Advogados Municipais e o seu Papel no Período Eleitoral
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- Maria dos Santos Branco Neiva
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1 Advogados Municipais e o seu Papel no Período Eleitoral O Envolvimento da Administração Municipal nas Eleições Nome: 1
2 A Unipública Conceituada Escola de Gestão Municipal do sul do país, especializada em capacitação e treinamento de agentes públicos atuantes em áreas técnicas e administrativas de prefeituras, câmaras e órgãos da administração indireta, como fundos, consórcios, institutos, fundações e empresas estatais nos municípios. Os Cursos Com diversos formatos de cursos técnicos presenciais e à distância (e-learning/online), a escola investe na qualidade e seriedade, garantindo aos alunos: - Temas e assuntos relevantes e atualizados ao poder público - Professores especializados e atuantes na área (Prática) - Certificados de Participação digitalizado - Material complementar de apoio (leis, jurisprudências, etc) - Tira-dúvidas durante realização do curso - Controle biométrico de presença (impressão digital) - Atendimento personalizado e simpático - Rigor no cumprimento de horários e programações - Fotografias individuais digitalizadas - Apostilas e material de apoio - Coffee Breaks em todos os períodos -Acesso ao AVA (Ambiente Virtual do Aluno)para impressão de certificado, grade do curso, currículo completo dos professores, apostila digitalizada, material complementar de apoio de acordo com os temas propostos nos cursos, chat entre alunos e contato com a escola. Público Alvo - Servidores e agentes públicos (secretários, diretores, contadores, advogados, controladores internos, assessores, atuantes na área de licitação, recursos humanos, tributação, saúde, assistência social e demais departamentos). - Autoridades Públicas, Vereança e Prefeitos (a) Localização Nossa sede está localizada em local privilegiado da capital do Paraná, próximo ao Calçadão da XV, na Rua Des. Clotário Portugal nº 39, com estrutura própria apropriada para realização de vários cursos simultaneamente. Feedback Todos os cursos passam por uma avaliação criteriosa pelos próprios alunos, alcançando índice médio de satisfação 9,3 no ano de 2014, graças ao respeito e responsabilidade empregada ao trabalho. 2
3 Transparência Embora não possua natureza jurídica pública, a Unipública aplica o princípio da transparência de seus atos mantendo em sua página eletrônica um espaço específico para esse fim, onde disponibiliza além de fotos, depoimentos, notas de avaliação dos alunos e todas as certidões de caráter fiscal, técnica e jurídica. Qualidade Tendo como principal objetivo contribuir com o aperfeiçoamento e avanço dos serviços públicos, a Unipública investe no preparo de sua equipe de colaboradores e com rigoroso critério, define seu corpo docente. Missão Preparar os servidores e agentes, repassando-lhes informações e ensinamentos gerais e específicos sobre suas respectivas áreas de atuação e contribuir com: a) a promoção da eficiência e eficácia dos serviços públicos b) o combate às irregularidades técnicas, evitando prejuízos e responsabilizações tanto para a população quanto para os agentes públicos c) o progresso da gestão pública enfatizando o respeito ao cidadão Visão Ser a melhor referência do segmento, sempre atuando com credibilidade e seriedade proporcionando satisfação aos seus alunos, cidadãos e entidades públicas. Valores Reputação ilibada Seriedade na atuação Respeito aos alunos e à equipe de trabalho Qualidade de seus produtos Modernização tecnológica de metodologia de ensino Garantia de aprendizagem Ética profissional SEJA BEM VINDO, BOM CURSO! Telefone (41) / Whats (41)
4 Programação: O Envolvimento da Administração Municipal nas Eleições 1 Incidência da Legislação Local no Período Eleitoral: 1.1 Higiene Pública 1.2 Estética Urbana 1.3 Sossego Público 1.4 Meio ambiente 1.5 Trânsito 1.6 Estatuto de Servidores 2 Poder de Polícia: 2.1 Fiscalização 2.2 Coerção 2.3 Aplicação de penalidades 3 Condutas Vedadas na Administração Pública no Ano Eleitoral 3.1 Gestão de Pessoal 3.2 Bens públicos 3.3 Publicidade 3.4 Concessão de benefícios 4 Expedição de Instruções pelos Advogados Municipais 4.1 Órgãos e funções a serem orientadas 4.2 Orientações necessárias 4.3 Minutas modelo Professores: Jonias de O. e Silva: Advogado e Consultor - Especialista em Administração Pública e Direito Constitucional. 4
