As Juntas de Freguesia na Proteção Civil local
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- Sophia Avelar Padilha
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1 Encontros da Proteção Civil com a Inovação 28 Junho 2017 Biblioteca Municipal Santo Tirso VII JORNADAS NOVOS PARADIGMAS DA PROTEÇÃO CIVIL Conferência Técnica e Científica Nacional 2º ENCONTRO NACIONAL Serviços Municipais de Proteção Civil Jorge Neves ANAFRE Definição de proteção civil Enquadramento legal da proteção civil Estruturação da proteção civil Papel dasjuntas de Freguesia na proteção civil Missões podem ser executadasas pelas Juntas de Freguesia Boaspráticas ao nível dasfre freguesias Criação de Unidade Local de Proteção Civil 1 Definição de proteção civil DEFINIÇÃO Atividade desenvolvida pelo Estado, Regiões Autónomas e autarquias locais, pelos cidadãos e por todas as entidades públicas e privadas com a finalidade de prevenir riscos coletivos inerentes a situações de acidente grave ou catástrofe, de atenuar os seus efeitos e proteger e socorrer as pessoas e bens em perigo quando aquelas situações ocorram LEI DE BASES DA PROTEÇÃO CIVIL LEI DE BASES DA PROTEÇÃO CIVIL DOMÍNIOS Levantamento, previsão, avaliação e prevenção dos riscoscoletivos; Análise permanente das vulnerabilidades perante situações de risco; Informação e formação das populações, visando a sua sensibilização em matéria de autoproteção e de colaboração comas autoridades; Planeamento de soluções de emergência, visando a busca, o salvamento, a prestação de socorro e de assistência, bem como a evacuação, alojamento e abastecimento das populações; Inventariação dos recursos e meios disponíveis e dos mais facilmente mobilizáveis; DOMÍNIOS Estudo e divulgação de formas adequadas de proteção dos edifícios em geral, de monumentos e de outros bens culturais, de infraestruturas, do património arquivístico, de instalações de serviçosessenciais, bem como do ambiente e dos recursos naturais; Previsão e planeamento de ações atinentes à eventualidade de isolamento de áreas afetadas por riscos. 1
2 PRNCÍPIOS PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE o subsistema de proteção civil de nível superior só deve intervir se e na medida em que os objetivos da proteção civil não possam ser alcançados pelo subsistema de proteção civil imediatamente inferior, atenta a dimensão e a gravidade dos efeitos dasocorrências; PRINCÍPIO DA COORDENAÇÃO exprime a necessidade de assegurar, sob orientação do Governo, a articulação entre a definição e a execução das políticas nacionais, regionais, distritais e municipais de proteção civil PRNCÍPIOS ( PATAMAR LOCAL) PRINCÍPIO DA PRIORIDADE deve ser dada prevalência à prossecução do interesse público relativo à proteção civil ( ) sempre que estejam em causa ponderações de interesses entre siconflituantes ; PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO os riscos de acidente grave ou de catástrofe devem ser considerados de forma antecipada, de modo a eliminar as próprias causas, ou reduzir as suas consequências, quando tal não seja possível ; PRNCÍPIOS( PATAMAR LOCAL) PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO devem ser adotadas as medidas de diminuição do risco de acidente grave ou catástrofe inerente a cada atividade ; PRINCÍPIO DA INFORMAÇÃO traduz o dever de assegurar a divulgação das informações relevantes em matéria de proteção civil ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO NÍVEL NACIONAL LBPC, a qual baliza o âmbito da atividade de proteção civil, define os mecanismos de coordenação, direção e execução da política de proteção civil e enquadra a estrutura e as operações de proteção civil. NÍVEL LOCAL enquadramento institucional e operacional da proteção civil é materializado pela Lei nº 65/2007, de 12 de novembro, a qual define, para o nível municipal, os objetivos, domínios de atuação e estruturas inerentes à atividade de proteção civil. 2 Enquadramento legal da proteção civil PLANO NACIONAL 2
