REGULAMENTO SOBRE O TRANSPORTE PÚBLICO DE ALUGUER EM VEÍCULOS AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROS TRANSPORTES EM TÁXI
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- Diogo Santarém Valgueiro
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1 REGULAMENTO SOBRE O TRANSPORTE PÚBLICO DE ALUGUER EM VEÍCULOS AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROS TRANSPORTES EM TÁXI Preâmbulo 1. A actividade respeitante ao transporte público de aluguer em veículos automóveis ligeiros de passageiros, ora designada por transporte de táxi, é agora regulada pelo Decreto-Lei nr.º 251/98, de 11 de Agosto, com as alterações que lhe foram introduzidas pela Lei nr.º 156/99, de 14 de Setembro e pela Lei 106/2001, de 31 de Agosto. Em conformidade com o que se estabelece no referido Decreto-Lei nrº.251/98, aos Municípios foram cometidas responsabilidades no que respeita ao acesso e organização do mercado. 2. Assim, através daquele diploma legal, foram colocados na esfera da competência das câmaras municipais, designadamente os seguintes poderes: licenciamento dos veículos, sujeitando, por isso, os transportes públicos de aluguer em veículos ligeiros de passageiros ( transportes em táxi) a licença a emitir pelas câmaras municipais; atribuição de licenças, por meio de concurso público; definição dos tipos de serviço; fixação dos regimes de estacionamento; fiscalização em matéria contra-ordenacional, etc. 3. Pelo presente Regulamento, estabelecem-se as normas jurídicas respeitantes à actividade em questão, fixando-se o contingente de táxis, os regimes de estacionamento ( fixo e condicionado ) com a consequente indicação dos locais de estacionamento. 4. Nestes termos, a Assembleia Municipal de Vizela, sob proposta da Câmara Municipal, aprova o seguinte: 1
2 CAPÍTULO I Disposições gerais Artigo 1º (Norma habilitante) O presente Regulamento é elaborado ao abrigo do disposto no artigo 53, nrº.2, alínea a) da Lei nr. 169/99, de 18 de Setembro, e em conformidade com o disposto no artigo 3º da Lei nrº.106/2001, de 31 de Agosto. Artigo 2º (Objecto) O presente Regulamento aplica-se aos transportes públicos de aluguer em veículos ligeiros de passageiros, como tal definidos pelo Decreto-Lei nr. 251/98, de 11 de Agosto, e legislação complementar, adiante designados por transportes em táxi. Artigo 3º (Definições ) Para efeitos do presente Regulamento, considera-se: a) táxi: - o veículo automóvel ligeiro de passageiros afecto ao transporte público, equipado com aparelho de medição de tempo e distância (taxímetro) e com distintivos próprios; b) transporte em táxi : o transporte efectuado por meio de veículo a que se refere a alínea anterior, ao serviço de uma só entidade, segundo itinerário da sua escolha e mediante retribuição; c) - transportadora em táxi: a empresa habilitada com alvará para o exercício da actividade de transporte em táxi. 2
3 CAPÍTULO II ACESSO À ACTIVIDADE Artigo 4º (Licenciamento da actividade) 1 - A actividade de transporte em táxi só pode ser exercida por sociedades comerciais ou cooperativas licenciadas pela Direcção Geral dos Transportes Terrestres, ou por empresário em nome individual no caso de se pretender explorar uma única licença. 2 - A licença para o exercício da actividade de transportes em táxi consubstancia-se num alvará, o qual é intransmissível e é emitido por um prazo não superior a cinco anos, renovável mediante comprovação de que se mantêm os requisitos de acesso à actividade. CAPÍTULO III ACESSO E ORGANIZAÇÃO DO MERCADO Secção I Artigo 5º (Veículos ) 1 No transporte em táxi, só podem ser utilizados veículos automóveis ligeiros de passageiros de matrícula nacional, com lotação não superior a nove lugares, incluindo o do condutor, equipados com taxímetro e conduzidos por motoristas habilitados com certificado de aptidão profissional. 2 As normas de identificação, o tipo de veículo, as condições de afixação de publicidade e outras características a que devem obedecer os táxis, são estabelecidas por portaria do membro do Governo responsável pela área dos transportes. 3
