RESOLUÇÃO Nº 111/2006-CEPE

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1 RESOLUÇÃO Nº 111/2006-CEPE Aprova o Regulamento da Residência Médica da Unioeste. Considerando o contido no Processo CR nº /2006, de 07 de abril de 2006, O CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO DELIBEROU E O REITOR, NO USO DE SUAS ATRIBUIÇÕES ESTATUTÁRIAS E REGIMENTAIS, SANCIONA A SEGUINTE RESOLUÇÃO: Art. 1º Fica aprovado o Regulamento da Residência Médica da Unioeste, conforme Anexo I desta Resolução. Art. 2º Esta Resolução entra em vigor nesta data, ficando revogada a Resolução nº 150/2003-CEPE. Dê-se ciência. Cumpra-se. Cascavel, 22 de junho de ALCIBIADES LUIZ ORLANDO Reitor

2 ANEXO I RESOLUÇÃO Nº 111/2006-CEPE REGULAMENTO DA RESIDÊNCIA MÉDICA DA UNIOESTE CAPÍTULO I DAS FINALIDADES Art. 1º A Residência Médica constitui modalidade de ensino de pós-graduação destinada a médicos, sob a forma de curso de especialização, caracterizada por treinamento em serviço. Parágrafo único. A Residência Médica é desenvolvida no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) e em outras instituições de saúde conveniadas, sob a responsabilidade dos médicos docentes da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), do Corpo Clínico do HUOP e de profissionais da área de saúde de serviços conveniados. Art. 2º A Residência Médica da Unioeste atende as resoluções da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). CAPÍTULO II DOS PROGRAMAS Art. 3º Os Programas de Residência Médica da Unioeste são planejados, coordenados e supervisionados pela Comissão de Residência Médica(Coreme), nos termos da legislação em vigor e dos regulamentos internos. Art. 4º As propostas de credenciamento dos Programas de Residência Médica e de aumento do número de vagas são encaminhados pela Coreme ao Conselho do Centro de Ciências Médicas e Farmacêuticas (CCMF), ao Conselho de Campus e à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) para apreciação. 1º Após apreciação das instâncias mencionadas no caput, as propostas são enviadas pela PRPPG aos Conselhos Superiores para aprovação. 2º Após aprovação dos Conselhos Superiores, as propostas são enviadas pela Coreme à (CNRM), obedecendo à sistemática de credenciamento. Art. 5º Durante a vigência do credenciamento, os Programas de Residência Médica somente são alterados com aprovação da Coreme e do CCMF e encaminhados à PRPPG. Art. 6º Os Programas de Residência Médica são coordenados por médicos docentes efetivos da Residência Médica da Unioeste.

3 2 Art. 7º Os Programas de Residência Médica têm duração, carga horária e distribuição de atividades em conformidade com as normas da CNRM. Parágrafo único. Os Programas são realizados em regime especial de sessenta horas semanais, totalizando uma carga horária mínima anual de duas mil oitocentas horas de atividades e máxima de três mil duzentas horas. Art. 8º Podem ser criados Programas para terceiro e quarto anos de Residência Médica, para cada área, conforme exigências definidas pela CNRM. 1º As propostas são aprovadas pela Coreme, Conselho do CCMF, Conselho de Campus e Conselhos Superiores. 2º De acordo com cada ano utiliza-se a simbologia R1, R2, R3 e R4 para designar os médicos residentes. CAPÍTULO III DA COORDENAÇÃO Art. 9º A Coordenação da Residência Médica da Unioeste é exercida por um Coordenador Geral escolhido pelos docentes da Residência Médica e pelos médicos residentes regularmente matriculados, sendo nomeado pelo Reitor para mandato de dois anos, permitida uma recondução. 1º O Coordenador conta com um suplente e são escolhidos em uma mesma chapa. 2º O Coordenador e o suplente são médicos docentes efetivos da Unioeste. 3º O Edital para escolha do Coordenador e do suplente é expedido pela Direção do CCMF. 4º Nas suas ausências e impedimentos legais o Coordenador é substituído pelo suplente. 5º Nos impedimentos legais simultâneos do Coordenador e do suplente, a Coreme indica o substituto, dentre os seus membros. 6º Na hipótese de vacância do cargo de Coordenador, o suplente assume para complementação do mandato. 7º Na hipótese de vacância simultânea do Coordenador e do suplente, assume o docente da Residência Médica mais antigo no

4 3 magistério na instituição, sendo que no prazo de sessenta dias a Direção do CCMF convoca nova consulta para escolha do Coordenador. 8º O Coordenador Geral, simbologia FG-01, conta com uma carga horária de vinte horas semanais. 9º A Coordenação Geral conta com um servidor técnicoadministrativo, na função de Assistente, simbologia FG-05, para atender a Residência Médica. Art. 10. Cada Programa tem um Coordenador, médico docente efetivo, indicado pela Coreme entre os membros da Residência Médica, sendo designado pelo Reitor para mandato de dois anos, permitida uma recondução. Parágrafo único. O Coordenador de Programa conta com uma carga horária de doze horas semanais. Art. 11. Ao Coordenador Geral da Residência Médica compete: I - II - presidir a Coreme; convocar e coordenar as reuniões da Coreme; III - representar junto às Comissões Estadual e Nacional de Residência Médica; IV - V - VI - representar junto às instâncias da Unioeste; coordenar as atividades da Residência Médica; zelar pelo cumprimento deste Regulamento. Art. 12. Ao Coordenador de Programa de Residência Médica compete: I - II - integrar a Coreme; coordenar a execução dos Programas; III - assessorar os médicos residentes interessando-se pelo aproveitamento de cada um; IV - participar da programação e supervisão de reuniões, seminários e demais atividades do Programa; V - estabelecer, juntamente com o médico residente, o período de férias;