3 3 Estruturação da proteção civil DIREÇÃO POLÍTICA COORDENAÇÃO POLÍTICA COORDENAÇÃO INSTITUCIONAL ESTRUTURA DE COMANDO ORGÃOS DE EXECUÇÃO NACIONAL 1º Ministro CNPC MAI CCON Presidente ANPC CNOS CONAC ANPC DISTRITAL Governo Prot. Civil CDPC Presidente CM CCOD CODIS AGRUP. DISTRITAL CADIS ANPC LOCAL Presidente da Câmara Municipal Presidente de Câmara Municipal Presidente de Câmara Municipal CDOS CODIS SMPC 4 Papel dasjuntas de Freguesia na proteção civil REG. JURÍDICO DAS AUT. LOCAIS FREGUESIAS Responsabilidade de promover e salvaguardar os interesses próprios das respetivas populações, em articulação com o município, num conjunto de domínios, incluindo a proteção civil. Responsabilidade de colaborar com a autoridade municipal de proteção civil (presidente da Câmara Municipal) na iminência ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe. Dever de colaborar com os serviços municipais de proteção civil, prestando a ajuda que lhe for solicitada no âmbito das suas atribuições e competências. REG. JURÍDICO DAS AUT. LOCAIS PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA missão de colaborar com outras entidades no domínio da proteção civil, tendo em vista o cumprimento dos planos de emergência e programas estabelecidos, designadamente em operações de socorro e na assistência na iminência ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe. REG. JURÍDICO DAS AUT. LOCAIS O RJAL concretiza ainda que em função da localização específica de determinados riscos, poderão ser constituídas, ao nível de freguesia, Unidades Locais de Proteção Civil (ULPC), Juntas de Freguesia dispõem de um representante na Comissão Municipal de Proteção Civil, designado pela Assembleia Municipal. 3
4 5 Missões podem ser executadasas pelas Juntas de Freguesia MISSÃO PREVENÇÃO DEFINIÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE ESTRATÉGIAS PREPARAÇÃO SENSIBILIZAÇÃO E RESPOSTA. MOBILIZAÇÃO DAS COMUNIDADES FORTALECIMENTO DO COMPROMISSO COM A RESILIÊNCIA CONHECIMENTO PROFUNDO DA REALIDADE GEOGRÁFICA CONHECIMENTO DAS ESTRUTURAS EXISTENTES A NÍVEL LOCAL MAIS-VALIA PARA AS AÇÕES DE PROTEÇÃO CIVIL. AÇÕES DE PREVENÇÃO E AVALIAÇÃO DE RISCOS E VULNERABILIDADES MISSÃO PREVENÇÃO E AVALIAÇÃO DE RISCOS E VULNERABILIDADES; SENSIBILIZAÇÃO E INFORMAÇÃO PÚBLICA; APOIO À GESTÃO DE OCORRÊNCIAS. Identificar situações de risco de âmbito local (ex.: situações de obstrução de linhas de água, edifícios degradados ou em risco de colapso, locaiscomdegradação doespaço florestal) eelementos expostos associados; Identificar vulnerabilidades sociais (ex.: cidadãoscom incapacidades físicas ououtras; populaçãoisolada, etc.); Identificar estradas e caminhos municipais danificados que possam constituir um fator de risco ou ser um obstáculo ao desenrolar de operações de socorro; Realizar ações de mitigação do risco (ex.: limpeza de valetas, aquedutos e linhas de água, reabilitação/manutenção da rede viária, limpeza de áreas florestais, criaçãode faixas degestão de combustível). AÇÕES NO DOMÍNIO DA SENSIBILIZAÇÃO E INFORMAÇÃO PÚBLICA Colaborar na divulgação de avisos (ex.: porta-a-porta) e na informação pública às populações (ex.: usando os seus canaise redes de proximidade, incluindo asredes sociais); Conceber e realizar ações de sensibilização e informação direcionadas para grupos etários específicos (ex.: jovens e idosos) ou para áreas geográficas mais vulneráveis, numa lógica de educaçãoparaorisco e para aautoproteção; Sinalizar e divulgar informação acerca de rotas de evacuação e pontos de concentração. AO NÍVEL DA PREPARAÇÃO Apoiar o SMPC na elaboração ou revisão do Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil Estabelecer redes de parcerias com atores locais Promover a criação e organização de grupos de voluntários locais, Apoiar os dispositivos municipais de caráter preventivo Apoiar a realização e participar em exercícios e simulacros, envolvendo as comunidades locais; Ministrar formação específica às comunidades locais Fomentar o voluntariado em proteção civil. 4
5 Colocar em prontidão e, se necessário, pré-posicionar a maquinaria e equipamentos existentes na Junta de Freguesia para apoio às operações, em complemento aos dispositivos municipais; Potenciar a colaboração solidária e espontânea; Disponibilizar elementos para ações de avaliação e reconhecimento de danos Criar pontos de concentração de feridos e de população ilesa e colaborar na assistência e registo das populações evacuadas; Colaborar na distribuição de alimentação e água potável à população e às forças de proteção e socorro; Apoiar a realização de ações de apoio psicossocial às vítimas e seus familiares; Apoiar ações de evacuação e regresso das populações e colocar meios próprios à disposição da evacuação das populações com necessidades especiais; Sinalizar e divulgar informação acerca de vias encerradas e inerentes alternativas de circulação; Coordenar postos locais de recenseamento de voluntários para atuação imediata de emergência; Promover ações destinadas à obtenção, recolha, armazenamento e distribuição de dádivas/donativos; Auxiliar na realização de demolições de emergência e de estabilização/reparação das infraestruturas afetadas pela ocorrência; Participar nas missões de proteção e socorro, devidamente enquadradas no SIOPS. De notar que estas ações deverão ser adaptadas DIMENSÃO CARACTERÍSTICAS FRAGILIDADES POTENCIALIDADES a cada freguesia em concreto. 6 Boaspráticas ao nível dasfre freguesias AVALIAÇÃO DE RISCOS E VULNERABILIDADES medidas destinadas a prevenir e mitigar os riscos identificados SENSIBILIZAÇÃO E INFORMAÇÃO PÚBLICA identificação dos riscos existentes e dos respetivos elementos expostos PREVENÇÃO E GESTÃO DE RISCOS ações destinadas a informar a população sobre os riscos existentes e a conduta de autoproteção mais adequada 5