4 Artigo 6º ( Licenciamento dos veículos ) 1 Os veículos afectos ao transporte em táxi estão sujeitos a uma licença a emitir pela Câmara Municipal, nos termos do Capítulo IV do presente Regulamento. 2 - A licença emitida pela Câmara Municipal é comunicada pelo interessado à Direcção Geral dos Transportes Terrestres, para efeitos de averbamento no alvará. 3 - A licença do táxi e o alvará ou sua cópia certificada devem estar a bordo do veículo 4 - A transmissão ou transferência das licenças dos táxis, entre empresas devidamente habilitadas com alvará, deve ser previamente comunicada a esta Câmara Municipal. Secção II Artigo 7º ( Tipos de serviço ) Os serviços de transporte em táxi são prestados em função da distância percorrida e dos tempos de espera, ou: a) À hora, em função da duração do serviço; b) - a percurso, em função dos preços estabelecidos para determinados itinerários; c) a contrato, em função de acordo reduzido a escrito por prazo não inferior a trinta dias, onde constam obrigatoriamente o respectivo prazo, a identificação das partes e o preço acordado. Artigo 8º ( Regimes de estacionamento ) 1 - Na área do Município, são permitidos os seguintes regimes de estacionamento: a) Estacionamento condicionado nos locais constantes do anexo I; b) - estacionamento fixo nos locais constantes do anexo II. 4
5 2 - Precedendo audiência das organizações sócio-profissionais do sector, poderá a Câmara Municipal, no uso das suas competências próprias no domínio do ordenamento do trânsito, alterar os locais onde os veículos podem estacionar, quer no regime de estacionamento condicionado quer no regime de estacionamento fixo. Artigo 9º ( fixação de contingentes ) 1 O número de táxis em actividade no Município será estabelecido por um contingente fixado pela Câmara e abrangerá o conjunto das freguesias da área urbana da cidade bem como de cada uma das restantes freguesias. 2 - A fixação do contingente de táxis será feita com uma periodicidade não inferior a dois anos, mediante audiência prévia das entidades representativas do sector. 3 - Enquanto não se proceder à respectiva alteração, o contingente actual é constituído pelo somatório das lotações constantes do anexo II. Artigo 10º ( Regime de táxis para pessoas com mobilidade reduzida ) 1 - A Câmara Municipal poderá atribuir licenças de táxis para o transporte de pessoas com mobilidade reduzida, desde que devidamente adaptados, de acordo com as regras definidas por despacho do Director-Geral dos Transportes Terrestres. 2 - As licenças a que se refere o número anterior são atribuídas pela Câmara Municipal fora do contingente, sempre que a necessidade deste tipo de veículos não possa ser assegurada pela adaptação dos táxis existentes no Município. 3 - A atribuição de licença de táxis para transporte de pessoas com mobilidade reduzida fora do contingente, será feita por concurso, nos termos estabelecidos neste Regulamento. 5
6 CAPÍTULO IV ATRIBUIÇÃO DE LICENÇAS Artigo 11º (Atribuição de licenças) 1 A atribuição de licenças para o transporte em táxi é feita por concurso público aberto a sociedades comerciais ou cooperativas licenciadas pela Direcção Geral dos Transportes Terrestres, ou a empresários em nome individual no caso de pretenderem explorar uma única licença, que reúna os requisitos de acesso previstos na parte final do nrº.2 2 Podem também concorrer os trabalhadores por contra de outrem, bem como os membros de cooperativas licenciadas pela Direcção Geral dos Transportes Terrestres que preencham os requisitos de idoneidade técnica ou profissional e capacidade financeira de acesso à actividade. 3 No caso de a licença em concurso ser atribuída a uma das pessoas referidas nos números anteriores, esta dispõe de um prazo de 180 dias para efeitos de licenciamento para o exercício da actividade. 