ORDEM MILITAR DE CRISTO MEDALHA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E BONS SERVIÇOS. Circular n.º 023-A/2014 Portal F.P.T. - Inscrições (Aditamento) Circular n.º 023-A/2014 Portal F.P.T. - Inscrições (Aditamento) Exmo. Sr. Presidente, A Direcção da F.P.T. tem emitido, ao longo dos últimos meses, diversas Circulares, com o objectivo de ir informando,

Leia mais

Direcção Regional de Educação do Centro. Agrupamento de Escolas de Canas de Senhorim. Escola EB 2.3/S Eng. Dionísio Augusto Cunha.

Direcção Regional de Educação do Centro. Agrupamento de Escolas de Canas de Senhorim. Escola EB 2.3/S Eng. Dionísio Augusto Cunha. Direcção Regional de Educação do Centro Agrupamento de Escolas de Canas de Senhorim Escola EB 2.3/S Eng. Dionísio Augusto Cunha Regulamento Da PAP (Prova de Aptidão Profissional) Cursos Profissionais (Portaria

Leia mais

MEDIDAS DE PROTECÇÃO DO CONSUMIDOR NA CELEBRAÇÃO DE CONTRATOS DE SEGURO DE VIDA ASSOCIADOS

MEDIDAS DE PROTECÇÃO DO CONSUMIDOR NA CELEBRAÇÃO DE CONTRATOS DE SEGURO DE VIDA ASSOCIADOS Informação n.º 27/2009 22 09 2009 MEDIDAS DE PROTECÇÃO DO CONSUMIDOR NA CELEBRAÇÃO DE CONTRATOS DE SEGURO DE VIDA ASSOCIADOS AO CRÉDITO À HABITAÇÃO O Decreto Lei n.º 222/2009, de 11 de Setembro, estabelece

Leia mais

NOTA: ESTE DOCUMENTO DEVERÁ ESTAR EXPOSTO DE 15 DE ABRIL A 31 DE OUTUBRO

NOTA: ESTE DOCUMENTO DEVERÁ ESTAR EXPOSTO DE 15 DE ABRIL A 31 DE OUTUBRO Mapa de Férias O mapa de Férias tem que ser elaborado até ao dia 15 de Abril. O mapa de férias com a indicação do início e fim dos períodos de férias de cada trabalhador deve ser elaborado até ao dia 15

Leia mais

ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO E DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA Considerando as orientações políticas

Leia mais

MINUTA DE CONTRATO DE CONSÓRCIO

MINUTA DE CONTRATO DE CONSÓRCIO ADVERTE-SE QUE ESTA MINUTA CONSTITUI APENAS UM EXEMPLO, PELO QUE DEVERÁ SER ADAPTADA CASO A CASO. A AICCOPN NÃO SE RESPONSABILIZA PELA INSUFICIENTE OU INDEVIDA ADAPTAÇÃO DA PRESENTE MINUTA. MINUTA DE CONTRATO

Leia mais