6 PREVENÇÃO ESTRUTURAL Avaliação do risco de incêndio florestal (identificação de áreas com crescente aumento da massa combustível ou com incúria no tratamento dos sobrantes); Criação de faixas de gestão de combustível e de mosaicos de parcelas de gestão decombustíveis; Limpeza de vegetação junto às estradas e arranjo decaminhos; Manutenção da rede viária rural; Existência de kits de prevenção e combate a incêndios florestais, estruturados como meio complementar aos dispositivos municipais; Colocação em prontidão de máquinas e equipamentos existentes na Junta de Freguesia para apoio às operações de combate a incêndios florestais; Pré-posicionamento de recursos de combate a incêndios florestais(ex (ex.: mangueiras, pequenos depósitos de água, ferramentas manuais); Vigilância de incêndios florestais e mobilização de populares para primeiraintervenção; Divulgação do índice de risco de incêndio e sensibilização para um adequado uso do fogo (em particular face às condicionantes legais inerentes ao período crítico de incêndios florestais); Ações de sensibilização sobre a Defesa da Floresta Contra Incêndios OUTROS RISCOS ESPECIFICOS Situações Meteorológicas Adversas articulação com os SMPC aquando da previsão de tais situações Cheias e inundações -ampla divulgação e sensibilização para o risco hidrológico (em especial no início do ano hidrológico); Colapso de cavidades subterrâneas identificação e avaliação de situações de risco criadas por galerias e cavidades artificiais (ex.: fruto da exploração mineira). BOAS PRÁTICAS DE ÂMBITO GERAL Apoio à elaboração do Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil, Elaboração de Planos de Emergência aquando da realização de eventos ao nível da freguesia; Acompanhamento de ocorrências de forma proactiva, de modo a antecipar consequências gravosas para a população; Realização de ações de sensibilização destinadas aos alunos do 1º ciclo. Distribuição de avisos à população com informação de medidas preventivas 7 Criação de Unidade Local de Proteção Civil 6
7 CONSTITUIÇÃO pessoas fortemente motivadas residentes na freguesia ou conhecedora doseu território. número restrito de elementos (entre 3 e 10), assegurando uma caráter intergeracional e natureza multidisciplinar (diferentes formações de base e/ou conhecimentos adquiridos). requisitos prévios (ex.: maioridade de idade, idoneidade inquestionável, robustez física e psicológica para o exercício de voluntariado de proteção civil). CARATERÍSTICAS A participação de voluntários será realizada a título gratuito, não configurando qualquer relação de caráter laboral. Nos termos da LBPC, as ULPC são dirigidas pelo Presidente da Junta defreguesia. As ULPC poderão também apresentar um coordenador, de natureza mais operativa edinamizadora. COMPETÊNCIAS Promover a proteção e socorro das populações, dos bens e do património no território dafreguesia; Prevenir riscos coletivos e a ocorrência de acidentes graves ou catástrofes deles resultantes; Analisar permanentemente as vulnerabilidades locais perante situações de risco; Desenvolver programas de prevenção e apoiar a elaboração de planos de emergência de proteção civil; COMPETÊNCIAS Criar mecanismos de articulação e colaboração com entidades públicas eprivadas que concorrem para a proteção civil; Fomentar o voluntariado em proteção civil na área dafreguesia; Auxiliarnos mecanismos demonitorização, sinalização, alerta e aviso; Apoiar a prestação de socorro e a assistência de pessoas em perigo, bem como a proteção de bens e valores culturais, ambientais e de elevado interesse público; Apoiar a prestação de apoio às populações afetadas e/ou evacuadas, em termos de alimentação e alojamento deemergência; COMPETÊNCIAS Apoiar a reposição da normalidade nas áreas da freguesia afetadas por acidentes graves oucatástrofes; Colaborar na elaboração e execução de exercícios esimulacros; Promover ações de sensibilização e de informação das populações no domínio da proteção civileda autoproteção face a riscos; Inventariar e atualizar permanentemente os registos dos meios e recursos de proteção civil existentes na freguesia. FIM 7
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