4 O concurso público é aberto por deliberação da Câmara Municipal, de onde constará também a aprovação do programa de concurso. Artigo 12º ( Abertura de concursos ) 1 - Será aberto concurso público por cada freguesia ou grupos de freguesias tendo em vista a atribuição da totalidade das licenças do contingente dessa freguesia ou grupos de freguesias ou apenas de parte delas para as vagas existentes tendo em vista a atribuição das respectivas licenças. Artigo 13º ( Publicitação do concurso) 1 - O concurso público inicia-se com a publicação de um anúncio na III Série do Diário da República. 2 - O concurso será publicitado, em simultâneo com aquela publicação, num jornal de circulação nacional ou num de circulação local ou regional, bem como por edital a afixar nos locais de estilo. 6
7 3 - O período para apresentação de candidaturas será, no mínimo, de 15 dias contados do dia seguinte ao da publicação no Diário da República. 4 - No período referido no número anterior, o programa de concurso estará exposto para consulta do público nas instalações da Câmara Municipal. Artigo 14º ( Programa de concurso ) 1 - O programa de concurso define os termos a que obedece o concurso e especificará, nomeadamente, o seguinte: a) Identificação do concurso b) O endereço do Município, com menção do horário de funcionamento c) - A data limite para a apresentação das candidaturas d) - Os requisitos mínimos de admissão ao concurso e) - A forma que deve revestir a apresentação das candidaturas, nomeadamente modelos de requerimento e declarações f) - Os documentos que acompanham obrigatoriamente as candidaturas g) - Os critérios que presidirão à ordenação dos candidatos e consequente atribuição de licenças. 2 - Da identificação do concurso, constarão expressamente: a área de serviço para que é aberto e o regime de estacionamento. Artigo 15 ( Requisitos de admissão ao concurso ) 1 - Todos os concorrentes deverão fazer prova de que se encontram em situação regularizada em relação a dívidas de impostos ao Estado e contribuições para a Segurança Social. 2 - Para efeitos do número anterior, consideram-se que têm a situação regularizada os contribuintes que preenchem os seguintes requisitos: a) Não sejam devedores perante a Fazenda Nacional de quaisquer impostos ou prestações tributárias e respectivos juros; b) estejam a proceder ao pagamento da dívida em prestações nas condições e termos autorizados; c) tenham reclamado, recorrido ou impugnado judicialmente aquelas dívidas, salvo se, pelo facto de não ter sido prestada garantia nos 7
8 termos do Código do Processo Tributário, não tiver sido suspensa a respectiva execução. 3 - No caso dos trabalhadores por conta de outrem, deverão, também, apresentar os seguintes documentos: a) certificado do registo criminal; b) certificado de capacidade profissional para o transporte em táxi; c) garantia bancária no valor mínimo exigido para a constituição de uma sociedade; 4. Sem prejuízo no disposto no número um do presente artigo, o programa de concurso poderá fixar outros requisitos mínimos de admissão ao concurso. 5. Para comprovação negativa das situações referidas no número anterior, os concorrentes devem apresentar declaração sob compromisso de honra, ficando, contudo, sujeitos à apresentação dos respectivos documentos para efeito de emissão da respectiva licença. Artigo 16º ( apresentação da candidatura ) 1 - As candidaturas serão apresentadas por mão própria ou pelo correio até ao termo do prazo fixado no anúncio do concurso, no serviço municipal por onde corra o processo. 2 - Quando entregues por mão própria, será passado, ao apresentante, recibo de todos os requerimentos, documentos e declarações entregues. 3 - As candidaturas que não sejam apresentadas até ao dia do prazo fixado, por forma a nesse dia darem entrada nos serviços municipais, serão consideradas excluídas Artigo 17º ( Das candidaturas ) A candidatura é feita mediante requerimento ao Presidente da Câmara, devendo ser acompanhada dos seguintes documentos: a) Documento comprovativo de que é titular do alvará emitido pela Direcção Geral dos Transportes Terrestres; b) - documento referido no número três do artigo 15 8