5 O ENVOLVIMENTO DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL NAS ELEIÇÕES Jonias de O. e Silva 01 Incidência da Legislação Local e Poder de Polícia Há três espécies de propaganda que, juntas, formam o gênero propaganda política: - propaganda partidária - propaganda intrapartidária - propaganda eleitoral A propaganda eleitoral é a realizada por candidatos, partidos políticos e coligações para divulgar plataformas eleitorais e candidatos, sempre em língua nacional, com o específico objetivo de obter o voto do eleitor e influenciar no pleito. Para a promoção da democracia, fortalecimento dos partidos, o bom desempenho dos pleitos e liberdade dos candidatos, o legislador impõe inúmeras regras, as quais, desobedecidas, podem gerar multas, impedimentos, cassações e até penalidades criminais. Para tanto, o Código Eleitoral (Lei nº 4.737/65) adverte a que: Art O direito de propaganda não importa restrição ao poder de polícia quando êste deva ser exercido em benefício da ordem pública. E a Lei Eleitoral (9.504/97) também especifica: 5
6 Art. 41. A propaganda exercida nos termos da legislação eleitoral não poderá ser objeto de multa nem cerceada sob alegação do exercício do poder de polícia ou de violação de postura municipal, casos em que se deve proceder na forma prevista no art o O poder de polícia sobre a propaganda eleitoral será exercido pelos juízes eleitorais e pelos juízes designados pelos Tribunais Regionais Eleitorais. 2 o O poder de polícia se restringe às providências necessárias para inibir práticas ilegais, vedada a censura prévia sobre o teor dos programas a serem exibidos na televisão, no rádio ou na internet. E como se pode constatar acima, a legislação afirma que: O poder de polícia sobre a propaganda eleitoral será exercido pelos juízes eleitorais e pelos juízes designados pelos Tribunais Regionais Eleitorais. (Art. 41, 1º, da Lei 9.504/97) Entretanto, é comum encontrar na jurisprudência eleitoral, discussões acerca de regulamentação local sobre questões ligadas às eleições oficiais para cargos eletivos dos Poderes Executivo e Legislativo nos Municípios. É que os atos de campanha poderão afetar: - Higiene Pública - Estética Urbana - Sossego Público - Meio ambiente - Trânsito - Estatuto de Servidores E o Município, que possui o Poder de Polícia para manter a ordem e o bem comum, vez ou outra toma providências para coibir certas práticas durante o pleito. Segundo o saudoso mestre Hely Lopes Meirelles: Poder de Polícia é a faculdade de que dispõe a administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado. In -Direito Municipal, Malheiros, 15ª edição, 2006, pág. 469 Para a realização de seu Poder de Polícia, a Administração Pública (Executivo) deverá estar embasada em legítimo regulamento, fiscalizar e aplicar penalidades, possuindo inclusive certa força coercitiva. Por isto, necessária se faz a análise sobre esse ponto, para orientação e tomada de decisões. Pois bem! A Constituição Federal assevera o seguinte: Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 6
7 I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho... Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público; II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência; VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.... Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:... Art. 30. Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber Assim, encontramos na Constituição Federal a assertiva de que a legislação eleitoral é de competência da União Federal, enquanto que a manutenção da ordem local, criando regras próprias ou complementando a legislação superior. Razão pela qual, surgiram e continuarão surgindo indagações sobre como a Administração Municipal deverá agir para a manutenção da ordem pública local. Por algum tempo, o Judiciário repeliu a atuação do Município na fiscalização da propaganda eleitoral, alegando que a competência era exclusiva (privativa) da Justiça eleitoral, por ordem legal. Entendia-se que, pelo fato da competência legislativa da União nessa área, o Poder de Polícia seria unicamente desta. Todavia, o TSE tem pacificado entendimento no sentido de que, a princípio, esta de fato é a regra. Porém, em algumas situações peculiares, pode-se aplicar o Poder de Polícia Municipal também, desde que exista legislação local e que esta não ultrapasse os parâmetros delineados pelo regramento e princípios eleitorais. Inclusive, o TSE tem aplicado o art. 243, inciso VIII, do Código Eleitoral (Lei 4.737/65), que assevera: Art Não será tolerada propaganda:... 7