5 4 VI - encaminhar, por escrito, às instâncias competentes as opiniões e avaliações emitidas pelos médicos residentes sobre os Programas; VII - comparecer às reuniões da Coreme e, em caso de falta, apresentar justificativa ao Coordenador Geral, bem como, indicar um representante do Programa; VIII - responsabilizar-se pelo processo de avaliação dos médicos residentes, em conformidade com o estabelecido nos respectivos programas; IX - encaminhar as avaliações dos médicos residentes até a data prevista pela Coreme; X - encaminhar a Coreme, obrigatoriamente, o programa da Residência Médica com antecedência mínima de trinta dias do início das atividades. CAPÍTULO IV DA COMISSÃO DE RESIDÊNCIA MÉDICA Art. 13. A Coreme está vinculada pedagogicamente à Direção do CCMF e administrativa e financeiramente à Direção Geral do HUOP. Art. 14. A Coreme é composta pelos seguintes membros: I - II - Coordenador Geral, como presidente; Diretor Clínico do HUOP; III - Coordenador do Curso de Medicina; IV - V - VI - Coordenadores dos Programas de Residência Médica; representante da Direção do HUOP; representante da Direção Geral do Campus de Cascavel; VII - representante dos médicos residentes. natos. 1º Os titulares mencionados nos incisos I a IV são membros 2º O mencionado no inciso VII é indicado pelos médicos residentes, para mandato de um ano, permitida uma recondução. Art. 15. À Coreme compete: I - manter os entendimentos com as Comissões Estadual e Nacional de Residência Médica;

6 5 II - supervisionar os Programas de Residência Médica; III - estabelecer, anualmente, o cronograma para seleção dos médicos residentes aos Programas de Residência Médica; IV - V - seguinte; selecionar os candidatos conforme resoluções da CNRM; decidir o número de vagas pretendidas para o ano VI - aplicar as sanções disciplinares aos médicos residentes; VII - estimular o credenciamento de novos Programas de Residência Médica junto à CNRM; VIII - manter arquivo de dados de interesse acadêmico e disciplinar, para cada médico residente; IX - elaborar proposta orçamentária da Residência Médica; X - encaminhar aos seus membros o programa da Residência Médica, bem como, suas alterações e demais atividades; XI - zelar pelo cumprimento deste Regulamento e demais normas legais vigentes. Art. 16. A Coreme reúne-se, em sessão ordinária, mensalmente, mediante convocação do Coordenador Geral e, extraordinariamente, quando convocada pelo mesmo ou por requerimento da maioria simples de seus membros. CAPÍTULO V DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ Art. 17. À Direção Geral do HUOP compete: I - apreciar e emitir parecer sobre a proposta orçamentária da Residência Médica; II - acompanhar os Programas de Residência Médica e as atividades dos médicos residentes; III - encaminhar à Coreme as sugestões e reclamações referentes aos Programas de Residência Médica; IV - fornecer materiais, serviços e equipamentos para os Programas de Residência Médica, nos limites orçamentários do HUOP;

7 6 V - zelar pelo cumprimento deste Regulamento e demais normas legais vigentes. CAPÍTULO VI DOS MÉDICOS RESIDENTES Art. 18. Os médicos residentes são selecionados para os Programas de Residência Médica por meio de Edital, que obedece aos regulamentos internos e a legislação em vigor. Art. 19. Os médicos residentes dedicam-se aos Programas de Residência Médica na forma e condições estabelecidas neste Regulamento. Art. 20. Os médicos residentes que ingressarem nos Programas de Residência Médica devem possuir, até sessenta dias após o início dos Programas, inscrição definitiva no Conselho Regional de Medicina do Estado do Paraná, gozando dos direitos e prerrogativas relativos ao exercício da profissão de médico. Parágrafo único. A falta da inscrição mencionada no caput deste artigo implica o desligamento automático das atividades do médico residente. CAPÍTULO VII DOS DIREITOS E DEVERES Art. 21. São direitos dos médicos residentes: I - II - bolsa de estudo, conforme legislação em vigor; alimentação gratuita no HUOP; III - condições de descanso e conforto no HUOP; IV - V - um dia de repouso semanal; férias anuais de trinta dias; VI - liberação para participação em congressos científicos da área, desde que autorizado pelo Coordenador de Programa da Residência Médica; VII - recurso a Coreme quando da aplicação de sanções disciplinares. Art. 22. A partir do oitavo mês de gestação, ou no caso de parto antecipado, é assegurada à médica residente solicitação de licença, pelo prazo máximo de quatro meses, sem prejuízo de percepção da bolsa de estudo.