9 Artigo 18º ( Análise das candidaturas ) Findo o prazo a que se refere o número um do artigo 16, o serviço por onde corre o processo de concurso apresentará à Câmara Municipal, no prazo de 10 dias, um relatório fundamentado com a classificação ordenada dos candidatos para efeitos de atribuição da licença, de acordo com o critério de classificação fixado. Artigo 19º ( Critérios de atribuição de licenças ) 1 Na classificação dos concorrentes e na atribuição de licenças, serão tidos em consideração os seguintes critérios de preferência, por ordem decrescente: a) - Localização da sede social em freguesia da área do Município; b) número de postos de trabalho com carácter de permanência, afectos a cada viatura, referente aos dois anos anteriores ao do concurso; c) - localização da sede social em município contíguo; d) - número de anos de actividade no sector. e) - não ter sido contemplado com a atribuição de qualquer licença ou essa atribuição ter sido efectuada há mais tempo. 2 - A cada candidato, será concedida apenas uma licença em cada concurso, pelo que os candidatos deverão, na apresentação da candidatura, indicar as preferências das freguesias a que concorrem. Artigo 20º ( Atribuição da licença ) 1 - A Câmara Municipal, tendo presente o relatório apresentado, dará cumprimento ao artigo 100 e seguintes do Código do Procedimento Administrativo, dando aos candidatos o prazo de 15 dias para se pronunciarem sobre o assunto. 2 Recebidas as reclamações dos candidatos, serão as mesmas analisadas pelo Serviço que elaborou o relatório da classificação inicial, o qual apresentará à Câmara Municipal relatório final, devidamente fundamentado, para decisão definitiva sobre a atribuição de licença. 9
10 3 - Da licença deve constar a identificação do titular da licença; a freguesia ou área do Município, em cujo contingente se inclui a licença atribuída; o regime de estacionamento e o local de estacionamento, o prazo para o futuro titular de licença proceder ao licenciamento de veículos nos termos dos artigos sexto e vigésimo primeiro. Artigo 21º ( Emissão de licença ) 1 Para efeito de emissão de licença, o destinatário respectivo apresentará o veículo para verificação das condições constantes da Portaria nrº.277-a/99, de 15 de Abril. 2 - Após a vistoria ao veículo nos termos do número anterior, e nada havendo a assinalar, a licença é emitida pelo Presidente da Câmara Municipal, a pedido do interessado, devendo o requerimento ser acompanhado dos seguintes documentos, os quais serão devolvidos ao requerente após conferência: a) bilhete de identidade no caso de pessoas singulares; b) - livrete do veículo e título do registo de propriedade; c) - declaração do anterior titular da licença, com a assinatura reconhecida presencialmente, nos casos em que ocorra a transmissão da licença prevista no artigo 25 do presente Regulamento; d) - documentos para prova dos requisitos mencionados no artigo 15, nrº.2, alíneas a), b) e c). 3- Pela emissão da licença, é devida uma taxa no montante que vier a ser estabelecido no Regulamento de Taxas e Licenças do Município Por cada averbamento que não seja da responsabilidade do Município, é devida a taxa a prever no Regulamento de Taxas e Licenças antes mencionado. 4 - A Câmara Municipal devolverá ao requerente um duplicado do requerimento devidamente autenticado, o qual substitui a licença por um período máximo de trinta dias 6 - Os modelos das licenças e dos alvarás são os que constam do despacho de aprovação pela Direcção Geral dos Transportes Terrestres. Artigo 22º ( Caducidade da licença ) 1 - A licença do táxi caduca nos seguintes casos: a) - Quando não for iniciada a exploração no prazo fixado pela Câmara Municipal, o qual não pode ser inferior a 90 dias, sempre que não seja 10