8 VIII - que prejudique a higiene e a estética urbana ou contravenha a posturas municiais ou a outra qualquer restrição de direito Vejamos um julgamento recente do TSE: ELEIÇÕES Agravo regimental em recurso especial eleitoral. Representação por propaganda eleitoral de dimensões superiores ao legalmente permitido. Limites da legislação municipal: prevalência sobre a norma eleitoral. Art. 243, inc. VIII, do Código Eleitoral. Precedentes. Agravo regimental ao qual se nega provimento. In- Ac. do TSE no Agravo Regimental em Recurso Especial Eleitoral nº 35134, de 17/02/2011, Rel. Min. Carmen Lúcia Antunes Rocha, publicado no DJE de 07/04/2011. Na verdade, está-se diante de um conflito de normas, resolvendo-se pelo princípio da hierarquia das leis: Vale a norma superior, tornando-se a inferir inconstitucional. No entendimento atual de alguns Tribunais, só poderá ser aplicada a Legislação Local nos casos de extrapolação dos limites da propaganda, onde não esteja previsto pela Legislação Superior e, mesmo assim, apenas a Justiça Eleitoral possui Poder de Polícia sobre esse tema. Vejamos um julgado do TRE/MG: O poder de polícia sobre a propaganda eleitoral será exercido pelos juízes eleitorais e pelos juízes designados pelos Tribunais Regionais Eleitorais. É quanto basta para constatar que os órgãos de fiscalização municipal não podem intervir no controle da propaganda eleitoral, quer porque não lhes seja atribuído poder de polícia para coibir irregularidades eleitorais, quer porque, neste pleito de 2010, a violação de postura municipal não pode servir de substrato para o cerceamento à propaganda. Vale dizer: o controle da atividade da propaganda eleitoral é exclusivo desta Justiça Especializada, a quem competiria, se o caso, fazer cessar a suposta irregularidade, ainda que alicerçada em inobservância à Lei Municipal. Deparando com supostas transgressões na propaganda, cabe ao agente fiscalizador municipal noticiar o fato ao Juízo Eleitoral de Pirapora, a fim de que por este sejam tomadas as medidas necessárias para o exercício do poder de polícia eventualmente cabível... CONCLUSÃO Ante todo o exposto, CONCEDO a medida liminar, para suspender os efeitos dos auto de infração expedido e assegurar a utilização de carro de som pelo impetrante, que se submete exclusivamente ao controle da Justiça Estadual. In TREMG Processo MS MG Relatora ÁUREA MARIA BRASIL SANTOS PEREZ Julgamento 17/09/2010 Publicação DJEMG - Diário de Justiça Eletrônico-TREMG, Tomo 174, Data 21/09/2010, Página 6 Resumindo: 1º - A propaganda regular não poderá ser cerceada sob alegação de violação de postura municipal. 8
9 2º - o Poder de Polícia sobre a propaganda política é da Justiça Eleitoral. 3º - em caso de risco ou dano à ordem pública, pela desobediência de regra de postura urbana, a legislação local poderá ser aplicada. 4º - mas a aplicação sempre será da Justiça Eleitoral. Destarte, conforme visto, em caso de incidência da legislação local, relativamente à quebra da postura urbana com propaganda eleitoral, o Executivo deverá REPRESENTAR junto à Justiça Eleitoral, solicitando providências. E o Judiciário, competente para aplicação do Poder de Polícia no controle da propaganda eleitoral, deverá tomar as providências necessárias a coibir e restabelecer a ordem, aplicando-se concomitantemente: a) a base jurídica do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/65) b) a Lei Eleitoral (9.504/97); c) as Instruções da Justiça Eleitoral (em 2016 será a Resolução nº do TSE); e ainda d) a Legislação local. 02 Expedição de Instruções pelos Advogados Municipais Bom Estudo! Parabéns por estudar! Agora você faz parte da classe capacitada, que contribui para o progresso nos serviços públicos, obrigado por escolher a Unipública! 9
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