8 7 1º O período da bolsa da médica residente deve ser prorrogado por igual período para completar a carga horária total de atividades previstas para o Programa, a fim de obter o certificado de Residência Médica, de acordo com os regulamentos internos e legislação em vigor. 2º O Coordenador de Programa de Residência Médica, com aprovação da Coreme, deve adequar as atividades a fim de permitir à médica residente, quando do término da licença gestante, imediata readmissão ao Programa. Art. 23. São deveres dos médicos residentes: I - seguir os preceitos éticos no trabalho com os pacientes, familiares e equipe multiprofissional; II - cumprir rigorosamente a carga horária prevista e as demais atividades do Programa de Residência Médica; III - cumprir este Regulamento, as normas do HUOP, as demais regulamentações internas e a legislação em vigor. CAPÍTULO VIII DO REGIME DISCIPLINAR Art. 24. O regime disciplinar a que estão sujeitos os médicos residentes prevê as seguintes sanções: I - advertência verbal, nos casos de indisciplina, insubordinação ou desídia, desde que reconhecida sua mínima gravidade; II - advertência escrita, nos casos de reincidência ou nas hipóteses mencionadas no inciso anterior, desde que reconhecida sua média gravidade; III - suspensão, nos casos de reincidência de falta já punida com advertência escrita e todas as vezes que a transgressão disciplinar se revestir de maior gravidade; IV - desligamento, nos casos em que for demonstrado ter o médico residente praticado falta considerada grave. Art. 25. A competência para aplicação das sanções disciplinares cabe: I - ao Coordenador de Programa, nos casos previstos no inciso I do artigo anterior;

9 8 II - ao Coordenador Geral da Residência Médica, nos casos previstos no inciso II do artigo anterior; III - à Coreme, nos casos previstos nos incisos III e IV do artigo anterior. Parágrafo único. A aplicação das sanções de advertência, devidamente justificada, deve ser comunicada à Coreme no prazo de dez dias, a fim de ser registrada no arquivo do médico residente. Art. 26. As transgressões disciplinares que impliquem em sanções de suspensão ou desligamento são comunicadas pelo Coordenador Geral, ouvido o Coordenador do Programa, à Coreme, que providencia a instauração de processo para apurar as possíveis irregularidades. 1º Iniciado o processo, na forma do caput, o Coordenador Geral abre prazo de cinco dias para defesa do médico residente, designando, em seguida, um dos Coordenadores de Programa para relatar o processo. 2º Durante o transcorrer do processo, até sua conclusão, o médico residente fica suspenso de suas atividades no Programa. defesa. 3º É assegurado ao médico residente o direito a ampla 4º Ao médico residente é concedido vistas ao processo, em qualquer uma de suas fases. 5º Quando o parecer do Relator for: I - pela suspensão de até trinta dias, o processo deve ser analisado pela Coreme; II - pela suspensão superior a trinta dias ou pelo desligamento, a Coreme solicita ao Reitor instauração de Comissão de Sindicância para analisar o processo; III - pela não suspensão ou não desligamento, o Relator deve indicar a medida a ser tomada. 6º O relatório final da Comissão de Sindicância deve ser encaminhado ao Reitor. Art. 27. As denúncias de transgressões aos regulamentos internos e à legislação em vigor são analisadas pela Coreme e encaminhadas às instâncias competentes para as providências cabíveis.

10 9 Art. 28. Na ocorrência da aplicação de qualquer sanção disciplinar pode o interessado interpor, no prazo de cinco dias, pedido de reconsideração. CAPÍTULO IX DA AVALIAÇÃO E EXPEDIÇÃO DE CERTIFICADOS Art. 29. No decorrer dos Programas de Residência Médica, os médicos residentes são avaliados em conformidade com as normas e regulamentos da Coreme e da CNRM, devendo os Coordenadores de cada Programa encaminhar as avaliações à Coreme, para os devidos registros. Art. 30. Até o final da primeira quinzena de janeiro de cada ano os Coordenadores dos Programas de Residência Médica encaminham à Coreme o resultado das avaliações dos médicos residentes, para fins de promoção para o ano seguinte ou de expedição do certificado. 1º A nota anual para aprovação e progressão nos Programas é igual ou superior a setenta. 2º A promoção e a obtenção do certificado dependem do cumprimento integral da carga horária do Programa. 3º O não cumprimento do disposto nos parágrafos anteriores deste artigo é motivo de desligamento do médico residente do Programa. Art. 31. Aos médicos residentes que completam os Programas, com aproveitamento suficiente, é conferido o certificado de Residência Médica, de acordo com os regulamentos internos e legislação em vigor. 1º Os Programas de Residência Médica credenciados conferem títulos de especialistas aos médicos residentes neles habilitados, os quais constituem comprovante hábil para todos os fins legais. 2º O certificado é expedido pela PRPPG/DPGI e registrado na CNRM. CAPÍTULO X DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 32. Os casos omissos no presente Regulamento são resolvidos pela Coreme, com recursos aos Conselhos Superiores.