11 renovado o alvará, e ainda sempre que haja abandono do exercício da actividade; b) quando a licença, mediante concurso, for atribuída a uma das pessoas a que se refere o artigo quarto nrº.2 do presente Regulamento, o direito à licença caduca se o licenciamento para o exercício da actividade não se efectuar no prazo de 180 dias. 2 - Para efeitos da segunda parte da alínea a), considera-se abandono do exercício da actividade sempre que, salvo caso fortuito ou de força maior ou resultante do exercício de cargos sociais ou políticos, os táxis não estejam à disposição do público durante 30 dias consecutivos ou 60 dias interpolados dentro do período de um ano. 3 - As licenças para a exploração da indústria de transportes de aluguer em veículos ligeiros de passageiros, emitidas ao abrigo do Regulamento em Transportes Automóveis ( RTA), aprovado pelo Decreto Lei de 31 de Dezembro de 1948, e suas posteriores alterações, caducam em 31 de Dezembro do ano em curso de 2002, devendo, durante esse período, ser substituídas pelas previstas no artigo sexto do presente Regulamento, desde que os seus titulares tenham obtido o alvará para o exercício da actividade de transportadores em táxi. 4 - Em caso de morte do empresário em nome individual, a actividade pode continuar a ser exercida por herdeiro legitimário ou cabeça-de-casal, provisoriamente, pelo período de um ano, durante o qual o herdeiro ou cabeçade-casal deve habilitar-se como transportador em táxi, ou transmitir a licença a uma sociedade ou cooperativa titular do alvará para o exercício da actividade de transportador em táxi. 5 - A falta superveniente dos requisitos de idoneidade, de capacidade profissional ou de capacidade financeira determina a caducidade do alvará para o exercício da actividade de transportador de táxi, se essa falta não for suprida no prazo de um ano a contar da sua ocorrência. Artigo 23º ( Prova de emissão e renovação de alvará) 1 - Os titulares de licenças emitidas pela Câmara Municipal devem fazer prova da renovação do alvará no prazo máximo de trinta dias. 2 - Caducada a licença, a Câmara Municipal determina a sua apreensão, a qual tem lugar na sequência de notificação ao respectivo titular. 11
12 Artigo 24º ( Substituição das licenças ) 1 As licenças a que se refere o nrº.dois do artigo 37 do D.L. 251/98, de 11 de Agosto, serão substituídas pelas licenças previstas no presente Regulamento até 31 de Dezembro de 2002, a requerimento dos interessados e desde que estes tenham obtido o alvará para o exercício da actividade de transportador em táxi. 2 Em caso de morte do titular da licença no decurso do prazo previsto no número anterior, a actividade pode continuar a ser exercida pelo cabeça-de-casal, provisoriamente, mediante substituição da licença pela Câmara Municipal, contando-se o prazo de caducidade a que se refere o artigo 22, nrº.3 do presente Regulamento, a partir da data do óbito. 3 O processo de licenciamento obedece ao estabelecido nos artigos sexto e 21º do presente Regulamento, com as necessárias adaptações. Artigo 25º ( Substituição das licenças ) 1 - Durante o período de três anos a que se refere o artigo 39 do decreto- Lei nr. 251/98, de 11 de Agosto, os titulares de licenças para exploração da indústria de transportes de aluguer em veículos ligeiros de passageiros podem proceder à sua transmissão exclusivamente para sociedades comerciais ou cooperativas com alvará para o exercício de transportador em táxi. 2 - Num prazo de quinze dias após a transmissão da licença, tem o interessado de proceder à substituição da licença, nos termos deste Regulamento. Artigo 26º ( Publicidade e divulgação da concessão da licença ) 1 - A Câmara Municipal dará imediata publicidade à concessão da licença, através de: a) Publicação de aviso em boletim municipal, quando exista, ou através de edital a afixar nos Paços do Município e nos lugares de costume; b) - publicação de aviso num dos jornais mais lidos na área do Município; 2 - A Câmara Municipal comunicará a concessão da licença e o teor desta às seguintes entidades: a) Guarda Nacional Republicana a nível concelhio; b) - Direcção Geral dos Transportes Terrestres; 12
13 c) - Direcção Geral de Viação; d) - organizações sócio- profissionais do sector. CAPITULO V CONDIÇÕES DE EXPLORAÇÃO DO SERVIÇO Artigo 27º ( Prestação obrigatória de serviços ) 1 - Os táxis devem estar à disposição do público de acordo com o regime de estacionamento que lhes for fixado, não podendo ser recusados os serviços solicitados em conformidade com a tipologia prevista no presente Regulamento, salvo o disposto no número seguinte. 2 - Podem ser recusados os seguintes serviços: a) Os que impliquem circulação em vias manifestamente intransitáveis pelo difícil acesso ou em locais que ofereçam notório perigo para a segurança do veículo, dos passageiros ou do motorista; b) - os que sejam solicitados por pessoas com comportamento suspeito de perigosidade. Artigo 28º ( Transporte de bagagens e animais ) 1 - O transporte de bagagens só pode ser recusado nos casos em que as suas características prejudiquem a conservação do veículo. 2 - É obrigatório o transporte de cães de guia de passageiros individuais e de cadeiras de rodas ou outros meios de marcha de pessoas com mobilidade reduzia, bem como de carrinhos e acessórios para o transporte de crianças. 3 - Não pode ser recusado o transporte de animais de companhia, desde que devidamente acompanhados e acondicionados, salvo motivo atendível designadamente a perigosidade, o estado de saúde ou de higiene. Artigo 29º ( Regime de preços ) Os transportes em táxi estão sujeitos ao regime de preços fixado em legislação especial. 13
14 Artigo 30º ( Taxímetros ) 1 - Os táxis devem estar equipados com taxímetros homologados e aferidos por entidade reconhecida para efeitos de controle metrológico dos aparelhos de medição de tempo e de distância. 2 - Os taxímetros devem estar colocados na metade superior do tablier ou em cima deste, em local bem visível pelos passageiros, não podendo ser aferidos os que não cumpram esta condição. Artigo 31º ( Motoristas de táxi ) 1 - No exercício da sua actividade, os táxis apenas poderão ser conduzidos por motoristas titulares de certificado de aptidão profissional. 2 - O certificado de aptidão profissional para exercício da profissão de motorista de táxi deve ser colocado no lado direito do tablier, de forma visível para os passageiros. Artigo 32º ( Deveres do motorista de táxi ) 1 - Os deveres do motorista de táxi são os estabelecidos no artigo quinto do Decreto-Lei nr. 263/98 de, 19 de Agosto. 2 - A violação dos deveres do motorista de táxi constitui contra- ordenação punível com coima, podendo ainda ser determinada a aplicação de sanções acessórias, nos termos do estabelecido nos artigos 11 e 12 do Decreto Lei nrº.263/98, de 19 de Agosto. 14
15 CAPÍTULO VI FISCALIZAÇÃO E REGIME SANCIONATÓRIO Artigo 33º ( Entidades fiscalizadoras ) São competentes para a fiscalização das normas constantes do presente Regulamento, a Direcção Geral dos Transportes Terrestres, a Câmara Municipal e a Guarda Nacional Republicana. Artigo 34º ( Contra ordenações ) 1 - O processo de contra-ordenação inicia-se oficiosamente mediante denúncia das autoridades fiscalizadoras ou denúncia particular. 2 - A tentativa e a negligência são puníveis. Artigo 35º ( Competência para a aplicação das coimas ) 1 - Sem prejuízo das competências atribuídas a outras entidades fiscalizadoras pela falta de cumprimento do estipulado nos artigos 27, 28, 29, no nrº.um do artigo 30 e no artigo 31, bem como das sanções acessórias previstas no artigo 33, do Decreto Lei nrº.251/98, de 11 de Agosto, constitui contra ordenação, a violação das seguintes normas do presente Regulamento, puníveis com coima de 149 euros a 448 euros: a) O incumprimento de qualquer dos regimes de estacionamento previstos nos anexos I e II; b) - a inobservância das normas de identificação e características dos táxis referidos no artigo quinto; c) a inexistência dos documentos a que se refere o número três do artigo sexto; d) - o incumprimento do disposto no artigo sétimo e vigésimo terceiro, números um e dois. 2 - O processamento das contra- ordenações previstas nas alíneas anteriores compete à Câmara Municipal e a aplicação das coimas é da competência do Presidente da Câmara Municipal. 15
16 3 - A Câmara Municipal comunica à Direcção Geral dos Transportes Terrestres as infracções cometidas e respectivas sanções. Artigo 36º ( Falta de apresentação de documentos ) A não apresentação da licença do táxi, do alvará ou da sua cópia certificada no acto de fiscalização, constitui contra ordenação e é punível com a coima prevista para a punição da infracção constante da alínea c) do número um do artigo anterior, salvo se o documento em falta for apresentado no prazo de oito dias à autoridade indicada pelo agente de fiscalização, caso em que a coima é de 49 euros a 249 euros. CAPÍTULO VII DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Artigo 37º ( Regime transitório ) 1 A colocação e aferição de taxímetros prevista no nr. 1 do artigo 30 deste Regulamento, de acordo com o estabelecido no artigo 42 do Decreto-Lei nr. 251/98, de 11 de Agosto e no artigo 6º da Portaria nr. 277-A/99, de 15 de Abril, deve ser efectuada dentro do prazo fixado na Portaria a que se refere o mencionado artigo O início da contagem de preços através de taxímetro terá início simultaneamente em todas as localidades do Município, dentro do prazo referido no número anterior e de acordo com a calendarização a fixar por despacho do Director-Geral dos Transportes terrestres 3 - O serviço a quilómetro, previsto no artigo 27 do Decreto nr , de 31 de Dezembro de 1948, mantém-se em vigor até que seja cumprido o estabelecido nos números anteriores. Artigo 38º ( Entrada em vigor ) O presente Regulamento entra em vigor trinta dias após a publicação do respectivo edital, nos termos da Lei. 16
17 Anexo I Contingente de Táxis e Regime de estacionamento FREGUESIAS LOCAL DE ESTACIONAMENT O REGIME DE ESTACIONAMENTO CONTIN GENTE Infias Cruzeiro Fixo um Tagilde Souto da Cruz Fixo um S. Paio Largo S. Gonçalo Fixo um 17
18 ANEXO II( ou...) REGIME DE ESTACIONAMENTO CONDICIONADO Freguesias Local de estacionamento Regime De Conting ente estacionamento Infias Cruzeiro Fixo um Tagilde Souto da Cruz Fixo um S. Paio de Vizela Largo S. Gonçalo Fixo um Sto Adrião Vizela Boavista Fixo um Sta Eulália Pousada Fixo um Sta Eulália Igreja Fixo um Sta Eulália Lamarão ( a) Condicionado(a) um Perímetro da cidade Perímetro da cidade Perímetro da cidade Perímetro da cidade Perímetro da cidade Observações Praça da República, centro de Saúde e Mercado ( b) Largo da Estação, Centro de Saúde e Mercado ( c ) Av. Bombeiros Voluntários, Centro de Saúde e Mercado(d) Porta do parque, Centro de Saúde e Mercado ( e ) Vilar, Centro de Saúde e Mercado ( f) Condicionado (b) Condicionado( c ) Condicionado( d ) Condicionado(e) Condicionado(f) Os táxis referidos nas alíneas a) b) c) d) e) e f) só podem estacionar em cada um dos locais referenciados em cada uma dessas alíneas. um um um um um 18
19 ANEXO II REGIME DE ESTACIONAMENTO FIXO E CONTINGENTE DE LUGARES FREGUESIAS LOCAL NR DE LUGARES DE ESTACIONAMENTO DO CONTINGENTE Infias Lugar do Cruzeiro 1 Tagilde Lugar de Souto da Cruz 1 S. Paio de Vizela Lugar de S. Gonçalo 1 Santo Adrião de Vizela Lugar da Boavista 1 Santa Eulália Lugar da Igreja Lugar de Pousada Lugar da Igreja Lugar do Lamarão S. Miguel das Caldas Praça da República Largo da Estação Av. Bombeiros Voluntários S. João das Caldas Porta do Parque Lugar de Vilar Treze locais de estacionamento Contingente de 21 lugares 19
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